PREVENÇÃO DA SIDA MAIS DE 10 MIL RESPOSTAS!
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- Benedita Monteiro Benevides
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1 PREVENÇÃO DA SIDA Não baixar os braços Campanhas de prevenção frequentes, bem dirigidas e sem tabus são armas essenciais na luta contra a propagação da sida. O nosso inquérito a mais de 10 mil pessoas demonstra que ainda há um longo caminho a percorrer para que os comportamentos seguros se tornem regra. Por exemplo, cerca de 20% dos inquiridos com mais de um parceiro sexual não usam preservativo. Todos os anos, sobretudo por volta do primeiro de Dezembro, quando se comemora o Dia Mundial de Luta Contra a Sida, somos confrontados com os números alarmantes de casos de infecção pelo VIH. Actualmente, existem já mais de 42 milhões de pessoas infectadas em todo o Mundo. Em Portugal, nos últimos 20 anos foram notificados mais de 22 mil casos de VIH/sida, mas estimativas apontam para a existência de 30 a 50 mil. Metade dos casos registados, nos últimos anos, foram causados pelo uso de drogas injectáveis, mas tem-se verificado um aumento preocupante da transmissão por via sexual, entre os heterossexuais. A sida é, hoje em dia, um problema de todos, até porque não existem ainda medicamentos capazes de curá-la, nem vacinas para preveni-la. A única forma de evitar a infecção pelo VIH é mesmo... não ter comportamentos de risco. Estar bem informado é o primeiro de vários passos a seguir. O nosso estudo demonstra que, mesmo no campo da informação, ainda há muito a fazer. O abrandamento das (boas) campanhas de prevenção, os medicamentos actuais, que impedem a sida de matar tão depressa, e a confiança excessiva no aparecimento de uma vacina contra a sida terão contribuído para o relaxamento de atitudes preventivas entre os portugueses. Ataque à imunidade A sigla sida significa síndroma de imunodeficiência adquirida. Na origem da doença está o VIH (Vírus de Imunodeficiência Humana). Este ataca as defesas do nosso organismo, destruindo um certo tipo de glóbulos brancos, os linfócitos ou células T. Com a diminuição destas células, o organismo vai perdendo a capacidade de combater as ameaças (outros microrganimos nocivos). No momento em que a imunidade se encontra seriamente afectada pelo VIH e a pessoa começa a ter problemas de saúde que em condições normais não existiriam, diz-se que sofre de sida. Neste caso, se não houver um tratamento específico, fica a porta aberta para a entrada de diversas doenças, que ameaçam a própria vida do paciente. MAIS DE 10 MIL RESPOSTAS! O objectivo do presente estudo foi verificar que informações dispõem os cidadãos de quatro países europeus sobre o VIH e a sida (Portugal, Bélgica, Espanha e Itália) e que tipo de comportamento preventivo adoptam. Recolhemos questionários válidos, entre os quais 3045 portugueses. Procurámos ainda saber o que se faz nas escolas ao nível da informação e prevenção da sida. Para tal, enviámos um questionário a 1728 estabelecimentos de ensino do 3.º Ciclo, Secundário e Profissional. No total, 788 direcções das escolas responderam ao nosso pedido de informação (ver caixa VIH e sida na escola). 13
2 Como se transmite o VIH? O vírus aloja-se nos fluidos corporais, mas em quantidades diferentes. A saliva, por exemplo, contém quantidades ínfimas, pelo que não é considerada um meio ideal de transmissão do VIH. Em contrapartida, a concentração do vírus é elevada no sangue, esperma, secreções vaginais e leite materno da pessoa seropositiva. A contaminação ocorre quando o vírus entra em contacto com o sangue da pessoa não seropositiva. Assim sendo, existem vários comportamentos de risco. Contacto sexual. A principal causa da transmissão do vírus é a relação sexual desprotegida (por exemplo, sem usar o preservativo). Podem estar na origem da contaminação tanto relações vaginais, como orais e anais. O risco de contágio é menor durante o sexo oral (em relação às outras duas práticas), mas não é nulo. Televisão Jornais Revistas Escola Revistas científicas Internet Padres e outros religiosos Partilha de seringas. A infecção por VIH ocorre também aquando da utilização de seringas infectadas, o que acontece entre toxicodependentes. De mãe para filho. Uma grávida seropositiva, isto é infectada pelo VIH, pode transmitir o vírus ao feto (o risco