Probabilidade III. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Probabilidade III. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período 2014.1"

Transcrição

1 Probabilidade III Ulisses U. dos Anjos Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Período Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

2 Sumário 1 Apresentação do Curso 2 Vetores Aleatórios Função de Distribuição conjunta Função de Probabilidade Conjunta Função Densidade de probabilidade Conjunta 3 Distribuição Condicional 4 Independência entre variáveis aleatórias 5 Modelos Probabilísticos Multivariados Distribuição Multinomial Distribuição Uniforme multivariada Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

3 Apresentação do Curso 1. Vetores aleatórios n-dimensionais. 2. Função de distribuição conjunta. Vetor aleatório discreto: função de probabilidade conjunta. Vetor aleatório contínuo: densidade conjunta. Distribuições marginais. Densidades condicionais a n variáveis. Critérios de independência para vetores aleatórios independentes 3. Funções de variáveis aleatórias: método da integral de convolução, Distribuição da soma de variáveis aleatórias, caso discreto e contínuo 4. Funções de variáveis aleatórias: método do jacobiano, Distribuição do produto e do quociente de variáveis aleatórias. 5. Estatísticas de ordem. Definições. Distribuição das estatísticas de ordem, Distribuição conjunta das estatísticas de ordem. Algumas funções das estatísticas de ordem (amplitude amostral e mediana). Função de distribuição empírica. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42 Conteúdo Programático

4 Apresentação do Curso Conteúdo Programático 6. Esperança de funções de vetores aleatórios. Propriedades. Momentos mistos e covariância. Propriedades básicas da covariância. Coeficiente de correlação: Propriedades. Desigualdade de Cauchy-Schwarz. Função geradora de momentos conjunta. 7. Esperança condicional. Variância condicional. Propriedades mais importantes da esperança e variância condicionais. 8. Função de regressão. 9. Esperanças de vetores aleatórios e matrizes de covariância. Propriedades mais importantes. 10. Distribuição normal multivariada. Distribuição condicional normal multivariada. Distribuição marginal. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

5 Vetores Aleatórios Vetores Aleatórios Definição 2.1 (Vetor Aleatório) Seja (Ω, F, P) um espaço de probabilidade. Então uma função X : Ω R m é denominado um vetor um vetor aleatório se a imagem inversa de todo Boreliano, B = (B 1,..., B m ), do R m for um elemento de F, isto é, { } X 1 (B) = ω Ω : X(ω) B F A Definição 2.1 significa que a função ( ) X(ω) = X 1 (ω),..., X m (ω) é tal que, para todo i = 1,..., m e todo B i R, tem-se X 1 i (B i ) F. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

6 Vetores Aleatórios Vetor Aleatório Observação 2.1 Da Definição de 2.1 segue que, } m {ω Ω : X 1 (ω) x 1,..., X m (ω) x m = também é um evento. De fato, pois i=1 {ω Ω : X i (ω x i ) } {ω Ω : X i (ω x i ) } é um evento para todo i = 1,..., m, pois X 1 i (B i ) F, e a interseção de eventos é também um evento, visto que qualquer σ álgebra é fechada para uniões e interesecções. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

7 Vetores Aleatórios Função de Distribuição conjunta Função de Distribuição Conjunta Definição 2.2 A função distribuição conjunta de um vetor aleatório X, representada por F X ou simplesmente F, é definida por ) F (x) = F (x 1,..., x m ) = P (X 1 x 1,..., X m x m para qualquer x R m. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

8 Vetores Aleatórios Função de Distribuição conjunta Função de Distribuição Conjunta: Propriedades Seja X um vetor aleatório em (Ω, F, P) então, para qualquer x R m, F (x) satisfaz as seguintes propriedades: (P1) F (x) é não decrescente em cada uma de suas coordenadas; De fato, considere um j qualquer fixo, e a j b j então } } {ω Ω : X i (ω) x i {ω Ω : X j (ω) a j i j está contido em, } } {ω Ω : X i (ω) x i {ω Ω : X j (ω) b j i j Logo, F (x 1,..., a j,..., x m ) F (x 1,..., b j,..., x m ). Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

9 Vetores Aleatórios Função de Distribuição conjunta Demonstração (P2) F (x) é contínua à direita em cada uma de suas coordenadas; Isto significa que, lim F (x 1,..., y j,..., x m ) = F (x 1,..., x j,..., x m ) y j x j (P3) Se para algum j, x j, então lim F (x 1,..., x j,..., x m ) = 0 x j e se para todo i, x i, então lim F (x 1,..., x m ) = 1 x i (P4) F (x) é tal que, para todo a i, b i R, tal que a i b i, temos que, ( ) P a 1 < X 1 b 1,..., a m < X m b m, 0 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

10 Vetores Aleatórios Função de Distribuição conjunta Exemplo Exemplo 2.3 Considere uma central de reservas de uma companhia aérea e, para uma chamada ao acaso estamos interessados em duas quantidades aleatórias: X 1 é o tempo de espera e X 2 é o tempo de atendimento, ambas em minutos. Suponha que o comportamento conjunto dessas variáveis seja representada pela função de distribuição abaixo: { 0 se x1 < 0 ou x 2 < 0; F (x 1, x 2 ) = ( ) ( ) ( ) 1 exp x 1 exp 2x 2 + exp (x 1 + 2x 2 ) se x 1 0, x 2 0. (1) Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

11 Vetores Aleatórios Função de Distribuição conjunta Função de Distribuição Marginal Definição 2.4 Seja F (x) a função de distribuição de (X 1,..., X m ). Para cada k, k = 1,..., m, definimos a Função de Distribuição Marginal de X k por; Exemplo 2.5 F (x k ) = lim F (x) x i, i k Considere a função de distribuição do Exemplo 2.3: F (x 1, x 2 ) = { 0 ( ) ( ) ( ) se x1 < 0 ou x 2 < 0; 1 exp x 1 exp 2x 2 + exp (x 1 + 2x 2 ) se x 1 0, x 2 0. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

12 Vetores Aleatórios Função de Distribuição conjunta Continuação Exemplo 2.5 Assim, e F (x 1 ) = F (x 2 ) = ( ) lim F (x 1, x 2 ) = 1 exp x 1 x 2 ( ) lim F (x 1, x 2 ) = 1 exp 2x 2 x 2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

13 Vetores Aleatórios Função de Probabilidade Conjunta Função de Probabilidade Conjunta Definição 2.6 Seja X for um vetor aleatório discreto, então a Função de Probabilidade Conjunta é definida por, P X (x) = P(X 1 = x 1,..., X m = x m ) e deve satisfazer as seguintes propriedades: (i) P(X 1 = x 1,..., x m ) 0, x R m ; (ii) x R m P(X 1 = x 1,..., X m = x m ) = 1 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

14 Vetores Aleatórios Função de Probabilidade Conjunta Exemplo Exemplo 2.7 Duas moedas honestas são lançadas de forma independente e considere as seguintes variáveis aleatórias: X : número de caras; Y : função indicadora de faces iguais Assim a função de probabilidade conjunta é dada por: 0 se x = 0, y = 0 1 se x = 0, y = se x = 1, y = 0 P(X = x, Y = y) = 2 0 se x = 1, y = 1 0 se x = 2, y = 0 1 se x = 2, y = 1 4 (2) Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

15 Vetores Aleatórios Função de Probabilidade Conjunta Continuação Exemplo 2.7 Considere as seguintes regiões para a Função de distribição Conjunta de X e Y Quadro 2.1 X < 0 0 X < 1 1 X < 2 X 2 y < Y < Y Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

