PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Vigilância Epidemiológica do Botulismo alimentar

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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA Vigilância Epidemiológica do Botulismo alimentar Ynara Fádua Paulino de Carvalho¹ Daniela Buosi Rohlfs² ¹Nutricionista formada pela Universidade Federal da Paraíba, UFPB, Brasil. Aluna da pós graduação em Vigilância Sanitária, pela Universidade Católica de Goiás/IFAR. ²Orientadora: Engenheira florestal pela Universidade de Brasília, UNB, Brasil; Mestre em Ciências Florestais-Universidade de Brasília, UNB, Brasil; Doutoranda em saúde Coletiva, pela Universidade Federal do Rio de janeiro, UFRJ, Brasil; Atuando como Coordenadora Geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde; RESUMO Este trabalho é uma revisão sobre Botulismo alimentar, uma doença neuroparalítica grave causada pela ingestão de toxinas pré-formadas pelo Clostridium botulinum, consideradas as mais potentes dentre as toxinas conhecidas. Caracteriza-se como uma doença de extrema gravidade, de evolução aguda, provoca distúrbios digestivos e neurológicos, em consequência à ingestão de diversos tipos de alimentos. As conservas caseiras estão entre os alimentos que oferecem risco à população consumidora, assim como os alimentos industrializados, que não foram manipulados corretamente. Este trabalho visa mostrar a importância do conhecimento sobre a bactéria Clostridium botulinum, sua toxina causadora do botulismo e formas de evitar o desenvolvimento da doença, tendo como base os dados e orientações das Vigilâncias Sanitária e epidemiológica. Palavras-chave: Clostridium botulinum, botulismo alimentar, Vigilância Sanitária, Vigilância epidemiológica. ABSTRACT This paper is a review of Botulism food, a severe neuroparalytic caused by ingestion of preformed toxin by Clostridium botulinum, considered the most potent toxins known. It is characterized as a disease of extreme gravity, evolution of acute gastrointestinal and neurological causes, due to the ingestion of various types of food. Homemade canned foods are those that offer risk to human health, as well as foods that were not handled correctly. This work aims to show the importance of understanding the bacterium Clostridium botulinum, a toxin that causes botulism and how to prevent the development of disease, based on the information and guidance of Sanitary and Epidemiological Surveillance. Keywords: Clostridium botulinum, botulism food, Health Surveillance, Epidemiological surveillance.

2 1 INTRODUÇÃO Botulismo é um tipo severo de intoxicação alimentar causada pela ingestão de alimentos contendo uma potente neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. É uma doença potencialmente letal se não tratada rapidamente, de evolução aguda, que provoca distúrbios digestivos e neurológicos (RAGAZANI et al., 2008). A toxina nos humanos causa quatro tipos de enfermidades: botulismo alimentar, botulismo por feridas, colonização intestinal em adultos e botulismo infantil. O botulismo alimentar ocorre pela ingestão da toxina pré-formada, enquanto que, nos outros três tipos ocorrem pela infecção, multiplicação e produção de toxinas por microrganismos clostridiais em feridas ou no trato gastrintestinal (CARDOSO et al., 2004). A bactéria gram positiva, que se desenvolve no meio anaeróbico, produz esporos que são encontrados com frequência no solo, em legumes, verduras, frutas, sedimentos aquáticos e fezes humanas. O agente aparece também como habitante normal do trato intestinal de equinos, bovinos e aves, onde se multiplica e é excretado em grandes quantidades nas fezes por mais de oito semanas após a primoinfecção (EDUARDO et al., 2002; FREAN et al., 2004). A síndrome clínica é caracterizada por sintomas e sinais neurológicos que ao início podem ser inespecíficos (cefaléia, tontura) antes de avançar para paralisia do nervo craniano, seguido por paralisia muscular flácida descendente e simétrica, que pode causar insuficiência respiratória e morte (ROWLANDS et al., 2010). Nas diversas etapas que levam à obtenção de produtos processados, os alimentos estão sujeitos a contaminação por diferentes microrganismos, provenientes da manipulação inadequada, contato com equipamentos, superfícies e utensílios não corretamente sanificados, ou mesmo procedentes do ambiente. Não só por isso, mas também pela diversidade de produtos que podem veiculá-las, períodos de incubação variáveis, quadros clínicos diferenciados, consequências e sequelas da doença, o botulismo é considerado um objeto de interesse da Vigilância Sanitária (FAUSTINO et al., 2007). Os alimentos que comumente transmitem a doença são os embutidos e conservas caseiras ou industrializadas que não sofreram tratamento térmico adequado, ou foram armazenados em condições que permitiram a germinação dos poros do Clostridium botulinum presentes no alimento e a multiplicação do microrganismo, tendo como consequência a produção da toxina botulínica (CERESER et al., 2008).

