Renúncias fiscais ligadas a investimentos do Setor Elétrico. Flávio Augusto Dumont Prado
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- Ivan Caminha Barateiro
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1 Renúncias fiscais ligadas a investimentos do Setor Elétrico Flávio Augusto Dumont Prado
2 Expectativas de Investimentos no Setor Elétrico
3 Investimentos no Setor Elétrico 13/09/16 - Governo Temer anuncia concessão ou venda de 34 projetos de infraestrutura O governo Michel Temer anunciou nesta terça-feira a concessão ou venda de 34 projetos nas áreas de energia, aeroportos, rodovias, portos, ferrovias e mineração. De acordo com o presidente, o pacote tem o objetivo de ampliar os investimentos para reaquecer a economia, em recessão, e estimular a criação de empregos. (Fonte: G1) 3
4 Investimentos no Setor Elétrico 23/08/16 - MME trabalha para desonerar a cadeia tributária da indústria solar - Meta é incluir os insumos e maquinários do setor na mesma regra do Padis O Ministério de Minas e Energia está elaborando uma proposta de desoneração tributária que pode acelerar o desenvolvimento da indústria fotovoltaica no Brasil. Hoje a tributação que incide sobre os insumos e maquinários produzidos no país faz que com o painel solar nacional seja até 30% mais caro que o produto acabado importado, desestimulando a produção local e a vinda de novas empresas. (Fonte: Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo) 09/06/16 - Distribuidoras de Energia Elétrica poderão emitir debêntures incentivadas As concessionárias de distribuição de energia elétrica poderão emitir debêntures para aplicação dos recursos em projetos enquadrados como prioritários, conforme previsto na Lei nº /2011. (Fonte: Ministério de Minas e Energia) 4
5 Investimentos no Setor Elétrico 28/08/ BNDES prevê alta de 20% dos investimentos em infraestrutura até 2018 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) projeta que os investimentos do país em infraestrutura somem R$ 578,9 bilhões até 2018, um crescimento de 20% ou 3,7% ao ano na comparação com o volume de investimentos realizados no setor no quadriênio Os dados foram atualizados em julho de 2015 e consolidados pela Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico (APE) do Banco. (...) Já o setor de energia elétrica, com R$ 210,4 bilhões em perspectiva de investimento (alta de 7,2% na comparação entre os quadriênios), mantém o maior nível de investimentos projetados da infraestrutura. (Fonte: Valor Econômico) 5
6 Projeto de Lei nº 311/2009 (Senado) Regime especial de tributação para o incentivo ao desenvolvimento e à produção de fontes alternativas de energia elétrica (REINFA) Situação atual (desde 08/06/2016): Aguardando designação de novo relator (o Senador Walter Pinheiro se afastou do mandato para assumir como secretário de Educação da Bahia).
7 REINFA Projeto de Lei nº 311/2009 Art. 2º - É beneficiária do REINFA a pessoa jurídica que exerça pelo menos uma das seguintes atividades: I pesquisa, desenvolvimento e produção de equipamentos utilizados na geração de energia eólica, solar e marítima, bem como de novas tecnologias ou materiais de armazenamento de energia; II geração de energia elétrica de fonte eólica, solar e marítima; III produção de veículos tracionados por motor elétrico, híbridos ou não. 7
8 REINFA Projeto de Lei nº 311/2009 Isenção de PIS/Cofins, Pis/Cofins-Importação, IPI e Imposto de Importação. Art. 3o As pessoas jurídicas habilitadas no REINFA ficam isentas das seguintes contribuições e impostos: I Contribuição para o PIS/PASEP e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) incidentes sobre a sua receita bruta; II Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e Cofins-Importação incidentes sobre os bens, sem similar nacional, e serviços necessários às atividades previstas no art. 2º desta Lei, quando importados diretamente pela beneficiária do REINFA; III Imposto de Importação (II) incidente sobre os bens, sem similar nacional, necessários às atividades previstas no art. 2º desta Lei, quando importados diretamente pela beneficiária do REINFA; 1º Ficam isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) os bens necessários às atividades previstas no art. 2º desta Lei, quando adquiridos por pessoa jurídica habilitada no REINFA, bem como os veículos tracionados por motor elétrico, híbridos ou não, previstos no inciso III do art. 2º desta Lei. 2o São asseguradas a manutenção e a utilização dos créditos do IPI relativos a matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem empregados na industrialização dos bens de que trata o 1º deste artigo. 3o Os bens e serviços beneficiados pelas isenções referidas neste artigo serão relacionados em regulamento. (...) 8
