PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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- Martín Aquino Macedo
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1 PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE NA EDUCAÇÃO INFANTIL DISCIPLINA METODOLOGIA DE ENSINO DO DEFICIÊNTE VISUAL PROFESSOR ME. CELESTINO DIAMAKETO NANIZAYA ALTA FLORESTA MT MAIO / 2016
2 CURRÍCULO RESUMIDO DO PROFESSOR Possui mestrado em Psicologia do Trabalho pela Universidade de Kisangani( CONGO), Professor especialista em Psicologia Aplicada à Educação, Psicopedagogo. Atualmente, é Professor dos Cursos de Graduação do Instituto Saber de Cuiabá, de Pós-graduação da Faculdade do Vale de Juruema( AJES), das Instituições Interamericano, Impactos, ICDP(Instituto de Conhecimento e Desenvolvimento Profissional), FIC( Faculdades integradas de Cuiabá), Fatos e concursos. Foi Professor da Faculdade Afirmativo e da Faculdade de Cuiabá de 2004 a Atuou como Psicólogo na Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento humano( CRAS=centro de referência de assistência social) de 2012 a 2014,Cuiabá. Palestrante Motivacional nas Áreas de Recursos Humanos e Educacional AJES INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA Recredenciado pela Portaria - MEC n.º de 31/08/2012 publicado no D.O.U. de 04/09/2012
3 EMENTA E BIBLIOGRAFIA Ementa : Conceituação do termo Deficiência, apresentação do conceito deficiência visual, os tipos de deficiência visual, a avaliação funcional da visão. Como se manifesta a deficiência visual e as formas de manifestação da deficiência visual. Deficiência visual na escola. Metodologia e Didática do ensino do deficiente visual. Princípios da educação do deficiente visual e a avaliação da deficiência visual. Modalidades de atendimento educacional. Comunicação e relacionamento, sistema Braile e o papel da família. Bibliografia Básica : BARRAGA N.C. Utilização da visão residual por adultos com graves deficiências visuais. In : ASSEMBLÉIA MUNDIAL PARA O BEM ESTAR DOS CEGOS, São Paulo,1997. BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, Formação de Professor : orientação e Mobilidade. Brasília : SEEP/MEC, 2002 BUENO, G.A. Formação de conceitos na Cegueira de nascença. Revista lente, São Paulo. V.17, n.47, p.20-29,1976. GARCIA,N. Programas de orientação e mobilidade no processo de educação da criança portadora de cegueira. Tese de Doutorado, FEUSP/ SP, 2001 GREGORY, R.L Olho e cérebro : Psicologia da visão. Rio de Janeiro : Zahar,1979
4 METODOLOGIA DE ENSINO PARA DEFICIÊNCIA VISUAL
5 Deficiência Segundo a Convenção da Guatemala (Decreto n 3956/01) : Restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social.
6 DEFICIÊNCIA Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF): Perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica temporária ou permanente. Deficiência
7 Visão A criança que enxerga estabelece uma comunicação visual com o mundo exterior desde os primeiros meses de vida porque é estimulada a olhar para tudo o que está à sua volta, sendo possível acompanhar o movimento das pessoas e dos objetos sem sair do lugar.
8 Visão A visão reina soberana na hierarquia dos sentidos e ocupa uma posição proeminente no que se refere à percepção e integração de formas, contornos, tamanhos, cores e imagens que estruturam a composição de uma paisagem ou de um ambiente. É o elo que integra os outros sentidos, permite associar som e imagem, imitar um gesto ou comportamento e exercer uma atividade exploratória circunscrita a um espaço delimitado.
9 Visão Visão Quando nasce, a criança percebe a luz de maneira precária, pois seus órgãos estão em desenvolvimento, e seus olhos podem realizar movimentos descoordenados. Aos três meses ela começa a fixar os olhos e, aos nove, a desenvolver a visão de relevo, por meio da qual consegue ter noção de distancia e de formas.
