Análise da racionalidade da Teoria dos Jogos: um ensaio teórico

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Análise da racionalidade da Teoria dos Jogos: um ensaio teórico"

Transcrição

1 Análise da racionalidade da Teoria dos Jogos: um ensaio teórico Eduardo Botti Abbade (UNIFRA) Greice de Bem Noro (UNIFRA) Luciano Mattana (UNIFRA) Resumo: Calcada fortemente em alicerces matemáticos e econômicos, a Teoria dos Jogos representa um ferramental analítico de grande complexidade para o estudo das decisões racionais estratégicas nos estudos organizacionais. Desta forma, estudos que desenvolvam a aplicabilidade desta teoria na administração estratégica é necessário. Este artigo tem como objetivo central fomentar o debate teórico acerca da relação do ferramental analítico racional instrumental da Teoria dos Jogos e a sua aplicabilidade para as decisões estratégicas nas ciências administrativas. Como limitação, este artigo não discute o tema de forma exaustiva, mas evidencia a importância desta ferramenta para os níveis de racionalidade identificados nos processos decisórios, a partir de situações de interação entre atores organizacionais dentro de perspectivas competitivas, cooperativas e co-opetitivas. Sugere-se ainda estudos empíricos adicionais para consolidar o tema de estudos proposto dente artigo. Palavras-chave: Teoria dos Jogos, Racionalidade, Decisão. 1. Introdução A Teoria dos Jogos surgiu dentro do campo da Matemática Aplicada, sendo seus percussores o matemático John von Neumann e o economista Oskar Morgenstern e, desde os anos 40 é utilizada pela Administração, Economia e aplicações estratégicas. A partir destes estudos, tornou-se possível prever o movimento de outros jogadores, sejam aliados ou competidores, fazendo com que o jogador possa se posicionar de forma a maximizar o seu resultado. O objetivo do presente estudo é analisar a aplicabilidade da Teoria dos Jogos no processo de decisões racionais assim como efetuar uma análise epistemológica deste ferramental de decisão. Partindo do pressuposto de que a Teoria dos Jogos é uma teoria que auxilia nas escolhas estratégicas empresariais mais adequadas, buscar-se-á identificar sua importância e verificar a metodologia utilizada na construção da mesma. Por se tratar de um assunto complexo e extenso, não serão apresentados os detalhes do funcionamento da Teoria dos Jogos. A partir de uma breve descrição de sua aplicabilidade e uma análise baseada em uma revisão bibliográfica poder-se-á suprir a necessidade de informações para um entendimento de como surgiu a teoria em questão. A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica das principais correntes de pensamento epistemológico analisando a lógica de sua contribuição para a Teoria dos Jogos. 2. Teoria dos Jogos Em 1944, o matemático John von Neumann e o economista Oskar Morgenstern publicaram o livro "Theory of Games and Economic Behavior", sendo este considerado o marco inicial da Teoria dos Jogos. Esta teoria, criada inicialmente por esses autores representava a aplicação

2 da matemática às situações sociais onde indivíduos, através da racionalidade, buscavam atingir os melhores resultados possíveis em determinadas circunstâncias. John von Neumann nasceu em Budapeste em 1903 e desde cedo se revelou como sendo possuidor de uma mente privilegiada. Obteve o grau de doutor em Budapeste em 1926, atuou na área de ensino em Berlim e Hamburgo, imigrou para os Estados Unidos em 1930 e em 1933, já com reconhecimento internacional por suas contribuições à teoria dos operadores, à teoria quântica e à teoria dos jogos, tornou-se membro permanente do instituto de Estudos Avançados de Princeton juntamente com Einstein. Durante a Segunda Grande Guerra, dedicou-se ao serviço científico e administrativo, contribuindo em projetos relacionados à bomba atômica, a bomba de hidrogênio e a previsão a longo prazo do tempo. Morreu de câncer em Apenas quando John von Neumann conheceu Oskar Morgenstern, um colega imigrante, em Princeton, em 1938, o elo com a economia foi forjado. Morgenstern, nascido na Silésia, Alemanha, em 1902, cresceu e foi educado em Viena, num período de grande fermentação artística e intelectual. Depois de uma bolsa de estudos de três anos no exterior financiada pela Fundação Rockefeller, tornou-se professor e, até o Anschluss, era chefe de um instituto para pesquisas de ciclo de negócios. Quando Hitler invadiu Viena, Morgenstern estava por acaso visitando Princeton, e decidiu ficar. A teoria dos jogos é um conjunto de técnicas analíticas destinadas a auxiliar a compreensão de fenômenos observados quando tomadores de decisão, ou jogadores, interagem entre si (Osborne e Rubinstein, 1994). Assim, a teoria dos jogos é o estudo dos meios em que interações estratégicas entre jogadores racionais produzem outcomes relacionados às preferências de cada jogador, sendo estas preferências também chamadas de utilidade. Dentro desta perspectiva de tomada de decisão, a Teoria dos Jogos acaba contribuindo para a escolha de decisões estratégias não apenas no nível individual cognitivo racional, mas também nas perspectivas organizacionais e políticas (ALLISON, 1971). Entretanto a aplicabilidade desta teoria para decisões organizacionais e políticas torna-se mais difícil devido a magnitude dos fatores envolvidos nesses processos decisórios como a assimetria informacional e a relação de poder existente entre os tomadores de decisão. A Teoria dos Jogos se apóia no princípio da racionalidade instrumental onde os jogadores buscam os melhores resultados para si ou para o grupo. Parte-se do pressuposto de que os jogadores são dotados de uma racionalidade perfeita sendo esse aspecto o principal alvo de críticas. Simon (1965, p. 27) afirma que: O processo decisório racional envolve a comparação permanente dos meios alternativos em função dos fins respectivos que procurarão alcançar [...] isto significa que a eficiência, no sentido de obtenção de resultados máximos com meios limitados, deve constituir um critério guiador das decisões administrativas. Assim, busca-se analisar os meios para atingir os fins desejados. A aplicação da Teoria dos Jogos pode ser de grande relevância para campos de estudo onde o elemento social é influenciador. Situações onde exija uma análise das alternativas de comportamento e tomada de decisões em realidades de interação entre atores pode-se utilizar o ferramental analítico da Teoria dos Jogos para um estudo de soluções racionais. Segundo Davis (1973, p.15) "[as aplicações da Teoria dos Jogos] não se limitam ao terreno da economia; suas conseqüências se têm feito sentir em ciências políticas, em matemática pura, em psicologia, em sociologia, em finanças e na guerra". Como afirma Oskar Morgenstern, um dos percussores da Teoria dos Jogos:

3 a teoria dos jogos é matéria nova que despertou grande interesse em razão de suas propriedades matemáticas inéditas e de suas múltiplas aplicações a problemas sociais, econômicos e políticos. [...] Seus efeitos sobre as ciências sociais já começaram a manifestar-se ao longo de um largo espectro. Suas aplicações se vêm tornando cada vez mais numerosas e dizendo respeito a questões altamente significativas enfrentadas pelos cientistas sociais, mercê do fato de que a estrutura matemática da teoria difere profundamente de anteriores tentativas de propiciar fundamento matemático aos fenômenos sociais" (Morgenstern apud Davis 1973 p.11). Para poder deduzir as estratégias ótimas sob diferentes hipóteses quanto ao comportamento do resto dos agentes, a teoria dos jogos tem que analisar diferentes aspectos: as conseqüências das diversas estratégias possíveis, as possíveis alianças entre "jogadores", o grau de compromisso dos contratos entre eles, e o grau em que cada jogo pode se repetir, proporcionando a todos os jogadores informações sobre as diferentes estratégias possíveis. Calcada sobre fortes alicerces matemáticos, a Teoria dos Jogos propôs uma nova maneira de formalizar os princípios das ciências sociais, a partir do comportamento e preferências humanas, sem precisar se reduzir a outros domínios estranhos, como a biologia e a física. Atualmente, os jogos exercem influências tanto nas ciências naturais (Teoria do Caos, por exemplo), quanto nas ciências sociais (economia, psicologia, e sociologia). Existem diversos tipos de jogos os quais representam com maior ou menor fidedignidade situações reais de conflito. Segundo Azevedo, Carvalho e Silva (1999) existem jogos baseados em regras x jogos de desenvolvimento livre, jogos cooperativos x jogos não cooperativos, jogos de informação perfeita x jogos de informação imperfeita e jogos de soma zero x jogos de soma não zero. Na Teoria dos Jogos, um jogador pode ser um indivíduo ou um grupo de indivíduos integrados no processo decisório. Indivíduos ou grupos se tornam jogadores quando suas respectivas decisões, associadas às decisões dos outros jogadores, produzem outcomes. As opções de escolha disponíveis para os jogadores que causarão outcomes particulares são chamadas de estratégias. Um exemplo bastante interessante que foca no jogo de n participantes é mostrado na figura abaixo apresentado por Davis (1973, p. 152). Esta situação apresenta uma integração de três jogadores e os resultados de utilidade para cada coalizão. A questão fundamental é compreender o comportamento de cada jogador no que se refere ao processo de negociação. Segundo Davis (1973, p. 153): a teoria Aumann-Maschler não prediz que associação se irá formar, se é que alguma se formará. Prediz, entretanto, o que um jogador conseguirá se vier participar de uma associação; a quantia que consiga não depende pelo menos neste jogo, da associação que se forme. Especificamente, a teoria prevê que A obterá 20, B 40 e C 60. Basicamente a lógica utilizada pela teoria de Aumann-Maschler é a solução matemática utilizando um sistema de três equações com três variáveis.

