MÓDULO ATIVIDADES ESPECIAIS 8.6 TRABALHO DA MULHER

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MÓDULO ATIVIDADES ESPECIAIS 8.6 TRABALHO DA MULHER"

Transcrição

1 MÓDULO 8 ATIVIDADES ESPECIAIS 8.6 TRABALHO DA MULHER

2 DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS SUMÁRIO ASSUNTO PÁGINA 8.6. TRABALHO DA MULHER INTRODUÇÃO DISPOSIÇÕES REGULADORAS DURAÇÃO DO TRABALHO JORNADA REDUZIDA PRORROGAÇÃO DA JORNADA PERÍODOS DE DESCANSO Intervalo Durante a Jornada Intervalo entre Jornada Repouso Semanal Prorrogação da Jornada Controle de Câncer TRABALHO NOTURNO LIMITAÇÃO DO SERVIÇO PROTEÇÃO À MATERNIDADE PROIBIÇÃO DO TRABALHO Dilatação dos Períodos de Afastamento Parto Antecipado Aborto Não Criminoso Mudança de Função ou Rescisão do Contrato Garantia do Salário ESTABILIDADE DA GESTANTE AMAMENTAÇÃO DO FILHO Dilatação do Período MÃE ADOTIVA LOCAIS PARA GUARDA DOS FILHOS Requisitos Instalação de Creches Reembolso-Creche Comunicação à DRT Encargos Sociais PROTEÇÃO CONTRA PRÁTICAS DISCRIMINATÓRIAS Acesso da Mulher ao Mercado de Trabalho ASSÉDIO SEXUAL TRABALHO INSALUBRE OU PERIGOSO FALTAS LEGAIS PENALIDADES APLICAÇÃO NO GRAU MÁXIMO FASCÍCULO 8.6

3 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL 8.6. TRABALHO DA MULHER INTRODUÇÃO A Constituição Federal preceitua que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, estabelecendo, inclusive, a igualdade em direitos e obrigações entre homens e mulheres. O artigo 7º da Carta Magna inclui, entre os direitos dos trabalhadores, a proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo. Em face destes princípios constitucionais, o trabalho da mulher deixou de sofrer restrições, não sendo objeto de tutela especial. Entretanto, apesar das disposições constitucionais, ainda há normas vigentes que regulam o trabalho da mulher que, obrigatoriamente, devem ser observadas pelo empregador, sendo que algumas delas têm a constitucionalidade questionada em nível doutrinário DISPOSIÇÕES REGULADORAS A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece que as disposições que regulam o trabalho masculino são aplicáveis ao trabalho feminino, naquilo em que não colidirem com a proteção especial instituída em seu Capítulo III. Considerando os princípios constitucionais já abordados, todas as disposições do trabalho masculino serão aplicáveis ao trabalho feminino sem restrições, uma vez que qualquer distinção de qualquer natureza será tida como inconstitucional. Neste sentido, o Ministério do Trabalho e Emprego se pronunciou estabelecendo, no que concerne à jornada de trabalho, seja quanto à hora extra ou compensação de horas, bem como no que se refere ao trabalho noturno, que aplicam-se à mulher os dispositivos que regulam o trabalho masculino. As restrições ao trabalho da mulher devem ser observadas apenas quando menor DURAÇÃO DO TRABALHO A duração normal do trabalho da mulher deve ser de 8 horas diárias, devendo ser observado o limite constitucional de 44 horas semanais, exceto nos casos para os quais for fixada duração diária inferior JORNADA REDUZIDA A legislação estabelece que os empregados, nestes incluídos as mulheres, poderão ser contratados em regime de tempo parcial, sendo este considerado a jornada que não exceda 25 horas semanais. Neste caso, o salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. Assim, se uma empregada contratada para trabalhar 44 horas semanais ou 220 horas mensais ganha R$ 642,00 por mês, outra empregada contratada na mesma função para trabalhar 25 horas semanais terá sua remuneração calculada da seguinte forma: Salário-hora da primeira empregada: R$ 642, horas = R$ 2,92 Salário da empregada com jornada reduzida: 25 horas 6 (dias úteis de trabalho) = 4:10h 4:10h x 30 (mês comercial) = 125 horas 125 horas x R$ 2,92 = R$ 365,00 A empregada contratada em tempo parcial não poderá receber remuneração mensal inferior a R$ 365, PRORROGAÇÃO DA JORNADA A CLT só permitia que a jornada de trabalho das mulheres fosse prorrogada em duas situações. A primeira nos casos de compensação de horas, desde que o excesso de horas de um dia fosse compensado pela diminuição em outro, e, a segunda situação, no caso de força maior. Desse modo, não havia amparo legal para a prorrogação da jornada em decorrência de acordo de prorrogação, conclusão de serviços inadiáveis e na hipótese de interrupção do trabalho resultante de causas acidentais. A Lei 7.855/89 revogou o artigo 374 que previa a hipótese de prorrogação da jornada para fins de compensação. Já a Lei /2001 revogou o artigo 376, que previa a prorrogação em casos excepcionais, por motivo de força maior, podendo a duração do trabalho diurno elevar-se além do limite legal ou convencionado, até o máximo de 12 horas, e o salário-hora calculado com, pelo menos, 50% superior ao da hora. Assim, as referidas revogações somente atualizam a CLT com as disposições constitucionais de FASCÍCULO 8.6 3

4 DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS PERÍODOS DE DESCANSO A mulher tem direito a períodos de descanso durante e entre jornadas de trabalho, assim como ao repouso semanal remunerado Intervalo Durante a Jornada Durante a jornada de trabalho, deve ser concedido à empregada um período para refeição e repouso, o qual não pode ser inferior a uma hora nem superior a duas horas. O limite de uma hora, entretanto, pode ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho e Emprego quando, ouvido o órgão competente em segurança do trabalho, for verificado que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado Intervalo entre Jornada Entre duas jornadas de trabalho deve haver um intervalo de 11 horas consecutivas, no mínimo, destinado ao repouso da empregada Repouso Semanal O descanso semanal deve ser de 24 horas consecutivas e coincidir, no todo ou em parte, com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviço, a juízo da autoridade competente, na forma das disposições gerais, caso em que o repouso recairá em outro dia. Havendo trabalho aos domingos, deve ser organizada uma escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical. No trabalho da mulher devem, também, ser observados os preceitos da legislação que dispõem sobre a proibição de trabalho nos feriados civis e religiosos Prorrogação da Jornada Em caso de prorrogação do horário normal de trabalho da mulher, será obrigatória a concessão de um descanso de 15 minutos, no mínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho. Em relação ao assunto, a Justiça do Trabalho tem se posicionado que o dispositivo da legislação que prevê às mulheres o direito a intervalo de 15 minutos de descanso antes da prorrogação da jornada de trabalho permanece em vigor, pois foi recepcionado pelo texto constitucional de Isto porque a prerrogativa do artigo 384 da CLT não foi revogada pelo atual texto constitucional. Embora homens e mulheres, sejam iguais em direitos e obrigações, é forçoso reconhecer que elas se distinguem dos homens, sobretudo em relação às condições de trabalho, pela sua peculiar identidade bio-social Controle de Câncer O Governador do Distrito Federal, através da Lei 3.078/2002, concedeu folga anual às empregadas da iniciativa privada e às trabalhadoras domésticas, dentre outras, do Distrito Federal para realização de exames de controle de câncer de mama e do colo do útero TRABALHO NOTURNO É permitido o trabalho noturno da mulher, independentemente da atividade exercida. A hora noturna será computada como de 52 minutos e 30 segundos, considerando o trabalho exercido entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. O trabalho noturno terá um acréscimo de 20% sobre a hora diurna LIMITAÇÃO DO SERVIÇO Ao empregador não é permitido empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 quilos, para o trabalho contínuo, ou 25 quilos, para o trabalho ocasional. Nessa proibição não está compreendido o trabalho de remoção de material por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. Ressaltamos que o artigo 390 da CLT, que estabelece o exposto anteriormente, tem sua constitucionalidade questionada na doutrina PROTEÇÃO À MATERNIDADE A CLT estabelece medidas de proteção à maternidade dispondo, inclusive, que não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho o fato de a mulher haver contraído matrimônio ou encontrar-se em estado de gravidez. A CLT dispõe, ainda, que não são permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou gravidez. 4 FASCÍCULO 8.6