3 Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período entre 2007 e 2011 forma registrados 35 casos confirmados da doença (BRASIL, 2011). Este trabalho de revisão visa mostrar a importância do conhecimento sobre a bactéria Clostridium botulinum, sua toxina causadora do botulismo e formas de evitar o desenvolvimento da doença, tendo como base as orientações das Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica. Com isso o leitor terá acesso a pesquisas já realizadas no âmbito de botulismo alimentar e como evitar o surgimento da doença. 2 METODOLOGIA Para a construção deste trabalho de revisão bibliográfica, foram utilizados livros, artigos, notas técnicas, manuais, guias e sistemas de informação tendo como descritor de busca: botulismo. A revisão foi realizada com artigos publicados a partir do ano 2002 até o ano de 2012, pesquisados na base de dados da Bireme, por meios dos serviços da Medline, Scielo e Lilacs. Também foram acessados os sites do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para obtenção de dados atuais da doença no Brasil. 3 DISCUSSÃO 3.1 BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS ESTUDOS DE BOTULISMO O termo botulismo deriva de botulus, em latim, salsicha. No ano de 1793 ocorreu um surto na Alemanha envolvendo 30 pessoas, com seis óbitos, devido ao consumo de Blunsen, um tipo de salsicha fervida e defumada (CERESER et al., 2008). Alguns autores afirmam que a origem da palavra botulus também provém do latim, com significado de embutido (FIGUEIREDO et al., 2006). Em 1897, a pesquisadora Emile Van Ermangem, professora de bacteriologia na Universidade de Ghent na Bélgica, conduziu experimentos com o objetivo de obter o crescimento em meio de cultura do microorganismo (KETCHAM; GOMEZ, 2003). O objetivo foi estabelecer uma relação causa e efeito da intoxicação pelo microrganismo devido a um surto de intoxicação alimentar ocorrido provocando o envenenamento de 23 músicos na cidade de Ellezeller na Bélgica, após consumir presunto cru. Emile isolou o microrganismo

4 Clostridium botulinum, detectou sua toxina e determinou que a doença era mediada por esta (SANTOS; MENDONÇA, 2012). Surtos de botulismo são descritos em todos os continentes (GELLI et al., 2002). O número de casos de botulismo e a letalidade têm diminuído devido à utilização do soro antitoxina botulínica, mas esta doença ainda permanece provocando riscos à Saúde Pública (OUAGARI et al., 2002). Embora hoje seja uma doença considerada rara, alguns casos ocorrem pelo mundo. No Brasil, a notificação de surtos e casos isolados passou a ser feita de forma sistemática a partir de Na maioria deles, a toxina identificada nos casos foi a do tipo A e os alimentos mais envolvidos foram conservas caseiras (BRASIL, 2006). No ano de 2011, a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu pela Rede Internacional de Autoridades em Inocuidade de Alimentos da Organização Mundial da Saúde (INFOSAN) alerta sobre a ocorrência de botulismo alimentar. Foram confirmados dois casos na Finlândia tendo como alimento associado azeitonas orgânicas recheadas com amêndoas. E em março do mesmo ano foi registrado no Brasil um surto de botulismo em Santa Catarina, envolvendo sete pessoas que consumiram mortadela com toucinho. Desses casos, seis foram confirmados, sendo que um veio a óbito (ANVISA, 2011). Por isso, se faz necessário o acompanhamento constante do comportamento da doença. Segundo levantamentos do Ministério da Saúde no ano de 2011 o botulismo no mundo foi distribuido da seguinte forma: trinta e oito casos no Texas pela ingestão de pimenta, oito casos na Itália decorrentes da ingestão de queijo cremoso, oito casos no Alaska veiculados por muhtuk (baleia), um caso nos Estados Unidos por ovos em conservas, dois casos na África pelo consumo de peixe enlatado e cinco casos em Portugal decorrentes da ingestão de presunto. 3.2 CARACTERIZAÇÃO DO AGENTE ETIOLÓGICO O botulismo é uma doença não contagiosa, causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum e se caracteriza clinicamente por manifestações neurológicas e/ou gastrointestinais, podendo ter evolução grave, com necessidade de hospitalização prolongada (ANVISA, 2011). Sua forma vegetativa produz sete tipos de toxinas, que se distinguem pelas características antigênicas da neurotoxina que produzem, embora tenham ação farmacológica similar. Assim são conhecidas sete neurotoxinas sorologicamente distintas e altamente potentes (JAY, 2005). Elas vão de A a G, sendo que as toxinas A, B e E

