Da cevada ao malte 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Da cevada ao malte 1"

Transcrição

1 1

2 O QUE É A MALTAGEM? Maltagem = Transformação da cevada em malte 2

3 DIAGRAMA DE FLUXO DA MALTAGEM Palha Recepção de cevada e 1ª limpeza CEVADA Silos de armazenagem Molha Germinação Secagem Calibragem Quebras de Respiração Diferença de H 2 O Quebras por Radiculas MALTE Palha Grão Partido Cevadilha 3

4 PORQUÊ A CEVADA? Elevado conteúdo de amido Elevada taxa de formação de enzimas Elevada resistência mecânica no processo A casca poderá funcionar como camada filtrante na fabricação de mosto Outros constituintes necessários à fermentação (aminoácidos, ácidos gordos insaturados e oligoelementos) 4

5 PORQUÊ O MALTE? Os constituintes da cevada não são solúveis, assim, NECESSIDADE DE MALTAR A solubilização e degradação dos constituintes da cevada é coadjuvada por enzimas. A maltagem induz a activação e formação de enzimas. 5

6 A CEVADA Cevada Dística Hexástica Primavera Inverno 6

7 Cevada dística 7

8 Glumela Camada de Aleurona Endosperma (Amido + Proteínas) Estrutura de um grão de cevada Radicula c/ Coreoliza Cauliculo Plúmula c/ Coleóptilo 8

9 A CEVADA Da cevada ao malte 12% 4% 2% 10% 4% 2% 6% Amido Água Celulose Materias gordas Proteína Materias não azotadas Cinzas 60% Valores aproximados dos constituintes do grão de cevada. Outras substâncias 9

10 A CEVADA Principais constituintes Água: Varia de 10 a 17% conforme o clima em que é cultivada. Para uma boa armazenagem os valores ideais são inferiores a13%. 10

11 A CEVADA Principais constituintes Amido: hidrato de carbono complexo (C 6 H 10 O 5 )n, não solúvel em água, constituído por amilose (20%) e amilopectina (80%). A amilose: Formada por cadeias lineares longas, com as unidades de D-Glucose ligadas por ligações α-1,4. A amilopectina (80%): Muito ramificada, formada por ligações α-1,4 no esqueleto e α-1,6 nas ramificações. 11

12 ESTRUTURA DO AMIDO Amilopectina - Ramificada - 75 a 80 % Amilose - Linear - 20 a 25 % 12

13 Qualidade da Cevada para Malte A cevada com aptidão para malte deve cumprir os seguintes requisitos mínimos. H 2 O Proteína Microbiologia Energia germinativa Sensibilidade à água Calibre 13

14 ANÁLISES PRELIMINARES H 2 O - < 13%. Para uma armazenagem segura da cevada. Proteína - Entre 9 e 11%. Valores baixos ou elevados de proteína causam problemas na qualidade do produto final. Microbiologia - Uma contaminação elevada origina problemas de armazenagem e nos processos de maltagem e produção de cerveja. 14

15 ANÁLISES PRELIMINARES Energia Germinativa e Sensibilidade à água - Mede a percentagem de grãos que germinam e a sua capacidade para resistir à asfixia durante a molha. A energia germinativa de cevada para malte deve ser no mínimo de 95% 15

16 ANÁLISES PRELIMINARES Calibre - Mede a percentagem de grãos de diversos tamanhos. Está directamente ligado à quantidade de amido no grão. > 2,5 mm - 90% da cevada deve ter este calibre 2,2 a 2,5 mm - Cevada de 2ª < 2,2 mm - Cevada não maltável (cevadilha) 16

17 RECEPÇÃO E ARMAZENAGEM DE CEVADA Sistema clássico EL. SILOS Crivo BL Silos de palha 17

18 A MALTAGEM 18

19 Cevada Molha Germinação Secagem Maltes Especiais Malte Pilsen Malte Munich Malte Carafa Malte Caramelo Outros 19

20 A MOLHA O principal objectivo da molha é aumentar o teor de humidade do grão de modo a que este comece a germinar. 20

21 A MOLHA É muito importante o teor de água que o grão absorve O numero de horas de molha depende de: Variedade da cevada Calibre Temperatura da água Sensibilidade à água Tipo de molha e tipo de instalações 21

22 A MOLHA Objectivos secundários: Lavagem do grão Retirar resíduos (palhas, sementes estranhas) Arrasta grande quantidade de microorganismos que se desenvolvem na casca do grão. Arrasta substâncias que se encontram na casca do grão e que são prejudiciais para a cerveja. 22

23 A MOLHA (sistema clássico, tinas cilindro-conicas) Alternar imersão com períodos a seco Fornece oxigénio Fornecimento de ar comprimido durante os períodos de imersão Fornece oxigénio Renovação constante de água nos períodos de imersão Fornece oxigénio, arrasta microorganismos Nos períodos a seco, acção conjugada da aspiração de CO 2 e rega de torniquete Retira CO 2, fornece oxigénio 23

24 A MOLHA No final da molha dá-se o inicio da germinação, devendo-se observar o romper radicular (o chamado picar ) e o grão começa a respirar intensamente. Grão de cevada Radicula a picar 24

25 A GERMINAÇÃO Lembramos que o endosperma do grão contém cerca de 60/65% de amido. À partida o amido é insolúvel e não é fermentado pela levedura. Durante a germinação dão-se uma série de transformações com a função de fornecer nutrientes ao embrião às custas dos tecidos de reserva contidos no endosperma. O Malteiro tenta promover certas transformações ligadas à germinação e travar outras. O resultado é uma situação de compromisso entre os parâmetros em jogo. 25

26 A GERMINAÇÃO Os grandes objectivos são, através da vida e desenvolvimento do gérmen, o que significa síntese de novos tecidos (crescimento de radiculas e plumula) e respiração: Formar ou activar enzimas amiloliticos capazes de posteriormente hidrolisar o amido do endosperma. Atacar as membranas celulares do endosperma por citolise de modo a modificar a sua permeabilidade. Fazer agir as proteases e β-glucanases sobre as células do endosperma (desagregação) 26

27 A GERMINAÇÃO Esquema de uma caixa de germinação tipo Saladin 1 Ventilador; 2- Permutador / arrefecedor; 3- Câmara de humidificação; 4- Parte inferior da caixa de germinação; 5- Camada de cevada a germinar; 6- Volteador; 7- Janelas para regulação do arejamento. 27

