FAP FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO
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- Ana Luísa Silva Van Der Vinne
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2 FAP FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO Dr. RENATO GOUVÊA DOS REIS
3 FINANCIAMENTO DO RAT/SAT Definição de alíquota e base de cálculo ( Art. 22, II da Lei nº /91 e anexo V do Dec. nº /99 redação dada pelo Dec. n /2007 Vigência 06/2007 a 12/2009) Por Atividade Econômica CNAE Grau leve Grau médio Grau grave % Sobre Salário de Contribuição 1% 2% 3% A partir de 01/01/2010 Vigência do Anexo V do Dec. nº /99 com redação dada pelo Dec. n /2009
4 FINANCIAMENTO DO RAT Dec. N /99 Art º É de responsabilidade da empresa realizar o enquadramento na atividade preponderante, cabendo à Secretaria da Receita Previdenciária do Ministério da Previdência Social revê-lo a qualquer tempo. Alterado pelo decreto nº de 12/02/2007 DOU de 12/02/ Verificado erro no auto-enquadramento, a Secretaria da Receita Previdenciária adotará as medidas necessárias à sua correção, orientará o responsável pela empresa em caso de recolhimento indevido e procederá à notificação dos valores devidos. Alterado pelo Decreto n de 12/02/2007 DOU de 12/12/2007..
5 FINANCIAMENTO DO RAT Enquadramento no grau de risco De acordo com a ativ. econômica preponderante Mensal De responsabilidade da empresa Cabe ao Fisco rever A que ocupa na empresa o n de empregados e avulsos Relação de ativ. e graus de risco Anexo V do RPS
6 RAT Enquadramento no grau de risco (IN/SRP 03/2005, Art. 86, 1º, incisos I A V) Empresa com um estabelecimento e uma ativ. econômica Enquadra na respectiva atividade Empresa com um estabelecimento e mais de uma ativ. econômica Empresa com mais de um estabelecimento e diversas ativ. econômicas - RAT é único por empresa ( vale p/ matriz e filiais) Enquadra na atividade com maior n de empregados e trab. avulsos - Soma os segurados da mesma atividade em todos estabelecimentos - Enquadra na ativ. com o maior n de empregados e trab. avulsos - Enquadramento não computa segurados da atividade-meio (recepção, administração, faturamento, cobrança, contabilidade, segurança...)
7 CNAE CONSTRUÇÃO CIVIL (RPS, Anexo V, na redação do Decreto 6042/2007 CNAE DESCRIÇÃO % /00 Incorporação de empreendimentos imobiliários /00 Construção de edifícios /01 Construção de rodovias e ferrovias /02 Pintura, sinalização de pistas rodoviárias e aeroportos /00 Construção de obras de arte especiais /00 Obras de urbanização ruas, praças e calçadas /01 Const. Barragens, represas geração energ. Elétrica /02 Const. Estações redes distribuição energia elétrica /03 Manutenção redes distribuição energia elétrica /04 Construção estações e redes de telecomunicações 3
8 RAT Exemplos de enquadramento Construtora Alfa (não tem filiais) * 3 ativ.: edifício, ponte e urbanização - Enquadramento é mensal - Não considera segurados atividadesmeio Competência / Nº empregados Edifício CNAE /00 Risco 3% Ponte CNAE Risco 2% Urbanização CNAE /00 Risco 2% 06/ / CNAE Preponderante / /00 RAT na competência 3% 2%
9 RAT Exemplos de enquadramento Construtora Beta (matriz+filial) * 3 ativ.: edifício, urbanização e rodovia -RAT único por empresa -- Soma segurados mesma ativ. Nº Empregados Competência 08/2008 Matriz Filial Edifício 1 CNAE /00 Risco 3% Urbanização CNAE /00- Risco 2% Rodovia CNAE /01 Risco 2% Edifício 2 CNAE /00 Risco 3% 15 CNAE Preponderante /00 RAT na competência 3%
