Literatura Portuguesa I. 3º Período

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1 Literatura Portuguesa I 3º Período Kyldes Batista Vicente Letras_3oPeriodo.indb 3 26/11/ :30:38 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 301 of 610 APROVADO

2 FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS Reitor Humberto Luiz Falcão Coelho Vice-Reitor Lívio William Reis de Carvalho Pró-Reitor de Graduação Galileu Marcos Guarenghi Pró-Reitor de Pós-Graduação e Extensão Claudemir Andreaci Pró-Reitora de Pesquisa Antônia Custódia Pedreira Pró-Reitora de Administração e Finanças Maria Valdênia Rodrigues Noleto Diretor de EaD e Tecnologias Educacionais Marcelo Liberato Coordenador Pedagógico Geraldo da Silva Gomes Coordenadora do Curso Kyldes Batista Vicente MATERIAL DIDÁTICO Organização de Conteúdos Acadêmicos Kyldes Batista Vicente Coordenação Editorial Maria Lourdes F. G. Aires Assessoria Editorial Darlene Teixeira Castro Katia Gomes da Silva Revisão Digital Katia Gomes da Silva Projeto Gráfico Douglas Donizeti Soares Irenides Teixeira Katia Gomes da Silva Ilustração Geuvar S. de Oliveira Capa Fábio Varanda Carneiro Material Didático Equipe Fael Coordenação Editorial Leociléa Aparecida Vieira Assessoria Editorial William Marlos da Costa Revisão Juliana Camargo Horning EADCON EMPRESA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA LTDA Programação Visual e Diagramação Denise Pires Pierin Kátia Cristina Oliveira dos Santos Rodrigo Santos William Marlos da Costa Diretor Presidente Luiz Carlos Borges da Silveira Diretor Executivo Luiz Carlos Borges da Silveira Filho Diretor de Desenvolvimento de Produto Márcio Yamawaki Diretor Administrativo e Financeiro Júlio César Algeri Letras_3oPeriodo.indb 4 26/11/ :30:39 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 302 of 610 APROVADO

3 A literatura é um dado da cultura. A reorganização da realidade engendrada por ela envolve dois momentos: o primeiro refere-se aos dados que são fornecidos ao artista pelo universo; o segundo diz respeito à transformação destes mesmos dados em linguagem. A análise de um texto literário exige que o situemos no tempo e no espaço, o que significa examinar suas relações com os demais fenômenos culturais da época em que foi produzido. O escritor vive ou viveu em um determinado momento histórico. Tem sua maneira específica de analisar o mundo como qualquer um de nós (visão de mundo). Embora seja individual, a visão de mundo recebe influências do meio em que cada um vive ou viveu: nenhum escritor deixa de incorporar em suas obras certos traços de época, concordando com eles ou questionando-os. O público são os indivíduos que, após lerem a obra, podem dar sua opinião sobre ela. Um mesmo texto literário pode ser preferido por uns e desprezado por outros. O gosto individual não é inato. Ele recebe influências do meio social e do momento histórico de cada indivíduo. Escritor, obra e público relacionam-se num processo de troca de influências, constituindo o chamado sistema literário. O estudo de Literatura Portuguesa, como de qualquer outra, deve partir da compreensão dos aspectos históricos, sociais, culturais e políticos que a envolvem. Este caderno possui doze lições de Literatura Portuguesa: A formação de Portugal: aspectos históricos e geográficos; Cantigas trovadorescas; Traços Gerais do Humanismo em Portugal; O teatro popular: Gil Vicente; Traços Gerais do Classicismo em Portugal; A lírica camoniana: sonetos; Os Lusíadas: a epopéia portuguesa; O Barroco em Portugal; Arcadismo ou Neoclassicismo em Portugal; Traços Gerais do Romantismo; O Primeiro Momento do Romantismo em Portugal; Segundo e Terceiro Momentos do Romantismo em Portugal. Que este material lhe permita o máximo aproveitamento possível da disciplina em questão. Boa sorte! Prof. Kyldes Batista Vicente Apresentação Letras_3oPeriodo.indb 5 26/11/ :30:39 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 303 of 610 APROVADO

4 EMENTA A poesia trovadoresca em Portugal. Gil Vicente, autores do Humanismo português. O Classicismo: obra épica e lírica de Camões. O pré-romantismo na obra de Bocage. Romantismo: estrutura social e histórica portuguesa, características, principais autores e obras. OBJETIVOS Plano de Ensino Apresentar a Literatura Portuguesa no quadro histórico da formação e evolução da Nação lusa. Promover a aproximação com os autores mais representativos da Literatura Portuguesa das origens ao Romantismo. Relacionar as obras literárias com o contexto histórico e identificar sua contribuição para a literatura universal. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO A formação de Portugal: aspectos históricos, geográficos e a poesia trovadoresca Humanismo português: a crítica social a partir do teatro popular de Gil Vicente O Classicismo: obra épica e lírica de Camões Elementos formadores do Barroco em Portugal Arcadismo ou Neoclassicismo: Bocage e a poesia pré-romântica Romantismo: estrutura social e histórica portuguesa, características, principais autores e obras Letras_3oPeriodo.indb 6 26/11/ :30:39 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 304 of 610 APROVADO

5 BIBLIOGRAFIA BÁSICA MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa. São Paulo: Cultrix, A literatura portuguesa através dos textos. São Paulo: Cultrix, SANTILLI, Maria Aparecida. Paralelas e Tangentes: Entre Literaturas de Língua Portuguesa. São Paulo: Arte e Ciência, SARAIVA, Antonio José. Iniciação à Literatura Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, SPINA, Segismundo. A Cultura Literária Medieval. São Paulo: Ateliê, BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BERARDINELLI, Cleonice. Estudos camonianos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, CITELLI, Adilson O. Romantismo. São Paulo: Ática, LOURENÇO, Eduardo. Mitologia da saudade. São Paulo: Companhia das Letras, Nau de Ícaro e Imagem e Miragem da Lusofonia. São Paulo: Companhia das Letras, MOISÉS, Massaud (org.). A literatura portuguesa em perspectiva. Classicismo, Barroco, Arcadismo. São Paulo: Atlas, A literatura portuguesa em perspectiva. Romantismo, Realismo. Vol. 3. São Paulo: Cultrix, RODRIGUES, Antonio Medina; DACIO AN, Francisco Achcar. Literatura Portuguesa. São Paulo: Ática, SPINA, Segismundo. Era Medieval - vol. 1. São Paulo: Difel, Letras_3oPeriodo.indb 7 26/11/ :30:39 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 305 of 610 APROVADO

