OS VALORES SÓCIO-CULTURAIS DA PÓS-MODERNIDADE E A RELAÇÃO DE AJUDA DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA

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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE PSICOLOGIA PATRICIA FERNANDES GONÇALVES OS VALORES SÓCIO-CULTURAIS DA PÓS-MODERNIDADE E A RELAÇÃO DE AJUDA DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA CRICIÚMA, JUNHO DE 2009.

2 PATRICIA FERNANDES GONÇALVES OS VALORES SÓCIO-CULTURAIS DA PÓS-MODERNIDADE E A RELAÇÃO DE AJUDA DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de bacharel em Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. Msc. Sérgio Leonardo Gobbi CRICIÚMA, JUNHO DE 2009.

3 2 PATRICIA FERNANDES GONÇALVES OS VALORES SÓCIO-CULTURAIS DA PÓS-MODERNIDADE E A RELAÇÃO DE AJUDA DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel em Psicologia e Psicólogo, no Curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Pós - Modernidade Criciúma, 24 de junho de BANCA EXAMINADORA Prof. Sérgio Leonardo Gobbi - Mestre Orientador - (Unesc) Prof. Elisiênia Cardoso De Souza Frasson Fragnani Mestre - (Unesc) Prof. Myrta Carlota Glauche Jaroszewski Especialista - (Unesc)

4 3 Dedico este trabalho aos meus pais que me proporcionaram as condições necessárias para hoje poder concluir o que é tão importante para mim: minha formação.

5 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela vida, por iluminar o meu caminho e guiar os meus passos para que eu conseguisse chegar até aqui. Aos meus pais, Saul Volnei Gonçalves e Maria Robélia Gonçalves, por me darem forças na hora de dificuldade, pela paciência e compreensão que tiverem durante toda a minha vida. Ao meu namorado, Everton, por estar presente nas horas em que precisei, pela paciência e palavras de apoio e incentivo. Ao Professor, Sérgio Leonardo Gobbi, por toda a sua dedicação, atenção, e conhecimento que me concedeu durante a realização deste trabalho. Enfim, agradeço a todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para a concretização deste.

6 5 Seja feliz do jeito que se é, não mude sua rotina pelo que os outros exigem de você. Simplesmente viva a vida de acordo com o seu modo de viver. Bob Marley

7 6 RESUMO O presente trabalho intitulado, Os valores sócio-culturais da pós-modernidade e relação de ajuda da Abordagem Centrada na Pessoa, teve como objetivo compreender e verificar as ideias de Relação de Ajuda da Abordagem Centrada na Pessoa de Carl Rogers. Acredita-se poder colaborar no sentido de mostrar aspectos ainda funcionais e que necessitam de uma nova revisão de relação de ajuda. O trabalho aqui apresentado se caracteriza, em um primeiro momento, descrevendo o movimento da Psicologia Humanista e a importância de Carl Rogers neste movimento. Neste trabalho será apresentada a descrição da relação de ajuda desenvolvida por Carl Rogers característica da Abordagem Centrada na Pessoa. Já no segundo momento procura demonstrar a passagem da modernidade para a pósmodernidade, utilizando as características sócio-culturais e comportamentos citados por autores ditos da pós-modernidade. Por último procuramos caracterizar a relação de ajuda desenvolvida por Carl Rogers e sua aplicabilidade para com os novos comportamentos consequentes das mudanças sócio-culturais da atual época em que vivemos. Palavras-chave: Pós-Modernidade. Abordagem Centrada na Pessoa. Relação de Ajuda. Valores Sócio-Culturais.

8 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO SURGIMENTO DA PSICOLOGIA HUMANISTA EM SEU CONTEXTO SOCIAL Carl Rogers e a construção do Processo Terapêutico Tendência atualizante Relação de Ajuda Compreesão empática Consideração Positiva Incondicional Congruência e Autenticidade CONTEXTO SOCIAL ATUAL DA PÓS-MODERNIDADE A RELAÇÃO DE AJUDA DE CARL ROGERS E SUA APLICABILIDADE NA PÓS MODERNIDADE CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 70

9 8 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho é um ensaio sobre a modernidade: os valores sócioculturais da pós-modernidade e a relação de ajuda da Abordagem Centrada na Pessoa. É resultado de um estudo teórico, realizado à conclusão do curso. Campos (2000) afirma que no pensamento das pessoas a proposta da psicologia humanista, dentro deste encontro social, traz uma nova visão de homem apresentando um novo modelo social. Ou seja, menos controlador e mais preocupado com as necessidades do ser humano. Os psicólogos ao concordar com a concepção humanista levavam em conta o clima cultural da modernidade. Buscaram desenvolver métodos terapêuticos que possibilitassem a liberdade de escolha, ressaltando a responsabilidade pessoal e a tendência à auto-realização do indivíduo, como também a consideração do sujeito no contexto familiar, escolar, no trabalho, na religião, assim como de todos os ambientes sociais. Alguns autores, ao estudarem o novo movimento social chamado de pósmodernidade, discutem o fato de considerarem desconstrucionistas as propostas apresentadas para uma melhora na sociedade e, consequentemente, o indivíduo. Ao analisarmos a nossa atual situação social e individual, sem dúvida, deparamos-nos com algumas mudanças de valores dos tempos passados para a pós-modernidade, nos quais percebemos a sociedade confusa sem saber para onde ir, buscando algo que não está claro e o que está mais presente é o desconforto frente à instabilidade que o momento pós-moderno nos traz. No contexto atual de nossa sociedade percebe-se um movimento de alteração de valores, que se alicerçam na indignação contra o sistema da modernidade. Diante das necessidades sociais originadas da condição pós-moderna, o estudo teórico teve como objetivo compreender e verificar as ideias de Relação de Ajuda da Abordagem Centrada na Pessoa de Carl Rogers. Assim, acredita-se poder colaborar no sentido de mostrar aspectos que necessitam de uma nova revisão de relação de ajuda. Rogers (1977) nos fala que a relação de ajuda é toda aquela relação que não se determina apenas pela relação terapêutica, entre paciente e terapeuta. O trabalho aqui apresentado se caracteriza, num primeiro momento, descrevendo o movimento da Psicologia Humanista e a importância de Carl Rogers neste movimento. Neste trabalho será apresentada a descrição da relação de ajuda

10 9 desenvolvida por Carl Rogers, característica da Abordagem Centrada na Pessoa. Já no segundo momento deste trabalho, procuramos demonstrar a passagem da modernidade para a pós-modernidade, utilizando as características sócio-culturais e comportamentos citados por autores ditos da pós-modernidade. Por último propomos caracterizar a relação de ajuda desenvolvida por Carl Rogers e sua aplicabilidade para com os novos comportamentos consequência das mudanças sócio-culturais da atual época em que vivemos.