5 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL PROIBIÇÃO DO TRABALHO A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário. A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre 28º dia antes do parto e a ocorrência deste. A empregada terá direito a dispensa do horário do trabalho pelo tempo necessário para realização de, no mínimo, 6 consultas médicas e demais exames complementares durante o período de gravidez Dilatação dos Períodos de Afastamento Mediante atestado médico original e específico para o fim de prorrogação, os períodos de afastamento antes e depois do parto poderão ser aumentados em mais duas semanas cada um. A prorrogação dos períodos de repouso anteriores e posteriores ao parto consiste em excepcionalidade, compreendendo as situações em que exista algum risco para a vida do feto ou criança ou da mãe, devendo o atestado médico ser apreciado pela Perícia Médica do INSS Parto Antecipado Em caso de parto antecipado, a mulher tem direito a 120 dias de afastamento Aborto Não Criminoso Na ocorrência de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher tem direito a um repouso remunerado de duas semanas, ficando-lhe, ainda, assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes do afastamento Mudança de Função ou Rescisão do Contrato Em casos excepcionais, mediante atestado médico, é permitido à mulher grávida mudar de função, sendo-lhe, ainda, facultado romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação Garantia do Salário Durante o período de afastamento, em virtude de gravidez ou parto, a mulher terá direito ao salário integral. Quando o salário for variável, a remuneração a ser paga corresponderá à média dos 6 últimos meses de trabalho. No período de afastamento serão garantidos à empregada os direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe, ainda, facultado reverter à função que ocupava anteriormente ESTABILIDADE DA GESTANTE A Constituição Federal proíbe a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. Assim, neste período, a empregada tem garantia de emprego. Contudo, pode ocorrer de determinada entidade sindical representativa da categoria profissional assegurar, em instrumento coletivo, estabilidade provisória por período superior àquele estabelecido pela Constituição. A Súmula 244 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) firmou posição no sentido de que o desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. A mesma Súmula 244 TST estabeleceu que a garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. Em relação à estabilidade da empregada gestante no decorrer do contrato de experiência, o TST se posicionou que não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa AMAMENTAÇÃO DO FILHO Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 meses de idade, a mulher tem direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais, de meia hora cada um Dilatação do Período Quando a saúde da criança o exigir, o período de 6 meses pode ser dilatado, a critério da autoridade competente MÃE ADOTIVA A empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança também tem direito à licença-maternidade e ao Salário-Maternidade. A licença-maternidade somente será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. Os períodos de licença e salário-maternidade da mãe adotiva são devidos nos seguintes termos: a) adoção ou guarda judicial de criança de até 1 ano de idade direito a 120 dias; b) adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 ano até 4 anos de idade direito a 60 dias; FASCÍCULO 8.6 5

6 DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS c) adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 anos até 8 anos de idade direito a 30 dias LOCAIS PARA GUARDA DOS FILHOS A mulher, por enfrentar maiores problemas em relação ao mercado de trabalho, recebeu por parte do legislador atenção especial no que diz respeito à maternidade. Um desses problemas é a guarda dos filhos durante o tempo em que permanece na empresa exercendo suas atividades. Para amenizar, a CLT determinou que a empresa forneça à empregada meios para ficar junto de seu filho no decorrer dos primeiros meses de vida. A Constituição Federal de 1988, assegurou aos trabalhadores urbanos e rurais, assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 6 anos de idade, em creches e pré-escolas. Apesar de a Constituição assegurar proteção até os 6 anos, a CLT não foi modificada, permanecendo os 6 meses. O Ministério do Trabalho e Emprego ao regulamentar o sistema de reembolso-creche, manteve o limite mínimo de 6 meses. Os estabelecimentos em que trabalharem, pelo menos, 30 mulheres com mais de 16 anos de idade, devem ter local apropriado onde seja permitido às empregadas amparar, sob vigilância e assistência, os seus filhos no período de amamentação Requisitos O local apropriado para a guarda dos filhos das empregadas deve revestir-se dos seguintes requisitos: a) berçário com área mínima de 3 metros quadrados por criança, devendo haver entre os berços e entre estes e as paredes a distância mínima de 50 centímetros; b) o berçário deve dispor de leitos na proporção de 1 leito para cada grupo de 30 empregadas entre 16 e 40 anos de idade; c) saleta de amamentação provida de cadeiras ou bancos-encosto, para que as mulheres possam amamentar seus filhos em adequadas condições de higiene e conforto; d) cozinha dietética para o preparo de mamadeiras ou suplementos dietéticos para a criança ou para as mães; e) o piso e as paredes do local devem ser revestidos de material impermeável e lavável; f) instalações sanitárias para uso das mães e do pessoal da creche Instalação de Creches A exigência relativa ao local para guarda dos filhos pode ser suprida por meio de creches distritais, mantidas, diretamente ou mediante convênios, com outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC ou de entidades sindicais. A creche distrital deve estar situada, de preferência, nas proximidades da residência das empregadas ou dos estabelecimentos ou em vilas operárias. Inexistindo creches distritais, cabe à autoridade regional competente a faculdade de exigir que os estabelecimentos celebrem convênios com outras creches, desde que os estabelecimentos ou as instituições forneçam transporte, sem ônus para as empregadas. Nesse caso, das cláusulas do convênio devem constar: o número de berços que a creche mantém à disposição de cada estabelecimento, obedecendo à proporção retroexaminada; a comprovação de que a creche foi aprovada pelos órgãos competentes a quem cabe orientar e fiscalizar as condições materiais de instalação e funcionamento, bem como a habilitação do pessoal que nela trabalhe. Em qualquer caso, é vedada a utilização de creches para quaisquer outros fins, ainda que em caráter provisório ou eventual Reembolso-Creche Os empregadores, para se eximirem da exigência de manutenção de local apropriado para a guarda dos filhos de suas empregadas no período de amamentação, podem adotar o sistema de reembolso-creche, que consiste em o empregador cobrir, integralmente, as despesas com o pagamento da creche de livre escolha da empregada-mãe, ou outra modalidade de prestação de serviços desta natureza, pelo menos até os 6 meses de idade da criança. Esse reembolso deve ser feito até o terceiro dia útil após a entrega do comprovante das despesas efetuadas, pela empregada-mãe, com a mensalidade da creche. O reembolso-creche deve ser concedido a toda empregada-mãe, independente do número de mulheres existentes no estabelecimento e sem prejuízo do cumprimento dos demais preceitos de proteção à maternidade. Todavia, a implantação do sistema de reembolso-creche estabelecendo as condições, prazos e valor depende de prévia estipulação em acordo ou convenção coletiva. Adotado o sistema, os empregadores devem afixar em locais de livre acesso, para ciência das empregadas, avisos notificando a existência do sistema e dos procedimentos a serem adotados para a obtenção do mencionado benefício. 6 FASCÍCULO 8.6

