A precessão do Periélio de Mercúrio e a Teoria da Relatividade Geral

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A precessão do Periélio de Mercúrio e a Teoria da Relatividade Geral"

Transcrição

1 A precessão do Periélio de Mercúrio e a Teoria da Relatividade Geral Universidade Federal do Rio de Janeiro Mestrado em Ensino de física Disciplina: Tópicos de física contemporânea Prof. Alexandre Carlos Tort Aluno: Paulo Victor Santos Souza 1/7/21 1 Preâmbulo O Homem se interessa no cosmos desde a Antiguidade. Os registros astronômicos mais antigos nos remetem aos chineses, babilônicos, assírios e egípcios que viveram aproximadamente 3 anos antes de Cristo. Na Grécia, entre 6 a.e.c. e 4 e.c, a ciência antiga alcançou seu ápice. Nasceram neste berço os primeiros conceitos de Esfera Celeste que, segundo os Gregos, tratava-se de uma esfera de material cristalino que girava em torno de um eixo passando pela Terra. Entretanto, uma contribuição nos é, em especial, interessante: Por volta de 15 a.e.c., o astrônomo grego Hiparco de Nicéia comparou observações próprias de determinadas estrelas com observações realizadas por Timocharis de Alexandria e Aristyllus de Alexandria 15 anos antes e notou uma pequena, mas perceptível diferença nas longitudes das estrelas. Naturalmente, todas as estrelas eram referenciadas na, por hipótese, estacionária direção fixa da linha de intersecção entre os planos rotacional e orbital da Terra. Todavia, Hiparco foi levado à conclusão de que esta direção não é perfeitamente estacionária. De fato, a direção do Sol nos equinócios não é constante em relação às estrelas fixas, mas tem um precessão de aproximadamente,127 graus por ano, conforme obtido por Hiparco. Como assim? Figura 1 - A precessão da órbita elíptica 1

2 O plano orbital da Terra em torno do Sol é essencialmente constante. Os planos orbital e equatorial da Terra são defasados 23.5 o, tal que se cruzam ao longo de uma única linha cuja direção permanece constante, supondo que os próprios planos mantenham cotas fixas. Nos equinócios de primavera e outono, o Sol se localiza precisamente nesta linha fixa em direções opostas da Terra. Como esta linha é estável, é utilizada como referência direcional para especificar as posições de objetos celestes e, por convenção, a longitude de objetos celestes toma como referência a direção desta linha apontando ao equinócio de primavera como é destacado em [1, 2]. Notavelmente, a previsão de Hiparco é muito boa quando comparada com o valor aceito hoje para a precessão dos equinócios que é de,1396 graus por ano. Entretanto, a previsão teórica e as observações não concordam quando estudamos a órbita do planeta Mercúrio. Em relação a nossa linha de equinócio, a previsão é de que a precessão aparente de Mercúrio fosse de aproximadamente 525 segundos de arco por século, assumindo que o eixo da órbita é estacionário. Todavia, os dados experimentais revelaram uma taxa de precessão de 56 segundos de arco por século. Se levarmos em conta a atração gravitacional de outros planetas, contudo, é possível determinar que os efeitos que estes produzem na órbita de Mercúrio é da ordem de 532 segundos de arco adicionais por século. Restam-nos ainda 43 pequenos e incomodos segundos de arco por século que a Mecânica Newtoniana não fora capaz de justificar. Este, um problema que já pode ser considerado antigo, foi tratado inicialmente, pelo matemático francês Urbain Le Verrier que, em 186, percebeu o problema da precessão e sugeriu que poderia ser resolvido se fosse considerada a existência de um planeta movendo-se entre Mercúrio e o Sol; este chamaria-se Vulcano. Figura 2 - Urbain Le Verrier Posteriormente, sugeriu-se que ao invés da força ser proporcional ao inverso do quadrado da distância, o expoente fosse 2,16. Esta alternativa, entretanto, foi abandonada por apresentar problemas à luz da Lei de Gauss. Como destaca [3], muitas outras alternativas foram propostas. No entanto, em nosso trabalho optamos pela solução tradicional, obtida através da teoria da relatividade geral de Einstein por a considerarmos mais consistente e natural. Acerca desta solução, Abraham Pais, físico e biógrafo de Einstein, em Sutil é o Senhor [4] destaca a importância desta descoberta para Einstein. Em suas palavras: esta descoberta foi, eu acredito, a experiência emocional mais forte da vida científica de Einstein, talvez de toda a sua vida. A natureza tinha falado com ele. 2

3 Concordemente, apresentamos a previsão Newtoniana, começando pelo modelo clássico em que não se admite precessão, o chamado problema de Kepler. Em seguida, abordamos o problema de Kepler de pertubado, ou seja, resolvemos o problema de Kepler considerando pequenas pertubações do sistema advindas da assimetris do sistema e da influência de outros planetas. O problema pertubado será estudado via conservação do vetor de Laplace-Runge-Lenz. Por fim, apresentamos a solução relatívistica através do estudo do movimento geodésico do planeta na métrica de Schwarzschild. Salientamos que não é nossa intenção, em nenhuma hipótese, propor algo novo acerca da precessão do periélio de Mercúrio. Antes, revisamos contribuições que consideramos significativas para o tema, as estudamos e arranjamos de um modo que, esperamos, apresente-se harmonioso e interessante ao leitor. 2 A previsão Newtoniana Esta seção é devotada ao estudo da previsão clássica do avanço do periélio. Começaremos considerando o problema de Kepler onde obteremos, através da mecânica analítica, a equação da órbita de uma partícula sob ação de um força central. Subseqüentemente, analisaremos o problema de Kepler pertubado via conservação do vetor de Laplace-Runge-Lenz, que nos permite calcular a influência dos outros planetas na precessãodo periélio de Mercúrio. 2.1 O problema de Kepler Consideremos um planeta movimentando-se sob a ação de uma força central. Em coordenadas esféricas, a langrangeana do sistema formado pelo planeta e pelo Sol que podem, sem perda de generalidade, ser tratados como partículas, é L = m 2 [ṙ 2 + r 2 θ2 + r 2 sin 2 θ φ 2 ] + GMm. (1) r Imediatamente, as equações de Euler-Lagrange oferecem, para cada uma das coordenadas [ mr θ2 + sin 2 θ φ ] 2 GMm = d (mṙ) = m r; (2) r 2 dt mr 2 sin θ cos θ φ 2 = d dt (mr2 θ); (3) = d dt (mr2 sin 2 θ φ). (4) Entrementes, as equações anteriores permanecem invariantes se θ π θ. Então, para um problema de valor inicial com θ() = π/2 e θ() =, qualquer solução com (r(t),θ(t),φ(t)) imediatamente oferece-nos uma outra solução (r(t), π θ(t), φ(t)), o que contraria o teorema da unicidade da solução do problema do valor inicial. Como qualquer problema de valor inicial pode ser reduzido a esta situação, assumiremos que θ π/2. Neste caso, as equações de Euler-Lagrange ganham a forma simplificada mr φ 2 GMm r 2 = m r (5) 3

