UTILIZAÇÃO DO MASP - MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE AÇÃO PARA UMA EMPRESA DO SETOR CERÂMICO
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- João Gabriel Alencar Barbosa
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1 UTILIZAÇÃO DO MASP - MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE AÇÃO PARA UMA EMPRESA DO SETOR CERÂMICO Ricardo Lopes de Andrade (UFS) ricardolopesa@terra.com.br Elton Mateus dos Santos Ferreira (UFS) elton_dos_santos@yahoo.com.br Veruschka Vieira Franca (UFS) veruschka@ufs.br Reynaldo Chile Palomino (UFS) reychile@hotmail.com Julio Pacca Rios (UFS) julio.paccarios@gmail.com Este artigo apresenta um estudo dos problemas enfrentados por uma indústria cerâmica. O objetivo do estudo foi solucionar os problemas relacionados às características geométricas dos blocos cerâmicos, pois havia falhas no processo produtivoo que gerava produtos não conformes com a Norma vigente e perda de matéria prima. Para tanto foi utilizado o Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) e as ferramentas da qualidade, dentre elas o ciclo PDCA, Brainstorming, a Análise de Pareto e o Diagrama de Causa e efeito, a fim de obter as principais causas dos problemas. Concluído o estudo, foi desenvolvido um plano de ação (5W1H) para combatê-los. Logo após, descrevem-se alguns dos resultados obtidos com o trabalho; percebeu-se que a principal solução era a criação de um documento padrão com os procedimentos de controle das variáveis do processo que influenciam na conformidade dos blocos. Palavras-chaves: MASP, ferramentas da qualidade, Controle da Qualidade.
2 1. Introdução Os blocos cerâmicos são obtidos a partir dos recursos naturais, que passam por processos de tratamentos e manufatura para serem então aplicados na indústria da construção civil. A fabricação adequada desses produtos representa um desafio constante para a indústria cerâmica que carece de um maior desenvolvimento e controle tecnológico no processo de produção, principalmente por causa das diversas variáveis presentes na produção e complexidade na difusão de normas técnicas. A realização de inspeção da qualidade é fundamental para garantir o atendimento do bloco às exigências fixadas na norma ABNT NBR :2005. Trata-se de uma atividade de controle que tem como função, determinar se um produto está de acordo com a especificação. Por meio dos resultados são desenvolvidas ações corretivas e preventivas, que visam à melhoria do nível de qualidade. A grande aplicação dos produtos cerâmicos na indústria da construção civil traz para o setor uma cobrança pelo desempenho técnico desse produto, isso justificado pelo fato de ser a matéria prima das edificações e, portanto, a qualidade dos blocos cerâmicos é fundamental para a qualidade das mesmas. Um produto ou serviço de qualidade, de acordo com a definição de Campos (1999), é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente. Como várias características podem conferir qualidade a um produto, a construção civil define a conformidade com as especificações de projeto primordial para a aquisição dos blocos. O constante aprimoramento da qualidade dos produtos e serviços por meio de métodos de melhoria, tem se mostrado, na atualidade, como fundamental para que as empresas assumam vantagens competitivas no mercado. Para tanto, este artigo mostra o uso do MASP - Método de análise e solução de problemas e, também das ferramentas da qualidade usadas no desdobramento deste método. O objetivo de estudo será identificar os problemas enfrentados pela indústria de blocos cerâmicos no seu processo produtivo usando o MASP, elaborando então um plano de ação para solucioná-los, pois estes problemas vêm apresentando erros e desvios que comprometem o desempenho do produto. Assim como aumentam as perdas do processo, já que o controle não esta apurado e os produtos gerados não apresentam conformidades, com a norma vigente. 2. Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) utilizando o Ciclo PDCA O gerenciamento de uma indústria no dia-a-dia requer procedimentos, métodos e instrumentos de trabalho que ajudem a melhoria contínua dos serviços e do ambiente de trabalho. O método do Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action), usado por Deming, em 1950 no Japão, é um instrumento que, implementado de maneira constante num processo de trabalho, proporciona níveis elevados de melhoria constante de desempenho dos processos. O PDCA permite reconhecer um problema, identificar suas causas e adotar medidas para eliminá-las. Ao girarse o ciclo PDCA, "obtêm-se o aprimoramento contínuo das tarefas e a elevação do nível da qualidade do que se faz ou se produz." (CERQUEIRA, 1994). O Ciclo PDCA quando utilizado para melhorar a qualidade, por meio da obtenção de itens de controle para solução de problemas, constitui o método de análise e solução de problemas MASP, definido assim por Campos (1999). O método consiste numa sequência de procedimentos lógicos para resolução de problemas, buscando a eliminação de comportamentos baseados no bom senso, na intuição ou na experiência. 2
3 O método de análise e solução de problemas é uma peça fundamental para que o controle da qualidade possa ser exercido. Visto que um controle da qualidade via PDCA é o modelo gerencial para todas as pessoas da empresa e deve ser dominado por todos (CAMPOS, 1999). A aplicação do MASP requer o uso de ferramentas conhecidas como as sete ferramentas da qualidade, sendo elas: Análise de Pareto, Diagrama de causa e efeito (Diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe), Lista de verificação ou Checklist, 5W1H, Fluxograma, Estratificação e Gráfico Sequencial. Campos (1999) apresenta o MASP em 8 passos, cada um deles com objetivos específicos, que ao serem seguidos resultam na solução dos problemas: a) Problema - identificar o problema observa-se nessa etapa a frequência desses problemas, as perdas de processo decorrentes dele e os ganhos com sua solução; b) Observação - apreciar as características do problema basicamente é feita a coleta de dados, sobre o tempo, local, tipo, sintoma e indivíduos, fazendo assim a estratificação do problema; c) Análise - determinar as causas principais Por meio do uso das ferramentas, e com os dados já coletados, conhecer as relações das causas com os problemas identificados; d) Plano de ação - elaborar estratégias Nesta etapa é definido em grupo as ações, os itens de controle e as metas a serem alcançadas para a solução do problema; e) Ação - agir para eliminar as causas Com o plano definido e divulgado, e a partir do entendimento de todos os envolvidos, executar as tarefas anotando todos os resultados, sejam eles bons ou ruins; f) Verificação - confirmar a eficácia da ação - Comparar os resultados, utilizando os dados coletados antes e após a ação de bloqueio para verificar a efetividade da ação e o grau de redução dos resultados indesejáveis; g) Padronização - eliminar definitivamente as causas estabelecimento de um novo padrão bem como o treinamento e o acompanhamento da execução correta das tarefas com o compromisso de acabar com o problema; e h) Conclusão - recapitular as atividades desenvolvidas e planejar para o futuro - relacionar os problemas remanescentes e os resultados para verificar a eficácia das tarefas, e usar como indicadores. Analisar as etapas do MASP, usando o PDCA para rever e reaplicar o MASP. 3. Descrição da Empresa O estudo foi aplicado numa empresa do setor de cerâmica vermelha, situada em Itabaianinha, no Estado de Sergipe. Ela é responsável pela produção e distribuição de blocos cerâmicos e é uma referência entre as empresas no Estado de Sergipe em volume de produção. Sergipe e Bahia são os principais mercados consumidores de seus produtos. Atualmente com um mix contendo mais de 50 produtos, como blocos para vedação e estruturais, blocos para laje e canaletas. O processo de produção dos blocos cerâmicos começa com a seleção das argilas, geralmente são usadas em proporções definidas previamente pelas características do material; a argila é levada para o desintegrador, máquina que tem função de reduzir o tamanho dos grãos; em seguida a argila seca e desintegrada é levada para o laminador a seco com o intuito de formar lâminas de argilas de espessura cada vez menor; ela então é passada para o misturador onde é adicionada a água; a argila úmida é levada para um segundo laminador onde é laminada com espessura menor; a argila entra na extrusora, máquina que exerce uma pressão a vácuo para passar pelo molde sendo conformado no formato do bloco; o bloco é cortado por linhas de aço 3