4 Figura 1:Exemplo de jogo de 3 participantes Fonte: Adaptado de Davis (1973, p. 152). Já em uma análise mais profunda, onde se leva em consideração o comportamento dos jogadores, assim como os seus objetivos e suas posições, torna-se mais complicado encontrar uma única solução. Neste exemplo, o jogador B encontra-se em uma posição em que faz parte das duas coalizões de maior utilidade. Assim sua posição lhe proporciona um maior poder de barganha. Entretanto o jogador A, assim como o C, podem não ficar satisfeitos com as propostas de B, já que este tentaria obter melhores resultados sobre os demais. Assim este jogo está longe de apresentar uma única solução. Em uma situação mais complexa, onde não é óbvio o valor de cada associação, cabe utilizar a lógica da Teoria da Utilidade que justifica a elaboração de uma função de utilidade. Segundo Davis (1973, p. 67) uma função de utilidade é simplesmente quantificação das preferências de uma pessoa com relação a certos objetos. A partir desta quantificação pode-se avaliar o que gera mais utilidade para cada jogador e, assim, compreender o seu comportamento. Partindo do pressuposto de que um jogador possui objetivos e preferências eles buscam a maximização de sua utilidade. Sendo assim, a utilidade refere-se à quantidade de satisfação que um jogador pode ter com relação a determinados objetos, eventos e escolhas estratégicas. Para exemplificar a lógica de uma função de utilidade vamos tomar o seguinte exemplo: pergunta-se a uma pessoa qualquer qual é a sua preferência particular com relação a três alimentos diferentes, vamos supor que sejam frutas. Para facilitar a compreensão vamos chamar as três frutas de A, B e C. Primeiramente pergunta-se qual é a fruta preferida entre as opções A e B. Digamos que o respondente afirma que tem preferência reconhecida pela fruta A. Em um segundo momento pergunta-se qual é sua preferência dentre as opções B e C. Novamente o respondente afirma sem duvidar de que tem preferência pela fruta C. Agora se pergunta qual é a sua preferência dentre as frutas A e C. O respondente então afirma que prefere a fruta A. A partir desta lógica pode-se dizer que a partir da função utilidade desta pessoa afirma que a fruta A gera uma maior utilidade e que a fruta C é a segunda maior deixando assim a fruta B por último gerando menor utilidade. U(A)>U(C)>U(B) É claro que a lógica apresentada aqui obedece a uma lógica ordinal onde não é especificado quão maior é a utilidade de A sobre C e nem o quão maior é a utilidade de C sobre B. Uma função cardinal, a que apresenta uma melhor especificação de proporções, pode ser elaborada a partir da mesma lógica. No entanto não é necessário abordá-la aqui, pois a lógica da função utilidade é o que nos interessa para o objetivo deste artigo. O conceito de equilíbrio é bastante relevante ao se estudar a teoria dos jogos como uma ferramenta analítica normativa e descritiva para a tomada de decisão. Existem dois conceitos de equilíbrio que são fortemente citados nos estudos sobre a aplicação econômica e social da teoria dos jogos. Estes dois conceitos são o de equilíbrio dominante e o de equilíbrio de Nash.

5 Uma estratégia dominante, segundo Rasmusen (1989) é definida como sendo a melhor resposta para qualquer que for a estratégia adotada pelos demais jogadores. Esta estratégia proporciona sempre o maior payoff. Quando as estratégias adotadas pelos jogadores permanecem inalteradas, ou seja, quando nenhum dos jogadores têm interesse em mudar a sua estratégia, afirma-se que um equilíbrio estratégico foi atingido. O equilíbrio dominante é único e é composto pelas estratégias dominantes dos jogadores. O conceito de equilíbrio de Nash é definido por Tavares (1995) como sendo a combinação de estratégias ótimas de cada jogador, ou seja, a melhor resposta às estratégias dos outros jogadores. Este conceito está intimamente ligado ao conceito de cooperação já que os jogadores atuam de forma a atingir o que é melhor para todos. Para exemplificar estes conceitos de equilíbrio será utilizado o famoso caso do Dilema do Prisioneiro, apresentado e difundido por A. W. Tucker. Basicamente este jogo é um caso onde a polícia prende dois suspeitos de um crime e interroga-os separadamente. O jogo e as opções dos jogadores é mostrado na figura 2. Jogador A Jogador B Denunciar Negar Denunciar (10, 10) (0, 20) Negar (20, 0) (1, 1) Figura 2: Dilema do Prisioneiro. Para fins de esclarecimento, os valores postos no interior da matriz correspondem ao tempo de cadeia que cada jogador poderá pegar sendo que o valor da esquerda é referente ao jogador A e o valor da direita é referente ao jogador B. O Equilíbrio Dominante se encontra na situação (10, 10) já que para ambos os jogadores a opção de denunciar é a estratégia dominante (lembrando que os jogadores não podem interagir). Se o Jogador B denunciar, a melhor estratégia para A é denunciar; se o Jogador B negar, a melhor estratégia para A é denunciar. Esta relação vale para ambos os jogadores. Com isso o equilíbrio dominante é alcançado quando ambos os jogadores denunciam. Já o Equilíbrio de Nash permite a interação dos jogadores onde este podem encontrar uma solução melhor para ambos, no caso o resultado (1, 1). A partir desta nova postura, o indivíduo passa a se preocupar não apenas com a sua utilidade individual, mas sim com uma utilidade coletiva. Está ultima é a que justifica o comportamento do grupo que age de forma cooperativa. Assim, para que a aliança seja formada deve-se atender aos interesses e objetivos da racionalidade individual e da racionalidade coletiva. A principal condição motivadora para a formação de uma coalizão, portanto, afirma que o indivíduo não aceitará a obtenção de uma utilidade menor agindo de forma cooperativa do que aquela utilidade que ele obteria agindo individualmente. Uma aliança estratégica, analisada sob a ótica da teoria dos jogos deve satisfazer esta condição primária racionalmente justificada. Há dois grandes pontos de análise nos jogos cooperativos que devem ser levados em consideração: qual é o payoff para cada coalizão; e qual payoff cada jogador na coalizão deverá optar (von Neumann e Morgenstern, 1944). Para esta análise, aplica-se a lógica da Teoria da Utilidade. A função básica apresentada da Teoria dos Jogos para os jogos de cooperação é mostrada abaixo. U( A U B) U(A) + U(B)