4 e d dt (mr2 φ) =. (6) Analisemos as expressões anteriores. De (6), obtemos que que L = mr 2 φ é constante. Se L é nulo, teremos GMm/r 2 = r < e então, para algum instante do tempo, r =, o que corresponde a situação em que o planeta espira-la reduzindo o raio até chocar-se com o Sol. Logicamente, podemos nos restringer a situações em que L. Em termos de L = mr 2 φ, (5) ganha a forma em que m r = dv ef(r), (7) dr V ef (r) = L2 2mr + GMm. (8) 2 r 2 Assim, nosso problema de uma partícula movendo-se sob a ação de um força central foi reduzido a um simples problema unidimensional com um potencial modificado. Deveras, se desejarmos saber como φ(t) varia, resolvemos (7), obtemos r, em seguida, r(t). Por fim, usamos o fato de L = mr 2 φ para obter φ(t). O método descrito acima permiti-nos determinar como as coordenadas da partícula no tempo. No entanto, mui freqüentemente, procuramos a equação da órbita, ou seja, procuramos r(φ). Com este intuito, pela regra da cadeia, temos que Ademais, introduzindo a variável u = r 1 temos que e Assim, podemos re-escrever (7) em que f(r) = d dt ( GMm r 2 d dt = dφ d t dφ = L d mr 2 dφ. (9) ṙ = L dr mr 2 dφ = L dr 1 m dφ = L m r = d dr dt dt = L ( d L mr 2 dφ m du dφ ) du = L2 dφ (1) u r 2 u2d2 dφ2. (11) r = L2 m 2 r + f(r) 3 m, (12) ) e usar as expressões obtidas acima para obter em função de u que d 2 u dφ + u = m 2 L 2 u 2f ( ) 1, (13) u em que dividimos ambos os membros por u 2. De fato, uma vez calculada a força que atua sobre partícula, ( (13) é a equação diferencial da órbita da partícula. Em nosso caso, como f(r) = d GMm ) dt r, (13) reduz-se a 2 d 2 u dφ + u = mk 2 L, (14) 2 4

5 em que k = GMm. (14) é uma equação diferencial de segunda ordem heterogênea cuja solução é em que 1 r = u = mk L + ǫ cos φ φ, (15) 2 ] 2 ǫ = [1 + 2EL2 (16) mk 2 é uma constante que determina a forma da órbita e é obtida a partir de um estudo dos possíveis pontos de retorno da órbita. Se ǫ =, a órbita é circular; se < ǫ < 1, a órbita é elíptica; se ǫ = 1, a órbita é parabólica e se ǫ > 1, a órbita é hiperbólica. Além disso, φ determina a orientação. No caso de Mercúrio, assim como os demais planetas do sistema solar, a órbita é elíptica com o Sol ocupando um dos focos. Esta última afirmativa constitui-se a 1 a Lei de Kepler, obtida por Johannes Kepler através de dados observacionais de Tycho Brahe, que o anteceddeu como astrônomo do imperador em Praga. Após seis anos estudando a órbita de Marte, Kepler obteve que Os planetas se movem em elípses tendo o Sol como um dos focos. Todavia, o estudo que apresentamos acima não admite a precessão de órbitas, ou seja, se desenvolve ancorado na suposição de que o movimento ocorre sempre no mesmo plano, o que não condiz como os dados experimentais. Na seção seguinte apresentaremos, ainda no ambiente da mecânica clássica, um método de estudo para o problema de Kepler pertubado, ou seja, o problema da órbita de um planeta sob ação de força central modificada por uma pertubação. 2.2 O problema de Kepler pertubado por meio do vetor de Laplace-Runge- Lenz A dedução que realizamos acima, naturalmente, corresponde a uma situação idealizada em que desconsideramos uma série de fatores que podem interferir na órbita do planeta, em particular, na sua precessão. Entre estes podemos destacar a assimetria do campo gravitacional solar (a simetria esférica é apenas uma idealização), a pressão radiativa do Sol, o fluxo de partículas devido a o vento solar, o atrito e atração gravitacional de outros planetas. No estudo que conduziremos a seguir, consideraremos pequenas pertubações que implicaram numa variação temporal de uma constante do problema de Kepler. Naturalmente, supomos que o leitor esteja familizarizado com o vetor de Laplace-Runge- Lenz A := p l mkˆr, (17) em que ˆr é o unitário na direção radial e k = GMm, da forma como este é, em geral, apresentado em textos de mecânica clássica da graduação [5]. Ademais, é possível provar que A 2 m 2 k = 1 + 2El2 (18) 2 mk 2 e que l 2 /mk r = 1 + A, (19) mk cos(ϕ ϕ ) em que A /mk = ε. De agora em diante passaremos a uma descrição do procedimento a ser realizado para determinação da correção do problema de Kepler pertubado por meio do estudo da variação 5

6 temporal do vetor de Laplace-Runge-Lenz. Consideremos que a mesma partícula estudada na seção anterior esteja agora sujeita à uma força resultante F = k ˆr + δf, (2) r2 onde k = GMm é uma constante positiva δf é uma pequena perturbação δf k/r 2 que pode ou não ter o caráter central. Utilizando as equações dp dt = k r 2ˆr + δf e dl dt a taxa de variação temporal da/dt no problema perturbado é dada por da dt = r δf, (21) = δf l + p (r δf); (22) cabe-nos ressaltar que o método a ser apresentado se baseia no fato de que o vetor A aponta na direção do semi-eixo maior da órbita elíptica, o que pode ser facilmente percebido pela análise de (17. A idéia a seguir consiste em determinar a velocidade de precessão da órbita, ou seja, determinar a taxa temporal com que gira o vetor A. Isso pode ser feito mediante o cálculo das médias temporais em um período da órbita não-perturbada. Nos cálculos dos valores médios, poderemos utilizar as relações válidas na órbita não-perturbada. Tomando a média temporal da equação (22), obtemos da = δf l + p (r δf) (23) dt onde, por definição, a média temporal de uma função f no intervalo t é f(t) = 1 t t+ t t f(t )dt. (24) Caso a função seja periódica, de período τ, a média temporal em um período independe do tempo, de modo que a equação anterior pode ser escrita na forma f(t) = 1 τ t+τ t f(t )dt = 1 τ τ f(t )dt. (25) Entrementes, é conveniente expressarmos da/dt na forma da = Ω A, (26) dt pois, desse modo, identificamos a velocidade média de precessão como Ω. Além disso, na determinação da influência dos demais planetas do sistema ( solar) no avanço do periélio de Mercúrio, calcularemos médias de funções periódicas do tipo f r(t),ϕ(t). Nesse caso, a equação (24) se reduz a ( ) f (r(t),ϕ(t) = 1 τ 6 τ ( ) f r(t),ϕ(t) dt. (27)

7 Como não temos as dependências temporais de r e ϕ, mas apenas a equação da órbita r(ϕ), é conveniente transformar a integração em t numa integração em ϕ. Fazemos isso com o auxílio da relação ϕ = l/mr 2 : ( ) f (r(t),ϕ(t) = 1 τ = m lτ 2π 2π f(r,ϕ) dϕ ϕ ( ) r 2 (ϕ)f r(ϕ),ϕ dϕ. (28) Uma vez descrito nosso método de trabalho, passemos ao cálculo propriamente dito. Antes porém, concebamos algmas hipóteses simplificadoras: (1) Os planetas que perturbam a órbita de Mercúrio têm órbitas circulares com centro no sol (cujo movimento é desprezado) e em um mesmo plano e (2) cada um desses planetas será considerado como um anel homogêneo de massa igual à do planeta em consideração. O que faremos? Calcularemos, inicialmente, o potencial gravitacional criado por um anel na posição de Mercúrio e, desse modo, obteremos a força perturbadora de cada planeta. Aplicaremos, então, o método baseado no vetor de Laplace-Runge-Lenz. Figura 2.2 mostra, a grosso modo e fora de escala, a órbita (elíptica) de Mercúrio e a órbita circular de um planeta perturbador apenas. O potencial do anel na posição de Mercúrio é dada por Φ p (r) = G anel λ P ds r p r ; λ p = M p 2πr p. (29) r p r p r dm p = λ P ds C r m Figura 3 - Órbita elíptica de Mercúrio. Anel circular representando o planeta perturbador de massa M p. Definindo α = r/r p e ϕ como o ângulo entre r e r p, reescrevemos Φ(r) como Φ(r) = GM p πr p π dϕ 1 + α2 2α cosϕ (3) Após uma pequena manipulação, a expressão anterior pode ser escrita na forma Φ(r) = GM p πr p K(α), (31) 7