11 10 2 SURGIMENTO DA PSICOLOGIA HUMANISTA EM SEU CONTEXTO SOCIAL De acordo com Greening (1973), os anos 60 são marcados como anos de revoltas políticas estudantis e de costumes entre a juventude. Os jovens unidos pelas afinidades estavam tentando combater uma sociedade que estava se constituindo meramente tecnocrática, voltando exclusivamente para a busca de um ideal com máximo de modernização e planejamento Os aspectos sociais e humanos estavam, de certa forma, desvalorizados em razão da supervalorização dos aspectos técnico-racionais. Os jovens na década de 60 eram contra a desumanização do homem, promovida, silenciosamente, pela tecnocracia. Esses jovens contestavam toda cultura vigente, sobretudo os regimes repressivos e autoritários que as instituições sociais, de um modo geral, haviam estabelecido. Eles queriam mudar o mundo e torná-lo mais humano e melhor de se viver, sendo inadmissível que as pessoas vivessem alheias aos problemas sociais e políticos. De acordo com Bühler (1973 apud GREENING 1975), o movimento hippy da década de 60 atraiu os jovens que rejeitavam os sistemas educacionais vigentes da época, onde lhes pareciam irrelevantes, assim como a sociedade materialista dominada pelo complexo militar industrial. Na verdade o que buscavam era uma vida mais simples. Segundo Pereira (1984), esta tendência à burocratização da vida social era fortalecida pelo dogma da ciência, que acreditava unicamente na objetividade, na validade do conhecimento científico, assim como na palavra do especialista, que era responsável pelo discurso da tecnologia, da produtividade e do progresso. Se a ciência colaborou para esvaziar e isolar o homem, reduzindo-o à sua dimensão material e aos frios mecanismos lógico-racionais e serviço de considerações mesquinhas e doentias, a justa revolta cultural contra esse estado de coisas que nos tem retirado, a maravilha e a profundidade da experiência de ser humano entre humanos, mobilizou também os psicólogos. (BOAINAIN, 1998, p.36) Segundo Wood (1995), a Associação Americana de Psicologia teve a participação de Rogers, que foi de extrema importância no reconhecimento para a sociedade norte-americana que passou a dedicar ao papel do psicólogo clínico

12 11 aceitando também como psicoterapeuta, pois tal prática era exclusiva de médicos psiquiatras, passando também a fazer parte do campo de atuação do psicólogo. Para Paes (1993), aqueles setores que tinham acesso aos benefícios de crescimento econômico e tecnológico recusavam seus valores e suas formas de organização por não haver proposta de modificação atraente à transformação social, portanto estava ocorrendo uma recusa generalizada. A sociedade que eles viviam, aparentemente não tinha mais nada de interessante para lhes oferecer, sendo preciso reinventar novas propostas de vida. A produção musical deste período incentiva a mudança de comportamento e a liberdade de pensamento e de expressão. O consumo de drogas acontecia ao mesmo tempo como forma de desafiar o sistema e de uma nova forma de pensamento. Usavam drogas alucinógenas como o LSD como meio de expandir a mente e alargar a consciência. Não se tratava da revolta de uma elite que, embora privilegiada, visasse uma redistribuição da riqueza social e do poder em favor dos mais humildes. Nem de uma revolta de despossuídos. Ao contrário. Era exatamente a juventude das camadas altas e médias dos grandes centros urbanos que, tendo pleno acesso aos privilégios da cultura dominante, por suas grandes possibilidades de entrada no sistema de ensino e no mercado de trabalho, rejeitava esta mesma cultura de dentro. E mais. Rejeitavam-se não apenas os valores estabelecidos, mas, basicamente, a estrutura de pensamento que prevalecia nas sociedades ocidentais (PEREIRA, 1984, p. 23) Os jovens na década de 60 acreditavam que para se viver bem e livremente era necessário que houvesse a transformação. A mudança envolvia uma mutação psicológica que acabou marcando a data como seu acontecimento central. De certo modo foi nesse contexto que surgiu a psicologia humanista. Campos (2000) nos reporta que a condição cultural dos anos 60 foi fundamental para que se tornasse possível o nascimento desta proposta de psicologia. Bühler (1973 apud GREENING,1975. p. 43) acredita que as pessoas que crescem e se movimentam nesse personalizado mundo moderno, tem como objetivo a busca desesperada por uma identidade e algo em que acreditar. E é nesse ponto que a psicologia humanista oferece algumas novas abordagens para esses problemas, em particular as crises da juventude. Segundo Bauman (1998) a proposta da Psicologia Humanista dentro deste encontro social traz uma nova visão de homem apresentando um novo modelo