6 Esta equação mostra que a utilidade obtida quando os jogadores A e B cooperam é pelo menos igual, ou maior, do que quando estes agem isoladamente. Sendo assim, os jogadores obtêm um resultado maior atuando em conjunto. Esta mesma lógica pode ser utilizada justificar a formação de alianças estratégicas. 3. Racionalidade e Decisões Racionais a Teoria dos Jogos É inegável a influência do paradigma da racionalidade nas Teorias Administrativas. As correntes teóricas tradicionais, isto é, a administração científica, a escola clássica, a escola de relações humanas, o estruturalismo, a teoria sistêmica, a escola contingencial, a teoria da decisão e suas similares, são centradas quase que unicamente na racionalidade funcional ou instrumental. Estas correntes de pensamento focam suas análises na eficiência administrativa, ou seja, a melhor aplicabilidade dos recursos para se atingir o fim desejado de uma forma racional. Essa corrente de pensamento talvez seja a que mais influenciou a Teoria dos Jogos. A racionalidade vem do termo razão, ou seja, ações dotadas de razão ou raciocínio. A racionalidade é fortemente caracterizada pela busca dos melhores desempenhos, sendo estes os que melhor satisfazem os interesses perseguidos. O tipo de racionalidade explorada pela Teoria dos Jogos é a Racionalidade Instrumental ou Formal, sendo esta racionalidade caracterizada pelo cálculo utilitário de conseqüências. Fica óbvio que a Teoria dos Jogos é utilizada visando a maximização do ganho ou a obtenção do resultado mais satisfatório. A Racionalidade está intimamente relacionada com os interesses dos jogadores sendo que a obtenção de melhores resultados ou a redução das perdas podem justificar as suas ações. Quando alguém raciocina, nada mais faz do que conceber uma soma total, a partir da adição de parcelas, ou conceber um resto a partir da subtração de uma soma por outra [...] a partir do que podemos definir (isso é, determinar) que coisa é significada pela palavra razão, quando a concebemos entre as faculdades do espírito. Pois razão, neste sentido, nada mais é do que cálculo (isto é, adição ou subtração) das conseqüências das normas gerais estabelecidas para marcar e significar nossos pensamentos (Hobbes, 1979, p. 27). No mundo capitalista em que vivemos é comum que as pessoas sejam guiadas pela racionalidade formal (cálculo utilitário de conseqüências). Algumas vezes, as ações racionais passam desapercebidas pelas pessoas que as praticam assim como pelas pessoas que a sofrem. Segundo Weber, "o homem é dominado pela geração de dinheiro, pela aquisição como propósito final da vida. A aquisição econômica não mais está subordinada ao homem como um meio para a satisfação de suas necessidades materiais" (WEBER, p. 49, 2003). Herbert Simon, autor de "Administrative Behavior", também influenciou no entendimento da necessidade do uso da racionalidade no campo da Administração. Focando nas práticas da teoria da decisão, Simon afirma que "tendo em vista que por boa administração se entende aquele comportamento que é objetivamente adequado aos seus fins [...] uma teoria das decisões administrativas, terá forçosamente, que se preocupar de certa maneira com os aspectos racionais da escolha (Simon, 1965, p. 73). A partir da visão de Simon, de que a boa administração deve optar por escolhas racionais, torna-se óbvio de que a Teoria dos Jogos proporciona a escolha de estratégias racionais, ou seja, as mais adequadas para a maximização dos resultados. Simon (1965, p. 77) ainda afirma que: O processo decisório racional envolve a comparação permanente dos meios alternativos em função dos fins respectivos que procurarão alcançar [...] isto significa que a eficiência, no sentido de obtenção de resultados máximos com meios limitados, deve constituir um critério guiador das decisões administrativas.

7 A Teoria dos Jogos é um ramo da Teoria da Escolha Racional. Os modelos comumente estudados na teoria dos jogos presumem que cada jogador é racional, isto é, tem plena consciência sobre suas alternativas e expectativas formais quanto aos resultados de eventos aleatórios. Além disto, presume-se que o jogador tem preferências claramente definidas e toma suas decisões após efetuar algum processo de otimização. Assim, a racionalidade impera nos jogos estratégicos. As decisões tomadas são baseadas na Racionalidade Instrumental visando os melhores resultados. O jogador escolherá a estratégia que lhe fará vencer, ou então perder se este for o seu interesse visando outros resultados paralelos. Ainda assim, a escolha da estratégia é baseada na racionalidade já que a estratégia atende aos seus interesses. Pode-se demonstrar essa relação com a utilização do Teorema Min-Máx onde busca-se o maior ganho e a menor perda do jogador, este sendo orientado por uma racionalidade instrumental. No caso do Equilíbrio de Nash em jogos não cooperativos também encontra-se presente aspectos de uma racionalidade instrumental já que os jogadores encontram uma melhor solução para o grupo do que para o indivíduo. Aspectos de uma racionalidade substantiva também podem ser observados, mas ainda impera uma racionalidade formal instrumental. Com a nova abordagem teórica dos jogos coopetitivos defendida por Brandenburg e Nalebuff (1995), pode-se afirmar que a interação dos jogadores em prol de um resultado de maior utilidade para ambos é visto como uma forma estratégica da racionalidade não mais calcada nos interesses individuais nos jogos competitivos tradicionais. A noção de cooperar para competir defende a idéia de uma cooperação estruturada com vista a aumentar a competitividade dos participantes para que possam, assim, competir com o meio maior. É correto afirmar que nem sempre a escolha estratégica do jogador será aquela que irá certamente aumentar seus ganhos médios. Mas, a escolha estratégica do jogador reflete os seus reais interesses, sejam monetários ou não. Para um melhor entendimento sobre isso devese buscar compreender a Teoria da Utilidade. Basicamente uma função de utilidade é simplesmente a quantificação das preferências de uma pessoa com relação a certos objetos. Sendo assim, a racionalidade está constantemente presente nos jogos, seja ela instrumental ou não. Ainda pode-se fazer uma relação das aplicações ta Teoria dos Jogos com outros dois tipos de racionalidade apresentados por Weber (KALBERG, 1980). A racionalidade pratica e a racionalidade teorética também estão presentes nesta teoria. Por racionalidade pratica pode-se definir aquela racionalidade com foco nos resultados para um único indivíduo, sendo altamente pragmática e egoística. Já a racionalidade teorética esta presente em discussões teóricas com objetivo a construção e desenvolvimento de conceitos ao invés da ação (KALBERG, 1980). Possivelmente, o aspecto da Teoria dos Jogos que gera maior número de críticas é justamente a maneira como é defendida a racionalidade dos jogadores. Os princípios racionais defendidos vão de encontro com a teoria da Racionalidade Limitada de Herbert Simon (1965). A partir do momento em que se defende que os participantes de um jogo têm condições de prever e antecipar as decisões e escolhas estratégicas dos demais jogadores, afirma-se que este é possivelmente dotado de uma racionalidade perfeita, o que sabe-se que não é verdade. Entretanto defende-se a idéia de que os jogadores teriam condições de antecipar estas decisões e, com isso, maximizar seus resultados decidindo de uma melhor forma. Obviamente que este processo de análise depende do modo com que a interação ocorre e de que forma os participantes interagem.

