36º Encontro Anual da Anpocs GT 26 Pensamento Social Latino-Americano O Capitalismo Contemporâneo Visto do Sul: Ruy Mauro Marini e René Dreifuss

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1 36º Encontro Anual da Anpocs GT 26 Pensamento Social Latino-Americano O Capitalismo Contemporâneo Visto do Sul: Ruy Mauro Marini e René Dreifuss Tahirá Endo Gonzaga

2 Introdução As pesquisas acadêmicas sobre o pensamento político brasileiro são extremamente relevantes para a compreensão das diferentes correntes intelectuais que guiaram não somente as reflexões teórico-metodológicas das ciências sociais, mas, sobretudo, as práticas políticas e sociais de diversos grupos dentro de nossa sociedade. Neste sentido, a análise sobre as obras dos chamados intérpretes do Brasil ganha relevo para delimitar as distintas correntes mencionadas acima. Podemos considerar, de maneira genérica, que os intelectuais chamados clássicos do pensamento social brasileiro possuem como característica principal a não transposição literal e de maneira acrítica da produção científica dos países centrais para a compreensão de nossa realidade social. Estes adotam, portanto, postura crítica e criativa para análise de nossa singularidade históricosocial. Ampliando um pouco o foco, é possível estender este tipo de generalização para nossos vizinhos latino-americanos e encontrar algumas similaridades e influências entre as diferentes propostas metodológicas e de produção científica nesta região, sobretudo a partir do início do século XX. Fazendo um balanço sintético sobre o processo de maturação do pensamento social latino-americano Dos Santos (2000) assevera que a integração do pensamento científico numa forte perspectiva transdisciplinar, em nosso continente, possibilitou, em meados do século XX, a abertura de campo teórico próprio, com metodologia própria, identidade temática e caminho para uma práxis mais realista (DOS SANTOS, 2000, p. 31). A partir desta análise é possível utilizar a sistematização formulada por Valencia (2008), quando afirma que o pensamento teórico e crítico latino-americano passou durante o século XX por três grandes etapas: 1) domínio do positivismo, até o pós- Segunda Guerra Mundial; 2) autonomia conseguida frente aos paradigmas dos países desenvolvidos, até meados da década de 1980 e; 3) o retrocesso de tal pensamento autônomo com a adoção do paradigma do pensamento neoliberal. A integração do pensamento científico defendida por Dos Santos, está enquadrada na segunda etapa desta divisão. 2

3 Embora um pouco esquemática, pois, correntes constituintes destas três etapas se sobreponham e persistam dentro do período de tempo de outra, esta divisão pode ajudar a desenvolver o argumento para esclarecer e justificar a escolha de meu objeto de estudo, que constitui parte preliminar de minha pesquisa de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFF. Esta pesquisa terá como objetivo estudar o pensamento social e político de Ruy Mauro Marini ( ) e René Armand Dreifuss ( ), partindo de suas referências e objetos de estudo, e elaborando, a partir de seus diferentes aportes teóricos e conceituais, uma análise comparativa entre suas obras e suas visões sobre o capitalismo contemporâneo. Percebo-os como representantes da geração formada na segunda fase do esquema de Valencia, pois, ambos sintetizam e ao mesmo tempo colocam em outro patamar, através da produção criativa, os avanços trazidos pelo longo processo de maturação do pensamento social e político brasileiro e latino-americano de décadas anteriores. Além disso, em suas obras interpretam os âmbitos nacional, regional e internacional de maneira integrada. Ambos utilizam-se dos aportes teóricos marxistas aproximando-se de duas correntes principais: Marini desenvolve sua obra a partir dos escritos de Lenin, Rosa Luxemburgo e Trotsky; enquanto Dreifuss aproxima-se do arcabouço produzido por Gramsci, Poulantzas e Miliband. Outrossim, os impactos do debate intelectual dos anos sobre os possíveis modelos de desenvolvimento brasileiro e sua incorporação ao moderno capitalismo industrial são fundamentais para a constituição de suas obras. Entendo, portanto, que eles se enquadram na corrente intelectual que a partir de meados dos anos 1960 abriu amplas perspectivas para a compreensão de nossa realidade social, utilizando-se dos ramos específicos das Ciências Humanas de maneira interdisciplinar e aproveitando o fértil solo proporcionado pelo pensamento crítico e original das gerações anteriores. Neste sentido, sustento a idéia de que seus trabalhos podem funcionar de maneira complementar embora em muitos pontos sejam distintos - para apontar caminhos de investigação científica e para o entendimento histórico, econômico, cultural e político da sociedade contemporânea. 3

4 Objetivos e Contextualização Embora a obra de Marini seja bastante conhecida na América Latina, esta só começou a ganhar a devida projeção em nosso país recentemente. O pensamento de Marini revela-se um dos mais originais, rigorosos e radicais da tradição marxista e certamente os conceitos e as temáticas desenvolvidas ao longo de sua carreira intelectual figuram entre os mais relevantes e atuais para as ciências sociais latino-americanas. A análise do modelo político de nossa região, a formulação do conceito de Estado de contra-insurgência e os apontamentos sobre as matrizes e possíveis direções dos movimentos populares na América Latina aliados aos conceitos de superexploração do trabalho e subimperialismo - desenvolvidos em sua economia política da dependência - constituem parte fundamental de seu legado. A partir dos anos 1990, os aportes formulados em sua teoria marxista da dependência serão a base de sustentação para suas análises sobre a economia mundial, a globalização e os desafios de integração regional da América Latina. Já o uruguaio e naturalizado brasileiro René Dreifuss, em sua extensa obra, produziu um esforço ímpar para desvendar as estratégias e táticas das classes dominantes para planejar, ou melhor, produzir as condições para uma ação política eficaz. Em seu clássico livro sobre o golpe militar de , Dreifuss sinaliza a construção do conceito de elites orgânicas e empreende uma pesquisa fabulosa, com farta documentação, sobre a formação e atuação política da elite orgânica brasileira que conseguiu conquistar o aparelho estatal e imprimir o modelo de desenvolvimento econômico almejado pelo bloco de poder multinacional e associado, que se constituiu a partir dos anos É no livro A Internacional Capitalista (1986) que o autor cristaliza e aprofunda o entendimento sobre o caráter transnacional das elites orgânicas e formula os contornos conceituais definitivos sobre estas. Aponta, então, para suas relações com outros segmentos das classes sociais e suas estreitas ligações com governos e Estados nacionais. 1 DREIFUSS, René Armand. 1964: A Conquista do Estado: Ação Política, Poder e Golpe de Classe. Petrópolis: Vozes,