7 MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL Comunicação à DRT No caso de opção pelo sistema de reembolso-creche, os empregadores deverão comunicar a adoção da medida à Delegacia Regional do Trabalho (DRT), remetendo-lhe cópia do documento explicativo de seu funcionamento Encargos Sociais O reembolso-creche, pago à empregada nas condições analisadas anteriormente, e tendo as despesas devidamente comprovadas, não integra o salário-de-contribuição para fins previdenciários, desde que beneficie a criança de até 6 anos. Assim, sobre o referido valor não haverá a incidência de contribuição para o INSS e para o FGTS PROTEÇÃO CONTRA PRÁTICAS DISCRIMINATÓRIAS São consideradas como crime, passível de pena de detenção e multa, as seguintes práticas discriminatórias ao trabalho da mulher: I a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez; II a adoção de quaisquer medidas, de iniciativa do empregador, que configurem: a) indução ou instigamento à esterilização genética; b) promoção do controle de natalidade, assim não considerando o oferecimento de serviços e de aconselhamento ou planejamento familiar, realizados através de instituições públicas ou privadas, submetidas às normas do Sistema Único de Saúde (SUS) Acesso da Mulher ao Mercado de Trabalho Para que não seja restringido o acesso da mulher ao mercado de trabalho, é proibido: a) publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou à situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir; b) considerar o sexo, a idade, a cor ou a situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional; c) impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; d) proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias; e) recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar, ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível ASSÉDIO SEXUAL Apesar de ter os mesmos direitos dos homens, é comum as mulheres sofrerem discriminação no desempenho de seu trabalho. O assédio sexual é apontado como um dos fatores responsáveis pela discriminação de que são vítimas as mulheres no local de trabalho. O assédio sexual à mulher normalmente se dá por intimidação ou por chantagem. A Justiça do Trabalho considera o assédio sexual uma violação ao princípio da igualdade, à intimidade ou à dignidade da pessoa. A título de ilustração, transcrevemos, a seguir, decisão sobre o tema: O que caracteriza o assédio sexual são as tentativas de imposição da vontade de uma parte a outra, em razão de superioridade hierárquica, sem a devida autorização ou a não receptividade pela parte passiva da investida. O empregador fere a honra e a dignidade da empregada ao forçar uma relação amorosa não correspondida podendo configurar, inclusive, dano moral. (TRT 9ª Região 3ª Turma Recurso Ordinário /2001 Relator Juiz Roberto Dala Barba publicado em ). A Lei /2001, que acrescentou artigo ao Código Penal, dispôs sobre o crime de assédio sexual no trabalho, fixando pena de detenção de 1a2anos, a quem constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício do emprego, cargo ou função. Se o assédio é praticado pelo empregador ou por outro superior hierárquico, a empregada poderá reivindicar a rescisão indireta do contrato de trabalho, com base nas alíneas d e e do artigo 483 da CLT, que tem o seguinte teor: d não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama. Se o assédio partir de colega de trabalho, a empregada também poderá pleitear a rescisão indireta do contrato de trabalho, com base na alínea d do artigo 483 da CLT, pois é dever do empregador zelar pela ordem na empresa. Portanto, a empresa que mantenha mulheres sob contrato de trabalho deve tomar medidas preventivas a fim de coibir o assédio sexual no local de trabalho. As parcelas devidas na rescisão de contrato de trabalho foram analisadas no Fascículo TRABALHO INSALUBRE OU PERIGOSO A mulher pode exercer atividade perigosa ou insalubre, percebendo os respectivos adicionais, observadas as normas de segurança e medicina do trabalho. As normas sobre o trabalho perigoso e insalubre foram analisadas, respectivamente, nos Fascículos 11.2 e FASCÍCULO 8.6 7

8 DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS FALTAS LEGAIS A legislação, salvo à proteção à maternidade, não fez qualquer distinção em relação à mulher, para fins de faltas justificadas. Portanto, os eventos que justificam as faltas são os mesmos para os homens e mulheres. Salvo previsão em acordo ou convenção coletiva de trabalho, à mulher não é permitido faltar para acompanhar filho menor ao médico, bem como faltar em dias de menstruação. No caso da menstruação, apesar de ser sabido que a reação entre as mulheres não é idêntica, havendo aquelas que ficam indispostas e sem condições para o trabalho, a legislação não justifica a falta por este motivo. Nesta situação, a ausência somente pode ser justificada mediante apresentação de atestado médico. As faltas justificadas que se aplicam às mulheres são as seguintes: a) até dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica; b) até três dias consecutivos, em virtude de casamento; c) por um dia, em cada doze meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; d) até dois dias, consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva; e) durante o licenciamento compulsório da empregada, por motivo de maternidade ou aborto, bem como nos casos de adoção ou guarda judicial de criança, observados os requisitos para concessão do salário-maternidade custeado pela Previdência Social; f) pelo tempo em que permanecer à disposição da Justiça, como parte, testemunha ou em virtude de sorteio para funcionar como jurado no Tribunal do Júri; g) até quinze dias, por motivo de doença ou acidente do trabalho, uma vez que a legislação previdenciária determina que o pagamento dos quinze primeiros dias, nesses casos, é de responsabilidade do empregador; h) a ausência do empregado, justificada, a critério da administração do estabelecimento, mediante documento por esta fornecido; i) a paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não tenha havido trabalho; j) ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atividades do Conselho Nacional de Previdência Social; l) ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores no Conselho Curador do FGTS, decorrentes das atividades desse órgão; m) pelo dobro dos dias de prestação de serviço à Justiça Eleitoral; n) nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. o) dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, 6 consultas médicas e demais exames complementares durante o período de gravidez PENALIDADES Por infração de qualquer dispositivo do Capítulo da CLT, relativo ao trabalho da mulher, é imposta ao empregador a multa de R$ 80,51 a R$ 805,07 aplicada pelas Delegacias Regionais do Trabalho ou por aqueles que exerçam funções delegadas APLICAÇÃO NO GRAU MÁXIMO A penalidade será sempre aplicada no grau máximo: a) se ficar apurado o emprego de artifício ou simulação, para fraudar a aplicação dos dispositivos do Capítulo da CLT, concernentes à proteção do trabalho da mulher; b) nos casos de reincidência. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Constituição Federal de 1988 artigos 5º, inciso I, 7º e 10, inciso II, das Disposições Constitucionais Transitórias (Portal COAD); Lei DF, de (Informativo 42/2002); Lei 7.855, de (DO-U de ); Lei 9.029, de (Informativo 16/95); Lei 9.799, de (Informativo 21/99); Lei , de (Informativo 20/2001); Lei , de , (Informativo 26/2001); Lei , de (Informativo 16/2002); Decreto-Lei 5.452, de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) artigos 58 a 73, 372, 373, 373-A, 381, 382, 383, 384, 385, 386, 389, 390, 391, 392, 392-A, 393, 394, 395, 396 e 401 (Portal COAD); Decreto 3.048, de Regulamento da Previdência Social (Portal COAD); Instrução Normativa 1 SRT, de (DO-U de ); Portaria 1 DNSHT, de (DO-U de ); Portaria 290 MTb, de (Informativo 16/97); Portaria 670 MTb, de (Informativo 34/97); Portaria MTb, de (DO-U de ); Resolução 129 TST, de Súmula 244 (Informativo 17/2005). 8 FASCÍCULO 8.6

TEMA: PROTEÇÃO AO TRABALHO DA MULHER ARTIGOS: 372 AO 401, DA CLT

TEMA: PROTEÇÃO AO TRABALHO DA MULHER ARTIGOS: 372 AO 401, DA CLT TEMA: PROTEÇÃO AO TRABALHO DA MULHER ARTIGOS: 372 AO 401, DA CLT PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL ARTIGO 7º, CONSTITUIÇÃO FEDERAL: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho da mulher. Parte II. Prof. Cláudio Freitas

