Formação/qualificação dos trabalhadores polivalentes no sistema de produção toyotista

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1 Formação/qualificação dos trabalhadores polivalentes no sistema de produção toyotista Marcela Vianna * Resumo: O trabalho proposto é resultado do trabalho de conclusão de curso para o bacharelado em ciências sociais na universidade estadual de londrina, e uma proposta para a monografia a ser desenvolvida durante o ano em curso para a especialização em ensino de sociologia na mesma universidade. Tem por finalidade realizar a análise de alguns elementos que sedimentam o campo material e subjetivo presente no modelo toyotista de gestão da força de trabalho. Buscamos analisar como se efetivaram as transformações nos meios de produção, que passaram a ter uma nova dinâmica, muito mais acelerada, exigindo do trabalhador a constante busca por cursos de qualificação profissional e formação técnica. Portanto, nossa exposição buscará compreender, principalmente, como se dá a formação/qualificação dos trabalhadores a partir da introdução da tecnologia microeletrônica e da gestão toyotista no processo de produção. Abstract: The proposed work is the result of completion of course work for bachelor's degree in social science at the state university of Londrina, and a proposal for the monograph to be developed during the current year for expertise in teaching of sociology at the same university. Its purpose is conducting an analysis of some elements in the material and subjective field of this toyotista model of management of the workforce. We consider the changes in the means of production, which have been given a new dynamic, much more accelerated, requiring the worker to be in constant search for courses of professional and technical training. Therefore, we seek to understand in our exposure, mainly, what changes suffered the training and qualification of workers after the introduction of microelectronics technology and toyotista management in the production process. Os trabalhadores, desde a revolução industrial, resistem à implantação de modelos organizacionais de produção no qual sua autonomia seja comprometida em benefício do aumento da produtividade. O fordismo não rompeu com esses intentos, antes, o reforçou, assim como o taylorismo, através da introdução de medidas extremamente autoritárias voltadas para o controle do processo produtivo, fato que estimulava revoltas operárias, greves, e fortalecia as organizações sindicais. Adotado, de modo ampliado, enquanto princípio de gestão, o fordismo não eliminou, no entanto, o saber tácito dos trabalhadores, isto é, aquele adquirido no chão de fábrica. Isso porque, o trabalhador adquire conhecimentos em sua experiência cotidiana com a maquinaria que lhe possibilita, para Leite (1994, p. 64), resolver problemas não previstos no processo produtivo, e, mais ainda, [...] a resistência se apoiava precisamente no conhecimento que os trabalhadores continuavam a deter sobre a organização do processo de trabalho. * Especialização em Ensino de Sociologia pela UEL. End. eletrônico: marcelavcs@hotmail.com

2 Em certo sentido, esconder do capitalista as melhorias possíveis que poderiam ser introduzidas no processo produtivo, advindas do conhecimento empírico, era uma das formas de resistência dos trabalhadores ao controle rígido da produção. Ou seja, no fordismo existiu uma espécie de racionalização inconclusa, pois todo âmbito da produção se modificara a partir dos princípios racionais, mas estes lograram um controle nãototalizante das variáveis psicológicas do comportamento operário. Segundo Leite (1994, pp ): Convém lembrar também (...), que o advento da máquina, assim como a organização do processo de trabalho que ela propiciou, permitiu ao capital expropriar o saber operário incorporando-o na maquinaria, como forma de aumentar seu controle sobre a força de trabalho. É importante ressaltar, contudo, que nesse momento a expropriação é ainda bastante parcial, tendo em vista que embora parte dos conhecimentos dos artesãos estivessem sendo incorporados nas máquinas, novos conhecimentos relacionados ao funcionamento das próprias máquinas se tornavam necessários. No sistema de produção flexível, que acompanha a implantação do toyotismo, essas variáveis passam a ser cooptadas de maneira mais incisiva, através de mecanismos ideológicos de comprometimento aos objetivos da empresa, como bonificações financeiras e simbólicas individuais, participação nos lucros, sugestões e idéias, etc. Portanto, esse sistema tem como finalidade principal a captação da subjetividade operária, buscando promover um aprofundamento da racionalização do trabalho. Assim, apesar do toyotismo manter o princípio de racionalização do trabalho já presentes no taylorismo e no fordismo, ele busca, ainda, desenvolver o controle do elemento subjetivo no interior da produção capitalista, o que geraria, segundo Giovanni Alves (2000), uma nova subsunção real do trabalho ao capital, que Rui Fausto (1989) denominou subordinação formal-intelectual do trabalho ao capital. Diante da nova organização flexível do trabalho, segundo Fausto, se daria a subsunção formal-intelectual, na qual os trabalhadores possuem conhecimento da utilização das máquinas em todos os níveis da produção devido à automação, no entanto, têm sua subjetividade direcionada para os interesses burgueses, em conseqüência dos mecanismos político-ideológicos utilizados para tanto. Isso significa que os trabalhadores possuem na prática um maior controle da produção, mas não tem um conhecimento mais amplo sobre seus processos e não possuem a organização nem a consciência necessárias para tomar para si o controle da fábrica.