5 Em sua última fase de elaboração intelectual produz extraordinário esforço para compreender os processos e mudanças alavancados pelos fenômenos de mundialização, planetarização e globalização, que agiriam de maneira integrada liderados pelas corporações estratégicas e com decisivo direcionamento político das elites orgânicas transnacionais. Esta pequena descrição introdutória sobre o pensamento social e político destes autores, permite inferir as diferentes perspectivas traçadas por cada um para análise dos processos de inserção da sociedade brasileira no sistema capitalista internacional, em suas diversas variáveis. Marini focaliza aspectos econômicos, políticos e estruturais deste processo, ou seja, os padrões de acumulação capitalista em uma sociedade dependente inserida em um sistema internacional estabelecido de maneira hierárquica com distribuição econômica e de poder desigual. Dreifuss, por outro lado, analisa os fatores estratégico-organizacionais e ideológicos da disputa política no capitalismo internacional, voltando-se para o estudo das elites orgânicas e suas inter-relações com outras elites formando uma rede de âmbito transnacional. Portanto, o esforço neste trabalho será verificar as possíveis correspondências entre estes principais enfoques para análise da nova inserção brasileira no sistema capitalista internacional durante o século XX e seus desdobramentos para a conjuntura política, social e econômica atual. Dos Santos (2000) sinaliza para a necessidade da teoria social se desprender de sua extrema especialização e retomar a tradição das grandes teorias explicativas para reordenar o sistema de interpretação do mundo contemporâneo. Em outro trabalho, sugere um programa de estudos para análise das tendências da globalização e aponta a necessidade de amplo esforço coletivo de pesquisadores para que este programa seja posto em marcha. Dentre as principais linhas temáticas traçadas por Dos Santos, podemos destacar: 1) Estabelecer bases conceituais que permitam descrever o processo de globalização em suas dimensões: a) tecno-produtiva; b) políticoestratégica; e c) cultural: hábitos e costumes; (...) 2) Determinar as 5

6 tendências de evolução da economia mundial; (...) 3) Incrementar a capacidade do sistema internacional de pesquisa, particularmente das instituições de países menos desenvolvidos da América Latina, do Caribe, da África e da Ásia. (DOS SANTOS, 2004, ) Entendemos que os autores tratados neste artigo contribuem fortemente para o desenvolvimento dos dois primeiros pontos destacados na proposta de estudo de Dos Santos, além de constituírem referências teóricas e metodológicas importantes para guiar a implementação do terceiro item. Tentaremos, portanto, situar suas possíveis relações dentro destas linhas gerais de estudo. Para situar estes autores no debate sobre o capitalismo contemporâneo, podemos partir da classificação feita por Martins (2011b) sobre as principais correntes teóricas de análise sobre a globalização iniciada a partir de meados dos anos 1970 e consolidada e expandida entre os anos Martins (2011b) buscou analisar cinco grandes interpretações, através de um balanço das principais contribuições para o debate sobre a globalização, distinguindo-as da seguinte forma: a) a interpretação globalista, dividida em dois subgrupos, os que a vêem como um processo harmônico e outros que analisam a polarização e a diacronia inerentes a este processo; b) as teorias da hegemonia compartilhada; c) a interpretação feita pelos neodesenvolvimentistas; d) a análise formulada pelos teóricos do sistema-mundo; e e) as contribuições da teoria marxista da dependência. Dreifuss se situa dentro do segundo subgrupo da interpretação globalista e efetua uma análise sobre a internacionalização capitalista a partir da atuação das elites orgânicas transnacionais e seu controle sobre as corporações estratégicas que guiariam três fenômenos inter-relacionados e caracterizadores desta internacionalização: 1) a globalização, econômica e produtiva; 2) a mundialização, de hábitos e costumes; e 3) a planetarização, envolvendo novas formas de governança e tratamento do político pelos Estados nacionais. Marini aparece como um dos principais formuladores da teoria marxista da dependência que desde os anos 1970 analisa as contradições da integração latino-americana na economia mundial, o papel desempenhado pelo continente dentro da divisão 6

7 internacional do trabalho, e a situação de dependência em que os países da região estão em relação aos países centrais do sistema capitalista internacional. Dentro de seu rico legado teórico Ruy Mauro Marini desenvolveu os conceitos de superexploração do trabalho e subimperialismo fundamentais para a compreensão dos processos integração e dependência, desenhados pela globalização a partir da década de Desta forma, o objetivo central desta pesquisa será a tentativa de inferir como as obras dos dois autores, podem auxiliar para a análise das tendências do capitalismo contemporâneo, como também para construção de novas categorias de análise com capacidade explicativa de uma realidade social cada vez mais complexa em que a aceleração do tempo histórico é um dos eixos fundamentais (BRUCKMANN, 2011). Neste sentido, a realização de pesquisas transdisciplinares para formulações científicas capazes de alcançar a compreensão da complexidade dos processos sociais, econômicos e políticos contemporâneos é evidente. Portanto, o objetivo central estará relacionado, também, com a verificação de como o legado teórico de Marini e Dreifuss indicam possibilidades de tratamento interdisciplinar para o pensamento político e social contemporâneo. Marini: Capitalismo Dependente e Modelo Político Latino-Americano Ruy Mauro Marini fez parte de uma corrente de pensamento latino-americano que em meados da década de 1960 analisava as formas de integração do continente à economia mundial, a partir do exame crítico das idéias propostas pelos Partidos Comunistas da região, das idéias nacional-desenvolvimentistas e das teorias da modernização. Esta escola de pensamento possuía distintas matrizes metodológicas, configurando assim, diferentes formulações sobre o caráter do desenvolvimento capitalista dependente em nossa região. Estas distintas visões partiam de pressupostos semelhantes como a utilização de um enfoque interdisciplinar, dialético e histórico-estrutural, e ao mesmo tempo a tentativa de compreender as inter-relações entre a estrutura interna dos países periféricos e o sistema capitalista internacional em seu estágio imperialista. 7

