A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO
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- Samuel Covalski di Azevedo
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1 A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO CARNEIRO, Trícia Oliveira / Centro Universitário Leonardo da Vinci SODRÉ, Marta Patrícia Faianca / Universidade do Estado do Amazonas RAMOS, Érika da Silva / Universidade do Estado do Amazonas Eixo Temático: Prática Pedagógicas Inclusivas 1. Introdução Palavras-chave: Dança, Deficiente Intelectual, Prática Inclusiva Esta pesquisa é resultante do trabalho realizado em uma escola pública na cidade de Manaus-Amazonas (Brasil), onde se conduziu a prática da dança a alunos com necessidades educativas especiais. A iniciativa deste estudo surgiu de duas questões. A primeira está relacionada à prática da dança-educação e sua contribuição e implicações encontradas ao processo de inclusão dos alunos com Deficiência Intelectual (D.I.). A segunda está relacionada ao interesse da pesquisadora ao campo da Educação Especial, especificamente sobre a inclusão de alunos com D.I. Além disso, as referências e estudos sobre a dança e a inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais são escassos. Neste sentido, sobre a inclusão sabe-se que o ser humano tem uma necessidade de estar em sociedade, de ter uma relação com o outro, de sentir-se mais estimado a enfrentar as dificuldades da vida ou até mesmo motivados a conquistar cargos importantes na área profissional, e através dessa necessidade de estar em sociedade, faz-se um paralelo a dança, na qual essa prática artística facilita na relação com o outro, acreditando que a dança, dentro de um processo interdisciplinar alcança estes sujeitos de uma forma positiva, uma vez que a mesma atua em inúmeras partes do indivíduo, assim buscando a inclusão em qualquer ambiente que uma Pessoa com Necessidade Especial (PNEE) esteja. Logo, o problema que instigou esta pesquisa consistiu em saber: Como utilizar a dança enquanto ferramenta de inclusão para os deficientes intelectuais? Para solucionar a problemática em questão, traçou-se um objetivo de como analisar a dança enquanto processo
2 facilitador de inclusão de PNEE s, com deficiência intelectual relacionando as implicações e conquistas envolvidas no processo desta prática artística e educativa. Assim sendo, quando é trabalhada a dança para PNEE e especificamente aos D.I., há pessoas que acreditam que os D.I. não tem capacidade para aprender, pois sua deficiência está justamente na cognição. É necessário abandonar esse pensamento errôneo e oferecer para essas PNEE s um ambiente de aprendizagem que os leve a abandonar a postura de um receptor somente de conhecimentos, no entanto, valorizando e estimulando a sua criatividade e iniciativa, possibilitando uma maior interação com as pessoas e o meio em que vivem, valorizando as experiências que cada indivíduo possui. Quanto ao método ocorreu no âmbito qualitativo, a fim de compreender o fenômeno em questão, foram utilizados procedimentos descritivos para a coleta de dados, e como instrumentos de coleta foram aplicadas entrevistas estruturadas, por isso o processo de análise dos dados foram organizado na transcrição dados dos obtidos, na classificação dos mesmos, nas suas interpretações e relatos dos alunos, interligando-as ao referencial da área. No que corresponde aos resultados das entrevistas realizadas com professores e alunos com D.I. que estavam envolvidos nesta investigação foram averiguados o ponto de vista dos profissionais em relação a prática de dança dos alunos citados, os mesmos responderam que traz o bem estar do aluno, estimula a parte criativa, minimiza a timidez, além dos fatores físico, os vários estilos de dança podem ajudar inclusive na capacidade de concentração desses alunos fora e dentro da sala de aula. 2. Desenvolvimento A dança é uma arte que perpetua-se por diversos lugares e em vários contextos, ao fazer um estudo cronológico da mesma, nota-se que com o passar da história ele obteve reconhecimento no aspecto educacional, como citado pela Lei de Diretrizes Bases da Educação Nacional (LDB), no art. 26, inciso 2, quando cita a arte enquanto disciplina escolar obrigatória nos diversos níveis da educação básica, tendo à vivência das quatro áreas (artes visuais, dança, música e teatro). Com base nesses conhecimentos, enquanto componente do currículo tal arte também pode ser direcionada no contexto educacional do aluno com deficiência, entre eles o que a apresenta
3 em cunho intelectual, corroborando significativamente à inclusão social deste. Trabalhar com dança e com pessoas com necessidades educativas especiais, nesse caso com Deficiente Intelectual, requer qualificação específica, treinamento e recursos próprios para que a proposta do trabalho tenha êxito. E ao falar de Didática relaciona à aprendizagem, e segundo os dicionários o significado de didática é a arte de ensinar; o procedimento pelo qual o mundo da experiência e da cultura é transmitido pelo educador ao educando, nas escolas ou em obras especializadas. Conjunto de teorias e técnicas relativas à transmissão do conhecimento. Esta proposta não toma como base os conteúdos, mas sim as ações, por esse motivo a Proposta Triangular de Barbosa, é facilmente acessível, pois corresponde aos modos como se aprende, não é um modelo para o que se aprende (BARBOSA, 2012, p. 26). E segundo Haydt afirma que didática é uma seção ou ramo específico da Pedagogia e se refere aos conteúdos do ensino e aos processos próprios para a construção do conhecimento..., a Didática é definida como a ciência e arte do ensino (2006, p.13). Assim sendo, não se pode falar de didática sem tratar do ensino da aprendizagem, sem considerar simultaneamente a aprendizagem por parte do aluno através do professor, mediador do conhecimento. E com base nesse conceito Vigotski (apud Tédd, 2012) vem afirmar que a aprendizagem é uma das principais fontes de conceitos da criança em idade escolar, e é também uma poderosa força que direciona o seu desenvolvimento, determinando o destino de todo o seu desenvolvimento mental. Segundo Tédd e Velásquez (2001) aprendizagem é a maneira pela qual os valores, comportamentos e conhecimentos são alcançados ou alterados, como produto de formação e experiências. Esta relação pode ser examinada de diferentes maneiras, levando em consideração diferentes teorias de aprendizagem. O aprendizado é mais do que a aquisição da capacidade para pensar; é a aquisição de muitas capacidades especializadas para pensar sobre várias coisasˮ (VYGOTSKY apud TÉDD, 2012, p.34 ). Sabemos que cada educador tem seus métodos para transmitir o conhecimento proposto, e sabemos que esses métodos são flexíveis de acordo com o educando pois cada indivíduo tem uma maneira de absorver tais conhecimentos, e cada indivíduo tem um tempo para adquirir tais informações passadas pelos seus educadores, portanto, não existe um método padrão para todas as escolas, ou todos os alunos, pois cada aluno é diferente, e compreendendo
4 isto, com alunos com necessidades educativas especiais não é diferente. E tratando da aprendizagem do deficiente intelectual, é necessário levar em consideração vários fatores que contribuem para o acréscimo no cognitivo do deficiente intelectual, estimulando cada vez mais essa área que foi afetada, não esquecendo das demais áreas, além de ressaltar é claro, os demais deficientes já mencionados, pois cada um possui suas diferenças, portanto, não deve afirmar que há um método pedagógico específico para esses sujeitos com necessidades educativas especiais, para chegar à uma aprendizagem desses sujeitos. Pois se pensarmos em uma aprendizagem do deficiente e relacionarmos com algo generalizado para todos estes, certamente estaremos caminhando por vertentes errôneas e conhecimentos fragmentados. Nessa perspectiva, aos resultados das entrevistas realizadas com professores e alunos com D.I. que estavam envolvidos nesta investigação foram averiguados o ponto de vista dos profissionais em relação a prática de dança dos alunos citados, os mesmos respoderam que traz o bem estar do aluno, estimula a parte criativa, minimiza a timidez, alem dos fatores fisico, os vários estilos de dança podem ajudar inclusive na capacidade de concentração desses alunos fora e dentro da sala de aula. Foi também perguntado sobre a existência de diferenças obtidas pelos alunos com D.I. após a participação das aulas de dança, os entrevistados pontuaram que viram melhoras na área motora, na oralização dos alunos ao tentar cantar as canções enquanto dançavam-nas, seu comportamento em sala de aula mais sociável e demosntração de afeto uns com os outros, a motivação dos aluno a frequentarem a escola pois a assiduidade aumentava nos dias que tinha aula de dança agendadas. Questionou-se sobre que possíveis dificuldades estariam presentes nas atividades de dança sentidas pelos alunos com D.I., os professores apontaram sobre a coordenação motora, movimentos de deslocamento, espaço para realizar as tividades da dança, ansiedade do aluno para as aulas de dança e baixa tolerancia a frustração quando não podiam participar das aulas ou ainda quando não acertavam rapidamente as células coreográficas. 3. Conclusões Sabe-se que a dança faz parte do componente curricular, e no ponto de vista dos
5 professores essa prática artística é extremamente importante para a educação especial, pois ajuda muito no desenvolvimento psicosocial do aluno participante desta atividade e auxilia o professor também em suas atividades dentro da sala de aula, e quando a dança é bem trabalhada, ela estimula o desenvolvimento do aluno por completo facilitando todas as outras atividades que irá fazer, e além de se sentir bem, de fazer parte da sociedade e realmente ajuda o aluno em tudo que foi relatado pelos professores. Há dificuldades de se trabalhar com deficiente intelectual, mas tem que se admitir que qualquer trabalho educativo também enfrenta dificuldades no início, meio e fim, pois o novo pra nós nos tira de algo comum e nos leva a algo incomum, algo desconhecido no momento. A persistência deste trabalho árduo, nos mostrará conquistas satisfatórias por este aluno, pois no decorrer das aulas, eles podem absorver inúmeros conteúdos ministrados. Referências BARBOSA, Ana Mae; CUNHA, Fernanda Pereira da. Abordagem Triangular no Ensino das Artes e Culturas Visuais. São Paulo: Cortez, HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. 8.ed. São Paulo: Ática, Sites TÉDDE, Samantha. Crianças com deficiência intelectual: a aprendizagem e a inclusão Americana: Centro Universitário Salesiano de São Paulo, Disponível em:< -T%C3%A9dde.pdf >. Acesso em: 12 de abril as 13h e 46 min.
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