8 4. Conclusões Basicamente foi apresentado um breve histórico sobre a Teoria dos Jogos bem como de sua aplicabilidade. Entende-se que esta teoria ainda desperta o interesse de muitos estudiosos sendo que muito ainda tem a ser construído em termos de conhecimento científico. Muitas novas teorias foram criadas a partir da Teoria dos Jogos e muito ainda está para se criar. Não é exagero dizer que a Teoria dos Jogos revolucionou campos científicos como a Economia e a Matemática Aplicada. Suas influencias na Administração Estratégica demoraram um pouco mais a aparecer, mas também contribuíram enormemente. Contudo, a Teoria dos Jogos é vista como uma ferramenta auxiliar na Administração Estratégica raramente sendo estudada em profundidade. Com relação à Teoria dos Jogos propriamente dita, pode-se dizer que é uma metodologia de análise focada no funcionalismo e no utilitarismo visando fins racionais. Tudo isso está inserido em um todo complexo onde impera a interdisciplinaridade. O racionalismo é a corrente epistemológica de maior influência na Teoria dos Jogos sendo que seus pressupostos guiam todas suas particularidades. Aplicada à Administração Estratégica, a Teoria dos Jogos torna-se verdadeiramente valiosa quando se lida com situações mais simples de escolhas estratégicas. Entretanto, a grande maioria das escolhas estratégica na realidade são complexas e dão ar a uma vasta gama de possibilidades e conseqüências. Ainda assim, a Teoria dos Jogos não perde sua validade teórica de compreensão dos jogos estratégicos. Referências AZEVEDO, G. M.; CARVALHO, H. F.; SILVA, J. F. A teoria dos jogos na estratégia de negócios: uma contribuição relevante? In: FIRST INTERNATIONA CONFERENCE, 1, Anais, Madrid : Iberoamerican Academy of Management, DAVIS, Morton D., Teoria dos Jogos: uma introdução não científica. São Paulo : Cultrix, HOBBES, Thomas. Leviatã. São Paulo : Abril Cultural, JAPIASSU, Hilton. Introdução ao pensamento epistemológico. Rio de Janeiro : Francisco Alves, KALBERG, Stephen. Max Weber s types of rationality: cornerstones for the analysis of rationalization processes in history. American Journal of Sociology, 85, 5, march: p , 1980 MALINOWSKI, Bronislaw. Uma teoria científica da cultura. Rio de Janeiro : Zahar, MORIN, Edgar. O método II A vida da vida. 2. ed. Publicações Europa-América OSBORNE, Martin J. e RUBINSTEIN, Ariel. A Course in Game Theory. Boston : The MIT Press, PIAGET, Jean. Logique et connaissance scientifique. Paris : Gallimard, RASMUSEN, E. Games and Information An Introduction to Game Theory. Cambridge: Basil Blackwell, SIMON, Herbert. Administrative Behavior. 2 Ed. New York : Free Press, TAVARES, M. P. Teoria dos jogos: Algumas aplicações ao mercado de trabalho. Rio de Janeiro: PUC, dez (mimeo). VON NEUMANN, J.; MORGENSTERN, O. Theory of Games and Economic Behavior. Princeton, NJ : Princeton Universiy Press, WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo : Martin Claret, 2003.

3 Breve Introdução à Teoria dos Jogos

3 Breve Introdução à Teoria dos Jogos 3 Breve Introdução à Teoria dos Jogos Teoria dos Jogos é uma ferramenta matemática criada para melhor entender ou interpretar a maneira com que agentes que tomam decisões interagem entre si. Pense num

Leia mais

Jogos em Teoria dos Jogos e em

Jogos em Teoria dos Jogos e em 3 Jogos em Teoria dos Jogos e em Computação A Teoria dos Jogos pode ser entendida como a análise matemática de qualquer situação que envolva um conflito de interesses com o intuito de indicar as melhores

Leia mais

Fundamentos de Teoria dos jogos

Fundamentos de Teoria dos jogos Fundamentos de Teoria dos jogos A Teoria dos Jogos é um ramo da matemática aplicada que estuda situações estratégicas em que jogadores escolhem diferentes ações na tentativa de melhorar seu retorno. Na

Leia mais

Aula 20 Teoria dos jogos

Aula 20 Teoria dos jogos Aula 20 Teoria dos jogos Piracicaba, novembro de 2018 Professora Dra. Andréia Adami 12/11/2018 Equipe Microeconomia Aplicada 1 John Von Neumann e Oskar Morgenstein em Theory of Games and Economic Behavior,

Leia mais

Jogos não cooperativos

Jogos não cooperativos Jogos não cooperativos Sabino da Silva Porto Junior www.ppge.ufrgs.br/sabino Introdução Parlour games (xadrez, bridge, gamao, poker, etc) Game theory ou Teoria da decisao interativa (Aumann, 1987): situação

Leia mais

HEITOR AUGUSTO S. FERREIRA MARIANA SILVA INÁCIO THAIS SEIDEL TEORIA DOS JOGOS

HEITOR AUGUSTO S. FERREIRA MARIANA SILVA INÁCIO THAIS SEIDEL TEORIA DOS JOGOS HEITOR AUGUSTO S. FERREIRA MARIANA SILVA INÁCIO THAIS SEIDEL TEORIA DOS JOGOS Trabalho apresentado à disciplina de Teoria das Relações Internacionais. Curso de Graduação em Relações Internacionais, turma

Leia mais

Aplicação da teoria dos jogos na análise de alianças estratégicas

Aplicação da teoria dos jogos na análise de alianças estratégicas Aplicação da teoria dos jogos na análise de alianças estratégicas Recebido em: 25/05/09 Aprovado em: 26/04/10 Prof. Ms. Eduardo Botti Abbade (UNIFRA RS/Brasil) - eduardo@unifra.br Centro Universitário

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Abordagem Comportamental Teoria Comportamental / Teoria do Desenvolvimento Organizacional DO Parte 4. Prof.

ADMINISTRAÇÃO GERAL. Abordagem Comportamental Teoria Comportamental / Teoria do Desenvolvimento Organizacional DO Parte 4. Prof. ADMINISTRAÇÃO GERAL Abordagem Comportamental Teoria Comportamental / Teoria do Desenvolvimento Organizacional DO Parte 4 Prof. Fábio Arruda A Organização como Sistema Social Cooperativo Antecipando-se

Leia mais

CURSO METODOLOGIA ECONÔMICA. Professora Renata Lèbre La Rovere. Tutor: Guilherme Santos

CURSO METODOLOGIA ECONÔMICA. Professora Renata Lèbre La Rovere. Tutor: Guilherme Santos CURSO METODOLOGIA ECONÔMICA Professora Renata Lèbre La Rovere Tutor: Guilherme Santos A crítica aos ortodoxos Bresser Pereira Questão: qual o papel do método hipotético-dedutivo para a Economia? Contextualizando

Leia mais

LUIS OCTAVIO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

LUIS OCTAVIO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA LUIS OCTAVIO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PROCESSO DECISÓRIO PROCESSO DECISÓRIO - CONCEITO Decidir é optar ou selecionar dentre várias alternativas de cursos de ação aquela que pareça mais adequada. PROCESSO

Leia mais

Uma Ferramenta para Simulação de Leilões

Uma Ferramenta para Simulação de Leilões Monografia Renata Luiza dos Santos Claro e Thiago Figueiredo da Silva Universidade de São Paulo Instituto de Matemática e Estatística Bacharelado em Ciência da Computação Uma Ferramenta para Simulação

Leia mais

POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 03. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua

POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 03. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 03 Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua Poder, Racionalidade e Tomada de Decisões A RACIONALIDADE E A TOMADA DE DECISÕES NAS POLÍTICAS PÚBLICAS Controvérsia da literatura sobre tomada

Leia mais

Uma Introdução à Teoria dos Jogos

Uma Introdução à Teoria dos Jogos Uma Introdução à Teoria dos Jogos Humberto José Bortolossi 1 Gilmar Garbugio 2 Brígida Alexandre Sartini 3 1 Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense 2 Departamento de Matemática

Leia mais

Unidade II ADMINISTRAÇÃO. Prof. José Junior

Unidade II ADMINISTRAÇÃO. Prof. José Junior Unidade II ADMINISTRAÇÃO INTERDISCIPLINAR Prof. José Junior Decisão multicritério Quando alguém toma uma decisão com base em um único critério, por exemplo, preço, a decisão é fácil de tomar. Quando os

Leia mais

Capítulo 9. Conclusão 184

Capítulo 9. Conclusão 184 9 Conclusão Esperamos com este trabalho ter demonstrado que a lógica Game Analysis Logic GAL, que é uma lógica modal de primeira-ordem baseada na lógica Computation Tree Logic, pode ser usada para representar

Leia mais

MICROECONOMIA II. Teoria dos Jogos CAP. 10 Nicholson CAP. 13 Pindyck

MICROECONOMIA II. Teoria dos Jogos CAP. 10 Nicholson CAP. 13 Pindyck MICROECONOMIA II Teoria dos Jogos CAP. 10 Nicholson CAP. 13 Pindyck 1. Introdução Teoria dos Jogos envolve o estudo de situações estratégicas Modelos de Teoria dos Jogos procuram abordar situações estratégicas