6 Aula 1 A formação de Portugal: aspectos históricos e geográficos... 9 Aula 2 Cantigas Trovadorescas Aula 3 Traços Gerais do Humanismo em Portugal Aula 4 O teatro popular: Gil Vicente Aula 5 Traços Gerais do Classicismo em Portugal Aula 6 A lírica camoniana: sonetos Aula 7 Os Lusíadas: a epopéia portuguesa Aula 8 O Barroco em Portugal Aula 9 Arcadismo ou Neoclassicismo em Portugal Aula 10 Traços Gerais do Romantismo Aula 11 O Primeiro Momento do Romantismo em Portugal Sumário Aula 12 Segundo e Terceiro Momentos do Romantismo em Portugal Letras_3oPeriodo.indb 8 26/11/ :30:39 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 306 of 610 APROVADO

7 Aula 1 A formação de Portugal: aspectos Objetivos Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: compreender aspectos históricos da formação portuguesa; perceber a localização geográfica de Portugal no contexto da Europa Ocidental; conscientizar-se da periodização da literatura portuguesa em suas eras e época. Pré-requisitos Para compreensão dos conceitos trabalhados nesta aula, é importante que você tenha o entendimento da Idade Média como etapa do desenvolvimento histórico da humanidade, que se define por uma sociedade hierarquizada e com tendências à imutabilidade, e que tem na ideologia da Igreja o sustentáculo de suas pretensões e realizações. Introdução Nesta aula apresentaremos a você a fisionomia cultural portuguesa em suas relações com a América e com a África, sua localização geográfica, formato, extensão e limites. Faremos, também, considerações sobre os reflexos da localização do território português sobre sua produção literária. A relevância da poesia no contexto da literatura portuguesa é outro ponto abordado, bem como a poesia contemporânea portuguesa e suas oscilações entre atitudes tradicionais e revolucionárias. Entre as tendências contemporâneas, destacamos o Neo-Realismo: literatura social e engajada que faz a denúncia da miséria dos pobres em contraponto com a opulência dos ricos. A crítica literária também é considerada nesta lição, a ela, se seguem os nove momentos evolutivos da literatura portuguesa. Os aspectos históricos da formação de Portugal constituem o conteúdo com que fechamos esta aula. 9 Letras_3oPeriodo.indb 9 26/11/ :30:39 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 307 of 610 APROVADO

8 1.1 Primeiras aproximações sobre Portugal e a Literatura Portuguesa País europeu de fisionomia particularmente voltada para a América e para a África e situado no Sudeste da Europa, Portugal ocupa a porção Ocidental da Península Ibérica, uma área de formato retangular, com km² na parte continental. No sentido Norte-Sul, possui 560km de comprimento. No sentido Leste- Oeste, da fronteira espanhola à Costa Atlântica, não ultrapassa 220km. Limita-se, geograficamente, com a Espanha (ao Norte e a Leste) e com o Oceano Atlântico (a Oeste e ao Sul). Além da parte continental, Portugal possui regiões autônomas: as Ilhas dos Açores (2.247km²) e a da Madeira (794km²), no Atlântico. Com elas, o país perfaz um território de km². Trata-se, como você pode perceber, de uma faixa de terra entre a Espanha e o Oceano Atlântico. Essa localização do território português define algumas características de seu povo, muitas vezes refletidas em sua produção literária. A angústia geográfica é uma delas. Por causa dessa angústia, o escritor português opta pela fuga ou pelo apego à terra. A fuga dá-se para o mar, o desconhecido ou, transcendendo a estreiteza do solo físico, para o plano metafísico. A Literatura Portuguesa, portanto, oscila entre posições extremas, indo do lirismo de raiz ao sentimento hipercrítico, que faz dela um espaço de denúncia e/ou de resistência, na busca da construção de uma sociedade mais justa. Letras_3oPeriodo.indb 10 26/11/ :30:40 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 308 of 610 APROVADO

9 A Literatura Portuguesa é rica de poetas. Sua poesia apelo metafísico, atração amorosa da terra ou sentimento superficial, confissão dos estados de alma resultantes dos embates afetivos adolescentes tem sido admirada, ao longo de nove séculos, dentro e fora do país. No mapa literário europeu, essa literatura se destaca pelas obras de Camões, Bocage, Antero de Quental, Fernando Pessoa e outros poetas. A poesia contemporânea portuguesa apresenta poetas e tendências as mais diversas, alternando atitudes tradicionais e revolucionárias na poesia de Jorge de Sena, Eugênio de Andrade e Sophia de Mello Breyner Andresen, seus poetas mais representativos. Essa poesia se deixa influenciar pelas experiências concretistas Letras_3oPeriodo.indb 11 26/11/ :30:42 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 309 of 610 APROVADO

10 brasileiras (Fiama Hasse Pais Brandão e Gastão Cruz) e pelo automatismo surrealista, por meio de elementos emprestados da música, da pintura, da teoria da comunicação e do cinema (Herberto Helder e Ana Hatherly). Mesmo assim, a poesia portuguesa contemporânea se encontra ofuscada pelo brilho da obra pessoana. Antes da Segunda Guerra Mundial, os escritores portugueses começaram a trilhar novos caminhos. A nova ordem mundial, constituída a partir de então, funciona como pano de fundo para uma nova realidade literária, que engloba várias tendências denominadas, grosso modo, Tendências Contemporâneas. O Neo-Realismo é uma dessas correntes. Firmou-se na década de 1940, desenvolvendo-se, principalmente, no romance. O Neo-Realismo produziu uma literatura muito mais voltada para o social, para a realidade exterior, na perspectiva da chamada literatura engajada, não se limitada a mostrar a miséria dos pobres em contraponto com a opulência dos ricos, mas em revelar as contradições de uma organização social em crise. Propunha-se, também, analisar a miserável condição da vida dos camponeses e do proletariado rural e a problemática do progresso industrial numa sociedade eminentemente agrária. O Neo-Realismo português costuma ser identificado com a literatura regionalista do Nordeste brasileiro. José Lins do Rego, Rachel de Queirós, Graciliano Ramos, Jorge Amado e Amando Fontes são os romancistas nordestinos que inspiram os escritores neo-realistas portugueses, sinalizando uma inversão de influências: antes, a Literatura Portuguesa influenciava a Literatura Brasileira; agora, é a Literatura Brasileira que influencia a Literatura Portuguesa. Pensando sobre o assunto Regionalismo aqui não é uma simples descrição de costumes e folguedos folclóricos, nem um regionalismo pitoresco para incentivar o turismo. O regionalismo deveria adquirir profunda significação humana e universal na medida em que representasse uma nova tomada de consciência da realidade contemporânea. A crítica literária não é o forte da Literatura Portuguesa. Só nas últimas décadas vem acontecendo com mais freqüência, sob a influência da crítica estrangeira. Em termos gerais, a Literatura Portuguesa experimenta, atualmente, uma ampla diversidade de temas e experiências formais. O Surrealismo, o Existencialismo, o Nouveau Roman, o Concretismo são suas fontes de inspiração. Daí porque experimenta todas as técnicas, aplica aos textos fortes elementos emprestados de outras linguagens, particularmente da cinematografia e da pintura, conforme dissemos anteriormente. Enfim, as mais significativas e autênticas produções da Literatura Portuguesa contemporânea situam-se entre os pólos da ordem e da desordem. Letras_3oPeriodo.indb 12 26/11/ :30:42 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 310 of 610 APROVADO

