Palavras-chave: Dutos flexíveis; AHP; Frame-agreement; Tomada de decisão. RAPHAEL DE VASCONCELLOS ALMEIDA JUNIOR
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1 O USO DO MÉTODO DE ANÁLISE HIERÁRQUICA (AHP) NA DEFINIÇÃO DA MELHOR OPÇÃO DE CONTRATO TIPO FRAME AGREEMENT (FA) PARA EMISSÃO DE PEDIDOS DE COMPRA DE DUTOS FLEXÍVEIS APLICADOS À INDÚSTRIA DE PETRÓLEO Área Temática: 7. PESQUISA OPERACIONAL RAPHAEL DE VASCONCELLOS ALMEIDA JUNIOR ARTHUR RODRIGUES STILBEN MARCILENE DE FATIMA DIANIN VIANNA Guido Vaz Silva DALESSANDRO SOARES VIANNA A crise internacional na indústria petrolífera aliada às dificuldades econômicas existentes no Brasil demonstra um cenário bastante negativo para o desenvolvimento das atividades de exploração e produção de óleo no país. Neste sentido, há uma maior pressão sobre os gestores para tomada de decisões adequadas e eficientes. Em uma empresa de óleo e Gás sediada no estado do Rio de Janeiro, percebe-se que o processo de alocação de pedidos em contratos do tipo Frame-Agreement (FA) necessita de mecanismos e ferramentas que permitam uma correta tomada de decisão por parte destes gestores. Este artigo dispõe sobre a aplicação do método de análise hierárquica (AHP) em forma de estudo de caso para decidir em qual contrato alocar os pedidos de dutos de produção de óleo. Como resultado, percebe-se que os julgamentos objetivos e as percepções subjetivas dos atores consumaram na alternativa de contrato FASUP03 como a melhor opção analisada. A ferramenta AHP permitiu um nível adequado de confiança nos resultados alcançados. Sugere-se a extensão do uso desta metodologia para outras aplicações de dutos flexíveis de coleta ou exportação de óleo ou gás. Palavras-chave: Dutos flexíveis; AHP; Frame-agreement; Tomada de decisão
2 1 Introdução A ausência no mercado de uma quantidade significativa de fornecedores de dutos flexíveis usados para interligações submarinas entre poço e plataforma de petróleo, levou uma empresa de óleo e Gás sediada no estado do Rio de Janeiro a estabelecer contratos de longo prazo com estes fornecedores. Estes são chamados contratos Frame-Agreement ou FA. Estes contratos possuem escopo bem definido e um anexo contendo catálogos com diferentes estruturas de dutos, que atendem a uma gama de aplicações, que variam em função de condições operacionais como pressão, temperatura, condições ambientais como correnteza e incidência de ondas e também com o tipo de fluido produzido e seus contaminantes como, por exemplo: CO2 - Gás Carbônico, H2S - Gás Sulfídrico e H2O - Água produzida. Quando um novo projeto de investimento está em fase de engenharia básica, são levantados os contratos FA que possuem estruturas compatíveis com estas condições operacionais, ambientais e características de fluido que serão conduzidos pelos dutos flexíveis disponíveis nos referidos contratos. Com isto, é possível montar um painel com as opções possíveis de contratos FA por fornecedor, visando que seja levado ao nível de competência adequado para a tomada de decisão. Para levar a este limite de competência, existe um Comitê de Contratos FA, que se reúne periodicamente, buscando apontar qual contrato dentro os potenciais candidatos levantados pela engenharia seria a melhor opção para o projeto onde se deseja definir um fornecedor. Ocorre que, não há uma forma padronizada de decisão baseada por critérios claros e uniformes. A ausência de uma regra de decisão provoca grande variabilidade nos resultados das alocações de pedidos, influenciadas fortemente pela máxima de garantir a colocação do pedido seja em que contrato for. Neste cenário, o presente trabalho tem o objetivo de facilitar a decisão, dentre os contratos FA firmados pela empresa de óleo e gás do estado do Rio de Janeiro com seus fornecedores, de qual a melhor opção para emissão dos pedidos de compra baseado em critérios objetivos e pré-definidos. Para tanto foi usado o método de Auxílio Multicritério à Decisão AHP (Analytic Hierarchy Process), desenvolvido por Saaty, (1977) que quantifica prioridades relativas para um determinado conjunto de alternativas em uma escala de razão, com base no julgamento dos tomadores de decisões, e ressalta a importância do juízo intuitivo destes decisores, bem como a consistência da comparação de alternativas no Processo decisório.
