TEORIA DO CRIME ANTIJURIDICIDADE. Prof. Ricardo Antonio Andreucci

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1 TEORIA DO CRIME ANTIJURIDICIDADE 1

2 É a relação de contrariedade entre o fato e o ordenamento jurídico. Não basta, para a ocorrência de um crime, que o fato seja típico (previsto em lei). É necessário também que seja antijurídico, ou seja, contrário à lei penal, que viole bens jurídicos protegidos pelo ordenamento jurídico. ANTIJURIDICIDADE 2

3 Estado de necessidade; Legítima defesa; Estrito cumprimento do dever legal; Exercício regular de direito. CAUSAS DE EXCLUSÃO 3

4 Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. ESTADO DE NECESSIDADE 4

5 Estado de necessidade é uma situação de perigo atual de interesses legítimos e protegidos pelo Direito, em que o agente, para afastá-la e salvar um bem próprio ou de terceiro, não tem outro meio senão o de lesar o interesse de outrem, igualmente legítimo. CONCEITO 5

6 Trata-se de causa excludente da antijuridicidade. Embora o fato seja considerado típico, não há crime em face da ausência de ilicitude. NATUREZA JURÍDICA 6

7 a)existência de perigo atual (ou iminente); REQUISITOS 7

8 b) Ameaça a direito próprio ou alheio; REQUISITOS 8

9 c) Inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado: a lei não exige do agente que sacrifique o seu bem jurídico para preservar o bem jurídico de terceiro. REQUISITOS 9

10 e)inexistência de dever legal de enfrentar o perigo; REQUISITOS 11

11 f) Conhecimento da situação de fato justificante: significa que o estado de necessidade requer do agente o conhecimento de que está agindo para salvaguardar um interesse próprio ou de terceiro. REQUISITOS 12

12 a) quanto à titularidade do interesse protegido: dividindose em estado de necessidade próprio (quando o agente salva direito próprio) ou estado de necessidade de terceiro (quando o agente salva direito de outrem); FORMAS DE ESTADO DE NECESSIDADE 13

13 b) quanto ao aspecto subjetivo do agente: dividindo-se em estado de necessidade real (em que a situação de perigo efetivamente está ocorrendo) e estado de necessidade putativo (em que o agente incide em erro descriminante putativa); FORMAS DE ESTADO DE NECESSIDADE 14

14 c) quanto ao terceiro que sofre a ofensa: dividindo-se em estado de necessidade agressivo (caso em que a conduta do agente atinge direito de terceiro inocente) e estado de necessidade defensivo (caso em que o agente atinge direito de terceiro que causou ou contribuiu para a situação de perigo). FORMAS DE ESTADO DE NECESSIDADE 15

15 Essa última diferenciação refletese no âmbito civil indenizatório, admitindo-se, nos arts. 188, II, e 929, do Código Civil, a reparação do dano apenas no estado de necessidade agressivo. FORMAS DE ESTADO DE NECESSIDADE 16

16 Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. LEGÍTIMA DEFESA 17

17 Legítima defesa é a repulsa a injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou de outrem, usando moderadamente os meios necessários. CONCEITO 18

18 Trata-se de causa excludente da antijuridicidade. Assim, embora seja típico o fato, não há crime em face da ausência de ilicitude. NATUREZA JURÍDICA 19

19 a) Agressão injusta, atual ou iminente. A agressão é injusta quando viola a lei, sem justificação (sine jure). Agressão atual é aquela que está ocorrendo. Agressão iminente é aquela que está prestes a ocorrer. REQUISITOS 20

20 b) Direito próprio ou de terceiro. Qualquer direito? REQUISITOS 21

21 c) Utilização dos meios necessários. Meios necessários = meios à disposição do agente. REQUISITOS 22

22 d) Utilização moderada de tais meios. Significa que o agente deve agir sem excesso. REQUISITOS 23

23 e)conhecimento da situação de fato justificante: significa que a legítima defesa requer do agente o conhecimento da situação de agressão injusta e da necessidade de repulsa (animus defendendi). REQUISITOS 24

24 a) quanto à titularidade do interesse protegido: dividindo-se em legítima defesa própria (quando a agressão injusta se voltar contra direito do agente) e legítima defesa de terceiro (quando a agressão injusta ocorrer contra direito de terceiro); FORMAS DE LEGÍTIMA DEFESA 25

25 b) quanto ao aspecto subjetivo do agente: dividindo-se em legítima defesa real (quando a agressão injusta efetivamente estiver presente) ou legítima defesa putativa (que ocorre por erro descriminante putativa); FORMAS DE LEGÍTIMA DEFESA 26

26 c) quanto à reação do sujeito agredido: dividindo-se em legítima defesa defensiva (quando o agente se limita a defender-se) e legítima defesa ofensiva (quando o agente, além de defender-se, também ataca o bem jurídico de terceiro). FORMAS DE LEGÍTIMA DEFESA 27