3 Portanto, o aumento da capacidade prática de manejar as máquinas poderia garantir aos trabalhadores a autonomia desejada, mas ela não é suficiente para a libertação do trabalhador caso os mecanismos ideológicos não sejam superados e, como veremos no decorrer do estudo, o conhecimento sobre o funcionamento da produção na sua totalidade e profundidade, não sejam desenvolvidos pelo sistema educacional. Um dos pontos primordiais para compreendermos a importância da organização flexível é saber por que e como se dá a aceitação e, mais ainda, a participação da força de trabalho neste processo. Desta forma, entenderemos as razões pelas quais o toyotismo é considerado uma forma superior do fordismo, um aprimoramento deste, introduzido em um contexto de profundas transformações e problemas para a acumulação ao mesmo tempo em que se intensificava a resistência dos trabalhadores aos métodos de gerenciamento propostos por Ford. Dentre essas inovações, destaque-se a existência dos CCQ s, ou Círculo de Controle de Qualidade, a flexibilidade das relações de produção e suas conseqüências, que são, de acordo com nossa análise, duas das principais armas políticoideológica do sistema flexível toyotista, no sentido do controle da força de trabalho e, ainda, de maior extração de mais-valia com consentimento dos mesmos. Procuraremos, portanto, explicitar como se dá essa dominação levando em conta que estes mecanismos tomam formas diversas a partir de sua disseminação para outras empresas do ramo automobilístico e de outros ramos da produção social mundial. O toyotismo, assim como taylorismo e o fordismo, não é apenas uma forma de gerenciamento da produção. Amarra-se à totalidade do modo de produção capitalista e sua dinâmica interna. No caso do toyotismo, não resulta de um contexto qualquer de desenvolvimento do capitalismo. Sua formatação se dá nos quadros da crise global do capital, iniciada nos finais dos anos 1960, do esgotamento das práticas administrativas de extorsão da força de trabalho propostas pelo taylorismo-fordismo e da mudança sóciotécnica das forças produtivas. Conseqüentemente, analisá-lo em seus pressupostos eminentemente gerenciais torna-se limitado. Do mesmo modo, é impossível apreender o toyotismo em sentido puro. O próprio método gerencial sofre transformações no interior das diversas realidades capitalistas e comporta uma determinada processualidade. Razão pela qual já foi afirmado que, no Japão, o gerenciamento é toyotista, enquanto que, no Brasil, por exemplo, é nissei.

