Investimentos em infraestrutura

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Alana Wagner
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1 Investimentos em infraestrutura Principais efeitos fiscais Janeiro de 2019 DC2 - Informação de distribuição restrita

2 Introdução Complexidade do sistema tributário brasileiro Desenho financeiro de projetos de infraestrutura sofre forte impacto dos aspectos tributários Incentivos, regimes especiais, alíquotas diferenciadas, formas de contratação Erros na equação fiscal podem representar sucesso ou insucesso do projeto 2

3 Formas de investimento Incentivos fiscais

4 Investimento direto Ext. Brasil RISCO! Investidor Holding SPE Residente: Sem efeito fiscal Não residente: - IOF: 0,38% na entrada - Registro RDE-IED No Retorno do Investimento: - Dividendos: sem IRF e IOF - JCP: 15% IRF / 25% ( paraíso fiscal) (ver TRATADO) e sem IOF - Redução de capital: IRF s/ganho = 15% a 22,5% ; 25% PF/RFP / (ver TRATADO) IOF de 0,38% - Alienação: 15% a 22,5% sobre o ganho 4

5 Fundo de Investimento em Participação (FIP) Quotista INR Quotista INR Quotista INR < 40% < 40% < 40% Condições 1) Investidores Qualificados (investimento > R$100 mil) 2) Não pode ter 40% ou + do total das quotas 3) INR não domiciliado em PF/RFP 0% FIP Na liquidação ou venda das quotas no FIP (Lei 12973/14) SPE 0% Portfólio regra principal 90% ou mais do portfólio - ações, debêntures conversíveis ou outros títulos - empresas brasileiras Target = sociedade anônima. 5

6 Debêntures de infraestrutura emitidas por SPE (Lei 12431/2011) Emitidas por SPE (S/A) ou concessionárias Objetivo: Implementação de projetos de investimento, na área de infraestrutura, ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação, considerados prioritários pelo Poder Executivo Previstos requisitos mínimos: Prazo médio > 4 anos, vedação à recompra nos 2 primeiros anos, alocação de recursos nos projetos de interesse, remuneração (taxas pré), entre outros 6

7 Debêntures de infraestrutura emitidas por SPE (Lei 12431/2011) IR exclusivo na fonte: rendimentos auferidos por PF ou PJ domiciliadas no País: Alíquota 0%: PF 15%: PJ tributada pelo lucro real, presumido ou arbitrado, isenta ou do Simples Os rendimentos tributados exclusivamente na fonte poderão ser excluídos na apuração do lucro real As perdas apuradas nas operações com esses títulos não serão dedutíveis na apuração do lucro real 7

8 Emissões de debêntures incentivadas em 2018 Até julho/18 emissões alcançaram R$ 10bi. Maior volume desde a edição da Lei 12431/11 60% destinados a novos projetos e o restante Fonte: Valor Econômico jul/18 8

9 Emissões de debêntures incentivadas em 2018 Quantidade de emissões por ano Fonte: Boletim Informativo de Debêntures Incentivadas SEPRAC, Ministério da Fazenda 9

10 Emissões de debêntures incentivadas em 2018 Quantidade de portarias autorizativas Fonte: Boletim Informativo de Debêntures Incentivadas SEPRAC, Ministério da Fazenda 10

11 Fundos de investimento aplicação em debêntures (Lei 12431/2011) IR sobre rendimentos dos fundos: Fundo de investimento que aplique recursos na aquisição dessas debêntures (85% do valor do PL do fundo) Fundo de investimento que aplique em cotas dos fundos acima (95% de seus recursos) Alíquota 0%: PF e se pagos/creditados a não residentes (exceto em país com tributação favorecida) 15%: PJ tributada pelo lucro real, presumido, arbitrado, isenta/simples 11

12 Fundo de Investimento em Participação (FIP-IE) Lei 11478/2007 Em Infraestrutura (FIP-IE) Na Produção Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (FIP-PD&I) Objetivos: investimento no território nacional em novos projetos de infraestrutura e de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação Áreas: energia, logística, transporte, água, saneamento, irrigação, mobilidade urbana, telecom., radiodifusão (Decreto 8874/2016) Pelo menos 90% do patrimônio do fundo deve ser aplicado em títulos de emissão de SPE para esse fim Mínimo 5 quotistas. Cada um deles não deve deter mais de 40% das cotas ou do total dos rendimentos do fundo 12