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho da mulher. Parte II. Prof. Cláudio Freitas DIREITO DO TRABALHO Das relações laborais. Parte II Prof. Cláudio Freitas - Obrigações legais dos empregadores Art. 389 - Toda empresa é obrigada: I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Alteração, interrupção e suspensão do contrato de trabalho. Interrupção e suspensão do contrato de trabalho Parte 2

DIREITO DO TRABALHO. Alteração, interrupção e suspensão do contrato de trabalho. Interrupção e suspensão do contrato de trabalho Parte 2 DIREITO DO TRABALHO Alteração, interrupção e suspensão do contrato de trabalho Interrupção e suspensão do contrato de trabalho Parte 2 Profª. Eliane Conde G) Licença não remunerada H) Suspensão para Curso

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho da mulher. Parte I. Prof. Cláudio Freitas

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho da mulher. Parte I. Prof. Cláudio Freitas DIREITO DO TRABALHO Das relações laborais. Parte I Prof. Cláudio Freitas - Abordagem constitucional CRF/88. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

Leia mais

Suspensão e Interrupção do Contrato de. Trabalho. Direito do. Trabalho

Suspensão e Interrupção do Contrato de. Trabalho. Direito do. Trabalho Direito do Trabalho Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho Suspensão e Interrupção A Suspensão e interrupção do contrato de trabalho são circunstâncias criadas pela lei que sustam, paralisam,

Leia mais

Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho*

Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho* 55 Capítulo 3 Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho* 3.1 APRESENTAÇÃO Suponhamos o caso de uma pessoa que se afasta do emprego por motivo de doença. Seu contrato de trabalho continua em vigor,

Leia mais

DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO. Bernadete Kurtz

DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO. Bernadete Kurtz DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO Bernadete Kurtz FERRAMENTAS CONTRA A DISCRIMINAÇÃO DA MULHER NAS RELAÇÕES DE TRABALHO Documentos Internacionais Legislação Brasileira Uso dos princípios Constitucionais

Leia mais

PROTEÇÃO À MATERNIDADE LICENÇA MATERNIDADE SALÁRIO MATERNIDADE

PROTEÇÃO À MATERNIDADE LICENÇA MATERNIDADE SALÁRIO MATERNIDADE PROTEÇÃO À MATERNIDADE LICENÇA MATERNIDADE SALÁRIO MATERNIDADE Março de 2010 PROTEÇÃO À MATERNIDADE Empregada regime CLT Contribuinte Individual diretora estatutária, sócia Empregada doméstica Contribuinte

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 59, DE 2014

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 59, DE 2014 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 59, DE 2014 Altera dispositivos do art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para permitir que o empregado possa deixar de comparecer ao trabalho, por até 8 (oito)

Leia mais

NORMA REGULAMENTADORA Nº 001/2016 FREQUÊNCIA AO TRABALHO

NORMA REGULAMENTADORA Nº 001/2016 FREQUÊNCIA AO TRABALHO NORMA REGULAMENTADORA Nº 001/2016 FREQUÊNCIA AO TRABALHO 1 CONCEITO Corresponde às anotações de hora de entrada, saída e dos intervalos intrajornada (computáveis e não computáveis como tempo de serviço),

Leia mais

COMPILADO. LEI 8112/90 Frequência

COMPILADO. LEI 8112/90 Frequência COMPILADO LEI 8112/90 Frequência LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Art. 19.

Leia mais

SALÁRIO- MATERNIDADE

SALÁRIO- MATERNIDADE FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Artigo 7º, XVIII c/c Artigo 201, II, ambos da CF Artigo 71 a 73, da Lei 8213/91 Artigo 93 a 103 do Decreto 3048/99 Artigo 340 a 358, IN 77 CONCEITO O salário-maternidade é o benefício

Leia mais

O que estudamos aula passada

O que estudamos aula passada O que estudamos aula passada Cessação, suspensão e interrupção dos contratos de trabalho Rescisão Contratual As formas de extinção do Contrato de Trabalho Pedido de demissão Dispensa sem justa causa Dispensa

Leia mais

CAPÍTULO II DA DURAÇÃO DO TRABALHO SEÇÃO I DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

CAPÍTULO II DA DURAÇÃO DO TRABALHO SEÇÃO I DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Fonte: DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 CAPÍTULO II DA DURAÇÃO DO TRABALHO SEÇÃO I DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 57 - Os preceitos deste Capítulo aplicam-se a todas as atividades, salvo as expressamente

Leia mais

Principais Alterações da Reforma Trabalhista

Principais Alterações da Reforma Trabalhista Principais Alterações da Reforma Trabalhista Tema Trabalhista Banco de Horas Contribuição Sindical Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho Danos Morais CLT Vigente NOVAS REGRAS - Mudanças com a Lei

Leia mais

Amamentação é um direito fundamental!

Amamentação é um direito fundamental! Amamentação é um direito fundamental! O direito ao aleitamento materno possui proteção integral, portanto é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar o seu exercício com absoluta prioridade,

Leia mais

A falta de aviso prévio por parte do empregador implica no pagamento da remuneração equivalente aos dias de aviso.

A falta de aviso prévio por parte do empregador implica no pagamento da remuneração equivalente aos dias de aviso. AVISO PRÉVIO É a comunicação de um dos sujeitos da relação empregatícia, ao outro, de que haverá o rompimento do contrato, sendo de no mínimo 30 dias. O ato é informal, podendo ser verbal, mas o comum

Leia mais

DO TRABALHO DA MULHER DIREITO DO TRABALHO II. Aula 11 Normas de proteção do. trabalho da mulher e do menor:

DO TRABALHO DA MULHER DIREITO DO TRABALHO II. Aula 11 Normas de proteção do. trabalho da mulher e do menor: Aula 11 Normas de proteção do trabalho da mulher e do menor Conteúdo Programático desta aula Normas de proteção do trabalho da mulher e do menor: fundamentos e finalidade, proteção à maternidade, normas

Leia mais

TEMA: SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO DIREITO DO TRABALHO

TEMA: SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO DIREITO DO TRABALHO TEMA: SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO DIREITO DO TRABALHO PREVISÃO LEGAL ARTIGO 471 A 476- A DA CLT SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO CONCEITO. SUSPENSÃO SEMSEM SEM TRABALHO

Leia mais

Direito do Trabalho p/ TRT-CE Prof. Antonio Daud

Direito do Trabalho p/ TRT-CE Prof. Antonio Daud Direito do Trabalho p/ TRT-CE www.facebook.com/adaudjr @prof.antoniodaudjr COMO ESTUDAR DIREITO DO TRABALHO P/ TRT-CE? REFORMA TRABALHISTA? 1 Princípios e fontes do direito do trabalho. 8.4 Culpa recíproca.

