Antiinflamatórios não-esteróides Analgésicos Antipiréticos
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- Márcio Rosa Rico
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1 Processo inflamatório Antiinflamatórios não-esteróides Analgésicos Antipiréticos Vasodilatação arteriolar, com aumento do fluxo sanguíneo local, seguido de uma redução nesse fluxo e estase sanguínea calor e vermelhidão Ativação de células endoteliais e dos leucócitos, com migração trandotelial dos leucócitos para os tecidos. Aumento da permeabilidade vascular com exsudação de líquido para os tecidos edema e dor O extravasamento plasmático contribui para a liberação de diversos Prof. Carlos Cezar I. S. Ovalle mediadores inflamatórios: histamina, bradicinina, serotonina e produtos do ác. Aracdônico (prostaglandina). Processo inflamatório Mecanismo de ação dos AINEs O acúmulo local dos mediadores inflamatórios ocasionam a sensibilização periférica da dor, que se caracteriza por uma alteração no limiar de nociceptores, com conseqüentes hiperalgia (sensibilidade exacerbada) e/ou alodinia (sensações não dolorosas sendo experimentadas como dor) Os efeitos terapêuticos e colaterais dos AINEs resultam da inibição da enzima ciclooxigenase por estes compostos. Assim, tais agentes reduzem a síntese de prostaglandinas, diminuindo a intensidade do processo inflamatório e conseqüentemente a nocicepção periférica. 1
2 Mecanismo de ação dos AINEs Mecanismo de ação dos AINEs As prostaglanginas são obtidas através do metabolismo do ác. Aracdônico. Quando liberado, o ác. aracdônico será metabolizado através de 2 vias enzimáticas: as cicloxigenases. A cicloxigenase é encontrada em duas formas: cicloxigenase 1 (COX-1) e cicloxigenase 2 (COX-2) Mecanismo de ação dos AINEs Mecanismo de ação dos AINEs Inibição da síntese de prostaglandinas (PG): Inibe a COX-1 ou COX-2 ou ambas, impedindo a formação de PG. Também antagonizam os receptores das PG. Inibem a liberação de histamina dos mastócitos. Inibem a migração de leucócitos PMN (polimorfonucleares) e monócitos, reduzindo a quimiotaxia (migração dos neutrófilos e outros leucócitos aos As ações intiinflamatória, analgésica e antipirética dos AINEs decorrem principalmente da ação inibitória sobre a COX-2, enquanto os efeitos colaterais são resultantes da inibição da COX-1 locais da inflamação). Redução da permeabilidade capilar, diminuindo o edema e vermelhidão. Inibem a liberação da PGE1 na área pré-óptica do hipotálamo anterior, inibindo o mecanismo da FEBRE. 2
3 Usos Terapêuticos Usos Terapêuticos Inflamação: São as drogas de 1ª linha para inibir o processo inflamatório em doenças reumáticas e não-reumáticas, incluindo artrite reumatóide, osteoartrite, artrite psoríaca, espondilite anquilosante. Esses fármacos não revertem a progressão da doença reumática, mas retardam a destruição das cartilagens e ossos e aumentam a mobilidade das articulações. Analgesia: é a melhor opção para o tratamento da dor leve a moderada. Ação antipirética: os AINES diminuem a temperatura corporal elevada pela ação nos centros hipotalâmicos. Outros: a Aspirina (AAS) pode ser utilizada profilaticamente para reduzir a formação de trombos, profilaxia do infarto e de doenças coronarianas. Salicilatos Nome: ácido acetilsalicílico (ASS, Aspirina) Indicação: analgésico, antitérmico, antiinflamatório antiagregante plaquetário. A inibição da agregação plaquetária é decorrente de uma interferência com a produção de tromboxano no interior da plaqueta. A utilização dessa propriedade antiagregante requer prévia avaliação clínica do paciente, de modo a permitir o adequado ajuste posológico Salicilatos Reações adversas EFEITOS GASTROINTESTINAIS: Desconforto gástrico, náuseas, vômitos, por serem altamente irritantes para a mucosa gástrica; Aumento da secreção ácida gástrica; Hemorragias gástricas; Úlceras, gastrite medicamentosa; ALTERAÇÕES NO TEMPO DE COAGULAÇÃO: Aumenta o tempo de coagulação por inibir a agregação plaquetária. HIPERSENSIBILIDADE: Urticárias; Choque anafilático. 3