28 A GERMINAÇÃO Fotografia de uma caixa de germinação tipo Saladin. 28

29 A GERMINAÇÃO Condições necessárias para a germinação: A humidade do grão: Adquirida durante a molha, deve ser suficiente para assegurar uma germinação activa durante 4 a 6 dias. A temperatura do grão: A cevada germina desde os 5ºC, a temperatura óptima de germinação é de 25ºC. A germinação pára acima dos 40ºC e o gérmen morre cerca dos 55ºC. Como o objectivo desta fase é uma germinação controlada, as temperaturas utilizadas em malteria rondam os 14/16ºC. 29

30 A GERMINAÇÃO O arejamento da camada de cevada: Como organismo vivo, o gérmen necessita de respirar, consumindo oxigénio e libertando CO 2. Do ponto de vista prático, no inicio da germinação aplica-se o máximo de arejamento, condição essencial para que o gérmen sintetize as enzimas. Uma vez as enzimas formadas, reduz-se o arejamento para que o gérmen deixe de consumir os tecidos de reserva do grão. 30

31 A GERMINAÇÃO Da cevada ao malte Durante a maltagem são formadas e activadas as seguintes enzimas: α-amilase, sintetizada durante a maltagem, hidrolisa as ligações α-1,4. 31

32 A GERMINAÇÃO β-amilase, já está presente na cevada mas é activada durante a maltagem, hidrolisa as ligações α-1,6. 32

33 A GERMINAÇÃO Camada de Aleurona Endosperma Sentido de difusão dos enzimas durante a maltagem. Radicula c/ Cauliculo Coreoliza Plúmula c/ Coleóptilo Difusão das enzimas durante a germinação. As enzimas são formadas no gérmen e na camada de aleurona. 33

34 A GERMINAÇÃO No decorrer da germinação observa-se o crescimento das radiculas e a plúmula começa a desenvolver-se por baixo da casca. Plúmula Radiculas 34

35 A GERMINAÇÃO Se a germinação for bem conduzida, no final do ultimo dia o comprimento da plúmula deve aproximar-se do comprimento do grão 35

36 A GERMINAÇÃO Para uma boa desagregação, pelo menos 80% dos grãos têm as plúmulas entre 1/2 e /4 1/2 1/4 80% 36

37 A GERMINAÇÃO Uma vez obtidas as enzimas e a desagregação desejada do endosperma temos que interromper a germinação. Porquê? A desagregação excessiva é prejudicial para algumas características da cerveja Se continuarmos a germinação, o embrião vai consumir açucares necessários para o processo cervejeiro. 37

38 A SECAGEM Objectivos da secagem: Interromper a vida do gérmen e a actividade enzimática. Promover cor e aroma ao malte. Reduzir o teor de humidade do malte de modo a possibilitar a sua conservação. Eliminação de compostos sulfurosos voláteis. 38

39 A SECAGEM As enzimas são muito sensíveis a altas temperaturas, podendo mesmo ser destruídas. As enzimas resistem tanto melhor a altas temperaturas quanto menor for a humidade do malte. Por esse motivo, a secagem do malte verde é efectuada por patamares, começando a baixas temperaturas (aproximadamente 45º C) e terminando no caso do malte Pilsen a cerca de 85º C. 39

40 A SECAGEM O processo de secagem ocorre em duas fases. A secagem propriamente dita O golfe de fogo 40

41 A SECAGEM A secagem propriamente dita: 1ª Etapa Inicialmente a humidade do grão é reduzida a baixas temperaturas (patamares dos 45º aos 60ºC), com elevada ventilação. A humidade relativa do ar de saída da estufa nesta fase é de cerca de %. A humidade do grão é reduzida para 25% aproximadamente. 2ª Etapa Redução da humidade do grão para 12%. Esta fase tem lugar entre os 60 e os 70º C e a humidade relativa do ar de saída da estufa passa a ser inferior a 35% 3ª Etapa Etapa final da secagem. Descida da humidade do grão para 4-5%. A temperatura de secagem vai dos 70 aos 80ºC 41

42 A SECAGEM O golpe de fogo Esta etapa tem como principal finalidade promover a produção de cor e aroma ao malte e é efectuada entre os 80 e os 85ºC para o malte Pilsen, podendo atingir os 105ºC para o malte Munich. É principalmente durante o golpe de fogo que se dão as reacções de Maillard responsáveis pela cor do malte. Estas reacções entre os açucares e os aminoacidos dão origem por polimerização às meloidinas (compostos corados). Quanto mais elevada a temperatura, mais escuro e mais aromático é o malte. 42

43 A SECAGEM O golpe de fogo Esquema da formação das meloidinas. 43

44 A SECAGEM Da cevada ao malte O golpe de fogo Durante o golpe de fogo, tem lugar a degradação térmica da S-metil metionina em DMS que é liberto para a atmosfera. O DMS é um composto indesejável para o processo cervejeiro devido ao seu aroma desagradável mesmo em baixas concentrações. H NH 2 C COOH CH 2 H NH 2 C COOH CH 2 S Composto volátil, liberto para a atmosfera CH 2 S CH 3 CH 3 CH 2 OH Homoserina + CH 3 CH 3 DMS, Dimetil sulfito S-Metil metionina 44

45 A SECAGEM No final da secagem o malte deve ter uma humidade entre os 4,5 e 5,5%. 45

46 A DESRADICULAÇÃO Após a secagem o malte é desradiculado. Objectivos: Retirar as radiculas, desenvolvidas na germinação. Arrefecer o malte Melhora a conservação 46

47 Alguns tipos de malte Molha Germinação Secagem Cevada 85ºC 95ºC 105ºC Malte Pilsen Malte Pale Ale Malte Munich Torrefacção Malte Carafa Malte Caramelo 47

48 EXEMPLOS DE MALTES ESPECIAIS Malte Carafa: É um malte de cor escura e com aroma a torrado. Este malte é obtido através da torrefacção do malte Pilsen. Malte Caramelo: É um malte extremamente aromático e doce, tem uma coloração superior ao Munich. Este malte é obtido através da torrefacção logo após a germinação. 48

49 Textos preparados por: -Tiago Cabral - José Cordeiro 49

IREKS aroma, sabor e cor: produtos de malte

IREKS aroma, sabor e cor: produtos de malte Setembro/Outubro 2016 IREKS aroma, sabor e cor: produtos de malte O malte é um produto natural com grande tradição e cada vez mais valorizado na indústria da panificação. Desde meados do século XIX que