5 acometem ao homem. A toxina A acomete o homem por meio de conserva doméstica, carnes e vegetais, a B por conserva de carne de porco e a E por conserva de peixe. A toxina F também acomete ao homem, sendo que é mais raro e o alimento associado é desconhecido. As toxinas C1, C2 e D acometem pássaros e mamíferos. O tipo G é pouco conhecido e foi associado a alguns casos de morte súbita (BRASIL, 2011; BARBOSA et al., 2011). As condições ideais para que a bactéria assuma a forma vegetativa, produtora de toxina são: anaerobiose, ph alcalino ou próximo do neutro (4,8 a 8,5), atividade de água de 0,95 a 0,97 e temperatura ótima de 37 C. Os tipos A e B se desenvolvem em temperaturas próximas das encontradas no solo (acima de 25 C e até 40 C) (BRASIL, 2006). Nas zonas de clima temperado, o botulismo apresenta-se quase que exclusivamente nos meses quentes do verão. Isto acontece somente com temperaturas compreendidas entre 22º e 37ºC, onde ocorre uma intensa formação de toxina no alimento. Com um ph abaixo de 3,5 não se forma a toxina (MENDES, 2008). Os alimentos embalados ou lacrados propiciam um ambiente com condições anaeróbicas e com isso os esporos podem germinar nos alimentos, principalmente se o ph e a atividade de água forem favoráveis. Dessa forma, as células vegetativas produzem a toxina dentro do recipiente durante o armazenamento (SCARCELLI & PIATTI, 2002). Os esporos do Clostridium botulinum são as formas mais resistentes que se têm encontrado entre os agentes bacterianos, podendo sobreviver por mais de 30 anos em meio líquido e, provavelmente, mais tempo ainda em estado seco (RADOSTITS et al., 2002). Toleram temperaturas de 100 C por horas. Os alimentos contaminados devem ser aquecidos a 120 C por 30 minutos, para destruir os esporos. Além disso, os esporos do tipo E são capazes de germinar em temperaturas inferiores a 3 C e frequentemente estão associados com frutos do mar refrigerados (KETCHAM & GOMEZ, 2003). A toxina botulínica é termolábil, sendo inativada pelo calor em uma temperatura de 80 C por, no mínimo, 10 minutos (BRASIL, 2006) ou a 100ºC por 5 minutos, quando expostas à luz solar por 1 a 3 horas, à temperatura ambiente por 12 horas, ou em 20 minutos em água clorada (destruição de 84%) (PINILLOS et al., 2003). 3.3 MODO DE TRANSMISSÃO As fontes de infecção para o botulismo de uma forma geral são: solo (terra e água), vegetais, frutas e peixes (JESUS, 2003) e ocorre quando alimentos que contêm a toxina préformada são ingeridos (CERESER, 2008). Os alimentos mais comumente envolvidos são:

6 conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura carne de lata ); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos e em alimentos enlatados industrializados (BRASIL, 2006). 3.4 PATOGENIA O alimento consumido juntamente com a toxina pode protegê-la do efeito deletério dos ácidos durante a passagem pelo estômago. O local de máxima absorção da toxina botulínica é o intestino delgado, de onde segue para o sistema linfático e posteriormente alcança a corrente sanguínea (BRASIL, 2006). A toxina não atinge o sistema nervoso central devido à barreira hematoencefálica, não ocorrendo, portanto, perturbações de ordem central, permanecendo o paciente, comumente, consciente durante a evolução do quadro (CERESER et al., 2008). Segundo Santos (2010), a ação tóxica da neurotoxina botulínica envolveria quatro etapas: a ligação da toxina na superfície do terminal neuromotor; internalização do complexo toxina-receptor para o citoplasma; translocação da toxina dependente de ph; clivagem proteolítica de uma das proteínas do complexo SNARE envolvidas na exocitose, com consequente inibição da liberação de acetilcolina, causando a paralisia muscular. Há dois grupos de Clostridium botulinum: os proteolíticos e os não proteolíticos. As cepas proteolíticas produzem uma pró-toxina que sofrerá ação de proteases do próprio microrganismo ainda no alimento e, nesses casos, a toxina e ingerida na forma ativa. Quando se trata de cepa não proteolítica, o alimento contem pró-toxinas que serão ativadas por ação das proteases existentes no trato digestivo do homem (BRASIL, 2006). O dano causado na membrana pré-sináptica pela toxina é permanente. A recuperação depende da formação de novas terminações neuromusculares e, por este motivo, a recuperação clínica é prolongada, podendo variar de um a 12 meses (MENDES, 2008). O período de incubação é variável, mas o mais habitual são 12 a 36 horas, após o surgimento do quadro de disfunção autonômica e sintomas anticolinérgicos, que podem inclusive, em formas mais graves, conduzir a falência respiratória (CARDOSO et al., 2004). 3.5 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO

7 O paciente apresenta um quadro clínico de visão dupla, náuseas, vômito, cólicas intestinais, fadiga, tonturas, dor de cabeça, dor de garganta, boca, olhos e nariz seco e falhas respiratórias, ocasionalmente, diarreia, constipação, ansiedade, que poderá ser traduzida por apatia ou irritabilidade, sonolência e perda de apetite. Geralmente, o paciente procura o hospital, nessa fase da doença ou, em alguns casos, tenta se automedicar por causa dos sintomas e permite que a enfermidade evolua. O óbito pode ocorrer devido à falência respiratória ou bloqueio das vias responsáveis pela entrada de ar na traquéia (FORSYTHE, 2002; MENDES, 2008; BARBOSA et al., 2011). O diagnóstico no caso de uma intoxicação por botulismo, geralmente, pode ser confundido com outro tipo de intoxicação, o que dificulta o procedimento normal para se evitar o óbito do paciente. Em outros casos, a ausência ou dificuldade de um atendimento eficiente leva a óbitos não notificados por botulismo. Relatos de casos de óbitos com dificuldade de diagnóstico da doença e a falta de integração entre a vigilância sanitária e a epidemiologia tem ocorrido, em diversos estados brasileiros (FIGUEIREDO et al., 2006). A fraqueza muscular nos membros é tipicamente simétrica, acometendo com mais intensidade os membros superiores do que os membros inferiores. Como a toxina produz bloqueio neuromuscular, os reflexos profundos ou osteotendinosos estão diminuídos ou abolidos nos membros acometidos. Uma característica importante no quadro clínico do botulismo é a preservação da consciência. Na maioria dos casos, também não há comprometimento da sensibilidade, o que auxilia no diagnóstico diferencial com outras doenças neurológicas (BRASIL, 2006). O botulismo pode apresentar progressão por uma a duas semanas e estabilizar-se por mais duas a três semanas, antes de iniciar a fase de recuperação, com duração variável, que depende da formação de novas sinapses e restauração da função. Nas formas mais graves, o período de recuperação pode durar de seis meses a um ano, embora os maiores progressos ocorram nos primeiros três meses após o início dos sintomas (BRASIL, 2005). O diagnóstico de botulismo é realizado a partir da história epidemiológica, da apresentação clínica e da utilização de testes laboratoriais. Amostras de sangue (soro), fezes, vômitos, conteúdo gástrico e material de lesão, juntamente com o alimento suspeito, deverão ser coletadas para a identificação da bactéria e sua toxina (HUTZLER, 2005). O diagnóstico laboratorial de botulismo alimentar é baseado na análise de amostras clínicas e bromatológicas. Os exames laboratoriais podem ser realizados por várias técnicas, sendo a mais comum a detecção da toxina botulínica por meio de bioensaio em camundongos (BRASIL, 2010).