13 FIP-IE e FIP PD&I - Fundo de Investimento em Participação (FIP-IE) Lei 11478/2007 IR de 15% sobre rendimentos no resgate de cotas, inclusive na liquidação IR sobre ganho na alienação de cotas: i. Alíquota zero: PF nas operações em bolsa ou fora dela e investidores não residentes (exceto localizados em PF) ii. Alíquota de 15%, como ganho líquido: auferido por PJ, em operações realizadas dentro ou fora de bolsa 13

14 REIDI Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura (Lei /07) 14

15 REIDI Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura Beneficiário: PJ com projeto aprovado para implantação de obras de infra-estrutura nos seguintes setores: Transportes Portos Energia Saneamento básico Condição: regularidade fiscal Prazo de utilização: 5 anos Irrigação 15

16 REIDI benefícios Suspensão de PIS/COFINS na aquisição no mercado interno ou na importação de: Máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos, novos, e materiais de construção, para utilização ou incorporação em obras de infra-estrutura destinadas ao ativo imobilizado; Bens ou materiais de construção adquiridos ou importados diretamente por PJ beneficiária do Regime; 16

REIDI benefícios Suspensão de PIS/COFINS na prestação no País ou na importação de serviços destinados a obras de infra-estrutura para incorporação ao ativo

17 REIDI benefícios Suspensão de PIS/COFINS na prestação no País ou na importação de serviços destinados a obras de infra-estrutura para incorporação ao ativo imobilizado Os benefícios poderão ser usufruídos nas aquisições e importações realizadas no período de 5 anos Limites e condições para habilitação fixados em regulamento 17

18 REIDI aspectos práticos Obtenção da habilitação é obtida sem maiores dificuldades por parte da RFB Análise da utilização Permite co-habilitação de empresas construtoras Analisar situações de acúmulo de créditos de PIS/COFINS por parte dos fornecedores nas fases anteriores da cadeia 18

19 Outros regimes especiais 19

20 Outros Regime Especiais RECAP (Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras) REPNBL (Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações) REPORTO (Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária ) RENUCLEAR (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares ) REPENEC (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste) REPNBL-Redes ( Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações ) RETAERO - Regime Especial para a Indústria Aeroespacial Brasileira - RETAERO 20

21 Complexidades do nosso sistema tributário Necessidade de reforma tributária 21

22 Problemas estruturais Grande quantidade de normas : Leis Decretos Instruções Normativas Portarias, Atos declaratórios, Soluções de Consulta/Divergência Grande volume de registros e detalhamento de informações exigidas em declarações eletrônicas (SPED) Elevado contencioso tributário Dificuldades de otimização de créditos 22

23 ICMS /ISS problemas estruturais Obras de infraestrutura : fornecimento de mercadorias / prestação de serviços ICMS: Legislação de 26 Estados + DF Alíquotas internas diferentes Duplicação de obrigações acessórias, mesmo depois da implantação do SPED Guerra fiscal Recuperação de créditos ISS: Legislação de mais de municípios Guerra fiscal municipal DL 406/68 LC 116/2003: questões não pacificadas ICMS versus ISS: conflitos de competência: 23

24 Reforma tributária País necessita de uma ampla reforma tributária como meio de política econômica/fiscal, sem viés meramente arrecadatório Focos: modificação da tributação sobre consumo e da tributação corporativa Objetivos Aumento de competitividade para a empresa brasileira Incremento da participação da empresa brasileira nas cadeias globais de valor Projeção do Brasil como mercado altamente atrativo para investimentos em geral 24

25 Grato! pwc.com.br Neste documento, PwC refere-se à PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, firma membro do network da PricewaterhouseCoopers, ou conforme o contexto sugerir, ao próprio network. Cada firma membro da rede PwC constitui uma pessoa jurídica separada e independente. Para mais detalhes acerca do network PwC, acesse: O conteúdo desse material destina-se apenas à informação geral, não constitui uma opinião ou entendimento da PwC, e nem pode ser utilizado como, ou em substituição, a uma consulta formal a um profissional habilitado PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. Todos os direitos reservados.

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