11 1.2 Passos da Evolução Histórica da Literatura Portuguesa Portugal tem acompanhado as transformações histórico-literárias ocorridas no resto da Europa, particularmente na França. Em virtude disso, sua literatura pode ser dividida em três grandes eras: Era Medieval, Era Clássica e Era Romântica ou Moderna. Essas eras apresentam-se subdividas em fases menores, denominadas escolas literárias ou estilos literários. ERA MEDIEVAL ERA CLÁSSICA ERA ROMÂNTICA OU MODERNA Trovadorismo ( ) Humanismo ( ) Quinhentismo ou Classicismo ( ) Seiscentismo ou Barroco ( ) Setecentismo ou Arcadismo ou Neoclassicismo ( ) Romantismo ( ) Realismo ( ) Simbolismo ( ) Modernismo (1915 aos nossos dias) Obs.: há quem reconheça, a partir de 1945, um novo período: Neo-Realismo. A Literatura Portuguesa está dividida, portanto, em nove momentos evolutivos fundamentais. Mas, atenção: as datas usadas para delimitar esses momentos são simples pontos de referência, uma vez que nunca se sabe, com precisão, quando começa ou termina um processo histórico. Elas funcionam como indício de que algo de novo está acontecendo e não caracterizam a morte definitiva do padrão estético até aí em voga. As estéticas literárias sofrem um processo de interpenetração contínuo. Por isso, somente para efeito didático utilizamos a delimitação por datas. Para escolha das datas-limite, o estudioso pode recorrer a dois critérios nãoexcludentes: o literário e o cultural. O critério cultural enfatiza a interdependência das mudanças culturais e se apóia em data de valor mais amplo para indicar o início de épocas histórico-literárias (Revolução Francesa e Romantismo). O critério literário isola o fato literário balizado pelo aparecimento de uma obra, de um escritor ou de um acontecimento apenas importante para a literatura (publicação em 1940, de Gaibéus, de Alves Redol, obra inaugural do Neo-Realismo português). Seja qual for o critério adotado, o que interessa é saber quando começou a atividade literária em Portugal. A resposta a essa pergunta será construída no próximo item desta aula. Esperamos que as informações apresentadas até aqui sirvam para a construção de seu conhecimento sobre a Literatura Portuguesa e potencializem seu novo processo de leitura do mundo. 1.3 A formação de Portugal: aspectos históricos Por circunstâncias histórico-culturais específicas, a Literatura Portuguesa nasce concomitantemente com a Nação onde se enquadra. Vejamos: a Península Ibérica, a mais Ocidental Península européia, teve, há cerca de anos, um papel importante no encontro de vários povos. As várias culturas ali existentes, Letras_3oPeriodo.indb 13 26/11/ :30:42 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 311 of 610 APROVADO

12 no entanto, foram reduzidas, a partir do domínio romano e de sua imposição cultural, a um denominador comum. Esse domínio e imposição cultural aconteceram a partir do primeiro desembarque romano em 219 a.c. No século V, vários grupos bárbaros ocuparam a região ibérica e, mesmo tendo sofrido o processo de romanização, destruíram a organização política e administrativa dos romanos. A sociedade formada nesse período tinha três níveis distintos: o clero, rico e politicamente poderoso; a nobreza, detentora das terras e do poder militar; e o povo, classe sem privilégio, em sua maioria, trabalhadores do campo. No século VII, em decorrência da invasão mulçumana, essa sociedade iria sofrer profundas modifi cações. O domínio árabe prolongou-se por alguns séculos, variando de acordo com as regiões e fez-se sentir com maior vigor na região sul da península. O norte jamais foi conquistado: serviu de refúgio aos cristãos que de lá organizaram as lutas da reconquista para a retomada dos territórios ocupados pelos árabes. À medida que a reconquista progredia, a estrutura de poder e a organização territorial foram ganhando novos contornos. Leão, Castela e Aragão, reinos do Norte da Península, estenderam suas fronteiras em direção ao Sul. Ao reino de Leão, pertencia o Condado Portucalense. A origem de Portugal está ligada a esse condado e à história de dois casamentos: de Raimundo de Borgonha com Urraca e de Henrique de Borgonha com Tereza. As moças eram filhas de Afonso VI, rei que, no final do século XI, lutava pela expulsão dos mulçumanos da Península Ibérica. Os rapazes eram cavaleiros enviados pela França para ajudar o mesmo rei em suas ações pela reconquista do território peninsular. O governo de Galiza, região da atual Espanha, foi dado como dote a D. Raimundo e D. Urraca. O Condado Portucalense (região situada entre os rios Minho e Tejo) coube a D. Henrique e a D. Tereza. Saiba mais Devido à carência de documentos que possam confirmar, com exatidão, a data da morte de D. Henrique, alguns historiadores acreditam que ela tenha ocorrido em 1112; outros defendem o ano de Pelo sim, pelo não, um fato é incontestável: D. Henrique morreu no século XII. Essas dúvidas acontecem porque trata-se de um tempo muito recuado na história. Letras_3oPeriodo.indb 14 26/11/ :30:43 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 312 of 610 APROVADO

