Métodos Físicos de Análise - ESPECTROMETRIA DE MASSAS. Métodos Físicos de Análise. Métodos Físicos de Análise

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Métodos Físicos de Análise - ESPECTROMETRIA DE MASSAS. Métodos Físicos de Análise. Métodos Físicos de Análise"

Transcrição

1 - ESPECTROMETRIA DE MASSAS Prof. Dr. Leonardo Lucchetti Mestre e Doutor em Ciências Química de Produtos Naturais NPPN/UFRJ Depto. de Química de Produtos Naturais Farmanguinhos Fiocruz Docente do Programa de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde Fiocruz Docente do Curso de Mestrado Profissional em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica Farmanguinhos Fiocruz Princípio da EM: elementos diferentes podem ser identificados por suas massas O que é a espectrometria de massas? Ferramenta analítica utilizada para medir o peso molecular de uma amostra e obter informação qualitativa estrutural e quantitativa São necessárias apenas concentrações picomolares Acurácia de 0.01% do peso total da amostra e 5ppm para moléculas orgânicas pequenas Para um peso de 40 kda, um erro de 4 Da Útil na determinação de fragmentos de amostras e no sequenciamento de biomoléculas e na identificação de substâncias específicas em misturas complexas 1

2 AULA Métodos 3 Físicos de Análise ESPECTROMETRIA DE MASSAS Espectrometria de massas Visão geral Espetrometria de massas é a geração, separação e caracterização de ions em fase gasosa de acordo com suas massas relativas em função da carga Previamente, o requerimento era que a amostra fosse passível de vaporização (limitação semelhante à CG), porém técnicas de ionização modernas permitem o estudo de moléculas não voláteis (como proteínas e nucleotídeos) A técnica é uma poderosa ferramenta qualitativa e quantitativa; as análises de rotina são realizadas em escala de femtogramas (10-15 g) level, podendo chegar até zeptomoles (10-21 mol) para proteínas Dentre todas as técnicas de espectroscopia orgânica, é usada para os mais diferentes fins: metalurgia, biologia molecular, semicondutores, geologia, arqueologia etc mais que nenhuma outra Encontrar um caminho para carregar um átomo ou molécula (ionização) Colocar o átomo ou molécula em um campo magnético ou submeter a um campo elétrico e medir sua velocidade ou raio de curvatura relativamente à sua razão massa-carga Espectro de massas típico Caracterizado por sinais finos Eixo x indica a razão m/z para os ions (para aqueles com carga simples, corresponde à massa do ion) Altura do sinal indica a abundância relativa de do ion (não confiável para quantificação) Intensidade do sinal indica a capacidade do ion de ser dessorvido ou voar (alguns voam melhor que outros) 2

3 Espectro de massas Usos da espectrometria de massas Descoberta de isótopos Determinação de pesos moleculares Caracterização de novos elementos Análises quantitativas (metabólitos) Identificação de sequências Marcação isotópica Identificação de elementos-traço, poluentes e drogas Limitações As substâncias não podem ser caracterizadas se as amostras não estiverem limpas A técnica não tem grande condição de garantir análise seletiva e sensível de misturas complexas Para moléculas grandes, os espectros são bastante complexos e de difícil interpretação 3

4 Princípios da EM: o espectrômetro amostra _ ionizador analisador de massas detector Como funciona um espectrômetro? 3 partes fundamentais: a fonte de ionização, o analisador e o detector Separação no analisador de acordo com a razão massa/carga (m/z) Detecção dos ions separados e suas abundâncias relativas Sinais enviados ao sistema de dados e formatados num espectro m/z O espectrômetro de massas (esquema geral) Geração de ions as moléculas da amostra são submetidas à fontes que convertem parte delas a ions Separação de ions à medida em que são aceleradas em um campo elétrico, são separadas de acordo com suas razões massacarga (m/z) Detecção de ions à medida em que cada população separada de ions é gerada, o instrumento precisa qualificá-las e quantificá-las As diferenças nos modelos de espectrômetros baseiam-se nas formas diferentes de realizar estas três funções 4

5 Esquema de um espectrômetro ALTO ALTO VÁCUO VÁCUO BOMBAS ENTRADA Inlet DA AMOSTRA FONTE Ion DE Source IONS Mass FILTRO Filter DE MASSAS Detector DETECTOR SISTEMA Data DE System DADOS Sample Inlet de Plate gás Target Probe de HPLC sólidos GC Solids CG probe CLAE MALDI ESI IonSpray FAB LSIMS EI/CI TOF Quadrupolo Ion Trap Setor magnético FTMS Placa de microcanais Multiplicador de eletrons PC Introdução da amostra Inlet de gás Probe de sólidos CG CLAE Cromatógrafo de líquido supercrítico Eletroforese capilar GC-MS (CG-EM) Cromatografia com fase gasosa acoplada à espectrometria de massas separa componentes voláteis na coluna e identifica por massas LC-MS (CL-EM)- Cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas separa compostos mais lábeis por CLAE e identifica por massas MS-MS (EM-EM) - Tandem Mass Spectrometry separa fragmentos de compostos por campo magnético e identifica por massas 5

6 Cromatografia com fase gasosa acoplada à espectrometria de massas Configuração mais comum: ionização por impacto de eletrons e filtro de massas quadrupolo Ionização ALTO ALTO VÁCUO VÁCUO BOMBAS ENTRADA Inlet DA AMOSTRA FONTE Ion DE IONS Source Mass FILTRO Filter DE MASSAS Detector DETECTOR SISTEMA Data DE System DADOS Sample Inlet de Plate gás Target Probe de HPLC sólidos GC Solids CG probe CLAE MALDI ESI IonSpray FAB LSIMS EI/CI TOF Quadrupolo Ion Trap Setor magnético FTMS Placa de microcanais Multiplicador de eletrons PC A fonte de ions depende da amostra Amostra sólida Amostra líquida Amostra gasosa transforma em sólido? prepara solução? vaporiza? Propriedades químicas do analito na solução? Propriedades químicas do analito no gás? MALDI ESI CI EI 6

7 Modos de ionização Impacto de eletrons (EI método drástico) Moléculas pequenas ( Daltons): estrutura Ionização química (CI método brando) Moléculas pequenas ( Daltons): ion molecular, grandes fragmentos Fast Atom Bombardment (FAB semi-drástico ) Peptídeos, açúcares (até 6000 Daltons) Eletrospray (ESI semi-drástico ) Peptídeos, proteínas (até Daltons) Matrix Assisted Laser Desorption (MALDI - branda) Peptídeos, proteínas, DNA (até 500kD) Ionização por eletrospray A amostra é dissolvida em tampão polar volátil (sem sais) e bombeado através de um capilar de aço inoxidável (70-150mm) num fluxo de ml/min Alta voltagem (3-4kV) é aplicada no fluxo de gás nebulizado, fazendo com que a amostra também se nebulize (ou se torne um aerossol) O aerossol é direcionado através de regiões de alto vácuo até que as gotículas evaporem até quase o tamanho atômico Pode ser modificada a nanospray com fluxo < 1mL/min Técnica muito sensível: requem menos que um picomol de material Bastante afetada por sais e detergentes Medição via modos positivo ou negativo [(M H) por adição de ácido fórmico ao solvente; (M - H) por adição de amônia ao solvente] Taylor Cone Processo em três etapas 1) Formação da gota 2) Encolhimento da gota 3) Formação de ions gasosos O processo de eletrospray não ioniza as amostras! 7

8 Por que eletrospray? Maioria das amostras são líquidas. CG requer aquecimento da amostra para gerar evaporação Ionização ocorre por impacto de eletrons ou reações químicas Nem todos os analitos são termicamente estáveis Eletrospray foi desenvolvido para garantir uma forma branda de geração de ions gasosos Pode ser facilmente interfaceado com cromatógrafo a líquido Sinais absolutos do eletrospray são mais facilmente reproduzidos garantindo, assim, melhor quantificação Acurácia de massa é considerada melhor Carregamento múltiplo é mais comum que em MALDI MALDI: Matriz Assisted Laser Desorption Ionization Diferente da ESI, MALDI gera espectros que apresentam apenas um ion carregado simples Modo positivo gera ions de (MH) e modo negativo gera ions de (M-H) Geralmente mais robusto que ESI (tolera sais e compostos não voláteis) Maior facilidade de uso e manutenção, capaz de maior escala de trabalho Requer amostra de 10 ml de 1 pmol/ml A amostra é ionizada pelo seu bombardeamento com luz laser A amostra é misturada a uma matriz que absorve no UV (ácido sinapínico para proteínas, ácido 4-hidroxicinâmico para peptídeos, por exemplo) O comprimento de onda iguala ao de máxima absorbância da matriz, fazendo com que ela transfira parte de sua energia ao analito (levando à pulverização dos ions) MALDI O analito é co-depositado com a matriz O laser excita a matriz que, por sua vez, transfere energia para o analito Produz espécies com apenas uma carga Tipicamente usada para biomacromoléculas/polímeros MALDI é comumente combinada com TOF Moléculas da amostra (M) são ionizadas por transferência de protons: XH M MH X 8