Leia mais

Teoria dos Jogos e Estratégia Competitiva

Teoria dos Jogos e Estratégia Competitiva Teoria dos Jogos e Estratégia Competitiva 1. Jogos e Decisões Estratégicas 2. Estratégias Dominantes 3. O Equilíbrio de Nash Revisitado 4. Jogos Repetitivos 5. Jogos Sequenciais 6. Desencorajamento à entrada

Leia mais

Teoria Realista das Relações Internacionais (I)

Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Janina Onuki janonuki@usp.br BRI 009 Teorias Clássicas das Relações Internacionais 25 de agosto de 2016 Realismo nas RI Pressuposto central visão pessimista

Leia mais

APOSTILA DE PROCESSOS DECISÓRIOS (JAN/2018)

APOSTILA DE PROCESSOS DECISÓRIOS (JAN/2018) APOSTILA DE PROCESSOS DECISÓRIOS (JAN/2018) Profª Mônica Roberta Silva, M.Sc. www.retadechegada.com (21) 3902-1462 e (21) 9157-5825 monicarobs@hotmail.com 1 Processo Decisório Bazerman (2004:4) aponta

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS IV TEORIA DOS JOGOS

LISTA DE EXERCÍCIOS IV TEORIA DOS JOGOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA Disciplina ECO0208 Teoria Microeconômica II Professor Sabino da Silva Porto Junior Estágio de docência

Leia mais

CURSO METODOLOGIA ECONÔMICA. Professora Renata Lèbre La Rovere. Tutor: Guilherme Santos

CURSO METODOLOGIA ECONÔMICA. Professora Renata Lèbre La Rovere. Tutor: Guilherme Santos CURSO METODOLOGIA ECONÔMICA Professora Renata Lèbre La Rovere Tutor: Guilherme Santos Comentários sobre texto de Friedman (Hands) Grande difusão entre economistas Friedman não está tão preocupado com fundamentos

Leia mais

Teoria Realista das Relações Internacionais (I)

Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Janina Onuki janonuki@usp.br BRI 009 Teorias Clássicas das Relações Internacionais 24 de agosto de 2017 Realismo nas RI Pressuposto central visão pessimista

Leia mais

Unidade III ESTRATÉGIA APLICADA. Profª. Lérida Malagueta

Unidade III ESTRATÉGIA APLICADA. Profª. Lérida Malagueta Unidade III ESTRATÉGIA APLICADA TEORIA DOS JOGOS Profª. Lérida Malagueta Caos Ora, minha suspeita é que o universo não é só mais estranho do que supomos, mas é mais estranho do que somos capazes de supor.

Leia mais

Competição Imperfeita

Competição Imperfeita Oligopólio Competição Imperfeita Refere-se a estrutura de mercado que não pode ser considerada como sendo perfeitamente competitiva ou monopólios Inclui indústrias que possuem competidores mas que a competição

Leia mais

Competição Imperfeita. 16. Oligopólio. Estruturas de Mercado. Competição Imperfeita. Mercado com Apenas Alguns Vendedores

Competição Imperfeita. 16. Oligopólio. Estruturas de Mercado. Competição Imperfeita. Mercado com Apenas Alguns Vendedores Competição Imperfeita 16. Oligopólio Refere-se a estrutura de mercado que não pode ser considerada como sendo perfeitamente competitiva ou monopólios Inclui indústrias que possuem competidores mas que

Leia mais

Agency Theory: An Assessment and Review. Teoria da Agência: Uma Avaliação e Revisão. (Eisenhardt, K. M., 1989)

Agency Theory: An Assessment and Review. Teoria da Agência: Uma Avaliação e Revisão. (Eisenhardt, K. M., 1989) 1 Agency Theory: An Assessment and Review Teoria da Agência: Uma Avaliação e Revisão (Eisenhardt, K. M., 1989) Resumo: revisão da Teoria da Agência, suas contribuições à teoria organizacional e trabalho

Leia mais

Teoria dos Jogos Jogos na Forma Normal Com Informação Completa. Maurício Bugarin Fernando Meneguin Adriana Portugal

Teoria dos Jogos Jogos na Forma Normal Com Informação Completa. Maurício Bugarin Fernando Meneguin Adriana Portugal 1 Teoria dos Jogos Jogos na Forma Normal Com Informação Completa Maurício Bugarin Fernando Meneguin Adriana Portugal Brasília / UnB Lembrando: Ø Jogos estáticos: todos os jogadores jogam ao mesmo tempo

Leia mais

PRO Introdução à Economia

PRO Introdução à Economia Introdução à Economia Aula 11 Oligopólio Quatro Tipos de Mercado Número de Empresas Muitas Empresas Tipos de Produtos Uma Empresa Poucas Empresas Produtos diferenciados Produtos Idênticos Monopólio Oligopólio

Leia mais

ABORDAGEM COMPORTAMENTAL

ABORDAGEM COMPORTAMENTAL ABORDAGEM COMPORTAMENTAL Desdobramentos da Escola de Relações Humanas o Kurt Lewin Dinâmica de grupo (1935) o Chester Barnard As funções do executivo (1938) o George Homans Sociologia funcional de grupo

Leia mais

Teoria dos Grafos Aula 21

Teoria dos Grafos Aula 21 Teoria dos Grafos Aula 21 Aula passada Apresentação Trabalho Prático II Aula de hoje Quem foi Turing? Quem foi von Neumann? Quem foi Alan Turing? Criador do Turing Club de automóvel? Maratonista disciplinado

Leia mais

Jogos. A teoria dos jogos lida com as interações estratégicas que ocorrem entre os agentes.

Jogos. A teoria dos jogos lida com as interações estratégicas que ocorrem entre os agentes. Jogos A teoria dos jogos lida com as interações estratégicas que ocorrem entre os agentes http://robguena.fearp.usp.br/anpec/tjogos.pdf a) Descrição de um jogo Teoria dos Jogos Jogadores: quem está envolvido

Leia mais

2. A respeito do equilíbrio de Nash, julgue as afirmativas abaixo:

2. A respeito do equilíbrio de Nash, julgue as afirmativas abaixo: Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Economia Teoria dos Jogos / 2006 Estágio Docência: Aline Trindade Figueiredo e Mariana Hauer Lista de Exercícios 1 1. Defina Equilíbrio de Nash. Todo

Leia mais

Otimização. Otimização e Teoria dos Jogos. Paulo Henrique Ribeiro Gabriel Faculdade de Computação Universidade Federal de Uberlândia

Otimização. Otimização e Teoria dos Jogos. Paulo Henrique Ribeiro Gabriel Faculdade de Computação Universidade Federal de Uberlândia Otimização Otimização e Teoria dos Jogos Paulo Henrique Ribeiro Gabriel phrg@ufu.br Faculdade de Computação Universidade Federal de Uberlândia 2016/2 Paulo H. R. Gabriel (FACOM/UFU) GSI027 2016/2 1 / 26

Leia mais

Teoria Realista das Relações Internacionais (I)

Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Teoria Realista das Relações Internacionais (I) Janina Onuki janonuki@usp.br BRI 009 Teorias Clássicas das Relações Internacionais 24 de agosto de 2017 Realismo nas RI Pressuposto central visão pessimista

Leia mais

Microeconomia. 8. Teoria dos Jogos. Francisco Lima. 1º ano 2º semestre 2015/2016 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial

Microeconomia. 8. Teoria dos Jogos. Francisco Lima. 1º ano 2º semestre 2015/2016 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Microeconomia 8. Teoria dos Jogos Francisco Lima 1º ano 2º semestre 2015/2016 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Teoria dos Jogos Teoria dos jogos é o estudo de como os agentes se comportam

Leia mais

Microeconomia. 8. Teoria dos Jogos. Francisco Lima. 1º ano 2º semestre 2013/2014 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial

Microeconomia. 8. Teoria dos Jogos. Francisco Lima. 1º ano 2º semestre 2013/2014 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Microeconomia 8. Teoria dos Jogos Francisco Lima 1º ano 2º semestre 2013/2014 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Teoria dos Jogos Teoria dos jogos é o estudo de como os agentes se comportam

Leia mais

A Escolha Racional relações binárias número de relações binárias 2m.p domínio imagem

A Escolha Racional relações binárias número de relações binárias 2m.p domínio imagem A Escolha Racional A racionalidade na teoria dos jogos procura perceber como os jogadores (sejam eles indivíduos, empresas, organizações, países etc.) tomam suas decisões em situações de interação estratégica.

