Professor Fernando Aprato 1
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- Malu Neiva Lopes
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1 RECURSOS DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO Prova de Técnico do Seguro Social do INSS - Modelo 1 - Caderno de prova B02 - Tipo 002 Questão nº 29 Prova tipo João fora casado com Maria, com quem teve três filhos, João Junior, de 22 anos e universitário; Marília, com 18 anos e Renato com 16 anos, na data do óbito de João, ocorrido em dezembro de João se divorciara de Maria que renunciou ao direito a alimentos para si. Posteriormente, João veio a contrair novas núpcias com Norma, com quem manteve união estável até a data de seu óbito. Norma possui uma filha, Miriam, que mora com a mãe e foi por João sustentada. Nessa situação, são dependentes de João, segundo a legislação previdenciária: (A) Marília, Renato, Miriam e Norma. (B) Maria, João Junior, Marília, Renato e Norma. (C) João Junior, Marília, Renato, Maria, Norma e Miriam. (D) João Junior, Marília e Renato. (E) João Junior, Maria, Marília, Renato e Norma. O gabarito oficial é letra A. Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido; 3º Equiparam-se aos filhos, nas condições do inciso I, mediante declaração escrita do segurado, comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no 3º do art. 22, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e desde que não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação. De acordo com o art. 16, inciso I do RPS a idade limite para ser considerado dependente do segurado é 21 anos, ou seja, o filho ou equiparado tem que possuírem menos de 21 anos para serem considerados dependentes do segurado. Observe que o examinador não informa a idade de Miriam, requisiti indispensável para se aferir a qualidade de dependente do segurado, portanto, não há como afirmar que Miriam faz parte do conjunto de dependentes de João. Pelo acima exposto, não há nenhuma alternativa correta, portanto, solicito que a questão seja ANULADA. Professor Fernando Aprato 1
2 Questão nº 31 Prova tipo João montou seu próprio negócio em 2010, obteve receita bruta, no ano-calendário anterior, de R$ ,00 (trinta mil reais) e é optante do Simples Nacional. João não pretende receber aposentadoria por tempo de contribuição. Nessa situação, a contribuição previdenciária a ser recolhida por João é de (A) 11% (onze por cento) do limite mínimo do salário de contribuição. (B) 8% (oito por cento) do limite mínimo do salário de contribuição. (C) 9% (nove por cento) do limite mínimo do salário de contribuição. (D) 5% (cinco por cento) do limite mínimo do salário de contribuição. (E) 20% (vinte por cento) do limite mínimo do salário de contribuição. O gabarito oficial é letra D. Ocorre que a opção A também pode ser considerada correta. Para resolvermos a questão há necessidade de conhecimentos sobre a Lei Complementar 123/2006(Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte), matéria esta que não consta do conteúdo programático do edital 01/2011. Ainda que admitamos a figura do MEI, há outra falha que se pode constatar na questão, que é em relação ao período em que se dá a contribuição a ser recolhida por João, se é referente a 2010, 2011 ou Observe que a questão nos informa, de forma vaga, a receita bruta no ano-calendário anterior a 2010, portanto, não há informações claras se a contribuição é referente a 2010, 2011 ou De acordo com o art. 21, 2 o da Lei n 8.212/91, na redação da LC 123/2006, a alíquota de contribuição do segurado contribuinte individual que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado que optar pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição é de 11% (onze por cento) sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição. Essa era a regra de contribuição até vigência da MP 529/2011, que produziu efeitos a partir do dia 1/5/2011. Lei n 8.212/91 Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição. 2 É de 11% (onze por cento) sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-decontribuição a alíquota de contribuição do segurado contribuinte individual que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, e do segurado facultativo que optarem pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição. Em 7 de abril de 2011 foi publicada a Medida Provisória n 529 (convertida na Lei n , de 31 de agosto de 2011), com produção de feitos a partir do dia 1 de maio de 2011, alterando a redação do 2 do art. 21 da Lei n 8.212/91. Lei n 8.212/91 Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição. 2o No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição será de: (Redação dada pela Lei nº , de 2011) I - 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual, ressalvado o disposto no inciso II, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado facultativo, observado o disposto na alínea b do inciso II deste parágrafo; (Incluído pela Lei nº , de 2011) II - 5% (cinco por cento): (Incluído pela Lei nº , de 2011) a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; Professor Fernando Aprato 2
