LOGÍSTICA DO ENGENHARIA COMBUSTÍVEL DE SUBSOLO

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1 Ano III- n o TECHNO Nova gestão do IPT: o impacto e a relevância do IPT, agora e no futuro NEWS OPINIÃO O desafio é de todos nós LOGÍSTICA DO COMBUSTÍVEL BAPON, inserção social e oportunidades ENGENHARIA DE SUBSOLO Desafios, tecnologia e produtos TERMINAL EMBRAPORT Soluções inovadoras de Engenharia Prosub, na fronteira do conhecimento

2 Ano III- n o TECHNO News Ano III - n o ÍNDICE DEFESA 4 A construção do submarino de propulsão nuclear no Brasil INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA 7 Prosub, na fronteira do conhecimento Os critérios da área 7 nuclear para o projeto A ferramenta 9 do conhecimento 10 A nacionalização no programa de submarinos convencionais A gestão do Programa e os indicadores de transferência tecnológica 11 A metodologia construtiva das obras marítimas 12 A integração das informações na etapa do diligenciamento 13 A coordenação da Engenharia do Prosub - EBN 15 A aquisição dos equipamentos 16 Monitoramento ambiental complexo, dinâmico e extenso PROSUB NACIONALIZAÇÃO Conhecimento e experiência de alto nível Soluções em movimentação de cargas. Esta é a origem e a especialidade da Brevil Diretor Geral Ubirajara Xavier da Silva Diretora Executiva Maria Angélica Fe. Teixeira TECHNO NEWS é uma publicação produzida pela Santiago Publicações, dirigida a profissionais e empresas dos setores Energia, Óleo & Gás, Petroquímica, Transportes, Aeronáutica, Indústrias Químicas, Telecomunicações, Agroindústria e Mineração e Metais. Rua das Gaivotas, Cidade Jardim CEP Uberlândia - MG Tel. (21) / (34) Intertek Moody amplia 21 a oferta de serviços de inspeção Foto principal capa: Parte da seção do submarino brasileiro em fabricação no estaleiro da DCNS - França Foto DCNS Informações: angelica@technonews.com.br ABB entrega subestação de energia à UFEM Tecnodrill na cadeia de fornecedores do Prosub-EBN Novos desafios, nova tecnologia, novos produtos PESQUISA & TECNOLOGIA 26 Nova gestão do IPT: o impacto e a relevância do IPT, agora e no futuro LOGÍSTICA DO COMBUSTÍVEL 29 Obras no Norte do País promovem inserção social e novas oportunidades PETRÓLEO & GÁS 30 Classificação de plataformas para o pré-sal é segmento em expansão na DNV INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA Desafios de Engenharia na obra do Terminal Embraport A solução dos geossintéticos na aterro do Terminal Embraport OPINIÃO Assinatura: assinatura@technonews.com.br O desafio de todos nós Por Luiz Maurício Portela Sugestões e colaborações, enviar via correio ou imprensa@technonews.com.br O conteúdo dos artigos assinados são de responsabilidade de seus respectivos autores e não refletem necessariamente a opinião da direção do periódico. Nova gestão do IPT: o impacto e a relevância do IPT, agora e no futuro OPINIÃO O desafio é de todos nós LOGÍSTICA DO COMBUSTÍVEL BAPON, inserção social e oportunidades ENGENHARIA DE SUBSOLO Desafios, tecnologia e produtos EDITORIAL TECHNO NEWS TERMINAL EMBRAPORT Soluções inovadoras de Engenharia Prosub, na fronteira do conhecimento Tecnologia. Hoje, em proporção muito maior do que em épocas anteriores, a tecnologia está presente no cotidiano do homem contemporâneo de maneira tão forte e tão intrínseca, que muitas vezes, é até despercebida, tal o grau de sua inserção no dia-a-dia de cada um. A tecnologia invade a vida do homem do século XXI, sem pedir licença, independente da sua nacionalidade, do seu nível social e cultural, do ambiente em que vive - nas cidades ou em regiões distantes dos grandes centros urbanos - e traz consigo profundas modificações no modo de vida de todos aqueles que têm contato com ela. Depois desse momento de contato, o seu mundo nunca mais é o mesmo, pois ela é um instrumento poderoso de modificação do status quo. Dependendo da forma como a tecnologia é introduzida na vida do homem, ela pode tornar-se um instrumento de construção de um ambiente extremamente propício à melhoria ampla da sua qualidade de vida - seja em nível pessoal ou social - ou de destruição de seus valores, princípios e referências, deixando esse homem desarmado, à mercê dum um universo por ele desconhecido. A tecnologia é o tema central das edições da TECHNO NEWS e buscamos por meio dos empreendimentos em pauta no País, trazer ao público leitor o Brasil tecnológico, ou seja, aquele que gera oportunidades. Este Brasil tecnológico é aquele que dá retorno à nação e gera não somente divisas, mas principalmente o conhecimento, a oportunidade de qualificação de profissionais, o crescimento industrial, o desenvolvimento em níveis local, regional e nacional. Este é o Brasil que através dos seus resultados, refletidos em conhecimento e/ou produtos, comprova, interna e externamente, a sua capacidade e competência de imaginar, desenvolver e executar projetos e programas complexos, muitas vezes com escassos recursos, porém com muita determinação e criatividade. Este é também um Brasil de grandes diferenças sociais e econômicas, que precisa ser rapidamente transformado para uma nova realidade mais justa. Os meios para tal mudança devem ser baseados na educação, no acesso à informação e ao conhecimento, na qualificação profissional e na geração de oportunidades de trabalho. Presenciamos várias iniciativas nesse sentido, ora provenientes do setor público, ora do segmento privado, as quais buscam senão resolver, minimizar o grande hiato existente entre a teoria e a prática. Ou seja, não basta educar, é preciso fazê-lo com objetividade e qualidade para que os resultados de todos os investimentos nela alocados sejam positivos e eficientes. Apesar da recessão econômica mundial, o Brasil vem respondendo positivamente a este contexto, com a promoção de inúmeros empreendimentos de porte e peso em diversos segmentos produtivos. Tais investimentos consistem importantes alavancas para o desenvolvimento econômico e social brasileiro. É preciso, portanto, aproveitar este momento e estas oportunidades para se instalar no País a nova realidade social, na qual a educação é o grande propulsor desta transformação. Uma transformação que não deve ser paternalista e sim gerenciada com seriedade, pautada em uma política de desenvolvimento consistente e duradoura que possa promover para todos os envolvidos na cadeia produtiva - governos, empresas e cidadãos - condições de crescimento e continuidade de seus projetos em âmbito institucional, empresarial ou pessoal. NEWS NEWS

3 Portfólio completo para o setor de energia? Certamente. A ABB atende concessionárias, indústrias e instalações militares com produtos, sistemas e serviços para a geração, transmissão e distribuição de energia. Soluções elétricas e de automação são fornecidas para plantas de geração de energia, sistemas de transmissão, subestações e gerenciamento de redes. A oferta de produtos da ABB inclui disjuntores, chaves seccionadoras, capacitores, transformadores de instrumento e de potência, transformadores de potência e de distribuição, bem como produtos de média tensão. Com 125 anos de experiência em tecnologia e inovação e presença em mais de 100 países, a ABB continua a construir a rede do futuro, aumentando a capacidade e confiabilidade das redes elétricas, melhorando a eficiência energética e reduzindo o impacto ambiental. Saiba mais em ABB Atende: Substação_techno news.indd 1 7/6/2012 8:59:26 AM

4 4 TECHNO News Ano III - n o DEFESA ENTREVISTA: Comandante de Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto A construção do submarino de propulsão nuclear no Brasil TNews - A construção do submarino de propulsão nuclear no Brasil envolve três aspectos de grande importância para o País: o estratégico, o tecnológico e o da indústria nacional. Como o Sr. avalia a importância do empreendimento PROSUB nestas três esferas? Almte Julio Soares - Sob o Aspecto Estratégico, o submarino, dentre todos os meios navais, apresenta uma vantagem única, que é a capacidade de ocultação, possuindo, assim, um dos grandes fatores de uma força naval: o elemento surpresa. Somente as ondas sonoras emitidas por sonares podem, com alguma eficiência, detectar um submarino. A propagação acústica, no meio líquido, não ocorre em linha reta. Depende da temperatura, da pressão e da salinidade, obedecendo, dessa forma, a determinados padrões em que, muitas vezes, são geradas grandes zonas de sombra, onde o som não penetra com intensidade apreciável, o que permite ao submarino confundir-se com o meio ambiente em que opera, preservando sua ocultação. Por causa da superioridade resultante da capacidade de ocultação, o submarino se tornou, historicamente, a arma mais utilizada pelas nações belicamente inferiores quando enfrentavam um oponente que dominava os mares. No entanto, se por um lado o submarino pode neutralizar forças navais muito superiores, não pode substituí-las em suas operações. Nos submarinos convencionais, a fonte de energia que faz funcionar o conjunto de motores diesel e geradores elétricos é a diesel-elétrica. A energia por eles gerada é, então, armazenada em grandes baterias. Além de atender a todas as demandas de consumo de energia elétrica de bordo, a energia gerada é distribuída para um Motor Elétrico de Propulsão (MEP), que aciona um eixo com um hélice, garantindo o deslocamento do submarino. Para garantir a navegação durante um longo período, a capacidade de ocultação tem que ser periodicamente interrompida, uma vez que é indispensável, em determinados intervalos, recarregar as baterias. Para tanto, devem-se posicionar logo abaixo da superfície do mar e, por meio de equipamento especial, denominado esnorquel, aspirar o ar atmosférico para permitir o funcionamento dos motores dos grupos diesel - geradores e também possibilitar a renovação do ar ambiente. Nessas horas, em função das partes expostas acima d água, tornam-se vulneráveis, podendo ser detectados por radares de aeronaves ou navios. Para limitar tal exposição, devem economizar energia ao máximo, o que lhes limita a mobilidade. Por isso, são empregados segundo uma estratégia de posição, isto é, são posicionados em uma área limitada, onde permanecem em patrulha, a baixa velocidade. A dependência do ar atmosférico para o carregamento das baterias e a sua baixa mobilidade são as grandes limitações dos submarinos convencionais. Para os submarinos com propulsão nuclear, a fonte de energia é um reator nuclear, cujo calor gerado vaporiza a água, possibilitando o emprego desse vapor em turbinas. Dependendo das características de cada planta propulsora de um submarino, suas turbinas podem acionar geradores elétricos ou o próprio eixo propulsor. Diferentemente dos submarinos convencionais, os nucleares dispõem de elevada mobilidade, fator importante para a defesa, devido à profundidade das águas oceânicas. Por possuírem fonte virtualmente inesgotável de energia e poderem desenvolver altas velocidades por tempo ilimitado, cobrindo rapidamente áreas geográficas consideráveis, são empregados segundo uma estratégia de movimento. Em face dessas características, podem chegar a qualquer lugar em pouco tempo, o que, na equação do oponente, significa poder estar em todos os lugares ao mesmo tempo. O submarino de propulsão nuclear pode ser considerado o Senhor dos Mares, fato que se mostra importante se considerarmos que mais de 90% do nosso petróleo são extraídos do mar. Da mesma forma, mais de 95% do nosso comércio exterior são transportados por via marítima. Também, a extensa área oceânica, adjacente ao continente brasileiro, que costumamos chamar de Amazônia Azul, contém, na imensidão da massa líquida e do vasto território submerso, milhões de quilômetros quadrados de incalculáveis bens naturais, biodiversidade e também vulnerabilidade, em tudo comparável à Amazônia Verde. Sob o campo tecnológico, um dos aspectos mais notáveis do programa de construção do submarino de propulsão nuclear diz respeito ao salto tecnológico a ser vivido pelo País, decorrente de um grande processo de transferência de tecnologia, do fortalecimento da indústria nacional e da melhoria da qualificação técnica de profissionais brasileiros que trabalham no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), garantindo ao Brasil a capacidade de desenvolver e construir seus próprios submarinos no futuro, de forma independente. O PROSUB, cujo objetivo final é o projeto e construção do submarino com propulsão nuclear, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, Comandante da Marinha do Brasil engloba: o projeto e construção de um Estaleiro e Base Naval (EBN) e de uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM); a construção de quatro submarinos convencionais (S-BR) e o projeto de detalhamento de sua seção intermediária, modificada para atender aos requisitos da Marinha do Brasil (MB); e o projeto e construção do submarino com propulsão nuclear (SN-BR). Sob o aspecto da indústria nacional, destacamos três pontos. O primeiro é a Aquisição de Equipamentos e Sistemas da UFEM e do EBN. Aqui foi estabelecido pela MB que os equipamentos e sistemas para o estaleiro, definidos através dos requisitos técnicos provenientes da Transferência de Tecnologia (ToT) da Direction des Constructions Navales et Services (DCNS), deveriam ser fabricados o máximo possível no Brasil. Dessa forma, todos os equipamentos com similares no Território Nacional e também equipamentos que, apesar de não fazer parte da linha de produção de uma fábrica, poderiam ser fabricados aqui, estão sendo comprados no País. Isso possibilitou que fosse obtido, para esses itens, um conteúdo local de mais de 90%, equivalente a cerca de 1 bilhão de reais. O segundo ponto é a Nacionalização de Sistemas e Equipamentos para os Submarinos Convencionais (S-BR). O processo de nacionalização para os S-BR, decorrente de transferência de tecnologia sensível para a MB e Divulgação Marinha do Brasil