Leia mais

Aquisição. Férias dos Funcionários: O que Pode e não Pode. Este conteúdo faz parte da série: Folha de Pagamento Ver 10 posts dessa série

Aquisição. Férias dos Funcionários: O que Pode e não Pode. Este conteúdo faz parte da série: Folha de Pagamento Ver 10 posts dessa série Este conteúdo faz parte da série: Folha de Pagamento Ver 10 posts dessa série As férias dos funcionários é um dos temas mais corriqueiros do mundo do trabalho, mas também dos mais complexos. Tentaremos

Leia mais

REFORMA TRABALHISTA. Alteração da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT e aplicação no âmbito da Unesp

REFORMA TRABALHISTA. Alteração da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT e aplicação no âmbito da Unesp REFORMA TRABALHISTA Alteração da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT e aplicação no âmbito da Unesp Lei nº 13.467/2017 Medida Provisória nº 808/2017 I - JORNADA DE TRABALHO a) Tempo considerado à disposição

Leia mais

TABELA DE ALTERAÇÕES REFORMA TRABALHISTA

TABELA DE ALTERAÇÕES REFORMA TRABALHISTA TABELA DE ALTERAÇÕES REFORMA TRABALHISTA COMO É Período de 1 ano para compensação; As horas de banco não sofrem acréscimo; Podem haver períodos e situações diferentes de compensação em convenção coletiva;

Leia mais

CONVENÇÃO COLETIVA 2010

CONVENÇÃO COLETIVA 2010 CONVENÇÃO COLETIVA 2010 ITEM CONVENÇÃO COLETIVA 2009 PROPOSTA DO SECURITÁRIO PARA 2010 SUGESTÃO 2010 Cláusula Segunda - Salário de Ingresso Auxiliar Escritório/Administrativo Portaria, Limpeza, Continuo,

Leia mais

04/03/2015 GPII - 1. Tópicos. Os procedimentos de registros fazem parte das rotinas de um Departamento de Pessoal, que envolvem :

04/03/2015 GPII - 1. Tópicos. Os procedimentos de registros fazem parte das rotinas de um Departamento de Pessoal, que envolvem : Tópicos pg 1.Introdução 2 2.Jornada de Trabalho 3 3.Hora Extraordinária 4 4.Férias 5 5.Auxílio Doença 6 6.Período de Descanso 7 7.Trabalho da Mulher 8 8.Trabalho do Menor 10 9.Empregado Doméstico 11 10.Exercícios

Leia mais

SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE CAMPINAS E REGIÃO X SINAMGE E SINOG

SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE CAMPINAS E REGIÃO X SINAMGE E SINOG SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE CAMPINAS E REGIÃO X SINAMGE E SINOG CONTRAPROPOSTA DO SUSCITANTE EM REUNIÃO DE 31/07/2017 1. Pisos Salariais: a-) A partir de 1º de

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho doméstico. Parte II. Prof. CláudioFreitas

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho doméstico. Parte II. Prof. CláudioFreitas DIREITO DO TRABALHO Das relações laborais Trabalho doméstico. Parte II Prof. CláudioFreitas - LC 150/2015: Normas de direito do trabalho, previdenciário e tributário. Revogação total da lei anterior (lei

Leia mais

ESTABILIDADE PROVISÓRIA

ESTABILIDADE PROVISÓRIA ESTABILIDADE PROVISÓRIA Estabilidade provisória é o período em que o empregado tem seu emprego garantido, não podendo ser dispensado por vontade do empregador, salvo por justa causa ou força maior. ESTABILIDADES

Leia mais

DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: REPOUSO SEMANAL REMUNERADO

DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: REPOUSO SEMANAL REMUNERADO DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: REPOUSO SEMANAL REMUNERADO A origem do repouso semanal é essencialmente religiosa. Mesmo antes de haver leis obrigando a concessão do

Leia mais

Gabaritando Direito do Trabalho Trabalho da Mulher (Concursos)

Gabaritando Direito do Trabalho Trabalho da Mulher (Concursos) Gabaritando Direito do Trabalho Trabalho da Mulher (Concursos) QUESTÕES 1 (FCC/TRT 1ª Região Juiz do Trabalho/2016) Considere as seguintes hipóteses: I. trabalho de mulher que demande, em qualquer hipótese,

Leia mais

DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: TRABALHO DA MULHER

DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: TRABALHO DA MULHER DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: TRABALHO DA MULHER INTRODUÇÃO: Por ocasião da Revolução Industrial de século XVIII, o trabalho feminino foi aproveitado em larga escala,

Leia mais

REFORMA TRABALHISTA 09/06/2017

REFORMA TRABALHISTA 09/06/2017 REFORMA TRABALHISTA 09/06/2017 Principais Pontos 1) Negociação Coletiva tem prevalência sobre a lei quando, entre outros temas, dispuser sobre: jornada de trabalho Banco de Horas anual Intervalos Intrajornada

Leia mais

1 QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS JUSTIFICATIVAS LEGAIS PARA AS FALTAS DO EMPREGADO AO TRABALHO.

1 QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS JUSTIFICATIVAS LEGAIS PARA AS FALTAS DO EMPREGADO AO TRABALHO. 1 QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS JUSTIFICATIVAS LEGAIS PARA AS FALTAS DO EMPREGADO AO TRABALHO. 1.1- ART. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I até 2 (dois) dias

Leia mais

DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: INTERVALO PARA DESCANSO

DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: INTERVALO PARA DESCANSO DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: INTERVALO PARA DESCANSO CONCEITO E NATUREZA JURIDICA: É o período de ausência de trabalho, destinado ao repouso e à alimentação do empregado,

Leia mais

Como proceder nos contratos por prazo O que é estabilidade provisória? determinado?

Como proceder nos contratos por prazo O que é estabilidade provisória? determinado? O que é estabilidade provisória? É o período em que o empregado tem seu emprego garantido, não podendo ser dispensado por vontade do empregador, salvo por justa causa ou força maior. Encontram-se previstas

Leia mais

O IMPACTO DAS MUDANÇAS NA REFORMA TRABALHISTA NO DIA A DIA DAS RELAÇÕES DE TRABALHO DOS CLUBES

O IMPACTO DAS MUDANÇAS NA REFORMA TRABALHISTA NO DIA A DIA DAS RELAÇÕES DE TRABALHO DOS CLUBES O IMPACTO DAS MUDANÇAS NA REFORMA TRABALHISTA NO DIA A DIA DAS RELAÇÕES DE TRABALHO DOS CLUBES LEI Nº 13.467 DE 13 DE JULHO DE 2017 Altera a Consolidação das Leis do Trabalho aprovada pelo Decreto- Lei

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO II. Profa. EleniceRibeiro

DIREITO DO TRABALHO II. Profa. EleniceRibeiro DIREITO DO TRABALHO II INTERVALO Profa. EleniceRibeiro INTERVALOS INTERVALOS -ESPÉCIES o INTERJORNADA o INTRAJORNADA oespeciais INTERVALO INTRAJORNADA Art. 71- Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração

Leia mais

PONTOS IMPORTANTES DA REFORMA TRABALHISTA

PONTOS IMPORTANTES DA REFORMA TRABALHISTA PONTOS IMPORTANTES DA REFORMA TRABALHISTA Preparamos uma seleção dos pontos mais relevantes da Reforma para que possa entender melhor o que foi alterado e que, sem dúvida alguma, afetará a rotina de Sindicatos,

Leia mais

DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 4 JORNADA DE TRABALHO

DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 4 JORNADA DE TRABALHO DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 4 JORNADA DE TRABALHO Índice 1. Jornada de trabalho...3 2. Formas de Prorrogação da Jornada de Trabalho...4 3. Horas Extras no Caso de Força Maior...5 4. Trabalho Noturno...6

Leia mais

Jornada de trabalho LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA

Jornada de trabalho LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA Jornada de trabalho 1 A jornada de trabalho normal será o espaço de tempo durante o qual o empregado deverá prestar serviço ou permanecer à disposição do empregador, com habitualidade, executadas as horas

Leia mais

DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: FÉRIAS

DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: FÉRIAS DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II PROFESSOR: EMERSON SPIGOSSO AULA: FÉRIAS CONCEITO: período do contrato de trabalho em que o empregado deixa de trabalhar para restaurar suas energias, mas aufere remuneração