13 Em 1112 ou 1114, com a morte de D. Henrique, D. Tereza toma as rédeas do governo, estreitando relações com os galegos, em especial com o Conde Fernão Peres de Trava. Por causa dessa aproximação que poderia trazer prejuízos políticos para o Condado Portucalense, o Infante Afonso Henriques, filho de D. Henrique e D. Tereza, rebelou-se contra a mãe e promoveu uma revolução que culminou na Batalha de São Mamede, em 24 de junho de Os revoltosos vencem e sagram o Infante seu soberano. Leão e Castela só reconhecem o reino em outubro de A partir de então, o Condado Portucalense torna-se um país autônomo. Tem início a Dinastia de Borgonha. Você percebeu que Portugal surge no contexto das lutas pela expulsão dos mulçumanos da Península Ibérica, tornando-se independente do reino de Leão pelas mãos de Afonso Henriques, que viria se tornar o primeiro rei de Portugal e inauguraria a Dinastia de Borgonha. Saiba mais Sugestão de filmes sobre o assunto da aula: Tristão e Isolda, O Nome da Rosa. Síntese da Aula Nesta aula, vimos que a literatura é um traço da cultura. O contexto sóciohistórico é o pano de fundo dos estudos literários. Portugal é uma faixa de terra empurrada contra o mar. Essa localização geográfica define aspectos relevantes da cultura portuguesa, presentes em sua produção literária. A Literatura Portuguesa é rica em poetas e nasce, concomitante, com a Nação, e sua evolução se faz através de nove momentos evolutivos fundamentais. Atividade Pesquise nas referências desta aula e na web elementos para construir um texto em que você discuta os seguintes pontos: a literatura como dado de cultura; as relações da cultura com o contexto sócio-histórico e geográfico; o mundo ficcional como uma reorganização dos dados da realidade. Letras_3oPeriodo.indb 15 26/11/ :30:45 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 313 of 610 APROVADO

14 Comentário da atividade Conforme você já percebeu, você produzirá um texto dissertativo a partir da leitura da Introdução de A Literatura Portuguesa; Capítulo I de A Literatura Portuguesa em Perspectiva, vol. 1; e Capítulos 1 e 2 da Primeira Parte do texto de Antonio Candido. Na web, a página do Instituto Camões é uma referência para estudos ligados à Literatura Portuguesa: Os textos citados darão a você os caminhos para a elaboração do seu texto e também o direcionamento para discussões futuras, nas quais você poderá envolver seus colegas. Referências CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade: estudos de teoria e história literária. São Paulo: T. A. Queiroz, LOPES, Oscar; SARAIVA, Antonio José. História da Literatura Portuguesa. Portugal: Porto Editora, s.d. MONGELLI, Lênia Márcia de Medeiros. A Literatura Portuguesa em Perspectiva: trovadorismo e humanismo. vol. 1, São Paulo: Atlas, Na próxima aula Você vai conhecer as primeiras manifestações literárias de Portugal, que se convencionou chamar de Trovadorismo, e aconteceram na Idade Média. Vamos conduzi-lo à leitura de textos poéticos da época, as cantigas e levá-lo a conhecer um pouco do mundo medieval: os valores, a religião, as relações sociais, as manifestações artísticas e a visão de mundo. Anotações Letras_3oPeriodo.indb 16 26/11/ :30:45 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 314 of 610 APROVADO

15 Aula 2 Cantigas Trovadorescas Objetivo Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: falar sobre a lírica trovadoresca portuguesa, expressão poética da Baixa Idade Média, situada no Trovadorismo. Pré-requisitos A compreensão dos aspectos históricos, políticos e geográficos estudados na primeira aula constitui o pré-requisito para esta aula. Introdução As cantigas trovadorescas, primeiras manifestações literárias portuguesas, surgem na Baixa Idade Média (séculos XII e XIII) e representam as primeiras tentativas de libertação da cultura teocêntrica imposta pela Igreja em todo o período medieval. O modo de produção da Idade Média é o feudalismo, sistema social em que predominam grupos sociais fechados e impossibilitados de empreender mobilidade social. Nesse sistema, há uma profunda ligação de dependência de homem para homem, definida pela relação entre os senhores, proprietários da terra, e os servos, não-proprietários, mas presos a ela. A sociedade feudal, conforme vimos na aula anterior, era formada por três níveis distintos: o clero, a nobreza e o povo. Ao povo (servos), competia trabalhar; à nobreza, defender a sociedade, e à Igreja, orar por ela. Os nobres, defensores militares, podiam ocupar escalões superiores nesta hierarquia feudal e vassálica. A eles era reservado o direito à propriedade e ao poder público. Com isso, criava-se, em cada região, uma hierarquia de instâncias autônomas. A estrutura social portuguesa dos séculos XI a XIV apresentava típicos caracteres feudais: dentro dos coutos (se a propriedade fosse da Igreja) ou das honras (se fosse da nobreza), os senhores eram autoridade absoluta e só ao rei prestavam obediência, porque ele detinha os direitos de justiça suprema. A organização social medieval é ratificada pelo espírito teocêntrico. A visão de Deus como ser absoluto e capaz de ditar as normas sociais, o comportamento Letras_3oPeriodo.indb 17 26/11/ :30:45 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 315 of 610 APROVADO

16 individual e estabelecer o limite entre o bem e o mal, determina, também, toda uma concepção servil. De acordo com essa concepção, o homem nasce para obedecer ou seguir o caminho previamente determinado pelo Ser Absoluto. A ignorância científica que permeava a época impunha que se explicassem atos humanos por forças ocultas ou metafísicas. Não haveria teocentrismo sem existir o feudalismo. Não haveria o feudalismo sem existir o teocentrismo. Não haveria o nobre ocioso se não houvesse o trabalhador. Um está a serviço do outro. É nessa sociedade, rigidamente hierarquizada, que se dá a produção da lírica trovadoresca medieval (Trovadorismo), na forma de cantigas líricas (de amor, de amigo) e cantigas satíricas (de escárnio e de maldizer). 2.1 Trovadorismo A poesia, de mais fácil memorização e transmissão, surgiu em Portugal, como em quase todo o mundo, antes da prosa e diretamente ligada à música, ao canto e à dança. As cantigas eram criadas por um trovador, alguém que fazia trovas e rimas. Quem trouxe as cantigas até nós foram os cancioneiros, coletâneas de variados tipos de poemas, das quais participavam muitos trovadores: Cancioneiro da Ajuda (século XIII); Cancioneiro da Vaticana (século XV); e Cancioneiro da Biblioteca Nacional ou Cancioneiro Colocci-Brancuti, (século XIV). O Trovadorismo foi um período de grande fecundidade poética, comprovada por meio das cerca de composições e dos 200 poetas presentes nas coletâneas. O primeiro texto literário em galego-português de que se tem notícia é do final do século XII, a Cantiga da Ribeirinha ou Cantiga da Guarvaia, Paio Soares de Taveirós, de 1189 ou 1198 (tradicionalmente considerada o marco inicial da Literatura Portuguesa). É uma cantiga que oscila entre ser de amor e de escárnio que possui uma complexa estrutura, reveladora da existência de considerável atividade lírica anterior a essa data. Saiba mais A Cantiga da Ribeirinha foi, por muito tempo, atribuída a Paio Soares de Taveirós, mas, segundo estudos recentes, ela teria sido composta por Martim Soares, trovador português que teria convivido com Paio Soares de Taveirós com o qual compôs algumas cantigas. Letras_3oPeriodo.indb 18 26/11/ :30:47 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 316 of 610 APROVADO