Leia mais

Fabricação de Cerveja - Fermentação -

Fabricação de Cerveja - Fermentação - A fermentação é talvez a fase mais critica de todo o processo cervejeiro. É durante a fermentação que o mosto se transforma em cerveja. A levedura cervejeira assimila os açúcares existentes no mosto e

Leia mais

Review. Processos Químicos Industriais II

Review. Processos Químicos Industriais II Review Processos Químicos Industriais II Sacarose > 15% Extração de 94 a 97 % da sacarose gerando bagaço com umidade final de 50%. Concentrar o caldo decantado, através da retirada de água, elevando

Leia mais

Funções dos Ingredientes na Panificação

Funções dos Ingredientes na Panificação UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE AGROINDUSTRIAL DISCIPLINA DE TECNOLOGIA DE PANIFICAÇÃO E PRODUÇÃO DE AMIDO Funções dos Ingredientes na Panificação Prof. ª Elessandra

Leia mais

Todos os seres vivos são constituídos por células unidade estrutural.

Todos os seres vivos são constituídos por células unidade estrutural. Prof. Ana Rita Rainho Biomoléculas Todos os seres vivos são constituídos por células unidade estrutural. Para além da unidade estrutural também existe uma unidade bioquímica todos os seres vivos são constituídos

Leia mais

TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS

TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS Prof. Ana Rita Rainho TRANSFORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE ENERGIA PELOS SERES VIVOS Fermentação www.biogeolearning.com 1 Fluxo de energia nos sistemas biológicos A energia radiante é captada pelos seres fotossintéticos

Leia mais

TECNOLOGIA DE AMIDOS E DERIVADOS

TECNOLOGIA DE AMIDOS E DERIVADOS TECNOLOGIA DE AMIDOS E DERIVADOS Profa. MSc. Juliana Schmidt Galera O amido é a principal substância de reserva nas plantas superiores e fornece de 70 a 80% das calorias consumidas pelo homem. A produção

Leia mais

BV581 - Fisiologia Vegetal Geral - Desenvolvimento

BV581 - Fisiologia Vegetal Geral - Desenvolvimento BV581 - Fisiologia Vegetal Geral - Desenvolvimento Embriogênese e germina ção MARCELO C. DORNELAS dornelas@unicamp.br carpelos (pistilo) estame pétala carpelos (pistilo) Desenvolvimento do grão de p ólen

Leia mais

Metabolismo dos Glicídios

Metabolismo dos Glicídios QUÍMCA E BIOQUÍMICA Curso Técnico em Nutrição e Dietética Metabolismo dos Glicídios Professor: Adriano Silva Os hidratos de carbono são as biomoléculas mais abundantes do nosso planeta 100b de toneladas

Leia mais

Uma análise das diferentes fontes de carboidratos para obtenção do bioetanol. Silvio Roberto Andrietta BioContal

Uma análise das diferentes fontes de carboidratos para obtenção do bioetanol. Silvio Roberto Andrietta BioContal Uma análise das diferentes fontes de carboidratos para obtenção do bioetanol Silvio Roberto Andrietta BioContal Matéria prima O etanol pode ser obtido de diferentes matérias primas: Amido Sacarose Material

Leia mais

PRODUÇÃO DE ENZIMAS INDUSTRIAIS DE ORIGEM VEGETAL

PRODUÇÃO DE ENZIMAS INDUSTRIAIS DE ORIGEM VEGETAL 1 PRODUÇÃO DE ENZIMAS INDUSTRIAIS DE ORIGEM VEGETAL PAPAÍNA enzima constituinte do látex do fruto verde de mamão (Carica papaya) Látex bruto seco em pó papaína. Papaína não pode ser armazenada por longos

Leia mais

São macromoléculas formadas pela união de muitos aminoácidos. Esses aminoácidos estão ligados um ao outro por meio de ligações peptídicas.

São macromoléculas formadas pela união de muitos aminoácidos. Esses aminoácidos estão ligados um ao outro por meio de ligações peptídicas. São macromoléculas formadas pela união de muitos aminoácidos. Esses aminoácidos estão ligados um ao outro por meio de ligações peptídicas. Proteínas possuem muitas funções dentro do organismo. Aminoácidos

Leia mais

Otimização energética de maltagem a menor. temperatura de estufagem. MSc

Otimização energética de maltagem a menor. temperatura de estufagem. MSc MSc FCUP 2016 Otimização energética de maltagem a menor temperatura de estufagem Otimização energética de maltagem a menor temperatura de estufagem Mariana Osório Pereira Mariana Osório Pereira Dissertação

Leia mais

SOLUÇÃO COMECE DO BÁSICO

SOLUÇÃO COMECE DO BÁSICO SOLUÇÃO COMECE DO BÁSICO SOLUÇÃO CB1. [I] Correta. Lipídios são produtos naturais de origem vegetal ou animal, nos quais predominam ésteres de ácidos graxos superiores, que são substâncias pouco solúveis

Leia mais

Embebição. Síntese de RNA e proteínas. enzimática e de organelas. Atividades celulares fundamentais que ocorrem na germinação. Crescimento da plântula

Embebição. Síntese de RNA e proteínas. enzimática e de organelas. Atividades celulares fundamentais que ocorrem na germinação. Crescimento da plântula Embebição Respiração Atividade enzimática e de organelas Síntese de RNA e proteínas Atividades celulares fundamentais que ocorrem na germinação Crescimento da plântula Manifestações metabólicas ou bioquímicas

Leia mais

Matérias Primas - Levedura -

Matérias Primas - Levedura - Só pela acção da levedura se pode transformar o mosto (extracto aquoso do malte e do lúpulo) em cerveja. A alteração fundamental que este microorganismo desencadeia é a metabolização dos tri, di e monossacarídeos

Leia mais

ÓLEOS E GORDURAS (LIPÍDEOS) - TRIGLICERÍDEOS

ÓLEOS E GORDURAS (LIPÍDEOS) - TRIGLICERÍDEOS Moléculas Orgânicas constituintes dos seres vivos (Biomoléculas Orgânicas) Gorduras ou Lipídeos (Triglicerídeos) Derivadas de ácidos graxos e podem se classificar em: Gorduras Saturadas Gorduras insaturadas