5 Ano III - n o TECHNO News 5 empresas brasileiras, inicialmente orçado em 100 milhões de euros, disposto contratualmente em 89 projetos, inclui: a fabricação de sistemas, equipamentos e componentes; o treinamento para o desenvolvimento e integração de softwares específicos de importantes sistemas; e suporte técnico para as empresas durante a fabricação dos itens. A DCNS já visitou mais de 110 empresas candidatas a participar do processo de nacionalização. A empresa selecionada para nacionalizar determinado equipamento deverá ser submetida à aprovação pela MB. Como terceiro ponto, destacamos a Nacionalização de Sistemas e Equipamentos para os Submarinos com Propulsão Nuclear (SN-BR), cujo processo, de, no mínimo, 100 milhões de euros, será uma continuação do processo que está em curso atualmente para os S-BR, e deverá ser bem mais extenso, considerando que o projeto do submarino será realizado no País, pela MB. TNews - O PROSUB é um programa estratégico para o País, conduzido pela Marinha do Brasil e conta com a participação da iniciativa privada, tanto na fase de construção das instalações do Estaleiro e Base Naval, quanto na fase de construção dos submarinos. Qual a visão da Marinha a respeito desta parceria da MB com o setor privado e quais vantagens tal parceria oferece para o empreendimento? Almte Julio Soares - A participação da indústria nacional em dois momentos: na construção da UFEM e EBN e construção dos submarinos. No primeiro, a MB estabeleceu como prioridade na construção do EBN e da UFEM o emprego de insumos e de equipamentos, máquinas, operatrizes, guindastes e pontes rolantes etc., da indústria brasileira, como já mencionado. Seguindo esse conceito, até o presente momento, foi obtido um índice de participação da indústria nacional de cerca de 90% - 1 bilhão de reais - em equipamentos e máquinas e cerca de 1 bilhão de reais em materiais e insumos. Além disso, as obras estão contribuindo para uma expressiva geração de empregos, sendo esperado atingir, no período de pico, 9 mil empregos diretos e 27 mil empregos indiretos, distribuídos no tempo conforme o gráfico. Na construção dos submarinos, a MB estabeleceu como prioridade, na construção dos S-BR, a nacionalização de equipamentos e sistemas para os submarinos, com alto teor tecnológico, e com aplicação em outros setores industriais. Para isso, a DCNS irá capacitar as empresas brasileiras para tornarem-se fornecedoras independentes para futuros projetos. A DCNS, de modo a agilizar o processo de contratação das empresas brasileiras, contratou a empresa de consultoria PROGEN. A equipe de nacionalização da DCNS já visitou 180 empresas no Brasil e pré-qualificou 110 delas, tendo constatado alto valor agregado tecnológico no País. O processo de nacionalização de equipamentos e sistemas para o S-BR considera a possibilidade de sua aplicação total ou parcial no projeto do SN-BR, cujo projeto se iniciou em 10 de julho de 2012, no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP). Destacamos os benefícios sociais derivados da execução de serviços específicos no Brasil durante a construção dos submarinos, entre estes, os recursos financeiros adicionados ao Município de Itaguaí RJ pelo PROSUB; a formação e contratação de mão de obra local; e os programas sociais locais. Ao Município de Itaguaí, somente Impostos sobre Serviços recolhidos até o final de março de 2012, foram pagos o valor de R$ ,50. Além disso, cabe considerar que hoje há um efetivo de profissionais da Odebrecht trabalhando nas obras de construção da UFEM e do EBN, sendo que 54% são de Itaguaí, 23% oriundos de outros municípios, mas que fixaram residência nessa cidade, perfazendo um total de 77% de integrantes que residem na região e, portanto, consomem bens e produtos locais. Levando-se em conta o valor total líquido pago aos empregados na obra pela Odebrecht, pode-se dizer que aproximadamente 7,268 milhões de reais são lançados mensalmente no comércio municipal. No âmbito da formação e contratação de mão de obra local, como parte de inserção socioeconômica da comunidade, a Odebrecht e a MB promovem o Programa Acreditar, que corresponde à realização de cursos profissionalizantes gratuitos, de formação de mão de obra em diversas categorias. Na esfera dos programas sociais locais, destacamse: o Caia na Rede ; o Inglês num click ; e o programa de apoio à agricultura familiar. O Caia na Rede corresponde à realização de cursos expeditos de inserção digital, também gratuitos e oferecidos à comunidade local, em sala própria situada na Ilha da Madeira, equipada com bancadas dotadas com diversos computadores. O Inglês num click é um programa voltado a ensinar Inglês para população de Itaguaí e Ilha da Madeira, iniciado em Fevereiro de 2012, com 15 pessoas cursando a 1ª turma, todos da região da Ilha da Madeira e Itaguaí, tendo ainda 100 pessoas já inscritas, aguardando início das próximas turmas. E o programa de apoio à agricultura familiar da região de Itaguaí pretende garantir o consumo de toda produção no refeitório do PROSUB EBN, eliminando os atravessadores e gerando mais renda aos agricultores e, conseqüentemente, à região. Um dos aspectos mais notáveis do programa de construção do submarino de propulsão nuclear diz respeito ao salto tecnológico a ser vivido pelo País TNews - O domínio da tecnologia do submarino nuclear é restrita a poucos países pois envolve um conhecimento estratégico e de alto valor agregado. Quais os meios para a aquisição e domínio desta tecnologia e quais os principais desafios para o desenvolvimento deste conhecimento no Brasil? Almte Julio Soares - A MB tem dois grandes Programas sob a responsabilidade da Diretoria- Geral do Material da Marinha ligados diretamente à obtenção do submarino com propulsão nuclear: o Divulgação Odebrecht / Foto Orestes Locatel Da esquerda para a direita: Almirante Alan Paes Leme Arthou, Gerente do Empreendimento Modular de Construção do Estaleiro e Base Naval; Almirante-de-Esquadra Sir Mark Stanhope, Comandante-Geral da Marinha do Reino Unido; Almirante-de-Esquadra Julio Soares Moura Neto, Comandante da Marinha do Brasil, por ocasião da visita do Almirante inglês ao empreendimento do Prosub

6 6 TECHNO News Ano III - n o DEFESA Programa Nuclear da Marinha (PNM) e o Programa de Desenvolvimento do Submarino com Propulsão Nuclear (PRODESN). O Programa Nuclear da Marinha (PNM) ligado ao Programa Nuclear Brasileiro (PNB), engloba tanto o domínio das tecnologias de todas as etapas do ciclo de combustível nuclear, quanto o desenvolvimento de um Laboratório de Geração de Energia Núcleo Elétrica (LABGENE), inclusive o seu reator nuclear. O PNM está a cargo do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP). O Programa de Desenvolvimento do Submarino com Propulsão Nuclear (PRODESN) por sua vez, engloba o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e o desenvolvimento e construção da propulsão do submarino nuclear. A planta propulsora do submarino será decorrente do LABGENE, desenvolvida totalmente pelo CTMSP, dentro do Programa Nuclear da Marinha (PNM), não havendo previsão contratual com a França para transferência de tecnologia nesta área. Estes dois programas estão sob a gerência da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento do Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN). Na França, as tecnologias sensíveis permanecem sob controle do Estado. Desta maneira, as contratações do PROSUB foram precedidas de atos celebrados entre as autoridades dos dois países, definindo os limites desses fornecimentos e estabelecendo seu processo de supervisão. Foram, então, assinados, em 23 de dezembro de 2008, os seguintes documentos: Plano de Ação (Parceria Estratégica), entre o Brasil e a França, firmado pelos respectivos Presidentes, prevendo cooperação na área de defesa, em particular na área de submarinos, entre outras; Acordo, entre os dois países, na área de submarinos, firmado pelos respectivos Ministros de Defesa; Ajuste Técnico, entre os Ministérios da Defesa do Brasil e da França, firmado pelos Comandantes das Marinhas desses países, relativo à concepção, construção e comissionamento técnico de submarinos; e Contrato Principal, firmado pela Marinha do Brasil e pelo Consórcio Baía de Sepetiba (CBS), uma parceria entre a empresa DCNS e a Odebrecht, relativo à Transferência de Tecnologia e Prestação de Serviços Técnicos Especializados, destinados a capacitar a MB a projetar e construir Submarinos Convencionais e Nucleares, não havendo transferência de tecnologia na área nuclear. Para a execução do escopo contratado, foram assinados sete contratos comerciais com as empresas partícipes do PROSUB, gerenciados pela COGESN, que são os seguintes: Contrato nº. 1 - assinado com a DCNS e com a Itaguaí Construções Navais (ICN), que trata da construção de quatro Submarinos Convencionais (S-BR) e é dividido em pacote de materiais e construção; Contrato nº. 2 - assinado com a DCNS e a ICN, que trata da construção do primeiro Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR) e é dividido em pacote de materiais e serviços para o seu desenvolvimento e sua construção; Contrato nº. 3 - assinado com a DCNS, que trata da aquisição de trinta Torpedos F21 e cinquenta despistadores de torpedo; Contrato nº. 4 - assinado com a Construtora Odebrecht, que trata do projeto e da construção do Estaleiro, da Base Naval e da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM); Contrato nº. 5 - assinado com o Consórcio Baía de Sepetiba (CBS), que trata da Administração, do Planejamento e da Coordenação do Objeto Precípuo (projeto e construção do submarino com propulsão nuclear); Contrato nº. 6 - assinado com a DCNS, que trata da transferência de tecnologia de projeto e construção dos quatro S-BR, do desenvolvimento do projeto do SN-BR e de fornecimento de informações técnicas para o projeto do Estaleiro, da Base Naval e da UFEM; e Contrato nº. 8 - assinado com a DCNS, que trata dos offset. Além dos contratos comerciais acima mencionados, também foi assinado um contrato de financiamento, em 2 de dezembro de 2009, que se tornou eficaz a partir de 30 de julho de 2010, para dar suporte financeiro aos contratos comerciais 1, 2, 3, 5, 6 e 8. O contrato 4 não utiliza recursos de financiamento externo. O processo de ToT para os S-BR engloba a qualificação de profissionais de diversos níveis e especialidades para a construção e para o projeto de detalhamento da seção modificada do submarino e também a consultoria técnica durante a construção e a realização desse projeto. Para essa atividade, a MB selecionou profissionais que participaram das construções de submarinos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), pois esse era um dos pré-requisitos. A esse grupo foram incorporados outros profissionais da Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A (NUCLEP) e da ICN. O processo de ToT para os SN-BR engloba a qualificação na França de engenheiros de diversos níveis e especialidades para o projeto do submarino, em um período de aproximadamente dois anos, a consultoria técnica durante o projeto, que se iniciou em 6 de julho de 2012 e, também, a construção. O processo de ToT para o projeto e construção da UFEM e do EBN, inclui a apresentação, pela DCNS, de requisitos e informações técnicas, a avaliação e certificação do projeto e a consultoria técnica durante a construção, ambos realizados pela empresa Odebrecht. TNews - Um programa da envergadura do PROSUB, que engloba diferentes áreas do conhecimento e consequentemente produtivas, gera uma demanda significativa no mercado interno e externo. Como o PROSUB está inserido na política do Ministério da Defesa de promoção da indústria nacional e que fatores necessitam ser trabalhados para que a indústria brasileira possa efetivamente participar desta demanda de maneira perene e duradoura? Almte Julio Soares - A Estratégia Nacional de Defesa (END), aprovada por meio do Decreto no 6.703, de 18 de dezembro de 2008, estabelece uma série de conceitos e diretrizes, os quais apoiam os objetivos estabelecidos pela Estratégia Nacional de Desenvolvimento. Conforme exposto na END, fica determinado que: O Brasil tem compromisso - decorrente da Constituição Federal e da adesão ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares - com o uso estritamente pacífico da energia nuclear. Entretanto, afirma a necessidade estratégica de desenvolver e dominar a tecnologia nuclear. O Brasil precisa garantir o equilíbrio e a versatilidade da sua matriz energética e avançar em áreas, tais como as de agricultura e saúde, que podem se beneficiar da tecnologia de energia nuclear. E levar a cabo, entre outras iniciativas que exigem independência tecnológica em matéria de energia nuclear, o projeto do submarino de propulsão nuclear. Ademais, ainda consoante com a END, uma das prioridades da Marinha do Brasil é (...) assegurar meios para negar o uso do mar a qualquer concentração de forças inimigas que se aproxime do Brasil por via marítima. A negação do uso do mar ao inimigo é o conceito que organiza antes de atendidos quaisquer outros objetivos estratégicos, a estratégia de defesa marítima do Brasil. Essa prioridade tem implicações para a reconfiguração das forças navais. A END, determina, também, que: Para assegurar o objetivo de negação do uso do mar, o Brasil contará com força naval submarina de envergadura, composta de submarinos convencionais e de submarinos de propulsão nuclear. O Brasil manterá e desenvolverá sua capacidade de projetar e de fabricar tanto submarinos de propulsão convencional, como de propulsão nuclear. Acelerará os investimentos e as parcerias necessários para executar o projeto do submarino de propulsão nuclear. Armará os submarinos, convencionais e nucleares, com mísseis e desenvolverá capacitações para projetá-los e fabricálos. Cuidará de ganhar autonomia nas tecnologias cibernéticas que guiem os submarinos e seus sistemas de armas e que lhes possibilitem atuar em rede com as outras forças navais, terrestres e aéreas. TNews - A capacitação dos recursos humanos para a implantação, desenvolvimento e condução do PROSUB é um aspecto fundamental para o sucesso do programa. Quais as principais linhas de ação da Marinha neste contexto? Foto DCNS Parte da seção do submarino brasileiro em fabricação no estaleiro da DCNS na França Almte Julio Soares - Com o propósito de abrigar os recursos humanos alocados ao PNM e PROSUB, foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidenta da República a Lei nº , em 08 de agosto de 2012, que autoriza a criação da empresa Amazônia Azul Tecnologia de Defesa (AMAZUL). Essa empresa pública tem como propósito estancar a evasão de mãode-obra e possibilitar contratações de pessoas com a qualificação apropriada, mediante a adequação salarial. Vinculada ao Ministério da Defesa por intermédio da Marinha do Brasil, a AMAZUL foi criada mediante a cisão parcial da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) e adotará a forma de sociedade por ações, com personalidade jurídica de direito privado, patrimônio próprio e capital pertencente integralmente à União. Será uma empresa dependente, ou seja, os salários serão pagos pelo Governo Federal, à semelhança do que ocorre com a empresa Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a NUCLEP. As atividades a serem desempenhadas pela AMAZUL estão voltadas ao PNM, isto é, para o domínio, desenvolvimento e preservação do conhecimento necessário ao projeto do ciclo do combustível nuclear; ao projeto e construção de reatores de propulsão naval e ao projeto de submarinos de propulsão nuclear. Tal conhecimento também terá aplicação no Programa Nuclear Brasileiro (PNB), no que diz respeito à tecnologia do combustível nuclear para alimentação das usinas nucleoelétricas e à tecnologia para projetar reatores utilizados na geração de energia elétrica. g