10 VISÃO Aos dois anos, a criança discrimina 50% do campo visual; aos quatro, aproximadamente 70%, aos cinco, adquire visão igual a do adulto. As pessoas não nascem sabendo ver, elas aprendem a ver desenvolvendo as estruturas dos olhos e do córtex visual
11 DEFICIÊNCIA VISUAL Há aproximadamente 66 diferentes definições de cegueira, utilizadas para fins estatísticos em diversos países; O conceito de cegueira não é absoluto, pois reúne indivíduos com vários graus de visão; A cegueira é uma deficiência sensorial que se caracteriza pelo fato de que as pessoas que dela padecem têm seu sistema visual de coleta de informações total ou seriamente prejudicado
12 DEFICIÊNCIA VISUAL Deficiência Visual Portanto, quando se fala de cegos, se faz referência a uma população muito heterogênea, que inclui não apenas as pessoas que vivem na escuridão total. Ela não significa, total incapacidade de ver, e, sim, prejuízo dessa aptidão a ponto de tornar o sujeito necessariamente incapacitado para as tarefas rotineiras.
13 DEFICIÊNCIA VISUAL A cegueira é uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente.
14 DEFICIÊNCIA VISUAL Pode ocorrer desde o nascimento (cegueira congênita), ou posteriormente (cegueira adventícia, usualmente conhecida como adquirida) em decorrência de causas orgânicas ou acidentais. Em alguns casos, a cegueira pode associar-se à perda da audição (surdocegueira) ou a outras deficiências.
15 DEFICIÊNCIA VISUAL O dano total ou parcial, no sistema visual faz com que as crianças cegas e deficientes visuais tenham de utilizar os demais sistemas sensoriais para conhecer o mundo a sua volta. Os sentidos têm as mesmas características e potencialidades para todas as pessoas. As informações tátil, auditiva e olfativa são mais desenvolvidas pelas pessoas cegas porque elas recorrem a esses sentidos com mais frequência para decodificar e guardar na memória as informações
16 DEFICIÊNCIA VISUAL O TATO é um dos principais sistemas sensoriais que as crianças não videntes usam para conhecer o mundo à sua volta. O tato permite uma coleta de informações bastante precisa sobre os objetos próximos, mas é muito mais lento que a visão e, por isso, a exploração dos objetos grandes é fragmentária e sequencial.
17 DEFICIÊNCIA VISUAL A AUDIÇÃO também terá grande importância para o desenvolvimento e a aprendizagem dos cegos. Além de ser utilizada para a comunicação verbal, os não videntes a utilizam para localizar a identificação de objetos e pessoas no espaço. A habilidade de atribuir significado a um som sem perceber visualmente a sua origem é difícil e complexa.
18 DEFICIÊNCIA VISUAL O OLFATO serve para os não videntes para reconhecer pessoas e ambientes, ajudando os demais sistemas sensoriais na complexa tarefa de conhecer o espaço distante
19 DEFICIÊNCIA VISUAL O SISTEMA PROPRIOCEPTIVO proporciona a orientação e a mobilidade na ausência da visão. Possibilita aos não videntes o reconhecimento espacial do corpo e equilíbrio.
20 DEFICIÊNCIA VISUAL É importante ressaltar que a afetação do sistema visual acarreta hipertrofia dos demais sistemas sensoriais e nem que os cegos não tenham patamares sensoriais mais baixos que os videntes; não ouvem melhor, nem têm maior sensibilidade tátil ou olfativa. Contudo, aprendem a utilizá-los melhor ou para outra finalidades distintas do que fazem os videntes
21 AVALIAÇÃO FUNCIONAL Na avaliação funcional da visão considera-se: Acuidade Visual: a distância de um ponto ao outro em uma linha reta por meio da qual um objeto é visto. Pode ser obtida através da utilização de escalas a partir de um padrão de normalidade da visão; O campo visual: a amplitude e a abrangência do ângulo da visão em que os objetos são focalizados.
22 AVALIAÇÃO FUNCIONAL Uso eficiente do potencial da visão: A funcionalidade ou eficiência da visão é definida em termos da qualidade e do aproveitamento do potencial visual de acordo com as condições de estimulação e de ativação das funções visuais. Deve-se considerar a interferência de fatores emocionais, as condições ambientais e as contingências de vida do indivíduo. A avaliação funcional da visão revela dados quantitativos e qualitativos de observação sobre o nível da consciência visual, a recepção, assimilação, integração e elaboração dos estímulos visuais, bem como sobre o desempenho e o uso funcional do potencial da visão.