16 Vetores Aleatórios Função de Probabilidade Conjunta Continuação Exemplo 2.7 Assim, analisando o a função de distribuição conjunta é dada por: 0 se x < 0 ou y < 0 0 se 0 x < 1, 0 y < 1 4 se 0 x < 1, 0y 1 F (x, y) = P(X x, Y y) = 1 2 se 1 x < 2, 0 y < se 1 x < 2, y se x 2, 0 y < 1 1 se x 2, y 1 1 (3) Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

17 Vetores Aleatórios Função Densidade de probabilidade Conjunta Função Densidade de probabilidade Conjunta Definição 2.8 Seja X um vetor aleatório contínuo, então dada a função de distribuição conjunta F (x) associada a X, existe um função f : R m R + denominada função densidade de probabilidade conjunta (fdpc), tal que, F (x) = Da Definição 2.8 segue que x1 f (x) = xm f (x)dy 1 dy m. m x 1 x m F (x) (4) Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

18 Vetores Aleatórios Função Densidade de probabilidade Conjunta Função Densidade de probabilidade Conjunta Proposição 2.1 (Propriedades da Função Densidade de probabilidade Conjunta) Seja f uma função que satisfaz as condições da Definição 2.8, então (P1) f (x) 0, x R m ; (P2) f (x)dx 1 dx m A função densidade de probabilidade marginal é dada por f (x k ) = f (x)dx i1 dx im 1, i j k (5) ou da Definição de Função de distribuição Marginal, segue que f (x k ) = x k F (x k ) (6) Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

19 Vetores Aleatórios Função Densidade de probabilidade Conjunta Exemplo Exemplo 2.9 Considere a função de distribuição do Exemplo 2.3 F (x 1, x 2 ) = { 0 ( ) ( ) ( ) se x1 < 0 ou x 2 < 0; 1 exp x 1 exp 2x 2 + exp (x 1 + 2x 2 ) se x 1 0, x 2 0. A função densidade de probabilidade conjunta é dada por ( ) ( ) F (x 1, x 2 ) = exp x 1 exp (x 1 + 2x 2 ) x 1 logo f (x 1, x 2 ) = 2 ( ) F (x 1, x 2 ) = 2 exp (x 1 + 2x 2 ) x 1 x 2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

20 Vetores Aleatórios Função Densidade de probabilidade Conjunta Continuação Exemplo 2.9 As funções de distribuição marginais de X 1 e X 2 foram calculadas no Exemplo 2.5, logo as densidades marginais são dadas por e f (x 1 ) = f (x 2 ) = ( ( )) ( ) 1 exp x1 = exp x1 x 1 ( ( )) 1 exp 2x 2 = 2 exp ( ) 2x 2 x 2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

21 Distribuição Condicional Distribuição Condicional Definição 3.1 Sejam X e Y duas variáveis em (Ω, F, P) e B 1 e B 2 R com P(Y B 2 ) > 0. Então, a probabilidade condicional de X dado Y B 2 é dado por P ( X B 1 Y B 2 ) = P ({X B 1 } {Y B 2 }) P ( Y B 2 ) (7) Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

22 Distribuição Condicional Distribuição Condicional: Y v.a. discreta Se Y for uma variável discreta e y R tal que P(Y = y) > 0, então para X uma variável aleatória qualquer, tem-se que P(X B 1 Y = y) = P ({X B 1} {Y = y}) P ( Y = y ) (8) Logo, pelo teorema da Probabilidade total segue que a distribuição marginal de X é dada por P(X B 1 ) = y R P(X B 1 Y = y)p(y = y) (9) Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

23 Distribuição Condicional Distribuição Condicional: Y v.a. discreta Tomando B 1 = ( inf, x] na Relação (8), obtemos a função de distribuição condicional de X dado = y ) P ({X x} {Y = y}) F X Y (x Y = y = P ( Y = y ) (10) Consequentemente, a Relação (9) nos fornecerá a função de distribuição marginal de X F X (x) = ( ) F x Y = y P(Y = y) (11) y R Da Relação (10) segue que a função de distribuição conjunta é dada por, F X,Y (x, y) = P ( Y = y ) ( ) F x Y = k (12) k:k y Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

24 Distribuição Condicional Distribuição Condicional Se ambas as variáveis forem discretas então a função de probabilidade condicional é dada por P(X = x Y = y) = P(X = x, Y = y) P(Y = y) (13) Se ambas as variáveis forem contínuas então a função densidade de probabilidade condicional é dada por f X Y (x y) = f X,Y (x, y) f Y (y) (14) Da Relação (14) segue que F X Y (x y) = x f X Y (z y)dz (15) Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

25 Distribuição Condicional Distribuição Condicional Da Relação (15) segue que e F X,Y (x, y) = F X (x) = y f Y (t)f X Y (x t)dt (16) f Y (y)f X Y (x y)dy. (17) Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

26 Distribuição Condicional Exemplo Exemplo 3.2 Considere duas variáveis aleatórias: X discreta e Y contínua, com função mista de probabilidade conjunta dada por f (x, y) = { xy x 1 3 se x {1, 2, 3}, 0 y 1 0 caso contrário. (18) 1 Verifique que é de fato uma função de probabilidade; 2 Determine suas marginais; 3 Determine suas condicionais; 4 Determine sua função distribuição conjunta. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

27 Independência entre variáveis aleatórias Independência entre variáveis aleatórias Definição 4.1 Seja X = (X 1,..., X m ) um vetor aleatório m-dimensional definido em (Ω, F, P). Então as variáveis X 1,..., X m serão independentes se a sua distribuição conjunta é dada por P X (X 1 B 1,..., X m B m ) = para qualquer B = (B 1,..., B m ) R m. m P(X i B i ). Segue da Definição 4.1 que para qualquer sub-família de X as variáveis também serão independentes, pois se tomarmos algums B i = R, a Definição 4.1 continuará sendo válida. i=1 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

28 Independência entre variáveis aleatórias Independência entre variáveis aleatórias Observação 4.1 Se X = (X 1,..., X m ) um vetor aleatório discreto então m P X (X 1 = x 1,..., X m = x m ) = P(X i = x i ) i=1 Se X = (X 1,..., X m ) um vetor aleatório contínuo então, m f X (x 1,..., x m ) = f (x i ) i=1 Em ambos os casos a função de distribuição será dada por m F X (x 1,..., x m ) = F (x i ) i=1 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

29 Independência entre variáveis aleatórias Exemplo Exemplo 4.2 Sejam X e Y a duração da vida de dois dispositivos eletrônicos. suponha que a função densidade conjunta seja dada por f X,Y (x, y) = e (x+y) I [0, ) (x)i [0, ) (y) Verifique se X e Y são independentes. As marginais são dadas por f X (x) = 0 e (x+y) I [0, ) (x)dy = e x e y do mesmo modo, f Y (y) = e y I [0, ) (y), portanto, 0 = e x (0 1) = e x f X (x)f Y (y) = e x I [0, ) (x)e y I [0, ) (y) = e (x+y) I [0, ) (x)i [0, ) (y) = f (x, y) Logo, X e Y são independentes. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

30 Independência entre variáveis aleatórias Exemplo Exemplo 4.3 Suponha que a densidade conjunta de X e Y é dada por f X,Y (x, y) = 8xyI [0,1] (x)i [x,1] (y) Verifique se X e Y são independentes. As marginais são dadas por f X (x) = 1 x 8xyI [0,1] (x)dy = 8xI [0,1] (x) 1 x ydy = 4x(1 x 2 )I [0,1] (x) Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

