Trabalho no Capitalismo

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1 Acumulação e Mais-Valia Prof. Dr. Marcelo Lima marcelo.lima@ufes.br

2 Valor-de-uso - Toda Riqueza é Produzida pelo Trabalho(Pety, Smith, Ricardo e Marx). - O Trabalho Humano acrescenta Valor- de-uso (utilidade) às matérias primas. - O valor se agrega na matéria quando nela é impresso a marca do trabalho socialmente útil. - Não é a mera transformação que agrega valor de uso (ex: enxugar gelo, desentortar bananas, demolir ou desfazer coisas gratuitamente). - As transformações sucessivas de uma matéria imprime mais e mais tempo de trabalho, o faz variar o valor. ex: semente (plantar, colher, separar), algodão (plantar, semear e colher), fio (fiar, enrolar), tecido (tecer), roupa (riscar, cortar e costurar), comércio (distribuir, divulgar, estocar,vender vender).

3 Trabalho no Capitalismo Formas Pré-Capitalistas Escravidão / Servidão Trabalho para Subsistência Trabalho Artesanal - Doméstico - Força Física - Baixa tecnologia - Ferramentas - Integral - Autônomo - Autogestão Inexistência de Direitos Sociedade Estamental Capacidade de produção < / = Capacidade de consumo

4 Valor-de-troca - O Valor de troca depende da relação oferta X demanda. - Só tem Valor-de-troca aquilo que tem utilidade material ou imaterial e é em algum grau escasso. - Nem todo trabalho gera valor, mas todo valor é gerado por ele. - O Valor-de-troca depende do valor de uso, mas não depende só da transformação material, também decorre da transformação simbólica- imaterial. - O Valor-de-troca agregado aos produtos depende do Valor-de de-uso material e imaterial gerado pelo trabalho impresso nos produtos.

5 Teoria do Valor - O empregador investe seu capital, adquire maquinário, insumos e mobiliza força de trabalho para transformar matéria-primas em produtos com mais valor de uso para vendê-las como mercadoria; - Neste processo devolve ao trabalhador uma pequena parte que servirá como salário para alimentar e reproduzir a força de trabalho. - A Mais-valia é quantidade de tempo de trabalho não paga pelo empregador ao trabalhador que é apropriada pelo capitalista na forma de lucro.

6 Mercadorias postas em movimento pelo Capital por meio do Trabalho Força de Trabalho Força Física Conhecimento Organização Máquinas Ferramentas Galpão Instalações em Geral Insumos Água Energia Alimentação Matérias Primas Objetos a serem Montados e Transformados

7 Teoria do Valor (Capital Produtivo) D (Dinheiro Investido) M (Mercadorias) Matérias Primas Material a ser modificado durante a Produção; Insumos energia / Material Consumido no processo produtivo; Máquinas e Força de Trabalho M' (Mercadoria com Valor de uso e Valor de troca Agregado matéria prima transformada relativamente escassa com preço) D' D'Recurso financeiro resultante da venda do Produto Final

8 Investi mento Ciclo do Capital Empresa Produção (10 x) Investi mento Custos Transporte (4 x) Lucro Faturamento Lucro Distribuição (2 x ) Empregador Consumo ( x )

9 Mais-valia Absoluta - É a mais-valia cujo aumento se dá pela ampliação da CHT ou jornada de trabalho; historicamente os empregadores implantaram regimes de 12 a 16 horas de trabalho; Quais as estratégias capitalistas de ampliação da mais-valia?

10 Mais-valia Absoluta Exemplo 01- Carpinteiro Produção: 30 Cadeiras/ Mês Preço unitário 100,00 CHT - 10 horas/dia Produção ,00 Salário - 300,00 Mais-Valia - 9 horas Lucro ,00 Exemplo 02- Carpinteiro Produção: 36 Cadeiras/ Mês Preço unitário 100,00 CHT - 12 horas/dia Produção ,00 Salário - 360,00 00 Mais-Valia - 10,8 horas Lucro ,00 00

11 Mais-valia Relativa É a mais-valia cujo aumento se dá pela intensificação da velocidade do trabalho; a implantação das máquinas produziu um intensa aceleração dos processos produtivos. Quais as estratégias capitalistas de ampliação da mais-valia?