23 AVALIAÇÃO FUNCIONAL Quando o oftalmologista detecta deficiência visual numa criança, deve encaminhá-la a serviços especializados para ser submetida a uma avaliação. Por meio de testes, serão analisadas todas as suas funções visuais a fim de compreender como essa criança está enxergando. Saber isso é importante porque, no processo de reabilitação visual, esse dado será transmitido aos profissionais da área de educação que vão dar apoio à inclusão da criança com baixa visão na escola comum. O professor precisa saber como exatamente a criança enxerga para fazer alterações no ambiente e no material de modo a favorecer o melhor desempenho visual possível.
24 MANIFESTAÇÃO 1 - Cegueira Qualquer que seja a idade, a pessoa é cega, quando não tem percepção de luz. Para ela tudo é escuro. Na cegueira, existe um padrão único de resposta, ou seja, a pessoa não enxerga nada. A cegueira engloba prejuízos da aptidão para o exercício de tarefas rotineiras exercidas de forma convencional, através do olhar, só permitindo sua realização de formas alternativas.
25 2 Baixa Visão MANIFESTAÇÃO Para classificar a baixa visão, utiliza-se a escala numérica da medida da acuidade visual. Lembrando que a visão normal é 20/20, a baixa visão vai de 20/60 até a falta total de percepção de luz; Pode-se dizer que, tem deficiência de visão a pessoa que enxerga no mínimo três vezes menos do que a pessoa normal; Contudo, essa classificação só cabe quando o paciente passou por todos os tratamentos possíveis para a doença ocular de base e já foram tentados todos os recursos óticos disponíveis para melhorar a capacidade
26 2 - Baixa Visão MANIFESTAÇÃO Manifestação Uma pessoa com baixa visão apresenta grande oscilação de sua condição visual de acordo com o seu estado emocional, as circunstâncias e a posição em que se encontra, dependendo das condições de iluminação natural ou artificial. A baixa visão traduz-se numa redução do rol de informações que o indivíduo recebe do ambiente, restringindo a grande quantidade de dados que este oferece e que são importantes para a construção do conhecimento sobre o mundo exterior. Em outras palavras, o indivíduo pode ter um conhecimento restrito do que o rodeia.
27 HETEROGENEIDADE DAS DEFICIÊNCIAS VISUAIS É importante destacar três dimensões que dão lugar às diferenças entre as distintas crianças consideradas deficientes visuais: o momento da aparição dos problemas visuais, a forma de aparição e o grau da perda da visão. Dimensões essas, que o professor deve ter um conhecimento prévio para planejar sua aula e facilitar o aprendizado dos alunos.
28 HETEROGENEIDADE DAS DEFICIÊNCIAS VISUAIS 1- Idade em que Manifestou o Problema Visual Idade em que Manifestou o Problema Visual Uma criança com Cegueira Congênita dependerá da audição e do tato para adquirir conhecimentos e formar imagens mentais, enquanto uma criança cuja cegueira ou perda acentuada da visão ocorra depois do nascimento, poderá reter imagens visuais e ser capaz de relacioná-las com as impressões recebidas pelos outros sentidos. Se a perda ocorreu antes ou depois da Alfabetização, poderá haver maior resistência ou dificuldade para a aceitação da escrita braile.
29 2 Forma de Manifestação: Perda Progressiva ou Súbita A criança ou jovem de baixa visão que vai perdendo-a progressivamente, poderá estar melhor preparada para a aceitação da perda total, enquanto aqueles que a perdem subitamente, podem ter reações diferentes, requerendo apoio e compreensão por mais tempo para poderem aceitar sua nova condição; embora em ambos os casos seja comum o aparecimento de problemas ou interferências no ajustamento emocional.
30 3 Tipo e Grau de Visão Residual O grau de visão subnormal, acrescido do tipo de doença existente poderá causar interferências no aproveitamento do aluno devido ao esforço que poderá fazer na tentativa de querer enxergar mais do que realmente pode, provocando tensão, tanto física, quanto emocional. A necessidade do uso de materiais específicos ou a dificuldade na aceitação de recursos ópticos, por vezes nada estéticos, constituem-se situações difíceis para a criança.
31 Deficiência Visual na Escola A criança deficiente visual é aquela que difere da média a tal ponto que irá necessitar de professores especializados, adaptações curriculares e ou materiais adicionais de ensino, para ajudá-la a atingir um nível de desenvolvimento proporcional às suas capacidades.