9 A matriz Não pode ser volátil (a maioria é sólida em temperatura ambiente) Precisa absorver o comprimento de onda em uso (337nm na maioria dos casos) Preferencialmente solúvel no mesmo solvente da amostra As matrizes são, tipicamente, ácidas: geralmente, um ácido aromático forte que absorve fortemente o laser de N 2 em 335nm e cristaliza Por que MALDI? Menos sensível a sais Menores limites de detecção (na prática) Espectros de interpretação mais fácil (menor número de cargas múltiplas) Rápido e fácil Detecção de massas mais altas Maior rendimento (>1000 amostras por hora) Impacto de eletrons Amostra de interesse é vaporizada no equipamento A energia suficiente para ionização e fragmentação das moléculas do analito é adquirida pela interação com eletrons provenientes de filamento aquecido 70 ev são comumente usados A fonte de eletrons é um fio fino de rênio aquecido eletricamente a uma temperatura na qual emite eletrons livres 9

10 Impacto de eletrons Amostra introduzida no instrumento por aquecimento, até a evaporação A amostra em fase gasosa é bombardeada com eletrons provenientes de filamentos de rênio ou tungstênio (70 ev) A molécula é estilhaçada em fragmentos (70 ev >> 5 ev ligações) Os fragmentos são enviados ao analisador de massas Impacto de eletrons Uma partícula carregada passando por um campo magnético é defletida através de uma trajetória circular, com um raio proporcional à sua relação massa/carga. Num espectrômetro de impacto de eletrons, um feixe de eletrons de alta energia é usado para deslocar um eletron da molécula orgânica para formar um cation radical, conhecido como ion molecular. Se ele for instável, pode ser então fragmentado em outros ions menores. A coleção de ions é então focalizada em um feixe e acelerada para o campo magnético e defletida nas trajetórias circulares de acordo com as massas dos ions. Ao ajustar o campo magnético, os ions podem ser focalizados no detector e registrados Impacto de eletrons e- M e- e- M (g) e - M (g) 2e - M (g) A f rag 1 (g) Bf rag 2 (g) 10

11 Impacto de eletrons Exemplo: fragmentação por IE de CH 3 OH CH 3 OH CH 3 OH CH 3 OH CH 2 O=H H CH 3 OH CH 3 OH CH 2 O=H CHO=H H Impacto de eletrons EM/IE CH 3 OH Molecular ion Quebra da molécula de maneiras previsíveis 11

12 Impacto de eletrons Espectro de massas gerado por impacto de elétrons: formação dos fragmentos Exemplo: Formação do m/z = 57. Exemplo: Formação do m/z = 43 (íon base= 100%). EXEMPLO: cocaína por EI Fragmentação extensa Ion molecular é fraco em m/z

13 Algumas considerações... Espectrômetros comerciais detectam íons com carga positiva (M ou M.) Em rotina, os aparelhos não detectam grupos neutros e nem os carregados negativamente (exigem outras condições). Ao sofrer um impacto de 70eV, a substância perde um elétron e fica instável, o que ocasiona a perda de fragmentos até uma maior estabilidade. A análise dos fragmentos gerados permite inferir sobre a estrutura. Grande parte das substâncias gera íons moleculares estáveis, o que permite o conhecimento do peso molecular. Quanto maior for a capacidade de uma molécula em estabilizar o produto formado a partir do impacto com 70eV, maior será a chance deste chegar ao detector e ser identificado. Nem todas as substâncias podem ser analisadas com a técnica de impacto de elétrons, já que não se ionizam com esta energia ou não podem ser volatilizadas na câmara de ionização ou geram produtos muito instáveis para serem analisados. Assim, existem outras técnicas para transferir energia para a substância para que esta possa se ionizar, como a ionização química. Ionização química Usada para confirmar o peso molecular Reconhecida como uma técnica de ionização branda Difere do impacto pois, alternativamente, as moléculas são ionizadas por interação ou colisão com ions do gás reagente mais do que com eletrons Os gases reagentes mais comumente usados são metano, isobutano e amônia O gás reagente é bombeado diretamente na câmara de ionização e os eletrons do filamento o ionizam Ionização química 1º - ionização eletrônica do CH 4 : CH 4 e - CH 4 2e - Formas fragmentadas: CH 3, CH 2, CH 2º - reações ion-molécula criam ions reagentes estáveis: CH 4 CH 4 CH 3 CH 5 CH 3 CH 4 H 2 C 2 H 5 CH 5 e C 2 H 5 são os ions reagentes dominantes do metano 13

14 Ionização química Forma ions pseudomoleculares (M1) CH 5 M CH 4 MH Ions M1 podem gerar fragmentações posteriores para produzir um espectro complexo Forma adutos C 2 H 5 M [M C 2 H 5 ] (aduto M29) C 3 H 5 M [M C 3 H 5 ] (aduto M41) Ion molecular por transferência de carga CH 4 M M CH 4 Abstração de hidreto (M-1) C 3 H 5 M C 3 H 6 [M-H] EXEMPLO: cocaína por CI Fragmentação limitada Ion molecular é fraco em m/z 303 Ionização em fase gasosa EI e CI são técnicas de ionização em fase gasosa Amostra é aquecida para volatilizar A molécula deve ter peso molecular baixo e polaridade suficientes para que: T vap < T termodecomp 14

15 Ions reagentes do metano (CI) Ions em m/z 17, 29 e 41 são originários do metano; H 3O também se forma pelo vapor d água no sistema de vácuo Cocaína (CI metano) Ions pseudomolecular e fragmentos Cocaína (CI isobutano) Menor fragmentação 15

16 Métodos de ionização (resumo) Quando usar EI e CI? EI Quando é necessário o fingerprint para identificação por comparação em bases de dados Análise de traços Forense Ambiental Desconhecidos totais (ex. produtos naturais) Homologia de fragmentação em uma série (ex. produtos naturais) CI Quando é necessária a identificação confiável do ion molecular LC-MS Acompanhamento de uma rota sintética, identificação de impurezas Amostras biológicas ou outras frágeis ou sensíveis à decomposição (ex. drogas e metabólitos) Minimizar a fragmentação, ganhando maior intensidade no ion molecular 16

17 Filtros de massa/analisadores/separadores de ions ALTO ALTO VÁCUO VÁCUO BOMBAS ENTRADA Inlet DA AMOSTRA FONTE Ion DE IONS Source Mass FILTRO Filter DE MASSAS Detector DETECTOR SISTEMA Data DE System DADOS Sample Inlet de Plate gás Target Probe de HPLC sólidos GC Solids CG probe CLAE MALDI ESI IonSpray FAB LSIMS EI/CI TOF Quadrupolo Ion Trap Setor magnético FTMS Placa de microcanais Multiplicador de eletrons PC Modo positivo ou negativo? Se a amostra contém grupos funcionais que sejam bons aceptores H (como amida e grupos amino presentes em peptídeos e proteínas) então a detecção positiva é usada Se a amostra apresenta grupos funcionais que percam protons facilmente (como ácidos carboxílicos e hidroxilas, como as encontradas em ácidos nucleicos ou açúcares), então a detecção negativa é usada 17

18 Analisadores de massas Setor magnético (MSA) Alta resolução, massa exata (é o analisador original) Quadrupolo (Q) Baixa resolução (1 u.m.a.), rápido, barato Tempo-de-voo (Time-of-Flight - TOF) Sem limite de m/z, alto rendimento Ion Trap Boa resolução, analisador all-in-one Ion Cyclotron Resonance (FT-ICR) Mais alta resolução, massa exata, caro Tempo-de-voo (TOF, TOF-MALDI) Mede o tempo requerido para os ions voarem pela extensão da câmara Comumente combinado com MALDI Tandem MS - MS/MS - MS n Separação e identificação de componentes em misturas complexas Induz fragmentação e analisa os fragmentos Usa dois ou mais analisadores/filtros separados por uma célula de colisão Diferentes configurações de MS-MS Quadrupolo - quadrupolo (baixa energia) Setor magnético - quadrupolo (alta energia) Quadrupolo - tempo-de-voo (baixa energia) Tempo-de-voo tempo-de-voo (baixa energia) LC/LC-MS/MS-Tandem LC, Tandem MS 18

