Técnicas Assistivas para Pessoas com Deficiência Visual
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- Octavio Ferreira Cabral
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1 Técnicas Assistivas para Pessoas com Deficiência Visual Aula 12 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
2 Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
3 Aula 12: Recursos ópticos e não ópticos OBJETIVO: informar ao discente alguns tipos de recursos facilitadores no processo de ensino e aprendizagem da pessoa com deficiência visual. Torna-se importante lembrar que o uso desses recursos depende do diagnóstico fornecido pelo oftalmologista, da funcionalidade da visão do aluno e do tipo de abordagem a ser usado especificamente para cada indivíduo. O uso de recursos ópticos e não ópticos necessita de um trabalho multidisciplinar, oftalmologia, pedagogia, psicologia, técnico em orientação e mobilidade, terapia ocupacional, professores especializados etc., todos trabalhando juntos para que o recurso apropriado seja indicado. Para que um recurso óptico ou não óptico seja recomendado, dependemos de vários fatores. Podemos destacar alguns importantes nesse processo: quais as necessidades específicas da pessoa suas diferenças individuais faixa etária preferências de cada pessoa interesses e habilidades determinantes nas modalidades de adaptações atividades mais adequadas para o seu uso 1 Recursos ópticos: são dispositivos prescritos por um oftalmologista para melhorar a eficiência visual das pessoas com baixa visão. Sua finalidade é a de magnificar o poder visual; para isso é composto de uma ou mais lentes que aumentam ou ajustam a imagem de acordo com a necessidade de cada pessoa. São exemplos de recursos ópticos: Óculos e óculos especiais: com altas graduações e filtros: óculos especiais com lentes de aumento que melhoram a visão de perto.
4 Óculos especiais com graduação esférica Telebinocular com aumento de 2 x Óculos com lentes graduadas Óculos montado com telelupa
5 Lentes filtrantes para pessoas sensíveis a altas luminosidades Lupas manuais e lupas de bolso: servem para ampliar o tamanho de fontes para leitura, aumentar as dimensões de mapas, gráficos, figuras etc. Não podemos esquecer que, quanto maior a ampliação da figura, menor será o campo de visão, menor será a nitidez, maior será a fadiga visual e menor a velocidade de leitura. Lupas de mão e bolso
6 Lupa de mão com iluminação Lupas de mão e bolso com vários tipos de lentes de aumento Réguas de leitura
7 Lupa de pescoço Lupa de cabeça Lupa de mesa fixa com iluminação fixa Sistema telescópico: usado normalmente para a leitura de lousas, campo visual muito restrito e leitura muito confusa. Inclui telessistemas, lupas e lunetas.
8 Telescópio manual para perto e longe Telescópio manual 2 Recursos não ópticos: o desempenho visual da pessoa com baixa visão também pode ser melhorado com o uso de recursos não ópticos, ou seja, sem o auxílio de lentes prescritas pelo oftalmologista.
9 Lupa eletrônica de mesa Lupa de página inteira
10 Lupa tipo régua Luminária de mesa Cadernos com pautas ampliadas
11 Lápis 6B ou 4B Canetas hidrográficas que permitem maior contraste Giz colorido
12 Materiais ampliados: ampliação de fontes, símbolos, sinais, gráficos em livros, entre outros Livros com letras ampliadas e em alto relevo
13 Carteira adaptada para o posicionamento postural correto Suporte para leitura com lupa e iluminação Suporte para leitura
14 Considerações: Os recursos ópticos não devolvem a visão, porém, quando indicados, proporcionam conforto visual, melhorando a imagem recebida pela retina. Esses recursos são indicados em vários momentos da vida da pessoa com baixa visão, na fase escolar em função das exigências na área acadêmica e com o uso mais intenso da visão de perto para escrita e leitura. A indicação do auxílio irá depender das necessidades da pessoa, por exemplo: para desempenho das AVDs (Atividades da Vida Diária), leitura, escrita, costura, deambulação (andar) etc. O processo de leitura pode ser facilitado com o uso de uma régua com uma abertura no centro, que serve para destacar uma ou mais linhas. Chapéus e bonés podem contribuir para a diminuição do reflexo excessivo da luz, principalmente nas atividades realizadas em ambiente externo. Uma iluminação adequada é muito importante para essa população. A fonte de luz deve ser posicionada próxima ao material de leitura, com a utilização de luminárias com braços ajustáveis. O aluno deverá estar sentado perto da lousa na parte central da sala de aula. Evitar claridade diretamente nos olhos da pessoa. Estimular o uso dos óculos conforme orientação médica. Adaptar a atividade de acordo com a condição visual do aluno. Quando necessário, conceder mais tempo para ele para terminar a atividade, respeitando o seu ritmo. O professor deverá ter ciência do quanto o aluno enxerga. Evitar ter luminosidade excessiva em sala de aula. Observar a qualidade do material a ser utilizado pelo aluno, bom contraste, boa nitidez etc. Usar papel fosco, impedindo o reflexo na claridade. Explicar devagar as atividades solicitadas e tarefas a serem realizadas.
15 Atividade para reflexão: Pesquisa sobre os tipos mais utilizados de recursos ópticos e não ópticos pela população com deficiência visual em sala de ensino regular. Sugestão de sites: < < < < REFERÊNCIAS BRUNO, Marilda; MOTA, Maria Glória. Programa de Capacitação de Recursos Humanos do Ensino Fundamental: Deficiência Visual. v. 1/2/3. Fascículo IV. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação, BUENO, Salvador T.; MARTIN, Manuel B. Deficiência Visual: Aspectos Psicoevolutivos. São Paulo: Ed. Santos, SÁ, Elizabeth; CAMPOS Izilda. Atendimento Educacional Especializado Deficiência Visual. São Paulo: MEC-SSESP, 2007.
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