4 dando comprimento especificado; então assim os blocos são transportados para a área de secagem onde perdem a umidade ficando pronto para serem queimados nos fornos. A Figura 1 apresenta o fluxograma do processo. Figura 1 - Fluxograma do processo produtivo de blocos cerâmicos A indústria cerâmica, apesar de apresentar um processo produtivo relativamente simples, representa um desafio constante para o controle de qualidade e a padronização de medidas pelos agentes responsáveis. 4. Metodologia Do ponto de vista dos procedimentos técnicos adotados a presente pesquisa se encaixa como pesquisa-ação. No método de pesquisa-ação o pesquisador se envolve diretamente na solução de um problema real, juntamente com membros da organização. Thiollent (1986) define a pesquisa-ação como um método de pesquisa em que as pessoas envolvidas no problema sob observação participam juntas para elaborar e conduzir uma investigação sobre a resolução deste. Para a efetivação da pesquisa, foram realizadas visitas técnicas a empresa a fim de analisar como se dava o fluxo de produção. Por meio da ferramenta Braintorming identificou-se os problemas existentes. Em seguida foi utilizada a ferramenta do Gráfico de Pareto para saber quais problemas eram mais significativo para o processo em questão, os dados do gráfico foram obtidos por uma inspeção seguindo a ABNT NBR :2005. A investigação dos problemas foi realizada por meio do Diagrama de Ishikawa e com pesquisas na literatura sobre o setor cerâmico, buscando elencar as causas principais do problema, a priorização das causas foi realizada após reunião com as pessoas envolvidas no processo. E, por conseguinte, foi elaborada um Plano de Ação, 5W1H, com o intuito de 4
5 propor algumas ações corretivas para o melhoramento do processo. 4.1 Identificação do Problema Neste passo para encontrar o problema, utilizou-se a ferramenta Brainstorming e da Estratificação, com o intuito de enumerar todos os problemas existentes. A ferramenta Brainstorming foi utilizada reunindo o chefe de produção, funcionários da linha e técnico do laboratório, Rodrigues (2004) cita que nessa reunião deve ser proposto que os participantes gerem ou criem ideias dos problemas num menor espaço de tempo possível. A Estratificação é feita com a alocação dos dados em grupos de forma a facilitar a compreensão do estudo. Os principais problemas mencionados e descobertos foram relacionados à geometria do produto. 4.2 Priorizar o Problema Para verificar as informações foram realizados sete ensaios dos blocos, um por lote, com 13 blocos seguindo os Métodos de ensaios da ABNT NBR :2005. Cada amostra é avaliada para os itens segundo os parâmetros das características da Norma na Tabela1, e os critérios na Tabela 2. A ABNT NBR :2005 define amostra como conjunto de blocos retirado aleatoriamente de um lote para determinação de suas propriedades geométricas, físicas ou mecânicas. Os blocos utilizados para ensaio foram do tipo V7 (classificação adotada pela empresa), apresentando as seguintes dimensões: 9x19x24 (largura, altura e comprimento, respectivamente). O V7 é um bloco de vedação de maior produção pela empresa sendo o mais utilizado na indústria de construção civil. Grandezas Controladas Tolerância (mm) Individual Média Largura(L) Altura(H) Comprimento(C) ±5 ±3 Tolerância Máxima (mm) Desvio em relação ao esquadro(d) 3 Planeza das faces ou flexas(f) 3 Tolerância Mínima (mm) Septos 6 Paredes 7 Fonte: adaptação da ABNT NBR :2005 Tabela 1 - Tolerâncias das características geométricas N de blocos constituintes Unidades não conformes N para aceitação do lote N para reprovação do lote Fonte: adaptação da ABNT NBR :2005 Tabela 2 Critérios de aceitação ou rejeição das características geométricas O bloco cerâmico de vedação é um componente da alvenaria de vedação que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que os contêm, produzido para ser usado especificamente com furos na horizontal (ABNT NBR :2005). A Figura 2 representa esquematicamente um bloco cerâmico de vedação. 5