10 FINANCIAMENTO DO RAT/SAT Contribuição adicional do RAT para financiamento da aposentadoria especial TEMPO DE ATIVIDADE EMPREGADO E AVULSO COOPERADO PRODUÇÃO COOPERADO TRABALHO Lei 9.732/98 Lei /03 Lei nº /03 Base de cálculo S.C S.C Nota Fiscal 15 anos 12% 12% 9% 20 anos 9% 9% 7% 25 anos 6% 6% 5% Lei 9.032/95 CATEGORIA PROFISSIONAL EFETIVA EXPOSIÇÃO
11 FLEXIBILIZAÇÃO DAS ALÍQUOTAS DO RAT Critério atualmente adotado para definição de alíquota de financiamento do RAT não leva em consideração as condições do ambiente de trabalho. Criação do FAP pela MP 83/02 atual Lei /03 Veio para adequar o financiamento aos riscos do ambiente de trabalho e as normas de segurança aplicadas pela empresa à possibilidade de redução em até 50% e majoração em até 100% da alíquota do RAT em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequencia, gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo CNPS. Regulamentação do FAP Dec /2009 (art. 202-A) e Resolução MPS/CNPS 1.308, 27/05/2009 DOU 5/06/2009
12 EVENTOS CONSIDERADOS PARA O FAP Nova metodologia aprovada pela Resolução MPS/CNPS nº 1.308/09 (Anexo VII) revoga a metodologia aprovada pela Res. MPS/CNPS nº 1.269/06 Benefícios considerados, por empresa, para cálculo FAP: a) Auxílio doença acidentário (B91) b) Pensão por morte acidentária (B93) c) Aposentadoria por invalidez acidentária (B92) d) Auxílio acidente por acidente de trabalho (CAT) Auxílio doença previdenciário (B31) Excluídos Aposentadoria por invalidez previdenciária (B32) Excluídos
13 EVENTOS CONSIDERADOS PARA O FAP Fonte de dados: Banco de Dados DATAPREV (arrecadação e benefícios) Para cálculo dos índices de frequencia gravidade e custo apuramse os seguintes dados: 1) Registro da CAT para cada acidente ocorrido; 2) Arrecadação (CNIS-epresas): extrai-se por empresa dados relativos a massa salarial e nº de vínculos empregatícios; segmentos econômicos (CNAE), afastamentos, alíquotas RAT e valores devido a seguridade social 3) Benefícios (SUB): (CNIS)-trabalhador) Registros de benefícios acidentários que constam nos sistemas informatizados do INSS concedidos a partir de 04/2007 sob a nova abordagem dos nexos técnicos aplicáveis pela perícia médica do INSS, destacando-se aí o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário NTEP; 4) Expectativa de sobrevida segundo o IBGE
14 EVENTOS CONSIDERADOS PARA O FAP O MPS publicará anualmente, sempre no mesmo mês, no DOU, os róis dos percentis de frequencia, gravidade e custo por Subclasse da Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNAE (Portaria Interministerial MPS/MF nº 254/2009) e divulgará na rede mundial de computadores o FAP de cada empresa, com as respectivas ordens de frequência, gravidade, custo e demais elementos que possibilitem a esta verificar o respectivo desempenho dentro da sua CNAE-Subclasse. (Art. 202, 5º, Dec. nº 3.048/99) Para o cálculo anual do FAP, serão utilizados os dados de dois anos imediatamente anteriores ao ano de processamento. Excepcionalmente, o primeiro processamento do FAP utilizará os dados de abril de 2007 Para as empresas constituídas após janeiro de 2007, o FAP será calculado no ano seguinte ao que completar dois anos de constituição.