8 Alguns temas discutidos pelos autores vinculados a produção intelectual sobre a dependência são ponto de partida pacífico, como: a crítica a teoria do desenvolvimento que buscava localizar obstáculos à plena implantação da modernidade e definir os instrumentos de intervenção capazes de alcançar os resultados desejados no sentido de aproximar cada sociedade existente de uma sociedade ideal (notadamente européia ou norte-americana); as considerações sobre o fracasso do etapismo revolucionário do PCB, que via a revolução nacional burguesa como passo necessário para chegada ao comunismo revolucionário; as limitações da ideologia nacional-desenvolvimentista do ISEB, que propugnava a autonomia brasileira sendo alavancada pela burguesia nacional; as fortes divergências com as teorias funcionalistas; e a crítica ou, como Fernando Henrique Cardoso (1975) descreveria autocrítica à CEPAL. Todas estas teorias, criticadas pelos dependentistas, de uma forma ou de outra, tinham a visão de que o subdesenvolvimento correspondia a uma ausência de desenvolvimento, ou de que o estágio de nossa sociedade estava atrasado em relação a outras nações mais adiantadas. Portanto, necessitaríamos colocar em marcha algumas ações planejadas para o desenvolvimento nacional. Estas concepções revelam uma visão praticamente estanque das realidades nacionais, sem avaliar as limitações e interferências externas à um desenvolvimento autônomo de nossas forças produtivas. A teoria da dependência faz uma análise crítica destas correntes e tem como mote principal, em todas as suas vertentes o de chamar a atenção para a relevância tanto dos mecanismos internacionais ou externos à realidade nacional como dos processos internos que definem a estrutura histórica, política e econômica das nações dependentes. Desta forma, assinalam que as relações externas e internas se influenciam mutuamente na configuração do sistema capitalista internacional. As relações de poder e negociação estavam regidas pelo estágio imperialista de acumulação, e assim os monopólios internacionais, o controle sobre as inovações, a direção dos investimentos em escala global e os conflitos e compromissos entre as corporações multinacionais e os Estados, definiam os rumos da economia mundial e desta feita, interferiam na estrutura interna de desenvolvimento das forças produtivas das nações periféricas. 8

9 A partir destes pressupostos é que Marini desenvolve seus aportes sobre o desenvolvimento do capitalismo dependente na região. Os textos em que produz e desenvolve a teorização do modelo político latino-americano são coerentes com os princípios de sua economia política da dependência e suas análises sobre a globalização capitalista. Seguiremos aqui os apontamentos feitos por Martins (2011) e Wagner (2009) sobre estas das grandes temáticas de sua obra 2. Marini localiza a inserção dos países latino-americanos na economia capitalista mundial, a partir do século XVI, sendo desenvolvida e expandida em estreita consonância com os interesses e a dinâmica do capitalismo internacional. Compreende, portanto, que o modo de produção capitalista funciona mundialmente a partir de um sistema que estabelece hierarquias entre nações e funciona de maneira articulada e desigual. Esta configuração define a nova divisão internacional do trabalho onde as relações de produção das nações subordinadas são modificadas ou recriadas para assegurar a reprodução ampliada da dependência (MARINI, 2000, p. 109). Ao contrário dos países centrais que a partir do progresso tecnológico tendem a aumentar seus lucros através da extração da mais-valia relativa, com a incorporação deste progresso no sistema produtivo, as nações dependentes fundamentam seus padrões de acumulação na superexploração do trabalho. A superexploração do trabalho se incorpora nas economias dependentes a partir do mecanismo de intercâmbio desigual da economia mundial capitalista, forjado no início do século XX. A maneira como ocorreu a inserção latino-americana no sistema internacional, 2 Martins (2011) descreve quatro grandes temáticas desenvolvidas por Marini: Em primeiro lugar, uma economia política da dependência, que a partir dos anos 1990, se converte numa economia política da globalização. Central no desenvolvimento desta economia política é o conceito de superexploração do trabalho, seguido em importância pelo de subimperialismo. O segundo grande tema da obra de Marini é a análise do modelo político latino-americano. Aqui despontam os conceitos de Estado de contra-insurgência, de Estados de quarto poder e suas contradições. O socialismo enquanto movimento político, experiência estatal e civilizatória tem importante destaque na obra do autor. Finalmente, o quarto tema de grande relevância na obra do autor é o pensamento latino-americano, cujas principais correntes sistematiza e analisa nos anos 1990, tendo em vista a tarefa de sua revisão crítica para atender aos desafios do século XXI. (p. 2-3) 9