3 Para efeito de delimitação da objetividade deste trabalho, foi considerado somente o escopo de dutos de produção de petróleo e não as demais aplicações (injeção de gás, água, exportação ou serviço), uma vez que é o tipo de aplicação com faixas de estruturas de dutos flexíveis mais presentes nos diferentes contratos FA. 2 Referencial Teórico 2.1 Método AHP O Processo Hierárquico Analítico (AHP) é uma teoria de medidas cujo objetivo é obter um domínio de prioridades através de comparações paritárias de elementos não homogêneos com respeito a um critério comum ou atributo. Cada medida pode ser estendida para elementos não homogêneos através da clusterização. Num contexto multicritério, o AHP pode ser usado para escalonar elementos em uma estrutura hierárquica (descendente) com elementos mutuamente independentes em cada nível, ou num sistema em rede (descendenteascendente) de componentes, permitindo assim a dependência entre os componentes. Assim a hierarquia é um caso especial de um sistema de formulação mais geral, a rede. Aplicações do AHP incluem hierarquias paralelas (uma para benefícios e outra para custos, por exemplo), e hierarquias solitárias (alocação de recursos, por exemplo). Aplicações mais complexas do AHP incluem o caso de elementos infinitos (operadores integrais Fredholm) e modelagem de disparos neurais e suas sínteses (SAATY, 1990). Por causa do seu uso muito difundido, o AHP tem sido constantemente colocado no microscópio e cada aspecto tem sido examinado, questionado e explicado (SAATY, 1990). Esse é um processo saudável para uma teoria. Respostas para consultas individuais têm aparecido na literatura e a teoria tem se estendido pelos anos. Um número de aplicações do AHP tem sido publicado na literatura. Em um livro, The Silverlake Project, da IBM (BAUER; COLLAR; TANG, 1992), o assunto ocupa um capítulo inteiro e é referido como AHP é uma ferramenta de tomada de decisão extraordinariamente poderosa. Ela trás estrutura para a tomada de decisão, e ainda é flexível. Usando o AHP, a IBM ganhou o Malcom Baldrige National Quality Award por produzir um campeão de mercado, o computador AS/400. Numa outra aplicação para previsões de população domiciliar, foi usado o AHP para avaliar os impactos das variáveis de secção transversal que não podiam ser explicitamente capturadas em séries temporais (CHU; CHU, 1990). De acordo com Bard (1986), o AHP foi utilizado para ranquear soluções ótimas de Pareto para selecionar
4 opções de automação. Segundo Forman (1993), Hamalainen usou o AHP para estruturar e priorizar métodos alternativos de geração de energia na Finlândia, em um trabalho conjunto com o parlamento local. Golden, Wasil e Harker editaram um livro com dezenas de aplicações do AHP em seleção de projetos, indústria de eletrodomésticos, governo federal e em outras áreas como medicina, política, engenharia e negócios (FORMAN, 1992). No ano de 1977 esses autores ganharam o prêmio do Instituto de Ciências Gerenciais na aplicação do AHP no planejamento de transportes no Sudão (KATZ, 1991; MCCORD; DE NEUFVILLE, 1983). Numerosas aplicações do AHP têm sido feitas na indústria e no governo através da utilização de softwares. A Xerox Corporation chegou a institucionalizar o uso do AHP nas suas estratégias de tomada de decisão. Ele é também usado pelo Departamento de Defesa e de Energia dos EUA (SAATY, 1994) Os passos para aplicação do Método AHP De forma sucinta os passos mais importantes para a aplicação do método AHP são: Passo 1 - Estabelecimento de uma Hierarquia de Decisão; Passo 2 - Estruturação da Hierarquia nos seus diferentes níveis; Passo 3 - Construção das Matrizes Paritárias; Passo 4 - Verificação da Consistência dos julgamentos; Passo 5 - Definição do Peso relativo de cada fator; Passo 6 - Priorização das Alternativas; Passo 7 - Divulgação da Classificação Final. 2.2 Contratos FA Os processos de aquisição de dutos flexíveis de coleta de óleo envolvem a utilização dos contratos vigentes do tipo Frame Agreement (FA) e os seus respectivos Catálogos de Produtos. Esses Catálogos de Produtos foram elaborados pelos fornecedores de dutos flexíveis considerando as condições e os requisitos técnicos definidos pela empresa de óleo e gás do estado do Rio de Janeiro e contém estruturas de duto flexível e seus respectivos acessórios para aplicação estática e dinâmica em Sistemas Submarinos de Produção para escoamento de água, óleo, gás, petróleo e fluídos utilizados para serviço (e.g. diesel e produtos químicos).