31 Independência entre variáveis aleatórias Exemplo Para determinar a marginal para Y, primeiro note que, I [0,1] (x)i [x,1] (y) = I [0,1] [x,1] (x, y) = I [0,y] [0,1] (x, y) = I [0,y] (x)i [0,1] (y) Assim, Portanto, f (Y ) = y 0 y 8xyI [0,1] (y)dx = 8yI [0,1] (y) xdx = 4y 3 I [0,1] (y) 0 f (x)f (y) = 4x(1 x 2 )I [0,1] (x)4y 3 I [0,1] (y) = 16(x x 3 )y 3 I [0,1] (x)i [0,1] (y) que é diferente de f X,Y (x, y) = 8xyI [0,1] (x)i [0,1] (y), logo X e Y não são independentes. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

32 Modelos Probabilísticos Multivariados Distribuição Multinomial caso Ulissescontrário. Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42 Distribuição Multinomial Definição 5.1 Considere um experimento que é repetido n vezes de modo independente, com m possíveis resultados ou eventos de interesse A i, cada um com probabilidade p i = P(A i ) 0, i = 1,..., m e m i=1 p i = 1. Seja X 1,..., X m variáveis aleatórias que correspondem ao número de ocorrências de cada um dos m possíveis resultados nas n repetições do experimento. Desta forma, o vetor aleatório X = (X 1,..., X m ) segue o modelo multinomial com função de probabilidade conjunta dada por, P(X 1 = x 1,..., X m = x m ) = se 0 x i m, m i=1 x i = n. e n! x 1! x m! px pxm m (19) P(X 1 = x 1,..., X m = x m ) = o (20)

33 Modelos Probabilísticos Multivariados Distribuição Multinomial Distribuição Multinomial: marginais Se X = (X 1,..., X m ) segue o modelo multinomial, com parâmetros n, p 1,..., p m, então X i Bin(n, p i ), logo E(X i ) = np i e Var(X i ) = np i (1 p i ). Demonstração. De fato, como o experimento é repetido n vezes de modo independente e cada evento de interesse A i pode ocorrer com probabilidade p i, segue da definição da distribuição de binomial que cada X i possui distribuição binomial com parâmetros n e p. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

34 Modelos Probabilísticos Multivariados Distribuição Multinomial Exemplo Exemplo 5.2 Uma barra de comprimento especificado é fabricada. Admita-se que o comprimento real X (polegadas) seja uma variável aleatória uniformemente distribueid sobre [10, 12]. Suponha-se que somente interesse saber se um dos três eventos seguintes terá ocorrido: A 1 = {X < 10, 5} A 2 = {10, 5 X 11, 8} A 3 = {X > 11, 8} Dado que 10 barras foram fabricadas, qual a probabilidade de cinco serem menor que 10,5 e duas serem maior que 11,8? Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

35 Modelos Probabilísticos Multivariados Distribuição Uniforme multivariada Distribuição Uniforme multivariada Definição 5.3 Dizemos que um vetor é uniformemente distribuído sobre uma região A, A R m, se f (x 1,..., x m ) = c I A (x 1,..., x m ) em que, c = 1. dx 1 dx m A Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

36 Modelos Probabilísticos Multivariados Distribuição Uniforme multivariada Figura : Uniforme Multivariada Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42 Exemplo Exemplo 5.4 Suponhamos que o vetor aleatório X = (X 1, X 2 ) seja uniformemente distribuido sobre a região delimitada pelas curvas x 2 = x 1 e x 2 = x 2 1 para 0 x 1 1 e 0 x 2 1, conforme figura abaixo: x x 2 = x 1 x 2 = x x 2

37 Modelos Probabilísticos Multivariados Distribuição Uniforme multivariada Exemplo 1 Para x 1 < 0 ou x 2 < 0 tem-se F (x 1, x 2 ) = 0; 2 Para 0 x 1 1 e x1 2 x 2 x 1 tem-se ( F (x 1, x 2 ) = 6 x 1 x 2 x x 1 3 ) = 6x 1 x 2 3x2 2 2x1 3 = p(x 1, x 2 ) 3 3 Para 0 x 1 1 e x 2 < x1 2 ou x 1 > 1 e 0 x 2 1, portanto para x 1 > 0 e 0 x 2 min(x1 2, 1) tem-se F (x 1, x 2 ) = p( x 2, x 2 ) = 6 x 2 x 2 3x x 2 3 = 4x x Para 0 x 1 1 e x 2 > x 1 tem-se F (x 1, x 2 ) = p(x 1, x 1 ) = 6x 1 x 1 3x 2 1 2x 3 1 = 3x 2 1 2x Para x 1 > 1 e x 2 > 1 tem-se F (x 1, x 2 ) = 1. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

38 Modelos Probabilísticos Multivariados Distribuição Uniforme multivariada Distribuição Normal multivariada Dizemos que um vetor aleatório X segue o modelo normal multivariado se sua densidade de probabilidade conjunta é dada por f (x) = ( 2π ) p 2 Σ [ 1 2 exp 1 ( ) tσ x µ 1 ( x µ )] 2 para < x i <, i = 1,..., p. Notação: X N p ( µ, Σ ). Em que µ 1 σ 11 σ σ 1p µ 2 µ =. e Σ = σ 21 σ σ 2p µ p σ p1 σ p2... σ pp é o vetor de médias e a matriz de covariâncias, respectivamente. Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

39 Modelos Probabilísticos Multivariados Distribuição Uniforme multivariada Distribuição normal multivariada Utilizando o teorema da decomposição espectral, a função densidade da normal multivariada pode ser expressa como, f (x) = ( 2π ) [ ( p 2 Σ 1 2 exp 1 ( ) p ) t 1 (x x µ e i e t ) ] i µ 2 λ i i=1 = ( 2π ) [ p 2 Σ 1 2 exp 1 p 1 ( ) tei x µ e t ( ) ] i x µ 2 λ i = ( 2π ) p 2 Σ [ 1 2 exp 1 2 i=1 p i=1 1 λ i [ (x µ ) tei ] 2 Se com exceção da diagonal principal, todos os elementos de Σ forem zero, isto é, todas as covariâncias forem zero, as p componentes de X serão independentes, pois nesse caso teremos(verificar!), f (x) = f 1 (x 1 )f 2 (x 2 ) f p (x p ). ] Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

40 Modelos Probabilísticos Multivariados Distribuição Uniforme multivariada Distribuição normal multivariada O contorno de uma densidade de probabilidade constante é a superfície de um elipsóide centrado em µ e é igual ao conjunto de pontos, { x R p : ( x µ ) t Σ 1 ( x µ ) = c 2}. Esses elipsóides têm eixos ±c λ i e i, onde (λ i, e i ) é um par de autovalor-autovetor da matriz Σ. De fato, para x µ = c λ i e i tem-se que, para i = 1, ( ) tσ x µ 1 ( x µ ) p 1 [ (x ) ] tei 2 p 1 [ = µ = c ] 2 λ i e t λ i λ 1e i i i=1 = 1 c 2 λ 1 e t λ 1e 1 1 }{{} =1 = c 2 2 i=1 + 1 c 2 λ 2 e t λ 1e 2 2 }{{} =0 2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

41 Modelos Probabilísticos Multivariados Distribuição Uniforme multivariada Distribuição normal multivariada Para i = 2, ( x µ ) tσ 1 ( x µ ) = p i=1 1 [ c ] 2 λ i e t λ 2e i i = 1 c 2 λ 1 e t λ 2e 1 1 }{{} =0 = c c 2 λ 2 e t λ 2e 2 2 }{{} =1 2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade III Período / 42

Probabilidade II. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba. Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Distribuição Uniforme 11/13 1 / 19