4 Salicilatos Reações adversas ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE: Hiperventilação pulmonar: maior consumo de O 2 e maior produção de CO 2 Intoxicações graves: depressão do centro respiratório com diminuição ventilatória pulmonar e acidose respiratória; INTOXICAÇÃO AGUDA: Náuseas, vômitos; Hiperventilação pulmonar alterações do equilíbrio ácido-base; Depressão do centro respiratório, falência respiratória e choque circulatório. INTOXICAÇÃO CRÔNICA: Distúrbios gastrointestinais; Úlceras pépticas; Alteração do tempo de coagulação; Reações de hipersensibilidade. Derivados da Pirazolona Nome: Dipirona (Novalgina) Indicação: Analgésico e Antipirético São rapidamente absorvidas pelo TGI, metabolizadas pelo fígado e lentamente excretadas pelos rins; Mecanismo de ação: inibem a síntese e liberação de prostaglandinas Dipirona REAÇÕES ADVERSAS: Retenção de sódio, cloro e água a nível renal; Aumento do volume plasmático; Redução do volume urinário; Intoxicação aguda: Náuseas, vômitos e edema; Intoxicação crônica: Sintomas da intoxicação aguda; Icterícia, febre e lesões orais. Derivados do Para - Aminofenol Nome: Paracetamol (TYLENOL) Indicação: Analgésico e Antipirético São fracos inibidores das PGs periféricas, porém potentes inibidores das PGs do SNC. Vantagens: Não afetam o equilíbrio ácido-base; Não afetam o tempo de coagulação; Não provocam irritações nem hemorragias gástricas; 4
5 Paracetamol Derivados do Ácido Fenilacético REAÇÕES TÓXICAS: Necrose hepática; Náuseas, vômitos, dores abdominais; Insuficiência hepática; Nome: Diclofenaco de sódio (Voltaren, Biofenac) e de potássio (Cataflan). Indicação: antiinflamatória, analgésica e antitérmica. Rapidamente absorvido por via oral e parenteral. Tem sido recomendado até para analgesia pós-operatória em infusão IV contínua. Em altas doses, inibe a agregação plaquetária. Deve haver precaução na administração com outros antiagregantes plaquetários. Diclofenaco Derivados do Ácido Propiônico Contra-indicação: Portadores de úlceras, gastrites ou pessoas alérgicas ao fármaco. Não administrá-lo a crianças, hepatopatas, gestantes e lactantes. Reações adversas: Sangramento, ulceração ou perfuração da parede intestinal. Hepatotoxicidade: pode evoluir para hepatite tóxica com ou sem icterícia. Nome: Ibuprofeno (Motrin), cetoprofeno (Profenid) Indicação: antiinflamatória, analgésica e antipirética. Bem absorvidos pelo TGI; É extensamente metabolizado pelo fígado; É excretado pelos rins; Potente inibidor das PGs; Reações adversas: irritação do TGI e lesões pré-ulcerosas 5
6 Derivados do Ácido Enólico Nome: Piroxicam (Feldene), tenoxicam (Tilatil); Indicação: antiinflamatória, analgésica e antipirética. É completamente absorvido pelo TGI e é excretado pela urina; Ambos são indicados para inflamação reumática e não-reumática; Provocam lesões gástricas, náuseas, vômitos, diarréia, gastrite; Aumentam o tempo de coagulação. CONTRA-INDICAÇÕES: Inibidores da COX-2 Os inibidores seletivos da COX- 2 apresentam efeitos analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios, similares aos AINEs não seletivos, mas com reduzido efeito adverso no TGI. Têm demonstrado