Leia mais

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

RELATÓRIO DE ATIVIDADES RELATÓRIO DE ATIVIDADES LEI 13.467/2017 MODERNIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA Visão Geral Departamento Sindical - DESIN - Considerações Iniciais - Relações Coletivas de Trabalho LEI 13.467/17 Modernização

Leia mais

A PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER. Leandro Thomaz da Silva Souto Maior e Sarah Cecília RaulinoColy

A PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER. Leandro Thomaz da Silva Souto Maior e Sarah Cecília RaulinoColy 1 A PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER Leandro Thomaz da Silva Souto Maior e Sarah Cecília RaulinoColy A construção percorrida pela legislação representa a evolução da própria sociedade, que ao reconhecer

Leia mais

Confira os principais pontos da proposta de reforma trabalhista

Confira os principais pontos da proposta de reforma trabalhista Confira os principais pontos da proposta de reforma trabalhista Comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (25) o Projeto de Lei 6787/16 na versão apresentada pelo relator, deputado

Leia mais

Publicada tabela atualizada dos precedentes normativos do TRT da 2ª Região

Publicada tabela atualizada dos precedentes normativos do TRT da 2ª Região Publicada tabela atualizada dos precedentes normativos do TRT da 2ª Região PRECEDENTE NORMATIVO Nº 1 - PISO SALARIAL: O piso salarial será corrigido no mesmo percentual do reajuste salarial. PRECEDENTE

Leia mais

INTERVALOS / FÉRIAS / DSR

INTERVALOS / FÉRIAS / DSR INTERVALOS / FÉRIAS / DSR INTERVALOS DE DESCANSO Os intervalos de trabalho estão intimamente ligados com a saúde do trabalhador, vez que são outorgados com o intuito de restaurar as energias do trabalhador

Leia mais

ÍNDICE CURSO DE DEPARTAMENTO PESSOAL. DEPARTAMENTO PESSOAL ONLINE

ÍNDICE CURSO DE DEPARTAMENTO PESSOAL. DEPARTAMENTO PESSOAL ONLINE ÍNDICE INTRODUÇÃO... 009 DISPOSIÇÕES GERAIS... 010 Conceito de empregador... 010 Conceito de empregado... 010 Direitos do empregado... 011 Comissão de representatividade... 014 Organograma da comissão

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Quando o aviso prévio termina na sexta-feira ou no sábado compensado, o empregado terá direito ao descanso

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Quando o aviso prévio termina na sexta-feira ou no sábado compensado, o empregado terá direito ao descanso Quando o aviso prévio termina na sexta-feira ou no sábado remunerado (DSR) 16/10/2015 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 3

Leia mais

RENATA TIVERON NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO. 1ª Edição JUN 2013

RENATA TIVERON NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO. 1ª Edição JUN 2013 RENATA TIVERON NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO 174 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS GABARITADAS Seleção das Questões: Prof.ª Renata Tiveron Coordenação e Organização: Mariane dos Reis 1ª Edição JUN 2013 TODOS

Leia mais

Direitos Trabalhistas Justiça do Trabalho e Recursos Humanos

Direitos Trabalhistas Justiça do Trabalho e Recursos Humanos Direitos Trabalhistas Justiça do Trabalho e Recursos Humanos Palestrante: Estabilidade gestante Estabilidade Acidentária Jornada 12 x 36 Períodos de Intervalo Insalubridade Prof. Cristiano Magalhães 1

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. JORNADA DE TRABALHO. (Material complementar do dia 30/05/2017) Prof. Antero Arantes Martins

DIREITO DO TRABALHO. JORNADA DE TRABALHO. (Material complementar do dia 30/05/2017) Prof. Antero Arantes Martins DIREITO DO TRABALHO JORNADA DE TRABALHO. (Material complementar do dia 30/05/2017) Prof. Antero Arantes Martins DSR S Descanso Semanal Remunerado. Historicamente o descanso semanal tem origem religiosa.

Leia mais

A empregada doméstica gestante tem estabilidade no emprego? Súmula nº 244 do TST - GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.

A empregada doméstica gestante tem estabilidade no emprego? Súmula nº 244 do TST - GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. A empregada doméstica gestante tem estabilidade no emprego? Sim, a Lei Complementar nº 150/2015 garante a empregada doméstica gestante a estabilidade no emprego desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco)

Leia mais

Orientações Consultoria De Segmentos Apuração Horas e DSR para empregado Horista

Orientações Consultoria De Segmentos Apuração Horas e DSR para empregado Horista 13/03/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 4 4. Conclusão... 6 5. Informações Complementares... 6 6. Referências... 6 7.

Leia mais

Novos tipos de contrato de trabalho:

Novos tipos de contrato de trabalho: A lei nº. 13.467/17 entrou em vigor no dia 11 de novembro, para melhor auxiliá-los preparamos uma breve síntese sobre as principais mudanças que afetarão as empresas e os trabalhadores. Horas extras: Não

Leia mais

MÓDULO JORNADA DE TRABALHO TRABALHO NOTURNO 3.5

MÓDULO JORNADA DE TRABALHO TRABALHO NOTURNO 3.5 MÓDULO 3 JORNADA DE TRABALHO 3.5 TRABALHO NOTURNO DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS SUMÁRIO ASSUNTO PÁGINA 3.5. TRABALHO NOTURNO... 3 3.5.1. INTRODUÇÃO... 3 3.5.2. HORÁRIO NOTURNO... 3 3.5.2.1.

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Efeitos e duração do trabalho nos contratos de emprego. Trabalho Extraordinário. Prof. Guilherme de Luca

DIREITO DO TRABALHO. Efeitos e duração do trabalho nos contratos de emprego. Trabalho Extraordinário. Prof. Guilherme de Luca DIREITO DO TRABALHO Efeitos e duração do trabalho nos contratos de emprego Trabalho Extraordinário Prof. Guilherme de Luca HORAS EXTRAORDINÁRIAS Art. 7º XVI CF. remuneração do serviço extraordinário superior,

Leia mais

Estabilidade e. Direito do Trabalho. Garantias Provisórias do Emprego

Estabilidade e. Direito do Trabalho. Garantias Provisórias do Emprego Estabilidade e Direito do Trabalho Garantias Provisórias do Emprego Estabilidade Trata-se de estabilidade provisória que confere garantia temporária ao emprego. É a permanência obrigatória do empregado

Leia mais

Justificativas Ponto Eletrônico

Justificativas Ponto Eletrônico Abono Ausência: Justificativa utilizada para abonar ausência do funcionário mediante acordo prévio com o gestor seja integral (1 dia completo) ou parcial (atraso do início da jornada ou saída antecipada).obs:

Leia mais

Sumário. Introdução, 1

Sumário. Introdução, 1 S Sumário Introdução, 1 1 Folha de Pagamento, 7 1 Salário, 8 1.1 Salário-hora para 40 horas semanais: divisor 200 (duzentos), 9 1.2 Depósito de salários em conta bancária, 9 2 Horas extras, 10 2.1 Integração

Leia mais

O empregado doméstico faz jus as férias anuais de quantos dias?

O empregado doméstico faz jus as férias anuais de quantos dias? O empregado doméstico faz jus as férias anuais de quantos dias? O artigo 17 da Lei Complementar nº 150/2015 prevê férias anuais remuneradas de 30 dias para esta categoria. Art. 17. O empregado doméstico

Leia mais

ÍNDICE CURSO DE DEPARTAMENTO PESSOAL. DEPARTAMENTO PESSOAL ONLINE

ÍNDICE CURSO DE DEPARTAMENTO PESSOAL. DEPARTAMENTO PESSOAL ONLINE ÍNDICE INTRODUÇÃO... 008 DISPOSIÇÕES GERAIS... 009 Conceito de empregador... 009 Conceito de empregado... 009 Direitos do empregado... 010 ASSÉDIO MORAL E SEXUAL NO TRABALHO... 014 Assédio moral no trabalho...