8 onde K é a função elíptica de 1 a espécie, definida por K(α) = π/2 dθ 1 α2 senθ. (32) Para calcularmos a força perturbadora δf = m Φ, utilizaremos a identidade K(α α = 1 [ ] E(α) α 1 α K(α), (33) onde E é a função elíptica de 2 a espécie, definida por E(α) = π/2 1 α2 senθ dθ. (34) A força perturbadora causada pelo planeta sobre Mercúrio é dada, então, por o que nos fornece o resultado final δf = m Φ(r) r δf = 2GM pm πr 2 p 1 α ˆr = m Φ(r) α ˆr, (35) α r [ ] E(α) 1 α K(α) ˆr, α = r. (36) r p Aplicando o método baseado no vetor A para essa força perturbadora, obtemos a velocidade de precessão causada em Mercúrio por um planeta qualquer, a saber, Ω = 2M 2π [ ] p E(α) r(θ) τπεr p M 1 α K(α) cosθ dθ ˆl, (37) 2 onde τ é o período de Mercúrio, M é a massa do Sol e r(θ) = a(1 ε2 ) 1+εcosθ. Avaliando numericamente a expressão anterior, podemos obter as contribuições newtonianas de cada planeta para a precessão de Mercúrio apresentadas na tabela 1. A expressão cálculo exato significa que o cálculo foi realizado levando-se em conta que as órbitas planetárias são elípticas e que estão em planos diferentes. 8

9 3 A previsão Relativística Planeta Ω (segundos/sec) Cálculo exato Venus 292,65 277,37 Terra + Lua 95,83 9,92 Marte 2,38 2,48 Júpiter 156,84 154,9 Saturno 7,57 7,32 Urano,14,14 Netuno,4,4 Total 555,45 532,36 A solução clássica é construída a partir da métrica de Minkowski em coordenadas esféricas ds 2 = dr 2 + r 2 dφ 2 dt 2, (38) em que impusemos a condição supracitada θ = π/2. No entanto, a caminho para a obtenção da solução relativística demanda uma reinterpretação de nossa noção de espaço-tempo. Ao assumirmos que o sol é esfericamente simétrico e estático, a métrica apropriada para nosso problema é a métrica de Schwarzschild [ ds 2 = 1 R ] [ dt R ] 1 dr 2 + r 2 dφ 2, (39) r r em que, R = 2GM. A obtenção da métrica de Schwarzschild, entrementes, escapa o escopo deste artigo. Consideremos num espaço-tempo Riemanniano dois pontos A e B. Pelos pontos A e B podem passar um infinidade de curvas. Parametrizando a curva pelo tempo próprio, se a curva for a geodésia, vale o princípio da Mínima ação δ { [ 1 R r ] [ ṫ R ] 1 ṙ 2 + r φ2} 2 dτ =, (4) r em que ṫ = dt/dτ, etc. Valem também as equações de Euler-Lagrange = d ( [ d dτ (2r2 φ) e 2 1 R ] ) ṫ, (41) dτ r donde segue que L = r 2 φ e E = ṫ(r/r 1) (42) são constantes do movimento. Ademais, como a trajetória é tipo tempo, ds 2 /dτ = 1. Assim, diferenciando (39) em relação a dτ e multiplicando ambos os membros por 1 obtemos [ 1 = 1 R ] [ ṫ 2 1 R ] 1 ṙ 2 r 2 φ r r 1 = E R/r 1 ṙ 2 (R/r 1) L2 r 2 ṙ 2 = (E 2 1) + R r L2 r 2 + RL2 r 3 (43) 9

10 Se assumirmos que L, podemos admitir que φ φ(τ) e com isso escrever r em função de φ de modo que ṙ = Lr /r 2. Assim teremos que (r ) 2 = E2 1 r 4 + R s L 2 L 2 r3 r 2 + R s r. (44) Para que tenhamos órbitas fechadas precisamos que r, o que impõe restrições adicionais a L, E e R s e na existência de dois pontos de refrência R + e R em que r =, respectivamente, afélio e periélio. Logo, o ângulo entre estes dois pontos é dado, no caso clássico, por φ + φ = R+ R dr. (45) E 2 1r L 4 + Rs r 2 L 3 r 2 + R 2 s r Se fizermos e e introduzirmos os termos e é possível aproximar E 2 1 = L 2 = R + R R s + (R + + R )R 2 s R + R (R + + R R s ) (R + + R ) 2 R s (46) R 2 +R 2 R s R + R (R + + R R s ) (R + + R ) 2 R s (47) D = ǫ = R +R R + + R (48) R s 1 R s /D, (49) E 2 1 r 4 + R s L 2 L 2 r3 r 2 + R s r = 1 E2 (R L 2 + r)(r R )(r ǫ)r (5) de modo que (45) pode ser reescrito como L 2 φ + φ = 1 E 2 R+ R dr r (R + r)(r R ) ( 1 ǫ r) 1/2. (51) Usando a expansão de Taylor (1 ǫ/r) 1/2 1 + ǫ/2r, com um erro limitado por E 3/8(1 ǫ/r) 5/2 (ǫ/r) 2 3/8(1 ǫ/r + ) 5/2 (ǫ/r ) 2 podemos escrever L 2 R+ 1 + E φ + φ = 1 E 2 r 2 (R + r)(r R ) + ǫ/2 r dr. (52) (R + r)(r R ) R Usando uma tabela de integrais, podemos obter o valor de cada um dos termos, a saber R+ dr(1 + E) R r 2 (R + r)(r R ) 1 = π(1 + E) R + R (53)

11 e R+ Assim teremos φ + φ = R dr(ǫ/2) r (R + r)(r R ) = 1 R+ R πǫ 4D. (54) ( π Rs /D 4 ) R s /D + 1 R s /D π E. (55) 1 Rs /D Se usarmos os valores observados R + = 69, km, R = 46,.1 6 km (donde obtemos que D = 27, 7.1 ( 6 km) e R S ) = 2, 95km, obtemos que E = 4, Ademais, podemos aproximar π R s/d 1 Rs/D 4 1 R s/d π + 2, obtendo assim uma estimativa razoável para φ + φ para metade de uma revolução, em radianos; considerando que Mercúrio completa 415, 2 revoluções por século e que há /2π arcos de segundo por radiano, obtemos que o periélio de Mercúrio avança os desejáveis ( ) (2, )(2).415, 2 = 43, 84 segarc/sec. (56) π 4 Conclusão Como pretendido, após apresentarmos nosso problema, estudamos a solução clássica do problema de Kepler. Em seguida, estudamos o problema de Kepler pertubado, por meio do qual obtivemos as contribuições dos demais planetas do sistema solar na precessão de periélio de Mercúrio, via conservação do vetor de Laplace-Runge-Lenz. Adiante, apresentamos a tradicional correção relativística do problema, que nos contempla com os 43 segundo de arvco por século que a relatividade Newtoniana não fora capaz de justificar. Destacamos, por fim, que esta correção constitui-se um dos testes clássicos que corroboram com a consistência da teoria da relatividade geral. References [1] Oliveira Filho, Kepler de Souza e Oliverira Saraiva, Maria de Fátima. Astronomia e Astrofísica, São Paulo: Editora Livraria da Física, 24, 2 a edição; [2] Maia, Nelson B. Introdução à Relatividade. São Paulo: Editora Livraria da Física, 29; [3] Barone, M. A., Ventura, O. S. e Buffon, L. O. Pertubações de órbitas elípticas, Revista Capixaba de Ciência e Tecnologia, Vitória, n.3, p.1-5, 2.sem.27; [4] Pais, A. Sutil é o senhor... - A ciência e a vida de Albert Einstein, Editora Nova Fronteira, 1995; [5] Goldstein, H., Poole, C. e Safko, J. Classical Mechanics, Pearson Education, 3 a edição, Nova Delhi, 27; 11