12 Mais Valia Relativa Exemplo 01 - Carpinteiro Produção: 30 Cadeiras/ Mês Preçounitário 100,00 CHT - 10 horas/dia Produção ,00 Salário - 300,00 Mais-Valia - 9 horas Lucro ,00 Exemplo 03- Carpinteiro Produção: 120 Cadeiras/ Mês Preçounitário 100,00 CHT - 8 horas/dia Produção ,00 Salário - 600,00 Mais-Valia - 7,5 horas Lucro ,00

13 Trabalho no Capitalismo Economia Fabril Trabalho Livre - Alienado - Assalariado Mão de obra - Abstrato Crescente - Fragmentado Produção em - Heterogestão Massa para consumo em massa { Exploração baseada na extração de mais-valia absoluta e relativa Máquina à vapor Máquinas Elétricas Tecnologia eletromecânica Criação dos Direitos Sociedade Dividida em Classes Sociais Desigualdade, Mobilidade Social e Desemprego Constitutivo à Acumulação Capacidade de Produção > Capacidade de Consumo

14 Revolução Agrícola ONDAS DE TRANSFORMAÇÃO Revolução Industrial Revolução da Informação Até 1750 DC 1970 PARADIGMAS DO PODER POLÍTICO E ECONÔMICO Posse da terra/ território Capital financeiro Conhecimento

15 Massa de Mais-valia Estratégias para agir ao nível da empresa como um todo de ampliação da Massa de Mais-Valia Valia: 1) + PRODUTIVIDADE GLOBAL : Redução do tempo de trabalho para produção de cada unidade de bem produzido para permitir a redução do número total de trabalhadores por meio de: a) Mudanças Organizacionais (alterações na forma de organizar e gerenciar os trabalhadores- ex: parcelamento por tarefas, taylorismo, polivalência) e b) Mudanças Tecnológicas (máquina ferramenta substitui ferramenta - tecnologia capaz de acelerar (ou realizar mais) as operações produtivas.

16 Massa de Mais-valia Estratégias Macro estruturais de Ampliação da Massa de Mais-Valia: 2) REDUÇÃO DE CUSTOS DE REPRODUÇÃO - transferência para a sociedade/estado de custos e riscos ( socializar os custos e privatizar os lucros) a) Infra Estrutura: Construção de Ferrovias, Portos e Rodovias Investimentos de Implantação e Manutenção; b) Reprodução da Força de Trabalho: Educação Profissional c) Segurança, Saúde, Lazer, Vacinação,etc

17 Limites à extração de mais-valia - Físicos a)mais-valia Abscoluta ( fadiga muscular / perda de atenção / Baixa no sistema imunológico); b) Mais-valia Relativa (LER / DORT / comprometimento da articulações e tendôes) - Psicológicos Mais-valia Abscoluta - Relativa (Embotamento / Perda de Iniciativa e Criatividade / Retrabalho / conflitos no trabalho).

18 Limites à extração de mais-valia - Políticos a)mais-valia Abscoluta ( mobilização pela redução da CHT ou criação das horas extras); b) Mais-valia Relativa (diagnóstico de LER/DORT/mobilização por indenizações e redução do ritmo de trabalho). - Econômicos redução da produtividade / perda da qualidade / acidentes de trabalho / perda das certificações ISO.

19 Teoria do Valor (Capital Financeiro) Dinheiro Emprestado D (Dinheiro Investido) D' D'Recurso financeiro resultante do empréstimo do dinheiro O Dinheiro é o Equivalente Geral de mercadorias que pode ser fracionado e trocado por qualquer outra Mercadoria. É única Mercadoria que não tem valor em-si e seu valor é sempre relativo. Exemplo: Sal, Prata, Ouro e Papel Moeda

20 Trabalho no Capitalismo Acumulação Flexível Trabalho Livre - Assalariado - Abstrato - Produção em - Polivalente escopo para - Heterogestão mercados encomendados - Mão de Obra decrescente { Exploração baseada na mais-valia absoluta ruptura dos limites espaçotemporais do trabalho Máquinas Elétricas Tecnologia microeletrônica Empresas Se.../ Tercerização Prolarização dos Direitos Sociedade Dividida em classes Social Desigualdade, Mobilidade Social e exclusão social Capacidade de Produção > > > Capacidade de Consumo

21 O CENÁRIO AMBIENTAL DA EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO I -ONDAS DE TRANSFORMAÇÃO ( MACROAMBIENTE SOCIO-ECONÔMICO ) Revolução Agrícola Revolução Industrial Revolução da Informação Até 1750 DC 1970 II -ERAS EMPRESARIAIS (AMBIENTE ORGANIZACIONAL) Era da Produção em massa 1920 Era da Eficiência 1950 Era da Qualidade 1970 Era da Competitividade 1990 Era Modelos tradicionais de gestão Novos modelos de Gestão Modelos emergentes. Administração científica. Administração das relações humanas. Administração burocrática. Outros modelos tradicionais da Administração. Administração japonesa. Administração participativa. Administração empreendedora. Administração holística. Empresa virtual. Gestão do Conhecimento. Modelos biológicos/ quânticos/teoria do caos/complexidade

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