INFECÇÃO URINÁRIA. BIBLIOGRAFIA: EXAME DE URINA E PATOLOGIAS ASSOCIADAS Nadilson Cunha
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- Maria do Pilar Lencastre Marreiro
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1 INFECÇÃO URINÁRIA BIBLIOGRAFIA: EXAME DE URINA E PATOLOGIAS ASSOCIADAS
2 ÍNDICE Epidemiologia Sintomatologia Etiologia Diagnóstico Diagnóstico diferencial Fatores facilitadores Refluxo Vésico Uretral (RVU) Profilaxia - Prognóstico
3 EPIDEMIOLOGIA 80% das consultas aos nefrologistas Segunda infecção mais frequente em crianças 5% e 2% Diagnóstico difícil - várias manifestações clínicas Associada geralmente a má formação de trato urinário 25% de crianças não diagnosticadas vão a óbito por I R A Infecção Urinária é previsível
4 EPIDEMIOLOGIA 3% e 1% apresentam I U sintomática antes de 12 anos 50% apresentam recorrências em um ano 50% apresentam anormalidades do trato urinário I U predispõe à Insuficiência Renal
5 SINTOMATOLOGIA Recem Nato Febre Vômitos Perda de peso Desidratação Icterícia Septicemia
6 SINTOMATOLOGIA Lactente Febre Letargia Irritabilidade Vômitos Diarréia Perda de peso Icterícia Septicemia Convulsão febril (>6 meses)
7 SINTOMATOLOGIA Criança Febre Disúria Polaciúria Dor abdominal ou lombar Letargia Anorexia Convulsão febril Enurese (incontinência urinária)
8 ETIOLOGIA A infecção via ascendente é a mais comum Bactéria mais frequente Escherichia coli (80 a 90%) Proteus mirabilis (comum em homens jovens) Pseudomonas aeruginosa (indicam anormalidade estrutural) 95% das recaídas de I U são por nova bactéria;
9 DIAGNÓSTICO Urinocultura e E.A.S. 2 uroculturas 10 5 por germen único (saco ou jato médio) + S U alterado; ou 1 urocultura 10 5 por germen único (jato médio) + S U alterado com nitritos positivos; ou 1 urocultura 10 3 por germen único (punção vesical);
10 DIAGNÓSTICO Urinocultura e E.A.S. Considera-se S U alterado pela presença de pelo menos um dos seguintes critérios: Nitritos positivos 98 %(específico) (E.colireduz nitratos a Presença de bactérias Leucocitúria 8 /campo nitritos)
11 DIAGNÓSTICO Urinocultura e E.A.S. Valor preditivo de I U: Nitritos positivos (97%) Presença de bactérias (93%) Leucocitúria 8 /campo(70%)
12 DIAGNÓSTICO Urinocultura e E.A.S. 1ª urocultura de 10 5 : - probabilidade de contaminação * por saco: (20%) e (50%); * jato médio 7% independe do sexo - 50% das contaminações são por germen único - falsos positivos na urocultura têm SU normal -SU normal não exclui um IU
13 10 3 < urocultura duvidosa DIAGNÓSTICO Urinocultura e E.A.S com coleta por saco e SU normal -negativo urocultura duvidosa e SU alterado ou coleta de jato médio - repetir exame nitritos são seguros para prever a positividade da urocultura, pode ser iniciada a terapêutica
14 DIAGNÓSTICO Urinocultura e E.A.S. Critérios: lavagem de períneo e genitais com água e sabão tempo máximo de espera (saco) 30/45min. coleta de urina com saco ou frasco deve ser feita com assepsia
15 DIAGNÓSTICO Diferencial para Cistite Balanite Vulvite Abuso sexual
16 DIAGNÓSTICO Fatores facilitadores Fatores facilitadores Esvaziamento incompleto da bexiga: - micção pouco frequente (aumento da bexiga) - micção apressada - obstrução por fecalomas - bexiga neurogênica Uropatias por má formação: - obstrutivas -RVU
17 DIAGNÓSTICO Refluxo vésico uretral Ocorre em 30-50% das crianças com IU 15-20% vão ter insuficiência renal Genética (30% dos irmãos) Apresenta graus variados (I a V) Tratamento: - antibioterapia e vigilância -cirúrgico(graus IV e V)
18 DIAGNÓSTICO Refluxo vésico uretral Insuficiência do mecanismo valvular na junção uretero-vesical: - malformação(túnel intra-mural curto, divertículos, ureterocele) -aumento da pressão intravesical (bexiga neurogênica, obstrução na saída na bexiga) - processos inflamatórios (cistite, cálculos)