Leia mais

Administração Material de Apoio Professor Marcos Ferrari

Administração Material de Apoio Professor Marcos Ferrari Processos Decisórios Prof. Marco Ferrari @profmarcoferrari Cronograma Processo Decisório Decidir consiste em escolher uma linha de ação que possibilite o resultado esperado. Tomar uma decisão significa,

Leia mais

os custos totais são determinados pela soma entre os custos variáveis e os custos fixos.

os custos totais são determinados pela soma entre os custos variáveis e os custos fixos. Módulo 7 Teoria dos Custos Como destacamos em alguns dos módulos anteriores, os produtores são indivíduos racionais, e como tais irão buscar maximizar seus resultados ao realizarem suas atividades produtivas.

Leia mais

MODELO DE BERTRAND. 1. Modelo de Bertrand - Exposição Inicial

MODELO DE BERTRAND. 1. Modelo de Bertrand - Exposição Inicial MODELO DE BERTRAND PROF. DR. CLÁUDIO R. LUCINDA Neste texto, iremos analisar o modelo inicialmente desenvolvido por Joseph Bertrand como uma resposta às conclusões do Modelo de Cournot. Dentro deste modelo,

Leia mais

Teoria dos Jogos Parte 2

Teoria dos Jogos Parte 2 Teoria dos Jogos Parte 2 GST0190 - MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA TOMADA DE DECISÃO 1 de junho de 2017 Slide 1 de 15 Estratégias estritamente dominantes e dominadas Uma empresa de sabão em pó Limpo tem que

Leia mais

24/11/2015. Evolução do Pensamento Administrativo. Teoria da Burocracia

24/11/2015. Evolução do Pensamento Administrativo. Teoria da Burocracia Evolução do Pensamento Administrativo 1903 1909 1916 1932 1947 1951 1953 1954 1957 1962 1972 1990 Teoria Abordagem 1903 Administração Científica Clássica 1909 Estruturalista 1916 Teoria Clássica Clássica

Leia mais

Mercados de Emparelhamento

Mercados de Emparelhamento Mercados de Emparelhamento Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Mercados de Emparelhamento Mercados - interação econômica entre pessoas numa rede estruturada Mercados de Emparelhamento modelam:

Leia mais

Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Microeconomía II CSA-140 Prof. Martin H. Vargas Barrenechea Lista

Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Microeconomía II CSA-140 Prof. Martin H. Vargas Barrenechea Lista Questão 1 (Preferências Altruísticas) A persona 1 se importa con sua renda e com a renda da persona 2. Precisamente, o valor que ela coloca sobre sua renda é o mesmo que dá para duas unidades de renda

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO Evolução de Pensamento Administrativo I Estudo da administração, suas áreas e funções, o trabalho do administrador e sua atuação; a evolução

Leia mais

1. Qual é a diferença entre um jogo cooperativo e um jogo não-cooperativo? Dê um exemplo de cada um.

1. Qual é a diferença entre um jogo cooperativo e um jogo não-cooperativo? Dê um exemplo de cada um. Instituto de Relações Internacionais - Universidade de São Paulo Disciplina de Fundamentos de Microeconomia BRI0060 Primeiro Semestre de 2016 Docente Responsável Marislei Nishijima Gabarito da Lista 10

Leia mais

ESTRUTURA E ANALISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

ESTRUTURA E ANALISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL LUTERANA DO BRASIL - AELBRA Credenciado pela Portaria Ministerial nº 1.198, de 13/06/2001 DOU de 15/06/2001 Recredenciado pela Portaria Ministerial n 1.381, de 23/11/2012 DOU de

Leia mais

DESENHO DE MECANISMOS (1)

DESENHO DE MECANISMOS (1) MICROECONOMIA II DESENHO DE MECANISMOS (1) Rafael V. X. Ferreira rafaelferreira@usp.br Novembro de 2017 Universidade de São Paulo (USP) Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) Departamento

Leia mais

Teoria dos Jogos Parte 1

Teoria dos Jogos Parte 1 Teoria dos Jogos Parte 1 GST0190 - MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA TOMADA DE DECISÃO 3 de novembro de 2016 Slide 1 de 20 Teoria dos Jogos - Definição é o estudo de decisões interativas, no sentido de que os

Leia mais

Teoria dos Jogos. Ivan Sendin. 12 de novembro de FACOM - Universidade Federal de Uberlândia

Teoria dos Jogos. Ivan Sendin. 12 de novembro de FACOM - Universidade Federal de Uberlândia Otimização FACOM - Universidade Federal de Uberlândia ivansendin@yahoo.com,sendin@ufu.br 12 de novembro de 2018 Otimização Decisões dado um cenário Modalegem Matemática Solução Gráfica/Simplex O mundo

Leia mais

Introdução. Objetivos e Usuários da Contabiliade. Teoria dos Jogos Aplicada à Contabilidade TEORIA DOS JOGOS APLICADA Á CONTABILIDADE

Introdução. Objetivos e Usuários da Contabiliade. Teoria dos Jogos Aplicada à Contabilidade TEORIA DOS JOGOS APLICADA Á CONTABILIDADE 1 TEORIA DOS JOGOS APLICADA Á CONTABILIDADE Mary Tsutsui Bontempo Mestranda em Controladoria e Contabilidade pela FEA/USP Consultoria da Maluf & Guimarães Empresarial S/C Introdução A Teoria da Contabilidade

Leia mais

Sistemas Multi-Agentes

Sistemas Multi-Agentes Modelos Baseados em Agentes Sistemas Multi-Agentes Prof. André Campos Aula #7 Motivação Motivação computacional Atualmente os sistemas são Cada vez mais complexos, sendo difícil de conceber uma solução

Leia mais

Barganha e Poder em Redes

Barganha e Poder em Redes Barganha e Poder em Redes Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Modelando a Interação entre Duas Pessoas Queremos desenvolver um modelo matemático para prever os resultados de uma rede de trocas

Leia mais

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO MICROECONOMICS 2009/2010

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO MICROECONOMICS 2009/2010 UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO MICROECONOMICS 2009/2010 References: - Gibbons, R. (1992), A Primer in Game Theory, Harvester Wheatsheaf (G) - Mas-Collel, A., M.

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO Nome da Evolução do Pensamento Administrativo I Semestre 1º Estudo da administração, suas áreas e funções, o trabalho do administrador e sua

Leia mais

Decisão Decidir Análise / Teoria da Decisão

Decisão Decidir Análise / Teoria da Decisão Decisão Decidir é o acto de seleccionar uma linha de acção preferida entre várias alternativas existentes. Existem diversos instrumentos que podem contribuir para a tomada de decisões, dependentes do ambiente

Leia mais

Pesquisa Operacional. Ementa. Prof. Edézio

Pesquisa Operacional. Ementa. Prof. Edézio Ementa Pesquisa Operacional A apresentação da PO Modelos e forma-padrão de PPL Solução gráfica de um PPL O algoritmo Simplex Teoria dos Jogos Livro texto Silva, Ermes Medeiros..et al.l., Pesquisa Operacional,

Leia mais

Título: Construção e desconstrução da Teoria da Escolha: uma análise experimental

Título: Construção e desconstrução da Teoria da Escolha: uma análise experimental INSPER PROJETO DE PESQUISA INICIAÇÃO CIENTÍFICA Aluno: Paulo José Mencacci Costa Orientador: Antônio Bruno de Carvalho Morales Tema: Teoria da escolha Título: Construção e desconstrução da Teoria da Escolha:

Leia mais

Sociologia. Resumo e Lista de Exercícios LIVE 01/10/17

Sociologia. Resumo e Lista de Exercícios LIVE 01/10/17 Sociologia Resumo e Lista de Exercícios LIVE 01/10/17 1. Imaginação Sociológica a. História x Biografia i. História à entender o que formou e influenciou o contexto em que o indivíduo está inserido ii.