Leia mais

Os novos direitos instituídos pela Lei são os seguintes (Art. 2º):

Os novos direitos instituídos pela Lei são os seguintes (Art. 2º): Os novos direitos instituídos pela Lei 12619-2012 são os seguintes (Art. 2º): 1) acesso gratuito a programa de formação e aperfeiçoamento profissional; 2) tratamento preventivo pelo SUS; 3) não responder

Leia mais

SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO FUNDAMENTOS Como um dos princípios do Direito do Trabalho, a continuidade da relação de emprego reflete-se no ordenamento jurídico, entre outros, por meio

Leia mais

Legislação Social e Trabalhista. Profa. Silvia Bertani

Legislação Social e Trabalhista. Profa. Silvia Bertani Legislação Social e Trabalhista Legislação Social e Trabalhista O que é o Direito do Trabalho? Quais são os seus fundamentos? Qual a sua função? Qual o seu campo de aplicação? Direito do Trabalho Conjunto

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Parte 2 Prof. Alexandre Demidoff Art. 7º IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com

Leia mais

LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA

LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 1 Contrato de trabalho é o negócio jurídico entre uma pessoa física (empregado) e outra pessoa física ou jurídica (empregador) sobre condições de trabalho, em que se busca a execução de uma atividade e

Leia mais

Sumário. Introdução, 1

Sumário. Introdução, 1 S Sumário Introdução, 1 1 Folha de Pagamento, 7 1 Salário, 8 1.1 Salário-hora para 40 horas semanais: divisor 200 (duzentos), 9 1.2 Depósito de salários em conta bancária, 10 2 Horas extras, 10 2.1 Integração

Leia mais

SALÁRIOS E ADICIONAIS

SALÁRIOS E ADICIONAIS SALÁRIOS E ADICIONAIS Salário Valor do salário Salário Minimo é o pagamento realizado diretamente pelo empregador ao empregado, como retribuição pelo seu trabalho A estipulação do valor do salário hoje,

Leia mais

Ensaio sobre a nova Lei dos Empregados Domésticos

Ensaio sobre a nova Lei dos Empregados Domésticos www.fagnersandes.com.br Preparando você para o sucesso! Ensaio sobre a nova Lei dos Empregados Domésticos Regulamentado pela Lei Complementar n. 150/15, empregado doméstico é aquele que presta serviços

Leia mais

A REFORMA TRABALHISTA

A REFORMA TRABALHISTA A REFORMA TRABALHISTA Fernando Baumgarten OAB/SC 30.627-B fernandob.adv@gmail.com (47) 99131-6611 NECESSIDADE DE REFORMA DAS REGRAS TRABALHISTAS A CLT não acompanha a evolução e os novos métodos de trabalho;

Leia mais

OS DIREITOS DOS TRABALHADORES NA CONSTITUIÇÃO- ARTIGO 7º

OS DIREITOS DOS TRABALHADORES NA CONSTITUIÇÃO- ARTIGO 7º OS DIREITOS DOS TRABALHADORES NA CONSTITUIÇÃO- ARTIGO 7º A nossa constituição equiparou o trabalhador urbano ao rural ao definir que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que

Leia mais

Reforma Trabalhista. O impacto das mudanças na reforma trabalhista no dia a dia das relações de trabalho dos clubes VALTER PICCINO - CONSULTOR

Reforma Trabalhista. O impacto das mudanças na reforma trabalhista no dia a dia das relações de trabalho dos clubes VALTER PICCINO - CONSULTOR Reforma Trabalhista O impacto das mudanças na reforma trabalhista no dia a dia das relações de trabalho dos clubes VALTER PICCINO - CONSULTOR LEI Nº 13.467 DE 13 DE JULHO DE 2017 Altera a Consolidação

Leia mais

Legislação Social e Trabalhista. Profa. Silvia Bertani

Legislação Social e Trabalhista. Profa. Silvia Bertani Legislação Social e Trabalhista Legislação Social e Trabalhista O que é o Direito do Trabalho? Quais são os seus fundamentos? Qual a sua função? Qual o seu campo de aplicação? Direito do Trabalho Conjunto

Leia mais

NORMA DE DE CONCESSÃO DE LICENÇAS - NOR 305

NORMA DE DE CONCESSÃO DE LICENÇAS - NOR 305 MANUAL DE GESTÃO DE PESSOAS COD. 300 ASSUNTO: CONCESSÃO DE LICENÇAS A EMPREGADO APROVAÇÃO: Resolução DIREX 024, de 04/02/2013 VIGÊNCIA: 08/02/2013 NORMA DE DE CONCESSÃO DE LICENÇAS - NOR 305 1/9 ÍNDICE

Leia mais

DURAÇÃO DO TRABALHO III HORAS EXTRAORDINÁRIAS. Paula Freire Unimonte 2015

DURAÇÃO DO TRABALHO III HORAS EXTRAORDINÁRIAS. Paula Freire Unimonte 2015 DURAÇÃO DO TRABALHO III HORAS EXTRAORDINÁRIAS Paula Freire Unimonte 2015 Horas extraordinárias Jornada suplementar, trabalho suplementar, sobrejornada. Conceito: lapso temporal em que o empregado permanece

Leia mais

COMO A REFORMA TRABALHISTA IMPACTARÁ SUA EMPRESA. Agosto de 2017

COMO A REFORMA TRABALHISTA IMPACTARÁ SUA EMPRESA. Agosto de 2017 COMO A REFORMA TRABALHISTA IMPACTARÁ SUA EMPRESA Agosto de 2017 O que é a Reforma Trabalhista? Mudanças na Contratação Mudanças no dia a dia Mudanças na Rescisão INTRODUÇÃO: O QUE É A REFORMA TRABALHISTA

Leia mais

ÍNDICE CURSO DE DEPARTAMENTO PESSOAL. DEPARTAMENTO PESSOAL ONLINE

ÍNDICE CURSO DE DEPARTAMENTO PESSOAL. DEPARTAMENTO PESSOAL ONLINE ÍNDICE INTRODUÇÃO... 009 DISPOSIÇÕES GERAIS... 010 Conceito de empregador... 010 Conceito de empregado... 010 Direitos do empregado... 011 Comissão de representatividade... 014 Organograma da comissão

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO MINUTA... Estabelece critérios e procedimentos registro de assiduidade e pontualidade dos servidores técnicos administrativos em educação da Universidade

Leia mais

ESTABILIDADE PROVISÓRIA Prof. Me. Adeilson Freitas

ESTABILIDADE PROVISÓRIA Prof. Me. Adeilson Freitas ESTABILIDADE PROVISÓRIA Prof. Me. Adeilson Freitas www.adeilsonfreitas.adv.br contato@adeilsonfreitas.adv.br INTRODUÇÃO CONCEITO: Estabilidade no emprego é garantia que o empregado tem de não ser despedido

Leia mais

principais pontos da CLT que mudarão com a nova lei trabalhista

principais pontos da CLT que mudarão com a nova lei trabalhista principais pontos da CLT que mudarão com a nova lei trabalhista Acordo coletivo Convenções e acordos coletivos prevalecerão sobre a legislação em pontos como jornada de trabalho, intervalo, plano de carreira,

Leia mais

ANO XXVIII ª SEMANA DE AGOSTO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 34/2017

ANO XXVIII ª SEMANA DE AGOSTO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 34/2017 ANO XXVIII - 2017-3ª SEMANA DE AGOSTO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 34/2017 ASSUNTOS TRABALHISTAS AMAMENTAÇÃO DO FILHO REFORMA TRABALHISTA - ALTERAÇÃO DA LEI Nº 13.467/2017 - A PARTIR DE 11.11.2017 - INTERVALOS

Leia mais

Essa aula será moleza!!!!