19 Tandem Mass Spectrometry (MS/MS) A ideia é fragmentar ions a partir de ions-pai para obter informação estrutural sobre uma molécula Permite ainda separação de massa e identificação em misturas complexas Usa dois ou mais analisadores/filtros separados por uma célula de colisão preenchida com argônio ou xenônio A célula de colusão é onde os ions selecionados são direcionados para posterior fragmentação Tandem Mass Spectrometry (MS/MS) O primeiro (MS1) é usado para SELECIONAR, nos ions primários, aquele(s) com um valor de m/z para passar na região de fragmentação. O ion selecionado é o ion-pai e pode ser o ion molecular resultante da fragmentação primária. A DISSOCIAÇÃO ocorre na região de fragmentação. Os ions filhos são analisados num segundo espectrômetro (MS2). Na verdade, o MS1 pode ser visto como fonte de ions para MS2. MS1 MS2 Por que Tandem Mass Spectrometry (MS/MS)? Identificação de desconhecidos Potencialmente dois compostos de interesse têm a mesma massa (e o mesmo tempo de retenção) Melhorias quantitativas (redução do ruído) 19

20 Setor magnético Setor magnético Setor magnético 20

21 Quadrupolo Quadrupolo Consiste de quatro hastes metálicas paralelas com diferentes cargas Duas hastes opostas apresentam potencial positivo e as outras duas apresentam potencial negativo As voltagens aplicadas afetam a trajetória dos ions que migram ao longo do trajeto de voo Para determinadas voltagens de correntes alternada ou contínua, somente ions com razões massa-carga específicas passam pelo quadrupolo e todos os demais ions são ejetados de sua trajetória original Quadrupolo Quatro magnetos hiperbólicos em seção cruzada, são arranjados; em um par é aplicada corrente alternada; no outro, aplica-se corrente contínua Somente um ion em particular consegue ressonar adequadamente e atingir o detector A vantagem é o tamanho compacto do instrumento cada haste tem o tamanho aproximada de uma caneta esferográfica 21

22 Quadrupolo Quadrupolos 22

23 Quadrupolo O tamanho compacto e a velocidade destes instrumentos propiciam que eles sejam eficientes e poderosos como detectores para CG: uma vez que os compostos já se encontram vaporizados, somente o gás carreador precisa ser eliminar para que o processo ocorra Pequeno: as moléculas são facilmente defletidas de suas trajetórias e são ejetadas pelo vácuo; os ions mais pesados, como maiores momenta, tendem a permanecer no centro do jato e são enviados ao detector interface GC-MS: uma bomba é usada para evacuar a interface Quadrupolo Tempo-de-voo (TOF) 23

24 Tempo-de-voo (TOF) Tempo-de-voo (TOF) Tempo-de-voo (TOF) 24

25 TOF Ion Trap São dispositivos que fazem uso de campos de quadrupolos tridimensionais para capturar e analisar as massas dos ions com bom poder de resolução Ion Trap 25

26 Ion traps ION TRAPS x QUADRUPOLOS Separação de massa no tempo Separação de massa no espaço Alta sensibilidade varredura total Estágios múltiplos de detecção de massas (MSn) Alta resolução Baixa sensibilidade varredura total Não há estágios múltiplos Perda da varredura de espécies neutras FT-Ion Cyclotron 26

27 Ion cyclotron resonance - FT Usa um magneto poderoso (5-10 Tesla) para criar um ciclotron em miniatura Abordagem por FT permite a determinação simultâne de muitas massas de ions - EFICIÊNCIA Apresenta resolução mais alta que qualquer outro analisador de massas disponível 27

28 Espectrômetro de massas Espectrômetro de massas Detecção ALTO VÁCUO ALTO VÁCUO BOMBAS ENTRADA Inlet DA AMOSTRA FONTE Ion DE IONS Source Mass FILTRO Filter DE MASSAS Detector DETECTOR SISTEMA Data DE System DADOS Sample Inlet de Plate gás Target Probe de HPLC sólidos GC Solids CG probe CLAE MALDI ESI IonSpray FAB LSIMS EI/CI TOF Quadrupolo Ion Trap Setor magnético FTMS Placa de microcanais Multiplicador de eletrons PC 28

29 Detectores Os primeiros usavam filmes fotográficos Hoje, produzem sinais eletrônicos quando atingidos por ions Mecanismos de tempo integram estes sinais com voltagens em varredura que permitem ao instrumento registrar a m/z que atinge o detector Necessitam de calibragem constante e regular Monitoram a corrente de ions, amplificam e transmitem o sinal para o sistema de dados Mais comuns: Fotomultiplicador Multiplicador eletrônico Placa de microcanais O espectro de massas Apresentação: abundância relativa x razão m/z (massa) o ion mais abundante formado durante a ionização gera o sinal mais alto no espectro = pico-base pico-base, m/z 43 O espectro de massas Todos os demais picos são relativos ao pico-base e expressos como porcentagem Se a molécula perde somente um eletron no processo de ionização, o ion molecular é observado e fornece seu peso molecular designado como M no espectro M, m/e

30 O espectro de massas Na maioria dos casos, quando a molécula perde um eletron de valência, as ligações são quebradas ou o ion formado rapidamente se fragmenta gerando ions de mais baixa energia As massas dos ions carregados são registrados como fragmentos iônicos fragmentos neutros não são registrados! fragmentos O espectro de massas Quando um pico M é observado, ele fornece a massa molecuar considerando que cada átomo se encontra em sua forma isotópica mais abundante Lembrar que o carbono é uma mistura de 98,9% de 12 C, 1,1% de 13 C e menos que 0,1% de 14 C na tabela periódica, a massa de 12,011 é a média Por sua natureza, o espectrômetro de massas vê um sinal de massa 12 como carbono e um pico M1 em 13, que apresentará 1,1% da altura do primeiro Determinação da massa molecular Algumas moléculas são altamente frágeis e os picos M não são observados um método usado para confirmar a presença de um pico M é reduzir a voltagem de ionização ions de energia mais baixa não fragmentam facilmente Três fatos são aplicáveis ao pico do ion molecular: O pico deve corresponder ao ion de massa mais alta no espectro, excluindo os picos de isótopos O ion deve ter número ímpar de eletrons geralmente, um cation radical O ion deve ser capaz de gerar outros fragmentos no espectro pela perda lógica de fragmentos neutros Determinando padrões isotópicos no espectro de massas Espectrômetros de massas são capazes de separar e detectar ions individuais, mesmo que suas diferenças sejam de apenas uma unidade de massa Como resultado, moléculas que contenham isótopos diferentes podem ser distinguidos Isto é mais claro quando átomos tais como bromo ou cloro estão presentes ( 79 Br: 81 Br, intensidade 1:1; 35 Cl: 37 Cl, intensidade 3:1) quando picos em "M" e "M2" puderem ser obtidos A razão das intensidades nos padrões dos isótopos são devidas às abundâncias naturais dos isótopos Picos de "M1 são vistos devido à presença de 13 C na amostra 30

31 Espectro de Massas gerado por impacto de elétrons: presença de M2 em substâncias contendo cloro (M2 1/3 do M) e bromo (M2 = M) EM/IE CH 3 Br Isótopos podem ajudar na identificação de compostos EM x RMN Picos em EM são mais finos que em RMN EM é muito mais sensível (10 4 x) que RMN (está entre as ferramentas analíticas mais sensíveis) Com EM é possível analisar moléculas muito maiores (>50 kd) Amostras para EM são mais difíceis de serem preparadas EM não é propriamente quantitativa Espectrômetros de massas custam um pouco menos que os de RMN 31

32 A regra do nitrogênio Moléculas contendo átomos limitados a C, H, O, N, S, X e P de massa molecular par contêm número par ou não contêm nitrogênio (também se aplica a radicais) serve para confirmar a presença de um ion molecular Não se aplica a cations radicais No caso da ionização química, onde se observa [MH], subtrair de 1 e então aplicar a regra Exemplo: se uma substância não contém nitrogênio e gera um ion em m/z 201, então este pico não pode ser o do ion molecular Se a molécula contém número par de nitrogênios ou não contém este elemento, o ion molecular apresentará relação massa/carga par; por outro lado, se a molécula contém número ímpar de nitrogênios, o ion molecular terá massa ímpar Se a molécula contém cloro ou bromo, cada qual com dois isótopos comuns, a determinação do M pode ser simplificada ou dificultada!... A regra dos 13 e a predição da fórmula 1. Tome o peso do ion e divida por Esta resposta é o n, para (CH) N e qualquer sobra é adicionada como H Ex /13 = 7 com sobra de 1; C 7 H 8 pesa 92. Este é a fórmula candidata Pode-se avaliar outras alternativas que possuam heteroátomos. Para cada membro da lista abaixo, substitua o número indicado de CHs na resposta abaixo Hetero substituição CH substituição Hetero substituição O CH 4 P C 2 H 7 N CH 2 S C 2 H 8 ON C 2 H 6 OS C 4 F CH 7 I C 10 H 7 CH substituição Si C 2 H 4 Cl,Br (usar isótopos) Rearranjo de McLafferty Cations radicais localizados no oxigênio da forma ceto podem ser β-clivados O mecanismo se limita à fragmentação por impacto de eletrons É necessário um H em um carbono γ de hibridação sp 3 Cetonas, ésteres, ácidos carboxílicos geram produtos por este rearranjo H R1 R2 H O O R1 R2 O H 32