10 como assinalamos acima, possibilitou a depreciação dos preços primários no mercado mundial gerando a deterioração dos termos de troca para os países periféricos 3. Concomitantemente a isto, a tendência a desvincular o dinamismo do progresso técnico da produção dos bens de consumo necessários, consolidou a configuração da demanda mundial a partir do intercâmbio desigual, intensificando a marginalização dos trabalhadores dos países dependentes em relação aos avanços trazidos pelo capitalismo industrial. Pelo baixo nível de desenvolvimento tecnológico e com a produção interna majoritariamente voltada para o setor externo, o consumo dos trabalhadores quase não interferiria na confecção nacional dos produtos. Todos estes fatores orientaram as burguesias dos países subdesenvolvidos a lançar mão da maior exploração do trabalhador para compensar sua posição subordinada no mercado mundial capitalista e garantir a obtenção de altas taxa de lucro. Desta forma, a superexploração do trabalho se constituiria e se desenvolveria através de quatro mecanismos funcionando de maneira combinada ou isolada: (...) a elevação da jornada ou da intensidade do trabalho sem remuneração equivalente ao maior desgaste do trabalhador, a redução salarial ou, finalmente, a elevação da qualificação do trabalhador sem a remuneração equivalente ao incremento de valor da força de trabalho. (MARTINS, 2011, p.3-4) A superexploração do trabalhador seria, portanto, a base de produção e reprodução do capitalismo dependente, pois foi o mecanismo encontrado pelas burguesias nacionais vinculadas ao grande capital monopólico internacional para manter a obtenção de superlucros. 3 Mecanismo denunciado pelos estudos produzidos pela CEPAL. Ver MARTINS, Carlos Eduardo. Globalização, Dependência e Neoliberalismo na América Latina. São Paulo: Boitempo, 2011, pag

11 Neste contexto, Marini identifica uma tendência à expansão imperialista da burguesia brasileira, que ganha força após o golpe de A partir desta constatação, cunha o conceito de subimperialismo. Esta tendência a expansão imperialista de nações dependentes só foi possível após a integração de suas economias ao imperialismo dos países centrais. A conseqüente dinamização do processo produtivo, conseguida através desta integração via industrialização por substituição de importações, encontraria limites, pois o processo de acumulação baseado na superexploração do trabalho restringiria as possibilidades internas de expansão capitalista. As dificuldades encontradas pela burguesia nacional para ampliação do mercado interno para absorver sua produção, forjada pelos próprios padrões de acumulação capitalista que ela empreendeu, lhe deixaram como alternativa sua expansão para o exterior, sendo necessário, para isso, garantir reservas externas de mercado para sua produção. O que se colocou assim foi a expansão imperialista do Brasil, na América Latina, que corresponde na verdade a um subimperialismo ou a uma extensão indireta do imperialismo norte-americano (não nos esqueçamos que o centro de um imperialismo desse tipo seria uma economia brasileira integrada à norte-americano). (MARINI, 2000, p 70) Os países dependentes, que passaram a contar com um setor produtivo mais dinâmico, desempenhariam o papel de subcentros integradores de outras economias, especialmente de países dependentes com economias menos dinâmicas. Estes subcentros teriam também sua autonomia limitada pelos interesses das nações imperialistas das quais dependeriam ideológica, política e tecnologicamente. Entretanto, (...) ao contrário do que acontece com as economias capitalistas centrais, o subimperialismo brasileiro não pode converter a espoliação, que pretende realizar no exterior, em fator de elevação do nível de vida 11

12 interno, capaz de amortecer o ímpeto da luta de classes; tem, ao contrário, pela necessidade que experimenta de proporcionar um sobrelucro a seu sócio maior norte-americano, que agravar violentamente a exploração do trabalho no marco da economia nacional, no esforço para reduzir seus custos de produção. (IDEM, p 98-99) A investida subimperialista agravaria, portanto, a polarização da luta de classes e intensificaria os desníveis sociais e econômicos. Agora passaremos ao enfoque dado por Marini ao modelo político latino-americano. Como dito, este enfoque está coerentemente entrelaçado com a economia política mariniana, descrita sinteticamente acima. O conceito de Estado de contra-insurgência aparece como um dos aportes centrais de suas análises neste campo. Segundo Marini, em períodos contra-revolucionários, como o vivido pela América Latina nos anos , o Estado de contra-insurgência encontraria condições objetivas para o seu desenvolvimento. São as causas e a natureza do processo contra-revolucionário que determinarão o caráter deste tipo de Estado. Como este é a força concentrada da sociedade, a síntese das estruturas e relações de dominação que ali existem, a vigência de um processo contra-revolucionário incide necessariamente sobre ele, afetando sua estrutura e seu funcionamento. (MARINI, 1978, 13) O processo contra-revolucionário teria, para Marini, três variáveis principais: a primeira, as estratégias de integração imperialista, conjugada com a elaboração da doutrina de contra-insurgência; depois as transformações sofridas pelas burguesias nacionais e os diversos mecanismos utilizados por estas para as relações internas e externas; e por último, os movimentos populares, que assumem papel central, tanto para deflagrar o processo contra-revolucionário quanto para contê-lo. Martins (2011) sintetiza os contornos em que o Estado de contra-insurgência se define, no seguinte trecho: Esta integração (imperialista) aprofunda a monopolização do capital e a superexploração do trabalho, gera dialeticamente um movimento de massas que pressiona os limites conservadores do pacto populista e é 12

13 enfrentado internamente pelo conjunto da burguesia e o setor militar, sob inspiração da estratégia norte-americana de contra-insurgência. Estes segmentos aproveitam as debilidades do movimento popular, sob liderança populista e reformista, para derrotá-lo. (MARTINS, 2011, p. 9) Uma característica advinda da conjugação dessas três vertentes que influenciam a contra-revolução latino-americana é a impossibilidade da burguesia monopólica de atrair a seu campo setores significativos do movimento popular. O padrão de acumulação capitalista, baseado na superexploração do trabalho, contribui decisivamente para que as burguesias locais não consigam reunir forças suficientes para derrotar politicamente o movimento popular. Desta forma, o Estado de contra-insurgência surge como produto de períodos contra-revolucionários na América Latina, através da aliança do capital monopólico com as Forças Armadas, para solucionar tensões deflagradas pela luta de classes, operando uma hipertrofia do poder Executivo, em detrimento das demais instituições componentes do Estado burguês (Legislativo e Judiciário). Em síntese, o Estado de contra-insurgência é o Estado corporativo da burguesia monopólica e das Forças Armadas, (...) independentemente do regime político vigente. Este Estado apresenta similitudes formais com o Estado fascista, assim como com outros tipos de Estado capitalista, mas sua especificidade está em sua peculiar essência corporativa e na estrutura e funcionamento que daí se geram (MARINI, 1978, p. 17) A implantação de democracias formais após o colapso das ditaduras latinoamericanas no decorrer da década de 1980 não logrou resolver os sérios problemas causados pela integração subordinada dos países dependentes, baseados na superexploração do trabalho. Por isso, a organização da classe trabalhadora e dos movimentos sociais de forma integrada e expandida no continente, fomentando a articulação entre a luta socialista 13