pode ser reduzido com medicamentos). A contaminação do bebé pode, ONDE OBTEVE INFORMAÇÃO SOBRE A SIDA? 5% 16% 39% 38% 59% 58% igualmente, ocorrer durante o parto ou aquando do aleitamento materno. Por isso, a grávida e o companheiro devem fazer o teste da sida e os partos de mães seropositivas são rodeados de grandes precauções. É também aconselhável alimentar a criança com leite artificial. Transfusões sanguíneas. Em Portugal, o sangue destinado a transfusões é 91% Ideia errada O consumo excessivo de bebidas alcoólicas não aumenta os comportamentos de risco. Usar dois preservativos é mais seguro do que usar apenas um. Uma mãe seropositiva pode amamentar o seu filho, sem risco de transmissão do VIH. Não é possível ficar infectado com VIH ao beijar, na boca (com troca de saliva), alguém infectado. A presença de outras doenças sexualmente transmissíveis no parceiro seropositivo não aumenta o risco de contrair VIH. O VIH/sida pode ser transmitido por hereditariedade genética O consumo de drogas, como cocaína, marijuana, etc., não favorece os comportamentos de risco. O contágio é possível através da picada de um insecto. Não é possível contrair VIH, sendo acidentalmente ferido no dentista. O diafragma e o dispositivo intra-uterino (DIU), métodos utilizados na prevenção da gravidez, também protegem contra o VIH. Não é possível ficar infectado quando se é acidentalmente ferido no cabeleireiro ou no barbeiro. Pode contrair-se VIH ao sentar-se numa sanita de uma casa de banho pública. QUESTÕES SOBRE SIDA: DO MITO À REALIDADE Verdade científica O consumo excessivo de álcool conduz a uma perda de controlo da pessoa sobre si mesma, facilitando o esquecimento das precauções contra sida. A utilização de dois preservativos leva a que haja fricção entre eles, o que pode favorecer a ruptura. O leite materno é um dos fluidos biológicos que pode transmitir o VIH. A saliva não é um meio ideal para a transmissão do vírus. Por isso, o beijo na boca só se torna perigoso quando há o risco de trocas de sangue com a pessoa infectada. Pode acontecer, por exemplo, quando existem feridas na boca. Em síntese: a possibilidade de transmissão por esta via é remota, mas existe. Um beijo na face não implica riscos. O risco de contrair VIH aumenta, não só neste caso, mas também quando o parceiro não seropositivo sofre de uma doença sexualmente transmissível. Trata-se de uma velha crença sem qualquer fundamento. O VIH não se transmite por via hereditária. O consumo de drogas diminui o controlo da pessoa sobre si própria e, consequentemente, favorece os comportamentos de risco. O vírus não sobrevive nos insectos, pelo que estes não são um meio de transmissão do vírus. O risco só existe se os instrumentos utilizados pelo dentista não estiverem devidamente esterilizados, permitindo a sobrevivência do vírus. Muitos médicos já utilizam material descartável, pelo que a eventualidade do contágio é rara. Além do preservativo, nenhum dos métodos contraceptivos protege contra o VIH/sida. Existe essa possibilidade, se o material de corte (tesoura, lâmina) não for novo ou não estiver devidamente esterilizado. O risco é inexistente, porque o vírus não sobrevive fora de um líquido biológico (sangue, sémen, leite materno, etc.). Inquiridos que erraram ou não sabiam 33% 26% 24% 23% 47% 44% 57% 55% 71% 70% 68% 79% 14
3 sempre testado, para garantir a inexistência de VIH e outros microrganismos perigosos. Assim, o risco de ser contaminado durante uma transfusão de sangue é, hoje em dia, praticamente inexistente. VIH demora a manifestar-se Uma análise ao sangue permite verificar se a pessoa é ou não portadora do vírus VIH, através da presença de anticorpos (defesas naturais) contra este vírus. Se o teste acusar anticorpos, realiza-se um segundo teste para confirmar a situação. Se os resultados se confirmarem, diz-se que a pessoa é seropositiva. Tal não significa, no entanto, que desenvolva a sida, pelo menos imediatamente. Em geral, esta doença declara-se vários anos após a contaminação. Mas durante o período de ausência de sintomas, o vírus continua a multiplicar-se. Além disso, todos os seropositivos podem transmitir o vírus pelas vias atrás descritas. Quando fazer o teste? Após um comportamento de risco, convém ir ao médico. O teste só permite detectar a presença do vírus entre 3 a 6 meses após o