33 Clivagem α de C=O : O. : O neutro : O : CH 3 C=O m/z=43 Clivagem α em heteroátomos (O, N) R : O. neutro R : O:. Clivagem heterolítica Rearranjos e fragmentações que geram bons carbocations C H 2 Cation benzílico (estabilizado como tropílio) m/z=91 H C C H C H 2 C H 2 C H 33

34 Aminas -R N R Aminas cíclicas perderão H adjacentes formando ion imínio A clivagem retro Diels-Alder Cicloexenos com estado de transição de 6 membros favorável; pode incluir heteroátomos (N,O) QUESTÕES DE CONCURSOS 34

35 O espectrômetro de massas é um equipamento que fornece dados para a identificação de compostos. Ele pode ser acoplado a um cromatógrafo de modo a permitir a identificação de vários compostos presentes em uma mesma amostra. O espectro de massas é produzido quando: a) a molécula do analito é fragmentada por ação de forças magnéticas; b) a molécula do analito é excitada por um feixe de luz e a luz emitida pela molécula é captada pelo detector; c) a molécula do analito absorve energia proveniente de radiação eletromagnética sofrendo vários tipos de excitação; d) dois protons adjacentes quimicamente diferentes, alinham-se em relação a um campo magnético externo; e) a molécula do analito é bombardeada em fase gasosa por um feixe de elétrons. (PERITO LEGISTA TOXICOLOGIA PF) Ao selecionar o monitoramento seletivo de íons na análise por espectrometria de massas, devemos utilizar algum critério para garantir que estamos identificando corretamente o composto. O critério considerado de maior segurança é quando a identificação pode ser concluída se o analito possuir: a) o íon de maior intensidade do composto padrão de comparação; b) pelo menos 3 íons característicos do composto padrão de comparação; c) o mesmo tempo de retenção no cromatograma, ainda que os íons sejam diferentes do composto padrão de comparação; d) pelo menos 2 íons característicos do composto padrão de comparação; e) pelo menos alguns íons característicos, ainda que ainda que o tempo de retenção no cromatograma seja diferente do composto padrão de comparação. (PERITO LEGISTA TOXICOLOGIA PF) 45 Julgue as afirmações abaixo, sobre a espectrometria de massas: I Um espectro de massa é o registro do que acontece com as moléculas quantos estas são bombardeadas em fase gasosa por um feixe de elétrons, em um instrumento chamado espectrômetro de massas. II As moléculas são destruídas em pedaços. Usualmente é possível deduzir do estudo dos fragmentos a estrutura da molécula original. III Os espectros de massa podem ser também usados para determinar a extensão e localização da incorporação de isótopos. IV Durante a interação entre a molécula e o elétron de alta energia há transferência de energia para a molécula. Uma das maneiras pelas quais as moléculas excitada pode dissipar a energia em excesso é pela ejeção de um elétron, ficando positivamente carregada. V Geralmente a pressão da amostra de espectrômetro e massa não ultrapassa 10-5 mm Hg. Nesta baixa pressão podem ocorrer os fragmentos e rearranjos intramoleculares, mas a probabilidade de ração intermoleculares entre ions ou moléculas neutras é baixa. São verdadeiras: a) I,II,IV e V b) I,II e III c) II,III e V d) Todas as afirmações (PERITO PF 1993 ENG.QUÍMICA/FARMÁCIA/QUÍMICA/C.BIOLÓGICAS/BIOQUÍMICA) 35

Introdução à LC/MS. Introdução

Introdução à LC/MS. Introdução Introdução à LC/MS Introdução n LC provém a separação, em fase líquida, de misturas complexas, porém dificilmente fornece a identificação positiva de componentes individuais. n MS é uma técnica que auxilia

Leia mais

Mary Santiago Silva 16/04/2010

Mary Santiago Silva 16/04/2010 Espectrometria de Massas Prof. Marcelo da Rosa Alexandre Departamento de Química - UFS Introdução Técnica analítica, utilizada para identificar e quantificar compostos conhecidos e elucidar a estrutura

Leia mais

Espectrometria de Massas: Estudo Dirigido

Espectrometria de Massas: Estudo Dirigido 1 Disciplina: Química Orgânica III / 2009.2 Ministrante: Prof. Dr. Sidney Lima 1). O que é um EM e qual a utilidade da EM? Espectrometria de Massas: Estudo Dirigido R = Nos permite determinar a massa molecular

Leia mais

Aula 5 ESPECTROMETRIA DE MASSAS. Elisangela de Andrade Passos

Aula 5 ESPECTROMETRIA DE MASSAS. Elisangela de Andrade Passos Aula 5 ESPECTROMETRIA DE MASSAS META Apresentar a espectrometria de massas molecular; apresentar os espectrômetros de massas; apresentar as fontes de íons; apresentar as aplicações da espectrometria de

Leia mais

Métodos Físicos de Análise - ESPECTROFOTOMETRIA ULTRAVIOLETA / VISÍVEL MÉTODOS FÍSICOS DE ANÁLISE MÉTODOS FÍSICOS DE ANÁLISE

Métodos Físicos de Análise - ESPECTROFOTOMETRIA ULTRAVIOLETA / VISÍVEL MÉTODOS FÍSICOS DE ANÁLISE MÉTODOS FÍSICOS DE ANÁLISE Métodos Físicos de Análise - ESPECTROFOTOMETRIA ULTRAVIOLETA / VISÍVEL Prof. Dr. Leonardo Lucchetti Mestre e Doutor em Ciências Química de Produtos Naturais NPPN/UFRJ Depto. de Química de Produtos Naturais

Leia mais

QFL-5922. Espectrometria de Massa. Luiz Henrique Catalani

QFL-5922. Espectrometria de Massa. Luiz Henrique Catalani QFL-5922 Espectrometria de Massa Luiz Henrique Catalani Data Tópicos 30/03 Espectrometria de massas Técnicas básicas 06/04 Espectrometria de massas Teoria de fragmentação 13/04 Espectrometria de massas

Leia mais

Mestrado em Ensino de Física 13 de outubro de 2009 PHYSICS EDUCATION - 2009

Mestrado em Ensino de Física 13 de outubro de 2009 PHYSICS EDUCATION - 2009 Espectroscopia p de Massa: Um Tópico de Física Contemporânea Com Enfoque para o Ensino Médio Mestrado em Ensino de Física 13 de outubro de 2009 Wilma Machado Soares Santos PHYSICS EDUCATION - 2009 Trazer

Leia mais

Análise Estrutural. José Carlos Marques Departamento de Química Universidade da Madeira

Análise Estrutural. José Carlos Marques Departamento de Química Universidade da Madeira Análise Estrutural José Carlos Marques Departamento de Química Universidade da Madeira Programa Espectroscopia interacção luz /átomos-moléculas Espectroscopia UV-vis transições electrónicas determinação

Leia mais

TÉCNICAS CROMATOGRÁFICAS

TÉCNICAS CROMATOGRÁFICAS TÉCNICAS CROMATOGRÁFICAS Técnicas cromatográficas Termo cromatografia são atribuídos ao botânico Mikhael Tswett, em 1906. Chrom cor Graphe escrever Reed (Inglaterra) e Day (EUA) Petróleo Época Moderna

Leia mais

QO423 Espectrometria d e de M assas Massas

QO423 Espectrometria d e de M assas Massas QO423 Espectrometria de Massas Oqueéamassadeumátomo? um M = 5 1 H (1p, 1e) = 1.0079 2 H (1p, 1n, 1e) = 2.0141 4 He (2p, 2n, 2e) = 4.0026 4 He/ 2 H = 1.98!! Como é um átomo? Como o núcleo não explode?!!

