CAPITALISMO FINANCEIRO OU CAPITALISMO MONOPOLISTA. Gustavo Rodrigues Lemos - EPUFABC

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Mauro Furtado Amado
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1 CAPITALISMO FINANCEIRO OU CAPITALISMO MONOPOLISTA Gustavo Rodrigues Lemos - EPUFABC

2 Capitalismo Financeiro Após a II Revolução Industrial (~1850), as disputas entre os países se tornaram ainda maiores. Neste período, a Inglaterra já não era a única potência e nem monopolizava o processo de inovação industrial. Seus principais concorrentes eram: Alemanha França Estados Unidos Japão

3 Capitalismo Financeiro Os bancos exercem um papel central no processo de desenvolvimento e expansão das na fase monopolista do capitalismo. A chamada financeirização da economia é fundamental para se compreender essa fase do capitalismo.

4 Capitalismo Financeiro Mais investimentos dos Bancos Maior capacidade de expansão das empresas Competição crescente entre as empresas Capitalismo oligo-monopolistas Diminuição do número de empresas no mercado Somente as maiores empresas conseguem se expandir

5 PRÁTICAS ECONÔMICAS MONOPOLISTAS

6 Monopólio x Oligopólio Situação na qual uma única empresa controla um determinado setor do mercado, ou a maior parte dele. Ex: Microsoft Situação na qual um pequeno grupo de empresas controla um determinado setor do mercado. Ex: Telefonia Móvel: Vivo, Claro, Oi, Tim, Nextel Televisão: Globo, SBT, Record, Bandeirantes

7 Cartel Os carteis são associações ilegais entre um grupo de empresas, que assumem um acordo de não concorrerem entre si e não se prejudicarem, com o objetivo de controlar o mercado. Ex: Postos de gasolina em cidades do interior todos os postos vendem gasolina a um mesmo valor, e um valor alto, de forma que todos os postos lucrem, e os consumidores não tenham opções.

8 Trustes Associação financeira, resultado da fusão de duas ou mais empresas em uma única empresa, que passa a controlar uma fatia maior do mercado. Ex: União entre a Perdigão e Sadia (atual BRF)

9 Holding Uma empresa que detém o controle das ações de uma série de outras empresas, criada com a função de administrá-las, e que não necessariamente atuam no mesmo ramo do mercado. Ex: Coca-Cola Company (Coca-Cola, Monster, Guaraná Jesus) PEPSICO (Pepsi, KFC, Pizza Hut, Ruffles, Doritos) P&G (Pringles, Gilette, Lacoste, Oral-B, Old Spice)

11 Dumping (extra, que não comentei em sala) O dumping consiste numa prática econômica, na qual uma empresa coloca no mercado um produto abaixo do seu custo de produção ou do custo médio daquele produto no mercado. Com isso, apesar de eventuais prejuízos, ela consegue eliminar os concorrentes mais fracos, que não tem capacidade de vender produtos similares a preços baixos. Dessa forma, o dumping permite às empresas controlarem o mercado ao mesmo tempo em que elimina seus concorrentes.

12 ESPECULAÇÃO FINANCEIRA E A TERCEIRA FASE DA DIT

13 Capitalismo Financeiro No Capitalismo Financeiro, como dito, os bancos passaram a exercer cada vez mais influência no setor produtivo/industrial, mas também no setor político da sociedade. Sua atuação no setor produtivo se dá, geralmete, através de aquisições das empresas e por atividades de especulação. No setor político, há também a especulação, e o controle e influência sobre as ações que os Estados e seus governantes devem tomar.

14 Capitalismo Financeiro O que é a especulação? Ela pode ser entendida como uma prática que visa produzir lucros rápidos, sem que se produza necessariamente alguma coisa nova. Em outras palavras, a especulação é a tentativa de comprar algo mais barato e vendê-lo por um preço mais elevado.

15 Financeirização e III Fase da DIT O Capitalismo Financeiro se estabelece enquanto modelo durante a Terceira Fase da Divisão Internacional do Trabalho, com o surgimento das chamadas Empresas Transnacionais, também chamadas de ETs. Os financiamentos dos bancos permitiram um impulso dessas Empresas para outras regiões, que passaram a se industrializar.