7 Ano III - n o INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA TECHNO News 7 Prosub, na fronteira do conhecimento Um trabalho na fronteira do conhecimento. Este é o Prosub, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos, um projeto inovador no País com imensos desafios do saber gerenciais, tecnológicos, e construtivos Divulgação Odebrecht / Foto Bruno Galba Obras marítimas na área Sul do Prosub-EBN em Itaguaí - RJ A construção do submarino de propulsão nuclear é o propósito fim do Prosub e deste objetivo, derivam os principais desafios para o desenvolvimento do projeto e construção do Estaleiro e Base Naval O Prosub é um projeto incomum, um projeto de desenvolvimento, como definiu Almirante Alan Arthou em artigo de sua autoria sobre a Engenharia Simultânea no Prosub. Em se tratando de um empreendimento naval com implicações nucleares, inédito no Brasil, diversos parâmetros para a elaboração e execução do projeto do Estaleiro e Base Naval (EBN) em Itaguaí-RJ não estão disponíveis no mercado externo e tampouco no interno, necessitando, portanto, serem desenvolvidos. Tal trabalho tem como principais ferramentas, o conhecimento dos profissionais e a expertise de instituições e de empresas envolvidas, direta e indiretamente, com o desenvolvimento do Programa. No centro deste processo estão a Marinha do Brasil, na posição de cliente do projeto, com participação ativa em todo o desenvolvimento e condução do Prosub-EBN; a Odebrecht Infraestrutura, responsável pelo projeto e execução das obras do Estaleiro e Base Naval; a DCNS, empresa estatal francesa, parceira tecnológica da Marinha no programa; e, a Itaguaí Construções Navais (ICN), uma empresa Sociedade de Propósito Específico formada pela DCNS e pela Odebrecht, com a participação da Marinha em questões consideradas estratégicas, responsável pela operação do estaleiro e construção dos submarinos. Os critérios da área nuclear para o projeto O estreito cronograma de entrega de etapas do Prosub somado à complexidade tecnológica e construtiva quer das instalações do Estaleiro e Base Naval quer dos submarinos, especialmente o de propulsão nuclear, exigem uma crescente integração entre os principais agentes do projeto e um minucioso gerenciamento da totalidade do Programa realizado pela Marinha por meio da Coordenadoria do Programa de Desenvolvimento de Submarino de Propulsão Nuclear (COGESN) e da construção das instalações, realizado pela Odebrecht Infraestrutura, sob o acompanhamento da Marinha. A construção do submarino de propulsão nuclear é o propósito fim do Prosub e deste objetivo, derivam os principais desafios para o desenvolvimento do projeto e construção do Estaleiro e Base Naval. O ineditismo do projeto no Brasil e a ausência de referências similares no País assim como de normatização brasileira especifica para as exigências nucleares, envolvendo o estaleiro, a base naval e o submarino, resultam uma análise criteriosa dos quesitos de segurança e de riscos do empreendimento para a determinação dos critérios essenciais do projeto, expõe Almirante Alan Paes Leme Arthou, Gerente do Empreendimento Modular de Construção do Estaleiro e Base Naval. Vários aspectos concernentes à concepção do projeto do Estaleiro e Base Naval desenvolvidos pela Marinha e Odebrecht já foram analisados junto com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o órgão licenciador da parte nuclear do Prosub. Alguns destes pontos resultaram, inclusive, alterações significativas na implantação das instalações e nos processos construtivos para determinadas áreas da obra. A localização e o sistema estrutural dos diques é um exemplo entre muitos outros:

8 8 TECHNO News Ano III - n o INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA No cronograma do Prosub o grande diferencial é a simultaneidade entre projeto e construção, o que só pode ser conseguido se possuirmos um banco de dados... Divulgação Odebrecht / Foto Bruno Galba Da esquerda para a direita: Celso Amorim, Ministro da Defesa; Primeiro Ministro da França, François Fillon; e Alan Paes Leme Arthou, Gerente do Empreendimento Modular de Construção do Estaleiro e Base Naval por ocasião da visita do Ministro francês ao empreendimento do Prosub a modificação do local dos diques no projeto gerou um rearranjo total das demais instalações e a exigência de apoiar a sua estrutura em rocha, resultou a revisão das técnicas construtivas adotadas nesta área. O acordo de transferência tecnológica firmado entre o Brasil e a França para os submarinos convencionais e o nuclear inclui o casco, as estruturas internas e os sistemas e equipamentos, com exceção do sistema de propulsão nuclear. Segundo Almirante Alan Arthou, a planta de propulsão nuclear já estava desenvolvida pela Marinha e a França não aceitaria passar tecnologia nessa área e, da mesma maneira, a França não terá acesso aos detalhes de planta brasileira, que é um conhecimento estratégico para o País. A definição das questões nucleares do Estaleiro e Base Naval avança passo a passo. Cada item do projeto requer detalhados estudos e análises de segurança e risco, realizados pela Marinha sob a orientação técnica do Centro Tecnológico da Marinha de São Paulo (CTMSP) e extensamente discutidos com a CNEN. As resoluções são reunidas em relatórios nos quais a Comissão baseará as verificações da conformidade do projeto com os requisitos técnicos de segurança para a emissão das licenças de instalação, execução e operação para as áreas nucleares. O projeto do EBN prevê a construção de um prédio específico para a planta de propulsão nuclear, uma área isolada, com acesso restrito, visando assegurar além da integridade das instalações e atividades ali desenvolvidas, o controle das informações. Os principais critérios para a elaboração do projeto básico desta edificação estão em fase de discussão a partir do projeto conceitual e, apesar da complexidade e de incertezas ainda existentes sobre o formato final da instalação, a previsão de início e término da construção deste setor coincidirá com o cronograma das obras civis do estaleiro. Na esfera dos submarinos, a Marinha detém experiência e conhecimento em projeto e construção das embarcações e o fornecimento dos principais sistemas de bordo e sobressalentes dos submarinos, com exceção da parte nuclear, está garantido por meio do acordo firmado com a França. Esta é uma vantagem do acordo porque, do contrário, teríamos que abrir várias frentes de pesquisa no Brasil para desenvolver sistemas já conhecidos no mercado externo, o que demandaria altos investimentos por parte da indústria nacional e uma elevação no custo dos itens em face da baixa demanda, avalia Almirante Alan Arthou. Nos países detentores da tecnologia de construção de submarinos nucleares, Almirante Alan Arthou observa que o período entre o projeto e a operação das embarcações é longo, ultrapassando uma década. Se elaborássemos primeiramente o projeto do submarino para, só então iniciarmos o projeto e construção do estaleiro para, depois de construído iniciarmos a construção do submarino, ao final deste processo, em face dos avanços tecnológicos obtidos naquele intervalo de tempo, o submarino estaria obsoleto. No cronograma do Prosub o grande diferencial é a simultaneidade entre projeto e construção, o que só pode ser conseguido se possuirmos um banco de dados pautado nas experiências já realizadas por outros países. Por esta razão, a Marinha dispensa uma atenção especial ao registro de todas as informações sobre o Prosub, assim como dos critérios adotados nas decisões e soluções do empreendimento, para desta forma, compor o nosso próprio banco de dados que constituirá a base do conhecimento nacional para os projetos futuros. Obras marítimas na área Sul do Prosub-EBN em Itaguaí - RJ Divulgação Odebrecht / Foto Bruno Galba