13 12 social, ou seja, menos controlador e mais preocupado com as necessidades do ser humano. Os psicólogos, ao concordar com este novo projeto, levavam em conta o clima cultural da época e buscaram desenvolver métodos terapêuticos onde possibilitassem a liberdade de escolha, ressaltando a responsabilidade pessoal e a tendência à auto-realização do indivíduo, como também a consideração do sujeito no contexto familiar, escolar, no trabalho, na religião, assim como de todos os ambientes sociais. Essa nova visão de homem considerava o indivíduo como essencialmente livre e intencional, priorizando o entendimento do ser humano através de sua dimensão consciente e por suas vivências presentes. Enfim, vendo o homem como um ser em busca e em construção de si mesmo, cuja natureza continuamente se desvela e exprime do realizar de suas possibilidades e na atualização de seu potencial, compreendem os humanistas que só se é pessoa, só se é realmente humano, no autêntico, livre e integrado ato de se desenvolver. [...] uma tendência para crescer, um movimento de sair de si, um projetar-se, um devir, um incessante tornar-se, um contínuo processo de vir a ser. (BOAINAIN, 1998, p.33-34) Para Bühler (1973 apud GREENING,1975, p. 45), portanto, a psicoterapia tem como foco o recurso moderno de crescimento pessoal pois tem ocorrido um grande progresso, sendo que hoje os terapeutas humanistas e junto com seus pacientes, sabem que as pessoas necessitam de assistência para se dirigirem ao caminho, atingindo assim metas sadias e apropriadas na vida. Assim, não estamos trabalhando apenas com a neurose, mas também, ainda mais com os problemas dos significados e propósitos adequados da vida. Necessitamos de uma nova imagem de homem. (BÜHLER, 1973 apud GREENING p. 45) A Psicologia humanista propunha uma visão de homem que orienta a criação e o desenvolvimento de novas maneiras de proporcionar à saúde psíquica e dos melhores potenciais humanos. Priorizava as qualidades e capacidades humanas como valores, criatividade, sentimento, identidade, responsabilidade, autorealização, contribuindo para a visão mais ampla do ser humano. Boainain (1998) diz que a Psicologia Humanista destaca-se como uma corrente e que se afastou da tradicional idéia clínica, onde prestigiava o estudo das psicopatologias, passando assim a enfatizar a saúde, o bem-estar e o potencial humano de crescimento e de autorrealização. É mais típico desta corrente buscar

14 13 definir as características do pleno e saudável exercício da condição humana, se distanciando do que as patologias podem então ser entendidas. Greening (1975) aponta que os psicólogos humanistas acreditam na essência do homem e no seu potencial. Enfatizam que o homem não é só responsável pela sua individualização, mas também pelos impulsos positivos e a sua necessidade de fazê-lo. A perspectiva humanista enfatiza a ideia de que o homem possui um impulso para a autorrealização, que o liberta para inventar o homem, ao invés de condená-lo. Para Matson (1974), esta nova visão passou logo a ser denominada de Psicologia Humanista ou a Terceira força em Psicologia, sendo que seu projeto não se constituiu somente de uma única teoria e sim de uma convergência de várias diretrizes e escolas de pensamento. Tais diretrizes e escolas de pensamento, no entanto, possuem um denominador comum: o respeito incondicional ao indivíduo, o reconhecimento da pessoa como ela mesma. [...] a relação terapêutica não esta desprovida de valores. Muito ao contrário. Parece-me que, quando mais eficiente, é marcada por um valor primário: esta pessoa, este cliente, tem valor. Como pessoa é valorizada em sua individualidade e singularidade. É quando sente e compreende que é apreciada como uma pessoa que pode lentamente começar a valorizar os diferentes aspectos de si mesma. O que é ainda mais importante, consegue, a princípio com muita dificuldade, começar a perceber e a sentir o que ocorre em seu íntimo, o que esta sentindo, o que esta suportando, como esta reagindo ( ROGERS, 1977, p. 22) Para Rogers & Rosenberg (1977) a dimensão sócio-econômica, a dominação tecnológica, a irrelevância da própria vida humana, e da participação pessoal nos acontecimentos são marcas registradas da época. Mas Rogers relata que todo o ser humano que pode ser preservado, desenvolvido para além dos elos reduzidos, transformando-o num ser condicionado, acaba tendo uma vida mais humanizada, mas isso se dá pela liberação mais autêntica do homem. O mesmo autor faz uma reflexão no sentido de que Rogers é um estudioso marcante e que sempre expôs seus ideais de modo claro, pois o reducionismo existente no momento de compreender as suas ideias se deve a razões, segundo o autor, distantes da lógica, se encontrando nos terrenos das defesas e das emoções. Portanto, a alternativa de acreditar em Rogers, para algumas pessoas, acaba implicando em uma ameaça de que algo deverá mudar em nós, juntamente na forma de nos relacionarmos.

15 14 Em meus contatos com os jovens compreendi, sem sombra de dúvida, que o jovem contemporâneo propende a desconfiar do casamento como instituição. [...] em compensação o relacionamento entre um homem e uma mulher só é significativo, só merece ser preservado, quando é uma experiência que realça e desenvolve a experiência de ambos. (ROGERS, 1977, p. 18) De acordo com Boainain (1998), a Abordagem Centrada na Pessoa em todos os aspectos é típica representante da psicologia humanista, pois sua visão otimista da natureza humana, ou seja, biologicamente orientada ao crescimento e à auto-realização: suas proposições sobre a qualidade organísmica e holista da personalidade humana; e suas concepções teóricas relativas ao conceito de self colocam-no na posição de um dos principais construtores do modelo de homem defendido pela psicologia humanista. O mesmo autor nos fala que Carl Rogers, propondo uma psicoterapia fundamentada na autenticidade no terapeuta e no aqui e agora da relação consciente, representa um dos aspectos mais característicos da revolução que a psicologia humanista trouxe ao campo da psicologia. 2.1 Carl Rogers e a construção do Processo Terapêutico Boainain (1998) reporta que a evolução da história da Abordagem Centrada na Pessoa tem sido descrita por uma sucessão de fases ou períodos. A abordagem foi marcada por um desenvolvimento dinâmico, flexível e com constantes reformulações, mas por outro lado tem mantido coerência em torno de alguns princípios fundamentais que são a crença na predominância, na natureza humana, de potenciais positivos, processualmente orientados para o crescimento e à autorealização, favorecendo a plena expressão e desenvolvimento deste potencial. Se eu tentasse encontrar uma frase que pudesse descrever o momento molecular da terapia, diria que é uma experiência imediata de uma nova autoaceitação e integração. [...] É uma aceitação porque é reconhecida como pertencente a si mesma, e não como algo irreconhecível. E finalmente é uma experiência de estar integrada. (SANTOS, 1987, p. 19) Rogers e Rosenberg (1977) dizem que a premissa básica da Abordagem Centrada na Pessoa sempre se manteve constante e que o ser humano é um