3 Observe que se a contribuição se deu até abril de 2011 a alíquota do MEI será de 11%, porém, se a contribuição se deu a partir da competência maio de 2011 a alíquota do MEI será de 5%. Pelo acima exposto, dependendo do período em que se deu o recolhimento, a alternativa correta pode ser a letra A ou letra D, portanto, solicito que a questão seja ANULADA. Questão nº 38 Prova tipo João trabalhou na lavoura em sua pequena propriedade, sem o auxílio de terceiros, salvo de sua família, no período de janeiro de 1975 a 1990, sem contribuição, ocasião em que mudou-se para a cidade e passou a exercer a função de pedreiro, como empregado de uma construtora, até completar 60 anos, em janeiro de Nessa situação, João (A) não terá direito a aposentar-se por idade em (B) não possui a carência exigida par aposentar-se por idade em (C) terá direito a aposentar-se por idade em (D) terá direito a aposentar-se por tempo de contribuição em (E) terá direito à aposentadoria especial em O gabarito oficial é letra A. De acordo com o art. 48 da Lei n 8.213/91, a aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher. O examinador nos informa que João de 1975 a 1990 na lavoura (15 anos de atividade rural). Posteriormente mudou-se para a cidade e passou a exercer atividade remunerada de pedreiro, como empregado em uma construtora. Há também a informação de que em janeiro de 2011 João completou 60 anos de idade. No período de 1990 a janeiro de 2011, João exerceu a atividade de pedreiro, na qualidade de segurado empregado, contando com 21 anos e 1 mês de contribuição nessa qualidade. Se somarmos o tempo de serviço na lavoura 15 anos com o tempo de contribuição na qualidade de segurado empregado, João possui 36 anos e 1 mês. De acordo com o art. 56 o Regulamento da Previdência Social (Decreto n 3.048/99), a aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao segurado após trinta e cinco anos de contribuição, se homem, ou trinta anos, se mulher De acordo com o art. 60, inciso X do Regulamento da Previdência Social (Decreto n 3.048/99): Art. 60. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo de contribuição, entre outros:. X - o tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior à competência novembro de 1991; Pelo acima exposto concluímos que João não poderá se aposentar por idade, mas pode se aposentar por tempo de contribuição, o que nos leva a duas alternativas corretas letra A e D. Pelo acima exposto solicita-se que a questão seja ANULADA. Professor Fernando Aprato 3
4 Questão nº 45 Prova tipo Maria trabalhou de 02 de janeiro de 1990 até 02 de fevereiro de 2005 como empregada de uma empresa, desligando-se do emprego para montar um salão de beleza. Apesar de ter passado á categoria de contribuinte individual, deixou de recolher contribuições para a Previdência Social durante dois anos, até fevereiro de Nessa situação, o período de graça de Maria é de (A) 12 (doze) meses. (B) 24 (vinte e quatro) meses. (C) 36 (trinta e seis) meses. (D) 48 (quarenta e oito) meses. (E) 60 (sessenta) meses. O gabarito oficial é letra B De acordo com o art. 13, Inciso II do RPS, o período de graça é de: II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até vinte e quatro meses, se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. Observe que o período de graça só será considerado se o segurado deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração. Na assertiva em tela o examinador afirma que Maria passou a categoria de segurado obrigatório na qualidade de contribuinte individual, portanto, Maria está exercendo atividade remunerada e nessa situação não há que se falar em período de graça. Pelo acima exposto solicita-se que a questão seja ANULADA. Questão nº 48 Prova tipo José recebe aposentadoria especial no Regime geral de Previdência social. Nessa situação, José (A) não poderá retornar à função que ocupava anteriormente á aposentadoria. (B) gozará de isenção da contribuição previdenciária se retornar ao mercado de trabalho. (C) está inválido para o exercício da atividade laborativa. (D) deve provar o nexo causalidade entre o agente nocivo e o trabalho desempenhado. (E) não poderá retornar ao mercado de trabalho. Gabarito oficial é letra A De acordo com o art. 57 da Lei n 8.213/91, a aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. O art. 57, 8º da Lei n 8.213/91, manda o legislador aplicar o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste artigo que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. O art. 46 da Lei n 8.213/91, comanda que aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno. Pelo acima exposto podemos concluir que o segurado beneficiado com aposentadoria especial poderá retornar á função que desempenhava anteriormente a aposentadoria. Se retornar á função que desempenhava antes da aposentadoria ou voltar a exercer atividade laborativa que enseje aposentadoria especial, terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno. Professor Fernando Aprato 4