Leia mais

Comportamento do consumidor Parte Preferências do Consumidor 2. Restrições Orçamentárias 3. A Escolha do Consumidor

Comportamento do consumidor Parte Preferências do Consumidor 2. Restrições Orçamentárias 3. A Escolha do Consumidor Comportamento do consumidor Parte 1 1. Preferências do Consumidor 2. Restrições Orçamentárias 3. A Escolha do Consumidor Comportamento do consumidor Há 3 etapas no estudo do comportamento do consumidor.

Leia mais

ASPECTOS DA DIMENSÃO HUMANA NA ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL

ASPECTOS DA DIMENSÃO HUMANA NA ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL ASPECTOS DA DIMENSÃO HUMANA NA ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL RH e Administração da Empresa A organização se constitui a partir da somatória de esforços individuais orientados para objetivos grupais pré-determinados.

Leia mais

3 Aprendizado por reforço

3 Aprendizado por reforço 3 Aprendizado por reforço Aprendizado por reforço é um ramo estudado em estatística, psicologia, neurociência e ciência da computação. Atraiu o interesse de pesquisadores ligados a aprendizado de máquina

Leia mais

Construção de uma Ferramenta para Evoluir Estratégias e Estudar a Agressividade/Cooperação de uma População submetida ao Dilema dos Prisioneiros

Construção de uma Ferramenta para Evoluir Estratégias e Estudar a Agressividade/Cooperação de uma População submetida ao Dilema dos Prisioneiros Construção de uma Ferramenta para Evoluir Estratégias e Estudar a Agressividade/Cooperação de uma População submetida ao Dilema dos Prisioneiros generalizá-lo para várias outras situações, como em problemas

Leia mais

TEORIA DOS JOGOS, UMA FERRAMENTA PARA A ESTRATÉGIA DAS ORGANIZAÇÕES.

TEORIA DOS JOGOS, UMA FERRAMENTA PARA A ESTRATÉGIA DAS ORGANIZAÇÕES. TEORIA DOS JOGOS, UMA FERRAMENTA PARA A ESTRATÉGIA DAS ORGANIZAÇÕES. Marcos Antonio Ribeiro Andrade marcosarandrade@gmail.com FAMATH Daiane Damázio Magda Zeraik Barreto Resumo:A literatura aponta jogos

Leia mais

1 Introdução e Motivação 1.1. Os Objetivos da Tese

1 Introdução e Motivação 1.1. Os Objetivos da Tese 1 Introdução e Motivação 1.1. Os Objetivos da Tese A teoria das opções reais é uma metodologia consolidada para a análise de investimentos sob condições de incerteza. Modelos de opções reais em petróleo

Leia mais

CURSO METODOLOGIA ECONÔMICA. Professora Renata Lèbre La Rovere. Tutor: Guilherme Santos

CURSO METODOLOGIA ECONÔMICA. Professora Renata Lèbre La Rovere. Tutor: Guilherme Santos CURSO METODOLOGIA ECONÔMICA Professora Renata Lèbre La Rovere Tutor: Guilherme Santos Ementa da Disciplina Noções de Filosofia da Ciência: positivismo, Popper, Kuhn, Lakatos e tópicos de pesquisa recentes.

Leia mais

1) A empresa DD é monopolista no setor industrial de retentores de portas. Seu custo de produção é dado por C=100-5Q+Q 2 e sua demanda é P=55-2Q.

1) A empresa DD é monopolista no setor industrial de retentores de portas. Seu custo de produção é dado por C=100-5Q+Q 2 e sua demanda é P=55-2Q. Mercados imperfeitos Monopólio 1) A empresa DD é monopolista no setor industrial de retentores de portas. Seu custo de produção é dado por C=100-5Q+Q 2 e sua demanda é P=55-2Q. a) Que preços a empresa

Leia mais

Programação Linear M É T O D O S : E S T A T Í S T I C A E M A T E M Á T I C A A P L I C A D A S D e 1 1 d e m a r ç o a 2 9 d e a b r i l d e

Programação Linear M É T O D O S : E S T A T Í S T I C A E M A T E M Á T I C A A P L I C A D A S D e 1 1 d e m a r ç o a 2 9 d e a b r i l d e Programação Linear A otimização é o processo de encontrar a melhor solução (ou solução ótima) para um problema. Existe um conjunto particular de problemas nos quais é decisivo a aplicação de um procedimento

Leia mais

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão. AULA 2.4 Oligopólio e Cartel. Isabel Mendes

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão. AULA 2.4 Oligopólio e Cartel. Isabel Mendes Microeconomia II Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 2.4 Oligopólio e Cartel Isabel Mendes 2007-2008 18-03-2008 Isabel Mendes/MICRO II 1 Nos modelos de oligopólio dados

Leia mais

Rua Itapeva 474 5º andar São Paulo SP fgv.br/eesp

Rua Itapeva 474 5º andar São Paulo SP fgv.br/eesp MASTER IN ECONOMICS AND MANAGEMENT O Master in Economics and Management é um curso de pós-graduação lato sensu (especialização) que tem como objetivo de capacitar seus participantes nas modernas ferramentas

Leia mais

O Processo de Trabalho e seus componentes. Horácio Pereira de Faria Marcos A. Furquim Werneck Max André dos Santos Paulo FleuryTeixeira

O Processo de Trabalho e seus componentes. Horácio Pereira de Faria Marcos A. Furquim Werneck Max André dos Santos Paulo FleuryTeixeira O Processo de Trabalho e seus componentes Horácio Pereira de Faria Marcos A. Furquim Werneck Max André dos Santos Paulo FleuryTeixeira Processo de trabalho O modo como desenvolvemos nossas atividades profissionais,

Leia mais

Instituto de Emprego e Formação Profissional. Arquitectura Interna do Computador Trabalho de pesquisa sobre John Von Neumann. Formador: Pedro Santos

Instituto de Emprego e Formação Profissional. Arquitectura Interna do Computador Trabalho de pesquisa sobre John Von Neumann. Formador: Pedro Santos Instituto de Emprego e Formação Profissional Arquitectura Interna do Computador Trabalho de pesquisa sobre John Von Neumann Formador: Pedro Santos Formando: Humberto Santos, nº10 08-09-2011 Arquitectura

Leia mais

INTRODUÇÃO A ECONOMIA AULA 1

INTRODUÇÃO A ECONOMIA AULA 1 INTRODUÇÃO A ECONOMIA espartanos.economia@gmail.com AULA 1 Apresentação elaborada por: Roberto Name Ribeiro/ Francisco Carlos B. dos Santos Adaptado por: Andréa de Souza, MS.c 1 A concepção A economia

Leia mais

CAPÍTULO 6 * JOGOS NA FORMA ESTRATÉGICA COM INFORMAÇÃO COMPLETA

CAPÍTULO 6 * JOGOS NA FORMA ESTRATÉGICA COM INFORMAÇÃO COMPLETA CAPÍTULO 6 * JOGOS NA FORMA ESTRATÉGICA COM INFORMAÇÃO COMPLETA Objetivos: Definir a forma normal ou estratégica para representação de jogos estáticos com informação completa e desenvolver os conceitos

Leia mais

1 Introdução 1.1. Descrição do problema

1 Introdução 1.1. Descrição do problema 1 Introdução 1.1. Descrição do problema As organizações existem, pois todos precisam de bens e serviços para viver e são as organizações as responsáveis por produzir esses bens e serviços através do trabalho

Leia mais

Os Sociólogos Clássicos Pt.2

Os Sociólogos Clássicos Pt.2 Os Sociólogos Clássicos Pt.2 Max Weber O conceito de ação social em Weber Karl Marx O materialismo histórico de Marx Teoria Exercícios Max Weber Maximilian Carl Emil Weber (1864 1920) foi um intelectual

Leia mais

Teoria e Análise das Organizações. Prof. Dr. Onofre R. de Miranda Setembro, 2014

Teoria e Análise das Organizações. Prof. Dr. Onofre R. de Miranda Setembro, 2014 Teoria e Análise das Organizações Prof. Dr. Onofre R. de Miranda Setembro, 2014 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL: Ressaltar a organização enquanto objeto de estudo científico; OBJETIVOS ESPECÍFICOS: o Comparar

Leia mais

Uma Nova Abordagem para Jogos

Uma Nova Abordagem para Jogos 4 Uma Nova Abordagem para Jogos Este capítulo apresentará uma nova abordagem para jogos. Na seção 4.1, jogos serão definidos de uma forma genérica, ou seja, a definição de jogos procurará abranger um grande

Leia mais

Alternativamente pode ser pensado como uma forma de maximizar o minimo ganho possível.