Probabilidade II. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba. Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Distribuição Uniforme 11/13 1 / 19 Probabilidade II Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Distribuição Uniforme 11/13 1 / 19 Distribuições Contínuas Apresentaremos agora alguns dos

Leia mais

Processos Estocásticos

Processos Estocásticos Processos Estocásticos Hélio Lopes INF2035 - Introdução à Simulação Estocástica 1 Introdução Um processo estocástico é uma família de variáveis aleatórias {X(t), t T } definidas em um espaço de probabilidade,

Leia mais

Modelo Uniforme. como eu e meu colega temos 5 bilhetes, temos a mesma probabilidade de ganhar a rifa:

Modelo Uniforme. como eu e meu colega temos 5 bilhetes, temos a mesma probabilidade de ganhar a rifa: Modelo Uniforme Exemplo: Uma rifa tem 100 bilhetes numerados de 1 a 100. Tenho 5 bilhetes consecutivos numerados de 21 a 25, e meu colega tem outros 5 bilhetes, com os números 1, 11, 29, 68 e 93. Quem

Leia mais

Modelos de Probabilidade e Inferência Estatística

Modelos de Probabilidade e Inferência Estatística Modelos de Probabilidade e Inferência Estatística Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Distribuições Qui-quadrado, t-student e F de Snedecor 04/14

Leia mais

IND 1115 Inferência Estatística Aula 8

IND 1115 Inferência Estatística Aula 8 Conteúdo IND 5 Inferência Estatística Aula 8 Setembro 4 Mônica Barros O - aproximação da Binomial pela Este teorema é apenas um caso particular do teorema central do limite, pois uma variável aleatória

Leia mais

Distribuição Binomial e Normal

Distribuição Binomial e Normal Distribuição Binomial e Normal O que se pretende, neste módulo, é apresentar dois modelos teóricos de distribuição de probabilidade, aos quais um experimento aleatório estudado possa ser adaptado, o que

Leia mais

MOQ 13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Professor: Rodrigo A. Scarpel

MOQ 13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Professor: Rodrigo A. Scarpel MOQ 13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA Professor: Rodrigo A. Scarpel rodrigo@ita.br www.mec.ita.br/~rodrigo Probabilidade e Estatística The Science of collecting and analyzing data for the purpose of drawing

Leia mais

Aula de Exercícios - Variáveis Aleatórias Discretas

Aula de Exercícios - Variáveis Aleatórias Discretas Aula de Exercícios - Variáveis Aleatórias Discretas Organização: Airton Kist Digitação: Guilherme Ludwig Valor Médio de uma variável aleatória Considere uma urna contendo três bolas vermelhas e cinco pretas.

Leia mais

Aula 1 Variáveis aleatórias contínuas

Aula 1 Variáveis aleatórias contínuas Aula 1 Variáveis aleatórias contínuas Objetivos: Nesta aula iremos estudar as variáveis aleatórias contínuas e você aprenderá os seguintes conceitos: função de densidade de probabilidade; função de distribuição

Leia mais

é 4. Portanto, o desvio padrão é 2. Neste caso 100% dos valores da população estão a um desvio padrão da média.

é 4. Portanto, o desvio padrão é 2. Neste caso 100% dos valores da população estão a um desvio padrão da média. Desvio Padrão From Wikipedia, the free encyclopedia probabilidade e estatística, o desvio padrão de uma distribuição de probabilidade, de uma variável aleatória, ou população é uma medida do espalhamento

Leia mais

Análise de Regressão Linear Simples III

Análise de Regressão Linear Simples III Análise de Regressão Linear Simples III Aula 03 Gujarati e Porter Capítulos 4 e 5 Wooldridge Seção.5 Suposições, Propriedades e Teste t Suposições e Propriedades RLS.1 O modelo de regressão é linear nos

Leia mais

1.1 Exemplo da diferença da média da população para a média amostral.

1.1 Exemplo da diferença da média da população para a média amostral. 1 Estatística e Probabilidades Inferência Estatística consiste na generalização das informações a respeito de uma amostra, para a sua população. A Probabilidade considera modelos para estimar informações

Leia mais

Então, a distribuição de converge para a distribuição normal com média nμ e variância nσ 2

Então, a distribuição de converge para a distribuição normal com média nμ e variância nσ 2 Aula 6 Distribuição amostral da proporção Nesta aula você verá uma importante aplicação do Teorema Central do Limite: iremos estudar a distribuição amostral de proporções. Assim, você verá os resultados

Leia mais

Vamos denotar por C o evento balancete de custo e por O o evento balancete de orçamento. Temos: #O = 4 #C = 3 # = 7 Logo, Pr(O) =4/7 Pr(C) =2/7

Vamos denotar por C o evento balancete de custo e por O o evento balancete de orçamento. Temos: #O = 4 #C = 3 # = 7 Logo, Pr(O) =4/7 Pr(C) =2/7 AEDB - 2ª BI Probabilidade e Estatística - 2 o Ano 2011 - Prof: Roberto Campos Leoni Simulado 1. Em um arquivo há 4 balancetes de orçamento e 3 balancetes de custos. Em uma auditoria, o auditor seleciona

Leia mais

Probabilidade. Distribuição Binomial

Probabilidade. Distribuição Binomial Probabilidade Distribuição Binomial Distribuição Binomial (Eperimentos de Bernoulli) Considere as seguintes eperimentos/situações práticas: Conformidade de itens saindo da linha de produção Tiros na mosca

Leia mais

Capítulo 4 Inferência Estatística

Capítulo 4 Inferência Estatística Capítulo 4 Inferência Estatística Slide 1 Resenha Intervalo de Confiança para uma proporção Intervalo de Confiança para o valor médio de uma variável aleatória Intervalo de Confiança para a variância de

Leia mais

Análise de Regressão. Notas de Aula

Análise de Regressão. Notas de Aula Análise de Regressão Notas de Aula 2 Modelos de Regressão Modelos de regressão são modelos matemáticos que relacionam o comportamento de uma variável Y com outra X. Quando a função f que relaciona duas

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano 2015-2 a Fase

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano 2015-2 a Fase Prova Escrita de MATEMÁTICA A - o Ano 205-2 a Fase Proposta de resolução GRUPO I. O valor médio da variável aleatória X é: µ a + 2 2a + 0, Como, numa distribuição de probabilidades de uma variável aleatória,

Leia mais

Coeficiente de Assimetria e Curtose. Rinaldo Artes. Padronização., tem as seguintes propriedades: Momentos

Coeficiente de Assimetria e Curtose. Rinaldo Artes. Padronização., tem as seguintes propriedades: Momentos Coeficiente de Assimetria e Curtose Rinaldo Artes 2014 Padronização Seja X uma variável aleatória com E(X)=µ e Var(X)=σ 2. Então a variável aleatória Z, definida como =, tem as seguintes propriedades:

Leia mais

Avaliação e Desempenho Aula 1 - Simulação

Avaliação e Desempenho Aula 1 - Simulação Avaliação e Desempenho Aula 1 - Simulação Introdução à simulação Geração de números aleatórios Lei dos grandes números Geração de variáveis aleatórias O Ciclo de Modelagem Sistema real Criação do Modelo

Leia mais

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp.