17 A produção e divulgação da lírica trovadoresca envolvia um grupo de artistas e uma hierarquia de compositores e recitadores: trovador, jogral, segrel, menestrel, soldadeira. 2.2 Cantigas Líricas Cantigas de Amor As cantigas de amor têm origem provençal: foi na Provença, sul da França, entre os séculos XI e XIII, que se desenvolveu a arte dos trovadores e seu amor cortês. Da Provença, a temática do amor cortês se espalhou por toda a Europa e chegou à corte portuguesa, mas os trovadores portugueses não se limitaram a imitar os provençais. Em Portugal, as cantigas de amor ganharam nova dimensão e maior sinceridade. D. Dinis, por exemplo, chegou a ironizar a postura artificial de certo tipo de trovador, por causa da carência de paixão pela mulher amada. Saiba mais O lirismo provençal chegou à Península Ibéria por várias razões: a chegada de colonos franceses nas terras lusitanas; as peregrinações em Santiago de Compostela na Galiza; a vinda de cavaleiros franceses para lutar contra os mouros; o casamento de nobres portugueses com damas ligadas à Provença e o intenso comércio entre Portugal e França. Nas cantigas de amor, o trovador sempre declara seu amor por uma dama da corte, chamada de senhor (senhora). Trata-a de modo respeitoso e com cortesia, reproduzindo, em sua servidão amorosa, os mais puros padrões da vassalagem feudal. O amor trovadoresco, amor cortês, exigia que a mulher que se cantava fosse casada, porque a donzela não tinha personalidade jurídica, uma vez que não possuía nem terras, nem criados, nem domínios e não era dona, não dispunha de senhorios. O poeta não vai prestar serviço a uma mulher que não seja senhor (o verbo servir é extensamente usado nessas cantigas como sinônimo de namorar, fazer a corte). A cantiga é varrida, de ponta a ponta, por uma atmosfera suplicante. Os apelos do trovador, apesar de estarem colocados num plano de espiritualidade, idealidade ou contemplação platônica, nascem do mais fundo de seus sentidos, mas o impulso erótico, raiz das súplicas, purifica-se, sublima-se. O trovador disfarça, com o véu do espiritualismo, o verdadeiro sentido das solicitações dirigidas à amada, transformando-os num torturante sofrimento interior, resultado da inútil súplica e da espera de um bem que nunca chega. É a coita (= sofrimento) de amor que ele confessa afinal. Letras_3oPeriodo.indb 19 26/11/ :30:47 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 317 of 610 APROVADO

18 Nessas cantigas, quem usa a palavra é o próprio trovador, que a dirige, com respeito e subserviência, à dama de seus cuidados (mia senhor ou mia dona= minha senhora), rendendo-lhe o serviço amoroso, por sua vez orientado de acordo com o rígido código de comportamento ético, as regras do amor cortês (vindas da Provença). Segundo essas regras, o trovador teria de mencionar, comedidamente, o seu sentimento, submetendo-se, portanto, às exigências da mesura, para não incorrer em sanha, desagrado da bem-amada. Teria que ocultar o nome dela ou recorrer a um pseudônimo, uma senhal, e prestar-lhe uma vassalagem que apresentava quatro fases. Saiba mais As quatro fases da vassalagem são: Fenhedor: condição de quem se consome em suspiros. Precador: condição de quem ousa declarar-se ou pedir. Entendedor: condição de namorado. Drut: condição de amante. A confissão do sentimento amoroso que invade o poeta expressa-se na cantiga de forma crescente até atingir a última estrofe (ou cobra). A corrente emocional movimenta-se num círculo vicioso, repetindo-se, monotonamente, e mudando apenas o grau do lamento que atinge o apogeu no final da cantiga. O estribilho ou refrão, com o qual o trovador pode rematar cada estrofe, revela bem essa angustiante idéia fixa para a qual ele não encontra formas diversas de expressão. Quando a cantiga possui estribilho, é chamada cantiga de refrão (por possuir um recurso típico da poesia popular); quando não há estribilho, chama-se cantiga de maestria (por possuir um esquema estrófico mais complexo). Saiba mais Pesquise cantigas de amor de amor, preferencialmente, de autoria de D. Dinis, rei trovador ( ), protetor de poetas, amante da cultura fundou a Universidade de Lisboa, a primeira do país, em 1290 e trovador dos mais importantes e o que mais cantigas escreveu (138 composições, das quais 76 de amor, 52 de amigo e 10 de maldizer). Letras_3oPeriodo.indb 20 26/11/ :30:49 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 318 of 610 APROVADO

19 Cantigas de Amigo A cantiga de amigo é escrita pelo trovador que compõe as cantigas de amor e até mesmo as cantigas de maldizer. Esse tipo de cantiga focaliza o outro lado da relação amorosa o fulcro do poema é agora representado pelo sofrimento amoroso da mulher, via de regra pertencente às camadas populares (pastoras, camponesas, etc.) Moisés (2004, p. 22). Os motivos da cantiga de amigo são, portanto, as experiências amorosas, idílicas ou eróticas, vividas por mulheres pertencentes, quase sempre, à classe social modesta. O eu feminino exterioriza as suas emoções, aflições, expectativas, encontros e desencontros amorosos etc. Esse tipo de canção apresenta formas e objetivos muito peculiares. Por exemplo: a cantiga é comumente construída em paralelismos, a saber: A unidade rítmica não é a estrofe, mas o conjunto de estrofes ou um par de dísticos (duas estrofes de dois versos), que procura dizer a mesma idéia. O último verso de cada estrofe é o primeiro verso da estrofe seguinte. Paralelismo e refrão são elementos típicos da cantiga de amigo e pressupõe a existência de um coro. Organizadas aos pares, as estrofes sugerem a alternância de dois cantores ou de dois grupos deles. A técnica de repetir o último verso da estrofe anterior no início da estrofe seguinte parece ser a mesma da primitiva composição improvisada dos repentistas. A cantiga de amigo pode ser reduzida a poucos versos se eliminarmos as repetições que a caracterizam. O processo paralelístico demonstra que a cantiga, como texto, estava ligada ao canto e à dança: O processo de apresentação da cantiga de amigo evidencia um aspecto importante: ela era representada pelo texto, pelo canto e pela dança. O texto, portanto, não era autônomo. Pressupõe-se que esses três elementos dessem dinamicidade à apresentação. (ABDALA JR; PACHOALIN, 1990, p. 15) As cantigas de amigo refletem o ambiente onde a mulher era vista com importância social: as comunidades agrícolas. A personagem principal das cantigas de amigo é, portanto, a mulher. Essas cantigas podem ser classificadas de acordo com o assunto e a forma. Quanto ao assunto, podem ser: albas (alvas ou serenas), pastorelas, barcarolas ou marinhas, bailais ou bailadas, romaria, tenções. Quanto à forma, as cantigas de amigo podem ser: maestria, refrão, paralelística. Saiba mais Para você relacionar as informações teóricas da cantiga de amigo com uma cantiga, busque, de preferência, cantigas de Airas Nunes, trovador galego da segunda metade do século XIII, contemporâneo de Afonso X, o sábio, e de D. Sancho IV. Esse trovador é um dos mais inspirados de toda lírica medieval. Letras_3oPeriodo.indb 21 26/11/ :30:49 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 319 of 610 APROVADO