16 15 organismo em que se pode confiar. Portanto a Abordagem Centrada na Pessoa criada por Carl Rogers consiste em prover certas condições psicológicas que facilitam a liberação do fluxo subjacente à realização construtiva das complexas possibilidades da pessoa. Ainda segundo o mesmo autor, Rogers atribuiu ao homem a liberdade e a responsabilidade de suas opções, portanto todo o ser humano tem o poder de escolha. Rogers discorda radicalmente dessa visão prevalente, recusa a ideia de que o indivíduo não passa de um elo entre uma série de causas e implicações e seus efeitos inevitáveis e predeterminados. (ROGERS e ROSENBERG, 1977, p. 3) Boainan (1998) explica que a Abordagem Centrada na Pessoa nasceu em meados dos anos trinta, quando Rogers inicia sua vida profissional como psicólogo adotando como orientação de trabalho uma abordagem pragmática, de inspiração psicanalítica e com um largo uso de instrumento, diagnóstico e aconselhamento diretivo. Mas ocorreram alguns fatos que fizeram com que Rogers questionasse e pensasse a mudar a forma de atuação dando origem à ACP. Rogers considerou a Abordagem Centrada na Pessoa como uma forma singular de abordagem, organizadora da experiência bem sucedida em diversas atividades. A Terapia Centrada no Cliente foi a primeira dessas aplicações e consistiu na facilitação do crescimento pessoal e saúde psicológica de indivíduos numa psicoterapia pessoa a pessoa (WOOD,1995, p. 2) Ainda de acordo com o mesmo autor, Rogers passa a elaborar cada vez mais seu ponto de vista, propondo uma tendência, uma nova escola em psicoterapia e aconselhamento. O que estava desenvolvendo era uma Abordagem não centrada na expertise, a atuação direcional do terapeuta. Ao contrário, enfatizou que o maior potencial da mudança residia na capacidade do cliente. A partir disso surgiu no novo impacto no cenário das modernas psicoterapias, onde o psicoterapeuta passou a acreditar no potencial do cliente, parando assim de fazer tudo o que havia sido feito, como por exemplo, interpretar, diagnosticar, orientar, analisar, aconselhar, enfim, dirigir o processo. Essa radical mudança em oposição às tendências diretivas e centradas no terapeuta, Rogers denominou de orientação centrada no cliente ou não diretiva. Segundo Rogers (1977), o terapeuta age como um facilitador e um espelho para os sentimentos e pensamentos do cliente, a partir do qual o mesmo passa a tomar maior consciência e contato com o seu material vivencial, podendo

17 16 assim perceber aspectos de sua personalidade e de seus comportamentos que lhe escapavam anteriormente. Boainain (1998) nos reporta que, no final dos anos 50, surge uma fase do desenvolvimento da Abordagem Centrada na Pessoa, de onde três aspectos ou tendências contribuíram para caracterizar a última década de vida do trabalho de Rogers. A primeira dela diz respeito ao desenvolvimento de uma nova modalidade de trabalho grupal centrado na pessoa. A segunda grande característica, no final dos anos 60, refere-se à conscientização e crescente exploração das potencialidades políticas decorrentes do ponto de vista centrado na pessoa desenvolvido pelo pensamento e prática de Rogers. A terceira e última fase do pensamento de Rogers no final de sua vida consiste em uma aproximação da perspectiva místico-espiritual. Na última fase do trabalho de Rogers, a ACP, mais que uma teoria ou método de atuação em psicologia e educação, passa crescentemente a ser representada como uma filosofia de vida, uma postura existencial. (BOAINAIN, 1998, p. 92) A Abordagem Centrada na Pessoa tem como foco o indivíduo e não o seu problema, ou seja, seu objetivo não é resolver um problema particular e sim auxiliar o indivíduo a crescer, ao ponto que ele possa enfrentar o problema presente e os posteriores de uma maneira integrada. Segundo Rogers (1977, p. 16) terapia não é uma questão de fazer algo para o indivíduo ou de induzi-lo a fazer algo sobre si mesmo. É uma questão de libertá-lo para o crescimento e o desenvolvimento normal, de remover obstáculos, de modo que possa caminhar para frente. Dentro do processo terapêutico centrado na pessoa, a expressão crescimento se reporta ao indivíduo voltado ao processo de assimilação positivas de suas vivências, permitindo melhor e mais ampla estruturação da tendência atualizante (é sinônimo de desenvolvimento). Esta estruturação é resultado do processo de confiança desenvolvido dentro da psicoterapia propiciando maior autoconfiança. (GOBBI, 2002, p. 52) Além do aspecto teórico altamente positivo, a contribuição de Rogers para a psicoterapia é constituída pelos princípios de sua experiência terapêutica. Esta nova visão considera essencial a ênfase na experiência atual, relacionando esta experiência ao conteúdo trazido pelo cliente no momento do encontro terapêutico, e que é ligado à totalidade da experiência subjetiva vivenciada. De acordo com Rogers e Kinget (1975) todo o problema é tratado, sempre levando em conta os fatores de ordem pessoal, como atitudes, convicções, necessidades, crenças desejos etc. que são colocados por ele em jogo. Portanto,

18 17 para que o processo terapêutico seja fecundado é preciso que se prenda em função das experiências do cliente, e não do terapeuta, que adote em face do seu cliente uma atitude empática, devendo se esforçar-se por emergir com o cliente no mundo subjetivo deste. Para Rogers (1977) a relação de consulta psicológica é uma relação na qual o calor e a ausência de qualquer pressão por parte do psicólogo permitem com que o cliente se expresse ao máximo de sentimentos, atitudes e problemas. E com esta experiência única de uma liberdade emocional perfeita o paciente é livre para reconhecer e compreender os seus impulsos e modelos de conduta, podendo ser positivos ou negativos que não se verifica em nenhuma outra relação. Se posso proporcionar certo tipo de relação, a outra pessoa descobrirá dentro de si a capacidade de utilizar esta relação para crescer, e mudanças e desenvolvimento ocorrerão. (ROGERS, 1977, p. 37) De acordo com Rogers (1977) é o indivíduo que é posto no foco e não o problema, o objetivo da Abordagem Centrada na Pessoa não é somente resolver um problema em particular, mas sim ajudar o mesmo a desenvolver-se para poder enfrentar os problemas que podem ocorrer, podendo assim resolver de uma maneira mais perfeita e integrada. De certa forma, essa liberdade é provocada pela atitude amigável, interessada e receptiva do psicólogo. (ROGERS, 1977, p. 35) Foi ouvindo pessoas que aprendi tudo o que sei sobre pessoas, sobre a personalidade, sobre as relações interpessoais. Ouvir verdadeiramente alguém resulta numa outra satisfação especial. É como ouvir a músicas das estrelas, pois por trás de uma pessoa, qualquer que seja essa mensagem, há o universal. Escondidas sob as comunicações pessoais que eu realmente ouço, parecem haver leis psicológicas ordenadas, aspectos da mesma ordem que encontramos no universo como um todo. Assim existe ao mesmo tempo a satisfação de ouvir esta pessoa e a satisfação de sentir o próprio eu em contato com uma verdade universal (ROGERS, 1980, p.5) O mesmo autor define certas qualidades que caracterizam a atmosfera da consulta psicológica mais útil. Assim, iremos descrever em quais delas o terapeuta deve criar. A primeira, segundo Rogers (1977), é um calor e uma capacidade de resposta por parte do psicólogo, onde torna a relação mais possível, fazendo evoluir para um nível mais profundo. Sendo sensível às necessidades do cliente para com isso criar uma relação de ajuda. O psicólogo acredita que se trata de uma relação nitidamente controlada, uma ligação afetiva com limites definidos.