5 Os contratos FA são Contratos de longo prazo, estabelecidos com um determinado fabricante para fornecimento de produtos selecionados pelas partes, os quais atendem às regras de padronização definidas pela empresa de óleo e gás do estado do Rio de Janeiro, podendo incluir no seu escopo um programa de qualificação desses produtos. Os produtos incluem estruturas tubulares (novas, derivadas ou alternativas), bem como seus respectivos acessórios. 2.3 A decisão pela escolha de contratos FA de dutos Flexíveis Como padrão de processo interno na empresa de óleo e gás sediada no estado do Rio de Janeiro, em todos os processos de aquisição de dutos flexíveis deve ser verificado a viabilidade de utilização das estruturas que compõem os contratos do tipo Frame Agreement vigentes. É então elaborado um relatório de análise preliminar para seleção de estruturas de dutos flexíveis, onde são executadas todas as análises necessárias para verificar a existência de estruturas que tem potencial de utilização em um determinado projeto específico. De posse desta verificação, são apontados os contratos FA capazes de fornecer as estruturas solicitadas pelo projeto em questão e submetidos a um comitê de decisão, responsável por encaminhar ao limite de competência responsável pela autorização de contratação. Este comitê é chamado de Comitê FA. São membros deste Comitê FA, pelo menos um representante da unidade de contratação, um da coordenação de projetos, um da engenharia de dutos flexíveis, um da unidade de negócio, um representante da unidade responsável pela qualificação dos dutos e membros convidados destas ou de outras áreas. As reuniões do Comitê FA ocorrem periodicamente, à medida que novas demandas oriundas de projetos são apresentadas. Por mais de uma vez, ocorre de o representante de uma dada área não ser o mesmo que participa das reuniões subsequentes, o que caracteriza uma falta de continuidade no processo de tomada de decisão pelo contrato FA mais adequado à situação. 2.4 Contratos FA Os processos de aquisição de dutos flexíveis de coleta de óleo envolvem a utilização dos contratos vigentes do tipo Frame Agreement (FA) e os seus respectivos Catálogos de Produtos. Esses Catálogos de Produtos foram elaborados pelos fornecedores de dutos flexíveis considerando as condições e os requisitos técnicos definidos pela empresa de óleo e
6 gás do estado do Rio de Janeiro e contém estruturas de duto flexível e seus respectivos acessórios para aplicação estática e dinâmica em Sistemas Submarinos de Produção para escoamento de água, óleo, gás, petróleo e fluídos utilizados para serviço (e.g. diesel e produtos químicos). Os contratos FA são Contratos de longo prazo, estabelecidos com um determinado fabricante para fornecimento de produtos selecionados pelas partes, os quais atendem às regras de padronização definidas pela empresa de óleo e gás do estado do Rio de Janeiro, podendo incluir no seu escopo um programa de qualificação desses produtos. Os produtos incluem estruturas tubulares (novas, derivadas ou alternativas), bem como seus respectivos acessórios. 3 Aplicação do Método AHP na escolha de contrato do tipo Frame Agreement (FA) na emissão de pedidos de compra de dutos flexíveis 3.1 A hierarquia na escolha do Contrato FA A escala hierárquica do problema abordado neste trabalho é apresentada esquematicamente através da Figura 1, que demonstra os quatro níveis hierárquicos da questão discriminados em cores diferentes para cada nível. Figura 1: Os quatro níveis da estrutura hierárquica usada neste estudo de caso. Fonte: Autoria própria