Leia mais

Estes sensores são constituídos por um reservatório, onde num dos lados está localizada uma fonte de raios gama (emissor) e do lado oposto um

Estes sensores são constituídos por um reservatório, onde num dos lados está localizada uma fonte de raios gama (emissor) e do lado oposto um Existem vários instrumentos de medição de nível que se baseiam na tendência que um determinado material tem de reflectir ou absorver radiação. Para medições de nível contínuas, os tipos mais comuns de

Leia mais

Espectrometria de Massas QP422. Prof. Dr. Fábio Cesar Gozzo fabio@iqm.unicamp.br

Espectrometria de Massas QP422. Prof. Dr. Fábio Cesar Gozzo fabio@iqm.unicamp.br Espectrometria de Massas QP422 Prof. Dr. Fábio Cesar Gozzo fabio@iqm.unicamp.br Introdução Espectrometria de massas (MS, do inglês Mass Spectrometry) é o estudo da matéria através da formação de íons em

Leia mais

Espectrometria de massa As moléculas são ionizadas por acção de electrões de alta energia (normalmente). A relação massa/carga (m/e) dos iões

Espectrometria de massa As moléculas são ionizadas por acção de electrões de alta energia (normalmente). A relação massa/carga (m/e) dos iões Espectrometria de massa As moléculas são ionizadas por acção de electrões de alta energia (normalmente). A relação massa/carga (m/e) dos iões produzidos é medida de um modo muito preciso pela combinação

Leia mais

Instrumentação para Espectroscopia Óptica. CQ122 Química Analítica Instrumental II 2º sem. 2014 Prof. Claudio Antonio Tonegutti

Instrumentação para Espectroscopia Óptica. CQ122 Química Analítica Instrumental II 2º sem. 2014 Prof. Claudio Antonio Tonegutti Instrumentação para Espectroscopia Óptica CQ122 Química Analítica Instrumental II 2º sem. 2014 Prof. Claudio Antonio Tonegutti INTRODUÇÃO Os componentes básicos dos instrumentos analíticos para a espectroscopia

Leia mais

LIGAÇÕES INTERATÔMICAS

LIGAÇÕES INTERATÔMICAS UNIDADE 2 - LIGAÇÕES INTERATÔMICAS 2.1. FORÇAS DE LIGAÇÃO FORTES Importante conhecer-se as atrações que mantêm os átomos unidos formando os materiais sólidos. Por exemplo, uma peça de cobre contém 8,4x10

Leia mais

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL DIREÇÃO GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES DIREÇÃO DE SERVIÇOS DA REGIÃO CENTRO ANO LECTIVO 2015 2016 CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE ANÁLISE LABORATORIAL MÉTODOS OPTICOS ESPECTROFOTOMETRIA MOLECULAR (UV

Leia mais

Métodos Físicos de Análise - ESPECTROFOTOMETRIA NO INFRAVERMELHO MÉTODOS FÍSICOS DE ANÁLISE MÉTODOS FÍSICOS DE ANÁLISE

Métodos Físicos de Análise - ESPECTROFOTOMETRIA NO INFRAVERMELHO MÉTODOS FÍSICOS DE ANÁLISE MÉTODOS FÍSICOS DE ANÁLISE Métodos Físicos de Análise - ESPECTROFOTOMETRIA NO INFRAVERMELHO Prof. Dr. Leonardo Lucchetti Mestre e Doutor em Ciências Química de Produtos Naturais NPPN/UFRJ Depto. de Química de Produtos Naturais Farmanguinhos

Leia mais

2 Breve Revisão de Espectrometria de Massa e da Técnica PDMS

2 Breve Revisão de Espectrometria de Massa e da Técnica PDMS 2 Breve Revisão de Espectrometria de Massa e da Técnica PDMS Em 1907, J.J. Thomson construiu o primeiro espectroscópio de massa, no qual se obtinha imagens com forma parabólica. O instrumento foi usado

Leia mais

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL ESPECTROFOTÔMETRO - EQUIPAMENTO 6 Ed. Cap. 13 Pg.351-380 6 Ed. Cap. 1 Pg.1-28 6 Ed. Cap. 25 Pg.703-725 09/04/2015 2 1 Componentes dos instrumentos (1) uma fonte estável de

Leia mais

Mary Santiago Silva 05/05/2010

Mary Santiago Silva 05/05/2010 Espectrometria de Massas Interpretação do Espectro de Massas Prof. Marcelo da Rosa Alexandre Departamento de Química - UFS Introdução Fragmentação em espectro de massas por EI oferece importante informação

Leia mais

Prova de Química Resolvida Segunda Etapa Vestibular UFMG 2011 Professor Rondinelle Gomes Pereira

Prova de Química Resolvida Segunda Etapa Vestibular UFMG 2011 Professor Rondinelle Gomes Pereira QUESTÃO 01 Neste quadro, apresentam-se as concentrações aproximadas dos íons mais abundantes em uma amostra de água típica dos oceanos e em uma amostra de água do Mar Morto: 1. Assinalando com um X a quadrícula

Leia mais

15/05/2015 HISTÓRICO APLICAÇÕES CROMATOGRAFIA

15/05/2015 HISTÓRICO APLICAÇÕES CROMATOGRAFIA CROMATOGRAFIA Definição Geral A cromatografia é um método físico-químico de separação que se fundamenta na migração diferencial dos componentes de uma mistura devido a diferentes interações entre duas

Leia mais

MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS

MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS Aula 8 Cromatografia Liquida de Alta Eficiência CLAE (Continuação) Profa. Daniele Adão - Solvente grau HPLC (alta pureza): impurezas presentes na FM

Leia mais

Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear

Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear Espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear (hidrogênio e carbono) Espectrometria de Ressonância Magnética Espectroscopia de absorção (IV e UV) Absorção de radiação eletromagnética em região característica

Leia mais

1. Difusão. A difusão só ocorre quando houver gradiente de: Concentração; Potencial; Pressão.

1. Difusão. A difusão só ocorre quando houver gradiente de: Concentração; Potencial; Pressão. 1. Difusão Com frequência, materiais de todos os tipos são tratados termicamente para melhorar as suas propriedades. Os fenômenos que ocorrem durante um tratamento térmico envolvem quase sempre difusão

Leia mais

CPV o cursinho que mais aprova na fgv Fgv - 05/12/2004

CPV o cursinho que mais aprova na fgv Fgv - 05/12/2004 37 QUÍMICA 31. s irradiadores de alimentos representam hoje uma opção interessante na sua preservação. alimento irradiado, ao contrário do que se imagina, não se torna radioativo, uma vez que a radiação

Leia mais

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Estudo de caso Reúnam-se em grupos de máximo 5 alunos e proponha uma solução para o seguinte caso: A morte dos peixes ornamentais. Para isso

Leia mais

ESPECTROMETRIA ATÔMICA. Prof. Marcelo da Rosa Alexandre

ESPECTROMETRIA ATÔMICA. Prof. Marcelo da Rosa Alexandre ESPECTROMETRIA ATÔMICA Prof. Marcelo da Rosa Alexandre Métodos para atomização de amostras para análises espectroscópicas Origen dos Espectros Óticos Para os átomos e íons na fase gasosa somente as transições

Leia mais

11.1 EQUAÇÃO GERAL DOS BALANÇOS DE ENERGIA. Acúmulo = Entrada Saída + Geração Consumo. Acúmulo = acúmulo de energia dentro do sistema

11.1 EQUAÇÃO GERAL DOS BALANÇOS DE ENERGIA. Acúmulo = Entrada Saída + Geração Consumo. Acúmulo = acúmulo de energia dentro do sistema 11 BALANÇOS DE ENERGIA EM PROCESSOS FÍSICOS E QUÍMICOS Para utilizar adequadamente a energia nos processos é preciso que sejam entendidos os princípios básicos envolvidos na geração, utilização e transformação

Leia mais

CENTRAL ANALÍTICA ESPECTROSCOPIA ATÔMICA

CENTRAL ANALÍTICA ESPECTROSCOPIA ATÔMICA CENTRAL ANALÍTICA ESPECTROSCOPIA ATÔMICA Com a descoberta que o átomo possui estrutura; isto é, é composta de partículas menores tais como elétrons os quais são ordenados de acordo a critérios quânticos

Leia mais

MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA PMT-5858

MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA PMT-5858 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA PMT-5858 1ª AULA Introdução Óptica Eletrônica Prof. Dr. André Paulo Tschiptschin (PMT-EPUSP) PMT-5858 - TÉCNICAS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE

Leia mais

Soluções Químicas são misturas homogêneas de duas ou mais substâncias, onde o solvente aparece em maior quantidade e o soluto em menor quantidade. O estado de agregação do solvente é que determina o estado

Leia mais

Processo Seletivo/UFU - Janeiro 2004-2ª Prova Comum - PROVA TIPO 1 QUÍMICA QUESTÃO 32

Processo Seletivo/UFU - Janeiro 2004-2ª Prova Comum - PROVA TIPO 1 QUÍMICA QUESTÃO 32 QUÍMICA QUESTÃO 31 Considerando a Tabela Periódica e as propriedades dos elementos químicos, assinale a alternativa correta A) Um metal é uma substância dúctil e maleável que conduz calor e corrente elétrica