16 Divisão Internacional do Trabalho (DIT) Divisão Econômica e Política em âmbito Internacional, onde cada região fica responsável pela produção de um determinado produto. Três Fases da DIT: 1. Capitalismo Mercantil (sec. XV e XVI) 2. Capitalismo Industrial (sec. XVII ao XIX) 3. Capitalismo Financeiro (metade do sec.xx~) REVISÃO

17 Terceira Fase da DIT Desenvolvidos Produção de bens industrializados e de alta tecnologia; Grande concentração de capital e capacidade de investir em outros países; Regime de Trabalho Assalariado; Subdesenvolvidos Produção de matériasprimas e outros produtos primários, com algum grau de industrialização; Importação mista (sobretudo de bens industrializados); Regime de Trabalho Assalariado; REVISÃO

18 Expansão das ETs A expansão das ETs se deu tanto por interesses comerciais quanto por interesses políticos. Dentre as motivações econômicas, destacam-se: Redução dos custos de exportação (como os custos com transporte e taxas alfandegárias) Redução dos custos de produção (menores salários na periferia, além de maior facilidade de acesso aos bens primários) Garantia do monopólio (devidos os riscos envolvendo a quebra de contrato ou de licenciamento)

19 Expansão das ETs Além desses fatores, há de se considerar os interesses políticos dos Estados da periferia em se industrializar. Esse interesse levou esses Estados a gerarem incentivos a entrada dessas empresas, como a redução dos juros ou das regras de controle sobre a emissão de lucros para o exterior.

20 MODELOS DE PRODUÇÃO

21 Taylorismo Criada por Frederick Taylor, em 1911, o modelo taylorista baseia-se nas seguintes práticas: Redução do tempo de produção Especialização das tarefas Trabalho repetitivo

22 Fordismo Criado por Henry Ford, nos anos 1920, o fordismo é uma espécie de aplicação do modelo taylorista à indústria de automóveis. Além dos outros elementos do taylorismo, acrescenta-se a ideia de linha de montagem: Redução do tempo de produção Especialização das tarefas Trabalho repetitivo Linha de montagem

23 Fordismo A grande inovação da linha de montagem é permitir que os trabalhadores não precisassem se mover dentro da fábrica, e sim os produtos se movessem.

24 Taylorismo-Fordismo O modelo taylorista-fordista teve impactos significativos na sociedade e no ambiente de trabalho, tendo contribuído ainda para a criação da chamada sociedade de consumo. Entre os principais impactos, destaca-se: Separação do espaço de trabalho do espaço da vida ; Baixa qualificação da mão-de-obra; Sociedade de consumo; Crescimento das cidades e dos subúrbios; Tempos Modernos Cena da Fábrica Charles Chaplin faz uma grande crítica ao modelo taylorista-fordista no filme Tempos Modernos.

25 Terceira Revolução Industrial As transformações que a Terceira Revolução Industrial trouxe são importantes para se compreender a implementação do modelo toyotista. A III Rev. Industrial baseou-se principalmente por inovações em: Biotecnologia Informática Automação e robótica Genética

26 Toyotismo O modelo Toyotista surge no Japão, durante a década de 1970, inventado por Taiichi Ohno. O modelo toyotista surge em oposição ao modelo fordista, e também pode ser chamado de modelo de produção flexível. Uma das principais preocupações do modelo toyotista é o de como lidar com uma demanda flexível, ao mesmo tempo em que procura se livrar dos altos custos que envolvem a estocagem de produtos.

27 Toyotismo Células equipes de trabalho Just in time Produção voltada para a demanda, ou seja, de acordo com as vontades do consumidor; Mão-de-obra qualificada Necessidade de qualificação para se utilizar das novas tecnologias, como a robótica e a informática; Maior controle de qualidade

28 Terceirização Dentre os principais impactos do toyotismo, pode-se falar da precarização do trabalho que a acompanha, devido ao processo conhecido como terceirização. A terceirização é o processo pelo qual uma empresa contrata uma outra empresa para a realização de determinada tarefa geralmente serviços de limpeza, segurança e de tele atendimento/telemarketing.

29 Terceirização do Trabalho Vantagens Redução dos custos com funcionários; Redução dos gastos com direitos trabalhistas; Redução dos problemas com segurança do trabalho, indenizações e questões desta natureza. Desvantagens Precarização do trabalho; Diminuição dos direitos dos trabalhadores; Diminuição dos salários dos trabalhadores terceirizados; Menor estabilidade no emprego; Ausência de organização sindical/trabalhista;

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