4 A integração do trabalhador na gestão da fabrica, através dos CCQ s, tenta satisfazer uma antiga exigência dos trabalhadores pelo controle da produção, que esteve em pauta nos movimentos sindicais ao longo de todo o século XX e que motivou muitas greves. O sistema se apresenta como de caráter autogestionário, transmitindo a falsa compreensão de que o bom desempenho produtivo e a organização do trabalho são responsabilidades dos trabalhadores. Entretanto, o faz de forma aparente: É preciso lembrar, no entanto, que esse modelo que exige dos trabalhadores a energia mental, e não apenas a força física, limita sua participação ao mundo concreto da atividade produtiva. Estão fora de seu alcance, o planejamento estratégico e os rumos da empresa, de seus lucros e de suas decisões, entregues a um núcleo dirigente, representante de acionistas. Um muro de informações, decisões privilegiadas e de processos que se realizam a partir de seu trabalho, quando retornam a eles, vêm totalmente filtrados, codificados e mascarados, apresentando apenas os frágeis vínculos de algum interesse tido como comum e que possa mantê-los ideologicamente motivados (MINAYO, 2004, p. 37). Ou seja, é essencial ter em conta que o controle da produção por parte dos trabalhadores, no toyotismo, é um engodo, já que possui a finalidade exclusiva de aumento da produtividade, sem romper com princípio de separação entre quem concebe e quem realiza o trabalho, uma vez que o planejamento das atividades continua a estar centrado, fundamentalmente, na gerência. Portanto, a polivalência proposta pelo toyotismo está distante de representar a constituição do ser social omnilateral, tal como pensado por Marx. Por outras palavras, não apenas persiste a separação de concepção e execução do trabalho, como também a separação dentro da própria concepção, onde a administração estabelece as metas e os operários apenas sugerem melhorias no processo produtivo, logrando atingi-las com mais facilidade e menos gastos. Com a simples separação entre concepção e execução do trabalho, os trabalhadores enxergavam sua condição como um mero meio de produção, sua criatividade e subjetividade estavam excluídas do processo produtivo. Quando, através dos CCQ s, passam a fazer uso de sua criatividade através de sugestões refletidas de sua prática, o trabalho deixa de ter como característica apenas o fazer ' e incorpora novamente um saber, o que acaba por modificar toda a estrutura das relações fabris. Com a introdução de valores de autonomia dos trabalhadores, e com estímulos como bonificações por produtividade, participação coletiva na gestão, incentiva-se a

5 concepção de que o trabalhador é parte viva da empresa, ele sente-se como realmente pertencendo a esta: assim, quanto mais esforçado o trabalhador, melhor seria, segundo a proposta toyotista, o desempenho da empresa, e, conseqüentemente, melhor seria a sua condição de vida. Essa motivação certamente traz aumentos de produtividade, e, se não resolve, ao menos atenua uma das contradições internas do capitalismo. Sobretudo ao gerar, no trabalhador, o sentimento de pertencimento à empresa, de modo a conceber o desempenho desta como atrelado a suas condições de existência. Torna comum entre trabalho e capital o objetivo que sempre foi deste último, ou seja, a necessidade de acumulação, o que representa uma nova forma de controle do capital sobre a força de trabalho, Tanto os ideólogos dessas novas formas de gerenciamento quanto os dirigentes de empresas que as praticam tentam nos convencer de que estas empresas funcionam segundo o modelo das cooperativas. Todo um esforço é realizado para nos convencer de que os princípios e valores próprio às estruturas cooperativas como a participação, a iniciativa, o espírito de equipe, a solidariedade, o apelo à criatividade, a responsabilidade e a possibilidade de compartilhar um projeto comum, estão também presentes nas empresas capitalistas contemporâneas (LIMA, 1996, p. 51). Desta maneira, o objetivo de acumulação aparentemente deixa de ser imposto por um ''inimigo" e passa a ser uma busca consensual. Isso torna possível para o capitalista controlar a produção sem, aparentemente, precisar de medidas autoritárias, com se evidenciava, diretamente, no terreno das práticas fordizadas e no papel ocupado pela gerência e capatazes. Ao mesmo tempo, a hierarquia rígida, postulada pelo taylorismo e fordismo, através da separação entre concepção e execução do trabalho, é aparentemente anulada pela nova forma de gestão, no qual os trabalhadores participam e são considerados como essenciais para o aumento da produtividade. O resultado desse processo é um controle mais sutil do que o despotismo taylorista das fábricas, o que torna a empresa contemporânea um lócus mais eficiente para modelar as aspirações dos trabalhadores em consonância com os objetivos do capital (WOLFF; CAVALCANTE, 2006, p.249). Com essas novas formas de gestão, no qual o trabalhador "participa da administração", o conhecimento empírico desenvolvido por ele é apropriado pelo