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp. Álgebra Linear AL Luiza Amalia Pinto Cantão Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp.br Autovalores e Autovetores Definição e Exemplos 2 Polinômio Característico

Leia mais

Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística

Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística PLANO DE ENSINO 1. IDENTIFICAÇÃO Disciplina: PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA Código: IEE001 Pré-Requisito: IEM011 - CÁLCULO I N O de Créditos: 4 Número de Aulas Teóricas: 60 Práticas: 0 Semestre: 1 O Ano:

Leia mais

Plano de Ensino PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA - CCE0292

Plano de Ensino PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA - CCE0292 Plano de Ensino PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA - CCE0292 Título PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA Código da disciplina SIA CCE0292 16 Número de semanas de aula 4 Número

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano 2011-2 a Fase

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano 2011-2 a Fase Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 1o Ano 011 - a Fase Proposta de resolução GRUPO I 1. Como no lote existem em total de 30 caixas, ao selecionar 4, podemos obter um conjunto de 30 C 4 amostras diferentes,

Leia mais

Aula 12 Teste de hipótese sobre proporções amostras grandes

Aula 12 Teste de hipótese sobre proporções amostras grandes Aula 12 Teste de hipótese sobre proporções amostras grandes Objetivos Na aula anterior, você aprendeu a construir testes de hipóteses sobre a média de uma população normal com variância σ 2 conhecida.

Leia mais

Séries Numéricas. S Chama-se série numérica a uma expressão do tipo. S Designam-se por somas parciais da série. S Chama-se a soma parcial de ordem n a

Séries Numéricas. S Chama-se série numérica a uma expressão do tipo. S Designam-se por somas parciais da série. S Chama-se a soma parcial de ordem n a Séries Numéricas Definições básicas S Chama-se série numérica a uma expressão do tipo representada em geral por u 1 u 2 C u n C u n, nu1 onde Ÿu n é uma sucessão de reais u 1, u 2, C v termos da série

Leia mais

Regressão linear múltipla. Prof. Tatiele Lacerda

Regressão linear múltipla. Prof. Tatiele Lacerda Regressão linear múltipla Prof Tatiele Lacerda Yi = B + Bx + B3X3 + u Plano de resposta E(Y i ) = 0,00 Y i i 0 (,33;,67) Y i 0 X i Xi X p i, p i 3 Modelo de regressão linear múltipla em termos matriciais,

Leia mais

Capítulo 2. Variáveis Aleatórias e Distribuições

Capítulo 2. Variáveis Aleatórias e Distribuições Capítulo 2 Variáveis Aleatórias e Distribuições Experimento Aleatório Não existe uma definição satisfatória de Experimento Aleatório. Os exemplos dados são de fenômenos para os quais modelos probabilísticos

Leia mais

ÁLGEBRA. Aula 5 _ Função Polinomial do 1º Grau Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora

ÁLGEBRA. Aula 5 _ Função Polinomial do 1º Grau Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora 1 ÁLGEBRA Aula 5 _ Função Polinomial do 1º Grau Professor Luciano Nóbrega Maria Auxiliadora 2 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU Uma função polinomial do 1º grau (ou simplesmente, função do 1º grau) é uma relação

Leia mais

Estatística Descritiva e Exploratória

Estatística Descritiva e Exploratória Gledson Luiz Picharski e Wanderson Rodrigo Rocha 9 de Maio de 2008 Estatística Descritiva e exploratória 1 Váriaveis Aleatórias Discretas 2 Variáveis bidimensionais 3 Váriaveis Aleatórias Continuas Introdução

Leia mais

Matrizes e Sistemas Lineares. Professor: Juliano de Bem Francisco. Departamento de Matemática Universidade Federal de Santa Catarina.

Matrizes e Sistemas Lineares. Professor: Juliano de Bem Francisco. Departamento de Matemática Universidade Federal de Santa Catarina. e Aula Zero - Álgebra Linear Professor: Juliano de Bem Francisco Departamento de Matemática Universidade Federal de Santa Catarina agosto de 2011 Outline e e Part I - Definição: e Consideremos o conjunto

Leia mais

Erros e Incertezas. Rafael Alves Batista Instituto de Física Gleb Wataghin Universidade Estadual de Campinas (Dated: 10 de Julho de 2011.

Erros e Incertezas. Rafael Alves Batista Instituto de Física Gleb Wataghin Universidade Estadual de Campinas (Dated: 10 de Julho de 2011. Rafael Alves Batista Instituto de Física Gleb Wataghin Universidade Estadual de Campinas (Dated: 10 de Julho de 2011.) I. INTRODUÇÃO Quando se faz um experimento, deseja-se comparar o resultado obtido

Leia mais

Par de Variáveis Aleatórias

Par de Variáveis Aleatórias Par de Variáveis Aleatórias Luis Henrique Assumpção Lolis 7 de abril de 2014 Luis Henrique Assumpção Lolis Par de Variáveis Aleatórias 1 Conteúdo 1 Introdução 2 Par de Variáveis Aleatórias Discretas 3

Leia mais

Aula 1 Estatística e Probabilidade

Aula 1 Estatística e Probabilidade Aula 1 Estatística e Probabilidade Anamaria Teodora Coelho Rios da Silva Aula 1 Plano de ensino Planejamento das aulas Referências Bibliográficas Atividades de Aprendizagem Orientadas Sistema de Avaliação

Leia mais

Teorema do Limite Central e Intervalo de Confiança

Teorema do Limite Central e Intervalo de Confiança Probabilidade e Estatística Teorema do Limite Central e Intervalo de Confiança Teorema do Limite Central Teorema do Limite Central Um variável aleatória pode ter uma distribuição qualquer (normal, uniforme,...),

Leia mais

Notas de Aula. tal que, para qualquer ponto (x, y) no plano xy, temos: p XY

Notas de Aula. tal que, para qualquer ponto (x, y) no plano xy, temos: p XY UNIVERSIDDE FEDERL D BHI INSTITUTO DE MTEMÁTIC DEPRTMENTO DE ESTTÍSTIC v. demar de Barros s/n - Campus de Ondina 40170-110 - Salvador B Tel:(071)247-405 Fax 245-764 Mat 224 - Probabilidade II - 2002.2

Leia mais

Variáveis Frequências Gráficos Medidas de Posição Medidas de Dispersão Medidas Complementares Inferência

Variáveis Frequências Gráficos Medidas de Posição Medidas de Dispersão Medidas Complementares Inferência Tipos de Variáveis Problema Motivador: Um pesquisador está interessado em fazer um levantamento sobre aspectos sócio-econômicos dos empregados da seção de orçamentos de uma companhia (vide tabela). Algumas

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano 2015 - Época especial

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano 2015 - Época especial Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 1o Ano 015 - Época especial Proposta de resolução GRUPO I 1. Como P A B = P A + P B P A B, substituindo os valores conhecidos, podemos calcular P A: 0,7 = P A + 0,4 0, 0,7

Leia mais

A Derivada. 1.0 Conceitos. 2.0 Técnicas de Diferenciação. 2.1 Técnicas Básicas. Derivada de f em relação a x:

A Derivada. 1.0 Conceitos. 2.0 Técnicas de Diferenciação. 2.1 Técnicas Básicas. Derivada de f em relação a x: 1.0 Conceitos A Derivada Derivada de f em relação a x: Uma função é diferenciável / derivável em x 0 se existe o limite Se f é diferenciável no ponto x 0, então f é contínua em x 0. f é diferenciável em

Leia mais

INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA. Prof. Anderson Rodrigo da Silva anderson.silva@ifgoiano.edu.br

INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA. Prof. Anderson Rodrigo da Silva anderson.silva@ifgoiano.edu.br INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Prof. Anderson Rodrigo da Silva anderson.silva@ifgoiano.edu.br Tipos de Pesquisa Censo: é o levantamento de toda população. Aqui não se faz inferência e sim uma descrição