5 Pelo acima exposto verifica-se que não há nenhuma letra correta, portanto, solicito que a questão seja ANULADA. Questão nº 55 Prova tipo José foi segurado da Previdência Social até janeiro de 2010 e recebia a título de auxílio-doença R$ 580,00 (quinhentos e oitenta) reais. Nessa ocasião, envolveu-se com drogas e foi recolhido à prisão em regime fechado, fugindo em julho de Ele foi casado com Lídia com quem teve dois filhos, menores de 21 anos, na data do recolhimento à prisão. Posteriormente à prisão, Lídia separou- se de José e casou-se com João, em janeiro de Nessa situação, (A) o auxílio-reclusão será devido à Lídia, desde a data da prisão até suas novas núpcias. (B) o auxílio-reclusão será devido aos filhos de José, desde o recolhimento à prisão até que completem 21 anos. (C) Lídia não poderá receber auxílio-reclusão. (D) nenhum dependente poderá receber o auxílio-reclusão. (E) o auxílio-reclusão será devido a todos os dependentes, da data do recolhimento à prisão até a data da fuga. Gabarito oficial é letra E Observe que o examinador afirma que José foi segurado da previdência até janeiro de 2010 e recebia a título de auxílio-doença R$ 580,00. Podemos aferir que em Janeiro de 2010 José estava em gozo de auxílio-doença. De acordo com o art. 80 da Lei n 8.213/91, o auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço. Portanto, se José foi recolhido á prisão em janeiro de 2010, quando estava em gozo do auxílio-doença, seus dependentes não terão direito ao recebimento do auxílio-reclusão. Podemos aferir que após janeiro de 2010 José não era mais segurado da Previdência Social. Portanto, se José foi recolhido à prisão após janeiro de 2010, quando não detinha a posse da qualidade se segurado, seus dependentes não terão direito ao recebimento do auxílio-reclusão. Se levarmos em conta as considerações acima o gabarito correto é a letra D. Observe que o examinador afirma que ele (José) foi casado com Lídia com quem teve dois filhos, menores de 21 anos, na data do recolhimento à prisão. Posteriormente à prisão, Lídia separou- se de José e casou-se com João, em janeiro de Não há informação de que após a separação que Lídia passou a receber pensão alimentícia. O art. 80 da Lei n 8.213/91 comanda que o auxílio-reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte, ou seja, para efeito de dependentes e da perda da qualidade de dependentes devemos nos reportar ás regras da pensão por morte. De acordo com art. 76, 2º da Lei nº 8.213/91, 2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 16 desta Lei. Portanto, conclui-se que Lídia só concorrerá ao recebimento do auxílio-reclusão, se na data do recolhimento de João á prisão, a mesma estivesse recebendo pensão alimentícia do mesmo. Pelo acima exposto não há como manter o gabarito da letra E. Solicito a troca de gabarito da letra E para a letra D. Professor Fernando Aprato 5
6 Questão nº 58 Prova tipo José trabalhou como empregado na empresa São João Ltda., no período de 01/09/2004 a 01/09/2007, quando pediu demissão do emprego. Voltou a trabalhar em julho de 2010 e no terceiro mês de trabalho, outubro de 2010, foi acometido de apendicite que o impedia de exercer suas atividades habituais. Nessa situação, José (A) não terá direito ao auxílio-doença. (B) terá direito ao auxílio-doença. (C) terá direito à aposentadoria por invalidez. (D) terá direito ao auxílio-acidente. (E) não terá direito à aposentadoria por invalidez. Gabarito oficial é letra A Observe que o examinador afirma que José trabalhou como empregado no período de 01/09/2004 a 01/09/2007 (36 contribuições), voltou a trabalhar em julho de 2010 e no terceiro mês de trabalho, outubro de 2010, foi acometido de apendicite que o impedia de exercer suas atividades habituais. Ora outubro de 2010 não é o terceiro mês de trabalho de José e sim o quarto mês (julho, agosto, setembro e outubro). Portanto, após ter voltado a laborar José possui quatro contribuições. De acordo com o art. 27-A do Regulamento da Previdência Social (Decreto n 3.048/99). havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa perda somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao Regime Geral de Previdência Social, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência. De acordo com o art. 25 da Lei n 8.213/91, a concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência: I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais; Pelo acima exposto observamos que José, quando foi acometido de apendicite, já conta com 4 contribuições, que equivale a 1/3 de 12 contribuições, portanto, José pode computar as contribuições anteriores a perda da qualidade de segurado (36 contribuições) para efeito de carência, portanto, José tem direito ao recebimento do auxílio-doença. Pelo acima exposto não há como manter o gabarito da letra A. Solicito a troca de gabarito da letra A para a letra B. Professor Fernando Aprato 6
Quadro comparativo do Projeto de Lei do Senado nº 253, de 2005
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