Leia mais

Enzimas e Actividade enzimática

Enzimas e Actividade enzimática Enzimas e Actividade enzimática Energia de activação de uma reacção Em todas as células de um organismo vivo ocorre um número infindável de reacções químicas. Estas reacções implicam a quebra, e posteriormente,

Leia mais

Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores 1º Ano ENSINO PRÁTICO 4ª AULA PRÁTICA

Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores 1º Ano ENSINO PRÁTICO 4ª AULA PRÁTICA Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores 1º Ano ENSINO PRÁTICO 4ª AULA PRÁTICA CONCEITO DE SOLUÇÕES TAMPÃO, ph E pk 1. Conceito de soluções tampão (ph e pk) 2. Principais

Leia mais

Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Tecnologia Cervejeira Módulo: Adjuntos cervejeiros

Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Tecnologia Cervejeira Módulo: Adjuntos cervejeiros Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Tecnologia Cervejeira Módulo: Adjuntos cervejeiros SENAI / Vassouras Adjuntos Definição: Matéria-prima que substitui parcialmente o malte de cevada como fonte

Leia mais

LAN1616 TECNOLOGIA DE BEBIDAS.

LAN1616 TECNOLOGIA DE BEBIDAS. LAN1616 TECNOLOGIA DE BEBIDAS giovanni.silvello@usp.br História Resquícios arqueológicos apontam para domínio da fabricação em 6.000 a.c.; Origem no Oriente Médio ou no Egito (?); Processo semelhante à

Leia mais

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS PELAS LEVEDURAS

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS PELAS LEVEDURAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Centro de Ciências Agrárias campus Araras II CURSO DE MONITORAMENTO TEÓRICO E PRÁTICO DA FERMENTAÇÃO ETANÓLICA. UNESP - UFSCAR METABOLISMO DE CARBOIDRATOS PELAS LEVEDURAS

Leia mais

Constituintes básicos de uma célula - Biomoléculas. Biomoléculas

Constituintes básicos de uma célula - Biomoléculas. Biomoléculas Biomoléculas Todas as moléculas que fazem parte da constituição dos seres vivos são designadas biomoléculas. Formam-se a partir da união de bioelementos. Biomoléculas Os bioelementos combinam-se entre

Leia mais

Mostura. Jornada Cervejeira Módulo Brassagem. Lígia Marcondes CTS Alimentos e bebidas

Mostura. Jornada Cervejeira Módulo Brassagem. Lígia Marcondes CTS Alimentos e bebidas Mostura Jornada Cervejeira Módulo Brassagem Lígia Marcondes CTS Alimentos e bebidas Mostura Mistura de malte e água com outros adjuntos sólidos ou aditivos (enzimas e sais) em temperaturas controladas

Leia mais

Compostos de carbono

Compostos de carbono Compostos de carbono aroma de banana canela ácido fórmico O que são? Como podemos classificá-los? Compostos de carbono Como podemos obtê-los? Porque são importantes? Respostas às questões Podem ser constituídos

Leia mais

CARBOIDRATOS Classificação: De acordo com o número de moléculas em sua constituição temos: I- MONOSSACARÍDEOS ( CH 2 O) n n= varia de 3 a 7 Frutose Ga

CARBOIDRATOS Classificação: De acordo com o número de moléculas em sua constituição temos: I- MONOSSACARÍDEOS ( CH 2 O) n n= varia de 3 a 7 Frutose Ga CARBOIDRATOS Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na natureza. Para muitos carboidratos, a fórmula geral é: [C(H2O)]n, daí o nome "carboidrato", ou "hidratos de carbono" -São moléculas que

Leia mais

Controle harmônico de divisão e diferenciação

Controle harmônico de divisão e diferenciação Controle harmônico de divisão e diferenciação Padrão indeterminado de crescimento Sistema altamente organizado Crescimento Diferenciação MORFOGÊNESE Angiosperma: semente Organização: a) unidade de crescimento

Leia mais

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto Bioquímica: orgânicos e inorgânicos necessários à vida Leandro Pereira Canuto Toda matéria viva: C H O N P S inorgânicos orgânicos Água Sais Minerais inorgânicos orgânicos Carboidratos Proteínas Lipídios

Leia mais

DEFINIÇÃO. Carboidratos são compostos de função mista, polialcool-aldeídos ou polialcoolcetonas.

DEFINIÇÃO. Carboidratos são compostos de função mista, polialcool-aldeídos ou polialcoolcetonas. CARBOIDRATOS DEFINIÇÃO Carboidratos são compostos de função mista, polialcool-aldeídos ou polialcoolcetonas. São também chamados glucídeos, glicídeos, hidratos de carbono ou açucares. O termo glúcide vem

Leia mais

Vinhos brancos. - Agentes de transformação da uva - Maturação - Vinificação

Vinhos brancos. - Agentes de transformação da uva - Maturação - Vinificação Vinhos brancos - Agentes de transformação da uva - Maturação - Vinificação XIV Curso de Prova de Vinhos Vinhos Brancos António Luís Cerdeira Vinhos Verdes Vinificação em branco Recepção Desengace Esmagamento

Leia mais

Fisiologia Vegetal RESPIRAÇÃO. Prof. Dr. Roberto Cezar Lobo da Costa. Universidade Federal Rural da Amazônia Instituto de Ciências Agrárias (ICA)

Fisiologia Vegetal RESPIRAÇÃO. Prof. Dr. Roberto Cezar Lobo da Costa. Universidade Federal Rural da Amazônia Instituto de Ciências Agrárias (ICA) Fisiologia Vegetal Prof. Dr. Roberto Cezar Lobo da Costa RESPIRAÇÃO Universidade Federal Rural da Amazônia Instituto de Ciências Agrárias (ICA) I- INTRODUÇÃO Plantas: Transformam energia luminosa em energia

Leia mais

Biomoléculas. * Este esquema não está a incluir as Vitaminas que são classificadas no grupo de moléculas orgânicas. Biomoléculas

Biomoléculas. * Este esquema não está a incluir as Vitaminas que são classificadas no grupo de moléculas orgânicas. Biomoléculas Biomoléculas Biomoléculas Inorgânicas Orgânicas Água Sais Minerais Glícidos Lípidos Prótidos Ácidos Nucléicos * Este esquema não está a incluir as Vitaminas que são classificadas no grupo de moléculas

Leia mais

Coprodutos e subprodutos agroindustriais na alimentação de bovinos

Coprodutos e subprodutos agroindustriais na alimentação de bovinos 1/9 Coprodutos da indústria cervejeira /9 Cevada é o principal grão. Em 011 foram produzidos 180 milhões de toneladas de cerveja, gerando de 35-40 milhões de toneladas de resíduos; É um concentrado de