12 [6] Farina de Souza, Carlos, O Vetor de Laplace-Runge-Lenz no Problema de Kepler, Caderno de Física da UEFS Vol.4(26), n o (s) 1 e 2, ; [7] Biesel, Owen; The Precession of Mercury s Perihelion, obtido em morrow, acessado em 1 de Julho de 21; [8] Lopes Neto, J. Mecânica - v ed. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 26; [9] Tort, A. C. Buracos Negros: Uma introdução para professores do Ensino Médio; notas de aula do curso de Tópicos de física contemporânea, ministrada no programa de pós-graduação em ensino de física, 21; [1] Jean Sivardière, Precession of elliptic orbits, Am. J. Phys. 52, 99 (1984). [11] C. Farina e A.C. Tort, A Simple Way of Evaluating the Speed of Precession of Orbits, Am. J. Phys. 56 (1988) 761. [12] A. Tort, C. Farina e O.M. Ritter, Perturbed Isotropic Harmonic Oscillator, Eur. J. Phys. 1 (1989)

Unidade IX: Gravitação Universal

Unidade IX: Gravitação Universal Página 1 de 5 Unidade IX: Gravitação Universal 9.1 Introdução: Até o século XV, o homem concebia o Universo como um conjunto de esferas de cristal, com a Terra no centro. Essa concepção do Universo, denominada

Leia mais

Podemos considerar a elipse como uma circunferência achatada. Para indicar o maior ou menor achatamento, definimos a excentricidade:

Podemos considerar a elipse como uma circunferência achatada. Para indicar o maior ou menor achatamento, definimos a excentricidade: Leis de Kepler Considerando um referencial fixo no Sol, por efeito da lei da gravitação universal, o movimento dos planetas ao redor do Sol acontece segundo as três leis de Kepler. Na verdade, as leis

Leia mais

Unidade IX: Gravitação Universal

Unidade IX: Gravitação Universal Colégio Santa Catarina Unidade IX: Gravitação Universal 143 Unidade IX: Gravitação Universal 9.1 Introdução: Até o século XV, o homem concebia o Universo como um conjunto de esferas de cristal, com a Terra

Leia mais

Astronomia/Kepler. As hipóteses de Kepler [editar] Colaborações com Tycho Brahe [editar]

Astronomia/Kepler. As hipóteses de Kepler [editar] Colaborações com Tycho Brahe [editar] Astronomia/Kepler < Astronomia Astronomia Uma das importantes personagens da Astronomia foi Johannes Kepler.. Como muitos astrônomos de sua época, Kepler era também um astrólogo e uma de suas crenças fundamentais

Leia mais

Introdução À Astronomia e Astrofísica 2010

Introdução À Astronomia e Astrofísica 2010 CAPÍTULO 7 ÓRBITA DOS PLANETAS. LEIS DE KEPLER E DE NEWTON. Movimento dos Planetas. O Modelo Geocêntrico. O Modelo Heliocêntrico. Leis de Kepler. Isaac Newton e Suas Leis. Recapitulando as aulas anteriores:

Leia mais

Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá. 4 de junho de 2013

Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá. 4 de junho de 2013 GRAVITAÇÃO Mecânica II (FIS-26) Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues Pelá IEFF-ITA 4 de junho de 2013 Roteiro 1 Lei da Universal Roteiro Lei da Universal 1 Lei da Universal Motivação Lei da Universal Movimento

Leia mais

Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe

Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe Disciplina: Física Geral e Experimental III Curso: Engenharia de Produção Assunto: Gravitação Prof. Dr. Marcos A. P. Chagas 1. Introdução Na gravitação

Leia mais

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = =

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 6. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo de a para b é dado por: = = Energia Potencial Elétrica Física I revisitada 1 Seja um corpo de massa m que se move em linha reta sob ação de uma força F que atua ao longo da linha. O trabalho feito pela força para deslocar o corpo

Leia mais

Introdução à Astrofísica. As Leis de Kepler. eclipse.txt. Rogemar A. Riffel

Introdução à Astrofísica. As Leis de Kepler. eclipse.txt. Rogemar A. Riffel Introdução à Astrofísica As Leis de Kepler Rogemar A. Riffel Teoria heliocêntrica A Teoria Heliocêntrica conseguiu dar explicações mais simples e naturais para os fenômenos observados Movimento retrógrado

Leia mais

Aula 18 Elipse. Objetivos

Aula 18 Elipse. Objetivos MÓDULO 1 - AULA 18 Aula 18 Elipse Objetivos Descrever a elipse como um lugar geométrico. Determinar a equação reduzida da elipse no sistema de coordenadas com origem no ponto médio entre os focos e eixo

Leia mais

www.enemdescomplicado.com.br

www.enemdescomplicado.com.br Exercícios de Física Gravitação Universal 1-A lei da gravitação universal de Newton diz que: a) os corpos se atraem na razão inversa de suas massas e na razão direta do quadrado de suas distâncias. b)

Leia mais

Exercícios de Física Gravitação Universal

Exercícios de Física Gravitação Universal Exercícios de Física Gravitação Universal 1-A lei da gravitação universal de Newton diz que: a) os corpos se atraem na razão inversa de suas massas e na razão direta do quadrado de suas distâncias. b)

Leia mais

Apostila de Física 28 Gravitação Universal

Apostila de Física 28 Gravitação Universal Apostila de Física 28 Gravitação Universal 1.0 História Astrônomo grego Cláudio Ptolomeu (87-150): Sistema planetário geocêntrico A Terra é o centro do universo. A Lua e o Sol descreveriam órbitas circulares

Leia mais

As cônicas. c, a 2 elipse é uma curva do plano em que qualquer um de seus pontos, por exemplo,, satisfaz a relação:

As cônicas. c, a 2 elipse é uma curva do plano em que qualquer um de seus pontos, por exemplo,, satisfaz a relação: As cônicas As cônicas podem ser definidas a partir de certas relações que caracterizam seus pontos. A partir delas podemos obter suas equações analíticas e, a partir delas, suas propriedades.. A elipse

Leia mais

Exercícios de Física Gravitação Universal

Exercícios de Física Gravitação Universal Exercícios de Física Gravitação Universal 1-A lei da gravitação universal de Newton diz que: a) os corpos se atraem na razão inversa de suas massas e na razão direta do quadrado de suas distâncias. b)

Leia mais

GRAVITAÇÃO. 1. (Ufmg 2012) Nesta figura, está representada, de forma esquemática, a órbita de um cometa em torno do Sol:

GRAVITAÇÃO. 1. (Ufmg 2012) Nesta figura, está representada, de forma esquemática, a órbita de um cometa em torno do Sol: GRAVIAÇÃO 1. (Ufmg 01) Nesta figura, está representada, de forma esquemática, a órbita de um cometa em torno do Sol: Nesse esquema, estão assinalados quatro pontos P, Q, R ou S da órbita do cometa. a)

Leia mais

APOSTILA DE GRAVITAÇÃO. Johannes Kepler (1571-1630)

APOSTILA DE GRAVITAÇÃO. Johannes Kepler (1571-1630) APOSTILA DE GRAVITAÇÃO Johannes Kepler (1571-1630) Astrônomo alemão, publicou sua primeira obra, "Mysterium Cosmographicum", em 1596, na qual se manifesta pela primeira vez a favor da teoria heliocêntrica