19 18 A segunda qualidade em uma relação de consulta psicologica é a sua aceitação em relação aos sentimentos expressos pelo cliente, o que é percebido uma aceitação por parte do psicólogo, sem nenhuma atitude moralista ou judicativa, acaba por reconhecer que todos os sentimentos e atitudes podem ser demonstrados. Sob este aspecto, a relação terapêutica difere nitidamente das outras relações da vida comum. Ela oferece um lugar onde o cliente pode trazer para a situação, tão rapidamente quanto as suas inibições lhe permitirem todos os impulsos proibidos e as atitudes inconfessadas que aplicam a sua vida. (ROGERS, 1977, p. 88) Para a Abordagem Centrada na Pessoa este processo é uma experiência única e dinâmica, diferente de indivíduo para indivíduo. Assim que inicia esta relação, o psicólogo deve apreciar a capacidade do indivíduo para assumir as ações que alterem o curso de sua vida. Revendo também se a situação é suscetível de ser alterada, se os outros meios de lidar com a situação são possíveis. Ainda segundo o mesmo autor, outra característica é ela estar livre de qualquer tipo de pressão ou coerção, pois o psicólogo da Abordagem Centrada na Pessoa evita introduzir nas sessões terapêuticas os seus próprios desejos, reações e inclinações. Não se trata apenas de uma recusa rígida em influenciar o cliente, mas sim uma base positiva para o crescimento e desenvolvimento da personalidade dele. Pode muitas vezes pela primeira vez na vida ser autenticamente ele próprio, afastando-se assim dos seus mecanismos de defesa e de compreensão que lhe permitiam enfrentar o mundo. A prática de psicoterapia e os primeiros experimentos pedagógicos fundamentados numa abordagem centrada na pessoa tem indicado que o individuo, a medida que consegue optar por expressar de maneira plena seus sentimentos reais, e se sente menos explosivamente carregado de tais sentimentos, descobre que pode viver com base nestes sentimentos seus, abandonar suas fachadas defensivas e estabelecer uma comunicação verdadeira com outras pessoas. (ROGERS e ROSENBERG, 1977, p. 6) Para o indivíduo, quando a tendência atualizante pode se exercer sob condições favoráveis, ou seja, sem entraves psicológicos graves, ele se desenvolverá no sentido da maturidade, tendo uma autonomia crescente, típicas do processo em direção à idade adulta. A personalidade representa a atualização máxima das potencialidades do organismo. Ela se desenvolve segundo um modelo que pode ser comparado ao

20 19 desenvolvimento físico que é determinado pela tendência atualizante, no qual ela reage à diferenciação das funções e órgãos característicos da maturidade física. (ROGERS e KINGET, 1975) 2.2 Tendência atualizante Rogers (1977) ao se perguntar o que ajuda a pessoa mudar, dirigiu seu esforço intelectual para chegar a uma simples crença de que todos os seres humanos na verdade necessitam de aceitação, desta forma, ao se sentirem aceitos, movem-se em direção à autorrealização. A Abordagem Centrada na Pessoa crê que o ser humano possui uma capacidade de se impulsionar para a frequente tentativa de progredir, ou seja, que dentro de si, a pessoa possui os mecanismos necessários para lidar consigo e com o outro. No entanto, esta capacidade pode não se manifestar se o indivíduo apresentar lesões ou conflitos estruturais impossibilitando o desenvolvimento desta tendência natural. O indivíduo descobrirá dentro de si a capacidade de utilizar essas relações para crescer [...] gradualmente, minha experiência me fez concluir que o indivíduo traz dentro de si a capacidade e a tendência latente se não evidente, para caminhar rumo à maturidade. Em um clima psicológico adequado, essa tendência é liberada, tornando-se real ao invés de potencial. (ROGERS, 1977, p. 40) Essa capacidade é própria a todo o homem, sendo entendida como integrante da sua bagagem natural. Mas ela requer algumas condições como uma relação humana positiva sendo favoráveis a conservação e a valorização do seu eu, ou seja, requer relações desprovidas de ameaças ou de desafio a concepções que o sujeito faz de si mesmo. (ROGERS e KINGET, 1975) De acordo com Rogers (1977), existe em todo o organismo, em qualquer nível, um fluxo subjacente de movimento para uma realização construtiva de suas possibilidades intrínsecas. Há no homem uma tendência natural para o desenvolvimento completo. A saúde, assim como o bem-estar físico do sujeito, mostraram-se condicionados pela experiência sentimentos, pensamentos e emoções, assim