Leia mais

Estatística AMOSTRAGEM

Estatística AMOSTRAGEM Estatística AMOSTRAGEM Estatística: É a ciência que se preocupa com a coleta, a organização, descrição (apresentação), análise e interpretação de dados experimentais e tem como objetivo fundamental o estudo

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CALDAS DAS TAIPAS PLANIFICAÇÃO ANUAL. Ano letivo 2014 / 2015

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CALDAS DAS TAIPAS PLANIFICAÇÃO ANUAL. Ano letivo 2014 / 2015 PLANIFICAÇÃO ANUAL MATEMÁTICA A 10º ANO Ano letivo 01 / 015 Gorete Branco, José Temporão, M.ª Arminda Machado, Paula Gomes, Teresa Clain GESTÃO DO TEMPO 1.º PERÍODO INICIO: 15 / 09 / 01 FIM: 16 /1 / 01

Leia mais

Introdução aos Processos Estocásticos - Independência

Introdução aos Processos Estocásticos - Independência Introdução aos Processos Estocásticos - Independência Eduardo M. A. M. Mendes DELT - UFMG Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Universidade Federal de Minas Gerais emmendes@cpdee.ufmg.br Eduardo

Leia mais

BIOESTATÍSTICA. Parte 1 - Estatística descritiva e análise exploratória dos dados

BIOESTATÍSTICA. Parte 1 - Estatística descritiva e análise exploratória dos dados BIOESTATÍSTICA Parte 1 - Estatística descritiva e análise exploratória dos dados Aulas Teóricas de 17/02/2011 a 03/03/2011 1.1. População, amostra e dados estatísticos. Dados qualitativos e quantitativos

Leia mais

Processos Estocásticos. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Luiz Affonso Guedes. Como devemos descrever um experimento aleatório?

Processos Estocásticos. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Luiz Affonso Guedes. Como devemos descrever um experimento aleatório? Processos Estocásticos Luiz Affonso Guedes Sumário Probabilidade Funções de Uma Variável Aleatória Funções de Várias Momentos e Estatística Condicional Teorema do Limite Central Processos Estocásticos

Leia mais

Técnicas estatísticas para análise de dados e de resultados de modelos de simulação

Técnicas estatísticas para análise de dados e de resultados de modelos de simulação Parte XIV Técnicas estatísticas para análise de dados e de resultados de modelos de simulação A saída de um modelo de simulação geralmente constitui-se de VA s, muitas das quais podem ter variância grande.

Leia mais

Processos Estocásticos. Luiz Affonso Guedes

Processos Estocásticos. Luiz Affonso Guedes Processos Estocásticos Luiz Affonso Guedes Sumário Probabilidade Variáveis Aleatórias Funções de Uma Variável Aleatória Funções de Várias Variáveis Aleatórias Momentos e Estatística Condicional Teorema

Leia mais

1. Coeficiente de Rendimento Escolar mínimo e Formação Acadêmica:

1. Coeficiente de Rendimento Escolar mínimo e Formação Acadêmica: Critérios Norteadores para o Processo Seletivo ao Programa de Pós-Graduação em Matemática da UFCG, no Curso de Mestrado, Modalidade Acadêmico - Área Probabilidade e Estatística A Seleção para o Curso de

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR. Transformações Lineares. Prof. Susie C. Keller

ÁLGEBRA LINEAR. Transformações Lineares. Prof. Susie C. Keller ÁLGEBRA LINEAR Transformações Lineares Prof. Susie C. Keller É um tipo especial de função (aplicação), onde o domínio e o contradomínio são espaços vetoriais. Tanto a variável independente quanto a variável

Leia mais

AULA 11 Experimentos Multinomiais e Tabelas de Contingência

AULA 11 Experimentos Multinomiais e Tabelas de Contingência 1 AULA 11 Experimentos Multinomiais e Tabelas de Contingência Ernesto F. L. Amaral 24 de setembro de 2012 Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Leia mais

Planejamento e Análise Estatística de Experimentos Fatoriais em blocos completos

Planejamento e Análise Estatística de Experimentos Fatoriais em blocos completos Planejamento e Análise Estatística de Experimentos Fatoriais em blocos completos Contexto Já vimos como analisar um experimento em blocos na presença de um único fator de interesse. Podemos ter experimentos

Leia mais

AULA 04 Estimativas e Tamanhos Amostrais

AULA 04 Estimativas e Tamanhos Amostrais 1 AULA 04 Estimativas e Tamanhos Amostrais Ernesto F. L. Amaral 27 de agosto de 2012 Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fonte: Triola, Mario

Leia mais

5. Derivada. Definição: Se uma função f é definida em um intervalo aberto contendo x 0, então a derivada de f

5. Derivada. Definição: Se uma função f é definida em um intervalo aberto contendo x 0, então a derivada de f 5 Derivada O conceito de derivada está intimamente relacionado à taa de variação instantânea de uma função, o qual está presente no cotidiano das pessoas, através, por eemplo, da determinação da taa de

Leia mais

REGRESSÃO. Análise de Correlação

REGRESSÃO. Análise de Correlação REGRESSÃO Linear, Não linear, simples e múltipla Análise de Correlação 2 Correlação Indica a força e a direção do relacionamento linear entre dois atributos Trata-se de uma medida da relação entre dois

Leia mais

Estatística - exestatmedposic.doc 25/02/09

Estatística - exestatmedposic.doc 25/02/09 Medidas de Posição Introdução Vimos anteriormente que, através de uma distribuição de freqüências se estabelece um sistema de classificação que descreve o padrão de variação de um determinado fenômeno

Leia mais

CAPÍTULO 8. de Variância - ANOVA ANOVA. Análise

CAPÍTULO 8. de Variância - ANOVA ANOVA. Análise CAPÍTULO 8 Análise de Variância - UFRGS Os testes de hipótese apresentados até aqui limitaram-se à comparação de duas médias ou duas variâncias. Contudo, há situações onde se deseja comparar várias médias,

Leia mais

Testes Qui-Quadrado - Teste de Aderência

Testes Qui-Quadrado - Teste de Aderência Testes Qui-Quadrado - Teste de Aderência Consideremos uma tabela de frequências com k frequências, k 2 k: total de categorias frequências observadas: O 1,, O k seja p 1 = p 01,, p k = p 0k as probabilidades

Leia mais

Processos Estocásticos. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Luiz Affonso Guedes

Processos Estocásticos. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Variáveis Aleatórias. Luiz Affonso Guedes Processos Estocásticos Luiz Affonso Guedes Sumário Probabilidade Funções de Uma Variável Aleatória Funções de Várias Momentos e Estatística Condicional Teorema do Limite Central Processos Estocásticos

Leia mais

Variáveis Aleatórias Bidimensionais &Teoremas de Limite 1/22

Variáveis Aleatórias Bidimensionais &Teoremas de Limite 1/22 all Variáveis Aleatórias Bidimensionais & Teoremas de Limite Professores Eduardo Zambon e Magnos Martinello UFES Universidade Federal do Espírito Santo DI Departamento de Informática CEUNES Centro Universitário

Leia mais

CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES

CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES Vamos estudar alguns métodos numéricos para resolver: Equações algébricas (polinómios) não lineares; Equações transcendentais equações que envolvem funções

Leia mais

MEDIDAS DE DISPERSÃO. o grau de variabilidade, ou dispersão, dos valores em torno da média.