15 ANÁLISE DOS EVENTOS DO FAP AUXÍLIO DOENÇA ACIDENTÁRIO (B91) É o benefício que é pago ao segurado que ficar incapacitado para o trabalho por doença por mais de 15 dias consecutivos (art.59 da Lei n.8,213/91). O auxílio-doença é pago a partir: a) Do 16 dia para segurado empregado; b) Da incapacidade para os demais segurados ou; c) Do requerimento, quando requerido após 30 dias do afastamento da atividade, para todos os segurados
16 ANÁLISE DOS EVENTOS FAP Atestado médico: Ordem preferencial (, art.6 da Lei 605/49 c/c 1 e 2 art.12 do Dec /49 e Resolução/CFM 1.658/2002): Médico da empresa ou do convênio; Médico da Previdência Social que estiver filiado o empregado; Médico do SESC ou do SENAI; Médico de repartição federal, estadual ou municipal, incumbido assuntos de higiene e saúde pública; Médico de Sindicato; Inexistindo estes, na localidade em que trabalha,de médico de livre escolha do empregado;
17 ANÁLISE DOS EVENTOS DO FAP Cessação do benefício e novo afastamento dentro de 60 dias (art.75 do Dec. N 3.048/99 Regulamento da Previdência Social RPS; Apresentação de mais de um atestado médico Soma ( 5, art. 75 do Dec. N 3.048/99 acrescido pelo Dec. N 4.729, de 9/06/2003) Manutenção do benefício Perícia médica ( art.77 Dec. N 3.048/99 ) Alta programada e seus efeitos (Dec.n 5.844, 14/07/2006 e PT n 359, de 31/08/2006)
18 ANÁLISE DOS EVENTOS DO FAP Acidente do Trabalho Conceito Causalidade Direta Acidente Típico: O acidente do trabalho e aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, bem como com o segurado especial no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho (Art. 19 da Lei 8.213/91). Nexo causal: Deve existir um nexo entre o trabalho e o efeito do acidente. Causa é o efeito é tríplice Trabalho -- Acidente Incapacidade. Tipos de Incapacidade: Total, Temporária, parcial e permanente.
19 ANÁLISE DOS EVENTOS DO FAP Concausalidade - Equiparação ao acidente do trabalho: È o Acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação ( Lei n 8.213/91, Art.21, Inciso I). Pode ser anteveniente ou superveniente. Causalidade indireta: I - o acidente sofrido no local e no horário do trabalho II o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho;
20 ANÁLISE DOS EVENTOS DO FAP Intervalos para refeição e descanso são considerados como tempo de trabalho; Doença do trabalho ou profissional ( art.20 da Lei 8.213/91); A relação dos agentes causadores da doença do trabalho/ profissional esta prevista no Anexo II do Dec /1999 RPS Caracterização do acidente do trabalho é pela perícia médica do INSS verificando a ocorrência do Nexo Técnico Previdenciário entre o Trabalho e o agravo Art. 21-A da Lei 8.212/1991 acrescido pela Lei /2006 e IN/INSS/PRES 31/2008 (Anexo V)
21 NEXO TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO - NTP O NTP pode ser de natureza causal ou não, havendo 3 espécies: I Nexo Técnico Profissional ou do Trabalho, fundamentado nas associações entre patologias e exposições constantes das listas A e B do anexo II do Decreto n ; (passível de Recurso) II Nexo Técnico por Doença Equiparada a Acidente de Trabalho ou Nexo Técnico Individual, decorrente de acidentes de trabalho típicos ou de trajeto, bem como de condições especiais em que o trabalho realizado e com ele relacionado diretamente, nos termos do 2 do art. 20 da Lei n 8.213/91; (passível de Recurso) Lista B Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário NTEP : nexo entre a atividade da empresa (CNAE) e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada na CID, de acordo com a Lista C do anexo II do Dec. n.3048; (passível de Contestar e Recorrer) Lista C
22 NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO - NTEP A inexistência de NTEP não elide o nexo causal entre o trabalho e o agravo, cabendo à perícia médica a caracterização técnica do acidente do trabalho fundamentadamente (LCAT, PPRA, PPP), sendo obrigatório o registro e a análise do relatório do médico assistente, além dos exames complementares que eventualmente o acompanhem. A perícia médica do INSS poderá deixar de aplicar o NTEP mediante decisão fundamentada, quando dispuser de informações ou elementos circunstanciados e contemporâneos ao exercício da atividade que evidenciem a inexistência do nexo causal entre o agravo e o trabalho.