21 20 como outros fatores físicos. O comportamento se estabelece influenciado pela experiência e em função da bioquímica do mesmo. E, não só o comportamento observável, manifesto, é influenciado, mas também pensamentos, atitudes e sentimentos (fatores neurológicos, endocrinológicos experiência bioquímica do organismo). A utilização do termo organismo deve considerar o ser humano de forma global, em seu conjunto, totalidade, de características físicas, bioquímicas e sobre o foco da experiência, do comportamento. (ROGERS e KINGET, 1975) Uma abordagem centrada na pessoa baseia-se na premissa de que o ser humano é basicamente um organismo digno de confiança, capaz de avaliar a situação externa e interna, compreendendo a si mesmo no seu contexto, fazendo escolhas construtivas quanto aos próprios passos na vida e agindo a partir das escolhas. ( ROGERS 1977, 23) De acordo com autor citado acima, embora existam diferenças, todos no seu íntimo possuem necessidades semelhantes, que em função de aspectos sociais e aprendidos, como maneira de se proteger ou ser aceito, e sem perceber, vai ao longo do tempo abrindo mão dos seus valores, maneira de ser e sentimentos naturais passando a viver em função de um padrão pré-estabelecido, passando a acreditar que aquilo que vem de fora é verdade e que o que sente quando diferente do pré-estabelecido é ruim, é feio e que, portanto, deve ser eliminado ou camuflado dentro de si. Assim a pessoa acaba perdendo o seu eu como sendo a referência se distanciando cada vez mais de si. E com isto acaba, muitas vezes, fazendo coisas totalmente aceitas pela sociedade, mas que no fundo são ruins para si. Podemos concluir que a tendência atualizante nada mais é do que a crença de que se for proporcionado ao outro condições favoráveis, conseguirá e direcionará de modo a suprir as suas necessidades e terá seus sentimentos muito mais claros em si. A partir daí, poderá aceitá- los e respeitá-los como legítimos e em consequência respeitar também o outro em sua individualidade. Crendo na tendência atualizante, que mesmo tornando-se diferente, o outro tem o direito de ser o que é. A Abordagem Centrada na Pessoa entende que a melhor maneira de ajudá-lo é proporcionar condições ideais para essa transformação.

22 21 [...] O comportamento humano é extremamente racional, com uma complexidade sutil e ordenada para os subjetivos que seu organismo se esforça para atingir. A tragédia para muitos de nós deriva do fato de as nossas defesas nos impedirem de surpreender essa racionalidade, de modo que estamos conscientes a caminhar numa direção quando organicamente seguimos outra. (ROGERS apud FADIMAN, 1979, p. 225) Para Rogers e Kinget (1975) a experiência que o indivíduo tem de si constitui a matéria de que é formada a estrutura experiencial chamada ideia ou imagem do eu. Ela é a forma com a qual o indivíduo se percebe. Suas características, atributos, qualidades e defeitos, capacidades e limites, valores e relações que reconhece como sendo de si mesmo e que percebe que fazem parte de sua identidade. Esta percepção engloba as experiências do sujeito em cada momento de sua existência. Quando o indivíduo pode viver sua experiência "a experiência do eu", quando é capaz de tomar consciência de seus sentimentos e desejos, sem ter que recorrer a manobras defensivas haverá correspondência entre a experiência real vivida e suas percepções. (ROGERS, 1977) A direção da personalidade para a autonomia e a responsabilidade não é manifestação de uma necessidade interna, assim como reage o desenvolvimento físico. Não resulta unicamente do processo de unificação social. E tão pouco pela satisfação imediata buscada pelo comportamento autônomo, sendo que este comportamento, na maioria das vezes, é acompanhado de frustrações que dificultam o crescimento. Na medida em que o cliente se desenvolve, as somas de suas experiências crescem e, a estrutura experiencial muda de acordo com o desenvolvimento. Com isso a significação e a experiência subjetiva também mudam. Quando se tem uma apreensão realista da experiência, esta consegue avaliar melhor, podendo se adaptar adequadamente às necessidades. Rogers e Kinget (1975) nos falam que a direção positiva do desenvolvimento não é, pois, um efeito de mecanismos ou de agentes especiais, sejam eles internos ou externos, mas sim o produto da conjugação de forças internas, positivas em sua orientação, e flexíveis, e de forças externas, favoráveis à atualização dessas forças. Assim, o papel do profissional da Abordagem Centrada na Pessoa é criar condições favoráveis para que o cliente exerça o seu papel.

23 Relação de Ajuda De acordo com Rogers (1977), a partir do momento que uma pessoa procura promover para outra pessoa maior apreciação, facilitando desta forma o crescimento, podemos considerar que esta é uma relação de ajuda. Para estabelecer que uma relação de ajuda exista, é necessário que o outro se mostre sempre tal como é, transparente. De acordo com o mesmo autor, se em uma relação seja suficientemente congruente, sem nenhum sentimento escondido, quer no cliente como no terapeuta, pode-se dizer que ocorrerá uma relação de ajuda. Uma relação de ajuda deverá ser livre de julgamentos. Quando a atitude do terapeuta é condicional, o cliente não poderá mudar nem desenvolver-se nesses aspectos na qual o terapeuta não foi capaz de aceitar completamente. Rogers nos explica que quanto mais se consegue manter uma relação livre de qualquer juízo de valor, mas permitirá que a outra pessoa consiga reconhecer que o lugar do julgamento, que o centro da responsabilidade reside dentro dela mesma. O sentido e o valor da sua experiência é algo que depende em última análise dela e nenhum juízo exterior os pode alterar. (ROGERS, 1977, p. 65) Segundo Rogers e Kinget (1975), mais preocupado com o fator humano do que com o fator técnico, o profissional de orientação rogeriana entende as condições de seu trabalho em termos de atitudes. Por isso considero que a lição mais fundamental para quem deseja estabelecer uma relação de ajuda de qualquer espécie é a de se mostrar sempre tal como é, transparente. Se numa dada relação é suficientemente congruente, se nenhum sentimento refere a esta relação é escondido quer de mim mesmo quer do outro, posso estar então quase seguro de que se tratará de uma relação de ajuda (ROGERS, 1977, p. 60) A proposta de Rogers em valorizar a atitude ao invés da técnica se baseia na ideia de que se tem de psicoterapia, ou seja, a psicoterapia como sendo uma troca de experiências vividas entre o terapeuta e o cliente. Rogers e kinget (1975) nos falam que a atitude principal é aquela que rege todas as outras, é a atitude de consideração positiva incondicional e além do caráter incondicional a sua autenticidade.