7 O topo ou primeiro nível da escala hierárquica apresenta o objetivo a ser alcançado que é escolher a melhor opção de contrato FA para emissão de pedido de compra de dutos de produção de óleo. Através de consultas a alguns participantes dos Comitês FA e levantamentos históricos, chegou-se a definição de quatro principais critérios de seleção dos contratos, que foram: A concentração fabril: indica a quanto determinada alternativa de fornecedor está alocada no momento em que ocorre a decisão pela escolha do contrato FA. Envolve questões subjetivas, pois as escolhas podem ocorrer em bateladas, proporcionando gargalos em determinado contrato em detrimento de outro; A qualidade apurada: aponta a qualidade do produto entregue por determinado fornecedor que compõe uma alternativa de contrato FA. Pode ser medida através de indicadores de anomalias ou não conformidade após entrega e por avaliações pessoais relativas ao pós-venda do fornecedor; A logística de recebimento: o fornecedor pode ter mais do que uma locação fabril no Brasil e/ou no exterior. A logística de recebimento aponta para um maior ou menor prazo de entrega do duto flexível, após o término da fabricação do mesmo. Os membros do Comitê FA nem sempre tem esta informação de forma clara para a tomada de decisão; O custo contratado: os contratos FA possuem um catálogo de estruturas padronizadas para cada fornecedor, porém ocorrem diferenças de custos entre dutos fabricados por diferentes fornecedores que se replicam para os seus respectivos contratos FA. Desta forma, os custos para dutos de produção de óleo para uma mesma aplicação possuem preços diferentes entre diferentes contratos FA. Estes quatro Critérios descritos anteriormente compõem o Nível 2 da Hierarquia AHP. Logo em seguida, são apresentados no Nível 3 os Subcritérios relacionados aos critérios do nível 2, os quais são: Capacidade Instalada e Nível de Alocação: representam o espaço que aquele fornecedor terá para receber e honrar com a entrega de um pedido de compras; Frete Contratual e Distância à Base: representam os valores contratuais referentes ao percurso de entrega e também o maior prazo para entrega relativo às distâncias entre a fábrica do fornecedor e a base de carregamento de duto flexível;
8 Experiência Prévia: fornecimento sem não conformidades (anomalias) ou Qualidade Percebida no Atendimento. Finalmente no nível 4 da hierarquia têm-se as quatro alternativas de contratos FA separadas por fornecedor. 3.2 As alternativas em contrato FA De forma a tornar este estudo mais abrangente, foi considerado uma única aplicação de duto flexível: risers de produção de óleo de 6 ; por ser a linha que possui estruturas mais presentes dentre as alternativas consideradas, proporcionando uma maior comparabilidade dentre os contratos FA. Foi considerado o período de avaliação os meses de Setembro a Novembro de Como opções possíveis em contratos FA firmados entre a empresa de óleo e Gás sediada no estado do Rio de Janeiro e seus fornecedores de dutos flexíveis de coleta de óleo, têm-se as quatro seguintes alternativas: FA SUP01: Fornecedor com fábricas no Brasil e França; FA SUP03: Fornecedor com fábricas no Brasil e Dinamarca; FA SUP02: Fornecedor com fábricas no Brasil e Reino Unido; FA SUP04: Fornecedor com fábrica no Brasil. 4 Apresentação e análise dos resultados 4.1 Aplicação da AHP ao problema em questão Foi considerada a escala fundamental de valores desenvolvida por Saaty (1980), para avaliar e comparar os diferentes níveis hierárquicos do problema tratado neste trabalho, conforme mostrado na Figura 2.