20 Observe as relações existentes entre as cantigas líricas: CANTIGAS DE AMOR CANTIGAS DE AMIGO Autoria masculina Autoria masculina Sentimento: masculino Sentimento: feminino Origem: provençal Origem: galego-portuguesa Ambiente: palaciano (aristocrático) Ambiente: rural (popular) O homem presta vassalagem amorosa A mulher sofre pelo amigo ausente a uma mulher inacessível (casada, de (namorado, amante). preferência). A mulher: um ser idealizado, superior. A mulher: um ser mais real e concreto 2.3 Cantigas Satíricas As cantigas de escárnio e as de maldizer são duas modalidades irmãs da sátira trovadoresca, mas, segundo a Arte de Trovar, obra anônima do século XIV, que antecede o Cancioneiro da Biblioteca Nacional, há diferenças entre elas. Cantigas de Escárnio Eram sátiras indiretas realizadas por intermédio do sarcasmo, da zombaria e de uma linguagem de sentido ambíguo e nelas não era natural a revelação do nome da pessoa satirizada. Em Arte de Trovar tem-se a seguinte definição desta modalidade de cantiga: Som aquelas que os trobadores fazem querendo dizer mal d alguém em elas, e dizen-lho por palavras cubertas, que ajam dos entedimentos para que lhe lo nom entederen ligeiramente. Saiba mais Pêro Garcia Burgalês, trovador galego da segunda metade do século XIII, escreveu numerosas cantigas de amor, de amigo e de escárnio e maldizer. Pesquise para saber mais... Cantigas de Maldizer A cantiga de maldizer encerra sátira direta, agressiva e contundente. Além disso, lança mão de uma linguagem objetiva, sem disfarce algum e com citação nominal da pessoa ironizada. Marcadas pela maledicência, seus temas prediletos são o adultério e os amores interesseiros ou ilícitos (caso dos padres) e o seu vocabulário é carregado de palavras obscenas e eróticas. Enfim, são definidas como aquelas que fazem os trobadores mais descubertamente; en elas entram palavras que queren dizer mal e nom averão outro entendimento senon aquel que queren dizer chaãmente. Letras_3oPeriodo.indb 22 26/11/ :30:49 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 320 of 610 APROVADO

21 Saiba mais João Garcia de Guilhade, trovador do século XIII, importante não apenas pelos recursos poéticos de que era possuidor, mas também pelo número de cantigas que compôs (21 cantigas de amigo, 15 de maldizer e 2 tenções) é autor de inúmeras cantigas satíricas. Pesquise-as via web. 2.4 Causas da decadência do Trovadorismo O Trovadorismo em Portugal caiu em decadência a partir de três causas históricas: decadência do mecenatismo real; aburguesamento de Portugal; conflitos entre Portugal e Espanha. A cultura trovadoresca, ao adaptar-se aos diferentes ambientes sociais e às peculiaridades de cada país, sofreu contínuas modificações ao longo do tempo, mas deixou marcas nas culturas com as quais entrou em contato. Na música popular brasileira, por exemplo, vários compositores da música popular brasileira escreveram e ainda escrevem cantigas de amigo: Paulo Vanzolini Ronda, Chico Buarque Com açúcar e com afeto, Atrás da porta, Tatuagem, olhos nos olhos. Temos, ainda, os casos de Caetano Veloso e Juca Chaves, compositores de músicas que são perfeitas cantigas de amor. Saiba mais Sugestão de músicas que apresentam aspectos das cantigas medievais: Atrás da Porta (Francis Hime e Chico Buarque), Esse cara (Chico Buarque) e Luíza (Tom Jobim). Síntese da Aula A classificação da lírica trovadoresca (cantigas de amor, cantigas de amigo, cantigas de escárnio e cantigas de maldizer) quanto ao tema, forma e hierarquia de compositores e recitadores, além das causas da decadência do trovadorismo. Atividade Analise a cantiga a seguir, acompanhado de uma tradução livre, e responda o que se pede na questão 1: Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo? E ai Deus, se verra cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado? E ai Deus, se verra cedo! Ondas do mar de Vigo, acaso vistes meu amigo? Queira Deus que ele venha cedo! Ondas do mar agitado, acaso vistes meu amado? Queira Deus que ele venha cedo! Letras_3oPeriodo.indb 23 26/11/ :30:49 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 321 of 610 APROVADO