MEDIDAS DE DISPERSÃO. o grau de variabilidade, ou dispersão, dos valores em torno da média. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA MEDIDAS DESCRITIVAS Departamento de Estatística Tarciana Liberal As medidas de posição apresentadas fornecem a informação dos dados apenas a nível pontual, sem ilustrar

Leia mais

Unidade 3 Função Afim

Unidade 3 Função Afim Unidade 3 Função Afim Definição Gráfico da Função Afim Tipos Especiais de Função Afim Valor e zero da Função Afim Gráfico definidos por uma ou mais sentenças Definição C ( x) = 10. x + Custo fixo 200 Custo

Leia mais

1 Introdução. 1.1 Importância da Utilização da Amostragem

1 Introdução. 1.1 Importância da Utilização da Amostragem 1 Introdução Um dos principais objetivos da maioria dos estudos, análises ou pesquisas estatísticas é fazer generalizações seguras com base em amostras, sobre as populações das quais as amostras foram

Leia mais

Inversão de Matrizes

Inversão de Matrizes Inversão de Matrizes Prof. Márcio Nascimento Universidade Estadual Vale do Acaraú Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Curso de Licenciatura em Matemática Disciplina: Álgebra Matricial - 2014.2 13 de

Leia mais

A vida sem reflexão não merece ser vivida Sócrates Disciplina: ESTATÍSTICA e PROBABILIDADE

A vida sem reflexão não merece ser vivida Sócrates Disciplina: ESTATÍSTICA e PROBABILIDADE Notas de aula 07 1 A vida sem reflexão não merece ser vivida Sócrates Disciplina: ESTATÍSTICA e PROBABILIDADE 1. Medidas de Forma: Assimetria e Curtose. A medida de assimetria indica o grau de distorção

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA «21. Uma fábrica, que produz pequenas peças utilizadas em materiais eletrônicos, armazena essa mercadoria em lotes com 1000 unidades. Inspecionada

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA SÉ GUARDA. MATEMÁTICA B Curso de Artes Visuais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA SÉ GUARDA. MATEMÁTICA B Curso de Artes Visuais Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares Direção de Serviços da Região Centro AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA SÉ GUARDA MATEMÁTICA B Curso de Artes Visuais ANO LECTIVO: 2015/2016 11º ANO 1º PERÍODO PLANIFICAÇÃO

Leia mais

FUNÇÃO DO 2º GRAU PROF. LUIZ CARLOS MOREIRA SANTOS

FUNÇÃO DO 2º GRAU PROF. LUIZ CARLOS MOREIRA SANTOS Questão 01) FUNÇÃO DO º GRAU A função definida por L(x) = x + 800x 35 000, em que x indica a quantidade comercializada, é um modelo matemático para determinar o lucro mensal que uma pequena indústria obtém

Leia mais

Exercícios Selecionados de Estatística Avançada. Sumário

Exercícios Selecionados de Estatística Avançada. Sumário 1 Exercícios Selecionados de Estatística Avançada Sumário I Probabilidade... 2 II Medidas de Posição e de Dispersão. Assimetria e Curtose... 5 III Variáveis Aleatórias Discretas e Contínuas. Função de

Leia mais

Medidas de dispersão e assimetria

Medidas de dispersão e assimetria Metodologia de Diagnóstico e Elaboração de Relatório FASHT Medidas de dispersão e assimetria Profª Cesaltina Pires cpires@uevora.pt Plano da Apresentação Medidas de dispersão Variância Desvio padrão Erro

Leia mais

Análise estatística. Aula de Bioestatística. 17/9/2008 (2.ª Parte) Paulo Nogueira

Análise estatística. Aula de Bioestatística. 17/9/2008 (2.ª Parte) Paulo Nogueira Análise estatística Aula de Bioestatística 17/9/2008 (2.ª Parte) Paulo Nogueira Testes de Hipóteses Hipótese Estatística de teste Distribuição da estatística de teste Decisão H 0 : Não existe efeito vs.

Leia mais

Regressão, Interpolação e Extrapolação Numéricas

Regressão, Interpolação e Extrapolação Numéricas , e Extrapolação Numéricas Departamento de Física Universidade Federal da Paraíba 29 de Maio de 2009, e Extrapolação Numéricas O problema Introdução Quem é quem Um problema muito comum na física é o de

Leia mais

Exercícios de Aprofundamento Mat Polinômios e Matrizes

Exercícios de Aprofundamento Mat Polinômios e Matrizes . (Unicamp 05) Considere a matriz A A e A é invertível, então a) a e b. b) a e b 0. c) a 0 e b 0. d) a 0 e b. a 0 A, b onde a e b são números reais. Se. (Espcex (Aman) 05) O polinômio q(x) x x deixa resto

Leia mais

Capítulo 7. 1. Bissetrizes de duas retas concorrentes. Proposição 1

Capítulo 7. 1. Bissetrizes de duas retas concorrentes. Proposição 1 Capítulo 7 Na aula anterior definimos o produto interno entre dois vetores e vimos como determinar a equação de uma reta no plano de diversas formas. Nesta aula, vamos determinar as bissetrizes de duas

Leia mais

Correlação e Regressão linear simples

Correlação e Regressão linear simples Metodologia de Diagnóstico e Elaboração de Relatório FASHT Correlação e Regressão linear simples Prof. Cesaltina Pires cpires@uevora.pt Plano da Apresentação Correlação linear Diagrama de dispersão Covariância

Leia mais

Plano da Apresentação. Correlação e Regressão linear simples. Correlação linear. Associação entre hábitos leitura e escolaridade.

Plano da Apresentação. Correlação e Regressão linear simples. Correlação linear. Associação entre hábitos leitura e escolaridade. Metodologia de Diagnóstico e Elaboração de Relatório FASHT Correlação e Plano da Apresentação Correlação linear Diagrama de dispersão Covariância Coeficiente de correlação de Pearson Teste de correlação

Leia mais

Roteiro da aula. MA091 Matemática básica. Conjuntos. Subconjunto. Aula 12 Conjuntos. Intervalos. Inequações. Francisco A. M. Gomes.

Roteiro da aula. MA091 Matemática básica. Conjuntos. Subconjunto. Aula 12 Conjuntos. Intervalos. Inequações. Francisco A. M. Gomes. Roteiro da aula MA091 Matemática básica Aula 1... Francisco A. M. Gomes UNICAMP - IMECC Março de 016 1 3 4 Francisco A. M. Gomes (UNICAMP - IMECC) MA091 Matemática básica Março de 016 1 / 8 Francisco A.

Leia mais

Apostila de Matemática 16 Polinômios

Apostila de Matemática 16 Polinômios Apostila de Matemática 16 Polinômios 1.0 Definições Expressão polinomial ou polinômio Expressão que obedece a esta forma: a n, a n-1, a n-2, a 2, a 1, a 0 Números complexos chamados de coeficientes. n

Leia mais

Matemática Básica Intervalos

Matemática Básica Intervalos Matemática Básica Intervalos 03 1. Intervalos Intervalos são conjuntos infinitos de números reais. Geometricamente correspondem a segmentos de reta sobre um eixo coordenado. Por exemplo, dados dois números

Leia mais

Probabilidade II Lista 1 - Vetores Aleatórios

Probabilidade II Lista 1 - Vetores Aleatórios Probabilidade II Lista - Vetores Aleatórios Exercício. Duas moedas equilibradas são lançadas de forma independente. Dena as v.a's X : número de caras nos dois lançamentos e Y : função indicadora de faces

Leia mais

6.2. Volumes. Nesta seção aprenderemos a usar a integração para encontrar o volume de um sólido. APLICAÇÕES DE INTEGRAÇÃO

6.2. Volumes. Nesta seção aprenderemos a usar a integração para encontrar o volume de um sólido. APLICAÇÕES DE INTEGRAÇÃO APLICAÇÕES DE INTEGRAÇÃO 6.2 Volumes Nesta seção aprenderemos a usar a integração para encontrar o volume de um sólido. SÓLIDOS IRREGULARES Começamos interceptando S com um plano e obtemos uma região plana

Leia mais

MAE116 - Noções de Estatística

MAE116 - Noções de Estatística MAE116 - Noções de Estatística Grupo A - 1 semestre de 2015 Gabarito da Lista de exercícios 10 - Introdução à Estatística Descritiva - CASA Exercício 1. (2 pontos) Sabe-se que, historicamente, 18% dos

Leia mais

Tipos de Modelos. Exemplos. Modelo determinístico. Exemplos. Modelo probabilístico. Causas Efeito. Determinístico. Sistema Real.