24 23 De acordo com Rogers (1977) a psicoterapia na Abordagem Centrada na Pessoa gerou uma espécie de ajuda, uma relação na qual pelo menos um das partes procura promover o crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida. A relação de ajuda pode ser definida como uma situação na qual um dos participantes procura promover numa ou noutra parte, ou em ambas, uma maior apreciação, uma expressão e uma utilização mais funcional dos recursos internos latentes do individuo. (ROGERS, 1977, p. 46) Ainda segundo o mesmo autor, o terapeuta deve evitar cuidadosamente influenciar o paciente com suas qualidades individuais da sua própria personalidade, ou seja, deve acentuar o anonimato. Mas ao invés de pensarmos no seu paciente como um objeto, deve-se pensar como sendo um ser humano, que tem desejos, opiniões e sentimentos, caso contrário é mais provável que ocorra uma falha. Segundo Rogers e Kinget (1975) a forma mais frequente empregados para criar um sentimento de segurança no cliente consiste em tranquilizar, reconfortar ou encorajar o mesmo de forma direta e explicita. Se posso proporcionar um certo tipo de relação, a outra pessoa descobrirá dentro de si a capacidade de utilizar esta relação para crescer, e mudanças e desenvolvimento ocorrerão. (Rogers 1997 p. 37) Rogers e Steven (1976) também nos falam que a consulta terapêutica é uma relação na qual o calor da aceitação e a ausência de coerção ou pressão pessoal, por parte do terapeuta, permitem a expressão máxima de sentimentos e atitudes e problemas trazidos pelo cliente. A qualidade da interação do terapeuta com o seu cliente podem ser avaliados com base no seu comportamento. Rogers (1977) nos fala que se o terapeuta é congruente ou transparente, de que suas palavras estão de acordo com os seus sentimentos, ao invés de divergirem, e se tem uma simpatia incondicional pelo cliente, compreendendo seus sentimentos essenciais que lhes surgem, há uma probabilidade de que a relação de ajuda seja eficaz.

25 24 Se eu considerar uma relação apenas como uma oportunidade para reforçar certos tipos de palavras ou de opiniões no outro, tendo a confirmá-lo como um objeto um objeto fundamentalmente mecânico e manipulável. E se vejo nisso a sua potencialidade, ele tende a agir de modo a confirmar esta hipótese. Mas se, pelo contrario, considero uma relação pessoal como uma oportunidade para reforçar tudo o que ela é, a pessoa que ele é com todas as suas possibilidades existentes, ele tendem a não agir de modo a confirmar estas segundas hipóteses. (ROGERS, 1977, p. 66) Para Rogers (1977) a terapia desempenha um papel extremamente importante na libertação do processo de facilitação da tendência do organismo para um desenvolvimento psicológico ou para a maturidade, quando essa tendência se viu bloqueada e as atitudes facilitadoras de compreensão empática, consideração positiva incondicional e congruência se expressam e se tornam presentes na relação através da comunicação entre o terapeuta e cliente Compreensão empática De acordo com Rogers e Kinget ( 1975), empatia é a atitude de tentar se colocar no lugar da outra pessoa e compreendê-la de acordo com a visão dela. É ver sua vida e seus problemas como ele os vê. Portanto, é necessário que o terapeuta deixe de lado seus próprios pontos de vista e valores para poder entrar no mundo do outro sem julgamentos. Consiste na capacidade de imergir no mundo do subjetivo do outro e de participar da sua experiência, na extensão em que a comunicação verbal e não-verbal o permite. A atitude empática, dessa forma, se opõe frontalmente à atitude diagnóstica ou avaliativa. Para poder perceber o mundo do cliente com empatia, o terapeuta não pode assumir uma postura crítica, pelo contrário, a atitude empática está intrinsecamente relacionada a uma postura de aceitação e não julgamento. [...] O caráter não avaliador e aceitador do clima empático possibilitam a pessoa a assumir uma atitude de estima e interesse por si mesma. Sentindo-se compreendida, ela se torna capaz de ouvir a si mesma de modo mais correto, com maior empatia em relação às suas experiências organísmicas e aos seus significados que percebe apenas vagamente. (TAMBARA, 1999, p.83) A empatia envolve uma completa dedicação e compromisso por parte do terapeuta em experienciar com aceitação o mundo interno do cliente. A capacidade

26 25 de se colocar no lugar do outro, sem nunca esquecer que você não é o outro, dá ao sujeito a sensação de que foi realmente entendido. Então, compreender empaticamente significa perceber o quadro interno de referência da outra pessoa como se fosse o seu próprio, com os seus significados e componentes emocionais, sem, contudo, perder a condição de como se é. O terapeuta passa a ser o companheiro confidente do cliente no seu mundo interior, que requer uma sensibilidade constante do terapeuta quanto aos sentimentos e significados que estão sendo experienciados pelo cliente em terapia. Consequentemente, a verdadeira empatia jamais abrange qualquer característica avaliativa ou diagnóstica. Este fato causa uma certa surpresa no receptor. Se não estou sendo julgado, talvez não tão mau ou anormal quanto pensei. Talvez eu não deva julgar-me com tanta severidade. Assim, a possibilidade de autoaceitação aumenta gradativamente. (ROGERS, 1977, p. 82) Ainda de acordo o mesmo autor, quando o terapeuta está em sua melhor forma, o mesmo pode entrar tão profundamente no mundo interno do paciente que se torna capaz de esclarecer não somente o significado daquilo que está consciente como também do que se encontra abaixo do nível da consciência. Rogers e Kinget (1975) nos falam que é esta a subpercepção, que de acordo com o contexto de nossas teorias tem como explicar a nossa capacidade para distinguir o caráter ameaçador de uma experiência sem ter pleno conhecimento deste caráter ameaçador. De acordo com Rogers (1977) empatia é ressaltar com sensibilidade o significado sentido que o cliente está naquele momento vivenciando, a fim de ajudálo a focalizar este significado até chegar a sua vivência plena e livre. Portanto estar com o outro dessa maneira significa deixar de lado, neste momento, os valores e pontos de vista do terapeuta para entrar no mundo sem preconceito. Talvez esta caracterização tenha deixado claro que a empatia é uma maneira de ser complexa, exigente e intensa, ainda que sutil e suave. (ROGERS p, 74)