Leia mais

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 4

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 4 Lei de Gauss Considere uma distribuição arbitrária de cargas ou um corpo carregado no espaço. Imagine agora uma superfície fechada qualquer envolvendo essa distribuição ou corpo. A superfície é imaginária,

Leia mais

Leis de Newton e Forças Gravitacionais

Leis de Newton e Forças Gravitacionais Introdução à Astronomia Leis de Newton e Forças Gravitacionais Rogério Riffel Leis de Newton http://www.astro.ufrgs.br/bib/newton.htm Newton era adepto das ideias de Galileo. Galileo: Um corpo que se move,

Leia mais

4.2 A lei da conservação do momento angular

4.2 A lei da conservação do momento angular 4.2-1 4.2 A lei da conservação do momento angular 4.2.1 O momento angular e o torque Até agora, não fizemos uso da segunda parte das experiências de Mach, ver capítulo 2, Eq. (2.3). Heis aqui outra vez

Leia mais

Total 526,7 6,2015x10 23 1,0617 Tabela 1 Desvio secular estimado causado em Mercúrio pelos satélites dos planetas do Sistema Solar, até Urano

Total 526,7 6,2015x10 23 1,0617 Tabela 1 Desvio secular estimado causado em Mercúrio pelos satélites dos planetas do Sistema Solar, até Urano Estimando a influência dos satélites na precessão do periélio de Mercúrio (Estimating the influence of the satellites in the precession of the perihelion of Mercury) RESUMO Abandonamos a hipótese de que

Leia mais

Aula 04: Leis de Newton e Gravitação Tópico 05: Gravitação

Aula 04: Leis de Newton e Gravitação Tópico 05: Gravitação Aula 04: Leis de Newton e Gravitação Tópico 05: Gravitação Lei da Gravitação http://www.geocities.com/capecanaveral/hangar/6777/newton.html Era um tarde quente, no final do verão de 1666. Um homem jovem,

Leia mais

Hoje estou elétrico!

Hoje estou elétrico! A U A UL LA Hoje estou elétrico! Ernesto, observado por Roberto, tinha acabado de construir um vetor com um pedaço de papel, um fio de meia, um canudo e um pedacinho de folha de alumínio. Enquanto testava

Leia mais

2 A Derivada. 2.1 Velocidade Média e Velocidade Instantânea

2 A Derivada. 2.1 Velocidade Média e Velocidade Instantânea 2 O objetivo geral desse curso de Cálculo será o de estudar dois conceitos básicos: a Derivada e a Integral. No decorrer do curso esses dois conceitos, embora motivados de formas distintas, serão por mais

Leia mais

Física. Física Módulo 1 Leis de Newton

Física. Física Módulo 1 Leis de Newton Física Módulo 1 Leis de Newton Cinemática x Dinâmica: A previsão dos movimentos Até agora apenas descrevemos os movimentos : cinemática É impossível, no entanto, prever movimentos somente usando a cinemática.

Leia mais

PARTE 2 FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL

PARTE 2 FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL PARTE FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL.1 Funções Vetoriais de Uma Variável Real Vamos agora tratar de um caso particular de funções vetoriais F : Dom(f R n R m, que são as funções vetoriais de uma

Leia mais

AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA

AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA CAPÍTULO 1 AS LEIS DE NEWTON PROFESSOR ANDERSON VIEIRA Talvez o conceito físico mais intuitivo que carregamos conosco, seja a noção do que é uma força. Muito embora, formalmente, seja algo bastante complicado

Leia mais

www.google.com.br/search?q=gabarito

www.google.com.br/search?q=gabarito COLEGIO MÓDULO ALUNO (A) série 6 ano PROFESSOR GABARITO DA REVISÃO DE GEOGRAFIA www.google.com.br/search?q=gabarito QUESTÃO 01. a) Espaço Geográfico RESPOSTA: representa aquele espaço construído ou produzido

Leia mais

Introdução À Astronomia e Astrofísica 2010

Introdução À Astronomia e Astrofísica 2010 CAPÍTULO 1 ESFERA CELESTE E O SISTEMA DE COORDENADAS Esfera Celeste. Sistema de Coordenadas. Coordenadas Astronómicas. Sistema Horizontal. Sistema Equatorial Celeste. Sistema Equatorial Horário. Tempo

Leia mais

Como surgiu o universo

Como surgiu o universo Como surgiu o universo Modelos para o universo Desde os tempos remotos o ser humano observa o céu, buscando nele pistas para compreender o mundo em que vive. Nessa busca incansável, percebeu fenômenos

Leia mais

Laboratório de Física Básica 2

Laboratório de Física Básica 2 Objetivo Geral: Determinar a aceleração da gravidade local a partir de medidas de periodo de oscilação de um pêndulo simples. Objetivos específicos: Teoria 1. Obter experimentalmente a equação geral para

Leia mais

Elipses e Gravitação

Elipses e Gravitação Elipses e Gravitação Cássio dos Santos Sousa 6 de novembro de 2013 Sumário 1 Introdução 3 2 Definição 3 3 Nomenclaturas 3 4 Equação da elipse na forma cartesiana 4 5 Semi-latus rectum 5 6 Excentricidade

Leia mais

TÓPICOS ESPECIAIS EM FÍSICA - ASTRONOMIA

TÓPICOS ESPECIAIS EM FÍSICA - ASTRONOMIA TÓPICOS ESPECIAIS EM FÍSICA - ASTRONOMIA DADOS DO DOCENTE: Prof. Dr. Sandro Barboza Rembold EMENTA: LATO/DCET/UESC sbrembold@uesc.br Noções de astronomia esférica, gravitação newtoniana, cosmologia newtoniana,

Leia mais

Na cauda do cometa. Série Matemática na Escola. Objetivos 1. Motivar o estudo das cônicas para a astronomia;

Na cauda do cometa. Série Matemática na Escola. Objetivos 1. Motivar o estudo das cônicas para a astronomia; Na cauda do cometa Série Matemática na Escola Objetivos 1. Motivar o estudo das cônicas para a astronomia; Na cauda do cometa Série Matemática na Escola Conteúdos Geometria analítica, cônicas, elipse,

Leia mais

Integrais Duplas e Coordenadas Polares. 3.1 Coordenadas Polares: Revisão

Integrais Duplas e Coordenadas Polares. 3.1 Coordenadas Polares: Revisão Cálculo III Departamento de Matemática - ICEx - UFMG Marcelo Terra Cunha Integrais Duplas e Coordenadas Polares Nas primeiras aulas discutimos integrais duplas em algumas regiões bem adaptadas às coordenadas

Leia mais

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente:

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente: Rumo ao ITA Física Análise Dimensional Ivan Guilhon Mitoso Rocha A análise dimensional é um assunto básico que estuda as grandezas físicas em geral, com respeito a suas unidades de medida. Como as grandezas

Leia mais

Sumário. Prefácio... xi. Prólogo A Física tira você do sério?... 1. Lei da Ação e Reação... 13

Sumário. Prefácio... xi. Prólogo A Física tira você do sério?... 1. Lei da Ação e Reação... 13 Sumário Prefácio................................................................. xi Prólogo A Física tira você do sério?........................................... 1 1 Lei da Ação e Reação..................................................

Leia mais

CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA

CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T3 Física Experimental I - 2007/08 CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA 1. Objectivo Verificar a conservação da energia mecânica de

Leia mais

5 Movimento devido a forças centrais

5 Movimento devido a forças centrais 5.1-1 5 Movimento devido a forças centrais Forças centrais apontam sempre para o mesmo ponto do espaço e são da forma F(r) = F(r) r/r (1) Vimos nas seções anteriores, veja 4.6.2, que as forças centrais

Leia mais

Universidade Federal Fluminense

Universidade Federal Fluminense Universidade Federal Fluminense Curso de Formação continuada em Astronomia Para professores de Educação Básica Prof. Dr. Tibério Borges Vale Projeto de Extensão O uso da Astronomia como elemento didático

Leia mais

9. Derivadas de ordem superior

9. Derivadas de ordem superior 9. Derivadas de ordem superior Se uma função f for derivável, então f é chamada a derivada primeira de f (ou de ordem 1). Se a derivada de f eistir, então ela será chamada derivada segunda de f (ou de

Leia mais

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de?