14 e a democrática, poderia abrir as veredas para que estes setores passem a dirigir o processo político, rumo a uma democracia participativa radical. O controle político por parte dos trabalhadores sobre o Estado deve segundo Marini, ter seus limites definidos pela relação dialética entre o socialismo e a democracia. Esta última, para ser plena, deve ter o socialismo como premissa, além disso, seu desenvolvimento deve necessariamente conduzir ao socialismo. No entanto, caso o governo democrático-popular não desloque o exercício de poder baseado na coerção estatal, para processos cada vez mais persuasivos e consensuais entre os diferentes grupos da classe trabalhadora, a dissolução da premissa do socialismo poderá ocorrer e o perigo de se restabelecer o Estado de contra-insurgência torna-se iminente. Economia Política da Globalização As principais contribuições de Marini ao debate sobre a temática da globalização estão sintetizadas em seu artigo intitulado Processos e Tendências da Globalização (2000). Esta analise se articula coerentemente com os aportes descritos acima, com destaque para o conceito de superexploração do trabalho. Marini afirma que as mudanças geradas a partir da década de 1980 constituem uma nova etapa histórica e aponta alguns fenômenos como a superação progressiva das fronteiras nacionais através do mercado mundial, o aparecimento das grandes corporações através de compras e fusões de ativos, além dos acordos tecnológicos, e o recurso ao mecanismo da terceirização. Estes fenômenos só puderam ser postos em marcha após a crise capitalista dos anos 1970, que acabou propiciando o surgimento da revolução científico-técnica. Dentro desta configuração da nova divisão internacional do trabalho os países centrais ainda conservam vantagens sobre os países dependentes devido a sua superioridade em matéria de pesquisa e desenvolvimento tecnológicos como também pelo controle sobre a transferência de atividades industriais para países mais atrasados, constituindo verdadeiros monopólios tecnológicos e de investimento. 14

15 A principal contribuição de Marini, neste debate, se refere ao apontamento da tendência ao pleno estabelecimento da lei do valor e a generalização da superexploração do trabalho para todo o sistema que o processo de globalização produz como nova fase de produção e circulação de mercadorias. Esta generalização da lei do valor para o conjunto do sistema econômico se deve a crescente homogeneização dos processos produtivos, que iguala cada vez mais a produtividade e intensidade do trabalho dentro do ramos produtivos, diminuindo as diferenças nacionais que afetavam a vigência do valor. As empresas de base estritamente nacional bem como as pequenas e médias empresas dos países centrais diminuem sistematicamente suas taxas de superlucros, devido a mudança do eixo de concorrência para os processos de inovação científico-tecnológica. Esta característica da globalização aliada a liberalização dos mercados nacionais, a flexibilização da legislação trabalhista, além da terceirização e da concentração monopólica das inovações tendentes a diminuir o trabalho físico, levam Marini a postular a generalização da superexploração do trabalho para os países centrais. Desta forma, o recurso a maior exploração do trabalhador que constituía característica distintiva e perpetuadora das economias dependentes se expandiria a todo o sistema capitalista internacional. Neste contexto, Marini visualiza também a formação dos grandes blocos econômicos e a reconfiguração de uma nova ordem internacional e indica os desafios para inserção latino-americana nesta nova conjuntura. Segundo o autor, seria necessário a promoção de espaço econômico mais amplo, capaz de adequar-se aos requerimentos derivados das modernas tecnologias de produção (MARINI, 1992, p. 145) Esta integração econômica deveria ser acompanhada pela integração política e cultural informada pela relação entre democracia e socialismo descrita anteriormente. Neste sentido, as tendências subimperialistas poderiam atuar de maneira desagregadora. Seria necessário reorientar a atuação destes subcentros regionais para impedir que estes privilegiem relações diretas e isoladas com os centros avançados da economia mundial. Por isso, a perspectiva latino-americanista poderia reverter a orientação das burguesias 15

16 dependentes da região para a integração da América Latina lhe assegurando a capacidade de determinar de maneira autônoma suas decisões políticas, econômicas e culturais. Esta análise preliminar do conjunto da obra de Marini foi traçada para orientar e definir de maneira mais clara as hipóteses e os objetos destes trabalho que ainda se encontra em estado preliminar de pesquisa. Passaremos agora ao estudo dos aportes formulados por Dreifuss. Dreifuss: Elite Orgânica e as Redes de Poder Internacional Nitidamente influenciado pelos escritos de Gramsci, sobre os intelectuais orgânicos inscritos na sociedade capitalista de classes, Dreifuss atualiza e aprofunda esta noção gramisciniana para compreender a luta de classes no capitalismo no século XX. Elabora seu estudo, a partir da análise da atuação transnacional das elites empresariais e de sua perícia organizacional para atingir, dentre outros objetivos: contenção dos movimentos populares que ameacem seus interesses; difusão de sua ideologia; planejamento e execução de ações políticas eficazes; e estabelecimento de relações em rede entre as diferentes elites nacionais. Neste sentido, Dreifuss busca (...) entender como uma classe economicamente dominante se organiza estratégica e taticamente para desenvolver a ação política necessária e assegurar a consecução dos seus objetivos: a direção política e ideológica da sociedade no duplo exercício gramsciano de força e autoridade, de dominação e de hegemonia, de violência e civilização (DREIFUSS, 1986, p. 23) Fundamental para a organização da classe dominante é a constituição de uma vanguarda político-intelectual, capaz de visualizar objetivos estratégicos e táticos em diferentes cenários políticos, aliada a um braço operacional, que executará estas ações planejadas. Embora diferenciadas de outros seguimentos das classes dominantes, os indivíduos componentes desta vanguarda e deste braço político, devem estar organicamente 16