27 Consideração Positiva Incondicional Segundo Rogers e Kinget (1975) como expressão de um sentimento autêntico, vivido, a consideração positiva incondicional representa um fenômeno inegável no terreno das relações humanas. Como forma de facilitar a mudança o terapeuta deve vivenciar uma atitude calorosa, positiva e de aceitação para aquilo que está no seu cliente. Trata-se de um sentimento positivo que se exterioriza sem reservas e sem avaliações. (Rogers 1977) A consideração positiva incondicional implica um cuidado não possessivo, mas sim numa forma de apreciar o outro como uma pessoa individualizada a quem se permite ter seus próprios sentimentos, suas próprias experiências. Segundo Gobbi (2002), a consideração positiva incondicional consiste numa atitude de aceitação irrestrita, numa atitude de abstenção de julgamentos. Qualquer elemento expresso pelo cliente, verbalmente ou não, diretamente ou não, não será aprovado ou desaprovado pelo terapeuta. Esta atitude consiste em aceitar o outro como ele é, independente do que ele revelar de si e da forma com que este conduz o processo terapêutico. A consideração positiva incondicional é um tipo de atitude em relação outra pessoa na qual tudo o que esta pessoa exprime sobre si mesma é igualmente aceito com calor, estima e respeito. Esta é, precisamente, a atitude do terapeuta centrado no cliente: tudo o que p cliente exprime (verbalmente ou não verbal-mente, direta ou indiretamente) sobre si mesmo, sejam sentimentos negativos, dolorosos, confusos, defensivos ou irracionais, sejam sentimentos positivos, maduros e socializados, tudo é recebido com a mesma aceitação calorosa pelo terapeuta. (TAMBARA, 1999, p. 81) Para Rogers & Kinget (1975), o indivíduo é estimado como pessoa, independente dos critérios que se poderia aplicar ao seu comportamento. Essa postura adquirida pelo terapeuta rege as outras atitudes, sendo condição básica para que ocorra mudança. A percepção desta atitude resulta no enfraquecimento ou dissolução das condições de valor, aumentando o olhar próprio incondicional. Desta forma, as experiências antes ameaçadoras podem então ser percebidas de forma coerente, exploradas e integradas no conceito de si.

28 27 Então, experimentando e manifestando tal atitude, com relação às experiências que o cliente teme ou se envergonha e, também, com aquelas que o deixa orgulhoso e feliz, o terapeuta está contribuindo para o processo de mudança. Portanto a necessidade do indivíduo para que tenham com o mesmo a consideração incondicional positiva, facilitam para que perceba que as necessidades que emergem do seu eu, afetam o campo experiencial da outra pessoa de uma maneira positiva. A consideração positiva envolve em geral sentimentos e atitudes de calor, acolhida, respeito e aceitação. O caráter não avaliador e aceitador do clima empático possibilita à pessoa assumir uma atitude de estima e interesse por si mesma. Sentindo-se compreendida, ela se torna capaz de ouvir a si mesma de modo mais correto, com maior empatia em relação as suas experiências organísmica e aos seus significados que percebe apenas vagamente. A maior autocompreensão e auto estima proporcionadas, dessa forma, pela atitude empática possibilita a pessoa integrar estes aspectos da experiência agora reconhecidos num novo conceito de eu, mais congruente com a totalidade da sua experiência. ( TAMBARA, 1999, p. 85) Normalmente o cliente comparece à terapia com uma percepção negativa de si e proporcionalmente a este processo, e a partir do momento que sente uma consideração positiva por parte de terapeuta, surge então uma auto-aceitação, consideração positiva de si, passando a acreditar nas mudanças que podem ser realizadas. Puente (1970 apud GOBBI, 2002, p. 52) diz que a consideração positiva incondicional é a aceitação calorosa de cada aspecto da experiência do cliente como ela é, sem assim impor condições a esta aceitação. Ou seja, trata-se de uma atenção pelo cliente, que não é possessiva, mas sim respeitosa. A consideração positiva é uma atitude desprovida de classificação ética ou moral, desta forma não implicando em aprovação de desaprovação de comportamento apresentado pelo cliente, mas sim a consideração de suas potencialidades e de suas perspectivas. Segrera (1989 apud GOBBI, 2002, p. 53) nos fala que aceitar o outro incondicionalmente implica necessariamente na manutenção do cliente num estado de fixação na desordem psíquica, o que equivaleria ao fato de reconhecer a própria incapacidade enquanto terapeutas de ajudar o outro.

29 Congruência e autenticidade A transformação pessoal é facilitada quando o psicoterapeuta é aquilo que é, quando suas relações com o cliente são autênticas sem máscaras, exprimindo abertamente os sentimentos e as atitudes que nesse momento fluem. Para Rogers e Kinget (1975) congruência se refere à coerência entre a experiência e sua representação na consciência. A congruência ou autenticidade do terapeuta pode ser considerada a sua capacidade de estar inteiro na relação com o cliente. Estando disponível ao outro, este saberá que ele está ali à sua disposição. [...] a aceitação do terapeuta em relação ao cliente deveria ser autêntica, genuína e não simplesmente uma fachada. Não adiantaria ao terapeuta fingir que confiava nas forças de crescimento do cliente, pois esta confiança precisaria ser real, ser verdadeira, para ser eficaz terapeuticamente. Isto é, uma aceitação apenas aparente, ou inautêntica, não promoveria a mudança terapêutica. (TAMBARA, 1999, p. 86) De acordo com Rogers (1977), o terapeuta está sendo congruente quando está sendo completamente ele mesmo, sendo real e genuíno. Então, ao agir de forma autêntica, o terapeuta facilita a colocação em prática pelo terapeuta de uma exigência de nível prático: a constância do comportamento. Tudo que o facilitador sente em relação à pessoa deve ser dito, com cuidado, carinho, respeito, mais principalmente com autenticidade. Para a Abordagem Centrada na Pessoa, é importante que o facilitador diga o que sente, mais é claro que dizer como sua verdade, e não como verdade absoluta ou uma verdade inconsciente do outro. Caso o terapeuta não se comporte de forma autêntica, será difícil para ele manter esse comportamento frente às diversas situações e contrariedades de um processo, principalmente se este for um processo longo. Segundo Rogers (1977) quanto mais o terapeuta souber ouvir e aceitar o que se passa em si mesmo, quanto mais ele for capaz de assumir a complexidade dos seus sentimentos, sem receio maior será seu grau de congruência. O terapeuta para ser digno de confiança não necessariamente implica ser coerente de uma forma rígida, mas sim poder confiá-lo da maneira como ele é. Rogers aplica a isso o termo de Congruente, ou seja, que qualquer atitude ou

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