contágio. No entanto, durante este meio ano, se a pessoa estiver infectada, pode contaminar outras. Por isso, é importante que tome todas as precauções. Ainda incurável... A sida ainda não tem cura. Nos últimos tempos, tem sido possível tornar mais lenta a sua evolução, graças a uma combinação de medicamentos. Trata-se, no entanto, de um tratamento difícil e com importantes efeitos secundários. Por estar grávida Exames de rotina Para exercer a minha profissão (1) PORQUE FEZ O TESTE DO VIH? 17% Como é óbvio, a pesquisa não pára, procurando-se sempre novos medicamentos, que apresentem maior eficácia. Os esforços para encontrar uma vacina que confira protecção contra as várias formas do vírus VIH não têm sido frutíferos. Seja como for, recentemente, os investigadores constataram que alguns portadores do vírus VIH (cerca de 2%) não desenvolvem a doença, porque têm um gene que impede a multiplicação dos vírus no organismo. Estas pessoas podem transmitir o vírus a outros durante toda a sua vida, sem nunca ficarem doentes. Feita esta brevíssima incursão pelo mundo do VIH/sida, vejamos o que disseram os nossos inquiridos. Fontes de (des)informação Em Portugal, o VIH e a sida já foram alvo de diversas campanhas de prevenção, objecto de discussão em programas de televisão e rádio, artigos de jornal, etc. Podemos mesmo dizer que informação sobre o assunto não tem faltado. No entanto, os resultados do nosso inquérito demonstram que ainda são necessários alguns esforços. Comunicação social à frente Os meios de comunicação social, com especial destaque para a televisão, são as principais fontes de informação sobre o VIH/sida nos quatro países em que realizámos o inquérito. Em Portugal, mais de 90% dos inquiridos referiram ter obtido informações em programas televisivos. Os amigos, familiares e 33% 50% UTILIZA MEIOS DE PREVENÇÃO CONTRA SIDA? 53% 16% 7% profissionais de saúde também são referidos, mas por uma pequena percentagem dos inquiridos. Assim, podemos concluir que a transmissão de conhecimentos se faz, maioritariamente, por via indirecta, o que deixa o caminho aberto para interpretações livres. Lacunas perigosas Há questões, no entanto, sobre as quais os nossos inquiridos têm ideias erradas ou que levantam dúvidas. Algumas destas situações podem levar a comportamentos de risco ou, mesmo, à discriminação dos seropositivos. É necessário, por isso, que as campanhas de informação incidam mais sobre estas questões mais duvidosas. No quadro da página 14, desmontamos uma série de ideias erradas que ainda permanecem na cabeça de muitos. PRESERVATIVO ESSENCIAL O preservativo continua a ser um meio de prevenção indispensável contra a sida e outras doenças sexualmente transmissíveis. Em especial, quando se troca de parceiro e/ou se tem relações sexuais com um parceiro ocasional ou ainda se mantêm relações com mais do que uma pessoa. Para mais informações sobre preservativos, pode consultar a TESTE SAÚDE n.º 40, de Novembro de Sempre Com frequência De vez em quando Raramente Nunca Por curiosidade Para dar sangue Por causa de uma cirurgia 15% 14% 13% Foi-me aconselhado pelo médico Para contratar um seguro de vida 10% Para contrair um empréstimo 8% (1) Por exemplo, profissionais de saúde. 15
4 Da teoria à prática É fundamental que os cidadãos tenham informação sobre a sida. Contudo, estes conhecimentos de nada servem, se não se adoptarem medidas preventivas, nomeadamente a utilização de preservativo durante as relações sexuais. De acordo com as respostas dos nossos inquiridos, os comportamentos de risco não são, de forma alguma, excepcionais, mesmo entre as pessoas que mudam com frequência de parceiro sexual. Prevenir, mas pouco Perguntámos aos nossos inquiridos com que frequência usavam meios de prevenção da sida durante as relações sexuais. Mais de metade dos portugueses afirmou nunca praticar sexo protegido e apenas 16% refere fazê-lo sempre. Se nos centrarmos apenas no preservativo masculino, o meio de prevenção mais utilizado, verificamos que cerca de 42% dos homens portugueses nunca o usa! Felizmente, o nosso estudo demonstra que as precauções aumentam à medida que aumenta o número de parceiros sexuais: as pessoas que têm mais do que um parceiro sexual são mais cuidadosas a este nível. Os homossexuais e os bissexuais parecem também mais precavidos do que os