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de? Física 01. Um fio metálico e cilíndrico é percorrido por uma corrente elétrica constante de. Considere o módulo da carga do elétron igual a. Expressando a ordem de grandeza do número de elétrons de condução

Leia mais

Introdução à cosmologia observacional

Introdução à cosmologia observacional X ESCOLA DO CBPF MÓDULO GRADUAÇÃO Introdução à cosmologia observacional Ribamar R. R. Reis IF - UFRJ O que é cosmologia? Cosmologia é o estudo do universo como um todo. Para tornar esse estudo possível

Leia mais

O QUE ACONTECEU COM PLUTÃO?

O QUE ACONTECEU COM PLUTÃO? Telescópios na Escola 1 O QUE ACONTECEU COM PLUTÃO? Preâmbulo Um dos grandes desafios em ciência é encontrar a semelhança de coisas que são aparentemente diferentes e estabelecer a diferença entre coisas

Leia mais

Lista Gravitação. Lista de Física

Lista Gravitação. Lista de Física ALUNO(A): COLÉGIO PEDRO II UNIDADE ESCOLAR SÃO CRISTÓVÃO III Lista Gravitação SÉRIE: 1ª TURMAS COORDENADOR: Eduardo Gama PROFESSOR(A): Lista de Física 1) Um satélite artificial S descreve uma órbita elíptica

Leia mais

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 3

IBM1018 Física Básica II FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Aula 3 Linhas de Força Mencionamos na aula passada que o físico inglês Michael Faraday (79-867) introduziu o conceito de linha de força para visualizar a interação elétrica entre duas cargas. Para Faraday, as

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda PROVAS RESOLVIDAS DE CÁLCULO VETORIAL Professora Salete Souza de Oliveira Aluna Thais Silva de Araujo P1 Turma

Leia mais

As massas dos planetas do Sistema Solar (The masses of the Solar System s planets)

As massas dos planetas do Sistema Solar (The masses of the Solar System s planets) As massas dos planetas do Sistema Solar (The masses of the Solar System s planets) Valdir Monteiro dos Santos Godoi valdir.msgodoi@gmail.com RESUMO Compara-se as massas atualizadas, de Mercúrio a Saturno,

Leia mais

Lei de Gauss Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Lei de Gauss Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Lei de Gauss Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. A lei de Gauss é a lei que estabelece a relação entre o fluxo de campo elétrico que passa através de uma superfície fechada com a carga elétrica que

Leia mais

UNIDADE III Energia: Conservação e transformação. Aula 12.2 Conteúdo:

UNIDADE III Energia: Conservação e transformação. Aula 12.2 Conteúdo: UNIDADE III Energia: Conservação e transformação. Aula 12.2 Conteúdo: Quantidade de Movimento e Gravitação Universal. Habilidades: Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso

Leia mais

Análise Matemática III - Turma Especial

Análise Matemática III - Turma Especial Análise Matemática III - Turma Especial Ficha Extra 6 - Equações de Maxwell Não precisam de entregar esta ficha omo com todas as equações básicas da Física, não é possível deduzir as equações de Maxwell;

Leia mais

17º Congresso de Iniciação Científica O CONHECIMENTO GEOMÉTRICO EM PORTUGAL NO SÉCULO XVI E SUAS APLICAÇÕES NA CARTOGRAFIA MARÍTIMA

17º Congresso de Iniciação Científica O CONHECIMENTO GEOMÉTRICO EM PORTUGAL NO SÉCULO XVI E SUAS APLICAÇÕES NA CARTOGRAFIA MARÍTIMA 17º Congresso de Iniciação Científica O CONHECIMENTO GEOMÉTRICO EM PORTUGAL NO SÉCULO XVI E SUAS APLICAÇÕES NA CARTOGRAFIA MARÍTIMA Autor(es) FLÁVIA DE ALMEIDA LUCATTI Orientador(es) JOANA DARC DA SILVA

Leia mais

Capítulo 5: Aplicações da Derivada

Capítulo 5: Aplicações da Derivada Instituto de Ciências Exatas - Departamento de Matemática Cálculo I Profª Maria Julieta Ventura Carvalho de Araujo Capítulo 5: Aplicações da Derivada 5- Acréscimos e Diferenciais - Acréscimos Seja y f

Leia mais

EXOPLANETAS EIXO PRINCIPAL

EXOPLANETAS EIXO PRINCIPAL EXOPLANETAS Antes mesmo de eles serem detectados, poucos astrônomos duvidavam da existência de outros sistemas planetários além do Solar. Mas como detectar planetas fora do Sistema Solar? Às suas grandes

Leia mais

Modelagem no Domínio do Tempo. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello cabm@cin.ufpe.br 1

Modelagem no Domínio do Tempo. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello cabm@cin.ufpe.br 1 Carlos Alexandre Mello 1 Modelagem no Domínio da Frequência A equação diferencial de um sistema é convertida em função de transferência, gerando um modelo matemático de um sistema que algebricamente relaciona

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Força Central. Na mecânica clássica, uma força central é caracterizada por uma magnitude que depende, apenas, na distância r do objeto ao ponto de origem da força e que é dirigida ao longo do vetor que

Leia mais

Estudaremos aqui como essa transformação pode ser entendida a partir do teorema do trabalho-energia.

Estudaremos aqui como essa transformação pode ser entendida a partir do teorema do trabalho-energia. ENERGIA POTENCIAL Uma outra forma comum de energia é a energia potencial U. Para falarmos de energia potencial, vamos pensar em dois exemplos: Um praticante de bungee-jump saltando de uma plataforma. O

Leia mais

RESUMO 2 - FÍSICA III

RESUMO 2 - FÍSICA III RESUMO 2 - FÍSICA III CAMPO ELÉTRICO Assim como a Terra tem um campo gravitacional, uma carga Q também tem um campo que pode influenciar as cargas de prova q nele colocadas. E usando esta analogia, podemos

Leia mais

15 O sistema solar e seus planetas

15 O sistema solar e seus planetas A U A UL LA Atenção O sistema solar e seus planetas Leia com atenção as notícias abaixo, que apareceram em jornais de diferentes épocas. ANO DE 1781 CIENTISTAS DESCOBREM NOVO PLANETA De há quase 2.000

Leia mais

Escola E. B. 2º e 3º ciclos do Paul. Trabalho elaborado por: Diana Vicente nº 9-7ºB No âmbito da disciplina de Ciências Naturais

Escola E. B. 2º e 3º ciclos do Paul. Trabalho elaborado por: Diana Vicente nº 9-7ºB No âmbito da disciplina de Ciências Naturais Escola E. B. 2º e 3º ciclos do Paul Trabalho elaborado por: Diana Vicente nº 9-7ºB No âmbito da disciplina de Ciências Naturais Introdução Formação do sistema solar Constituição * Sol * Os planetas * Os

Leia mais

Tópico 02: Movimento Circular Uniforme; Aceleração Centrípeta

Tópico 02: Movimento Circular Uniforme; Aceleração Centrípeta Aula 03: Movimento em um Plano Tópico 02: Movimento Circular Uniforme; Aceleração Centrípeta Caro aluno, olá! Neste tópico, você vai aprender sobre um tipo particular de movimento plano, o movimento circular