19 DIAGNÓSTICO Refluxo vésico uretral Urina sobe para os rins - infecção Esvaziamento vesical incompleto por subida de urina para ureteres Pressão da bexiga para urinar pode lesar ao rim infecção cicatriz secreção de renina hipertensão arterial 10% dos casos se resolvem espontaneamente
20 DIAGNÓSTICO Infecção urinária na gestação Aumento dos riscos para: Feto Gestante Gestação
21 DIAGNÓSTICO Infecção urinária na gestação EVOLUÇÃO Prematuridade Mortalidade fetal aumento de 2,4 x Baixo peso Crescimento retardado da placenta Óbito
22 DIAGNÓSTICO Infecção urinária na gestação TRATAMENTO Não tratar com dose única Não aguardar cultura para iniciar antibióticos Iniciar tratamento empírico com penicilânicos Se não houver resposta em 2-3 dias, trocar atb INTERNAR OS CASOS DE PIELONEFRITE SEMPRE fazer cultura de controle
23 PROFILAXIA Antibioterapia (endo venosa) até apirexia I U apiréticas (exceto RN) tratar em ambulatório EAS com nitritos+ iniciar tratamento aguardar urocultura
24 PROFILAXIA Iniciar profilaxia no último dia de tratamento criança que necessite de cistografia, presença de uropatia significativa, infecção há menos de 6 meses. A dose utilizada na profilaxia deve ser duplicada no dia da Cistouretrografia miccional e nos 4 dias imediatos.
25 PROFILAXIA Manter profilaxia perante: Uropatias obstrutivas; Refluxo Vésico Uretral; Uropatias que condicionem re-infecções; I U há menos de 6 meses ou nos iniciais 6 meses de vida
26 PROFILAXIA Medidas Gerais Micções frequentes e completas; Evitar obstipação; Ingestão hídrica elevada; Tratamento de parasitoses intestinais; Higiene perineal; Troca diária de roupas
27 PROFILAXIA Prevenção de infecções recorrentes em mulheres As mulheres têm três períodos da vida nos quais as infecções são mais frequentes: ao sair da fralda, ao iniciar a vida sexual ao entrar no período pós-menopausa. A infecção urinária também ocorre por via ascendente, as mulheres por terem uretra curta há facilidade na entrada de bactérias pela uretra. Os homens, estão naturalmente mais protegidos por terem uretra mais longa.
28 PROFILAXIA Prevenção de infecções recorrentes em mulheres Uso profilático de antimicrobianos com dose baixa e de longa duração Cuidados com a higiene após evacuação Uso de probióticosna forma de óvulos vaginais (Lactobacillusacidophilus2,0 x 10 8 ) Para mulheres na menopausa uso de suplemento de estrogênio tópico na forma de creme ou óvulo vaginal.
29 PROFILAXIA FASE AGUDA CONTROLE Urocultura ao 2º ou 3º dia de tratamento, se IU com febre ou em RN; Necessidade de urocultura, se persistência além de 3-4 dias de tratamento ou reaparecimento das queixas; Exames complementares e/ou consulta.
30 PROFILAXIA FASE NÃO AGUDA CONTROLE Mensal: não cumprimento da terapêutica, Existência de refluxo ou uropatia; Restantes situações a decidir caso a caso
31 INVESTIGAÇÃO OBRIGATÓRIO ECO abdominal / ECO renal para observar a morfologia (exceto se realizada previamente) CISTOURETROGRAFIA MICCIONAL (CUM) (exceto 1ª IU baixa -cistite- > 3 anos) RVU, obstruções)
32 INVESTIGAÇÃO OPCIONAIS CINTILOGRAFIA FUNCIONAL (função renal, cicatrizes, fluxo sanguíneo, RVU, obstruções) RX ABDOMINAL (cálculos, anormalidades vertebrais)
33 EVOLUÇÃO Após tratamento 75% das crianças apresentam recidiva; A maioria das recidivas aparecem nos primeiros 6 meses; As crianças com histórico de IU devem ser acompanhadas por 1 ano;
34 EVOLUÇÃO O risco de futuras cicatrizes renais é de 5 a10 % quando diagnosticada e tratada a I U no 1º ano de vida; Diagnóstico quando após o 1º ano -25% já apresentam cicatrizes renais; Aparecimento de novas cicatrizes após o 1º ano é pequeno exceto nas meninas até os 3 a 4 anos.
35 PROGNÓSTICO Geralmente bom; Complicações: pielonefrite, abcesso renal, sépsis, necrose papilar, hipertensão, insuficiência renal.
36 com meu carinho...obrigado gmail.com BIBLIOGRAFIA: EXAME DE URINA E PATOLOGIAS ASSOCIADAS
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