Leia mais

Gama Prolie: 360º de Protecção

Gama Prolie: 360º de Protecção Gama Prolie: 360º de Protecção A gama PROLIE é uma gama inovadora de produtos à base de polissacáridos de levedura desenvolvida pela Enartis para serem utilizados durante a fermentação alcoólica de mostos

Leia mais

Constituintes químicos dos seres vivos

Constituintes químicos dos seres vivos REVISÃO Bioquímica Constituintes químicos dos seres vivos S A I S I N O R G Â N I C O S CARBOIDRATOS São denominados: açúcares, hidratos de carbono, glicídios ou glicosídeos Energia para o trabalho celular

Leia mais

Microorganismos no Rúmen: bactérias e fungos Prof. Raul Franzolin Neto FZEA/USP Campus de Pirassununga

Microorganismos no Rúmen: bactérias e fungos Prof. Raul Franzolin Neto FZEA/USP Campus de Pirassununga 1 Microorganismos no Rúmen: bactérias e fungos Prof. Raul Franzolin Neto FZEA/USP Campus de Pirassununga Importância 2 Biologia e ecologia da população microbiana é muito semelhante entre as espécies de

Leia mais

UEAP ENG. AMB.CARBOIDRATOS / PROFESSORA ANA JULIA SILVEIRA

UEAP ENG. AMB.CARBOIDRATOS / PROFESSORA ANA JULIA SILVEIRA UEAP ENG. AMB.CARBOIDRATOS / PROFESSORA ANA JULIA SILVEIRA UEAP ENG. AMB.CARBOIDRATOS / Carboidratos, também conhecidos como hidratos de carbono, glicídios, glícidos, glucídeos, glúcidos, glúcides, sacarídeos

Leia mais

Tecnologia da Fabricação de Etanol

Tecnologia da Fabricação de Etanol Tecnologia da Fabricação de Etanol Matérias prima e preparo do mosto para produção de etanol A. Matéria prima e preparo do mosto 3 Sacarinas (açúcares) Amiláceas (amido) Celulósicas (2ª geração) 4 Mandioca

Leia mais

INTRODUÇÃO. As reacções bioquímicas requerem, muitas vezes, energia. A fonte mais vulgar de energia química é a adenosina trifosfato (ATP).

INTRODUÇÃO. As reacções bioquímicas requerem, muitas vezes, energia. A fonte mais vulgar de energia química é a adenosina trifosfato (ATP). INTRODUÇÃO Célula é a unidade básica dos organismos - tem a área limitada por uma membrana Todas as células são compostas por moléculas pequenas, macromoléculas e organelos. 70% da célula é Água Há quatro

Leia mais

INTRODUÇÃO. As reacções bioquímicas requerem, muitas vezes, energia. A fonte mais vulgar de energia química é a adenosina trifosfato (ATP).

INTRODUÇÃO. As reacções bioquímicas requerem, muitas vezes, energia. A fonte mais vulgar de energia química é a adenosina trifosfato (ATP). INTRODUÇÃO Célula é a unidade básica dos organismos - tem a área limitada por uma membrana Todas as células são compostas por moléculas pequenas, macromoléculas e organelos. 70% da célula é Água Há quatro

Leia mais

Produção de Cerveja. Processos Químicos Industriais II

Produção de Cerveja. Processos Químicos Industriais II Produção de Cerveja Processos Químicos Industriais II É uma bebida carbonatada de baixo teor alcoólico, preparada a partir da fermentação de malte de cevada contendo lúpulo e água de boa qualidade e pode

Leia mais

BV581 - Fisiologia Vegetal Básica - Desenvolvimento

BV581 - Fisiologia Vegetal Básica - Desenvolvimento BV581 - Fisiologia Vegetal Básica - Desenolimento Prof. Marcelo C. Dornelas Aula 10: Germinação O início do desenolimento e da ida da noa planta. O início da ida de uma planta superior geralmente ocorre

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Respiração celular e fermentação Parte 3. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Respiração celular e fermentação Parte 3. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Moléculas, células e tecidos Parte 3 Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: Parte III - Fermentação láctica e alcoólica: I Conceitos fundamentais; II Tipos de fermentação; III Diferença

Leia mais

CEREAIS E DERIVADOS Cereais:

CEREAIS E DERIVADOS Cereais: CEREAIS CEREAIS E DERIVADOS Cereais:... são as sementes ou grãos comestíveis das gramíneas, tais como: trigo, arroz, centeio, aveia. milho (Zea mays) trigo(triticum aestivum, T.durum) arroz(oriza sativa)

Leia mais

Aula: 03 Temática: Componentes Inorgânicos das Células Parte I

Aula: 03 Temática: Componentes Inorgânicos das Células Parte I Aula: 03 Temática: Componentes Inorgânicos das Células Parte I As substâncias inorgânicas existem na natureza, independentemente dos seres vivos, mas algumas delas podem ser encontradas nas células. Acompanhe!

Leia mais

Semana 3 Os Carboidratos

Semana 3 Os Carboidratos Semana 3 Os Carboidratos Prof. Saul Carvalho Os carboidratos (açúcares) Sacarídeos, glicídios, hidratos de carbono Funções Fonte de energia (glicose, sacarose) Reserva de energia (amido, glicogênio) Estrutural

Leia mais

Fontes de Microrganismos

Fontes de Microrganismos Fontes de Microrganismos Os microrganismos de Interesse Industrial pode ser obtidos: Isolamento de recursos naturais: (solo, água, plantas, etc); Compra em coleções de cultura: (Agricultural Research Service

Leia mais

Glicídios Pro r f o. f. D a D n a i n el M ag a al a hã h e ã s

Glicídios Pro r f o. f. D a D n a i n el M ag a al a hã h e ã s Glicídios Prof. Daniel Magalhães DEFINIÇÃO Os glicídios, também chamados de açúcares, carboidratos ou hidratos de carbono são moléculas orgânicas constituídas fundamentalmente por átomos de carbono, hidrogênio

Leia mais

Biologia e Geologia 10º ano. Natércia Charruadas 2011

Biologia e Geologia 10º ano. Natércia Charruadas 2011 Biologia e Geologia 10º ano Natércia Charruadas 2011 Todos os seres vivos, logo todas as células, são constituídos por moléculas orgânicas de grandes dimensões macromoléculas. Estas são formadas por um