Leia mais

A abordagem do assunto será feita inicialmente explorando uma curva bastante conhecida: a circunferência. Escolheremos como y

A abordagem do assunto será feita inicialmente explorando uma curva bastante conhecida: a circunferência. Escolheremos como y 5 Taxa de Variação Neste capítulo faremos uso da derivada para resolver certos tipos de problemas relacionados com algumas aplicações físicas e geométricas. Nessas aplicações nem sempre as funções envolvidas

Leia mais

4. Curvas planas. T = κn, N = κt, B = 0.

4. Curvas planas. T = κn, N = κt, B = 0. 4. CURVAS PLANAS 35 4. Curvas planas Nesta secção veremos que no caso planar é possível refinar a definição de curvatura, de modo a dar-lhe uma interpretação geométrica interessante. Provaremos ainda o

Leia mais

Cap. 4 - Princípios da Dinâmica

Cap. 4 - Princípios da Dinâmica Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física I IGM1 2014/1 Cap. 4 - Princípios da Dinâmica e suas Aplicações Prof. Elvis Soares 1 Leis de Newton Primeira Lei de Newton: Um corpo permanece

Leia mais

Objetivos. Apresentar as superfícies regradas e superfícies de revolução. Analisar as propriedades que caracterizam as superfícies regradas e

Objetivos. Apresentar as superfícies regradas e superfícies de revolução. Analisar as propriedades que caracterizam as superfícies regradas e MÓDULO 2 - AULA 13 Aula 13 Superfícies regradas e de revolução Objetivos Apresentar as superfícies regradas e superfícies de revolução. Analisar as propriedades que caracterizam as superfícies regradas

Leia mais

REFLEXÃO DA LUZ: ESPELHOS 412EE TEORIA

REFLEXÃO DA LUZ: ESPELHOS 412EE TEORIA 1 TEORIA 1 DEFININDO ESPELHOS PLANOS Podemos definir espelhos planos como toda superfície plana e polida, portanto, regular, capaz de refletir a luz nela incidente (Figura 1). Figura 1: Reflexão regular

Leia mais

Docente: Prof. Doutor Ricardo Cunha Teixeira Discentes: Carlos Silva Sara Teixeira Vera Pimentel

Docente: Prof. Doutor Ricardo Cunha Teixeira Discentes: Carlos Silva Sara Teixeira Vera Pimentel Docente: Prof. Doutor Ricardo Cunha Teixeira Discentes: Carlos Silva Sara Teixeira Vera Pimentel Sem a Matemática, não poderia haver Astronomia; sem os recursos maravilhosos da Astronomia, seria completamente

Leia mais

( ) ( ) ( ( ) ( )) ( )

( ) ( ) ( ( ) ( )) ( ) Física 0 Duas partículas A e, de massa m, executam movimentos circulares uniormes sobre o plano x (x e representam eixos perpendiculares) com equações horárias dadas por xa ( t ) = a+acos ( ωt ), ( t )

Leia mais

CIÊNCIAS PROVA 2º BIMESTRE 6º ANO PROJETO CIENTISTAS DO AMANHÃ

CIÊNCIAS PROVA 2º BIMESTRE 6º ANO PROJETO CIENTISTAS DO AMANHÃ PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS PROVA 2º BIMESTRE 6º ANO PROJETO CIENTISTAS DO AMANHÃ Prova elaborada

Leia mais

O tornado de projeto é admitido, para fins quantitativos, com as seguintes características [15]:

O tornado de projeto é admitido, para fins quantitativos, com as seguintes características [15]: 4 Tornado de Projeto O tornado de projeto é admitido, para fins quantitativos, com as seguintes características [15]: Tornado do tipo F3-médio; Velocidade máxima de 233km/h = 64,72m/s; Velocidade translacional

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Terminologia e Definições Básicas No curso de cálculo você aprendeu que, dada uma função y f ( ), a derivada f '( ) d é também, ela mesma, uma função de e

Leia mais

Rotação de um corpo rígido e as equações de Euler

Rotação de um corpo rígido e as equações de Euler Rotação de um corpo rígido e as equações de Euler As componentes u x, u y e u z de um vetor u podem ser escritas em termos de produtos escalares entre u e os versores da base x, ŷ e ẑ, u x = x u, e Como

Leia mais

DETECÇÃO DO EXOPLANETA HD 189733B PELO MÉTODO DE TRÂNSITO

DETECÇÃO DO EXOPLANETA HD 189733B PELO MÉTODO DE TRÂNSITO DETECÇÃO DO EXOPLANETA HD 1897B PELO MÉTODO DE TRÂNSITO Autores: Suzanne Faye (Lycée Chaptal, Paris, France) e Michel Faye (Licée Louis Le Grand, Paris, France) Traduzido e adaptado por: Cássio Murilo

Leia mais

6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D

6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D 6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D Até agora estudamos e implementamos um conjunto de ferramentas básicas que nos permitem modelar, ou representar objetos bi-dimensionais em um sistema também

Leia mais

Equações diferencias são equações que contém derivadas.

Equações diferencias são equações que contém derivadas. Equações diferencias são equações que contém derivadas. Os seguintes problemas são exemplos de fenômenos físicos que envolvem taxas de variação de alguma quantidade: Escoamento de fluidos Deslocamento

Leia mais

O VETOR DE LAPLACE-RUNGE-LENZ NO PROBLEMA DE KEPLER

O VETOR DE LAPLACE-RUNGE-LENZ NO PROBLEMA DE KEPLER CADERNO DE FÍSICA DA UEFS 04 (01 e 02): 115-159, 2006 O VETOR DE LAPLACE-RUNGE-LENZ NO PROBLEMA DE KEPLER Carlos Farina Universidade Federal do Rio de Janeiro I. INTRODUÇÃO Quando mencionamos o problema

Leia mais

5910170 Física II Ondas, Fluidos e Termodinâmica USP Prof. Antônio Roque Aula 15

5910170 Física II Ondas, Fluidos e Termodinâmica USP Prof. Antônio Roque Aula 15 Ondas (continuação) Ondas propagando-se em uma dimensão Vamos agora estudar propagação de ondas. Vamos considerar o caso simples de ondas transversais propagando-se ao longo da direção x, como o caso de

Leia mais

Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel.

Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel. Matemática Essencial Equações do Segundo grau Conteúdo Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel.br/matessencial/ 1 Introdução

Leia mais

Material Teórico - Módulo de Divisibilidade. MDC e MMC - Parte 1. Sexto Ano. Prof. Angelo Papa Neto

Material Teórico - Módulo de Divisibilidade. MDC e MMC - Parte 1. Sexto Ano. Prof. Angelo Papa Neto Material Teórico - Módulo de Divisibilidade MDC e MMC - Parte 1 Sexto Ano Prof. Angelo Papa Neto 1 Máximo divisor comum Nesta aula, definiremos e estudaremos métodos para calcular o máximo divisor comum

Leia mais

Sempre que os livros didáticos do

Sempre que os livros didáticos do João Batista Garcia Canalle Instituto de Física da Universidade Estadual do Rio de Janeiro canalle@uerj.br Este trabalho foi motivado pela reação inesperada de centenas de professores participantes da

Leia mais

16 Comprimento e área do círculo

16 Comprimento e área do círculo A UA UL LA Comprimento e área do círculo Introdução Nesta aula vamos aprender um pouco mais sobre o círculo, que começou a ser estudado há aproximadamente 4000 anos. Os círculos fazem parte do seu dia-a-dia.