9 Ano III - n o TECHNO News 9 A ferramenta do conhecimento Em novembro próximo, a Marinha receberá da Odebrecht, as instalações da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), a primeira etapa da infraestrutura do Prosub destinada à fabricação dos componentes dos submarinos. Na continuidade de construção do empreendimento, a Odebrecht prevê iniciar em Dezembro, após concluir o aterro hidráulico, a cravação das primeiras estacas dos prédios e oficinas principais do estaleiro de construção e, na seqüência, do estaleiro de manutenção. Fábio Gandolfo, Diretor Superintendente da Odebrecht Infraestrutura, responsável pela obra do Estaleiro e Base Naval, considera a entrega da UFEM à Marinha e a ICN, uma Joint Venture formada entre a DCNS e Odebrecht Industrial para a construção dos submarinos, como uma primeira etapa vencida do programa. Esta etapa foi como um projeto piloto do modus operandi da construção do empreendimento. Ao longo dos dois anos da obra da UFEM, tivemos a oportunidade de conhecer melhor a DCNS, obtendo uma crescente integração e sinergia entre nós e a Marinha do Brasil. A transferência de tecnologia para a construção do Estaleiro, requer muita disciplina entre as equipes e a correta compreensão das diferenças de ordem técnica, tais como especificações e normatizações, além das diferenças de idiomas e culturais" Nesse contexto, as informações enviadas inicialmente pela DCNS à Marinha e a Odebrecht, dentro do pacote de transferência de tecnologia, percorrem um extenso percurso, envolvendo etapas de recebimento, discussão, análise, interpretação e aplicação dos dados, compostos basicamente por dois tipos de documentos: um, sobre o processo industrial para a construção do submarino e outro, sobre a parte civil do estaleiro. No primeiro, os relatórios determinam todos os processos industriais para a construção do submarino, entre estes, os Da esquerda para a direita: Almirante-de-Esquadra Sir Mark Stanhope, Comandante-Geral da Marinha do Reino Unido; Fábio Gandolfo, Diretor Superintendente da Odebrecht Infraestrutura; Almirante-de-Esquadra Julio Soares Moura Neto, Comandante da Marinha do Brasil, por ocasião da visita do Almirante inglês ao empreendimento do Prosub A transferência de tecnologia para a construção do Estaleiro, requer muita disciplina entre as equipes e a correta compreensão das diferenças de ordem técnica... equipamentos e ferramentas necessários, bem como os sistemas e as utilidades; no segundo, os documentos relacionam as especificações da parte civil do projeto conceitual. Após a aprovação da Marinha, estes documentos são a base para que a Odebrecht traduza as especificações e realize as adaptações e adequações necessárias para as normas brasileiras, iniciando-se assim a etapa de Procurement da obra e Projeto Básico. Após sua conclusão, estes documentos são certificados pela DCNS, permitindo ser iniciado o projeto de detalhamento e as respectivas obras. Um processo complexo, que requer extenso conhecimento técnico da Marinha e da Odebrecht, para a aquisição dos milhares de itens necessários à construção do empreendimento com diferentes características, especificações e conteúdos tecnológicos. Nesta área do conhecimento, Fábio Gandolfo observa que a Odebrecht trouxe para o Prosub, profissionais extremamente capacitados para o desenvolvimento de soluções voltadas à construção de um estaleiro no estado da arte, permitindo que na construção do submarino tenhamos a melhor produtividade possível. Nesse processo, as discussões técnicas e a interação entre as equipes são fundamentais para o alcance do objetivo maior do Prosub - a construção do primeiro submarino com propulsão nuclear brasileiro - do qual o estaleiro é parte integrante. A intensa troca de informações e de conhecimento não é uma prerrogativa deste projeto ou uma prática recente na Odebrecht. O incentivo à disseminação do saber na Organização Odebrecht, desde a década de 1990, criou condições para o surgimento do conceito de Comunidades de Conhecimento, nas quais profissionais de vários segmentos e especialidades da Odebrecht, relatam e trocam entre si, as suas respectivas experiências. A complexidade e a dimensão do Prosub levaram a Odebrecht a buscar na própria empresa e no mercado, a expertise necessária para a construção do Estaleiro e Base Naval. Para a Marinha, tais características do Prosub resultaram uma nova visão gerencial para este empreendimento, com a participação e o apoio de instituições internas e externas à Marinha. Como exemplo, cito que a Marinha teve uma visão muito interessante e inovadora ao convidar o TCU, entre outras instituições, para o acompanhamento do projeto, expõe Fábio Gandolfo. Já trabalhamos em inúmeras grandes obras com clientes públicos, entretanto, posso afirmar que até então não havíamos participado de um projeto dessa magnitude, com tal grau de abertura e transparência de ações. Tal visão adotada pela Marinha é, sem dúvida, uma contribuição muito importante para o bom desenvolvimento do projeto. A nacionalização no programa de submarinos convencionais Divulgação Odebrecht / Foto Orestes Locatel Divulgação Odebrecht / Foto Bruno Galba Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) do Estaleiro e Base Naval A elevação do nível de nacionalização nos projetos do Prosub, com o desenvolvimento do saber tecnológico e industrial brasileiro, é uma das principais metas do programa. A prioridade do mercado interno para a aquisição de itens, desde que atendidas às exigências dos projetos, é uma constante na definição das empresas fornecedoras para o Estaleiro e Base Naval e para o submarino. Segundo o Contra-Almirante Sydney dos Santos Neves, Gerente do

10 10 TECHNO News Ano III - n o INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA Divulgação Odebrecht / Foto Bruno Galba empreendimento modular de obtenção dos submarinos convencionais da COGESN, o programa de nacionalização dos submarinos possui 82 projetos conjugados e destes, 32 foram priorizados pela Marinha em face do elevado conteúdo tecnológico e, por conseguinte, do maior conhecimento e capacitação que estes poderão trazer à indústria nacional. Estes projetos prioritários não são aqueles que simplesmente ocupam a mão de obra nacional ou fazem circular a moeda no País. São projetos promotores de novos conhecimentos e níveis de qualificação das empresas, propiciando para estas, a elevação do patamar tecnológico e a conquista de novos mercados. Somente a partir deste crescimento é que poderemos solidificar uma base industrial de defesa no País. O processo de análise e escolha de fornecedores para os submarinos convencionais realizado pela Marinha já selecionou as primeiras empresas nacionais. Entre estas, a Termomecânica para a fabricação de componentes para trocadores de calor dos submarinos convencionais; a Howden South America, localizada no Brasil e subcontratada da Howden France, para a fabricação dos ventiladores; os mancais de escora serão produzidos pela Zollern; a Adelco, responsável pelo desenvolvimento e fabricação dos conversores estáticos; e a Fundação Atech, selecionada para receber o treinamento e participar do desenvolvimento de módulos de software do Sistema de Combate dos submarinos convencionais. A nacionalização é uma processo evolutivo. Hoje temos cinco empresas selecionadas, e na medida em que o projeto do submarino avançar, a participação nacional certamente crescerá. No término da construção dos quatro submarinos convencionais, em 2022, teremos uma quantidade expressiva de empresas brasileiras presentes no programa, observa o Contra-Almirante Sydney dos Santos Neves. A construção do primeiro submarino convencional já foi iniciada na França, com as seções 3 e 4 em fase final Contra-Almirante Sydney dos Santos Neves, Gerente do empreendimento modular de obtenção dos submarinos convencionais da COGESN de fabricação no estaleiro da DCNS. Em março de 2013, estas seções chegarão ao Brasil e na UFEM, serão integradas às demais seções do submarino, que estão sendo construídas no Brasil. A gestão do Programa e os indicadores de transferência tecnológica Em face da dimensão do PROSUB, do volume de investimentos e da quantidade de contratos de fornecimentos de bens e serviços, no Brasil e no exterior, a Marinha estabeleceu uma metodologia de acompanhamento cruzado da evolução de todos os contratos referentes à implantação e desenvolvimento do Programa. A Controladoria de Contratos da COGESN é o setor responsável por este trabalho o qual, além do controle interno de todos os contratos, inclui Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) do Estaleiro e Base Naval a interface entre os seus respectivos desenvolvimentos e o cruzamento de suas metas. A Controladoria de Contratos é uma das entidades da Governança da COGESN, estabelecida pela Alta Administração Naval, da qual ainda constam as Gerências de Empreendimentos, focados nos objetos contratuais principais (Estaleiro, Submarinos Convencionais e Submarino com Propulsão Nuclear), e uma Gerência de Administração e Finanças. As primeiras realizam o acompanhamento físico desses objetos e a última gerencia o acompanhamento financeiro do Programa. Este gerenciamento financeiro realizado pela área de Administração e Finanças da COGESN é acompanhado em nível interno pela Diretoria de Contas da Marinha (DCoM), que realiza, anualmente, uma verificação contábil detalhada, envolvendo os contratos e as despesas da Techno COGESN, inclusive de manutenção do escritório da Coordenadoria na França. Em nível externo, a prestação de contas do programa é acompanhada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), tendo sido inclusive, uma solicitação da Marinha ao TCU tal acompanhamento, logo no início da ativação do Programa, em face do volume de recursos da União alocados no PROSUB. Segundo o Gerente de Administração e Finanças da COGESN, o Contra-Almirante Helio Mourinho Garcia Junior, desde o início do programa, cinco auditorias já foram realizadas pelo TCU: duas na área de Gestão; uma de Orçamentos e Finanças; uma de Transferência de Tecnologia e uma Auditoria tradicional intitulada de Conformidade. A primeira auditoria, denominada Operacional de Gestão, consistiu em uma auditoria de entendimento do programa como um todo e sua inserção na Marinha, e, a partir deste relatório, foram determinadas as demais auditorias. A Gestão do PROSUB, ou Auditoria de Governança, foi o tema da segunda auditagem, na qual o TCU buscou examinar a estruturação do programa em relação aos recursos humanos, financeiros, técnico-científicos e físicos. Na sequência, a auditoria Orçamentária e Financeira, que envolveu a COGESN, a Coordenadoria de Orçamentos e Recursos da Marinha e os Ministérios da Fazenda, do Planejamento e de Relações Exteriores. Esta foi uma auditoria muito ampla com vistas a conhecer a participação do Governo brasileiro no processo, não só na liberação dos recursos como também no acompanhamento de sua aplicação, incluindo as dificuldades, os pontos de maior risco e os impactos gerados para a Marinha e para os próprios ministérios, explica o Contra-Almirante Helio Garcia. Esta foi uma auditoria muito interessante e sem qualquer similaridade com as demais realizadas na Marinha. Após as três auditorias chamadas Operacionais, a auditoria da prestação de contas do PROSUB, nos moldes tradicionais, foi realizada no final de 2010, na qual o TCU realizou uma ampla verificação contábil e financeira do programa. A Transferência de Tecnologia foi o objeto da mais recente auditoria realizada pelo TCU. Esta foi uma auditoria inédita até mesmo para o próprio TCU, declara o Contra- Almirante Helio Garcia, explicando que pela ausência de trabalhos similares no País, o TCU buscou inicialmente, junto às diversas universidades e empresas de tecnologia avançada, as informações e o conhecimento para estabelecer os parâmetros e o perfil desta auditoria. Como mensurar a transferência de tecnologia em um projeto? Este foi o ponto chave desta auditoria na qual a Marinha apresentou um estudo inédito de métricas de acompanhamento da transferência tecnológica, elaborado com este propósito, por um grupo de estudiosos, oriundos da Marinha e de universidades, capitaneados pelo Centro de Análise de Sistemas Navais da Marinha, o CASNAV. A proposta apresentada pela Marinha ao TCU estabelece as métricas de indicadores de desempenho do processo de transferência tecnológica, obtidos por meio de parâmetros balizados em algoritmos. Trata-se de um estudo totalmente inovador que envolve não só a questão tecnológica do submarino, mas sim, a transferência de conhecimento, que poderá ser aplicada em qualquer situação de transferência tecnológica entre um país fornecedor e o Brasil, expõe o Contra- Almirante Helio Garcia.

11 Ano III - n o TECHNO News 11 Divulgação Odebrecht / Foto Bruno Galba Obras marítimas na área Sul do Prosub-EBN em Itaguaí - RJ Techno Sérgio Pinheiro, Diretor de Obras Marítimas da Odebrecht Após a apresentação ao TCU, a Marinha aguarda a homologação dos indicadores, realizada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha do Brasil (SecCTM) para a posterior implementação desta métrica no PROSUB. A metodologia construtiva das obras marítimas O início dos serviços de dragagem da Baía de Sepetiba, em janeiro de 2011, estabeleceu o marco inicial das obras marítimas do empreendimento para o preparo das áreas nas quais serão construídas as instalações do Estaleiro e da Base Naval. Em face do extenso programa e do prazo reduzido para a sua execução, a Odebrecht optou por uma nova metodologia construtiva da infraestrutura marítima, conduzindo as obras tanto no mar como em terra, em várias frentes simultâneas de trabalho. No mar, foram realizados os serviços de dragagem, enrocamentos de contenção dos aterros hidráulicos, a cravação de estacas, construção dos cais em pré-moldados de concreto, possibilitando na seqüência, o avanço do enrocamento sob os cais e, em seguida, o aterro hidráulico para formação áreas do Estaleiro e a Base Naval. Com parte deste aterro executado, dar-se-á então o início das obras marítimas executadas em terra, com a construção dos cais em paredes diafragmas que também funcionarão provisoriamente, na fase construtiva, como estrutura de contenção da água do mar juntamente com o dique de areia com a parede de coulis, funcionando como cut off. As paredes diafragmas provisórias que circundam as docas secas e o prédio nuclear a serem construídas completam o perímetro da ensecadeira, permitindo com isso a criação de uma área estanque que possibilitará um esgotamento progressivo, sem a contribuição externa da água do mar durante a fase de escavação de solo e de rocha, até que sejam atingidas as cotas de implantação dessas estruturas definitivas. A metodologia aqui adotada, para a execução concomitante das obras das estruturas marítimas tanto no mar e como em terra, é inovadora, e demandou uma forte interação entre os integrantes da equipe da obra, profissionais seniores com larga experiência em grandes projetos e/ou em obras marítimas, comenta Sérgio Pinheiro, Diretor de Obras Marítimas da Odebrecht. Para a definição desta metodologia construtiva, contamos com a participação efetiva da equipe da obra e de consultores externos que atuaram nas discussões e desenvolvimento das diversas fases, ou seja, a conjugação das áreas de técnicas, produção e planejamento da Odebrecht, realizando ajustes conforme o avanço e os obstáculos vencidos, tanto nos aspectos técnicos quanto executivos, conduzidos por seus respectivos gerentes Evando de Barros, Marcos Pitanguy, Paulo Almeida, o apoio de consultores e também do Consorcio SGP. Além desta metodologia, o outro aspecto relevante das obras marítimas, apontado por Sérgio Pinheiro, são as estruturas dos cais em terra executados em paredes diagrama, com duas funções: Inicialmente, funcionará como estrutura de contenção da água e solo para permitir a escavação até a cota de projeto, garantindo a estanqueidade necessária em toda sua extensão juntamente com as outras estruturas com a mesma finalidade em todo o perímetro das Docas 1 e 2;