17 vinculados a sua classe para articular e organizar seus interesses num projeto de Estado para si e para a sociedade. As elites orgânicas seriam, portanto, (...) agentes coletivos político-ideológicos especializados no planejamento estratégico e na implementação da ação política de classe, através de cuja ação se exerce o poder de classe (IDEM, p. 24) Mais uma vez retomando Gramsci, Dreifuss afirma que através destas elites orgânicas se dá a unidade de classe quando estas conseguem articular o momento corporativo-solidário dos interesses materiais com o momento político-ideológicocoercitivo e a sua expressão na ação de classe (para si), visando a dimensão estatal e sua intervenção no conflito social, com senso de Estado (IBIDEM, p. 24) É possível compreender a partir destes trechos que esta elite deve possuir habilidade para antever problemas político-ideológicos para perpetuação de seu poder de classe e capacidade para propor um plano de ação para contornar estes problemas. Ademais, deve passar para a sociedade que suas diretrizes para o funcionamento do Estado e da sociedade são a expressão da consciência nacional, transformando-as em parâmetros naturais. O componente ideológico da luta de classes se torna fulcral, porém não exclusivo, pois a conquista dos aparelhos estatais e a necessária ação política para isto aparecem também, como indispensáveis. No entanto, Dreifuss faz uma ressalva importante sobre o plano de ação que na prática não pode ser elaborado com todas as minúcias por causa dos imponderáveis da arena política e por isso deve ser preparado a partir das possíveis tendências conjunturais de cada sociedade, mas é claro em consonância com o núcleo central do projeto de classe. Dito isto, Dreifuss indica os caminhos para investigação sobre o planejamento e a execução da ação política hegemônica, a partir das inter-relações entre os três níveis de organização do poder das classes dominantes: o primeiro nível corresponde as elites orgânicas propriamente ditas; o segundo é constituído pelas unidades de ação; e por fim as centrais de idéias e pesquisa, auxiliares na formulação de diretrizes e políticas públicas para a elite orgânica. Esta nova plataforma organizacional do grande empresariado transnacional cristalizada em conselhos, assessorias, fundações ou comitês que reúnem empresários, 17

18 intelectuais e membros das administrações estatais, começa a ganhar forma na Grã- Bretanha e nos Estados Unidos a partir do final dos anos 1910, depois se expande a outros países da Europa Ocidental, Ásia e Oceania. Na América Latina a institucionalização destas elites orgânicas só conquista terreno a partir dos anos Embora tivessem autonomia para ação política estas assimilaram todo o discurso e expertise ideológico de suas congêneres dos países centrais, estabelecendo vínculos umbilicais com as mesmas. O golpe militar de 1964 no Brasil é um dos exemplos mais significativos do êxito destas elites em conter os movimentos populares e, além disso, tornou evidente a estreita interseção das elites orgânicas brasileiras e internacionais, atuando em rede com representantes do grande empresariado transnacional. Dreifuss (1981) demonstra como o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) desempenhou a função de planejar e fornecer os subsídios político-ideológicos para batalha contra o governo de João Goulart (primeiro nível: elite orgânica), o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) agiu como grupo tático decisivo nas ações conjunturais e de curto alcance (segundo nível: unidades de ação) e vários outros grupos de pressão sintonizados com as diretrizes lançadas pelo IPES auxiliaram e forneceram quadros para atuar junto à elite orgânica (terceiro nível: centrais de idéias e pesquisas). Assim os rumos tomados pelo capitalismo no Brasil, foram definidos, justamente a favor do grande empresariado multinacional e seus associados locais. Esta primeira intervenção mais aguda das elites orgânicas transnacionais na configuração político-estatal latino-americana serviu como laboratório de análise para outras interferências deste tipo na região. A intervenção no Chile, durante o governo Allende ( ), demonstrou cabalmente o comprometimento das elites latino-americanas, com destaque para as brasileiras, aliadas aos grandes grupos internacionais e a burguesia chilena, para a desestabilização da economia e para a guerra ideológica contra a Unidade Popular, que dava sustentação política ao presidente chileno. Além destas ações políticas envolvendo a tomada do Estado na América Latina que são evidentemente de capital relevância para a perpetuação do poder de classe na região, 18

19 Dreifuss examina também o que ele chama de presença invisível, através da diplomacia privada. Representantes dos interesses econômicos e políticos do empresariado imperialista interagem com as elites orgânicas nacionais de diversos países para inserir campanhas ideológicas, através de diferentes produtos, como: novelas, gibis, livros acadêmicos, artigos em jornais e revistas, filmes e propagandas no rádio e na televisão para difundir seus projetos e obter o consenso em torno de seus objetivos. Nestas campanhas, sempre ressaltavam o caráter benéfico das multinacionais no campo econômico, social e tecnológico. Além disso, ofereciam cursos para formação de quadros, aptos a defender o sistema capitalista, e fomentar a atuação em rede das elites orgânicas transnacionais. Assim, conseguiram manter seus interesses e seu poder de classe através do uso da coerção em momentos de intervenção quente, nos períodos críticos. Mas também através da penetração ideológica nos extratos populares e nos grupos dominantes das sociedades latino-americanas, utilizando-se da intervenção fria. Dreifuss chama a atenção para as debilidades organizacionais das forças progressistas da região, seu caráter desarticulado, efêmero e esporádico. Levanta a questão da necessidade destes seguimentos atuarem numa perspectiva popular de abrangência nacional estimulando a construção de uma comunidade nacional que possa usufruir de suas potencialidades. Para isto seria indispensável, capacidade de preparo, planejamento estratégico e de organização das classes populares e o posicionamento e mobilização destas para o exercício do poder. Globalização, Mundialização e Planetarização Na última fase de sua produção e pesquisa acadêmica, Dreifuss sinaliza para o processo de transformação proporcionado pelos avanços científico-tecnológicos e sua incorporação quase imediata no setor produtivo e de serviços intensificados na última década do século XX. Este processo seria liderado pelas corporações estratégicas cujo estado-maior se encontraria ainda nos países de sócio-economias avançadas. 19