Leia mais

1.1. Classifique-os quanto ao nº de átomos de carbono, número de unidades monoméricas.

1.1. Classifique-os quanto ao nº de átomos de carbono, número de unidades monoméricas. 1. O que são carboidratos? Quais os mais importantes do ponto de vista nutricional? São moléculas orgânicas formadas por carbono, hidrogênio e oxigênio e constituem as biomoléculas mais abundantes na natureza.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA DOS ALIMENTOS (Prof. Dr. Tiago André Kaminski) EXERCÍCIOS PARA 2ª PROVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA DOS ALIMENTOS (Prof. Dr. Tiago André Kaminski) EXERCÍCIOS PARA 2ª PROVA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA DOS ALIMENTOS (Prof. Dr. Tiago André Kaminski) EXERCÍCIOS PARA 2ª PROVA BIOQUÍMICA DOS OVOS 1) Complete as sentenças. a) A membrana da casca protege

Leia mais

QUALIDADE DA FENOSSILAGEM Obtenção; Avaliação; Impacto Económico

QUALIDADE DA FENOSSILAGEM Obtenção; Avaliação; Impacto Económico 7ªs Jornadas HVME QUALIDADE DA FENOSSILAGEM Obtenção; Avaliação; Impacto Económico José Freire ENQUADRAMENTO EXPERIÊNCIA DA FERTIPRADO O PROCESSO DE CONSERVAÇÃO Micro-Silo PROCESSO DE FERMENTAÇÃO PROCESSO

Leia mais

alexquimica.blog Professor:Alex

alexquimica.blog Professor:Alex Bioquímica alexquimica.blog Professor:Alex Bioquímica É o estudo da química dos organismos vivos. Os compostos da bioquímica podem ser classificados em quatro amplas categorias: n n n n Carboidratos ou

Leia mais

Síntese de Amido e Sacarose:

Síntese de Amido e Sacarose: Sacarose: Síntese de Amido e Sacarose: principal forma de carboidrato translocada no floema (açúcar não-redutor) Amido: reserva estável e insolúvel de carboidrato armazenado em plastídeos Amido e Sacarose

Leia mais

Citrus. Cana. Parede celular. Dra. Maria Izabel Gallão

Citrus. Cana. Parede celular. Dra. Maria Izabel Gallão Citrus Cana Parede celular Parede Celular Parede celular contribui para a integridade estrutural e morfologia da planta. A planta necessita da parede celular para o seu crescimento. Parede celular deve

Leia mais

Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais

Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia ou para compor estruturas especiais Precursor de intermediários metabólicos em várias reações

Leia mais

Qualidade do ar. PhD Armindo Monjane - Dep. Quimica UP

Qualidade do ar. PhD Armindo Monjane - Dep. Quimica UP Qualidade do ar Inventário das fontes de poluição Condições climáticas e geomorfológicas Monitoração da qualidade do ar Padrões de qualidade do ar Métodos de amostragem e analíticos Fontes móveis de emissão

Leia mais

COMPOSIÇÃO QUÍMICA (RESERVAS ARMAZENADAS) DE SEMENTES

COMPOSIÇÃO QUÍMICA (RESERVAS ARMAZENADAS) DE SEMENTES COMPOSIÇÃO QUÍMICA (RESERVAS ARMAZENADAS) DE SEMENTES Julio Marcos Filho Tecnologia de Sementes Depto. Produção Vegetal USP/ESALQ Semente x Planta: Variação quantitativa e qualitativa Importância: Uso

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO UFERSA DISCIPLINA: INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO UFERSA DISCIPLINA: INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO UFERSA DISCIPLINA: INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL INSPEÇÃO DE MEL Doutoranda: Carolina de Gouveia Mendes 2012.2 INTRODUÇÃO POA MAPA Mel Instrução Normativa

Leia mais

Obtenção de nutrientes pelos seres vivos

Obtenção de nutrientes pelos seres vivos Professora Priscila F Binatto Setembro/ 2016 ENERGIA Obtenção de nutrientes pelos seres vivos Autótrofos Realização de fotossíntese Heterótrofos Obtenção da glicose pronta a partir de outra fonte RESPIRAÇÃO

Leia mais

Carboidratos 18/03/2010. Douglas Siqueira de A. Chaves

Carboidratos 18/03/2010. Douglas Siqueira de A. Chaves Carboidratos Douglas Siqueira de A. Chaves 2 Carboidratos s carboidratos são substâncias orgânicas também chamadas de hidratos de carbono. Estes nomes foram dados porque, na molécula da maior parte dos

Leia mais

Professor Antônio Ruas

Professor Antônio Ruas Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Componente curricular: BIOLOGIA GERAL Aula 4 Professor Antônio Ruas 1. Temas: Macromoléculas celulares Produção

Leia mais

Professor Antônio Ruas

Professor Antônio Ruas Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Componente curricular: BIOLOGIA GERAL Aula 4 Professor Antônio Ruas 1. Temas: Macromoléculas celulares Produção

Leia mais

O que são as duas reações abaixo?

O que são as duas reações abaixo? O que são as duas reações abaixo? 6 CO 2 + 6 H 2 O Glicose + 6 O 2 Glicose + 6 O 2 6 CO 2 + 6 H 2 O Pode ser polimerizada, estocada, transportada e liberada rapidamente quando o organismo precisa de energia

Leia mais

A Química da Vida. Gabriela Eckel

A Química da Vida. Gabriela Eckel A Química da Vida Gabriela Eckel Água A água é um composto químico formado por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Sua fórmula química é H2O. Porém, um conjunto de outras substâncias como, por

Leia mais

Ficha de Trabalho Nome: Nº Data: Escolhe as opções correctas! Lembra-te que em cada questão colocada só uma está correcta!