12 12 TECHNO News Ano III - n o INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA Divulgação Odebrecht / Foto Bruno Galba Obras Marítimas na área Sul do EBN - cravação de estacas e execução das lajes Techno A outra, durante a operação, permitirá nesses cais acostar os submarinos nucleares com toda a segurança requerida pelas normas de segurança nuclear e também, conforme determinado pelo licenciamento de construção e funcionamento a ser obtido junto aos órgãos licenciadores, que no caso do Prosub é a CNEN. Tanto o projeto quanto a execução dos cais em terra em paredes diafragmas serão realizados pela Odebrecht e acompanhados pela Marinha e pela CNEN. A licença do local, para implantação destes projetos, já foi concedida pela CNEN. A fase seguinte será a licença de construção, que está em andamento com a elaboração do RPAS - Relatório Preliminar de Análise de Segurança de cada estrutura marítima, para ser submetida ao CNEN o qual irá respaldar a análise para a liberação da execução. A Odebrecht detém um conhecimento ímpar no campo de obras marítimas, acumulado em inúmeros empreendimentos de grande porte e complexidade, realizados no Brasil e no exterior. Neste período, a empresa não só aprimorou as metodologias construtivas como também reuniu um corpo técnico de profissionais especializados com extenso conhecimento tecnológico e executivo. Uma das características marcantes da Odebrecht é realizar as obras praticamente com pessoal e equipamentos próprios quando estas estão no campo de sua expertise, coloca Sérgio Pinheiro. Por esta razão, executamos a totalidade das obras marítimas nos empreendimentos de nossa responsabilidade. A exceção a esta regra está em alguns serviços, os quais mesmo estando inclusos no escopo das obras exigem grandes investimentos em equipamentos de ponta utilizados de forma pontual na obra, como a dragagem, por exemplo, em que por subcontratar ou arrendar os equipamentos para estes serviços. Para as obras marítimas do Prosub, vários equipamentos foram adquiridos pela Odebrecht para garantir os prazos de obras previstos. Entre estes, seis balsas projetadas e fabricadas especialmente para os serviços no EBN, com capacidade para sustentar guindastes de até 250 toneladas de capacidade. Também foram adquiridos seis guindastes de esteiras, sendo três conjuntos com capacidade de 250 toneladas de carga cada, utilizados na cravação de estacas metálicas, e equipados com três martelos hidráulicos de 21tm de energia; e três conjuntos com capacidade de 160 toneladas cada, para apoio na movimentação de peças de grande peso como para a montagem dos pré-moldados na execução dos cais. Já para a execução das paredes diafragma, um serviço específico que requer equipamentos de última geração, a opção recaiu na contratação de uma empresa brasileira especializada em fundações. Determinados segmentos da José Lauro Contrucci Larica, Gerente Comercial da Odebrecht Comandante Pierre Matias da Silva, Assessor Especial da COGESN e Gerente de Apoio à Construção Engenharia, com serviços específicos e especializados nos quais a Odebrecht não tem interesse em executá-los, por serem os mesmos pontuais e esporádicos, e, existindo disponibilidade no mercado local, damos preferência à contratação de empresas nacionais, com capacidade técnica e ferramental para atender o nosso contrato, afirma José Lauro Contrucci Larica, Gerente Comercial da Odebrecht, cujo setor atende as três áreas executivas da empresa no Prosub - obras marítimas, obras civis e montagem eletromecânica. Independente da origem da demanda, José Lauro Larica explica que as contratações de empresas prestadoras de serviços à Odebrecht no Estaleiro e Base Naval são, em sua maioria, empresas muito especializadas nos seus respectivos segmentos. Além da expertise, buscamos empresas diferenciadas com capacidade de atendimento às exigências do projeto, principalmente no quesito da qualidade exigida por esta obra, cujo objetivo principal é a construção do submarino nuclear. Na visão da Odebrecht, comenta Sergio Pinheiro, a prioridade de contratação de serviços específicos no mercado nacional, além de promover o fortalecimento das empresas brasileiras especializadas em determinados setores da Engenharia, contribui para o desenvolvimento e a melhoria de sua capacitação técnica e tecnológica, com a disponibilidade de equipamentos de última geração. O acompanhamento e a verificação da qualidade dos serviços executados são pontos diferenciais nas obras marítimas, especialmente na cravação de estacas, com alto nível de precisão no manuseio de peças metálicas de que grandes dimensões. A aquisição do sistema PDA para a análise dinâmica da cravação além de assegurar o monitoramento dos serviços em tempo real, resultou uma ferramenta importante para a disseminação deste conhecimento entre os jovens engenheiros e técnicos da obra. A experiência na obra aliada ao contato com técnicas e metodologias construtivas inovadoras favorece a formação de novos profissionais para os futuros desafios da empresa, expõe Sérgio Pinheiro. E, neste campo, todas as oportunidades para atingirmos tal objetivo são preciosas e estão sendo implementadas. A integração das informações na etapa do diligenciamento A integração das informações na construção de um empreendimento do porte e complexidade como o Estaleiro e Base Naval (EBN) é aspecto fundamental para o bom desempenho e resultado das atividades. Quanto maior a integração dos dados sobre a obra, menores serão os riscos para o empreendimento. Ao longo do projeto e construção do EBN, as informações se avolumam, se cruzam e se intercalam nas fases do projeto básico, do detalhamento, do suprimento, do comissionamento, da construção e montagem até a entrega final ao cliente. A aquisição dos sistemas industriais e equipamentos para a obra, principalmente aqueles de maior porte e conteúdo tecnológico, é realizada a partir de uma infinidade de informações produzidas pela DCNS, Marinha e Odebrecht, reunidas em detalhadas especificações técnicas. Estas são encaminhadas à área de Engenharia que, por sua vez, elabora novas especificações direcionadas ao mercado fornecedor, contendo os requisitos necessários para a aquisição do produto e contratação da empresa fabricante. No EBN, o trajeto percorrido pelas informações nesse processo, se inicia com as especificações básicas enviadas pela DCNS à Marinha e repassadas por esta à Odebrecht. A área de Engenharia da empresa traduz e organiza as informações em novas especificações direcionadas a normatização brasileira, submetendo-as à aprovação da Marinha. Realizados todos estes procedimentos, as informações aprovadas retornam à Odebrecht, iniciando-se então, o processo de Procurement. Este processo engloba as atividades de cotação de preços (em empresas cadastradas no Vendor List do Empreendimento); análise e aprovação das propostas; emissão da autorização de fornecimento; e o diligenciamento. A análise das propostas técnicas e comerciais dos fornecedores é inicialmente realizada pela Odebrecht e posteriormente, encaminhada à Marinha para aprovação. Após esta aprovação, a Odebrecht contrata as empresas fornecedoras e tem início de um novo Techno

13 Ano III - n o TECHNO News 13 ciclo de geração e troca de informações entre as equipes da Odebrecht e as empresas fornecedoras, denominada Diligenciamento. A Engenharia (definição de requisitos e especificação) e o Processo de Aquisição constituem a primeira etapa do Comissionamento e, na minha opinião, é uma das mais importantes porque as informações geradas nesta fase inicial servirão de base e referência para todos os dados seguintes da cadeia de Suprimento, envolvendo a fabricação, a logística, o recebimento e os testes de operação dos itens e equipamentos para a obra, assinala o Comandante Pierre Matias da Silva, Assessor Especial da COGESN e Gerente de Apoio à Construção. Nesta etapa está a origem dos erros do comissionamento, ou seja, se houver falhas na especificação do produto ou dos fornecedores quanto ao produto cotado, estas permanecerão em sua fabricação e teremos então, um produto final que não atenderá os requisitos necessários na hora da entrega. Em resumo, para os todos os equipamentos e sistemas industriais específicos, a Marinha acompanha todo o processo do Suprimento, desde a primeira especificação, checando a conformidade das informações com aquelas recebidas da DCNS. Na sequência, realiza a verificação dos dados e propostas dos fornecedores aprovados pela Odebrecht - no mínimo três empresas para cada produto -, e por fim, aprova a definição do vencedor. Dos documentos enviados pelos fornecedores à Odebrecht, somente o Plano de Inspeção e Teste (PIT), uma lista de verificações cujos dados irão referenciar o Teste de Aceitação em Fábrica (TAF), é submetido à aprovação da Marinha, pois o TAF é exigido aos fabricantes dos equipamentos ou sistemas mais complexos, com maior grau de criticidade. No término da fabricação do equipamento, a Odebrecht realiza um pré-taf com objetivo de assegurar que o equipamento esteja em conformidade com todas as informações e requisitos do produto contratado, sendo que no TAF final dos equipamentos principais e previamente determinados, também participam a Marinha, a DCNS e a ICN. Independente do local de fabricação do equipamento, no Brasil ou no exterior, os procedimentos de diligenciamento, com as inspeções e testes em fábrica, são os mesmos, afirma Comandante Pierre Matias. Os equipamentos de grandes dimensões, sem condições de montagem e testes em fábrica, como as pontes rolantes e a prensa, construídos no Brasil, e a câmara hiperbárica, fabricada no exterior, são exceção à regra. Para estes, as partes do equipamento são inspecionadas e testadas nas instalações fabris e, após o recebimento e montagem destas na obra, o TAF é realizado como última etapa do Comissionamento. Considerando-se os inúmeros procedimentos de inspeções e testes de uma imensa quantidade de itens em diferentes fabricantes, o volume de informação circulante entre a Marinha, a Odebrecht e os fornecedores é crescente e a integração entre todos estes dados é fundamental para que produto seja recebido na obra, sem qualquer pendência. O sistema de aprovação interno dos itens e produtos para a obra tem que ser totalmente integrado para que as informações, independentes de sua origem, fluam dentro de uma cadeia hierárquica de aprovação de maneira rápida e segura, observa Comandante Pierre Matias. A cada dia, buscamos a melhoria deste sistema para agilizar os procedimentos e as interfaces entre todos os setores e assegurar o recebimento de equipamentos em condições ideais de operação sem qualquer risco para o empreendimento. João Rochedo, Gerente de Engenharia da Odebrecht no Prosub - EBN A coordenação da Engenharia do Prosub - EBN A Gerência de Engenharia é a área da Odebrecht integradora das informações que circulam entre a DCNS, a Marinha do Brasil e a própria Odebrecht para a implantação do EBN, pois é a responsável pela elaboração de todo o projeto básico e projeto de detalhamento (executivo) do Estaleiro e Base Naval em Itaguaí. Entre as principais atividades desenvolvidas pela área de Engenharia estão: a análise e consolidação das especificações dos equipamentos e o atendimento dos requisitos básicos das oficinas e sistemas de utilidades requeridos para o processo de fabricação do submarino, consistindo na interpretação e adequação destas informações para a elaboração dos projetos; a especificação para compra dos materiais Techno Divulgação Odebrecht / Foto Bruno Galba Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) do Estaleiro e Base Naval