8 O diagnóstico diferencial é essencialmente com a miastenia gravis, a síndrome de Guillain-Barré (particularmente com a variante de Fisher) e acidente vascular cerebral do tronco cerebral; outras situações a incluir no diagnóstico diferencial são: a síndrome de Eaton- Lambert, a poliomielite, a difteria, intoxicações com cogumelos, medicamentos ou químicos e a hipermagnesemia (CARDOSO, 2004). 3.6 TRATAMENTO O tratamento consiste na administração de antitoxinas (imunização passiva) e nas medidas intensivas de suporte clínico como monitoramento da função cardiorrespiratório (ventilação mecânica), nutrição adequada (enteral e parenteral), prevenção de úlceras de decúbito e tratamento das complicações (MARKS, 2004). Assim que o diagnóstico clínico for confirmado a antitoxina deverá ser administrada, a fim de neutralizar a toxina circulante que ainda não se fixou (MCGEE, 2004; BHUTANI et al., 2005). Esta consiste em anticorpos heterólogos, derivados de equinos e pode apresentar risco de desenvolvimento de manifestações de hipersensibilidade. Outras considerações devem ser incluídas, como o uso de laxativos, indução do vômito e lavagem gástrica, se a ingestão do alimento contaminado ou dos esporos for recente (BHUTANI et al., 2005). 3.7 PREVENÇÃO A prevenção do botulismo alimentar está relacionada com a adequada manipulação do alimento e deve ser feita inicialmente dentro das indústrias, e locais onde são feitos os alimentos artesanais ou caseiros (MENDES, 2008). Não só as autoridades governamentais, mas todos que têm o alimento como instrumento de trabalho, são responsáveis pela vigilância sanitária dos alimentos para que haja garantia da qualidade do produto. A infecção botulínica não confere imunidade, por isso é importante estar sempre em alerta. Há vacinas experimentais para trabalhadores de laboratórios ou de indústrias alimentícias expostas à infecção pelo bacilo ou contaminação pela toxina (MANGILLI; ANDRADE, 2007). Existem várias fontes de contaminação de alimentos e vários fatores que contribuem para aumentar a probabilidades dessa contaminação. A higiene do manipulador e tudo o que entra em contato com o alimento deve ser muito rígida e é de extrema importância para a produção segura e inocuidade do produto final (TEDESCO et al, 2004).

9 Pensando no bem estar do consumidor, a ANVISA criou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n 216, de 15 de setembro de 2004 que estabelece os procedimentos de boas práticas para serviços de alimentação, a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado, aplicando-se aos estabelecimentos que oferecem e realizam as seguintes atividades: manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte, exposição à venda e entrega de alimentos industriais, cozinhas industriais, cozinhas institucionais, lanchonetes, padarias, pastelarias, restaurantes, rotisserias e congêneres (BRASIL, 2004). Existem diversas formas de prevenção, como por exemplo: 1- Evitar comer alimentos em conserva, principalmente aqueles que estão com as embalagens danificadas; vidros embaçados, latas enferrujadas, amassadas, estufadas, com vazamento ou algum tipo de deterioração. 2- Cozinhar os alimentos por no mínimo 15 minutos. 3- Para preparar conservas caseiras deve-se aplicar normas de higiene para diminuir a contaminação nos nutrientes. 4- Óleos preparados com alho e /ou ervas devem ser conservados na geladeira. 5- Para não ter problemas com alimentos caseiros aconselha-se fervê-los a uma temperatura de aproximadamente 80 C antes de comê-los, pois a toxina do botulismo é desnaturada em temperaturas elevadas, sendo a maneira mais correta de prevenir o botulismo alimentar. Mesmo os enlatados devem ser cozidos. 6- Mel não deve ser consumido por crianças menores de 1 ano, pois ele pode conter esporos (SANTOS; MENDONÇA, 2012). 3.8 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Atualmente, o botulismo é considerado uma doença rara devido à melhoria de práticas e processos de fabricação e conservação dos alimentos. Mas o que faz como que surtos aconteçam são os métodos inadequados de preparação de alguns alimentos e determinados hábitos alimentares que persistem ao longo do tempo, propiciando condições para o desenvolvimento da toxina quando do preparo e conservação, exigindo ações educativas mais amplas sobre higiene e segurança dos alimentos (BEPA, 2006). O botulismo apresenta elevada letalidade por isso é considerado uma emergência médica e de saúde pública. Para minimizar o risco de morte e sequelas, é essencial que o diagnóstico seja feito rapidamente e que o tratamento seja instituído precocemente por meio das medidas gerais de urgência (BRASIL, 2005). No Brasil, em 2002, foi implantado o sistema de Vigilância Epidemiológica do Botulismo (VE-Bot) em todas as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e Secretarias