20 Estas transformações de âmbito transnacional estariam interligadas a partir de três eixos fundamentais: a mundialização de hábitos e costumes; a globalização econômica e produtiva e; a planetarização, envolvendo novas formas de governança e tratamento do político pelos Estados nacionais. Estes três mega-processos estariam do ponto de vista econômico pautados por cadeias regionais de produção e macromercados de consumo denominados por Dreifuss como tecnobergs, verdadeiras montanhas tecnológicas que indicariam o alto grau de concentração e oligopolização do controle do conhecimento científico-tecnológico, de produção e de consumo. Marcando, também, as novas formas de colaboração, cooperação competitiva e conflitos entre as nações. A mundialização lida com mentalidades, hábitos e padrões; com estilos de comportamento, usos e costumes, com saberes e postulados, e se refere a modos de vida, criando denominadores comuns nas preferências de consumo das mais diversas índoles (DREIFUSS, 1999b, p ). Envolve, portanto, aspectos culturais e societários, embora transborde também na economia e na política. Já a globalização envolve: diversos fenômenos e variados conjuntos de processos pertencentes ao âmbito da economia (pesquisa científica, desenvolvimento e aplicação tecnológica, finanças, produção, administração, comercialização, dinâmica e uso das facilidades naturais e dos recursos humanos), que se desdobram na sociedade, se expressam na cultura e marcam a política, condicionando gestão e governança nacional. (IBIDEM, p. 102). Alavancada pelas mudanças científico-tecnológicas proporcionadas pelo avanço da informática da microeletrônica e eletrônica digital; da eletrônica de concepção, produção em consumo; da informática; das telecomunicações; da automação; e da robótica e sua rápida introdução nos processos produtivos e no setor de serviços. Sendo dominada e empreendida pelas corporações estratégicas e com o decisivo apoio estatal. Este processo integra sistemas de pesquisa científica e aplicação tecnológica nas áreas de fronteira do conhecimento citadas acima, por outro lado enseja mudanças no 20

21 sistema gerencial de empresas, na circulação de mercadorias, nas diferentes formas de troca de informação, no monitoramento e comunicação intra e inter-empresariais e na chamada governança estatal. Marca, portanto, a ascendência das transformações geradas pela revolução científico-tecnológica e dos sistemas digitais sobre o mundo industrial e mecânico, isto é, a entronização de um novo modo de produzir, gerir e consumir. O último grande processo denominado planetarização é configurado e sustentado por ação de estados capazes de projeção de poder (agindo como pivôs político-estratégicos e político-culturais) desenhando continentalizações e regionalizações político-estratégicas, assim como por movimentos privados, de elites orgânicas transnacionais, mapeando um planeta marcado pela transfronteirização e transestatalidade decisória (IDEM, p. 105) Deixa entrever, a formação de uma comunidade política planetária, através da criação de mecanismos institucionais supranacionais. Requerendo, desta forma, dos estados nacionais, preparo para assumir postura de pivôs político-estratégicos destas transformações. No entanto Dreifuss chama a atenção de que estes processos privilegiam de fato os países que ele indica como constituintes da Tríade (Estados Unidos e Canadá, Europa Ocidental e Japão) e Díades (China e sua comunidade ultramarina, Rússia e Comunidade de Estados Independentes [CEI] e Índia e sua diáspora) como centros produtores dinâmicos no novo arranjo de forças (consolidando seus parques científico-produtivos integrados de ponta) e estipulando novas regras e modalidades para o comércio internacional (IDEM, p. 120). A globalização também se configura pela concentração oligopólica e acumulação primitiva societária num processo liderado pelas corporações estratégicas e seus megaconglomerados. Mas, paradoxalmente, e apesar dos discursos neoliberais, a mundialização e a globalização só são possíveis graças a intensa intervenção estatal, garantindo mercados, incentivando pesquisa industrial e inovação tecnológica, regulando as 21

22 transações comerciais, entre outras ações. Neste sentido, as corporações estratégicas possuem bandeiras nacionais já que os Estados (pelo menos dos países centrais) não teriam dentro de sua estrutura de planejamento e investimento iniciativa favorável às corporações cujas matrizes provêm de outros países. Desta forma, a globalização atua de maneira contraditória à externalização produtiva, pois seu desenvolvimento é atravessado pela concentração do conhecimento e administração oligopólica e política do comércio. O modelo empreendido pelas corporações estratégicas transnacionalizaria também o desemprego estrutural mesmo entre os países da Tríade e das Díades que estariam na ponta dos três mega-processos descritos acima. Pois, este modelo declinaria as oportunidades de emprego por causa da racionalização promovida pela revolução científico-tecnológica e pelo desenvolvimento de novas formas e forças produtivas, sobretudo, pelas formas de gestão destes novos modelos de produção que induzem ao desemprego e a desocupação de vagas de trabalho. As elites orgânicas transnacionais aparecem como coadjuvantes nestes processos, mas ainda com importância decisiva através do manejo das novas tecnologias de informação e telecomunicação e dos avanços no setor de transportes internacionais, conseguiriam ampliar seu poder, além do planejamento e da atuação em escala planetária, contornando Estados nacionais e governos e contribuindo para a formação do pensamento único neoliberal. Além de proporcionarem mudanças organizacionais estas elites revelam a necessidade de novas abordagens interpretativas para entender, segundo Dreifuss, estes estados maiores de feição macro-política e ação econômica, financeira e tecnológica transnacional. Considerações Finais A retomada de autores como Ruy Mauro Marini e René Armand Dreifuss se torna crucial em nossa academia após quase 20 anos de hegemonia do pensamento único neoliberal e da compartimentalização crescente do conhecimento científico. Fatores estes, 22