Alternativamente pode ser pensado como uma forma de maximizar o minimo ganho possível. Inteligência Artificial Algoritmo i com cortes Alfa-Beta Ana Saraiva 050509087 Ana Barbosa 050509089 Marco Cunha 050509048 Tiago Fernandes 050509081 FEUP - MIEIC 3ºAno/ºSemestre 1 Introdução O algoritmo

Leia mais

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini /

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini   / Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / andre.belini@ifsp.edu.br MATÉRIA: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO Aula N : 05 Tema:

Leia mais

1

1 Unidade 01 Conceitos: Planejamento - Estratégia é uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma organização, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças, dos seus pontos

Leia mais

O CONCEITO DE TERRITÓRIO COMO CATEGORIA DE ANÁLISE

O CONCEITO DE TERRITÓRIO COMO CATEGORIA DE ANÁLISE O CONCEITO DE TERRITÓRIO COMO CATEGORIA DE ANÁLISE (Autor) Tiago Roberto Alves Teixeira Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão tiago.porto@hotmail.com (Orientadora) Áurea Andrade Viana

Leia mais

CAPÍTULO 5 CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA DOS JOGOS E MEDIDAS DE CONCENTRAÇÃO DE MERCADO

CAPÍTULO 5 CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA DOS JOGOS E MEDIDAS DE CONCENTRAÇÃO DE MERCADO CAPÍTULO 5 CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA DOS JOGOS E MEDIDAS DE CONCENTRAÇÃO DE MERCADO 5.1 INTRODUÇÃO A Teoria dos Jogos é o instrumento natural para a avaliação de poder de mercado em ambientes competitivos.

Leia mais

Organização da Disciplina. O Processo Decisório nas Organizações. Aula 1. Organização da Aula. Contextualização

Organização da Disciplina. O Processo Decisório nas Organizações. Aula 1. Organização da Aula. Contextualização O Processo Decisório nas Organizações Aula 1 Prof. Me. Carolina Walger Organização da Disciplina nas organizações sob condições de poder racional árvore de decisão Metodologia multicritério na tomada de

Leia mais

Teoria dos Jogos na Busca da Vantagem Competitiva MANUAL DO CURSO

Teoria dos Jogos na Busca da Vantagem Competitiva MANUAL DO CURSO Teoria dos Jogos na Busca da Vantagem Competitiva MANUAL DO CURSO ESPM Rua Joaquim Távora, 1.240 Vila Mariana São Paulo - SP Informações Central de Relacionamento: (11) 5081-8200 (opção 1) Segunda a sexta

Leia mais

Pós-Graduação em Finanças e Economia: Especialização em Estratégia & Economia. Ementas das Disciplinas

Pós-Graduação em Finanças e Economia: Especialização em Estratégia & Economia. Ementas das Disciplinas Pós-Graduação em Finanças e Economia: Especialização em Estratégia & Economia Ementas das Disciplinas DISCIPLINAS BÁSICAS MATEMÁTICA BÁSICA 30H-AULA O propósito dessa disciplina é alinhar os conhecimentos

Leia mais

Jogos de Empresas MÓDULO I

Jogos de Empresas MÓDULO I MÓDULO I CONCEITO Jogo de Empresas pode ser definido como um exercício seqüencial de tomada de decisões, estruturado em torno de um modelo de uma situação empresarial, no qual os participantes se encarregam

Leia mais

A questão dos PARADIGMAS. Os modelos de referência

A questão dos PARADIGMAS. Os modelos de referência A questão dos PARADIGMAS Os modelos de referência Paradigmas Paradigmas são modelos ou padrões que servem como marcos de referência São mutáveis com o passar do tempo. Exemplos: _ : Tradicionalmente não

Leia mais

Teoria dos Jogos na Busca da Vantagem Competitiva MANUAL DO CANDIDATO

Teoria dos Jogos na Busca da Vantagem Competitiva MANUAL DO CANDIDATO Teoria dos Jogos na Busca da Vantagem Competitiva MANUAL DO CANDIDATO ESPM Rua Joaquim Távora, 1240 Vila Mariana São Paulo - SP Informações Central de Relacionamento: (11) 5081-8200 (opção 1) Segunda a

Leia mais

5 Decisão Sob Incerteza

5 Decisão Sob Incerteza 5 Decisão Sob Incerteza Os problemas de decisão sob incerteza são caracterizados pela necessidade de se definir valores de variáveis de decisão sem o conhecimento prévio da realização de parâmetros que,

Leia mais

Como estudar e obter nota para aprovação? Teorias da Administração II. Quem é a professora responsável? Qual o objetivo da disciplina?

Como estudar e obter nota para aprovação? Teorias da Administração II. Quem é a professora responsável? Qual o objetivo da disciplina? Teorias da Administração II 1ª aula satélite 19/outubro Profa Giselle Pavanelli Teorias da Administração II Quem é a professora responsável? Qual o objetivo da disciplina? Como estudar e obter nota para

Leia mais

Oligopólio. Capítulo 17. Copyright 2001 by Harcourt, Inc.

Oligopólio. Capítulo 17. Copyright 2001 by Harcourt, Inc. Oligopólio Capítulo 17 All rights reserved. Copyright 2001 by Harcourt, Inc. Requests for permission to make copies of any part of the work should be mailed to: Permissions Department, Harcourt College

Leia mais

Decisões Sequenciais Árvores de Decisão

Decisões Sequenciais Árvores de Decisão Teoria da Decisão Decisão Uni-Objectivo Decisões Sequenciais Árvores de Decisão Árvores de Decisão Uma Árvore de Decisão é uma forma gráfica que se utiliza para representar um conjunto de decisões sequenciais,

Leia mais

Conhecimento Específico

Conhecimento Específico Conhecimento Específico Trabalho em Equipe Professor Rafael Ravazolo www.acasadoconcurseiro.com.br Conhecimento Específico TRABALHO EM EQUIPE Grupo é um conjunto de pessoas que podem ou não ter objetivos

Leia mais

5 CCN 1. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS PROFESSOR Edmundo Tork ENFOQUE SISTÊMICO. Apostila baseada exclusivamente na Obra de Clovis Luis Padoveze 1

5 CCN 1. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS PROFESSOR Edmundo Tork ENFOQUE SISTÊMICO. Apostila baseada exclusivamente na Obra de Clovis Luis Padoveze 1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS PROFESSOR Edmundo Tork APOSTILA 2 TURMA: ENFOQUE SISTÊMICO 5 CCN 1 Apostila baseada exclusivamente na Obra de Clovis Luis Padoveze 1 1 CONCEITO DE SISTEMA E ENFOQUE SISTÊMICO

Leia mais

Campus São Gabriel Componente Curricular: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO...DISCIPLINARIDADE

Campus São Gabriel Componente Curricular: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO...DISCIPLINARIDADE Campus São Gabriel Componente Curricular: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CONSIDERAÇÕES SOBRE...DISCIPLINARIDADE 1. Conceito Parte integrante de uma rede que contém diferentes formas de conhecimento da realidade.

Leia mais

Tomada de decisão na organização

Tomada de decisão na organização Tomada de decisão na organização Importância da tomada de decisão (POLC...) Tipos de problemas e de decisões Incerteza, risco e ambiguidade Elementos do processo de decisão Processo de decisão racional

Leia mais

A prova é SEM CONSULTA. Não são permitidas calculadoras ou quaisquer equipamentos eletrônicos. Celulares devem ser desligados e guardados.

A prova é SEM CONSULTA. Não são permitidas calculadoras ou quaisquer equipamentos eletrônicos. Celulares devem ser desligados e guardados. ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. Primeira Prova 23/10/2007 A prova é SEM CONSULTA. Não são permitidas calculadoras ou quaisquer

Leia mais