9 Figura 2: Escala Fundamental de Valores. Fonte: Saaty (1980) Tomando como base a hierarquia da Figura 1, seguiu-se a comparação entre os critérios no segundo nível hierárquico (Tabela 1). C1 - Concentração Fabril C2 - Qualidade Apurada C3 - Logística de Recebimento C4 - Custo contratado Tabela 1: Comparação entre subcritérios do critério Qualidade. C1 - Concentração Fabril C2 - Qualidade Apurada C3 - Logística de Recebimento C4 - Custo contratado 1/1 3/1 7/1 2/1 1/3 1/1 9/1 2/1 1/7 1/9 1/1 1/3 1/2 1/2 3/1 1/1 SOMA 83/42 83/18 20/1 16/3 Fonte: Autoria própria
10 Em seguida, foi verificada a consistência da análise dos critérios (RC = 0,077) (SAATY, 2004). Na sequência foi feita a comparação entre pares de subcritérios considerando a consistência das respostas. Foram nomeados os subcritérios da seguinte forma: SC1 - Nível de Alocação; SC2 - Capacidade Instalada; SC3 - Frete Contratual; SC4 - Distância Fabril; SC5 Experiência; SC6 - Não Conformidades; SC7 - Pronto Atendimento; A Tabela 2 demonstra como exemplo os subcritérios de qualidade comparados. Tabela 2: Comparação entre subcritérios do critério Qualidade. SC5 - Experiência SC6 - Não Conformidades SC7 - Pronto Atendimento SC5 - Experiência 1/1 1/3 3/1 SC6 - Não Conformidades SC7 - Pronto Atendimento 3/1 1/1 5/1 1/3 1/5 1/1 SOMA 13/3 23/15 9/1 Semelhantemente ao que foi executado para os Critérios, foi calculada a prioridade relativa dos subcritérios e avaliada a Razão de Consistência (RC=0,033), que neste caso também foi menor do que 10%, indicando que o nível de consistência dos julgamentos não está emparelhado aleatoriamente, portanto consistente. Em uma próxima etapa foi realizada a comparação paritária entre as Alternativas a luz dos critérios ou subcritérios, conforme demonstrado nas Tabelas 3 a 10.
11 Tabela 3: Comparação das Alternativas frente ao subcritério Nível de Alocação. Nível de Alocação A1 - FA SUP01 A2 - FA SUP02 A3 - FA SUP03 A4 - FA SUP04 A1 - FA SUP01 1/1 1/5 1/7 1/1 A2 - FA SUP02 5/1 1/1 1/3 5/1 A3 - FA SUP03 7/1 3/1 1/1 7/1 A4 - FA SUP04 1/1 1/5 1/7 1/1 SOMA 14/1 22/5 34/21 14/1 Tabela 4: Comparação das Alternativas frente ao subcritério Capacidade Instalada. Capacidade A1 - FA SUP01 A2 - FA SUP02 A3 - FA SUP03 A4 - FA SUP04 A1 - FA SUP01 1/1 3/1 5/1 7/1 A2 - FA SUP02 1/3 1/1 2/1 5/1 A3 - FA SUP03 1/5 1/2 1/1 5/1 A4 - FA SUP04 1/7 1/5 1/5 1/1 SOMA 176/105 47/10 41/5 18/1 Tabela 5: Comparação das Alternativas frente ao subcritério Experiência. Experiência A1 - FA SUP01 A2 - FA SUP02 A3 - FA SUP03 A4 - FA SUP04 A1 - FA SUP01 1/1 2/1 2/1 7/1 A2 - FA SUP02 1/2 1/1 1/1 5/1 A3 - FA SUP03 1/2 1/1 1/1 3/1 A4 - FA SUP04 1/7 1/5 1/3 1/1 SOMA 15/7 21/5 13/3 16/1 Tabela 6: Comparação das Alternativas frente ao subcritério Não Conformidade. Não A1 - FA SUP01 A2 - FA SUP02 A3 - FA SUP03 A4 - FA SUP04 Conformidade A1 - FA SUP01 1/1 3/1 1/2 1/1 A2 - FA SUP02 1/3 1/1 1/3 1/1 A3 - FA SUP03 2/1 3/1 1/1 1/1 A4 - FA SUP04 1/1 1/1 1/1 1/1 SOMA 13/3 8/1 17/6 4/1