heterossexuais. com a outra pessoa, o que para os portugueses nem será muito difícil, já que a maioria (82%) diz não ter problemas em falar sobre sida com o parceiro. Estudos demonstram que o preço dos preservativos pode ser um factor dissuasor do seu uso. Os resultados do nosso inquérito vão no mesmo sentido: cerca de 85% dos inquiridos portugueses consideram os preservativos caros ou muito caros. Além disso, cerca de um quarto das pessoas que responderam ao nosso inquérito confessam sentir-se envergonhadas ao comprar preservativos em público! Mais uma barreira ao comportamento saudável, que é importante combater. No último ano, a maioria dos inquiridos não alterou os seus hábitos na utilização de preservativos. Houve, no entanto, uma percentagem razoável (13%) que passou a usar mais frequentemente este meio de prevenção. O aumento do número de parceiros, a mudança de parceiro e o Espanha Portugal Bélgica Itália ESCOLAS: QUANTAS DISTRIBUEM PRESERVATIVOS GRATUITOS 6% 1% 9% 26% ONDE FEZ 0 ÚLTIMO TESTE DO VIH? Hospital Consultório médico privado Laboratórios, clínicas privadas etc. Centro de doação de sangue Centro de rastreio do VIH 5% 14% 22% 25% facto de terem sido aconselhados a fazê-lo foram as principais razões apresentadas para alterar o comportamento. Já fez o teste? J Cerca de 44% dos portugueses afirmaram já ter feito, pelo menos uma vez, o teste do VIH. Porquê? No caso das mulheres, a razão mais apontada foi a gravidez. Do total de inquiridos, cerca de um terço referiu que o teste fez parte de um exame de rotina. J E depois do teste? Quase todos referiram que os resultados foram negativos. Talvez por isso, a maioria continua a arriscar na "roleta russa": não alterou os hábitos de vida ao nível da actividade sexual, do consumo de álcool e drogas. Assim, o aconselhamento antes e depois do teste assume uma importância crucial. Dos inquiridos que, através do 32% Fiel ao preservativo? Cerca de 45% dos inquiridos declararam já ter usado o preservativo, pelo menos, uma vez, o que significa que mais de metade nunca recorreu a este meio de prevenção. Embora a frequência de uso aumente no caso dos que têm mais de um parceiro sexual, mesmo entre estes, ainda há quem refira nunca utilizar. Dos inquiridos que já usaram preservativos, mais de metade sente-se pouco à vontade com os mesmos, o que poderá influenciar a decisão de deixar de usar. Cerca de 40% referiu também que é difícil encontrar um parceiro que pratique sexo seguro e a mesma percentagem afirmou ter receio de que o seu parceiro não tenha prazer aquando da utilização do preservativo. Para as últimas duas questões, nada melhor do que ter uma conversa franca VIH E SIDA NA ESCOLA Quisemos saber se os estabelecimentos escolares do 3.º ciclo, ensino secundário e ensino profissional incluíram, no ano lectivo de 2002/2003, conteúdos sobre o VIH/sida e como é que esta matéria é passada aos alunos. Recebemos respostas de 788 escolas (174 privadas) e concluímos que ainda há escolas (55, no total), sobretudo privadas, que não falam sobre esta temática com os alunos. É lamentável que assim seja, porque os comportamentos saudáveis adquirem-se mais facilmente na juventude e a escola tem um papel fundamental na educação. Das escolas que incluem conteúdos sobre VIH e a sida, algumas fazem-no em programas de formação específicos, outras falam do assunto no âmbito da educação sexual ou de temas relacionados com a saúde. O contexto em que se passa a informação pouco importa, se os professores estiverem preparados para fazê-lo ou convidarem alguém com competências para o efeito (o que, segundo as escolas, acontece, na maioria dos casos). Quanto ao tempo dispensado ao tema, cada aluno recebe, em média, 7 horas de formação, o que é suficiente, se a escola revelar abertura para abordar o tema. Por fim, é de referir que há poucas escolas portuguesas a distribuir preservativos aos alunos como parte de campanhas de prevenção... Em Espanha, esta prática está mais difundida. 16