6 capitalista, e não de forma explicitamente autoritária, mas através do consentimento, já que essa lógica de gestão faz com que a força de trabalho se sinta responsável pelo desempenho e competitividade da empresa, colocando seu conhecimento a serviço dela. Portanto, o conhecimento que ele desenvolvia empiricamente, seu saber tácito, e que lhe era útil como forma de resistência individual frente ao controle do capitalista, perde esse caráter de resistência e assume um caráter de colaboração. Assim, a construção de uma idéia de autonomia e autogestão, tem implicações estruturais no processo de controle do trabalho pelo capital e no processo de captação da subjetividade operária, satisfazendo necessidades de produtividade e de atenuação no conflito entre o trabalhador e o capitalista. Sob o novo sistema flexível, portanto, desenvolve-se uma nova atenção ao corpo de funcionários e à conquista da sua implicação aos objetivos da empresa, articulando-as a uma maior eficiência no funcionamento do espaço de trabalho propriamente dito. Disto decorre que os controles explícitos e autoritários do fordismo cederam lugar ao controle exercido pelos trabalhadores, uns sobre os outros. Os trabalhadores passam a ser os gerentes de si mesmos, atendendo assim às necessidades da acumulação. Segundo Lima (1996, p.19): Para convencer os trabalhadores da coerência e integridade da empresa, conhecimentos sobre psicologia e sociologia são usados, fazendo com que os indivíduos sejam controlados através da interiorização das exigências que agora são de ordem política, econômica, ideológica e psicológica. Portanto, a diferença no sistema de gerenciamento está principalmente na abrangência da sua aplicação. Tais mudanças são freqüentemente explicadas por seus defensores como mero reflexo do avanço da ciência, dando uma aparência mais coerente e lógica ao processo. Contudo, essa interpretação mascara os verdadeiros motivos, pois naturaliza a inserção da ciência e tecnologia no universo do trabalho e as colocam de forma fetichizada como elementos determinantes da superação da sociedade de classes. Além disso, as estratégias utilizadas para persuadir os trabalhadores sobre a coerência e integridade da empresa são evidentemente mais sofisticadas, pois recorrem a descobertas da psicologia e sociologia, o que Lima considera como a união de duas escolas rivais: a escola das relações humanas com a escola clássica. Segundo Tragtenberg (apud GOMES E SILVA, 2004, p. 77):

7 No plano metodológico, a Escola das Relações Humanas é behaviorista, procura por intermédio de estímulos adaptar o indivíduo ao meio sem transformar o meio. Há ênfase, nos testes psicológicos aplicados pelos conselheiros, na adaptabilidade como categoria básica para medir o comportamento operário. [...] Essa escola procura acentuar a participação do operário no processo decisório, quando a decisão já é tomada de cima, na qual ele apenas reforça. Para isso, muito dos investimentos são feitos nos recursos humanos (RH) da empresa. Esses investimentos servem para valorizar tanto as exigências materiais, como a bonificação salarial, quanto às de ordem psicológica, como o incentivo à tomada de iniciativa. Tem-se, como exemplo, a conciliação de recompensas econômicas com aquelas de ordem simbólica. Um dos aspectos importantes é a consideração do trabalhador como capital humano 1, e, portanto, sua conversão em uma espécie de bem que merece investimento. Tratado enquanto capital humano, o trabalhador passa a significar um dos determinantes básicos para o aumento da produtividade e um dos elementos essenciais para a superação do atraso econômico. Portanto, com o advento do toyotismo, as empresas passam a investir muito mais na formação dos trabalhadores, porém não para melhorar suas condições de existência e sim para elevar os lucros da própria empresa. Segundo Souza (2003, p. 185): Esses investimentos em formação/qualificação da força de trabalho, no contexto da produção capitalista não se materializam para atender os interesses da classe trabalhadora, no sentido de melhorar sua vida, com potencial emancipador, mas sim para tornar ainda mais eficazes as relações de dominação. Vistos no contexto da reprodução ampliada, os investimentos em educação devem ser concebidos como investimentos em capital variável para otimizar os investimentos em capital constante e, desse modo, garantir o aumento na produtividade, além de funcionar como um eficiente mecanismo de conformação do conflito de classe no campo da política educacional (...). Isso se torna importante para compreendermos que os investimentos em qualificação se restringem apenas aos conhecimentos técnicos, relacionados à tecnologia investida nas empresas e, portanto, subordinado ao controle do capital. Assim, a educação e 1 [...] de acordo com os teóricos do capital humano, a formação ou qualificação da força de trabalho constitui um dos fatores fundamentais para explicar economicamente as diferenças de capacidade de trabalho e, conseqüentemente, as diferenças de produtividade e renda. Se, do ponto de vista macroeconômico, o investimento no fator humano passa a significar um dos determinantes básicos para o aumento da produtividade e elemento de superação do atraso econômico, do ponto de vista microeconômico, tal investimento constitui o fator explicativo das diferenças individuais de produtividade e de renda e, conseqüentemente, de mobilidade social (FRIGOTTO apud SOUZA 2003, p. 181).