12 Tabela 7: Comparação das Alternativas frente ao subcritério Atendimento. Atendimento A1 - FA SUP01 A2 - FA SUP02 A3 - FA SUP03 A4 - FA SUP04 A1 - FA SUP01 1/1 1/1 1/2 1/3 A2 - FA SUP02 1/1 1/1 1/2 1/4 A3 - FA SUP03 2/1 2/1 1/1 1/2 A4 - FA SUP04 3/1 4/1 2/1 1/1 SOMA 7/1 8/1 4/1 25/12 Tabela 8: Comparação das Alternativas frente ao subcritério Frete. Frete A1 - FA SUP01 A2 - FA SUP02 A3 - FA SUP03 A4 - FA SUP04 A1 - FA SUP01 1/1 2/1 2/1 1/3 A2 - FA SUP02 1/2 1/1 2/1 1/3 A3 - FA SUP03 1/2 1/2 1/1 1/5 A4 - FA SUP04 3/1 3/1 5/1 1/1 SOMA 5/1 11/2 10/1 28/15 Tabela 9: Comparação das Alternativas frente ao subcritério Distância Fabril (frete). Distância A1 - FA SUP01 A2 - FA SUP02 A3 - FA SUP03 A4 - FA SUP04 Fabril A1 - FA SUP01 1/1 2/1 2/1 1/2 A2 - FA SUP02 1/2 1/1 2/1 2/1 A3 - FA SUP03 1/2 1/2 1/1 1/3 A4 - FA SUP04 2/1 1/2 3/1 1/1 SOMA 4/1 4/1 7/1 17/6 Tabela 10: Comparação das Alternativas frente ao Custo Contratado. Custo A1 - FA SUP01 A2 - FA SUP02 A3 - FA SUP03 A4 - FA SUP04 A1 - FA SUP01 1/1 1/3 1/5 1/1 A2 - FA SUP02 3/1 1/1 1/3 3/1 A3 - FA SUP03 5/1 3/1 1/1 5/1 A4 - FA SUP04 1/1 1/3 1/5 1/1 SOMA 10/1 14/3 26/15 10/1
13 Cada uma das matrizes de julgamento das alternativas foi normalizada, igualando todas em uma mesma unidade e em seguida foi avaliada a consistência entre as avaliações, obtendo uma Razão de Consistência (RC=0,0038), indicando a adequação dos julgamentos. Em seguida foram aplicados os pesos de cada um dos subcritérios, de modo a se obter as prioridades compostas por alternativa considerada, conforme mostrado na tabela 11. As prioridades compostas são o produto das prioridades relativas das alternativas pelo peso do critério ou subcritério analisado. Tabela 11: Resultados das Prioridades Compostas das Alternativas de contratos FA. Nível de Alocação Capacidade Instalada Experiência Não Conformidades Pronto Atendimento Frete Contratual Distância Fabril Custo contratado PRIORIDADES COMPOSTAS PESO 39,2 7,8 7,9 19,2 3,2 3,5 1,7 17,5 100 A1 - FA SUP01 A2 - FA SUP02 A3 - FA SUP03 A4 - FA SUP04 6,9 55,8 55,8 25,8 13,8 22,2 28,3 9, ,7 23,3 23,3 14,2 12,8 15,8 28,7 25, ,5 15,6 15,6 36,0 25,6 9,6 11,5 55, ,9 5,2 5,2 24,0 47,7 52,4 31,5 9, Desta forma chegou-se a um ranking de alternativas, que é o resultado da aplicação do Método AHP para decisão das prioridades para colocação de pedidos de compra de dutos de produção de óleo em contratos FA. O FA da empresa SUP03 se mostrou nesta avaliação a melhor opção e o FA da empresa SUP04, a pior opção para formalização de um pedido, segundo os critérios abordados e resultados das prioridades compostas das alternativas. 5 Considerações Finais Foi utilizado o método de Análise Hierárquica de Processo (AHP) na determinação da melhor opção de Contrato FA para fornecimento de dutos de produção de óleo no âmbito da
14 empresa de óleo e Gás sediada no estado do Rio de Janeiro. Foram consultados os principais atores envolvidos nos Comitês FA, que fazem a indicação da melhor opção de contrato ao nível de competência pela tomada de decisão. Foi demonstrado que no período de aplicação desta pesquisa, os critérios que mais influenciaram na escolha de um contrato firmado do tipo FA são a concentração fabril, a qualidade entregue e o custo contratual das estruturas de dutos. O método AHP mostrou que o nível de alocação dos sites de fabricação do fornecedor associado ao Contrato FA é um dos subcritérios com maior significância nos julgamentos dos atores do processo, opção corroborada pela preocupação com a concentração excessiva de pedidos com determinado fabricante. O subcritério não conformidade teve um peso significativo demostrado na aplicação do AHP. Este fato é respaldado pela preocupação do Comitê FA, com a qualidade do produto entregue e presença de anomalias ou defeitos que impeçam a