22 Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro? E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amado, por que ei gram coidado? E ai Deus, se verra cedo! (Martim Codax) Acaso vistes meu amigo aquele por quem suspiro? Queira Deus que ele venha cedo! Acaso vistes meu amado, por quem tenho grande cuidado (preocupado)? Queira Deus que ele venha cedo! A partir do que foi estudado nesta aula, você é capaz de identificar o tipo de cantiga por suas características formais e temáticas. Nesse caso, podemos afirmar, sobre a cantiga de Martim Codax, que: a) O eu-lírico não pode ser identificado nessa cantiga, já que ela possui características paralelísticas. b) O eu-lírico da cantiga é masculino, o que a caracteriza como cantiga de amor. c) A queixa da ausência do amado é feita às ondas do mar. Essa é uma característica das cantigas de amor. d) O motivo literário principal dessa cantiga é o lamento da moça cujo namorado partiu. Comentário da atividade Na cantiga de Martim Codax, em questão, o eu-lírico pode ser identificado como feminino, como se pode perceber em se vistes meu amigo?. Com isso, afirmamos que a questão correta é a alternativa (d). A alternativa (c) está incorreta porque a queixa da ausência do amado, feita às ondas do mar, é uma característica da cantiga de amigo e não de amor. Referências ABDALA JÚNIOR; PASCHOALIN, Maria Aparecida. História Social da Literatura Portuguesa. São Paulo: Ática, LOPES, Oscar; SARAIVA, Antonio José. História da Literatura Portuguesa. Portugal: Porto Editora, s.d. SPINA, Segismundo. Presença da Literatura Portuguesa I: Era Medieval. São Paulo: Difusão Européia do Livro, VIEIRA, Yara Frateschi. Poesia Medieval: literatura portuguesa. São Paulo: Global, Na próxima aula Falaremos sobre os traços gerais do Humanismo, momento em que teremos a produção literária portuguesa organizada em poesia, prosa e teatro. Letras_3oPeriodo.indb 24 26/11/ :30:49 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 322 of 610 APROVADO

23 Aula 3 Traços Gerais do Humanismo em Portugal Objetivo Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: relacionar o Humanismo com o processo de superação da mentalidade medieval (teocêntrica) e com a construção da Idade Moderna (antropocêntrica). Pré-requisitos O conhecimento do processo de desagregação do regime feudal no final da Idade Média e a retomada dos valores da Antigüidade Greco-latina, na construção da Idade Moderna é o pré-requisito para o entendimento desta aula. Introdução O desaparecimento dos trovadores conduziu Portugal a quase um século de estagnação cultural. Depois desse longo período de marasmo, as cortes portuguesas revivem, no século XV, um período de reflorescimento da cultura, marca da transição entre o trovadorismo e o Renascimento do século XVI. A Segunda Época Medieval ou Humanismo é o período que vai da nomeação de Fernão Lopes para o cargo de cronista-mor da Torre do Tombo, em 1418, até o retorno de Sá de Miranda da Itália, em 1527, época em que é introduzida a estética clássica em Portugal. Esse fato revela a mudança de mentalidade processada naquele país, desde a ascensão de D. João I ao trono, em 1385, inaugurando a dinastia de Avis, que se prolongaria até 1580, ano da união ibérica, sob a hegemonia de Felipe II da Espanha. Letras_3oPeriodo.indb 25 26/11/ :30:50 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 323 of 610 APROVADO

24 D. João I inaugura uma das etapas mais importantes da história de Portugal, por várias razões, mas, sobretudo, por ter promovido profunda revolução na cultura portuguesa: rei culto, determinado e empreendedor, apoiou, desde o início de seu reinado, o desenvolvimento das letras. Além de ele próprio ter escrito um livro - Livro da Montaria - propiciou a formação de um clima mental que, continuado por D. Duarte, seu filho que subiu ao trono em 1433, favoreceu o aparecimento de uma figura como Fernão Lopes, responsável pelo início e pela nova dimensão da nova época da Literatura Portuguesa, marcada, fundamentalmente, por um processo de humanização da cultura: o século XV português corresponde, em harmonia com o resto da Europa, ao nascimento do mundo moderno, uma vez que inaugura um tipo de cultura preocupado com o homem como indivíduo ou integrante da coletividade. Para Moisés (1999, p. 32), Uma onda de realismo, de terrenalismo, de apego à natureza física, eleva-se para se contrapor ao transcendentalismo anterior (...). O acento tônico da cultura transfere-se do homem concebido à imagem e semelhança de Deus para o homem como tal, provocando, assim, profunda mutação histórica que as crônicas, a poesia e, especialmente, o teatro vicentino registram exaustivamente. O Humanismo é o período de transição de um Portugal marcado por valores puramente medievais para uma nova realidade, na qual o mercantilismo e a ascensão da burguesia constituem marcas distintivas. A economia de subsistência feudal é substituída pelas atividades comerciais. A cultura clássica, esquecida durante grande parte da Idade Media, é retomada. O pensamento teocêntrico, enfim, é deixado de lado em favor do antropocentrismo. Esse período iniciou-se no século XIV com a crise do sistema feudal europeu, que tem, entre suas várias causas: a Peste Negra, a Guerra dos Cem anos e a escassez de mão-de-obra e as mudanças nas relações sociais. A crise do sistema feudal e o desmoronamento da velha ordem da nobreza permitiram que o poder ficasse centralizado nas mãos dos reis, vistos pela burguesia como recurso legítimo contra as arbitrariedades, e defensores de seus mercados da invasão de concorrentes estrangeiros. Além disso, a centralização política significava: unificação das moedas e impostos, leis e normas, pesos e medidas, fronteiras e aduanas, a pacificação das guerras feudais e a eliminação do banditismo nas estradas. Dá-se a grande expansão do comércio, e a Monarquia nacional cria a condição política indispensável à definição dos mercados nacionais e à regularização da economia internacional. Em Portugal, essa transição e a centralização do poder tiveram como marco cronológico a Revolução de Avis ( ): aclamando D. João como rei de Portugal, desenvolveu-se a política de centralização do poder nas mãos do Letras_3oPeriodo.indb 26 26/11/ :30:51 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 324 of 610 APROVADO

25 rei comprometido com a burguesia mercantilista. Desse compromisso, resulta a expansão marítima portuguesa, a partir de 1415, com a tomada de Ceuta. 3.1 O Humanismo e a produção literária em Portugal A prosa literária é uma manifestação artística que, no mundo todo, acontece sempre depois da poesia. Porque não pode ser memorizada com a mesma facilidade com que se memorizam os poemas, a prosa necessita de algumas condições específicas para surgir e se definir como gênero: uma língua mais evoluída e formas mais sofisticadas de pensamento. Em Portugal, não foi diferente. As manifestações literárias da primeira época medieval caracterizavam-se pelo predomínio da oralidade. Por essa razão, as cantigas trovadorescas tiveram maior destaque. Na segunda época medieval, século XV, a prosa e o teatro ascenderam ao primeiro plano, e a poesia palaciana, ao segundo. Essa alteração resulta do novo contexto sócio-político vivido pelo país e definido pela existência de um Estado, uma língua e uma cultura solidificados. O crescimento da burguesia comercial no país, que fazia com que os interesses se voltassem para assuntos mais práticos, como política, navegação e comércio, é outro fato que deve ser considerado. A imprensa, criada em meados do século XV e aperfeiçoada por Gutenberg, facilitou a transmissão de textos em prosa. A produção literária portuguesa da segunda época medieval configura um momento de transição da literatura trovadoresca para o Renascimento do século XVI. Como é comum em todo período de transição, também nesse momento o velho convivia com o novo: alguns aspectos das cantigas se mantinham (a idealização da mulher, por exemplo) e aspectos novos surgiram, preparando a literatura renascentista. A poesia amorosa de fundo sensual é um exemplo do novo que despontava. Alguns historiadores da literatura chamam a produção da segunda época medieval de humanista: o humanismo, na Itália, foi um movimento de transição entre a Idade Média e o Renascimento. Essa nomenclatura, no entanto, deve ser empregada com cuidado. O que interessava aos humanistas italianos era estudar, traduzir e imitar os clássicos greco-latinos. Isso não ocorreu com os autores portugueses do século XV. A produção literária em Portugal, nesse período, pode ser assim organizada: na prosa: as crônicas históricas de Fernão Lopes e a prosa doutrinária; na poesia: a poesia palaciana, recolhida no cancioneiro geral; no teatro: a dramaturgia de Gil Vicente. Letras_3oPeriodo.indb 27 26/11/ :30:51 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 325 of 610 APROVADO