8 a formação humana passam a ter as necessidades e as demandas do processo de acumulação do capital, como sujeito definidor, ou seja, passam a ser subordinadas e reguladas pela esfera privada e à sua reprodução. (FRIGOTTO, 1996) Segundo Júlio (2003), as novas máquinas de base tecnológica microeletrônica possibilitam que o tempo de treinamento necessário para operá-las seja reduzido drasticamente, já que exige muito menos da destreza do trabalhador. Assim, o trabalhador de oficio se torna cada vez mais supérfluo para a empresa, que, agora, pode substituí-los por outros operários sem tantos gastos com treinamento, diminuindo em grande proporção a capacidade de barganha do operariado em geral. Com a extinção dos antigos ofícios, os conhecimentos da produção são substituídos por novos conhecimentos que, no entanto, são formais e voláteis, possibilitando a transformação do trabalhador em um indivíduo polivalente, capaz de operar máquinas com diferentes funções, mas perdendo, na realidade, o conhecimento da realização da produção. As transformações nos meios de produção passaram a ter uma nova dinâmica, muito mais acelerada, que exigem do trabalhador a constante busca por cursos de qualificação profissional e formação técnica. Esses conhecimentos adquiridos são voláteis, pois, na mesma velocidade em que se transformam os meios de produção, eles devem ser renovados. Assim, se inserem na mesma lógica de produção destrutiva, analisada por Mészáros (2002), onde as máquinas, os valores-de-uso e também o conhecimento dos trabalhadores se tornam descartáveis, sendo substituídos constantemente pelo acelerado desenvolvimento tecnológico. Desta forma, o trabalhador, além de ter uma jornada de trabalho estafante, busca no seu tempo livre a constante requalificação, para não ser substituído por um trabalhador mais atualizado. Ou seja, o desenvolvimento da tecnologia, sob o domínio do capital, não apenas não possibilita mais tempo livre, como na verdade, aumenta a carga de trabalho necessária para que o trabalhador se mantenha qualificado e, conseqüentemente, tenha menos chances de perder seu posto de trabalho. Assim, o potencial da informática passa a significar uma exploração extrema do trabalho vivo, sem que para isso haja necessidade de uma coerção explícita por parte da empresa. Esta é substituída pela concorrência dos próprios trabalhadores entre si, ou seja, a coerção da livre concorrência do mercado. Podese afirmar que nessa nova etapa na qual o trabalhador corre atrás de sua qualificação, em