9 Debêntures Incentivadas
10 Debêntures Incentivadas Lei nº /2011 Emissão de Debêntures via de regra por SPEs para implementação de projetos de investimento na área de infraestrutura, que visem à implantação, ampliação, manutenção, recuperação, adequação ou modernização, entre outros, do setor de Energia. Possibilidade de emissão de debêntures incentivadas por sociedades controladoras (Holdings). Mais uma oportunidade fiscal para o Grupo. 10
11 Debêntures Incentivadas Lei nº /2011 Benefícios Fiscais: Imposto de Renda Retido exclusivo na Fonte: 0% (zero por cento) sobre os rendimentos auferidos por pessoa física; e 15% (quinze por cento), quando auferidos por pessoa jurídica tributada com base no lucro real, presumido ou por pessoa jurídica isenta ou optante pelo Simples Nacional. As mesmas condições acima valem para os cotistas de Fundos de Investimento que respeitarem as regras previstas no art. 3º da Lei /11. 11
12 Inovação Tecnológica (P&D)
13 P&D ANEEL Lei nº 8.661/1993 e Lei nº 9.991/2000 A ANEEL obriga as concessionárias, permissionárias e autorizadas a investirem uma parcela de suas receitas em projetos de pesquisa e desenvolvimento P&D. As concessionárias de serviços públicos de Geração, Transmissão e Distribuição de energia elétrica ficam obrigadas a aplicar, anualmente, o montante de 1% (em regra) de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico; As empresas geradoras de energia que se valham, exclusivamente, de instalações eólica, solar, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas e cogeração qualificada são isentas da aplicação anual, no montante mínimo de 1% de sua receita operacional líquida, em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico. 13
14 P&D Geral Lei nº /2005 Estímulo às empresas que investem em pesquisa e criação de tecnologia, inclusive com outros benefícios fiscais não aqui mencionados. IRPJ e CSLL Dedutibilidade no lucro líquido contábil, como despesas operacionais, dos dispêndios com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, bem como de outras despesas relacionadas aos projetos de P&D; Exclusão, na apuração do Lucro Real, de 60% a 80% (a depender do número de empregados pesquisadores contratados pela pessoa jurídica, na forma a ser definida em regulamento) dos dispêndios com pesquisa e desenvolvimento: 14
15 P&D Geral Lei nº /2005 IRPJ e CSLL Limitado ao valor do lucro real, antes da exclusão. O valor não excluído no ano não poderá ser excluído no ano posterior. Depreciação integral, no próprio ano da aquisição, dos bens do ativo imobilizado destinados a atividades vinculadas ao P&D; Amortização acelerada relativamente aos dispêndios relativos à aquisição de bens intangíveis vinculados ao P&D. Obs.: Suspensão dos benefícios da Inovação Tecnológica pela Medida Provisória nº 694/2015. Todavia, referida MP não foi convertida em lei. 15
16 P&D Geral x P&D ANEEL Lei nº 9.991/00 X Lei nº /2005 A legislação do P&D ANEEL (Lei nº 9.991/00) veda, em seu art. 7º, a aplicação dos benefícios do P&D geral previstos na Lei 8661/93: (...) os recursos aplicados na forma desta Lei não poderão ser computados para os fins previstos na Lei nº 8.661, de 2 de junho de A Lei nº 8.661/93 foi revogada pela Lei nº /05, a qual dispõe sobre o atual programa de incentivo à inovação tecnológica. A Lei do P&D ANEEL não foi alterada para vedar a aplicação dos benefícios da Lei nº /05, de modo que não existe vedação para a aplicação dos benefícios da Lei /05 sobre os gastos com P&D Aneel (Fundamentos: (i) princípio da Legalidade; (ii) distinção dos benefícios das Leis nº e ; (iii) tentativas legislativas, não aprovadas, de ajustar a vedação da Lei para a Lei ; (iv) ao menos para as geradoras (tarifa x preço - venda de energia por valores negociados em mercado)). Interpretação diversa da SRF. Algumas poucas decisões judiciais contrárias, mas com análise, a nosso ver, equivocadas das questões de fato envolvidas. Risco perante a ANEEL em relação à composição tarifária? Sobre os gastos com P&D que não foram considerados no P&D ANEEL não há dúvida sobre a aplicação dos benefícios da Lei nº /05. 16