32 Deficiência Visual na Escola Os alunos com deficiência visual não constituem um grupo homogêneo, com características comuns de aprendizagem, sendo também, um erro considerá-los como um grupo à parte, uma vez que suas necessidades educacionais básicas são, geralmente as mesmas que as das crianças de visão normal.
33 Deficiência Visual na Escola O trabalho com alunos com baixa visão baseia-se no princípio de estimular a utilização plena do potencial de visão e dos sentidos remanescentes, bem como na superação de dificuldades e conflitos emocionais. Para que o aluno com baixa visão desenvolva a capacidade de enxergar, o professor deve despertar o seu interesse em utilizar a visão potencial. As atividades realizadas devem proporcionar prazer e motivação, o que leva à intencionalidade e esta desenvolve a iniciativa e a autonomia, que são os objetivos primordiais da estimulação visual.
34 Deficiência Visual na Escola A baixa visão pode ocasionar conflitos emocionais, psicológicos e sociais, que influenciam o desempenho visual, a conduta do aluno, e refletem na aprendizagem. Um ambiente de calma, encorajamento e confiança contribuirá positivamente para a eficiência na melhor utilização da visão potencial que deve ser explorada e estimulada no ambiente educacional, pois o desempenho visual está relacionado com a aprendizagem.
35 Deficiência Visual na Escola Conhecer o desenvolvimento global do aluno, o diagnóstico, a avaliação funcional da visão, o contexto familiar e social, bem como as alternativas e os recursos disponíveis, facilitam o planejamento de atividades e a organização do trabalho pedagógico. Há necessidade de um conhecimento prévio de cada caso, para elaboração de um plano educacional adequado às características e necessidades do educando.
36 Avaliação Em algumas circunstâncias é recomendável valer-se de exercícios orais; A adaptação e produção de material, a transcrição de provas, exercícios e de textos em geral para o sistema braille podem ser realizadas em salas multimeios, núcleos, serviços ou centros de apoio pedagógico; Convém observar a necessidade de estender o tempo da avaliação, considerando-se as peculiaridades já mencionadas em relação à percepção não visual. Os alunos podem realizar trabalhos e tarefas escolares utilizando a máquina de escrever em braille ou o computador, sempre que possível.
37 Princípios da Educação do Deficiente Visual Individualização É importante considerar as diferenças individuais dos alunos, pois a cegueira e os vários graus de visão subnormal, não se constitui em condição para padronização dos indivíduos. O grau de visão, época e condições em que surgiu a deficiência, estrutura familiar, meio-ambiente, são aspectos que exigem um programa individualizado que venha a atender às necessidades de cada criança, de acordo com suas potencialidades e ritmo de desempenho.
38 Princípios da Educação do Deficiente Visual 2 Concretização Sempre que possível, utilizar com a criança não vidente objetos passíveis de toque e manipulação. Ela irá adquirir a noção de forma, tamanho, peso, solidez, textura, flexibilidade, temperatura e outras características dos objetos, principalmente através do tato. Os modelos deverão ser ampliados quando os originais forem muito pequenos e diminuídos quando muito grandes.
39 Princípios da Educação do Deficiente Visual 3 Estímulo Adicional A orientação mental sobre ambientes mais próximos pode ser iniciada pela exploração detalhada dos mesmos, seguida de descrição ou representação., por exemplo, pelo próprio quarto, sala, cozinha e demais dependências; a sala de aula, banheiro, diretoria, refeitório e demais ambientes que deve circular na escola; procurando estabelecer relações de tamanho e distância entre os ambientes conhecidos, tanto do lar quanto da escola, evoluindo conforme o interesse e domínio da criança. Isso contribuirá para uma futura locomoção independente.
40 Recursos Ópticos e Não Ópticos A indicação de recursos ópticos depende de cada caso ou patologia. Por isso, não são todos os indivíduos com baixa visão que os utilizam. São utilizados mediante prescrição e orientação oftalmológica; A utilização de recursos ópticos e não-ópticos envolve o trabalho de pedagogia, de psicologia, de orientação e mobilidade e outros que se fizerem necessários. As escolhas e os níveis de adaptação desses recursos em cada caso devem ser definidos a partir da conciliação de inúmeros fatores. Entre eles, destacamos: necessidades específicas, diferenças individuais, faixa etária, preferências, interesses e habilidades que vão determinar as modalidades de adaptações e as atividades mais adequadas.