9 nome da empregabilidade, mais uma vez estão presentes os impactos provocados pelos pressupostos do toyotismo sobre a força de trabalho. Assim, (...) podemos observar (...) novas formas de exploração que combina mais-valia absoluta e mais-valia relativa. A primeira mais-valia absoluta se manifesta na extensão da jornada de trabalho via treinamento de qualificação, visto que essa qualificação é volátil e não traz nenhum retorno ao trabalhador a não ser sua conservação em seu posto de trabalho, o produto desenvolvido no interior da atividade de treinamento se caracteriza por um produto abstrato e pode ser transportado para o interior da jornada formal de trabalho. Uma forma inédita de recriação de formas passadas de exploração do trabalho que vem (mais-valia absoluta subsumida à mais-valia relativa) alimentar o processo de exploração sob a forma predominante de mais-valia relativa no interior da jornada formal de trabalho. (JÚLIO, 2003, p. 135). Observe-se, ainda, que o processo de treinamento e qualificação, portanto, seria uma forma de estender a jornada de trabalho não remunerada, ao passo que atendem unicamente às necessidades do capital, não aumentando o poder de barganha do trabalhador e nem o aproximando de uma possível emancipação. Para Marx (1978, pp ): O tempo é o campo do desenvolvimento humano. O homem que não dispõe de nenhum tempo livre, cuja vida, afora as interrupções puramente físicas do sono, das refeições, etc., está toda ela absorvida pelo seu trabalho para o capitalista, é menos que uma besta de carga. É uma simples máquina, fisicamente destroçada e espiritualmente animalizada, para produzir riqueza alheia. E, no entanto, toda a história da moderna indústria demonstra que o capital, se não se lhe põe um freio, lutará sempre, implacavelmente, e sem contemplações, para conduzir toda classe operária a este nível de extrema degradação. Observamos, portanto, em nosso estudo que o capital busca, ao longo do século XX e início do século XXI, desenvolver técnicas cada vez mais arrojadas de captação da subjetividade do trabalhador, como forma de controle do capital sobre o trabalho. Ao longo da história, o capital sempre concentrou esforços com a finalidade de obter maior controle sobre o trabalho, criando diferentes mecanismos para isso. No entanto, essas formas de dominação não são assimiladas passivamente pelos trabalhadores que desenvolvem formas de resistência coletivas ou individuais. Esse se torna um dos motivos primordiais que exigem transformações constantes na forma de gerenciamento capitalista. Como vimos, à medida que estas modificações gerenciais vão se consolidando em ramos específicos e gerais da produção social, a organização do trabalho conduz a mecanismos de maior implicação do trabalhador. Principalmente com referência ao modelo

10 de acumulação toyotista, este estudo se restringiu a delimitar de maneira crítica seus princípios organizativos, mecanismos de dominação ideológica, e algumas das suas conseqüências na vida prática do trabalhador. Ou seja, a forma em que se apresenta hoje o embate histórico entre capital e trabalho pelo controle do processo produtivo. O objetivo deste trabalho foi, portanto, desenvolver um estudo teórico sobre as transformações do mundo do trabalho para que, posteriormente, se torne a base de um estudo de caso em uma indústria automobilística ainda não delimitada. Assim, poderemos analisar como a classe operária tem resistido a esse processo de intensificação da racionalização do trabalho no interior da fábrica. Referências: ALVES, Giovanni. O Novo (e Precário) Mundo do Trabalho: reestruturação produtiva e crise do sindicalismo. São Paulo: Boitempo, ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. São Paulo: Boitempo, ANTUNES, Ricardo. A Era da Informatização e a Época da Informalização: Riqueza e Miséria do Trabalho no Brasil In:. (Org.). Riqueza e Miséria do Trabalho no Brasil. São Paulo: Boitempo, BRAVERMAN, Harry; O Trabalho e o Capital Monopolista: a degradação do trabalho no século XX. Rio de Janeiro: Guanabara, FAUSTO, Ruy; A Pós-Grande Indústria nos Grundrisse (e para além deles). Revista Lua Nova, n 19, FREYSSENET, Michel; A Divisão Capitalista do Trabalho. Tempo Social; Revista Sociol. USP, São Paulo, 2 sem FRIGOTTO, Gaudêncio; Educação e a Crise do Capitalismo Real. São Paulo: Cortez, GOMES E SILVA, Felipe Luiz; A Fábrica como Agência Educativa. Araraquara: Cultura Acadêmica, GORZ, André; Crítica da Divisão do Trabalho. São Paulo: Martins Fontes, GOUNET, Thomas; Fordismo e Toyotismo na civilização do automóvel. São Paulo: Boitempo, JÚLIO, Marcelo; Crise do Capital, Reestruturação Produtiva e Qualificação Profissional. in Desafios do Trabalho; Maringá: Práxis, LEITE, Márcia de Paula; O Futuro do Trabalho: novas tecnologias e subjetividade operária. São Paulo: Scritta, LIMA, Maria Elizabeth Antunes; Os Equívocos da Excelência ; Rio de Janeiro: Vozes, MARX, Karl; O Capital Para Crítica à Economia Política. São Paulo: Abril Cultural, MARX, Karl. O Capital O Processo de Produção Capitalista, Livro 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, MARX, Karl. O Capital - Capítulo VI Inédito. São Paulo: Moraes, 1985.

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