17 Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI)
18 REIDI Lei nº /2007 Programa criado com o objetivo de fomentar o desenvolvimento das obras de infraestrutura nos setores de Transportes, Portos, Energia, Saneamento básico e Irrigação. Benefícios fiscais Suspensão do PIS e da COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda ou da importação de: a) máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, quando adquiridos para incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao seu ativo imobilizado; b) materiais de construção, quando adquiridos para utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao seu ativo imobilizado. 18
19 REIDI Benefícios fiscais: Continuação Lei nº /2007 c) receita decorrente da prestação serviços, quando aplicados em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado; e d) importação de serviços, quando aplicados em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado; e e) receita de aluguel de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, auferida por empresa estabelecida no país, para utilização em obras de infraestrutura. A suspensão das contribuições na operação de venda de bens e serviços para a beneficiária do REIDI não impede a manutenção dos créditos apurados nas entradas por parte do fornecedor 19
20 REIDI Pontos de Atenção Lei nº /2007 A suspensão pode ser usufruída nas aquisições, locações e importações vinculadas ao projeto aprovado, realizadas no período de cinco anos contados da data da habilitação da pessoa jurídica titular do projeto de infraestrutura A data de habilitação no REIDI deverá ser prévia à data de assinatura do contrato de aquisição dos bens e serviços que serão utilizados ou incorporados na obra. Realidade específica do setor elétrico e dificuldade operacional de se ter a prévia habilitação no REIDI antes da celebração de alguns contratos. Avaliação de razoabilidade e proporcionalidade. 20
21 REIDI Pontos de Atenção Lei nº /2007 A Pessoa Jurídica habilitada pode efetuar, a seu critério, aquisições e importações fora do REIDI, ou seja, sem os benefícios. Pessoa Jurídica contratada por Pessoa Jurídica habilitada no REIDI para a execução por empreitada de obras de construção civil pode solicitar co-habilitação ao Regime, o que não exige anuência do habilitado. Neste caso, caso a empresa habilitada queira realizar a compra sem os benefícios do REIDI, seria recomendável que na contratação das obras civis esteja expressamente declarado que o habilitado não pretende utilizar o REIDI na contratação. 21
22 Depreciação Acelerada Incentivada
23 Depreciação Acelerada Incentivada Art. 37 da Lei nº /2005 A Lei /05 prevê a possibilidade de exclusão do Lucro Real das diferenças entre as taxas de depreciação contábil fixadas pela ANEEL e as taxas de depreciação fixadas pela RFB. Aplicável somente aos bens novos adquiridos ou construídos destinados a empreendimentos cuja concessão, permissão ou autorização tenha sido outorgada até 31 de dezembro de A referida norma é silente acerca do momento da opção e da possibilidade de mudança (ou interrupção) de opção. O Parecer Normativo COSIT nº 79/1976, ao tratar de outro tipo de depreciação acelerada, estabelece que esta é uma opção do contribuinte e que esta opção pode ser exercida em cada exercício fiscal. Contudo, a RFB entende que não é possível a retificação do passado, por não se tratar de um erro. 23
24 Endereços e Contatos São Paulo Rua da Quitanda, nº Centro CEP: São Paulo, SP Tel: +55 (11) Fax: +55 (11) gaiasp@gsga.com.br Rio de Janeiro Av. Rio Branco, 116-9º e 10º andares - Centro CEP: Rio de Janeiro, RJ Tel: +55 (21) / Fax: +55 (21) gaiarj@gsga.com.br Belo Horizonte Av. do Contorno, salas 508/512 CEP: Belo Horizonte, MG Tel: +55 (31) Fax: +55 (31) gaiabh@gsga.com.br Brasília SRTVN Quadra Conj. C, Ala A, Sala 521 CEP: Brasília, DF Tel: +55 (61) Fax: +55 (61) gaiadf@gsga.com.br Curitiba Rua Mal. Deodoro, º andar - Centro CEP: Curitiba, PR Tel: +55 (41) Fax: +55 (41) gaiapr@gsga.com.br
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1º O Poder Executivo disciplinará, em regulamento, as condições necessárias para a habilitação ao REINFA.
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