Vice-Presidente Associação Brasileira de Supermercados (Abras) Titular Lidiane Duarte Nogueira. Titular Fábio Gomes Morand Bentes
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- Patrícia Macedo Cavalheiro
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1 R E L A Ç Õ E S D O T R A B A L H O Órgão Ministério do Trabalho e Emprego - MTE Representação Efetiva Grupo de Trabalho do CRT para discutir a "Informalidade do Trabalhador Empregado Representantes: Marcio Milan Vice-Presidente Associação Brasileira de Supermercados (Abras) Lidiane Duarte Nogueira Advogada Divisão Sindical da CNC Fábio Gomes Morand Bentes Economista Divisão Econômica da CNC (Compareceu) Ações Reunião realizada no dia 11 de agosto de 2015 A reunião, realizada no edifício-sede do MTE, em Brasília, destinou-se à instalação da oficina Informalidade do trabalhador empregado para o setor do comércio. Participaram como representantes do governo (MTE), dos empregadores (CNC, Confederação Nacional da Indústria CNI, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil CNA e Confederação Nacional do Turismo CNTur), dos empregados (Central Única dos Trabalhadores CUT e
2 União Geral dos Trabalhadores UGT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Ao iniciar a reunião, o representante do governo (Setor de Inspeção do Trabalho SIT/MTE) esclareceu que a realização das oficinas visa identificar as peculiaridades de cada setor. Em seguida, apresentou o Plano Nacional de Combate à Informalidade dos Trabalhadores Empregados (Plancite), ressaltando que seu objetivo geral é formalizar mais de 14,5 milhões de trabalhadores brasileiros da iniciativa privada em situação de informalidade. Os objetivos específicos são garantia de proteção social ao trabalhador, redução da sonegação ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e à Previdência Social, promoção da justiça social e redução da concorrência desleal entre os empregadores. O Plancite tem, ainda, quatro grandes eixos de atuação: aumento da presença fiscal por meio do aperfeiçoamento da inspeção do trabalho; integração de políticas com outras áreas governamentais; incentivo ao diálogo social; e divulgação e sensibilização dos atores sociais. O representante do governo informou também que na primeira etapa do plano, lançada em 22 de maio de 2014, foram publicados atos normativos regulamentando os procedimentos de fiscalização, o trabalho doméstico, o trabalho rural, o planejamento estratégico 2014/2015; o plano de ação integrado/ MTE; a informação ao seguro-desemprego; e a informatização da certidão de débitos e da lista de infrações. Essa etapa contemplou também iniciativas como o aperfeiçoamento dos procedimentos de fiscalização com o mapeamento dos focos de informalidade; o aprimoramento dos sistemas informatizados, a criação de novas ferramentas de fiscalização, a adequação do planejamento de fiscalização grupos específicos
3 voltados para o combate à informalidade em todos os Estados da Federação; e a capacitação de chefes de fiscalização, chefes de planejamento e coordenadores regionais dos grupos. A segunda etapa do plano, lançada em 11 de fevereiro de 2015, teve início com a utilização de inteligência fiscal na localização da informalidade e a realização de campanhas informativas direcionadas aos Municípios com alto índice de informalidade (837) e a mais de 900 mil empresas, por meio de mala direta. Outras ações empreendidas nessa etapa foram: reunião com contadores; orientação a micros e pequenas empresas no Sistema Nacional de Emprego (Sine); direcionamento de ações para os focos de informalidade; aceleração da tramitação dos processos de multa; aperfeiçoamento dos procedimentos de encaminhamento de infrações detectadas; instituição de campanha nacional de divulgação (eventos, lançamentos da primeira e da segunda etapa, apresentação de resultados); fornecimento de orientações nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTEs) e nos postos itinerantes do MTE; propagandas televisivas e cartilhas direcionadas a trabalhadores e a empregadores; cartilha sobre a formalização do trabalho doméstico; e cooperação com órgãos e entidades como Secretaria da Receita Federal (SRF), Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), Conselho Federal de Contabilidade (CFC), CRT, Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e OIT. O representante da SIT/MTE salientou que os resultados esperados para 2015 são: aumento da fiscalização direcionada; redução do período médio de conclusão dos processos de multa por falta de registro; aumento do
4 nível de informação e conscientização da população em geral; centralização dos encaminhamentos para exclusão do Simples Nacional em caso de reincidência; e impedimento à obtenção de financiamento com recurso do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do FGTS para os sonegadores. Em seguida, apresentou dados que contemplam o número dos empregados informais (sem assinatura na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS) por região. A fonte dos dados foi a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE). Segundo a pesquisa, a região Norte tem 1,373 milhão de empregados informais; a região Nordeste, 4,793 milhões; a região Sudeste, 5,039 milhões; a região Sul, 1,668 milhão; e as regiões Norte e Centro-Oeste, 1,180 milhão. Assim, em termos percentuais, a taxa de informalidade é de 40,8% na região Norte; 42,4% na região Nordeste; 21,9% na região Sudeste; 42,4% na região Sul; 19,9% na região Norte; e 26,3 na região Centro-Oeste. No Brasil, portanto, o percentual total de empregados informais é de 27,5%. A exposição do representante do governo foi complementada com a apresentação de um quadro comparativo entre a taxa de formalização e o crescimento do comércio, tendo como base dados fornecidos pela Serasa Experian e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged/MTE), além de outro estudo sobre o desempenho da inspeção do trabalho no combate à informalidade. Após as apresentações, o representante da SIT/MTE indagou os participantes quanto à possibilidade de se instaurar um diálogo social tripartite sobre o tema, definindo o papel dos atores sociais nesse debate, a fim de identificar as causas da informalidade em cada ramo específico do comércio e de estimular o aumento da formalização espontânea.
5 Em nome da bancada laboral, o representante dos trabalhadores destacou a questão relacionada aos trabalhadores migrantes, ou seja, aqueles que se estão em situação de informalidade e muitas vezes sequer possuem carteira de trabalho, ressalvando que o fato de serem estrangeiros não constitui impeditivo à obtenção da CTPS. A bancada patronal sugeriu que, nessa hipótese, o debate seja ampliado, para que se conheça bem a realidade do setor, com posterior aprofundamento em um estudo analítico dos dados apurados pelo MTE e daqueles levantados pelos comerciantes, para exata identificação dos setores em que há maior incidência da informalidade e adoção das medidas necessárias ao estímulo à formalização. Todos esses temas voltarão à pauta da próxima reunião do GT, que deverá ser realizada no dia 7 de outubro, às 13h30.
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