6 Fonte: ABNT NBR :2005 Figura 2 Bloco cerâmico de vedação com furo na horizontal Os resultados obtidos do primeiro ensaio são apresentados na Tabela 3, os demais ensaios foram estruturados de igual maneira. T ESPAÇAMENTO ESTA LINHA EM BRAN Blocos Características Geométricas Largura Altura Comprimento Desvio Planeza Septos Paredes 1 9,2 19,2 24,1 1,0 3,5 7,0 7,0 2 9,2 19,2 23,8 5,0 2,0 7,0 7,5 3 9,1 19,1 23,6 4,0 2,0 7,0 7,5 4 9,2 19,2 24,0 3,0 1,5 7,0 7,0 5 9,1 19,1 24,0 6,5 1,5 7,0 7,0 6 9,2 19,2 24,2 6,5 1,5 7,0 7,0 7 9,1 19,1 23,9 7,0 3,0 7,0 7,0 8 9,2 19,2 24,1 3,0 1,5 7,0 7,0 9 9,0 18,8 24,0 2,0 1,5 7,0 7,0 10 9,2 19,0 23,9 6,0 3,0 7,0 7,0 11 9,1 19,2 24,0 3,5 2,0 6,0 7,0 12 9,2 19,2 24,1 1,5 1,5 7,0 7,0 13 9,1 19,1 24,0 5,0 3,0 6,5 7,0 Média 9,1 19,1 24,0 4,2 2,1 6,9 7,1 Reprovado individual Não Não Não Sim Não Não Não Reprovado por média Não Não Não Sim Não Não Não Fonte: Elaborada pelos autores Tabela 3 - Resultado do primeiro ensaio Com os dados obtidos foi elaborado uma Lista de Verificação. Segundo Rodrigues (2004) a Lista de Verificação é um formulário físico ou virtual utilizado para tabular dados de uma observação amostral identificando a frequência dos eventos em um período determinado. A Lista de Verificação das características geométricas, sendo estes então os itens de controle, é mostrada na Tabela 4, e contem a freqüência de reprovação individual ou por média - dos ensaios. Características Geométricas Nº de Reprovados % Reprovado % Acumulada Desvio 6 35% 35% Comprimento 5 29% 65% Planeza 2 12% 76% Largura 1 6% 82% Altura 1 6% 88% Septo 1 6% 94% 6
7 Parede 1 6% 100% Fonte: Elaborado pelos autores Tabela 4 Lista de Verificação das características geométricas Diante deste contexto para saber qual problema mais significativo, a ferramenta usada foi a Análise de Pareto, descrita por Rodrigues (2004) como gráfico de barras verticais que permitem determinar quais problemas resolverem e quais as prioridades, por meio da relação 20/80 (20% das causas explicam 80% dos problemas) mostrado na Figura 3. Figura 3 Gráfico de Pareto De acordo com o gráfico visualiza-se que o problema de maior freqüência é o desvio, representado por 35%. Contudo, irá se trabalhar com o problema relacionado ao desvio e comprimento, representando 65% dos defeitos. Analisando suas causas e conseqüências, buscando dessa forma a solução para o mesmo. O desvio é definido pela ABNT NBR :2005 como ângulo formado entre o plano de assentamento e sua fase. Fenômeno medido pela distancia D, conforme mostra a Figura 4. Fonte: ABNT NBR :2005 Figura 4 Desvio em relação ao esquadro 7
8 4.3 Investigar o Problema: Comportamento e Causas Para esta etapa do processo fez-se uso do Diagrama de Causa e efeito a fim de analisar as possíveis causas dos problemas. Rodrigues (2004) diz que o Diagrama visa estabelecer a relação entre o efeito e todas as causas de um processo. Na Figura 5 fica demonstrado o Diagrama para o desvio e na Figura 6 o Diagrama para o comprimento. Figura 5 - Diagrama de Causa e Efeito do desvio 4.4 Priorizar Causas Figura 6 - Diagrama de Causa e Efeito do comprimento As causas assinaladas devem ser reduzidas através da eliminação das causas menos relevantes. Isto poderá ser feito com base nas informações levantadas anteriormente e em informações adicionais em literaturas sobre cerâmica. Neste caso, a priorização das causas foi realizada com o técnico do laboratório, os funcionários envolvidos no processo e também o ceramista, que apontaram como principais as causas da Tabela 5, com vistas ao impacto delas nos defeitos dos blocos, definindo quais mudanças seriam viáveis. 8