14 14 TECHNO News Ano III - n o INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA Divulgação Odebrecht Divulgação Odebrecht e equipamentos; o desenvolvimento do projeto, garantindo a execução da construção e montagem, assim como a operação das instalações; a recepção dos requisitos enviados à Marinha do Brasil pela DCNS para a fabricação do submarino e, por conseguinte, das instalações para tal finalidade. Tais atribuições somadas à diversidade de disciplinas de engenharia envolvidas no desenvolvimento do projeto e da obra do EBN geram uma interface contínua com vários clientes : a Marinha do Brasil, o empreendedor e cliente principal, que analisa e aprova todos os projetos e especificações; a DCNS, a certificadora dos projetos, que atesta a conformidade das instalações com os requisitos necessários à fabricação do submarino; e, o cliente interno, que reúne as áreas de Construção Civil e Montagem, assim como a área de Suprimento, Qualidade, Meio Ambiente e Planejamento da Odebrecht, além do Consórcio SGP, que executa as atividades de projeto. O trabalho da Engenharia é resultante de um processo de integração com a Marinha do Brasil e a DCNS, no qual as informações passam por todos, em um conjunto bastante produtivo. A nossa contribuição é o conhecimento e a experiência que trazemos da prática de execução de plantas industriais, observa João Rochedo, Gerente de Engenharia da Odebrecht no Prosub - EBN. Entretanto, em face do grau de complexidade do Projeto do EBN, pois integra várias áreas de conhecimento em termos de engenharia, pois temos uma unidade industrial a ser implantada dentro de uma infraestrutura marítima complexa com engenharia civil com todas as especialidades, propusemos trabalhar com empresas especializadas em projetos nestes segmentos, reunidas sob um consórcio, de modo que o somatório de conhecimento e experiências pudesse nos conduzir às melhores soluções para o empreendimento. Assim, as empresas Sondotécnica, Genpro e Planave reuniram suas experiências individuais no denominado Consórcio SGP, contratado pela Odebrecht, para desenvolver o projeto básico e projeto executivo do Estaleiro e Base Naval sob a coordenação da área de Engenharia da Odebrecht Prosub-EBN. Esta é uma experiência muito interessante porque no Consórcio SGP lidamos com cerca de 230 pessoas que, apesar de trazerem a cultura de cada empresa, compõem um grupo coeso de trabalho. Antes de fiscalizar o Consórcio, nossa maior atividade é integrar as equipes técnicas, as informações e o planejamento, procurando trabalhar em conjunto com o Consórcio na forma de sugestões e análise de alternativas que possam eliminar todas as pendências e atender os requisitos da DCNS e as necessidades da Marinha do Brasil, expõe João Rochedo. A ferramenta principal da interface entre a Engenharia e o Consórcio SGP é o sistema de controle de projeto, implantado pela Odebrecht, o qual além de constituir um recurso único de gerenciamento de dados e documentos, resultando maior agilidade na troca de informações, para a consolidação do projeto executivo e no repasse destes dados para os demais setores da cadeia de desenvolvimento do empreendimento, por exemplo, os fornecedores de equipamentos e sistemas, assim como da execução da obra. Segundo João Rochedo, a elaboração de um projeto é sempre um processo evolutivo de afirmações e confirmações, pois no momento da execução do projeto básico nem todas as informações requeridas estão disponíveis e só uma equipe experiente supera as faltas de informações. Noutra fase, as informações vão sendo recebidas e o projeto sendo complementado, entretanto, não podemos perder o timing requerido pela Construção e Montagem. No Prosub especialmente, onde o cronograma é muito apertado, o desafio é desenvolver o projeto básico de uma parte e em paralelo, estamos desenvolvendo o projeto executivo. Esta dinâmica representa um desafio para todas as equipes envolvidas, pois as constantes evoluções e melhorias realizadas no decorrer da elaboração do projeto, geram impactos substanciais na seqüência de implantação. A quantidade de equipamentos requeridos para a construção de um submarino é em torno de itens somados a outros itens relativos a ferramentas simples ou específicas. Outro diferencial do projeto do EBN, é que vários destes equipamentos e ferramentas, especialmente aqueles de maiores dimensões e complexidade tecnológica, são taylor-made, portanto desenvolvidos especialmente para uma determinada aplicação, demandando projetos específicos para o seu desenvolvimento, fabricação, instalação e funcionamento. Na obra do Estaleiro e Base Naval, todos os números são expressivos e, especialmente na Engenharia, a quantidade de informações produzida entre a Odebrecht, o Consórcio SGP e os fornecedores é imensurável. Estas precisam ser rapidamente codificadas e assimiladas para a elaboração dos projetos e das especificações e repassadas às equipes de suprimento, de planejamento e demais setores da obra. Este é um trabalho integrado de pessoas, cuja bagagem técnica e experiência são fundamentais e têm que ser colocadas à disposição do desenvolvimento do projeto, com comprometimento, na participação e no interesse maior, Acima, transporte de ponte rolante da fábrica para a UFEM; abaixo e à direita, fase de comissionamento de ponte rolante na obra da UFEM Divulgação Odebrecht / Foto Daniel Contarini

15 Ano III - n o TECHNO News 15 Techno Alexandre Paulo Cecchetti Vaz, Gerente de Suprimento da Odebrecht para o Prosub-EBN assinala João Rochedo. Fazer parte deste grupo dedicado e coordenar as equipes, de modo que as informações cheguem na hora e na pessoa correta para o desenvolvimento de um trabalho com o melhor padrão possível é, ao mesmo tempo, um desafio e um prazer. A aquisição dos equipamentos Definidas as especificações do projeto e dos equipamentos, a área de Engenharia repassa as informações à área de Suprimentos da Odebrecht que realiza todo o processo de aquisição e entrega dos materiais e equipamentos necessários à construção e ao aparelhamento do estaleiro. Desenvolvemos um trabalho conjunto com a Engenharia para identificar e qualificar fornecedores dos equipamentos no mercado interno e externo de forma a atender os requisitos da DCNS e principalmente, compor um estaleiro com alto grau de tecnologia, afirma Alexandre Paulo Cecchetti Vaz, Gerente de Suprimento da Odebrecht para o Prosub-EBN. Nesta fase de busca de fornecedores, a equipe de Suprimentos reúne as sugestões da Odebrecht e da Marinha de empresas novas ou conhecidas de projetos anteriores. O cadastramento como fornecedora do Prosub se inicia com a visita técnica às instalações fabris e uma vez qualificada e aprovada pela Odebrecht e pela Marinha, a empresa passa a compor o Vendor List, ou seja, um guia de empresas com qualificação técnica e capacidade fabril de atendimento ao projeto do EBN. Para cada item, no mínimo três empresas do Vendor List são convidadas a participar do processo de escolha do fornecedor, enviando separadamente ao Suprimento, propostas técnicas e comerciais, posteriormente analisadas pela Engenharia e aprovadas pela Marinha. A partir daí, o Suprimento encaminha as propostas comerciais definitivas à Marinha para a escolha da empresa vencedora. Elaboramos um processo na forma de um Open Book, contendo as propostas e condições de cada fornecedor e, de modo geral, quando todos estão tecnicamente aprovados, o fator diferencial é o preço, explica Alexandre Cecchetti. No processo de Procurement, algumas empresas nacionais tiveram que realizar ajustes de ordem técnica para serem consideradas fornecedoras do Prosub-EBN e inclusas no Vendor List. Sobre este aspecto, Alexandre Cecchetti assinala que uma vez constatada a condição de fornecimento da empresa ao projeto, alguns pontos técnicos, eventualmente impeditivos e possíveis de serem trabalhados, são levantados pela Odebrecht, que por sua vez, apóia e incentiva esta melhoria de processos e/ ou procedimentos, colocando-se como um parceiro no desenvolvimento da qualificação desta empresa para o Prosub. Empreendemos todos os esforços possíveis para ampliar a participação brasileira no fornecimento de itens ao estaleiro. Desta forma, colaboramos não só com o desenvolvimento das empresas como também, do próprio mercado nacional. Três áreas compõem a gerência de Suprimento: compras; diligenciamento e inspeção; e logística. Firmado o contrato entre a Odebrecht e a empresa fornecedora, a área de diligenciamento e inspeção assume o acompanhamento do fornecedor em relação à fabricação do item contratado, realizando visitas, inspeções e verificações ao longo de todo o processo fabril, até a entrega do produto ou da inspeção final realizada em fábrica, o TAF Teste de Aceitação em Fábrica. Antecedendo o início do processo fabril, os equipamentos são classificados em quatro níveis de inspeção de acordo com o grau de complexidade tecnológica de cada um, determinando assim, a exigência ou não da realização do TAF e o acompanhamento que este terá em fábrica: os níveis 1 e 2 dispensam o TAF no fornecedor; os níveis 3 exigem o TAF acompanhados pela Odebrecht e os níveis 4 exigem o TAF com o acompanhamento pela Odebrecht, Marinha, DCNS e ICN. Terminados os testes em fábrica, a área de logística acompanha o embarque, o transporte e a entrega do equipamento na obra. Apesar da maioria dos equipamentos serem comprados com frete incluso no fornecimento e, desta forma, ser uma atribuição e responsabilidade do fabricante, o papel da nossa equipe de logística é acompanhar todo o processo e assegurar que o equipamento seja entregue no canteiro na data acordada, pois qualquer imprevisto terá reflexos no cronograma da obra, observa Alexandre Cecchetti. Divulgação Odebrecht / Foto Daniel Contarini Divulgação Odebrecht / Foto Daniel Contarini Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) do Estaleiro e Base Naval Divulgação Odebrecht / Foto Bruno Galba

16 16 TECHNO News Ano III - n o INDÚSTRIA NAVAL & DEFESA Monitoramento ambiental complexo, dinâmico e extenso O processo de licenciamento ambiental do Prosub-EBN, assim como a própria obra, é complexo, dinâmico e extenso. Possui peculiaridades distintas dos demais empreendimentos por envolver um amplo programa de obras industriais, nucleares, marítimas e de infraestrutura, implantado em ambientes terrestres e marítimos. Este é um empreendimento da Marinha e por estão razão o licenciamento ambiental e a concessão das licenças de instalação, construção e operação do Estaleiro e Base Naval estão sob a jurisdição do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), com exceção das instalações da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), na alçada da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Os estudos minuciosos da flora, da fauna e dos aspectos socioeconômicos reunidos no EIA/RIMA permitiram um diagnóstico das condições iniciais da região com a identificação dos pontos de maior impacto do empreendimento e a definição principais parâmetros para a elaboração do Plano Básico Ambiental (PBA). No PBA estabelecemos os programas de monitoramento ambiental, as medidas de controle e/ou mitigadoras dos impactos e inclusive a periodicidade de emissão dos relatórios de monitoramento, os quais foram acatados pelo IBAMA, expõe Iva Paixão e Silva, Gerente de Meio Ambiente da Odebrecht para o Prosub-EBN, acrescentando que aprovado o PBA, todas as ações, programas e propostas nele reunidas são consideradas por lei, condicionantes do licenciamento do empreendimento. Para cada programa do PBA, a Odebrecht apresenta ao IBAMA um relatório específico de seus resultados. A periodicidade dos monitoramentos, assim como a elaboração dos documentos, variam de acordo com o meio analisado - qualidade da água, biota aquática, resíduos sólidos, efluentes, emissão de particulados, controle de ruídos, entre muitos outros. Atualmente, o PBA possui 32 programas em atividades. Cada um destes inclui o monitoramento ambiental, as medidas mitigatórias e as medidas compensatórias, em níveis e períodos distintos em face das peculiaridades de cada programa, explica Luciana Adamo, Gerente de Projeto da MRS Estudos Ambientais, empresa de consultoria ambiental contratada pela Odebrecht. No âmbito do monitoramento ambiental, os ambientes que estão sob a interferência permanente do empreendimento, tais como biota aquática, fauna terrestre, correntes marítimas, qualidade da água, entre outros, são monitorados ao longo de toda a vida útil do Estaleiro e Base Naval; outros ambientes, cuja alteração é decorrente da obra e de toda a movimentação do Término da II Turma de Agentes Ambientais do Prosub-EBN formada por integrantes da obra canteiro, como controle de emissão de ruídos, de material particulado, de erosão, de dragagem, de efluentes, e outros, são monitorados durante a obra ou por um período determinado. Segundo Luciana Adamo, os resultados de todos os monitoramentos contínuos ou pontuais são reunidos em um banco de dados, o qual além de fonte de informação constitui um registro da maior importância para a obtenção da licença de operação do empreendimento. As medidas mitigatórias e compensatórias propostas no PBA, decorrentes da análise dos impactos identificados no Estudo Ambiental, foram amplamente discutidas durante o período de elaboração do PBA nas audiências públicas e em reuniões com as comunidades, associações e Município. O atendimento aos requisitos necessários para a instalação do EBN e, principalmente, de segurança para o empreendimento, foi determinante para a escolha do local. Em se tratando de uma área ambientalmente degradada pela atividade industrial ali instalada no passado, com a presença de contaminantes no fundo da Baia de Sepetiba, o passivo ambiental e a responsabilidade da Marinha e da Odebrecht neste projeto tornaram-se maiores. Em que pesem as expectativas Divulgação Odebrecht iniciais relativas às condições ambientais do local, nossa licença de instalação resultou um documento de apenas quatro páginas, assinala Iva Paixão, considerando este fato um indicador de que o minucioso levantamento da região e o PBA dele decorrente, efetivamente abrangeram todas as áreas sensíveis do empreendimento, sejam estas ambientais ou sociais. Interface do EBN com o IBAMA Sob a responsabilidade da MRS Estudos Ambientais, empresa de Consultoria Ambiental contratada pela Odebrecht Infraestrutura para a prestação de serviços na área ambiental do Prosub-EBN, os relatórios entregues ao IBAMA são: anuais, contendo os resultados obtidos no período de 01 de outubro a 30 de setembro de cada ano, desde 2010; semestrais, os relatórios de Controle de Qualidade Ambiental com o monitoramento da Qualidade da Água, da Biota Aquática e da Fauna Terrestre. No período de execução da dragagem, os relatórios de Monitoramento e Controle Ambiental da Dragagem eram encaminhados trimestralmente ao IBAMA. Divulgação Odebrecht Divulgação Odebrecht Ao lado, monitoramento ambiental na obra do Prosub-EBN