26 3.2 A crônica histórica: Fernão Lopes A primeira data que se conhece sobre Fernão Lopes é 1418, quando D. Duarte, ainda Infante, mas já titular de pasta no governo de D. João I, o nomeia guarda das escrituras da Torre do Tombo. Em 1434, D. Duarte, sucedendo a seu pai, encarrega-o de escrever a vida dos reis de Portugal, desde D. Henrique até D. João I. Das crônicas escritas acerca dos monarcas portugueses da primeira dinastia (Borgonha) e do começo da segunda (Avis), várias se perderam, restando apenas três de autoria indiscutível: Crônica d el Rei D. Pedro, Crônica d el Rei D. Fernando e Crônica d el Rei D. João I. Na Literatura Portuguesa dos dois primeiros séculos, a atividade historiográfica adquire relevância com Fernão Lopes, por causa do sentido literário e histórico com que é praticada. Além disso, Fernão Lopes procura ser moderno: despreza o relato oral em favor dos acontecimentos documentados, buscando reconstituir a verdade histórica e fazer justiça ao interpretar os acontecimentos e as personagens que neles se envolvem, sempre atento às contradições internas que a sociedade sua contemporânea começa a manifestar. A importância de Fernão Lopes nos quadros da Idade Média portuguesa deve-se, também, às suas qualidades literárias que levaram sua crônica à superação do plano descritivo e narrativo, marca distintiva da historiográfica anterior. Além de Fernão Lopes, a Literatura Portuguesa da segunda época medieval conta com as produções de Gomes Eanes de Azurara ou Zurara e Rui de Pina. São de autoria de Zurara: Crônica do Infante D. Henrique ou Livro dos Feitos do Infante, Crônica de D. Pedro de Menezes, Crônica de D. Duarte de Menezes, Crônica dos Feitos de Guiné, Crônica de D. Fernando, Conde de Vila Real, esta desaparecida. Azurara é o iniciador da historiografia da expansão ultramarina. Seu método historiográfico difere de Fernão Lopes em alguns pontos essenciais, configurando um retrocesso: preocupa-se com pessoas, individualidades, não com grupos sociais, o que revela uma concepção cavaleiresca da história (a ação isolada do cavaleiro predomina sobre a da massa popular); mostra-se permeável à influência da cultura clássica, nem sempre bebida na fonte originária, mas visível nas citações e nos torneios fraseológicos. Rui de Pina, o quarto cronista-mor, escreveu nove crônicas: Sancho I, Afonso II, Sancho II, Afonso III, D. Dinis, Afonso IV, D. Duarte, Afonso IV e D. João II. Essas crônicas valem, do ponto de vista historiográfico, pelos novos e diferentes dados Letras_3oPeriodo.indb 28 26/11/ :30:52 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 326 of 610 APROVADO

27 da realidade portuguesa expostos e pela sobriedade da linguagem, marcada pela influência clássica. 3.3 A prosa doutrinária Ao longo do século XV cultiva-se, intensamente, a prosa doutrinal e moralista, textos que ecoam o surto de humanização da cultura e a solidificação do absolutismo régio durante o reinado dos Avis. Escrita, sobretudo por monarcas, essa prosa pedagógica servia à educação da realeza e da fidalguia, visando à orientá-las para o convívio social e no adestramento físico para a guerra. O culto do esporte, particularmente o da caça, é a preocupação por excelência dessa pedagogia pragmática. As virtudes morais também são lembradas e enaltecidas, mas tendo sempre em vista alcançar o perfeito equilíbrio entre a saúde do corpo e a do espírito. Numerosas obras moralistas apareceram durante o século XV. Merecem destaque as seguintes: Livro de Montaria, de D. João I; Leal Conselheiro e o Livro da Ensinança de Bem Cavalgar toda Sela, de D. Duarte; O Livro da Virtuosa Benfeitoria, do Infante D.Pedro, filho bastardo de D. João I; Livro da Falcoaria, de Pêro Menino. 3.4 A Poesia: O Cancioneiro Geral O Trovadorismo, conforme já vimos, entra em declínio no século XIV. Mesmo assim, a poesia continua a ser cultivada, mas, agora, sob a influência da nova atmosfera cultural inaugurada por D. João I. A produção poética dos reinados de D. João II e D. Manuel foi recolhida, em grande parte, por Garcia de Rezende, em seu Cancioneiro Geral (1516), coletânea que contém, aproximadamente, mil composições e 286 poetas. A poesia recolhida nessa coletânea caracteriza-se, antes de mais nada, pelo divórcio entre a letra e a música: superada a voga da lírica trovadoresca, a poesia desfaz-se dos compromissos musicais e passa a ser composta para leitura solitária ou a declamação coletiva. A poesia torna-se autônoma, uma vez que realizada apenas com palavras e sem o aparato musical, que a tornava dependente. O próprio recurso das palavras, dispostas em estrofes, versos etc., garante o ritmo da poesia, que agora se moderniza. Muitos poetas compendiados por Garcia de Resende realizaram trabalho de qualidade duvidosa: suas poesias são de circunstância e o conteúdo delas se desvaneceu completamente, o que atesta a pobreza de parte da poesia do Cancioneiro Geral, aquela chamada pelo compilador de cousas de folgar. Letras_3oPeriodo.indb 29 26/11/ :30:54 01 LETRAS 3º PERÍODO 3ª PROVA 27/11/2007 Page 327 of 610 APROVADO

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