Ficha de Trabalho Nome: Nº Data: Escolhe as opções correctas! Lembra-te que em cada questão colocada só uma está correcta! Ficha de Trabalho Nome: Nº Data: Escolhe as opções correctas! Lembra-te que em cada questão colocada só uma está correcta! Revisão e Consolidação de Conhecimentos: Fermentação e Actividade Enzimática Nas

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DAS BILIRRUBINAS (BILIRRUBINÉMIA) BILIRRUBINA. * Catabolismo do Heme e produção de Bilirrubina

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DAS BILIRRUBINAS (BILIRRUBINÉMIA) BILIRRUBINA. * Catabolismo do Heme e produção de Bilirrubina DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DAS BILIRRUBINAS (BILIRRUBINÉMIA) BILIRRUBINA A bilirrubina refere-se à concentração de bilirrubina (Brb) no sangue. A bilirrubina é um produto do catabolismo do

Leia mais

Produção de Néctar de Pêssego

Produção de Néctar de Pêssego Escola Superior Agrária de Coimbra 2009/2010 Licenciatura em Engenharia Alimentar Produção de Néctar de Pêssego Processamento Geral de Alimentos I Professor Ivo Rodrigues Joana Rufino n.20803006 Ana Santos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL Joel Gustavo Teleken Palotina (PR), Maio de 2017. BIOETANOL 1) MATÉRIAS PRIMAS 2) BIORREATORES 3) PRODUÇÃO DE ETANOL 2 MATÉRIAS

Leia mais

Obtenção de nutrientes pelos seres vivos

Obtenção de nutrientes pelos seres vivos Professora Priscila F Binatto Agosto/ 2015 ENERGIA Obtenção de nutrientes pelos seres vivos Autótrofos Realização de fotossíntese Heterótrofos Obtenção da glicose pronta a partir de outra fonte RESPIRAÇÃO

Leia mais

Biomoléculas mais abundantes Terra

Biomoléculas mais abundantes Terra Biomoléculas mais abundantes Terra A cada ano mais de 100 bilhões de tonelada de CO 2 e H 2 O são transformados em carboidratos pelo processo fotossintético CO 2 + H 2 O O 2 + (CH 2 O) n Luz Moléculas

Leia mais

Aula: 26 Temática: Estrutura dos lipídeos parte I

Aula: 26 Temática: Estrutura dos lipídeos parte I Aula: 26 Temática: Estrutura dos lipídeos parte I Os lipídeos são abundantes em animais e vegetais. Compreendem os óleos, as gorduras, as ceras, os lipídios compostos como os fosfolipídios e os esteróides

Leia mais

Biomoléculas mais abundantes Terra

Biomoléculas mais abundantes Terra Biomoléculas mais abundantes Terra A cada ano mais de 100 bilhões de tonelada de CO 2 e H 2 O são transformados em carboidratos pelo processo fotossintético CO 2 + H 2 O O 2 + (CH 2 O) n Luz Moléculas

Leia mais

Escola: Nome: Turma: N.º: Data: / / FICHA DE TRABALHO 1. fibras vegetais glícidos reguladora. plástica lípidos energética

Escola: Nome: Turma: N.º: Data: / / FICHA DE TRABALHO 1. fibras vegetais glícidos reguladora. plástica lípidos energética Conteúdo: Nutrientes Alimentares: Funções Gerais FICHA DE TRABALHO 1 fibras vegetais glícidos reguladora plástica lípidos energética protetora proteínas nutrientes Nos alimentos encontramos as substâncias,

Leia mais

Escola Secundária Anselmo de Andrtade Biologia e Geologia de 10º Ano

Escola Secundária Anselmo de Andrtade Biologia e Geologia de 10º Ano Escola Secundária Anselmo de Andrtade Biologia e Geologia de 10º Ano 1. A figura evidencia o sistema respiratório humano. 8 bronquíolos. 7 diafragma. 4 pulmão. 2. Os produtos finais da fermentação alcoólica

Leia mais

Fonte de energia Estrutura celular Sinais. Função biológica. Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos. Classificação

Fonte de energia Estrutura celular Sinais. Função biológica. Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos. Classificação Função biológica Fonte de energia Estrutura celular Sinais Classificação Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos Monossacarídeos Aldose ou cetose 3 a 7 carbonos Isomeria D e L Solução aquosa Forma

Leia mais

GERMINAÇÃO DE SEMENTES

GERMINAÇÃO DE SEMENTES GERMINAÇÃO DE SEMENTES O tema germinação de sementes tem sido objeto de revisões de literatura extensas e detalhadas. Definir o fenômeno da germinação é muito difícil, visto que uma definição deve ser

Leia mais

COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA. Marcelo Vieira Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento

COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA. Marcelo Vieira Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento COMO AS ENZIMAS COLABORAM PARA UMA USINA MAIS LUCRATIVA Marcelo Vieira Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento AGENDA Prozyn; Desafios técnicos da indústria; Como as enzimas colaboram para uma usina mais

Leia mais

REFRIGERAÇÃO UTILIZAÇÃO DE BAIXAS TEMPERATURAS NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS

REFRIGERAÇÃO UTILIZAÇÃO DE BAIXAS TEMPERATURAS NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS REFRIGERAÇÃO Ivo Rodrigues 2007/2008 1. Objectivos da refrigeração de Alimentos... prolongar a vida útil dos alimentos aumentando as possibilidades de conservação (geral) 1 1. Objectivos da refrigeração

Leia mais

Fisiologia Pós Colheita

Fisiologia Pós Colheita Fisiologia Pós Colheita Aula apresentada para alunos do 4. o período de Farmácia da UFPR Prof. a MSc. Maria Eugenia Balbi - Bromatologia Fisiologia Pós colheita Preservação da qualidade do produto Aumento

Leia mais

Estrutura e Função dos Carboidratos. Ana Paula Jacobus

Estrutura e Função dos Carboidratos. Ana Paula Jacobus Estrutura e Função dos Carboidratos Ana Paula Jacobus Funções dos carboidratos Geração de energia, intermediários metabólicos; Reserva energética: amido, glicogênio; Estrutura celular : peptideoglicanos,

Leia mais

Ciências Naturais, 6º Ano. Ciências Naturais, 6º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º: Conteúdo: Nutrientes Alimentares: Funções Gerais

Ciências Naturais, 6º Ano. Ciências Naturais, 6º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º: Conteúdo: Nutrientes Alimentares: Funções Gerais Conteúdo: Nutrientes Alimentares: Funções Gerais FICHA DE TRABALHO 1 fibras vegetais glícidos reguladora Conteúdo: Nutrientes Alimentares: Funções Gerais FICHA DE TRABALHO 1 fibras vegetais glícidos reguladora

Leia mais

Trabalho de Recuperação 1º SEMESTRE

Trabalho de Recuperação 1º SEMESTRE Curso: ENSINO FUNDAMENTAL 2 Trabalho de Recuperação 1º SEMESTRE Foco, Força e Fé Turma: 9º Ano Data: / /2019 Valor: 12,0 Nota: Disciplina: BIOLOGIA Professor(a) NIZE G.CHAGAS PAVINATO Nome do Aluno(a):