pouco impacto na agregação plaquetária (mediada pela COX-1) Portadores de úlceras e outros problemas do TGI; Portadores de alterações da coagulação somente quando indispensável e sob rigorosa supervisão médica; Nome: Nimesulida Derivados da Sulfonanilida Indicação: antiinflamatória, analgésica e antipirética. Derivado Pirazol diarilsubstituído Nome: Celecoxib (Celebra) Indicação: antiinflamatória e analgésica É um inibidor seletivo da COX-2, é indicado para febre, processos inflamatórios notadamente osteoarticulares e musculoesqueléticos, analgésico em cefaléias, mialgias, e no alívio da dor pós-operatória. É um inibidor altamente seletivo da COX-2, de vezes mais seletivo so COX-2 Indicação: Artrite reumatóide, osteoartrite e outros processos inflamatórios osteoarticulares e musculoesqueléticos, A ação analgésica tem duração de horas 6
7 Medicamentos com venda proibida Rofecoxib - Vioxx Eterecoxib - Arcoxia Corticosteróides Lumiracoxib - Prexige Fisiologia A porção externa das glândulas supra-renais, o mesoderma, produz: Hormônios glicocorticóides que possuem efeitos antiinflamatórios e imunodepressores, desempenhando papel importante na resposta ao estresse Hormônios mineralocorticóides, atuam no equilíbrio hidroelétolítico, retendo sódio e depletando potássio Corticosteróides São potentes antiinflamatórios, antialérgicos e antireumáticos. Deve- se utilizar a menor dose possível de corticosteróides para controlar afecção em tratamento e, quando possível a redução posológica, esta deve ser gradual. Indicações Tratamento de doenças endócrinas, osteomusculares, reumáticas, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas, neoplásicas e outras que respondam à terapia com corticosteróides. 7
8 Anti-histamínicos Anti-histamínicos Anti-histamínicos A histamina é um importante mediador químico das reações alérgicas. Os anti-histamínicos agem como inibidores competitivos das ações da histamina Classificação das drogas anti-histamínicas: Bloqueadoras dos receptores H1: antagonizam as respostas vasculares induzidas pela histamina, mas não influem no aumento da secreção gástrica Bloqueadoras dos receptores H2: capazes de diminuir a secreção gástrica estimulada pela histamina (Cimetidina, Ranitidina) Bloqueadoras dos receptores H1 Utéis e eficazes no tratamento de respostas alérgicas e inflamatórias, mediadas pela histamina, como rinite, urticária e alergia a alimentos Bloqueadoras dos receptores H2 Reduzem secreção ácida gástrica no tratamento de pacientes com úlcera péptica e doenças relacionadas 8
9 Anti-histamínicos H1 Receptores H1 Usados no tratamento de respostas alérgicas onde histamina é liberada em virtude da ativação celular por processos de hipersensibilidade. A Ativação do Receptor H1 causa: Estímulos nervosos e sensoriais (prurido,espirros) Dilatação de vênulas pós-capilares e aumento da permeabilidade vascular (edema) Contratura da musculatura lisa no aparelho respiratório e do trato gastrointestinal (broncoespasmo) Medicamentos anti-histamínicos mais utilizados no Brasil Indicações Urticária PIMEIRA GERAÇÃO: Dexclorfeniramina (Polaramine) Hidroxizina (Hidroxizine) Rinoconjuntivite alérgica Asma Dermatite atópica SEGUNDA GERAÇÃO: Loratadina (Claritin) Fexofenadina (Allegra) Epinastina (Talerc), Anafilaxia Prurido Prurigo, alergia a picada de insetos 9
10 Anti-histamínicos na RINITE Reduzem prurido, espirros e rinorréia Tratamento da crise aguda ou associados aos corticóides tópicos nasais no tratamento de manutenção Preferência H1 de segunda geração não sedantes 10
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