23 NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO - NTEP Contestação da Empresa: Poderá requerer a não aplicação do NTEP até 15 dias a contar da entrega do GFIP sob pena de não conhecimento da alegação em instância administrativa. Na impossibilidade de se efetuar o requerimento no prazo em função do não conhecimento tempestivo do diagnóstico do agravo, o requerimento poderá ser apresentado no prazo de 15 dias da data para entrega da GFIP do mês de competência da realização da perícia que estabeleceu o NTEP. A informação será disponibilizada para consulta pela empresa, por meio de endereço eletrônico ou subsidiariamente, pelo Comunicação do Requerimento CRER, entregue ao trabalhador. Das provas: Com o requerimento, deverá apresentar as alegações que entender necessárias e apresentará a documentação probatória, em duas vias, visando demonstrar a inexistência do NTEP
24 NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO - NTEP Contestação do empregado: A APS, mantedora do beneficio, encaminhará o requerimento e as provas produzidas à pericia médica, para análise prévia; Sempre que a instrução do pedido evidenciar a possibilidade de reconhecimento de inexistência do nexo técnico entre o trabalho e o agravo, o segurado será oficiado sobre a existência do requerimento da empresa, informando-lhe que poderá retirar uma das vias apresentada pela mesma para, querendo apresentar contra razões no prazo de 15 dias da ciência do requerimento. Com as contra razões, o segurado formulará as alegações que entender necessárias e apresentará a documentação probatória,com o objetivo de demonstrar a existência do nexo causal entre o trabalho e o agravo. A análise do requerimento e das provas produzidas será realizada pela pericia médica, cabendo ao setor administrativo da APS comunicar o resultado da análise à empresa e ao segurado.
25 NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO - NTEP Da decisão do requerimento cabe recurso com efeito suspensivo, por parte da empresa ou, conforme o caso, do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social CRPS ( art.305 a 310 do RPS) ; O INSS procederá à marcação eletrônica do benefício que estará sob efeito suspensivo, deixando para alterar a espécie após o julgamento do recurso pelo CRPS, quando for o caso; O recurso com efeito suspensivo não prejudica o pagamento regular do beneficio, desde que atendidos os requisitos de carência que permita a manutenção do reconhecimento do direito ao beneficio como auxilio-doença previdenciário.
26 NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO - NTEP A instituição do NTEP não desobriga a emissão da CAT pela empresa. Não cabendo multa pela não emissão quanto o enquadramento decorrer de NTEP. (parágrafo único, art.14 da IN/INSS n. 31/2008)
27 ANÁLISE DOS EVENTOS FAP Dolo do empregado descaracterização do acidente art. 171, 2. V, do Código Penal: Art Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. (...) 2º. Nas mesmas penas incorre quem: (...) Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;
28 ANÁLISE DOS EVENTOS FAP Responsabilidade Civil do empregador ( art7., XXVII, CF/88 e art. 121 da Lei n.8,213/91) Art.7... XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; Responsabilidade Civil ( artigos 186, 927 do Código Civil) Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Ação Regressiva do INSS contra empresa ( art.120 da Lei n /91 e art.12 da IN/INSS/PRES n. 31/2008)
29 ANÁLISE DOS EVENTOS FAP Responsabilidade penal art.132 do Código Penal Expor a vida ou saúde de outrem a perigo direto e iminente. Pena detenção, de 3 (três) meses a1 (um) ano, se o fato não constitui crime mais grave
30 ANÁLISE DOS EVENTOS FAP Estabilidade do Segurado ( art.118 da Lei 8.212/91) Art.118 O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantia, pelo prazo mínimo de 12 (Doze) meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independente de percepção de auxílio- acidente. Exame médico demissional desconsideração da rescisão ( Súmula.378, TST)
31 ANÁLISE DOS EVENTOS FAP COMUNICAÇÃO ACIDENTE DO TRABALHO. CAT Finalidade para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar à previdência social o acidente de trabalho ocorrido com seu empregado aposentado ou não. O acidente do trabalho deve ser comunicado havendo ou não afastamento do trabalho. Prazo : ate o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato. Penalidades: Multa variável de R$ 465,00 a R$ 3.218,90. Competência: Empresa, empregado, dependentes, sindicato, médico ou autoridade pública; Comunicação de Reabertura : deverão constar as mesmas informações da época do acidente, exceto quanto ao afastamento; ultimo dia trabalhado; atestado médico e data da emissão, que serão relativos a data da reabertura;
32 ANÁLISE DOS EVENTOS FAP Aposentadoria por Invalidez (B92) É o benefício a que tem direito o segurado, quando for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Assistência Permanente Acréscimo de 25% ao valor do beneficio ( Anexo I do Dec.3.048/99 traz a relação de situações em que o aposentado por invalidez terá direito ao acréscimo);
33 ANÁLISE DOS EVENTOS FAP Cessação do benefício ( art.47, Lei n /91) I Quando a recuperação for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará: A) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa ao se aposentar; B) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxiliodoeça e da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados.
