FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA

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1 FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA ESTÁGIO PEDAGÓGICO MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO ANO LETIVO 2014/2015 Escola Secundária José Gomes Ferreira 10º1ª Estagiário: João Marmeleira Orientadora ESJGF: Filomena Chorão Orientador FMH: Luís Fernandes

2 Planeamento O planeamento da 4ª Unidade de Ensino (UE), enquanto documento, apresenta algum nível de funcionalidade e aplicabilidade prática. Apesar disso, identifico que algumas informações úteis para o processo de ensino-aprendizagem não estão presentes na UE e, ao serem idealizadas no início da unidade poderão ser bastante pertinentes para a melhoria do seu planeamento. Devem estar incluídas em cada tarefa as suas variantes de facilidade e dificuldade tal como as próprias variantes do exercício ao longo das aulas (ex. exercícios a incluir no percurso de aquecimento). As estratégias de ensino do merengue, rumba-quadrada e a ginástica acrobática não estavam igualmente presentes nesta unidade. É também essencial que em cada tarefa se identifique a função dos alunos que ficam de fora por motivos médicos, como no caso do Miguel melo e da Mariana. A inclusão das informações anteriormente referidas irá garantir uma maior coesão do planeamento da unidade e do processo ensino-aprendizagem da mesma. Numa análise entre a relação dos objetivos da etapa e o planeamento da unidade de ensino percepciono a existência de uma relação favorável entre os objetivos propostos em cada matéria e as tarefas planeadas. A única excepção será para os alunos que têm como objetivos atingirem o QE a Voleibol, Basquetebol ou Badminton. O foco do planeamento tem sido maioritariamente nas aprendizagens conducentes ao nível introdução nas matérias anteriormente referidas. Será necessária uma maior diferenciação do ensino na próxima unidade ou etapa para que estes alunos atinjam os níveis prognosticados. Em relação às tarefas planeadas para o ginásio 4 percepciono que o aquecimento com jogos lúdicos claramente optimiza a predisposição dos alunos para a aula devendo-se manter sempre que possível neste espaço. No ginásio 4 a dinâmica do circuito com as matérias de ginástica de solo, ginástica acrobática e atletismo (salto em altura) não resultou. Principalmente as duas estações relacionadas com a ginástica de solo (pino e cambalhotas), caso o professor não esteja a controlar directamente, os alunos acabam por não se empenhar e deixam de realizar as tarefas propostas. No início da unidade o salto em altura era uma estação que para alguns grupos revelava-se como desafiante mas com o decorrer do tempo mesmo esses grupos deixaram de trabalhar nesta estação havendo a referência nas fichas de observação interpares de que apenas os rapazes trabalhavam nesta estação. A inclusão da

3 corrida de obstáculos nesta última estação beneficiou a dinâmica da mesma mas a maioria dos alunos não apresenta motivação. Sugeria-se um melhor controlo e feedback à distância por parte do professor. Nas fichas de observação inter-pares está indicado que o professor já manifesta este comportamento em aula mas os alunos simplesmente não trabalham. Com base nestas informações requer-se uma mudança nas matérias a abordar nas estações do circuito deste espaço, a ginástica acrobática deverá ser mantida pois os alunos demonstram empenho na mesma. A ginástica de solo por ser uma matéria prioritária também deverá ser mantida mas apenas deverá representar uma estação. As outras estações deverão ser mais motivantes para os alunos para que eles se empenhem na tarefa. Ao circuito de condição física no ginásio 4 deverão ser acrescentados um maior número de exercícios sendo que no final a flexibilidade deverá ser treinada. A organização das estações com colchonetes funciona melhor (percepcionado na aula do dia 20 de Janeiro do 10º 3ª). No planeamento das tarefas no ginásio 1 o aquecimento em percurso apresentava poucas variantes pelo que foram integradas ao longo da unidade, sugere-se que no início da mesma as variantes já sejam consideradas para que se possa optimizar o seu planeamento. Este aquecimento em percurso é algo que devo manter numa próxima unidade no G2 e que numa próxima etapa deve constar no G1 mas com algumas variáveis (ex. incluir estações, exercícios com bola, lançamento na passada ). As variantes de facilidade e dificuldade devem também fazer parte do planeamento de cada tarefa o que garantirá ao professor uma maior capacidade de adaptar o exercício ao desempenho dos alunos. Nas matérias onde ainda não apresento um discurso fluido na instrução (badminton, ginástica acrobática), o plano de unidade deve incluir a informação a ser transmitida aos alunos. A demonstração revela-se como uma estratégia pedagógica eficaz para a instrução de uma dada tarefa por isso, os alunos que executarão a demonstração devem estar presentes no plano igualmente. Tal como referido anteriormente, caso o lançamento da passada faça parte do aquecimento, num futuro planeamento poderei despender mais tempo de aula para tarefas com maior transfer para o jogo. Percepciono que as tarefas apresentadas nesta unidade (2x1, 2x2+1) têm uma boa relação com o jogo e