Leia mais

1 Módulo ou norma de um vetor

1 Módulo ou norma de um vetor Álgebra Linear I - Aula 3-2005.2 Roteiro 1 Módulo ou norma de um vetor A norma ou módulo do vetor ū = (u 1, u 2, u 3 ) de R 3 é ū = u 2 1 + u2 2 + u2 3. Geometricamente a fórmula significa que o módulo

Leia mais

Lista 1_Gravitação - F 228 2S2012

Lista 1_Gravitação - F 228 2S2012 Lista 1_Gravitação - F 228 2S2012 1) a) Na figura a abaixo quatro esferas formam os vértices de um quadrado cujo lado tem 2,0 cm de comprimento. Qual é a intensidade, a direção e o sentido da força gravitacional

Leia mais

Ondas Eletromagnéticas. E=0, 1 B=0, 2 E= B t, 3 E

Ondas Eletromagnéticas. E=0, 1 B=0, 2 E= B t, 3 E Ondas Eletromagnéticas. (a) Ondas Planas: - Tendo introduzido dinâmica no sistema, podemos nos perguntar se isto converte o campo eletromagnético de Maxwell em uma entidade com existência própria. Em outras

Leia mais

Movimento Annual do Sol, Fases da Lua e Eclipses

Movimento Annual do Sol, Fases da Lua e Eclipses Movimento Annual do Sol, Fases da Lua e Eclipses FIS02010 Professora Ana Chies Santos IF/UFRGS https://anachiessantos.wordpress.com/ensino/fis02010/ Facebook #AstroUFRGS Relembrando... Sistemas de Coordenadas

Leia mais

a) O tempo total que o paraquedista permaneceu no ar, desde o salto até atingir o solo.

a) O tempo total que o paraquedista permaneceu no ar, desde o salto até atingir o solo. (MECÂNICA, ÓPTICA, ONDULATÓRIA E MECÂNICA DOS FLUIDOS) 01) Um paraquedista salta de um avião e cai livremente por uma distância vertical de 80 m, antes de abrir o paraquedas. Quando este se abre, ele passa

Leia mais

Tópico 8. Aula Prática: Movimento retilíneo uniforme e uniformemente variado (Trilho de ar)

Tópico 8. Aula Prática: Movimento retilíneo uniforme e uniformemente variado (Trilho de ar) Tópico 8. Aula Prática: Movimento retilíneo uniforme e uniformemente variado (Trilho de ar) 1. OBJETIVOS DA EXPERIÊNCIA 1) Esta aula experimental tem como objetivo o estudo do movimento retilíneo uniforme

Leia mais

FÍSICA PARA PRF PROFESSOR: GUILHERME NEVES

FÍSICA PARA PRF PROFESSOR: GUILHERME NEVES Olá, pessoal! Tudo bem? Vou neste artigo resolver a prova de Fïsica para a Polícia Rodoviária Federal, organizada pelo CESPE-UnB. Antes de resolver cada questão, comentarei sobre alguns trechos das minhas

Leia mais

Exercícios resolvidos P2

Exercícios resolvidos P2 Exercícios resolvidos P Questão 1 Dena as funções seno hiperbólico e cosseno hiperbólico, respectivamente, por sinh(t) = et e t e cosh(t) = et + e t. (1) 1. Verique que estas funções satisfazem a seguinte

Leia mais

Movimentos da Terra PPGCC FCT/UNESP. Aulas EGL 2016 João Francisco Galera Monico unesp

Movimentos da Terra PPGCC FCT/UNESP. Aulas EGL 2016 João Francisco Galera Monico unesp Movimentos da Terra PPGCC FCT/UNESP Aulas EGL 2016 João Francisco Galera Monico Terra Movimentos da Terra Cientificamente falando, a Terra possui um único movimento. Dependendo de suas causas, pode ser

Leia mais

POTENCIAL ELÉTRICO. por unidade de carga

POTENCIAL ELÉTRICO. por unidade de carga POTENCIAL ELÉTRICO A lei de Newton da Gravitação e a lei de Coulomb da eletrostática são matematicamente idênticas, então os aspectos gerais discutidos para a força gravitacional podem ser aplicadas para

Leia mais

Autor: (C) Ángel Franco García. Ptolomeu e Copérnico. Os planetas do Sistema Solar. Os satélites. Atividades

Autor: (C) Ángel Franco García. Ptolomeu e Copérnico. Os planetas do Sistema Solar. Os satélites. Atividades Nesta página eu apenas traduzi podendo ter introduzido, retirado ou não alguns tópicos, inclusive nas simulações. A página original, que considero muito boa é: Autor: (C) Ángel Franco García O Sistema

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica: FIS02010

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica: FIS02010 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Fundamentos de Astronomia e Astrofísica: FIS02010 Prof. Tibério B. Vale Como se calcula o comprimento da sombra?

Leia mais

Boa tarde a todos!! Sejam bem vindos a aula de Física!! Professor Luiz Fernando

Boa tarde a todos!! Sejam bem vindos a aula de Física!! Professor Luiz Fernando Boa tarde a todos!! Sejam bem vindos a aula de Física!! Professor Luiz Fernando Minha História Nome: Luiz Fernando Casado 24 anos Naturalidade: São José dos Campos Professor de Física e Matemática Formação:

Leia mais

Aula 2 Órbitas e Gravidade. Alex C. Carciofi

Aula 2 Órbitas e Gravidade. Alex C. Carciofi Aula 2 Órbitas e Gravidade. Alex C. Carciofi Geocentrismo: um modelo amplamente aceito A Terra parece firme e estável. As estrelas parecem descrever circunferências no céu, em torno dos pólos celestes.

Leia mais

Lista 13: Gravitação. Lista 13: Gravitação

Lista 13: Gravitação. Lista 13: Gravitação Lista 13: Gravitação NOME: Matrícula: Turma: Prof. : Importante: i. Nas cinco páginas seguintes contém problemas para se resolver e entregar. ii. Ler os enunciados com atenção. iii. Responder a questão

Leia mais

FEUSP- SEMINÁRIOS DE ENSINO DE MATEMÁTICA-1º semestre/2008 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL NA ESCOLA BÁSICA: POSSÍVEL E NECESSÁRIO

FEUSP- SEMINÁRIOS DE ENSINO DE MATEMÁTICA-1º semestre/2008 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL NA ESCOLA BÁSICA: POSSÍVEL E NECESSÁRIO 1 FEUSP- SEMINÁRIOS DE ENSINO DE MATEMÁTICA-1º semestre/008 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL NA ESCOLA BÁSICA: POSSÍVEL E NECESSÁRIO Nílson José Machado njmachad@usp.br Sempre que pensamos em grandezas que

Leia mais

APLICAÇÕES DA DERIVADA

APLICAÇÕES DA DERIVADA Notas de Aula: Aplicações das Derivadas APLICAÇÕES DA DERIVADA Vimos, na seção anterior, que a derivada de uma função pode ser interpretada como o coeficiente angular da reta tangente ao seu gráfico. Nesta,

Leia mais

AULA COM O SOFTWARE GRAPHMATICA PARA AUXILIAR NO ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS

AULA COM O SOFTWARE GRAPHMATICA PARA AUXILIAR NO ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS AULA COM O SOFTWARE GRAPHMATICA PARA AUXILIAR NO ENSINO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS Tecnologias da Informação e Comunicação e Educação Matemática (TICEM) GT 06 Manoel Luiz de Souza JÚNIOR Universidade Estadual

Leia mais

OBJETIVO Verificar as leis da Reflexão Verificar qualitativamente e quantitativamente a lei de Snell. Observar a dispersão da luz em um prisma.

OBJETIVO Verificar as leis da Reflexão Verificar qualitativamente e quantitativamente a lei de Snell. Observar a dispersão da luz em um prisma. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA CURSO DE FÍSICA LABORATÓRIO ÓPTICA REFLEXÃO E REFRAÇÃO OBJETIVO Verificar as leis da Reflexão Verificar qualitativamente e quantitativamente a lei de Snell. Observar a

Leia mais