34 ANÁLISE DOS EVENTOS FAP Cessação do benefício ( art.47, Lei n /91) quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia. valor integral, durante 6 (seis) meses; b) com redução de 50% (cinqüenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses; c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente.
35 ANÁLISE DOS EVENTOS FAP Pensão por morte acidentária ( B 93) A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentando ou não, a contar da data. Do óbito, quando requerida até 30 dias depois deste; Do requerimento, quando requerida após as 30 dias do óbito; Da decisão judicial, no caso de morte presumida. Rateio do beneficio : havendo mais de um beneficiário, será rateado Relação dependentes Art.291, V, CF,q88 e art. 16 da Lei 8.213/91)
36 ANÁLISE DOS EVENTOS FAP Auxílio Acidente ( B94) Benefício concedido, como indenização, ao segurado empregado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza resultarem em sequela definitiva que implique a redução da capacidade de trabalho ou a impossibilidade de desempenhar a função que exercia na época do acidente. Anexo III do Dec.3028/99 RPS traz a relação de situações que dão direito ao auxílio-acidente)
37 Prevenção dos Riscos no Ambiente de trabalho A empresa é responsável pelo controle de acidentes do trabalho e doenças profissionais e, por cuidar de maneira geral da saúde e segurança de seus empregados. Prevenção técnica do acidente do trabalho é encargo da engenharia de segurança e da medicina do trabalho. Normas de Segurança CLT art. 154 a 201. Pt/Mtb n.3.214/78 Art.200 da CLT 33 Normas Regulamentadoras
38 Prevenção dos Riscos no Ambiente de trabalho NR n.05 CIPA Elaboração do Mapa Riscos; NR n.09 PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; NR n 07 PCMSO Exames Médicos; O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: 1. Admissional; 2. Periódico; 3. De retorno ao trabalho; 4. Mudança de função; 5. Demissional;
39 Prevenção dos Riscos no Ambiente de trabalho Riscos do ambiente de trabalho Os riscos estão presentes nos locais de trabalho e em todas as demais atividades humanas comprometendo a Segurança das pessoas e a produtividade da empresa; Esses riscos podem afetar o trabalhador a curto, médico e longo prazo, provocando acidentes com lesões imediatas, doenças profissionais ou do trabalho; Tipos de Riscos: Riscos Físicos: ruídos, vibrações, radiações ionizantes... Riscos Químicos: poeiras, fumos, névoas, vapores...
40 Prevenção dos Riscos no Ambiente de trabalho Riscos Biológicos: vírus, bactérias, protozoários, fungos; Riscos Ergonômicos: Trabalho físico pesado, posturas incorretas,... Riscos Acidentais: Acomodação física inadequada, máquinas e equipamentos sem proteção...
41 GESTÃO DO PROGRAMA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Em face da criação do FAP e NTP todo cuidado é pouco em matéria de SST; A empresa deve tratar o SST com parte do seu negócio vinculado sua ações ao processo produtivo; Conscientização para melhoria constante da qualidade de vida dos trabalhadores, da produtividade e rentabilidade econômica e principalmente a redução de agravos a saúde.
42 Prevenção dos Riscos no Ambiente de trabalho Recomendações Gerais: Empresa deve confrontar diagnósticos do médico particular do empregado, se houver,com os do médico próprio ou contratado por ela; Em caso de afastamento contínuos dever ser efetuada investigação do local de trabalho verificando eventual e possível nexo causal, seja em problemas físicos sem problemas psicológicos; Todos os empregados afastados por muito tempo deverão ser periodicamente convocados para exame do departamento médico da empresa, Todos esses casos devem ser listados e acompanhados, comunicando ao RH essas situações para que possa proceder a investigação do local de trabalho junto com o setor de segurança e detectação de problemas que devam ser sanados.