pronta utilização do duto. Além disto, no cenário atual do mercado de petróleo, o direcionador custos tem uma grande importância dado a recente queda nas cotações do Brent, que respalda os investimentos necessários aos projetos de investimento das empresas petrolíferas em todo o mundo. Desta forma, o resultado da aplicação do método AHP no caso abordado neste artigo, é consistente com o maior grau de importância do direcionador custos. Dentre as alternativas estudadas neste artigo, a que obteve maior prioridade composta foi a do contrato FA SUP03, o que pode ser justificado por ser um contrato relativamente novo, que ainda não apresentou quantidade significativa de anomalias de entrega ou de produto, tem bom saldo contratual para encaixe de novos pedidos e nível de alocação fabril ainda baixo, aliado a custo contratual das estruturas razoável. Como recomendação para futuros trabalhos, colocamos a extensão da aplicação do AHP para priorizar Contratos FA de outras estruturas de dutos flexíveis, quais sejam: injeção de gás, injeção de água, gas lift, exportação de gás e umbilicais eletro-hidráulicos, com a devida avaliação de consistência dos julgamentos. O processo decisório não é simples e envolve aspectos objetivos e opiniões subjetivas dos atores que participam das mesmas, o que pode ser constatado nos julgamentos dos critérios adotados na escolha da melhor opção de Contrato FA para fornecimento de dutos de produção de óleo. Neste contexto, a aplicação do AHP se mostrou uma ferramenta satisfatória, facilitando a tomada de decisão pelo Comitê FA, cujos membros possuem atribuições, responsabilidades e preocupações por vezes divergentes em suas áreas.
15 Referências: BARD, J. F. A MULTIOBJECTIVE METHODOLOGY FOR SELECTING SUBSYSTEM AUTOMATION OPTIONS. Management Science, v. 32, n. 12, p , BAUER, R. A.; COLLAR, E.; TANG, V. The Silverlake Project: Transformation at IBM. 1992New York, NY: Oxford University Press, CHU, Y.-P.; CHU, R.-L. The Subsidence of Preference Reversals in Simplified and Marketlike Experimental Settings: A Note. American Economic Review, v. 80, n. 4, p , FORMAN, E. H. Multicriteria prioritization in open and closed systems. George Washington University, FORMAN, E. H. Facts and fictions about the analytic hierarchy process. Mathematical and Computer Modelling, v. 17, n. 4 5, p , KATZ, J. M. Proceedings of the 2nd International Symposium on the Analytic Hierarchy Process. [s.l.] University of Pittsburgh, MCCORD, M.; DE NEUFVILLE, R. Empirical Demonstration that Expected Utility Decision Analysis is Not Operational. In: Foundations of Utility and Risk Theory with Applications. Dordrecht: Springer Netherlands, p SAATY, T. L. A scaling method for priorities in hierarchical structures. Journal of Mathematical Psychology, v. 15, n. 3, p , SAATY, T. L. The Analytic Hierarchy Process. Education, p. 1 11, SAATY, T. L. How to make a decision: The analytic hierarchy process. European Journal of Operational Research, v. 48, n. 1, p. 9 26, SAATY, T. L. Highlights and critical points in the theory and application of the Analytic Hierarchy Process. European Journal of Operational Research, v. 74, n. 3, p , SAATY, T. L. Decision making - the Analytic Hierarchy and Network Processes (AHP/ANP). Journal of Systems Science and Systems Engineering, v. 13, n. 1, p. 1 35, 2004.
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