Leia mais

Fervura e Tratamento do Mosto

Fervura e Tratamento do Mosto Fervura e Tratamento do Mosto Jornada Cervejeira Módulo Brassagem Lígia Marcondes CTS Alimentos e Bebidas Fervura do mosto Objetivos: Evaporação da água excedente Floculação proteica (trub) Transferência

Leia mais

Biomoléculas mais abundantes Terra

Biomoléculas mais abundantes Terra Biomoléculas mais abundantes Terra Formados pelos organismos fotossintetizadores a partir de CO 2 e H 2 O, na presença de luz CO 2 + H 2 O O 2 + (CH 2 O) n Luz Moléculas com formula geral (CH 2 O) n Função

Leia mais

Biologia e Geologia 10º ano. Domínio 3. Biodiversidade. 6. A Célula 2015

Biologia e Geologia 10º ano. Domínio 3. Biodiversidade. 6. A Célula 2015 Biologia e Geologia 10º ano Domínio 3 Biodiversidade 2015 Célula: unidade de estrutura e de função Robert Hooke 1665 Observa e desenha células de cortiça Leeuwenhoek 1677 Observa seres unicelulares numa

Leia mais

Ciências Naturais, 6º Ano. Ciências Naturais, 6º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º: Conteúdo: Absorção. Escola: Nome: Turma: N.

Ciências Naturais, 6º Ano. Ciências Naturais, 6º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º: Conteúdo: Absorção. Escola: Nome: Turma: N. Conteúdo: Absorção FICHA DE TRABALHO 1 transpiração pêlos radiculares capilaridade Conteúdo: Absorção FICHA DE TRABALHO 1 transpiração pêlos radiculares capilaridade seiva bruta zona pilosa vasos condutores

Leia mais

Biomoléculas mais abundantes Terra

Biomoléculas mais abundantes Terra Biomoléculas mais abundantes Terra A cada ano mais de 100 bilhões de tonelada de CO 2 e H 2 O são transformados em carboidratos pelo processo fotossintético CO 2 + H 2 O O 2 + (CH 2 O) n Luz Moléculas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL Palotina (PR), Maio de 2018. BIOETANOL 1) MATÉRIAS PRIMAS 2) BIORREATORES 3) PRODUÇÃO DE ETANOL 2 MATÉRIAS PRIMAS As matérias-primas

Leia mais

Carbohidratos. e alguns contêm azoto, fósforo ou enxofre. Estão divididos em 3 classes; Monossacáridos, Oligossacáridos e Polissacáridos.

Carbohidratos. e alguns contêm azoto, fósforo ou enxofre. Estão divididos em 3 classes; Monossacáridos, Oligossacáridos e Polissacáridos. Carbohidratos Os carbohidratos são as biomoléculas mais abundantes na terra. São predominantemente polihidroxi- aldeídos ou cetonas ciclizados ou substâncias que produzem este tipo de compostos por hidrólise.

Leia mais

3/6/2010. Biomoléculas orgânicas mais abundantes na

3/6/2010. Biomoléculas orgânicas mais abundantes na Universidade Federal de Mato Grosso Disciplina de Bioquímica Bioquímica dos Carboidratos Prof. Msc. Reginaldo Vicente Ribeiro Introdução Carboidratos são polihidroxialdeídos ou polihidroxicetonas ou substâncias

Leia mais

Laranja cristalizada

Laranja cristalizada Engenharia Alimentar Processamento Geral dos Alimentos I Laranja cristalizada Trabalho redigido por: Carla Lopes nº20503052 Diana Neto nº20503013 Marta Sousa nº20503054 Sara Martins nº20603053 Trabalho

Leia mais

Carboidratos (sacarídeos)

Carboidratos (sacarídeos) Universidade Federal do Pampa Bioquímica Carboidratos (sacarídeos) Profa. Marina Prigol 1 Sacarídeos Estrutura e propriedades de sacarídeos Moléculas orgânicas mais abundantes na natureza A fotossíntese

Leia mais

LIMPADORES ROTATIVOS

LIMPADORES ROTATIVOS Proprietário e fabricante da marca francesa LIMPADORES ROTATIVOS Proprietário das marcas : C.F.C.A.I. SAS Route de Montgérain BP 4 60420 TRICOT (France) Tél. : + 33 (0)3 44 51 53 53 Fax : + 33 (0)3 44

Leia mais

Exame de recurso módulo de Bioquímica 18 Fev 08

Exame de recurso módulo de Bioquímica 18 Fev 08 Licenciatura em Enfermagem Biofísica e Bioquímica 1º Ano - 1º Semestre 2007/2008 Exame de recurso módulo de Bioquímica 18 Fev 08 Duração = 2 horas Cotação máxima = 13,5 valores (A cotação de cada pergunta

Leia mais

Biomoléculas mais abundantes Terra

Biomoléculas mais abundantes Terra Biomoléculas mais abundantes Terra A cada ano mais de 100 bilhões de tonelada de CO 2 e H 2 O são transformados em carboidratos pelo processo fotossintético CO 2 + H 2 O O 2 + (CH 2 O) n Luz Moléculas

Leia mais

METABOLISMO ENERGÉTICO

METABOLISMO ENERGÉTICO CURSO TÉCNICO INTEGRADO DE INFORMÁTICA E ELETROMECÂNICA - 2º ANO DICIPLINA: BIOLOGIA METABOLISMO ENERGÉTICO RESPIRAÇÃO E FERMENTAÇÃO Prof.ª Carla Pereira Nascimento METABOLISMO ENERGÉTICO Todo ser vivo

Leia mais

Ecofisiologia da Respiração das Plantas

Ecofisiologia da Respiração das Plantas Instituto Superior de Agronomia Fisiologia Vegetal 2013-2014 Ecofisiologia da Respiração das Plantas Sofia Cerasoli Centro de Estudos Florestais sofiac@isa.ulisboa.pt A RESPIRAÇÃO Processo em que os compostos

Leia mais

Amendoeira nas regiões de clima mediterrânico

Amendoeira nas regiões de clima mediterrânico Estratégias de rega deficitária em amendoeira António Castro Ribeiro antrib@ipb.pt Departamento de Produção e Tecnologia e Vegetal Amendoeira nas regiões de clima mediterrânico Exposta a condições desfavoráveis

Leia mais