4 permitiram aos alunos evoluir e por isso devem ser mantidas numa próxima unidade onde se desenvolva o basquetebol. A gestão das aprendizagens das matérias de badminton e voleibol deverá ser realizada de outra forma isto porque, ao se incluir as duas matérias em todas as aulas os tempos que os alunos estão em tarefa em cada uma delas é diminuto. Neste sentido, havia sido proposto uma tarefa de auto-avaliação do batimento em clear no badminton mas motivada pela gestão do tempo esta actividade não se realizou. Sugere-se uma alternância na apresentação destas matérias durante a unidade. No planeamento do G1, apesar de estar incluída a tarefa de condição física esta não foi realizada durante esta unidade neste espaço privilegiando-se as aprendizagens na área das atividades físicas. Considero no entanto, que a aptidão física deve ser incluída em todas as aulas e por isso a gestão do tempo de cada tarefa de ser equacionada de forma a incluir sempre o treino da força média e membros superiores. Em termos de planeamento da unidade de ensino devo ainda referir que os conhecimentos devem estar incluídos na mesma mais especificamente o conteúdo que irá ser leccionado e a aula em que vai ocorrer o mesmo. Condução de Ensino Tarefa 9/1 16/1 23/1 30/1 2x1 3 1 Jogo 5 7 4/6 Badminton 8 7 Voleibol 3 3 Tabela 1- Tempos de transição no G1 Ao observar a tabela 1, realizada com base nas fichas de observação inter-pares, verifico que o tempo de transição entre as tarefas vai diminuindo ao longo da unidade. Denoto no entanto que, na transição para o jogo de basquetebol e para os exercícios de badminton esta transição deveria ser um pouco mais célere. No caso do basquetebol este facto é justificado pela formação de equipas que, pela necessidade de adaptar as mesmas à ausência dos alunos o tempo despendido nesta tarefa aumenta. A transição para o badminton ocorre desta forma devido à montagem da rede e formação dos grupos de trabalho. No caso da montagem da rede devo ter presente no planeamento que alunos irão montar a rede e responsabilizá-los para tal. Em relação à formação dos grupos, na instrução inicial devo relembrar os alunos que os grupos a serem formados

5 irão ser iguais à da aula passada, apenas quem tiver dúvidas me deve perguntar. Outra estratégia a adoptar será a de expor os grupos nas colunas do ginásio assim os alunos mais facilmente se poderão recordar do seu grupo sem que haja a necessidade de perguntar ao professor. Em relação ao tempo de instrução, a ficha de observação inter-pares revela que a instrução para a 1ª tarefa do basquetebol na primeira aula da unidade foi de 7 minutos enquanto na terceira aula diminui para 4 minutos. No caso da 2ª tarefa do basquetebol o tempo de instrução primeiramente foi de 5 minutos tendo na terceira aula diminuído para 20. A necessidade de uma maior explicação dos objetivos das tarefas e organização das mesmas perfizeram com que na primeira aula de G1 o tempo de instrução fosse elevado. Na 2ª aula ocorreu uma diminuição nos dois tempos analisados, de salientar a instrução na 2ª tarefa em que apenas referi troca e os alunos rapidamente iniciaram a mesma. Esta situação ocorreu pois na 1ª instrução foquei bastante os alunos para a troca rápida de exercício e recordei qual seria o mesmo. Nas aulas seguintes procedi à mudança de exercício instruindo apenas a palavra troca mas como na 1ª instrução não foquei a turma como anteriormente este processo foi mais moroso. Devo numa próxima unidade logo na 1ª instrução focar sempre a celeridade dos processos com vista a que os alunos despendam mais tempo na tarefa. Ainda relacionado com a instrução, foi referido nas fichas de observação que deveria ter explicado um pouco melhor como se procede à desmarcação no basquetebol pois não ficou muito explícito para os alunos. Numa próxima unidade este conteúdo deve ser recordado recorrendo ao questionamento para verificar as aprendizagens dos alunos e posteriormente conferindo uma instrução mais objectiva e clara. Em termos de condução de ensino penso que tenho conseguido fechar o ciclo de feedback conferindo feedback com qualidade. Identifico a matérias de ginástica acrobática como aquela onde apresento maiores dificuldades em garantir um feedback de qualidade. O meu posicionamento durante a aula tende a ser o mais correto tal como o clima de aula, excepção feita ao momento de trabalho por estações no G4 em que a maioria dos alunos está ausente da tarefa. Esta turma potencia as suas aprendizagens quando aplicado o estilo de ensino massivo e isso verifica-se nas aprendizagens da dança e dos jogos desportivos colectivos. A ginástica de solo, por ser também a matéria que os alunos menos