9 6M s Desvio Comprimento Método Altura do empilhamento - Máquinas Molde Linha frouxa, ciclo de corte Mão de obra Falta de qualificação Falta de qualificação Matéria prima Tipo de argila Tipo de argila Medida Excesso de argila Umidade Meio ambiente Desnível do solo - Fonte: Elaborado pelos autores 4.5 Plano de Ação Tabela 5 Priorização das causas No passo do Plano de Ação, foi usada a ferramenta 5W1H, ferramenta de análise utilizada também para a padronização de processos e nos procedimentos associados e indicadores. Nele, definem-se responsabilidades, métodos, prazos, objetivos e recursos (RODRIGUES, 2004). Segue na Tabela 6 o plano construído para a melhoria do processo. Quais ações serão feitas? Nivelamento do solo Controle umidade de Treinamento dos funcionários Manutenção na linha de corte Desenvolver um padrão de empilhamento Quando serão feitas as ações? MENTO ESTA LINHA EM BRANCO Onde serão feitas? Quais os responsáveis pela ação? Ceramista A depender do Local de gestor secagem dos blocos A cada hora Misturador Técnico do laboratório Periodicamente No auditório da empresa Técnico laboratório A cada hora Corte Funcionário responsável pela manutenção Uma vez (com revisão a cada ano) Fonte: Elaborado pelos autores 5. Resultados Local Secagem dos blocos de do Grupo de funcionários e técnicos destinados ao estudo Tabela 6 - Plano de Ação Por que serão feitas as ações? O piso nivelado diminui os desvios Para evitar o excesso de umidade Para facilitar a execução dos controles e diminuir o efeito de manuseio Para evitar a variabilidade do tamanho Para evitar os desvios por sobrecarga no empilhamento Como serão desenvolvidas? Reforma do piso da cerâmica Procedimento do laboratório Oficinas treinamento de Troca ou ajuste da linha de aço Por meio de cálculo de resistência de blocos úmidos O Método de Análise e Solução de problemas é indispensável para a gestão da qualidade de um processo, ele contribui na estruturação dessa gestão como também na avaliação dessa gestão. A identificação de problemas é fácil de ser percebida, já que em muitos casos o sistema para ou o número de defeitos, aparece como um sintoma de um sistema problemático. Porém, o MASP prepara uma estrutura para a análise das causas e orienta para a solução delas de forma prática e que deve ser de conhecimento de todos os funcionários. Depois de diversas visitas, reuniões e resistências por ideias divergentes a respeito das melhores soluções de controle do processo foi elaborado um documento padrão que contem procedimentos de controle e operação nas etapas produtiva que influencia a conformidade dos 9
10 blocos cerâmicos. Este documento ficaria na linha de produção sendo preenchido por um funcionário, o qual tenha passado por um treinamento e esteja conscientizado da importância do controle. Com as ações tomadas, espera-se que o escopo do estudo feito atinja o seu objetivo, resolvendo grande parte dos problemas existentes no processo produtivo. Mesmo para as causas que não foram priorizadas, é possível em um momento posterior desdobrá-las seguindo o MASP e resolver outros problemas também. O uso do PDCA no desenvolvimento e execução do MASP é necessário para poder manter esse método sendo usado na empresa sempre que algum problema for identificado, seja no processo produtivo como em outros setores como vendas, administração, manutenção e distribuição. Para trabalhos futuros, pode-se desenvolver os demais passos do método MASP que correspondem a ação, verificação, padronização e conclusão do MASP. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Componentes cerâmicos. Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação Terminologia e requisitos. - NBR :2005 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Componentes cerâmicos. Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação Métodos de ensaio. NBR :2005. CAMPOS, V. F. TQC - Controle da qualidade total: no estilo japonês. 8 ed. Belo Horizonte, MG: Editora de Desenvolvimento Gerencial, CERQUEIRA, J. P. ISO 9000 no Ambiente da Qualidade Total. Rio de Janeiro : Imagem, RODRIGUES, M. V. C. Ações para a qualidade: GEIQ, gestão integrada para a qualidade Padrão Seis Sigma. Rio de Janeiro: qualimark, THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-ação. São Paulo: Cortez,
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