23 que dificultam o entendimento das perspectivas e tendências dos processos engendrados pela globalização. Valencia (2008) em breve análise sobre as possíveis convergências e divergências entre a teoria marxista da dependência e a teoria do sistema mundo, aponta que estes dois enfoques seriam os mais propícios para romper os limites expressos nos paradigmas do pensamento social do último quartel do século XX. Pretendo incluir, dentro deste debate, as formulações de Dreifuss como construção teórica, epistemológica e de pesquisa portadora de possibilidades de dialogar com a teoria marxista da dependência, dentro da qual a obra de Marini apresenta-se como uma das mais significativas. Valencia também sinaliza a impossibilidade de união entre a teoria marxista da dependência com a teoria do sistema mundo, sendo propício somente relações de troca, debate e aportes para conhecimento da fenomenologia contemporânea do capitalismo (VALENCIA, 2008, 128). Dentro deste escopo de análise é que procuro, neste trabalho, o fomentar o debate e o diálogo entre os edifícios teóricos e conceituais de Dreifuss e Marini. Desta forma, dentre os principais pontos que podemos destacar na comparação entre as démarches teróricoconceituais destes autores estão: a) Os dois visualizam as articulações políticas, estratégicas e econômicas das classes sociais no capitalismo durante o século XX e as relações entre as burguesias dos países centrais e periféricos. Dreifuss lançando mão do conceito de elites orgânicas transnacionais e suas articulações em rede para conquistar o poder político em escala planetária, e Marini avaliando os padrões de acumulação capitalista produzidos pela expansão capitalista e a inserção dependente dos países latino-americanos. Diante da subordinação aos grandes grupos capitalistas dos países centrais as burguesias dos países dependentes lançariam mão da maior exploração do trabalhador para obtenção de maisvalia extraordinária. Os países dependentes de maior integração aos grandes centros capitalistas tenderiam a atuar como subcentros imperialistas para buscar novos mercados já 23

24 que o recurso a superexploração comprimiria a formação de mercado de consumo em seus países; b) A partir de seus enfoques sobre a internacionalização capitalista ocorrida durante o século XX estes autores avaliam o processo de globalização de maneira distinta; Marini aponta a tendência a generalização da superexploração para todo o sistema capitalista internacional, enquanto Dreifuss assume uma visão de fascínio e terror frente as rápidas, intensas e profundas transformações realizadas pela revolução científico-técnica ensejando os processos de globalização econômico-produtiva; mundialização de hábitos e costumes; e planetarização político-estratégico; c) Ambos apontam para a necessidade da integração regional latino-americana que ataque as desigualdades sociais e econômicas, adéqüe estes países ao novo paradigma científico-tecnológico e desenvolva instituições públicas de caráter supranacional interrelacionando não só as dimensões políticas e econômicas, mas também as culturais, científicas e acadêmicas, além do debate sobre a história continental. Acreditamos que estes aportes caso sejam atualizados para a realidade contemporânea possam trazer luzes para o entendimento dos atuais fenômenos e problemas sociais, pois, como dissemos na segunda seção, eles podem ser articulados ao programa de estudos formulado pelo professor Theotônio dos Santos que caso seja posto em marcha por instituições de pesquisa dos três continentes supracitados, podem contribuir para a retomada da tradição das grandes teorias explicativas e para reordenar o sistema de interpretação do mundo contemporâneo. Referências Bibliográficas BOHADANA, Estrella. Resenha Crítica: Transformações Matrizes do Século XXI. Revista Virtual de Gestão e Iniciativas Sociais 3ª Edição, jun 2005, pag BRUCKMANN, Monica. Ou Inventamos ou Erramos: A Nova Conjuntura Latino- Americana e o Pensamento Crítico. Tese (Doutorado). Rio de Janeiro. UFF,

25 CARDOSO, Fernando Henrique. Notas sobre o Estado Atual dos Estudos sobre Dependência. Cadernos CEBRAP, nº 11, 1975: e FALETTO, Enzo. Dependência e Desenvolvimento na América Latina: Ensaio de Interpretação Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 4ª Ed., DOS SANTOS, Theotônio. A Teoria da Dependência: Balanços e Perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, Do Terror à Esperança: Auge e Declínio do Neoliberalismo. Aparecida, SP: Idéias & Letras, DREIFUSS, René Armand. 1964: A Conquista do Estado- Ação Política, Poder e Golpe de Classe. Petrópolis: Vozes, A Internacional Capitalista: Estratégias e Táticas do Empresariado Transnacional Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, O Jogo da Direita na Nova República. Petrópolis: Vozes, A Época das Perplexidades: Mundialização, Globalização e Planetarização: Novos Desafios. Petrópolis: Vozes, Entrevista: Globalização, Mundialização & Planetarização - Os Códigos do Admirável Mundo Novo. In: Revista Rumos, abril, Globalização e Opções Políticas de Desenvolvimento para o Brasil. In: Cadernos PREMISSAS, nº 19-20, maio-novembro de 1999a.. Tendências da Globalização. In: Revista Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, n. 139, out/dez. 1999b, p MARINI, Ruy Mauro. Subdesenvolvimento e Revolução. Lisboa/Portugal: Iniciativas Editoriais Lisboa,

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