6 gostam e onde têm menos sucesso perfaz com que estes não se empenhem na mesma impedindo a melhoria das suas aprendizagens. No caso da aprendizagem do salto em altura, nas primeiras aulas os alunos encontram-se motivados para saltar, no entanto como o planeamento vai apenas ao encontro da concretização das competências do nível introdução, para muitos alunos a ausência de progressão desmotiva-los para a tarefa. Torna-se por isso essencial que esta tarefa não seja planeada de forma a ser apresentada semanalmente aos alunos. Avaliação Ao longo das aulas, apesar de realizar avaliação formativa penso que devo retirar mais informações sobre os alunos. Essas informações devem influenciar o meu planeamento e condução de ensino ao longo da unidade sendo que os alunos devem igualmente saber que objetivos perseguem e quais já concretizaram. É essencial para isso que mais fichas de auto-avaliação sejam fornecidas aos alunos durante a unidade. Voleibol A Beatriz Sá, Carlota e Catarina Carquejo melhoram o seu toque de dedos e com isso o 1+1. A Sofia e a Mariana ainda apresentam dificuldade em realizar toque de dedos. Atletismo Todos os alunos já realizam corrida de obstáculos com cordas. A Rebeca, Sofia, Catarina Ferreira e Beatriz Silva ainda não realizam o salto em altura. Ginástica de solo A Catarina Ferreira e o Rodrigo Martins são dois alunos que não tentam realizar a cambalhota à frente. A Beatriz Silva já tentou uma vez na pastilha. Estes alunos a par da Carolina Domingos não realizam igualmente a cambalhota atrás referindo ter medo. É essencial que estes alunos não estejam todos no mesmo grupo da ginástica de solo pois permite não só que o professor possa estar mais tempo com eles tentando-os motivar para a tarefa como que os alunos com maior sucesso na mesma os possam ajudar a superar as suas dificuldades (o que não acontece nos grupos homogéneos). A turma no geral revela grandes dificuldades na cambalhota atrás e pino.

7 Basquetebol Tal como foi referido anteriormente, as tarefas propostas no basquetebol tiveram um efeito positivo na aprendizagem do jogo. O 2x1 permitiu aos alunos percepcionarem quando devem realizar o lançamento na passada. Verifico que o objetivo da desmarcação é o que apresenta maiores dificuldades em ser concretizável e por isso devo aprofundar o mesmo numa próxima unidade. O basquetebol revela-se como uma matéria onde os alunos apresentam maiores dificuldades em evoluir se comparamos com o voleibol. Dança Nesta matéria os alunos na sua generalidade executam as coreografias com alguma facilidade. Na próxima unidade devo ensinar o regadinho e uma dança do nível elementar e consolidar as aprendidas até então. Badminton Nesta matéria a armação do braço constitui a principal problemática. Devo na próxima unidade garantir maior tempo de prática ao 1+1. Dinâmica da Turma A turma tem constantemente chegado cada vez mais tarde às aulas. Caso este comportamento se mantenha, na próxima unidade deve adoptar estratégias um pouco mais incisivas. No G1 a turma apresenta uma boa dinâmica o que está relacionada com a maior predisposição dos alunos para a prática de jogos desportivos colectivos. No G4 esta predisposição já é menor, apesar disso no ensino da dança os alunos estão ainda focados mas aquando da divisão dos alunos por estações a aula perde todo o seu ritmo. Em termos de dinâmicas identifico ainda que os rapazes têm grandes dificuldades na formação de grupos para a dança. A Daniela é também uma aluna que apresenta sempre alguns constrangimentos com as pessoas com quem fica no grupo (ver relação no estudo de turma)

8 Formação do professor Nesta unidade procedeu-se à formação de orientação. Esta formação permitiume recordar alguns dos conteúdos leccionados na faculdade e prepara-me para o planeamento dos exercícios a propor nesta matéria. A melhorar na próxima unidade de ensino - Planeamento da unidade de ensino mais completo (agentes de demonstração, instrução, variantes de facilidade e dificuldade). - Diminuir tempos de instrução e transição - Melhorara a qualidade do feedback na ginástica acrobática - Melhorar o clima de aula nas tarefas de ginástica de solo