41 1 Recursos Ópticos Recursos ópticos para longe: telescópio (usado para leitura no quadro negro), telelupas e lunetas; Recursos ópticos para perto: óculos especiais com lentes de aumento. Lupas manuais ou lupas de mesa e de apoio: úteis para ampliar o tamanho de fontes para a leitura, as dimensões de mapas, gráficos, diagramas, figuras etc. Quanto maior a ampliação do tamanho, menor o campo de visão com diminuição da velocidade de leitura e maior fadiga visual.
42 2 Recursos Não Ópticos Tipos ampliados: ampliação de fontes, de sinais e símbolos gráficos em livros, apostilas, textos avulsos, jogos, agendas, entre outros Plano inclinado: carteira adaptada, com a mesa inclinada para que o aluno possa realizar as atividades com conforto visual e estabilidade da coluna vertebral; Acessórios: lápis 4B ou 6B, canetas de ponta porosa, suporte para livros, cadernos com pautas pretas espaçadas, gravadores.; Chapéus e bonés: ajudam a diminuir o reflexo da luz em sala de aula ou em ambientes externos.
43 Espaço Físico e Mobiliário A configuração do espaço físico não é percebida de forma imediata por alunos cegos, tal como ocorre com os que enxergam. Por isso, é necessário possibilitar o conhecimento e o reconhecimento do espaço físico e da disposição do mobiliário. A coleta de informações se dará de forma processual e analítica através da exploração do espaço concreto da sala de aula e do trajeto rotineiro dos alunos: entrada da escola, pátio, cantina, banheiros, biblioteca, secretaria, sala dos professores e da diretoria, escadas, obstáculos.
44 Espaço Físico e Mobiliário As portas devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar imprevistos desagradáveis ou acidentes. O mobiliário deve ser estável e qualquer alteração deve ser avisada. Convém reservar um espaço na sala de aula com mobiliário adequado para a disposição dos instrumentos utilizados por esses alunos que devem incumbir-se da ordem e organização do material para assimilar pontos de referência úteis para eles.
45 Recomendações Úteis Sentar o aluno a uma distância de aproximadamente um metro do quadro negro na parte central da sala; Evitar a incidência de claridade diretamente nos olhos da criança; Estimular o uso constante dos óculos, caso seja esta a indicação médica; Posicionar a carteira de maneira que o aluno não escreva na própria sombra; Adaptar o trabalho de acordo com a condição visual do aluno; Ter clareza de que o aluno enxerga as palavras e ilustrações mostradas; Em certos casos, conceder maior tempo para o término das atividades propostas; Explicar, com palavras, as tarefas a serem realizadas.
46 Comunicação e Relacionamento A falta da visão desperta curiosidade, interesse, inquietações e não raro, provoca grande impacto no ambiente escolar. Costuma ser abordada de forma pouco natural e pouco espontânea porque os professores não sabem como proceder em relação aos alunos cegos. Eles manifestam dificuldade de aproximação e de comunicação, não sabem o que fazer e como fazer. Nesse caso, tornase necessário quebrar o tabu, dissipar os fantasmas, explicitar o conflito e dialogar com a situação. Somente assim será possível assimilar novas atitudes, procedimentos e posturas.
47 Comunicação e Relacionamento Os educadores devem estabelecer um relacionamento aberto e cordial com a família dos alunos para conhecer melhor suas necessidades, hábitos e comportamentos. Devem conversar naturalmente e esclarecer dúvidas ou responder perguntas dos colegas na sala de aula. Todos precisam criar o hábito de evitar a comunicação gestual e visual na interação com esses alunos. É recomendável também evitar a fragilização ou a superproteção e combater atitudes discriminatórias.
48 Modalidades de Atendimento Educacional Classe Especial: É o tipo de agrupamento tradicionalmente utilizado nas escolas especiais organizadas para o atendimento de um determinado tipo de deficiência, no caso, a visual. Embora tais escolas possam oferecer boas oportunidades para o ensino face aos recursos disponíveis, são evidentes as desvantagens da própria institucionalização como a rotina, formalidade, segregação familiar e social, rigidez de horários e outros aspectos.
49 Modalidades de Atendimento Educacional Sala de Recursos: As salas de recursos são criadas e instaladas em estabelecimentos de ensino regular. Contando com um professor especializado à disposição da unidade escolar onde a mesma se encontra instalada. Neste tipo de atendimento, o aluno cego ou portador de visão subnormal recorre à sala de recursos quando encontrar dificuldades de aprendizagem decorrentes de problemas impostos por sua limitação visual, cuja solução seja impossível através dos recursos utilizados pelo professor do ensino regular.