Tipos de Modelos. Exemplos. Modelo determinístico. Exemplos. Modelo probabilístico. Causas Efeito. Determinístico. Sistema Real. Tipos de Modelos Sistema Real Determinístico Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufrgs.br http://www.mat.ufrgs.br/~viali/ Probabilístico Modelo determinístico Exemplos Gravitação F GM M /r Causas Efeito Aceleração

Leia mais

2ª LISTA DE EXERCÍCIOS. 2) Uma indústria automobilística possui 15.000 empregados, classificados de acordo com a tabela abaixo:

2ª LISTA DE EXERCÍCIOS. 2) Uma indústria automobilística possui 15.000 empregados, classificados de acordo com a tabela abaixo: DISCIPLINA: ESTATÍSTICA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO PROF: LUIZ MEDEIROS 2ª LISTA DE EXERCÍCIOS 1) Descreva o espaço amostral para cada um dos seguintes experimentos: a) Lançamento de um dado e de uma moeda;

Leia mais

Bases Matemáticas. Daniel Miranda 1. 23 de maio de 2011. sala 819 - Bloco B página: daniel.miranda

Bases Matemáticas. Daniel Miranda 1. 23 de maio de 2011. sala 819 - Bloco B página:  daniel.miranda Daniel 1 1 email: daniel.miranda@ufabc.edu.br sala 819 - Bloco B página: http://hostel.ufabc.edu.br/ daniel.miranda 23 de maio de 2011 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Definição Uma proposição

Leia mais

Cap. 8 - Variáveis Aleatórias

Cap. 8 - Variáveis Aleatórias Variáveis Aleatórias Discretas: A de Poisson e Outras ESQUEMA DO CAPÍTULO 8.1 A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 8.2 A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON COMO APROXIMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL 8.3 O PROCESSO DE POISSON

Leia mais

Medidas de Localização

Medidas de Localização MATEMÁTICA APLICADA ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS RESUMO Estatística 2 Medidas de Localização e Dispersão 10º ano Cláudia Henriques Medidas de Localização Estatísticas Medidas que se calculam a partir dos dados

Leia mais

x = xi n x = xifi fi 1. MÉDIA Exercício: Quando a distribuição é simétrica, a média e a mediana coincidem.

x = xi n x = xifi fi 1. MÉDIA Exercício: Quando a distribuição é simétrica, a média e a mediana coincidem. 1. MÉDIA Exercício: Quando a distribuição é simétrica, a média e a mediana coincidem. Determine a média aritmética da distribuição: A mediana não é tão sensível, como a média, às observações que são muito

Leia mais

3 Modelos de Simulação

3 Modelos de Simulação 43 3 Modelos de Simulação 3.1 Simulação de Monte Carlo O método de Monte Carlo foi concebido com este nome nos anos 40 por John Von Neumann, Stanislaw Ulam e Nicholas Metropolis durante o projeto de pesquisa

Leia mais

Probabilidade II. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba

Probabilidade II. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba Probabilidade II Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Distribuições Condicionais 11/13 1 / 19 Em estudo feito em sala perguntamos aos alunos qual

Leia mais

Introdução ao determinante

Introdução ao determinante ao determinante O que é? Quais são suas propriedades? Como se calcula (Qual é a fórmula ou algoritmo para o cálculo)? Para que serve? Álgebra Linear II 2008/2 Prof. Marco Cabral & Prof. Paulo Goldfeld

Leia mais

FÍSICA (Eletromagnetismo) CAMPOS ELÉTRICOS

FÍSICA (Eletromagnetismo) CAMPOS ELÉTRICOS FÍSICA (Eletromagnetismo) CAMPOS ELÉTRICOS 1 O CONCEITO DE CAMPO Suponhamos que se fixe, num determinado ponto, uma partícula com carga positiva, q1, e a seguir coloquemos em suas proximidades uma segunda

Leia mais

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp.

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp. Álgebra Linear AL Luiza Amalia Pinto Cantão Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp.br Sistemas Lienares 1 Sistemas e Matrizes 2 Operações Elementares e

Leia mais

ÁLGEBRA VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA (UFCG- CUITÉ)

ÁLGEBRA VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA (UFCG- CUITÉ) P L A N O S PARALELOS AOS EIXOS E AOS PLANOS COORDENADOS Casos Particulares A equação ax + by + cz = d na qual a, b e c não são nulos, é a equação de um plano π, sendo v = ( a, b, c) um vetor normal a

Leia mais

Aplicações de integração. Cálculo 2 Prof. Aline Paliga

Aplicações de integração. Cálculo 2 Prof. Aline Paliga Aplicações de integração Cálculo Prof. Aline Paliga Áreas entre curvas Nós já definimos e calculamos áreas de regiões que estão sob os gráficos de funções. Aqui nós estamos usando integrais para encontrar

Leia mais

ÁLGEBRA. Aula 1 _ Função Polinomial do 2º Grau Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora

ÁLGEBRA. Aula 1 _ Função Polinomial do 2º Grau Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora 1 ÁLGEBRA Aula 1 _ Função Polinomial do 2º Grau Professor Luciano Nóbrega Maria Auxiliadora FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU 2 Uma função polinomial do 2º grau (ou simplesmente, função do 2º grau) é uma relação

Leia mais

O QUE SÃO E QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL EM ESTATÍSTICA PARTE I

O QUE SÃO E QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL EM ESTATÍSTICA PARTE I O QUE SÃO E QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL EM ESTATÍSTICA PARTE I O que são medidas de tendência central? Média Aritmética Simples Média Aritmética Ponderada Media Geométrica e Harmônica

Leia mais

Estatística Multivariada. Visão Panorâmica. Aplicações: Associação. Classificação. Comparação. Associação. Correlação Bivariada.

Estatística Multivariada. Visão Panorâmica. Aplicações: Associação. Classificação. Comparação. Associação. Correlação Bivariada. Prof. Lorí Viali, Dr. viali@pucrs.br; viali@mat.ufrgs.br; http://www.pucrs.br/famat/viali; http://www.mat.ufrgs.br/~viali/ Embora projetos complexos e métodos sofisticados sejam necessários para responder

Leia mais

Operações Básicas em Sinais 1

Operações Básicas em Sinais 1 Operações Básicas em Sinais Operações realizadas em variáveis dependentes Mudança de escala de amplitude Adição Multiplicação Diferenciação Integração Operações Básicas em Sinais 1 Operações Realizadas

Leia mais

AULA 07 Distribuições Discretas de Probabilidade

AULA 07 Distribuições Discretas de Probabilidade 1 AULA 07 Distribuições Discretas de Probabilidade Ernesto F. L. Amaral 31 de agosto de 2010 Metodologia de Pesquisa (DCP 854B) Fonte: Triola, Mario F. 2008. Introdução à estatística. 10 ª ed. Rio de Janeiro:

Leia mais