10 Municipais das capitais (CARMO et al., 2005). Devido à gravidade da doença e a possibilidade de ocorrência de outros casos resultantes da ingestão da mesma fonte de alimentos contaminados, um caso já é considerado um surto e uma emergência de saúde pública (ESP). A suspeita de um caso de botulismo exige notificação compulsória e investigação imediata (BRASIL, 2006). A Portaria n 104, e janeiro de 2011 do Ministério da Saúde, define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), e a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional, estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. Quanto ao botulismo, o referido documento normaliza a notificação imediata, em no máximo 24 horas a partir da suspeita inicial, às Secretarias de Saúde (municipal e estadual), as quais deverão informar imediatamente à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS, 2010). A vigilância epidemiológica tem um papel muito importante na identificação da doença e tem como objetivos: detectar precocemente os casos, visando promover assistência adequada e a reduzir a morbidade e letalidade da doença; caracterizar o surto por tempo, lugar e pessoa; identificar a fonte de contaminação e modo de transmissão dos casos de botulismo; propor medidas de prevenção e controle, em tempo oportuno, para impedir a ocorrência de novos casos; avaliar as medidas de controle implantadas (BRASIL, 2005). O primeiro caso de botulismo notificado à SVS ocorreu em 1999 e, até 2011, houve 173 casos suspeitos notificados (Tabela 2), sendo desses confirmado um caso de botulismo por ferimento, um caso de botulismo intestinal e 66 casos de botulismo alimentar (97%), conforme pode ser observado na Tabela 1. Dentre os 68 casos confirmados 20 foram a óbito, representando uma taxa de letalidade de 29%. Dos casos de botulismo alimentar, 23% foi causado por alimentos de origem suína; 17% por sardinhas enlatadas/mortadela, 14% por torta de frango, 9% por palmito em conserva e 7% de outros alimentos. Cerca de 30% dos alimentos que transmitiram a doença eram de origem caseira. A maior parte dos casos acomentem o sexo masculino (44%) e a faixa etária com maior número de casos estão entre 21 a 49 anos (BRASIL, 2011).

11 Tabela 1 - Casos de botulismo alimentar por origem do alimento. Brasil, 1999 a 2011 Origem N de Casos % Caseiro Industrializado Comercial Ignorado Total Fonte: Adaptado de Brasil, Números de casos suspeitos e confirmados de botulismo. Brasil, Fonte: adaptado de Brasil, Dados até 13/06/2011. A toxina botulínica tipo A foi responsável por vinte casos de surto de botulismo alimentar e sete do tipo A + B. A incidência anual média é de 0,04 casos por milhão de habitantes (BRASIL, 2011). O desconhecimento da real incidência e distribuição gera fragilidade na suspeição clínica. A vigilância epidemiológica do botulismo tem o objetivo de detectar precocemente os casos, identificar a fonte, gerar um estudo descritivo e conhecer sua distribuição (Brasil, 2005). 4. CONCLUSÃO O botulismo alimentar é uma doença que embora pareça estar controlada, merece toda atenção, levando em consideração os dados epidemiológicos apresentados, bem como a importância do botulismo como um problema de saúde pública. É indispensável relatar que o