43 CÁLCULO DO FAP FAP é o mecanismo que permite à Previdência Social, de acordo com o desempenho da empresa na área de segurança e medicina do trabalho, aumentar em até 100% ou diminuir em até 50% as alíquotas de contribuição para financiar os Riscos do Ambiente de Trabalho RAT
44 CÁLCULO DO FAP Por atividade econômica CNAE- Subclasse % sobre o salário de contribuição Grau Leve % Grau Médio 2% Grau Grave % FAP MULTIPLICADOR 0,5000 1,0000 2,0000 0,50% 1,00% 2,00% 1,00% 2,00% 4,00% 1,50% 3,00% 6,00%
45 CÁLCULO DO FAP Metodologia do Calculo (Res.MPS/CNPS n.1.308/2009) O calculo do FAP é realizado em 3 etapas; 1 Etapa: consiste no cálculo dos índices de frequencia, gravidade e custo para a empresa a partir dos dados apurados no período base (abril 2007 a dezembro 2008) ; 2 Etapa: consiste no cálculo do percentil de ordem para cada índice, frequencia, gravidade e custo; 3 Etapa: consiste no cálculo do índice composto a partir do percentil do ordem de cada índice, frequencia, gravidade e custo. O índice composto é o valor do FAP que deverá ser multiplicado pela alíquota de contribuinte (1%, 2% e 3%), definida pela CNAE preponderante.
46 CÁLCULO DO FAP 1 Etapa calculo dos índices de frequencia, Gravidade e custo. I INDICE DE FREQUENCIA : Indica a incidência da acidentalidade em cada empresa. Para esse índice são computadas as ocorrências acidentárias registradas por meio de CAT e os benefícios das espécies B91 e B93 sem registro de CAT, ou seja, aqueles que foram estabelecidos por nexos técnicos, inclusive por NTEP. Podem ocorrer casos de concessão de B92 e B94 sem a precedência de um B91 e sem a existência de CAT e nestes casos serão contabilizados com registros de acidentes ou doenças do trabalho. IF = ( número de acidentes \ n médio de vínculos) x 1.000
47 1 Etapa calculo dos índices de frequencia, Gravidade e custo. II - INDICE DE GRAVIDADE : Indica a gravidade das ocorrências acidentárias sem cada empresa. Para esse índice são computados todos os casos de afastamento acidentário por mais de 15 dias, os casos de invalidez e morte acidentárias, de auxílio-doença acidentário e de auxílio-doença acidente. È atribuído pelo diferente para cada tipo de afastamento em função da gravidade da ocorrência. Para morte o peso atribuído é de 0,50, para invalidez é 0,30, para auxílio-doença o peso é de 0,10 e para auxílio-acidente o peso é de 0,10. IG = [(número de benefícios auxilio doença por acidente B91 x 0,1) + (número de benefício por invalidez B92 x 0,3) + ( número de benefícios por morte B92 x 0,5) + ( o numero de benefícios auxilio acidente B94 x 0,1)] numero médio de vínculos x 1.000
48 CÁLCULO DO FAP 1 Etapa calculo dos índices de frequencia, Gravidade e custo II INDICE DE CUSTO: Representa o custo dos benefícios por afastamento cobertos pela previdência. Para esse índice são computados os valores pagos pela Previdência em rendas mensais de benefícios. No caso do auxílio-doença (B91), o custo é calculado pelo tempo de afastamento, em meses e fração de mês, do trabalhador. Nos casos de invalidez, parcial ou total, e morte, os custos são calculados fazendo um projeção da expectativa de sobrevida a parir da tábua completa de mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, para toda a população brasileira, considerando-se a média nacional única par ambos sexos.
49 CÁLCULO DO FAP 2 Etapa Cálculo do Percentil de Ordem dos Índices de Frequencia, Gravidade e Custo Após o cálculo dos índices de frequencia, de gravidade e de custo, são atribuídos os percentis de ordem par as empresas por setor (subclasse da CNAE) para cada um desses índices; A empresa com menor índice de frequencia de acidentes e doenças do trabalho no setor, por exemplo,, recebe o menor percentual 50% e o estabelecimento com a maior frequencia acidentária recebe 100%. O percentil é calculado com os dados ordenados de forma ascendente. PERCENTIL = 100 X [(Nordem 1) \ (n-1)] Onde : n = numero de estabelecimentos na subclasse; Nordem = posição do índice no ordenamento da empresa na Subclasse.