Leia mais

Comportamento dinâmico de processos submetidos a controle feedback. Sistema simulado no SIMULINK/MATLAB

Comportamento dinâmico de processos submetidos a controle feedback. Sistema simulado no SIMULINK/MATLAB Comportamento dinâmico de processos submetidos a controle feedback Sistema simulado no SIMULINK/MATLAB Processo Submetido a Controle P Processo Submetido a Controle P Percebe-se da Figura que o controle

Leia mais

QUI 102 Metodologia Analítica

QUI 102 Metodologia Analítica QUI 102 Metodologia Analítica 1 semestre 2011 Profa. Maria Auxiliadora Costa Matos Prática: DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO, ÁCIDO SALICÍLICO, PARACETAMOL E CAFEÍNA EM MEDICAMENTOS POR HPLC DETERMINAÇÃO

Leia mais

ABSORÇÃO ATÓMICA E FOTOMETRIA DE CHAMA SÃO DOIS MÉTODOS QUANTITATIVOS DE ANÁLISE ELMENTAR, QUE PODEM SER USADOS PARA QUANTIFICAR APROXIMADAMNETE 70 ELEMENTOS. AS APLICAÇÕES SÃO NUMEROSAS, E AS CONCENTRAÇÕES

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA CINÉTICA QUÍMICA EQUAÇÃO DE ARRHENIUS

CINÉTICA QUÍMICA CINÉTICA QUÍMICA EQUAÇÃO DE ARRHENIUS CINÉTICA QUÍMICA CINÉTICA QUÍMICA EQUAÇÃO DE ARRHENIUS A DEPENDÊNCIA DA VELOCIDADE DE REAÇÃO COM A TEMPERATURA A velocidade da maioria das reações químicas aumenta à medida que a temperatura também aumenta.

Leia mais

01 Processos Químicos. Prof. Dr. Sergio Pilling Aluno: Will Robson Monteiro Rocha

01 Processos Químicos. Prof. Dr. Sergio Pilling Aluno: Will Robson Monteiro Rocha Física e a Química do Meio Interestelar Mestrado e Doutorado em Física e Astronomia Livro texto: Physics and chemistry of the interestellar medium A. G. G. M. Tielens (2004) Prof. Dr. Sergio Pilling Aluno:

Leia mais

FÍSICA DO RX. Cristina Saavedra Almeida fisicamed

FÍSICA DO RX. Cristina Saavedra Almeida fisicamed FÍSICA DO RX Cristina Saavedra Almeida fisicamed O QUE É RADIAÇÃO Pode ser gerada por fontes naturais ou por dispositivos construídos pelo homem. Possuem energia variável desde valores pequenos até muito

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Instituto de Química Programa de Pós-Graduação em Química

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Instituto de Química Programa de Pós-Graduação em Química Universidade Federal do Rio Grande do Norte Instituto de Química Programa de Pós-Graduação em Química Concurso para Entrada no Curso de Doutorado do PPGQ-UFRN 2016.1 (segunda chamada) Instruções 1. Não

Leia mais

1 Introdução simulação numérica termoacumulação

1 Introdução simulação numérica termoacumulação 22 1 Introdução Atualmente o custo da energia é um dos fatores mais importantes no projeto, administração e manutenção de sistemas energéticos. Sendo assim, a economia de energia está recebendo maior atenção

Leia mais

38 C 37 B 39 D. Sabendo-se que a amônia (NH 3. ) é constituída por moléculas polares e apresenta boa solubilidade em água. o diclorometano (CH 2.

38 C 37 B 39 D. Sabendo-se que a amônia (NH 3. ) é constituída por moléculas polares e apresenta boa solubilidade em água. o diclorometano (CH 2. QUÍMICA 37 B Sabendo-se que a amônia (N 3 ) é constituída por moléculas polares e apresenta boa solubilidade em água o diclorometano (C Cl ) não possui isômeros Sua molécula apresenta polaridade, devido

Leia mais

Seleção de comprimento de onda com espectrômetro de rede

Seleção de comprimento de onda com espectrômetro de rede Seleção de comprimento de onda com espectrômetro de rede Fig. 1: Arranjo do experimento P2510502 O que você vai necessitar: Fotocélula sem caixa 06779.00 1 Rede de difração, 600 linhas/mm 08546.00 1 Filtro

Leia mais

ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO CAPÍTULO 1 DIODOS RETIFICADORES

ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO CAPÍTULO 1 DIODOS RETIFICADORES INTRODUÇÃO CPÍTULO DIODOS RETIFICDORES O diodo é um dispositivo semi-condutor muito simples e é utilizado nas mais variadas aplicações. O uso mais freqüente do diodo é como retificador, convertendo uma

Leia mais

MÉTODOS ANALÍTICOS UTILIZADOS PARA DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS CONTAMINANTES DO MEIO AMBIENTE

MÉTODOS ANALÍTICOS UTILIZADOS PARA DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS CONTAMINANTES DO MEIO AMBIENTE MÉTODOS ANALÍTICOS UTILIZADOS PARA DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS CONTAMINANTES DO MEIO AMBIENTE Eliza de Souza Lopes 1 Ludimila Raydan Mota Barbosa 1 Vanessa de Souza Gamarano 1 Adriana Nascimento de Sousa

Leia mais

TERMOQUÍMICA. Desta forma podemos dizer que qualquer mudança química geralmente envolve energia.

TERMOQUÍMICA. Desta forma podemos dizer que qualquer mudança química geralmente envolve energia. TERMOQUÍMICA 1 Introdução A sociedade moderna depende das mais diversas formas de energia para sua existência. Quase toda a energia de que dependemos é obtida a partir de reações químicas, como a queima

Leia mais

3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar

3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar 3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar Vimos que as previsões sobre as capacidades caloríficas molares baseadas na teoria cinética estão de acordo com o comportamento

Leia mais

Descritivo de produto. Fornecedor. www.danispa.it

Descritivo de produto. Fornecedor. www.danispa.it Descritivo de produto Fornecedor www.danispa.it Cromatógrafo - Modelo MASTER TOF PLUS GCMS DESCRIÇÃO Atualmente na economia mundial, laboratórios analíticos estão sob constante pressão para fornecer resultados

Leia mais

QUÍMICA SEGUNDA ETAPA - 1997

QUÍMICA SEGUNDA ETAPA - 1997 QUÍMICA SEGUNDA ETAPA - 1997 QUESTÃO 01 Os valores das sucessivas energias de ionização de um átomo constituem uma evidência empírica da existência de níveis de energia. Os diagramas abaixo pretendem representar,

Leia mais

Respostas da terceira lista de exercícios de química. Prof a. Marcia M. Meier

Respostas da terceira lista de exercícios de química. Prof a. Marcia M. Meier Respostas da terceira lista de exercícios de química Prof a. Marcia M. Meier 1) O íon brometo não aceita mais de um elétron, pois este segundo elétron ocupará numeros quânticos maiores quando comparado

Leia mais

Juliana Cerqueira de Paiva. Modelos Atômicos Aula 2

Juliana Cerqueira de Paiva. Modelos Atômicos Aula 2 Juliana Cerqueira de Paiva Modelos Atômicos Aula 2 2 Modelo Atômico de Thomson Joseph John Thomson (1856 1940) Por volta de 1897, realizou experimentos estudando descargas elétricas em tubos semelhantes

Leia mais

FCAV/UNESP. DISCIPLINA: Química Orgânica. ASSUNTO: Hidrocarbonetos

FCAV/UNESP. DISCIPLINA: Química Orgânica. ASSUNTO: Hidrocarbonetos FCAV/UNESP DISCIPLINA: Química Orgânica ASSUNTO: Hidrocarbonetos HIDROCARBONETOS São compostos orgânicos formados exclusivamente por átomos de carbono e de hidrogênio. Subdivisões: HIDROCARBONETOS Podem

Leia mais

MATERIAIS SEMICONDUTORES. Prof.: Sheila Santisi Travessa

MATERIAIS SEMICONDUTORES. Prof.: Sheila Santisi Travessa MATERIAIS SEMICONDUTORES Prof.: Sheila Santisi Travessa Introdução De acordo com sua facilidade de conduzir energia os materiais são classificados em: Condutores Semicondutores Isolantes Introdução A corrente

Leia mais

Aulas 13 e 14. Soluções

Aulas 13 e 14. Soluções Aulas 13 e 14 Soluções Definição Solução é a denominação ao sistema em que uma substância está distribuída, ou disseminada, numa segunda substância sob forma de pequenas partículas. Exemplos Dissolvendo-se

Leia mais

QUIMICA ORGÂNICA BÁSICA

QUIMICA ORGÂNICA BÁSICA QUIMICA ORGÂNICA BÁSICA Hibridização Revisão - Química Orgânica Básica 1 Tabela Periódica 2 Moléculas Diatômicas 3 Moléculas Poliatômicas 4 Eletronegatividade 5 A interação da luz e a matéria 6 Hibridização

Leia mais

Campinas, Junho de 2011. Laboratório Thomson de Espectrometria de Massas. Instituto de Química. Relatório Técnico de Análise.