Essa aula será moleza!!!! Jornada de Trabalho Essa aula será moleza!!!! Jornada de trabalho Jornada normal Prestação de serviço à disposição do empregador Com habitualidde 8 horas diárias ou 44 semanais Jornada de trabalho empresa

Leia mais

ESTABILIDADE E FGTS. Direito do Trabalho II Prof. MsC. Roseniura Santos. Estabilidade Provisória

ESTABILIDADE E FGTS. Direito do Trabalho II Prof. MsC. Roseniura Santos. Estabilidade Provisória ESTABILIDADE E FGTS Direito do Trabalho II Prof. MsC. Roseniura Santos Estabilidade Provisória É A GARANTIA PROVISÓRIA do emprego que protege o empregado contra dispensa arbitrária ou sem justa causa,

Leia mais

TEXTO DOS PONTOS ACORDADOS DA REFORMA TRABALHISTA QUE CONSTARÃO EM MEDIDA PROVISÓRIA... (NR)... Art. 223-G...

TEXTO DOS PONTOS ACORDADOS DA REFORMA TRABALHISTA QUE CONSTARÃO EM MEDIDA PROVISÓRIA... (NR)... Art. 223-G... TEXTO DOS PONTOS ACORDADOS DA REFORMA TRABALHISTA QUE CONSTARÃO EM MEDIDA PROVISÓRIA Jornada 12 x 36: Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação e em legislação específica, é facultado

Leia mais

Dr. Leandro Villela Cezimbra Analista Técnico FIERGS.

Dr. Leandro Villela Cezimbra Analista Técnico FIERGS. Dr. Leandro Villela Cezimbra Analista Técnico FIERGS leandro.cezimbra@fiergs.org.br JORNADA A jornada de trabalho é de 8 horas diárias, acrescida de mais duas horas extras diárias (art. 59), mediante acordo

Leia mais

REFORMA TRABALHISTA LEI /2017

REFORMA TRABALHISTA LEI /2017 REFORMA TRABALHISTA LEI 13.467/2017 E-Social O que é? Sistema de coleta de informação das relações trabalhistas. O sistema entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2018, para empresas com faturamento

Leia mais

Capítulo IH - Sujeitos da Relação de Emprego 115

Capítulo IH - Sujeitos da Relação de Emprego 115 SUMÁRIO Apresentação 13 Capítulo I - A Relevância Social, Econômica e Cultural da Relação de Emprego 15 1. Introdução. 15 Capítulo II ~ A Formação da Relação de Emprego 19 1. Natureza jurídica... 19 1.1.

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho doméstico. Parte IV. Prof. CláudioFreitas

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Trabalho doméstico. Parte IV. Prof. CláudioFreitas DIREITO DO TRABALHO Das relações laborais Trabalho doméstico. Parte IV Prof. CláudioFreitas - Vale transporte, pagamento de RSR, 13º salário e subsidiariedade Trabalho doméstico Art. 19. Observadas as

Leia mais

REMUNERAÇÃO E ADICIONAIS LEGAIS

REMUNERAÇÃO E ADICIONAIS LEGAIS REMUNERAÇÃO E ADICIONAIS LEGAIS 1 Conceito Salário complessivo corresponde aos pagamentos efetuados diretamente pelo empregador em favor do empregado, em virtude da vigência do contrato de trabalho, bem

Leia mais

Proteção ao direito fundamental ao trabalho dos menores e das mulheres no direito brasileiro

Proteção ao direito fundamental ao trabalho dos menores e das mulheres no direito brasileiro Proteção ao direito fundamental ao trabalho dos menores e das mulheres no direito brasileiro 173 Recebimento do artigo: 10/05/2007 Aprovado em: 17/05/2007 Domingos Sávio Zainaghi Resumo É na Revolução

Leia mais

REFORMA TRABALHISTA JORNADA DE TRABALHO

REFORMA TRABALHISTA JORNADA DE TRABALHO REFORMA TRABALHISTA JORNADA DE TRABALHO DR. THIAGO TRINDADE ABREU DA SILVA MENEGALDO Advogado Trabalhista, Sócio no escritório Geromes e Menegaldo Sociedade de Advogados, Professor em diversos cursos de

Leia mais

NORMA DE REGISTRO DE PONTO HORARIO DE TRABALHO N.I VERSÃO 2010 VIGENCIA: 03/2010

NORMA DE REGISTRO DE PONTO HORARIO DE TRABALHO N.I VERSÃO 2010 VIGENCIA: 03/2010 NORMA DE REGISTRO DE PONTO HORARIO DE TRABALHO N.I VERSÃO 2010 VIGENCIA: 03/2010 Objetivo: Esta norma interna foi constituída com a finalidade de disciplinar os horários de trabalho e o registro de ponto

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA SCI Nº 03/2017

INSTRUÇÃO NORMATIVA SCI Nº 03/2017 INSTRUÇÃO NORMATIVA SCI Nº 03/2017 Estabelece normas e procedimentos para controle da carga horária e frequência dos servidores municipais no âmbito do Município de Braço do Norte. O Sistema de Controle

Leia mais

AUDIÊNCIA PÚBLICA C R A

AUDIÊNCIA PÚBLICA C R A AUDIÊNCIA PÚBLICA C R A Cristiano Barreto Zaranza Chefe da Assessoria Jurídica Fev. 2010 Alteração da Lei 5.889/73 Regulamentou o trabalho rural Principais objetivos: - Dar dinamismo ao setor primário

Leia mais

JORNADA DE TRABALHO. Tempo in itinere. - 2º 58 CLT; Súmulas 90;320;324;325 TST

JORNADA DE TRABALHO. Tempo in itinere. - 2º 58 CLT; Súmulas 90;320;324;325 TST JORNADA DE TRABALHO Tempo efetivamente Trabalhado; Tempo à disposição do empregador Tempo in itinere. - 2º 58 CLT; Súmulas 90;320;324;325 TST Conceito Jornada é o lapso de tempo durante o qual o empregado

Leia mais

celebram o presente ACORDO COLETIVO DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho previstas nas cláusulas seguintes:

celebram o presente ACORDO COLETIVO DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho previstas nas cláusulas seguintes: ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2014/2015 NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: MG003630/2014 DATA DE REGISTRO NO MTE: 15/09/2014 NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR056192/2014 NÚMERO DO PROCESSO: 46245.004993/2014-21 DATA DO

Leia mais

PROCESSO DO TRABALHO

PROCESSO DO TRABALHO PROCESSO DO TRABALHO WWW.RODRIGOJULIAO.COM.BR REFORMA TRABALHISTA PROCESSO DO TRABALHO WWW.RODRIGOJULIAO.COM.BR FÉRIAS As férias de 30 dias podem ser fracionadas em até dois períodos, sendo que um deles

Leia mais

AVISO PRÉVIO. O AVISO PRÉVIO é um DEVER daquele que quer o encerramento do vínculo e um DIREITO daquele a quem é feita a comunicação.

AVISO PRÉVIO. O AVISO PRÉVIO é um DEVER daquele que quer o encerramento do vínculo e um DIREITO daquele a quem é feita a comunicação. AVISO PRÉVIO É a comunicação que uma parte faz à outra, no sentido de que pretende findar o contrato de trabalho. Partindo do empregador, a finalidade do AVISO PRÉVIO é possibilitar que o empregado procure

Leia mais