12 maior perigo de contaminação está nos alimentos preparados de forma artesanal, especialmente em conservas caseiras e os industrializados, que são impropriamente manipulados ou que sofreram tratamento térmico insuficiente para destruir os esporos botulínicos. Inúmeros são os fatores extrínsecos e intrínsecos que podem afetar o desenvolvimento do microrganismo nos alimentos, por isso é importante ficar atento, pois a contaminação de alimento, seja ela física, química ou microbiológica, pode trazer vários danos a saúde e até a morte. Na suspeita de surto de botulismo alimentar, as vigilâncias sanitária e epidemiológica devem ser comunicadas, pois exercem atividades importantes na investigação do surto, não só para diagnóstico, mas para também, evitar outros possíveis surtos. Ações de vigilância sanitária e epidemiológica são necessárias principalmente com relação aos produtos cárneos, artesanais e enlatados, pois conforme os dados expostos pelo último levantamento do Ministério da Saúde são os principais causadores de botulismo no Brasil e no mundo. Medidas de controle como: ações de educação em saúde para orientar a população sobre o preparo, conservação e consumo adequado dos alimentos associados ao risco de adoecimento são necessários, assim como estratégias de prevenção devem ser desenvolvidas para evitar surtos. Além disso, é importante sempre manter os serviços e profissionais de saúde atualizados e orientados sobre os sinais e sintomas do botulismo, possibilitando assim uma ação oportuna no paciente evitando o agravamento da doença e até o óbito. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, M. M. O., SANTOS, M. F., SOUZA, O. V., Surto familiar de botulismo no Estado do Ceará: relato de caso. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical v. 44, n. 3, p , mai-jun, BRASIL. ANVISA. Nota técnica conjunta nº 001/2011. Secretaria de Vigilância em saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Contaminação de Alimento pela Toxina Botulínica. Brasília, BRASIL. ANVISA. Agência Nacional de vigilância sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n 216, de 15 de setembro de Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Brasília, 2004.

13 BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias Guia de Bolso. 5ª ed. Brasília-DF. Editora MS p. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias Guia de Bolso. 8ª ed. Secretaria de Vigilância em Saúde e Departamento de Vigilância Epidemiológica. Brasília- DF, BRASIL. Manual Integrado de Vigilância Epidemiológica do Botulismo. 1ª ed. Brasília- DF. Editora MS, p. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância de Saúde. Coordenação de Vigilância das doenças de transmissão Hídrica e alimentar. Vigilância Epidemiológica do Botulismo Disponível em: < Acesso em 11 de dezembro de BRASIL. Portaria n 104 de 25 de janeiro de Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. Disponível em:< Acesso em: 11 de dezembro de CARDOSO, T. et al. - Botulismo alimentar: estudo retrospectivo de cinco casos - ACTA Médica Portuguesa, Lisboa, v.17, p.54 58, CERESER, N. D. et al. Botulismo de origem alimentar, Ciência Rural, Santa Maria, v.38, n.1, p , jan-fev, CARMO, G. M., OLIVEIRA, A. A., DIMECH, C. P., SANTOS, D. A., ALMEIDA, G. M., BERTO, L. H., ALVES, R. M. C. e CARMO, E. H. Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmitidas por Alimentos no Brasil, Boletim eletrônico Epidemiológico. [S. I.]. Ano 5. n. 6. p Dez EDUARDO, M.B.P. et al. Manual das doenças transmitidas por alimentos e água: Clostridium botulinum/botulismo. São Paulo: Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, p. FAUSTINO, J. S. et al. Análises microbiológicas de alimentos processados na Baixada Santista, envolvidos em doenças transmitidas por alimentos, no período de Rev Inst Adolfo Lutz, v.66, n 1, p , FIGUEIREDO, M. A. A; DIAS, J; LUCENA, R. Considerações acerca de dois casos de botulismo ocorridos no Estado da Bahia. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Uberaba MG: v.39 n.3, FREAN, J. et al. Fatal type A botulism in South Africa, Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, London, v.98, p , 2004.

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