Campinas, Junho de 2011. Laboratório Thomson de Espectrometria de Massas. Instituto de Química. Relatório Técnico de Análise. Campinas, Junho de 211 Laboratório Thomson de Espectrometria de Massas Instituto de Química Relatório Técnico de Análise Amostra: Maná Prof. Gerson - UNASP 1 1. Objetivo Esse trabalho visou a análise da

Leia mais

A base da espectrometria de massas

A base da espectrometria de massas A base da espectrometria de massas The father of MS and the first mass spectrometrist to win the Nobel Prize. Pure species and mixtures JJ Thomson's 'Plum Pudding Model' of the atom, a sphere of positive

Leia mais

2. Resultados. 2.1 A Deposição dos Filmes de Diamante

2. Resultados. 2.1 A Deposição dos Filmes de Diamante 1. Introdução O presente relatório apresenta os resultados referentes ao trabalho experiemental desenvolvido no periodo de março a Junho de 29. O trabalho foi desenvolvido nos laboratórios do grupo DIMARE

Leia mais

Vestibular UFRGS 2015. Resolução da Prova de Química

Vestibular UFRGS 2015. Resolução da Prova de Química Vestibular UFRGS 2015 Resolução da Prova de Química 26. Alternativa (C) Assunto: Propriedades físicas das substâncias densidade Os materiais apresentam diferentes densidades e mesma massa envolvida logo,

Leia mais

Fundamentos de Espectrometria de Massa com Fonte de Plasma (ICP-MS)

Fundamentos de Espectrometria de Massa com Fonte de Plasma (ICP-MS) UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Instituto de Ciências Exatas Depto. De Química Fundamentos de Espectrometria de Massa com Fonte de Plasma (ICP-MS) Dr. Julio César Jose da Silva (DEQ-UFV) Viçosa - 2009 1

Leia mais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia

Leia mais

Prof. Dr. Sidney Lima

Prof. Dr. Sidney Lima QUÍMICA ORGÂNICA III UFPI/2009:2 Espectrometria de Massas Determinação Estruturas Orgânicas: Raios X Coenzima: 1979 oxida C 4 a C 3 O Applications of Mass Spectrometry Pharmaceutical analysis Bioavailability

Leia mais

ENERGIA SOLAR VS. ENERGIAS SUJAS. Danielle Beatriz de Sousa Borges Isadora M. Carvalho A. Menezes

ENERGIA SOLAR VS. ENERGIAS SUJAS. Danielle Beatriz de Sousa Borges Isadora M. Carvalho A. Menezes ENERGIA SOLAR VS. ENERGIAS SUJAS Danielle Beatriz de Sousa Borges Isadora M. Carvalho A. Menezes Pibid Física UFTM - 2013 1 ENERGIA LIMPA VS. ENERGIA SUJA VS. ENERGIA NÃO RENOVÁVEL 2 Energias Limpas HIDROELÉTRICAS

Leia mais

Sensores de detonação (KS ou Knock Sensor)

Sensores de detonação (KS ou Knock Sensor) Flavio Xavier www.flaviocursos.com.br Técnico em injeção eletronica Sensores de detonação Página Sensores de detonação (KS ou Knock Sensor) Flavio Xavier www.flaviocursos.com.br Técnico em injeção eletronica

Leia mais

4 EJETORES E SISTEMAS DE VÁCUO

4 EJETORES E SISTEMAS DE VÁCUO 4 EJETORES E SISTEMAS DE VÁCUO Sistema sub vácuo é qualquer sistema com pressão absoluta abaixo da pressão atmosférica local. Na prática esses sistemas estão sujeitos à entrada de ar devido a imperfeições

Leia mais

2. Fundamentos Físicos: Laser e Luz Intensa Pulsada

2. Fundamentos Físicos: Laser e Luz Intensa Pulsada 2. Fundamentos Físicos: Laser e Luz Intensa Pulsada A luz está presente em praticamente todos os momentos de nossas vidas e tem fundamental importância para a sobrevivência da vida no planeta. Atualmente,

Leia mais

Tipos de malha de Controle

Tipos de malha de Controle Tipos de malha de Controle SUMÁRIO 1 - TIPOS DE MALHA DE CONTROLE...60 1.1. CONTROLE CASCATA...60 1.1.1. Regras para Selecionar a Variável Secundária...62 1.1.2. Seleção das Ações do Controle Cascata e

Leia mais

Box 2. Estado da solução Estado do solvente Estado do soluto Exemplos

Box 2. Estado da solução Estado do solvente Estado do soluto Exemplos MISTURA E SOLUBILIDADE Box 2 Grande parte das substancias encontradas no dia-a-dia são misturas que sob o aspecto macroscópico apresentam-se com o aspecto homogêneo (uma única fase) ou heterogêneo (mais

Leia mais

6 Determinação de HPAs em peixes

6 Determinação de HPAs em peixes 6 Determinação de HPAs em peixes Várias técnicas analíticas têm sido usadas para determinar os níveis de HPAs e seus metabólitos em peixes. As técnicas mais comumente usadas incluem a cromatografia gasosa

Leia mais

DESIDRATAÇÃO, SEPARAÇÃO E LIQUEFAÇÃO DE GÁS NATURAL USANDO O TUBO VORTEX

DESIDRATAÇÃO, SEPARAÇÃO E LIQUEFAÇÃO DE GÁS NATURAL USANDO O TUBO VORTEX DESIDRATAÇÃO, SEPARAÇÃO E LIQUEFAÇÃO DE GÁS NATURAL USANDO O TUBO VORTEX REV C Por Luiz Henrique V. Souza Com Agradecimentos Especiais ao Engº Eduardo Gertrudes, CTGÁS/RN. Dezembro, 2010. ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO.

Leia mais

QUÍMICA POR QUE ESTUDAR QUÍMICA?

QUÍMICA POR QUE ESTUDAR QUÍMICA? QUÍMICA POR QUE ESTUDAR QUÍMICA? A Química contribui para a melhora da qualidade de vida das pessoas, se souber usá-la corretamente. Nosso futuro depende de como vamos usar o conhecimento Químico. A química

Leia mais

Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA.

Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA. Motores elétricos Os motores de CA podem ser monofásicos ou polifásicos. Nesta unidade, estudaremos os motores monofásicos alimentados por uma única fase de CA. Para melhor entender o funcionamento desse

Leia mais

Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução

Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução Artigo publicado na revista Lumiere Electric edição nº 166 Aplicações de investimentos dentro das empresas sempre são questionadas

Leia mais

IX Olimpíada Catarinense de Química 2013. Etapa I - Colégios

IX Olimpíada Catarinense de Química 2013. Etapa I - Colégios I Olimpíada Catarinense de Química - 2013 I Olimpíada Catarinense de Química 2013 Etapa I - Colégios Imagem: Oxidação Fonte:Gilson Rocha Reynaldo, 2013 Primeiro Ano Conselho Regional de Química CRQ III

Leia mais

Componentes Eletrônicos. Resistores, Capacitores e Indutores J.R.Kaschny (2013)

Componentes Eletrônicos. Resistores, Capacitores e Indutores J.R.Kaschny (2013) Componentes Eletrônicos Resistores, Capacitores e Indutores J.R.Kaschny (2013) Resistores Símbolos comuns: Fixos Variáveis Potenciômetros Tipos usuais: Parâmetros relevantes: Modelo realístico: Fixos fio,

Leia mais

REFLETÔMETRO M43D EEL (SMOKE STAIN RFLECTOMETER) MANUAL DE OPERAÇÃO. Responsável: José Walderley Coêlho Dias

REFLETÔMETRO M43D EEL (SMOKE STAIN RFLECTOMETER) MANUAL DE OPERAÇÃO. Responsável: José Walderley Coêlho Dias ENERGÉTICA IND.E COM. LTDA. Rua Gravataí, 99 Rocha CEP 20975-030 Rio de Janeiro RJ CNPJ 29.341.583/0001-04 IE 82.846.190 Fone: (0xx21) 2501-1998; Fax: (0xx21) 2241-1354 REFLETÔMETRO M43D EEL (SMOKE STAIN

Leia mais

Tabela 1 - conteúdo de umidade em alguns alimentos:

Tabela 1 - conteúdo de umidade em alguns alimentos: UMIDADE EM ALIMENTOS Umidade, ou teor de água, de um alimento constitui-se em um dos mais importantes e mais avaliados índices em alimentos. É de grande importância econômica por refletir o teor de sólidos