17 Ano III - n o TECHNO News 17 Acreditar Programa de qualificação profissional continuada Gerador de oportunidades e promotor de desenvolvimento Criado para colaborar com o desenvolvimento das regiões onde a Construtora Norberto Odebrecht atua e atender às demandas de seus negócios em todo o Brasil, o Programa de Qualificação Profissional Continuada Acreditar forma profissionais do setor de construção civil e montagem industrial, promovendo a inclusão de inúmeras pessoas no mercado de trabalho. Os participantes dos cursos, homens e mulheres com mais de dezoito anos, têm preferência nas contratações para as obras da Odebrecht, mas a maior contribuição é a formação de profissionais capacitados para atuar de uma forma geral no mercado. Parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome O sucesso da iniciativa resultou em um acordo de cooperação entre a Construtora Norberto Odebrecht e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) que prevê a priorização de beneficiários do Bolsa Família e de outros programas sociais do Governo Federal nas iniciativas de capacitação da Odebrecht. Processo de formação totalmente gratuito Antes de iniciar o processo de formação, os inscritos são submetidos à exames psicológicos e médicos, e realizam a avaliação de português e de matemática. Os selecionados recebem uniforme, transporte, material didático, refeição e seguro de vida durante o período das aulas. A primeira etapa do curso corresponde ao módulo básico, que varia entre 20 a 32 horas/aula. Nesta fase, são abordados temas sobre saúde, segurança do trabalho, meio ambiente e psicologia do trabalho. A segunda etapa depende da opção do candidato. Trata-se do módulo técnico, que tem uma carga horária entre 32 a 200 horas/aula. O participante recebe treinamento teórico específico na área escolhida além de aulas práticas. As aulas são realizadas pelo SENAI e, ao final do curso, cada aluno aprovado recebe o certificado. Acreditar em Itaguaí Em Itaguaí, o Programa Acreditar foi implantado para atender à demanda que está sendo gerada com as obras de Construção do Estaleiro e Base Naval para a Marinha do Brasil. Até 2014, pessoas se capacitarão através do Programa. No município de Itaguaí, já foram capacitados até o momento 438 profissionais, nas diversas formações: Ajudante de Construção Civil Meio-Oficial de Pedreiro, Meio-Oficial de Armador Meio-Oficial de Carpinteiro. Meio-Oficial em Técnicas Básicas de Soldagem Meio-Oficial em Montagem de Andaime Meio-Oficial em Montagem de Tubulação Meio-Oficial em Montagem de Rede de Eletrodutos e Eletrocalhas. Meio-Oficial em Instalação Elétrica de Equipamentos Formatura Acreditar Ao final do curso, há o momento da formatura do aluno, em que todos participam da cerimônia composta por almirantes e gerentes do empreendimento. É um momento de reforçar a importância da capacitação para a cidade de Itaguaí e homenagear o compromisso de cada um deles assumido nas aulas. A primeira cerimônia de formatura ocorreu em junho de 2010, no Teatro Municipal de Itaguaí, onde 150 alunos foram parabenizados e receberam seus certificados pela capacitação em formações variadas na área de Engenharia Civil. O evento contou com a presença do Diretor Superintendente da Odebrecht Infraestrutura, Fábio Gandolfo; do Diretor de Contrato, José Luiz Ramos; do Almirante Alan Arthou, representando a Marinha do Brasil; além de representantes do SENAI, do presidente da Câmara Municipal de Itaguaí, Vicente Cicarino Divulgação Odebrecht Divulgação Odebrecht Acima e abaixo, turmas do programa Acreditar na obra do Prosub-EBN em fase de qualificação profissional Rocha, da Secretária Municipal de Educação e Cultura de Itaguaí, Laudinice Gualter Brito. Já a segunda cerimônia realizada no mês seguinte, também no Teatro Municipal de Itaguaí, comemorou a formação de mais 129 pessoas. Em maio deste ano de 2012, aconteceu a terceira formatura 159 alunos de várias especialidades, na área de Montagem Industrial. A cerimônia contou com a presença do gerente de Produção de Montagem Industrial, Leonardo Werneck, que dissertou sobre a importância da Montagem Industrial no Prosub-EBN e da necessidade da mão de obra capacitada. Também compareceu à cerimônia, o Comandante Gilberto Huet, representando a Marinha do Brasil. Em todos estes eventos, o Prosub- EBN soube valorizar a importância da capacitação profissional para o município de Itaguaí - fato que para muitos, ficou marcado como uma grande oportunidade de profissionalização e de obtenção de um novo emprego. Divulgação Odebrecht Acompanhamento no Prosub-EBN Após a capacitação, os alunos têm prioridade na contratação no Prosub- EBN. Após contratados, continuam acompanhados por encarregados e psicóloga que contribuem com sua formação. Atualmente, 30% dos participantes contratados já foram promovidos no empreendimento. g

18 18 TECHNO News Ano III - n o PROSUB NACIONALIZAÇÃO Conhecimento e experiência de alto nível O porte e a complexidade do Estaleiro e Base Naval da Marinha (EBN) em Itaguaí-RJ, aliado as suas características particulares, resultam em um empreendimento único no Brasil. O cumprimento rigoroso do cronograma aliado à necessidade de implementação das melhores soluções tecnológicas e construtivas levaram a Odebrecht Infraestrutura a buscar uma alternativa eficaz e produtiva para a elaboração do projeto do EBN. A opção adotada foi a formação de um consórcio de projetos, que reunisse um considerável volume de conhecimento e experiência de alto nível em diversas áreas da Engenharia, três conceituadas empresas brasileiras de Engenharia - a Sondotécnica, a Genpro e a Planave, presentes em diversas obras da Odebrecht executadas no Brasil e no exterior e, portanto, com experiência, confiabilidade e desempenho já conhecidos, foram convidadas a participar do EBN, sendo assim criado o Consórcio SGP, responsável pelo desenvolvimento do projeto básico e executivo do Empreendimento. Com conhecimentos ora específicos, ora similares, estas empresas trouxeram para o Consórcio SGP, suas respectivas capacitações técnicas, um corpo de profissionais com alto nível tecnológico e uma larga experiência em grandes projetos de Engenharia: a Sondotécnica, especializada em consultoria de obras de infraestrutura, estrutura e fundações; a Planave, em obras marítimas, portuárias e industriais; e a Genpro, em obras industriais. Luiz Antonio Moreira Sant Anna, diretor da Sondotécnica, a empresa líder do Consórcio SGP, lembra que as discussões sobre a estruturação do projeto do EBN transcorreram paralelas à formação do Consórcio. Todo o escopo do projeto, documento a documento, já estava definido na ocasião de formalização do contrato e, a partir daí, passamos a trabalhar em conjunto com a Odebrecht, em contato direto com a Engenharia da empresa, o que trouxe uma dinâmica muito positiva para o desenvolvimento do projeto. Sant Anna ainda observou que em junho de 2010, este grupo se reunia pela primeira vez para iniciar os trabalhos de projeto, partindo praticamente do zero. Da esquerda para direita: Sérgio Miyamoto, Diretor Comercial da Genpro Engenharia; Luiz Antonio Moreira Sant Anna, diretor da Sondotécnica; Paulo Sergio Thomaz de Freitas, Gerente de Contrato do Consórcio SGP; Rodrigo Meirelles Sigaud, Presidente da Planave Decorridos dois anos, os projetos do empreendimento estão bem avançados, e especialmente da UFEM, em fase final de conclusão, o que possibilitará à Odebrecht, o término e a entrega da obra à Marinha no prazo contratado. O prazo de dois anos é um período muito curto para a execução do projeto e construção de um empreendimento como a UFEM. A integração entre as equipes do Consórcio e da Odebrecht foi um fator decisivo para este resultado, considera. Em 2010, 53 pessoas compunham a equipe do Consórcio SGP, reunidas em um escritório na área central do Rio de Janeiro. Atualmente, este grupo totaliza 240 profissionais das mais diferentes áreas técnicas e administrativas, instalados em dois andares do edifício que também é utilizado pela Odebrecht para as atividades técnicas e gerenciais da empresa para o Empreendimento Prosub-EBN. Estruturado tal qual uma empresa, o Consórcio SGP é liderado pelo Eng. Paulo Sergio Thomaz de Freitas, Gerente de Contrato, responsável por coordenar as atividades do Consórcio SGP para o desenvolvimento do projeto básico e executivo do EBN, o que inclui as Bases Navais Norte e Sul; a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM); os Estaleiros de Construção e de Manutenção; os acessos e o túnel e os Cais e as Docas. O organograma do Consórcio é composto por quatro coordenações de projeto a UFEM; as Bases Navais e Estaleiros; o túnel e os acessos; e a infraestrutura marítima Diversos Setores de produção: Civil Concreto e Estruturas Metálicas, Arquitetura, Processo, Elétrica, Mecânica, Tubulação, Instalações Prediais, Instrumentação e Ar Condicionado, além das áreas de Planejamento, Qualidade, de Documentação, Administrativa e de TI. A configuração de um Consórcio, com a reunião de diferentes experiências e conhecimento em torno de um projeto único, gera uma riqueza e uma abrangência de trabalho muito grande. Por outro lado, as diferentes culturas operacionais e administrativas trazidas das empresas de origem resultam em um desafio de convivência para todos estes profissionais, expõe Paulo Sergio. A manutenção deste grupo coeso e motivado, para o atendimento das metas de desenvolvimento do projeto e cumprimento do cronograma, é um dos objetivos do gerenciamento do Consórcio, assinalado pelo Gerente Paulo Sergio no Consórcio SGP. Nosso projeto é de longa duração e por esta razão, é uma tarefa desafiadora, pois necessita do envolvimento integral da equipe, para que este trabalho deixe de ser essencialmente um projeto, para se tornar um grande empreendimento. Atualmente, além dos profissionais oriundos das empresas Consorciadas, os recursos humanos do Consórcio SGP incluem outros contratados no mercado. As equipes de trabalho são compostas por profissionais com grande experiência e também estagiários. Aproveitamos esta ocasião, tão rica em troca de informações e vivências aplicadas diariamente na elaboração dos projetos, para a formação do pessoal mais novo, visando o aprimoramento do seu conhecimento e experiência, afirma Paulo Sergio Para Rodrigo Meirelles Sigaud, Presidente da Planave, a composição de equipe multidisciplinar, qualificada em diferentes áreas do conhecimento, permite ao Consórcio, uma produção eficiente de todas as áreas dos projetos. Considerando a alta procura por profissionais especializados no mercado atual e a elevação do custo desta mão de obra em face da baixa oferta, manter esta equipe no Consórcio e conduzir o contrato a bom termo, equalizado financeiramente e economicamente, não deixa de ser um desafio para o Consórcio como também para as empresas integrantes. Este e outros aspectos de natureza técnica são amplamente discutidos nas reuniões mensais do Conselho, ocasião em que os relatórios das atividades do Consórcio SGP são apresentados pelo Gerente de Contrato aos representantes das três empresas. O objetivo principal destas reuniões é acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos, com a troca de informações e sugestões para a melhoria constante do projeto, apoiar o Consórcio em questões técnicas específicas, com soluções, procedimentos ou envio de especialistas para dificuldades pontuais, assinala Sérgio Miyamoto, Diretor Comercial da Genpro Engenharia. Colocamos todas as nossas especialidades a serviço do Consórcio de modo a obtermos as melhores soluções para os projetos. g Techno Conheça o perfil das empresas do Consórcio SGP Sondotécnica Fundada em 1954, é uma empresa de Consultoria de Engenharia líder no Brasil, com foco inicial para o segmento de Investigações Geotécnicas, especializou-se em estudos para barragens, tendo sido também pioneira nas áreas de hidrologia, oceanografia e transporte de sedimentos. Nas últimas décadas, a empresa se desenvolveu e dirigiu suas atividades para a área de consultoria de engenharia, que é atualmente seu principal segmento de operação, abrangendo estudos, projetos, gerenciamento e supervisão de obras. Atua nos mais variados setores, entre estes: Irrigação, Infraestrutura, Hidroenergia, Transportes, Saneamento, Petróleo e Gás, Complexos Industriais e Meio Ambiente. Sua atuação na consultoria nacional e internacional permitiu acumular um considerável acervo de experiência e know-how pluridisciplinar, nos mais diversos ramos da engenharia consultiva. A Sondotécnica conta atualmente com cerca de 800 colaboradores voltados para atividades de consultoria. Planave Fundada em 1969, é uma empresa de Consultoria de Engenharia, especialmente do segmento de Infraestrutura, com atuação nos setores Portuário e de Petróleo e Gás. No setor de Portos e Terminais, a área de origem da empresa, a Planave realiza uma ampla gama de estudos de viabilidade técnica, ambiental e econômico-financeira, além de projetos conceituais, básicos e executivos de instalações portuárias e obras marítimas. No setor de Petróleo e Gás, atua nas áreas downstream e upstream, em projetos e fiscalizações de unidades industriais e de instalações offshore, tais como jaquetas e manifolds, entre outras. A Planave conta com uma equipe multidisciplinar com cerca de 600 colaboradores e tem como clientes algumas das mais conceituadas empresas públicas e privadas do país, com contratos em diversos países da América do Sul e África. Genpro Engenharia Fundada em 1995, é uma empresa de Consultoria de Engenharia, especializada em empreendimentos industriais, com atuação em segmentos de Petróleo e Gás, Estaleiros, Petroquímica, Química, Nuclear, Mineração, Siderurgia, Farmacêutica, Alimentícia e outros. Entre os serviços executados pela Genpro estão: Projeto Básico e de Detalhamento; Consultoria e Estudos Técnicos; Suprimentos e Orçamentos; Gerenciamento de Construção e Montagem; Assistência à Partida e Operação e Implantação de EPC. A Empresa conta com uma equipe multidisciplinar com cerca de 900 profissionais e com os mais modernos programas de cálculo, desenhos e modelagem digital 3D, para a elaboração dos projetos de engenharia.