50 CÁLCULO DO FAP 3 Etapa Cálculo do índice composto FAP A partir dos percentuais de ordem é criado um índice composto, atribuído, ponderações aos percentis de ordem de cada índice. O critério das ponderações para a criação do índice composto pretende dar o peso maior par a gravidade (0,50), de modo que os eventos morte e invalidez tenham maior influência no índice composto. A frequencia recebe o segundo maior peso (0,35) garantido que a frequencia da acidetadalidade também seja relevante para a definição do incide composto. Por último o menor peso (0,15) é atribuído ao custo. O índice composto calculado para cada empresa é multiplicado por a,02 para a distribuição dos estabelecimentos dentro de um determinado CNAE 0 Subclasse faria de 0 a 2. Os valores inferiores a 0,5 receberão o valor de a,5 que é o menor fator acidentário. IC = [( 0,50 x percentil de gravidade) + ( 0,35 x percentil de frequencia ) + (0,15 x percentil de custo)] x 0,2
51 CÁLCULO DO FAP Caso a empresa apresente casos de morte ou invalidez permanente, seu valor do FAP não pode ser inferior a 1,0, para que a alíquota da empresa não seja inferior a alíquota de contribuições da sua área econômica, prevista no Anexo V do RPS, salvo a hipótese de a empresa comprovar de acordo com regras do INSS, investimentos em recursos materiais, humanos e tecnológicos em melhoria na segurança do trabalho, com o acompanhamento dos sindicatos dos trabalhadores e dos empregados.
52 CÁLCULO DO FAP Excepcionalmente, no primeiro ano de aplicação do FAP, nos caos, exclusivamente, de aumento das alíquotas de 1%, 2% e 3%, estas serão majoradas, observando o mínimo equivalente à alíquota de contribuição da sua área econômica, em, apenas 75% da parte do índice apurado que exceder a um, e desta forma consistirá num multiplicador variável num intervalo contínuo de um inteiro a um inteiro e setenta e cinco décimos (1,75) e será aplicado com quatro casas decimais, considerando o critério de arredondamento, a ser aplicado à respectiva alíquota.
53 TAXA MÉDIA DE ROTATIVIDADE - TMR Após o calculo do FAP não será concedida a bonificação (redução) para as empresas cuja taxa média de rotatividade for superior a 75%; Aplicação Justificativa : A taxa média de rotatividade faz parte do modelo do FAP para evitar que as empresas que mantêm por mais tempo os seus trabalhadores sejam prejudiciais por assumirem toda a acidentalidade.
54 TAXA MÉDIA DE ROTATIVIDADE - TMR A taxa média da rotatividade do CNPJ consiste na média aritmética resultante das taxas de rotatividade verificadas anualmente na empresa, considerando o período total de dois anos. Calculo: A taxa de rotatividade anual é a razão entre o número de admissões ou de rescisões (considerando-se sempre o menor), sobre o numero de vínculos na empresa no início da cada ano de apuração, excluídas as admissões que representam apenas crescimento e as rescisões que representarem diminuição do número de trabalhadores do respectivo CNPJ
55 CÁLCULO DA TMR Taxa de Rotatividade Anual: = N de admissões ou demissões 100 N de vínculos no início do ano TMR = Média das taxas de Rotatividade Anuais dos últimos 2 anos Aplicação da Taxa Média de Rotatividade: As empresas que apresentam taxa média de rotatividade acima de 75% não poderão receber redução de alíquota do FAP, salvo se comprovarem que tenham sido salvo se comprovarem que tenham sido observadas as normas de Saúde e Segurança do Trabalho em caso de demsisões voluntárias ou término da obra.
56 Renato Gouvêa dos Reis Advogado, Pós-Graduado em Direito da Economia e da Empresa e também em Direito do Trabalho. renato@gdr.adv.br
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