Leia mais

Aspectos Ambientais para Geração de Vácuo

Aspectos Ambientais para Geração de Vácuo Aspectos Ambientais para Geração de Vácuo Sumário Muitas etapas do trabalho no laboratório necessita do uso de vácuo. Para geração de vácuo uma bomba de vácuo tipo jato de água e uma bomba de vácuo (bombas

Leia mais

Estrutura Eletrônica e Ligação Aula 2. QO-427 Prof. J. Augusto

Estrutura Eletrônica e Ligação Aula 2. QO-427 Prof. J. Augusto Estrutura Eletrônica e Ligação Aula 2 QO-427 Prof. J. Augusto Química Orgânica Orgânica até meados de 1800 referia-se a compostos de fontes com vida ( fontes minerais eram inorgânicos ) Wöhler em 1828

Leia mais

1.º PERÍODO. n.º de aulas previstas DOMÍNIOS SUBDOMÍNIOS/CONTEÚDOS OBJETIVOS. De 36 a 41

1.º PERÍODO. n.º de aulas previstas DOMÍNIOS SUBDOMÍNIOS/CONTEÚDOS OBJETIVOS. De 36 a 41 DE FÍSICO-QUÍMICA - 7.º ANO Ano Letivo 2014 2015 PERFIL DO ALUNO O aluno é capaz de: o Conhecer e compreender a constituição do Universo, localizando a Terra, e reconhecer o papel da observação e dos instrumentos

Leia mais

Resolução da Prova de Química Vestibular Verão UERGS/2003 Prof. Emiliano Chemello

Resolução da Prova de Química Vestibular Verão UERGS/2003 Prof. Emiliano Chemello Fácil Resolução da Prova de Química Vestibular Verão UERGS/2003 Prof. Emiliano Chemello Médio www.quimica.net/emiliano emiliano@quimica.net Difícil Níveis de dificuldade das Questões 01. Em um frasco,

Leia mais

NÁLISE FRMCOPÊIC ENSIOS DE POTÊNCI MÉTODOS INSTRUMENTIS Profa. Ms. Priscila Torres Métodos Quantitativos Instrumentais - São mais sensíveis; - Requerem quantidades menores de amostras; - São mais seletivos

Leia mais

Reações orgânicas. Mestranda: Daniele Potulski Disciplina: Química da Madeira I

Reações orgânicas. Mestranda: Daniele Potulski Disciplina: Química da Madeira I Reações orgânicas Mestranda: Daniele Potulski Disciplina: Química da Madeira I Introdução Quase todos os compostos orgânicos tem moléculas apolares ou com baixa polaridade; Essa característica é um fator

Leia mais

B) Determine a quantidade máxima, em gramas, de ácido sulfúrico que pode ser produzido a partir da combustão completa de 1.605 g de enxofre.

B) Determine a quantidade máxima, em gramas, de ácido sulfúrico que pode ser produzido a partir da combustão completa de 1.605 g de enxofre. Química 01. O ácido sulfúrico é um dos produtos químicos de maior importância comercial, sendo utilizado como matéria-prima para diversos produtos, tais como fertilizantes, derivados de petróleo e detergentes.

Leia mais

Aplicações e características da EM

Aplicações e características da EM Aplicações e características da EM Algumas aplicações da EM: (a) determinação de massa molecular com elevada exatidão, inclusive de biomoléculas e materiais poliméricos; (b) identificação de substancias,

Leia mais

Misturadores a jato e sistemas de mistura em tanques

Misturadores a jato e sistemas de mistura em tanques Misturadores a jato e sistemas de mistura em tanques Misturadores a jato Os misturadores a jato da Koerting são os principais componentes de sistemas de mistura especiais, podendo ser utilizados em operações

Leia mais

Universidade Paulista Unip

Universidade Paulista Unip Elementos de Produção de Ar Comprimido Compressores Definição Universidade Paulista Unip Compressores são máquinas destinadas a elevar a pressão de um certo volume de ar, admitido nas condições atmosféricas,

Leia mais

ANEMÔMETRO A FIO QUENTE

ANEMÔMETRO A FIO QUENTE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA INSTRUMENTAÇÀO ELTRÔNICA ANEMÔMETRO A FIO QUENTE Cayo Cid de França Moraes 200321285 Natal/RN ANEMÔMETRO

Leia mais

Leonnardo Cruvinel Furquim TERMOQUÍMICA 2

Leonnardo Cruvinel Furquim TERMOQUÍMICA 2 Leonnardo Cruvinel Furquim TERMOQUÍMICA 2 Calorimetria Os reagentes são colocados num recipiente de aço de paredes resistentes chamado bomba, o qual está imerso numa quantidade de água contida num recipiente

Leia mais

Ensaios Mecânicos de Materiais. Aula 12 Ensaio de Impacto. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

Ensaios Mecânicos de Materiais. Aula 12 Ensaio de Impacto. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Ensaios Mecânicos de Materiais Aula 12 Ensaio de Impacto Tópicos Abordados Nesta Aula Ensaio de Impacto. Propriedades Avaliadas do Ensaio. Tipos de Corpos de Prova. Definições O ensaio de impacto se caracteriza

Leia mais

Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation

Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation Amplificação da Luz por Emissão Estimulada da Radiação Características da luz laser Monocromática Colimada Coerente EXEMPLOS: Características específicas

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA Professor: Renato Medeiros EXERCÍCIOS NOTA DE AULA IV Goiânia - 2014 EXERCÍCIOS 1. Uma partícula eletrizada positivamente é

Leia mais

Densímetro de posto de gasolina

Densímetro de posto de gasolina Densímetro de posto de gasolina Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia Tema Materiais: propriedades Conteúdos Densidade, misturas homogêneas e empuxo Usos / objetivos Introdução ou aprofundamento do

Leia mais

Assim como o diâmetro de um cano é função da quantidade de água que passa em seu interior, a bitola de um condutor depende da quantidade de elétrons

Assim como o diâmetro de um cano é função da quantidade de água que passa em seu interior, a bitola de um condutor depende da quantidade de elétrons Elétrica Quem compõe a instalação elétrica - quadro de luz - centro nervoso das instalações elétricas. Deve ser metálico ou de material incombustível, e nunca de madeira (na sua parte interna ou externa).

Leia mais

EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE. 1.0 Introdução

EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE. 1.0 Introdução EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE 1.0 Introdução O presente trabalho é resultado de uma visão futurística acerca da preservação do meio ambiente e da manutenção da vida. Alguns anos de estudo e pesquisas na área

Leia mais

Aula: 16 Temática: Estrutura dos aminoácidos e proteínas parte I. Iremos iniciar o estudo da estrutura dos aminoácidos e proteínas.

Aula: 16 Temática: Estrutura dos aminoácidos e proteínas parte I. Iremos iniciar o estudo da estrutura dos aminoácidos e proteínas. Aula: 16 Temática: Estrutura dos aminoácidos e proteínas parte I Acompanhe! Iremos iniciar o estudo da estrutura dos aminoácidos e proteínas. Introdução: A proteína é o composto orgânico mais abundante

Leia mais

Experimento 2 Gerador de funções e osciloscópio

Experimento 2 Gerador de funções e osciloscópio Experimento 2 Gerador de funções e osciloscópio 1. OBJETIVO O objetivo desta aula é introduzir e preparar o estudante para o uso de dois instrumentos muito importantes no curso: o gerador de funções e

Leia mais

3. Ligações Químicas Deslocalizadas

3. Ligações Químicas Deslocalizadas 3. Ligações Químicas Deslocalizadas 3.1. Ressonância 3.2. Ligações Duplas em Conjugação 3.3. Ligação dupla em conjugação com um orbital p em um átomo adjacente 3.4. Hiperconjugação 3.5. Aromaticidade 3.6.

Leia mais

Figura 6.1 - Ar sangrado do compressor da APU

Figura 6.1 - Ar sangrado do compressor da APU 1 Capítulo 6 - SANGRIA DE AR 6.1 - Finalidade e características gerais A finalidade da APU é fornecer ar comprimido para os sistemas pneumáticos da aeronave e potência de eixo para acionar o gerador de

Leia mais

Apêndice J Medidores (Descrição para a Unidade de Incineração de Resíduos da Clariant site Suzano - SP)

Apêndice J Medidores (Descrição para a Unidade de Incineração de Resíduos da Clariant site Suzano - SP) Apêndice J Medidores (Descrição para a Unidade de Incineração de Resíduos da Clariant site Suzano - SP) 188 Apêndice J Medidores (Descrição para a Unidade de Incineração de Resíduos da Clariant site Suzano

Leia mais