5 teste, ficaram a saber que eram seropositivos (18 pessoas, nos quatro países), 5 declararam também não ter alterado os seus hábitos de vida! Ora, a ausência de precauções por parte dos infectados contribui muito para a propagação do vírus. Além disso, se estes tiverem relações sexuais com outros seropositivos, aumentam a sua própria carga viral, o que leva a um agravamento mais rápido da sua saúde. J A assistência, aconselhamento e informação aos pacientes antes do teste e na altura de receber os resultados do mesmo são muito importantes, até porque a pessoa pode encontrar-se psicológica e emocionalmente perturbada. De acordo com os inquiridos, este aspecto precisa de ser bastante melhorado: numa pontuação entre 1 (péssimo) e 10 (excelente), o aconselhamento e o apoio psicológico recebeu nota inferior a 5! J Onde fazer o teste? Outro dado preocupante: dos inquiridos que nunca fizeram o teste, 21% referiu não saber onde dirigir-se para o efeito. Dos quatro países em estudo, Portugal foi o que revelou maior desconhecimento neste domínio! Dos que efectuaram o teste, apenas 5% recorreu aos Centros de Aconselhamento e Detecção da Sida, que são específicos para o VIH, gratuitos e existem de Norte a Sul do país. Uma maior divulgação destes centros não faria mal a ninguém. Mais prevenção O nosso inquérito demonstra que ainda existem muitas ideias erradas na cabeça dos portugueses quanto ao VIH/sida. As pessoas que adoptam mais Doenças sexualmente transmissíveis Consumo de drogas Parceiros sexuais ocasionais Homossexualidade Consumo de álcool Relações sexuais de diferentes tipos ALGUNS CONTACTOS ÚTEIS J Linha SIDA: (chamada gratuita). Além de outras informações, pode obter, nesta linha, o contacto do Centro de Aconselhamento e Detecção da Sida mais perto de si, que faz o teste do VIH gratuitamente. J SOS SIDA: (chamada gratuita). J Abraço - Associação de Apoio a Pessoas com VIH/SIDA: J Sexualidade em linha: (custo de uma chamada local). J ADDEPOS - Associação dos Direitos e Deveres dos Positivos Portadores do Vírus da Sida: J Brilhar - Associação Portuguesa de Seropositivos: J Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA: J Fundação Portuguesa A Comunidade Contra a SIDA: J Liga Portuguesa Contra a SIDA: J Fundação Nossa Senhora do Bom Sucesso: J GADS - Gabinete de Apoio a Doentes com Sida: J POSITIVO - grupo de apoio e auto-ajuda: J SOL - Associação de Apoio a Crianças Infectadas pelo VIH/Sida e Famílias: comportamentos de risco, ou seja, as que não têm uma relação estável e/ou se relacionam com mais do que um parceiro, não demonstraram maiores conhecimentos sobre a doença. Quanto à utilização do preservativo, ainda é ignorado por muita gente, em situações em que o seu uso seria imprescindível. Enquanto houver pessoas que ignorem a forma de transmissão do vírus, os comportamentos de risco e não utilizem os meios de prevenção, é preciso que o Estado, através da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, com o apoio das várias organizações que têm desenvolvido trabalho neste domínio, insista em campanhas sistemáticas de informação, tendo em especial atenção os mais carentes neste domínio. Além disso, é necessário saber porque é que as pessoas informadas não usam os meios de prevenção e convencê-las a fazê-lo. TEMAS FOCADOS NOS PROGRAMAS: DAS 788 ESCOLAS QUE NOS RESPONDERAM... 48% 58% 56% 72% 78% 84% A comunicação social é um meio de divulgação importante, mas é preciso encontrar outras formas de levar as populações a tomarem consciência do risco e a adoptarem comportamentos seguros. Para tal, podem ser aproveitadas as estruturas mais perto das populações (centros de saúde, grupos de intervenção locais, escolas, etc.). O preço dos preservativos, de acordo com os resultados do nosso inquérito, parece ser um factor limitativo do seu uso, pelo menos para alguns grupos da população. Por isso, é fundamental encontrar formas de reduzir os custos dos mesmos e melhorar (ou aumentar) as vias de distribuição gratuita, sobretudo junto de quem tem menos possibilidade de adquiri- -los, nomeadamente os adolescentes. Quanto aos consumidores, sobretudo os que adoptam comportamentos de risco, é fundamental que tomem consciência de que a sida não acontece só aos outros e, como tal, devem tomar todas as precauções para evitar o contágio. Além disso, é importante que o VIH/sida entre nas discussões familiares. Todos temos obrigação de contribuir para limitar o preocupante aumento da infecção por VIH, quanto mais não seja tentando influenciar as pessoas mais próximas. A sida ainda não tem cura e a sua prevenção está na mão de todos e de cada um de nós. 17
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