19 Ano III - n o PROSUB NACIONALIZAÇÃO TECHNO News 19 Soluções em movimentação de cargas Esta é a origem e a especialidade da Brevil Techno Resultante da união de duas empresas do setor metal mecânico, a HBremer, empresa brasileira especializada em manufatura de caldeiras, e a Marcovil Metalmecânica, empresa portuguesa, tradicional fabricante europeu de equipamentos de carga, a Brevil iniciou suas atividades no ano 2000, com uma infraestrutura física relativamente pequena, porém diferenciada no mercado, em qualidade, tecnologia e atendimento ao cliente. Baseada neste tripé, a Brevil ampliou significativamente a sua atuação no mercado, e detém hoje, uma capacidade produtiva própria e conta com o suporte das empresas de origem; duas linhas de produção, uma standard e outra de projetos especiais; e uma expressiva carteira de clientes em diversos setores produtivos. A nova unidade fabril da Brevil com m 2 de área construída, projetada e construída especialmente para a fabricação de pontes rolantes, está instalada em uma área de 80 mil m 2 no município de Rio do Sul, em Santa Catarina. Uma área coberta de 160 m 2 para estocagem dos equipamentos e o pátio de materiais compõem a infraestrutura fabril, cuja capacidade de produção é de 300 pontes rolantes por ano, além de pórticos, semipórticos, talhas e braços giratórios. Ricardo Paro, Engenheiro Mecânico e Gerente Comercial da Brevil que acompanha e participa da trajetória da empresa desde 2004, atribui o crescimento da Brevil à qualidade do produto e do atendimento. Desde os primórdios da empresa, procuramos estabelecer uma relação de parceria com os nossos clientes, procurando entender o seu modo de produção e levar a estes, não um equipamento tão somente, mas uma solução de movimentação de Ricardo Paro, Engenheiro Mecânico e Gerente Comercial da Brevil Equipamentos fornecidos pela Brevil à UFEM 1 pórtico rolante biviga para 200 kn 4 semi pórticos rolantes monovigas para 30 kn 11 Braços Giratórios para 10 kn 5 Braços Giratórios para 5 KN 2 Braços Giratórios para 20 KN 1 Braço Giratório para 2,5 KN carga adequada às suas necessidades. Partíamos de nosso potencial tecnológico e produtivo, utilizando todo o nosso know how e experiência de projetos anteriores para o alcance de melhorias e inovações que pudessem otimizar a atividade do cliente. A busca contínua por melhores soluções para cada demanda de projeto resultou uma capacitação técnica diferenciada na Brevil para a condução de diferentes projetos e atendimento a grandes clientes, ora com os equipamentos da linha de produção, ora com equipamentos especiais produzidos de acordo com as suas especificações. Neste nicho de mercado, os equipamentos de movimentação de cargas destinados à Unidade de Fabricação de Estruturas (UFEM) do Estaleiro e Base Naval da Marinha em Itaguaí RJ estão entre os principais e mais recentes projetos da Brevil. Contratados pela Odebrecht Infraestrutura, os pórticos e semipórticos foram desenvolvidos e fabricados especialmente para as necessidades da UFEM a partir das especificações determinadas pelo cliente. Segundo Ricardo Paro, o fornecimento da UFEM pode ser considerado um divisor de águas para a Brevil sob dois aspectos: produtivo e tecnológico. Este contrato chegou em um momento muito propício, de expansão fabril da empresa, o que não só fortaleceu o nosso plano de crescimento como confirmou a necessidade de ampliação da capacidade produtiva da Brevil. No plano tecnológico, participar de um empreendimento como o Prosub, como empresa fornecedora de soluções e equipamentos de grande porte, é um atestado importante da qualidade de nossos produtos e serviços para o mercado interno e externo. A partir deste contrato com a Odebrecht, nossa estruturação passou a ser contínua e crescente com o objetivo de gerar novas tecnologias e conceitos para a fabricação de equipamentos de movimentação de cargas, inclusive na área de automação de processos, de modo que possamos ofertar soluções de ponta para as demais instalações do Prosub- Acima e abaixo, montagem das pontes fornecidas pela Brevil à UFEM EBN, bem como para outros clientes no mercado, com igual nível de exigência em qualidade e inserção tecnológica, observa Ricardo Paro. Na UFEM, Ricardo Paro assinala ainda que em todas as fases do fornecimento - projeto, fabricação, montagem, comissionamento e entrega dos equipamentos, o relacionamento positivo estabelecido entre a Brevil, a Odebrecht e a Marinha, do pessoal de obra aos profissionais de gerência, especialmente de Suprimento, foi fundamental para o sucesso deste projeto. A comunicação linear em todos os níveis e o espírito de equipe foram constantes em nossa relação com o cliente e favoreceram a obtenção das melhores soluções para o Prosub-EBN. Desta forma, a Brevil pôde fabricar e fornecer equipamentos de ponta, com todas as características e condições necessárias ao bom desempenho da UFEM. Este é, sem dúvida, o nosso maior passaporte para os empreendimentos futuros. g Techno Techno

20 20 TECHNO News Ano III - n o PROSUB NACIONALIZAÇÃO ABB entrega subestação de energia à UFEM Depois de um ano de intenso trabalho, ABB entrega à Odebrecht Infraestrutura a subestação para o fornecimento de energia à Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) do Estaleiro e Base Naval da Marinha em Itaguaí- RJ, onde serão fabricados os componentes dos submarinos. Entre a contratação e a entrega do equipamento, a subestação de 138 kv para a UFEM demandou um ano de intenso trabalho de engenharia e de produção da fábrica da ABB em Guarulhos, São Paulo, a unidade responsável pelo contrato. A concepção do projeto partiu dos requisitos e condicionantes determinados pela Odebrecht e considerou como ponto fundamental, a segurança da operação do equipamento e do suprimento de energia. Equipes das áreas de elétrica, civil e mecânica da ABB trabalharam integradas para a definição do projeto da subestação e elaboração dos planos de fabricação e inspeção dos equipamentos e, em três meses, toda a documentação foi submetida à aprovação da Engenharia da Odebrecht. Para cada equipamento ou componente do sistema, elaboramos os desenhos, as especificações e o plano de produção. Ao longo dos seis meses de fabricação, tivemos o acompanhamento constante da Odebrecht e também da Marinha, principalmente na fase final, para checagem de toda a conformidade do processo com a documentação inicialmente apresentada, relata Marco Gennari, Project Manager, responsável pelo gerenciamento deste projeto na ABB e pela interface da empresa com a Odebrecht. A fabricação da subestação foi dividida em duas partes: uma, dos painéis de proteção e controle e equipamentos de patio, executada no Brasil, na fábrica de Guarulhos em São Paulo e outra, dos transformadores, fabricados na unidade da ABB na Colômbia. Independente do local, a produção de todos os equipamentos e componentes foram inspecionados pela Odebrecht e pela Marinha. Marco Gennari explica que na Colômbia, a capacidade e a melhor adequação das instalações para a fabricação de transformadores do nível e potência especificados pelo projeto foram determinantes para direcionar a produção destes equipamentos para esta unidade. O transporte dos equipamentos até o local da obra, especialmente dos transformadores, requereu um detalhado plano de logística e um trabalho integrado entre a ABB e a Odebrecht. Os dois transformadores, com mais de 10 toneladas cada um, chegaram ao Brasil em início de março e do Porto de Santos transportados via rodovia até Itaguaí. No canteiro da obra, os equipamentos foram descarregados no local definitivo, em bases especiais previamente preparadas pela equipe de campo da Odebrecht. A interação entre as equipes da ABB e da Odebrecht foi fundamental para a manutenção da integridade dos equipamentos durante o processo de transporte e descarga na obra bem como para de recebimento e armazenamento da enorme quantidade de itens no almoxarifado, assinala Marco Gennari. A montagem eletromecânica dos equipamentos executada pela Odebrecht contou com o acompanhamento da ABB e, nesta etapa, atenção especial foi dada aos disjuntores e seccionadores, os quais exigem do fabricante, uma supervisão específica de técnicos especializados. O comissionamento da subestação conduzido pela ABB foi inicialmente dividido em duas partes: um, denominado primário, para os equipamentos de pátio e outro, para os sistemas de controle e proteção. Testados separadamente, todo o conjunto foi então comissionado por meio do teste funcional, realizado com a participação da Odebrecht e Marinha para a entrega final do equipamento. Além do prazo desafiante para a execução de cada etapa do contrato, Marco Gennari destaca a concepção e a fabricação da parte inteligente do projeto no Brasil como um dos pontos mais relevantes neste fornecimento, pois demonstra o alto nível da capacitação nacional, ou seja, a inteligência brasileira a serviço das necessidades do País. Especialmente neste trabalho, Marco Gennari também aponta a importância da integração entre as equipes da ABB e Odebrecht em todas as fases do projeto Rackel Sant Ana/ PM; João Rochedo/Enga.; Geraldo Moreira/ Construção da Odebrecht; Massao Kobayashi / Enga. ABB O desenvolvimento e a entrega da subestação no prazo e com os melhores padrões de qualidade e segurança é resultado de um trabalho conjunto e integrado de nossos técnicos com as equipes da Odebrecht e todos os que participaram deste processo foram grandes colaboradores no sucesso deste trabalho. g Características da subestação fornecida à UFEM: - Nível de tensão de operação 138 kv - Duas linhas de entrada e dois bays de transformação de 10/12, 5MVA cada ABB Guarulhos A unidade fabril da ABB em Guarulhos foi inaugurada em 1954, destinada à fabricação de transformadores e produtos de média tensão, painéis, subestações de energia e outros produtos e sistemas para concessionárias e indústrias. Em agosto de 2010, a ABB incorporou a esta estrutura, uma moderna linha de produção de relés de proteção com produção inicial de 2,4 mil peças ao ano, antes importados da Suécia, e outra linha de painéis de baixa tensão. A ABB é líder em tecnologias de potência e de automação, presente em mais de 100 países. No Brasil, desenvolve atividades há mais de 100 anos e atualmente emprega mais de 4,5 mil funcionários no País e possui cinco plantas industriais duas no estado de São Paulo e as demais nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia. Techno Techno Acima e no alto da página, montagem da subestação na obra da UFEM Divulgação ABB

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