50 Modalidades de Atendimento Educacional Sala de Recursos: Pode frequentá-la também para desenvolver atividades específicas como atividades da vida diária, orientação e mobilidade, treinamento da visão residual, datilografia braille e informática, dentre outras atividades. Contudo, é importante que professor da sala de recursos fique atento para que que esta não se torne uma classe especial, evitando manter nela os alunos por períodos mais longos do que o necessário, visto que esta situação contraria os pressupostos desta forma de atendimento.
51 Modalidades de Atendimento Educacional Ensino Itinerante: Neste tipo de atendimento, o professor atende o aluno na escola em que este se encontra matriculado obedecendo a um planejamento elaborado de forma a satisfazer às necessidades individuais de cada aluno e do pessoal da escola. No ensino itinerante o professor especializado trabalha diretamente com o aluno e indiretamente, podendo deixar orientações e atividades a serem realizadas, até o seu retorno, pelo próprio aluno, o professor comum, a família ou pelo pessoal da escola. Modalidades de Atendimento Educacional
52 Modalidades de Atendimento Educacional Classe Regular: O modelo educacional integracionista, pioneiro na educação especial da América Latina, foi iniciado em 1945 pela Fundação para o Livro do Cego no Brasil (SP). Hoje Fundação Dorina Nowill, ao oferecer os primeiros atendimentos educacionais a alunos deficientes visuais matriculados no Sistema Estadual de Ensino. Modalidades de Atendimento Educacional
53 Sistema Braile Criado por Louis Braille, em 1825, na França, o sistema braille é conhecido universalmente como código ou meio de leitura e escrita das pessoas cegas; Baseia-se na combinação de 63 pontos que representam as letras do alfabeto, os números e outros símbolos gráficos; O braille é lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Algumas pessoas ganharam tanta prática em ler braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto.
54 Sistema Braile As primeiras dez letras (A a J) só usam os pontos das duas fileiras de cima. Os números de 1 a 9 e o zero são representados por esses mesmos dez sinais; As dez letras seguintes (K a T) acrescentam o ponto no canto inferior esquerdo a cada uma das dez primeiras letras; As últimas cinco letras (U a Z) acrescentam ambos os pontos inferiores às cinco primeiras letras, a exceção da letra "w", que foi acrescentada posteriormente ao alfabeto francês;
55 Sistema Braile A máquina de escrever tem seis teclas básicas correspondentes aos pontos da cela braille. O toque simultâneo de uma combinação de teclas produz os pontos que correspondem aos sinais e símbolo desejados. É um mecanismo de escrita mais rápido, prático e eficiente.
56 No Brasil, o método começou a ser adotado em 1856, e as duas únicas instituições que imprimem em braile são a Fundação para o Livro do Cego, de São Paulo, e o Instituto Benjamin Constant, do Rio de Janeiro: juntas editam cerca de 25 títulos por mês, num total de 4 mil volumes - aquém das necessidades. Por lei, são obrigadas a distribuí-los gratuitamente aos 750 mil cegos que se estima existirem no país. Sistema Braile
57 Sugestões Sorobã: Instrumento utilizado para trabalhar cálculos e operações matemáticas; espécie de ábaco que contém cinco contas em cada eixo e borracha compressora para deixar as contas fixas.
58 O Papel da Família Uma pessoa total; evitando focalizar a atenção na sua condição visual; Acreditar na potencialidade da criança, considerando-a capaz de estudar, de ser independente, de trabalhar, praticar esportes e tantas outras coisas que seus amigos fazem;
59 O Papel da Família O ambiente sócio-familiar vai influenciar sua forma de agir, de ser, determinando o seu desempenho emocional, escolar e social; É preciso sensibilizar a família, para que esta atente não somente para as condições ambientais físicas que envolvem o deficiente, mas também para o ambiente emocional, o contexto biopsicossocial
60 O Papel da Família Família integrada significa pessoas mais funcionais, felizes, autoconfiantes e mais integradas à sociedade. O processo de socialização da família do deficiente visual é parte fundamental do desenvolvimento da pessoa com deficiência visual ou múltipla.
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