27 É aquela em que ocorre o excesso por erro de tipo escusável. O agente, inicialmente em legítima defesa, já tendo repelido a injusta agressão, supõe, por erro, que a ofensa ainda não cessou, excedendo-se nos meios necessários. LEGÍTIMA DEFESA SUBJETIVA 28

28 Ocorre a legítima defesa sucessiva na repulsa contra o excesso. LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA 29

29 É aquela que ocorre quando não há injusta agressão a ser repelida, uma vez que a conduta inicial do agente é ilícita. É a hipótese de legítima defesa contra legítima defesa, que não é admitida no nosso ordenamento jurídico. LEGÍTIMA DEFESA RECÍPROCA 30

30 São barreiras ou obstáculos para a defesa de bens jurídicos. Geralmente constituem aparatos destinados a impedir a agressão a algum bem jurídico, OFENDÍCULAS 31

31 seja pela utilização de animais (cães ferozes, por exemplo), seja pela utilização de aparelhos ou artefatos feitos pelo homem (arame farpado, cacos de vidro sobre o muro, cerca eletrificada, por exemplo). OFENDÍCULAS 32

32 Parcela da doutrina distingue ofendícula de defesa mecânica predisposta. As ofendículas são percebidas com facilidade pelas pessoas e não necessitam de aviso quanto à sua existência. Ex.: cacos de vidro sobre o muro, pontas de lança em uma grade, fosso etc. OFENDÍCULAS 33

33 Já as defesas mecânicas predispostas estão ocultas, ignoradas pelo suposto agressor, sendo necessário o aviso quanto à sua existência. Ex.: cerca eletrificada, armadilhas em geral, arma oculta, cão feroz etc. DEFESA MECÂNICA PREDISPOSTA 34

34 Ocorre quando a lei, em determinados casos, impõe ao agente um comportamento. Nessas hipóteses, amparadas pelo art. 23, III, do Código Penal, embora típica a conduta, não é ilícita. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL 35

35 Exemplos: policial que viola domicílio onde está sendo praticado um delito, ou emprega força indispensável no caso de resistência ou tentativa de fuga do preso (art. 284 do CPP); soldado que mata o inimigo no campo de batalha; oficial de justiça que viola domicílio para cumprir ordem de despejo. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL 36

36 Somente ocorre a excludente quando existe um dever imposto pelo Direito, seja em regulamento, decreto ou qualquer ato emanado do Poder Público, desde que tenha caráter geral, seja em lei, penal ou extrapenal. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL 37

37 Essa excludente da antijuridicidade vem amparada pelo art. 23, III, do Código Penal, que emprega a expressão direito em sentido amplo. A conduta, nesses casos, embora típica, não será antijurídica, ilícita. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO 38

38 Exemplos: desforço imediato no esbulho possessório (art. 1210, 1º, do CC); direito de retenção por benfeitorias; intervenções médico-cirúrgicas; a correção dos filhos pelos pais etc. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO 39

39 Culpabilidade é juízo de reprovação social. Para a Teoria Finalista Bipartida, funciona como pressuposto de aplicação da pena. Para a Teoria Finalista Tripartida constitui elemento do crime. CULPABILIDADE 40

40 Na culpabilidade, existe reprovação pessoal contra o autor devido à realização de um fato contrário ao direito, embora, nas circunstâncias, tivesse podido atuar de maneira diferente de como o fez. CULPABILIDADE 41

41 a) imputabilidade; b) potencial consciência da ilicitude; c) exigibilidade de conduta conforme o Direito. ELEMENTOS 42

42 Chama-se imputabilidade a capacidade do agente de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. IMPUTABILIDADE 43

43 Inimputabilidade é a incapacidade do agente de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. INIMPUTABILIDADE 44

44 O nosso Código Penal adotou, para aferir a imputabilidade, o critério biopsicológico, segundo o qual, num primeiro momento, verifica-se se o agente, na época do fato, era portador de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado; CRITÉRIO ADOTADO 45

45 num segundo momento, verificase se era ele capaz de entender o caráter ilícito do fato; e, num terceiro momento, verifica-se se ele tinha capacidade de determinar-se de acordo com esse entendimento. CRITÉRIO ADOTADO 46

46 Doença mental; Desenvolvimento mental incompleto; Desenvolvimento mental retardado; Embriaguez completa (caso fortuito ou força maior). CAUSAS EXCLUDENTES DE IMPUTABILIDADE 47

47 O art. 26, caput, do Código Penal tratou da doença mental como um pressuposto biológico da inimputabilidade. Deve ela ser entendida como toda moléstia que cause alteração na saúde mental do agente. DOENÇA MENTAL 48

48 Como desenvolvimento mental incompleto deve ser entendido aquele que ocorre nos inimputáveis em razão da idade e também aquele que ocorre nos silvícolas inadaptados. DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO 49

49 Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. MENORES DE 18 ANOS 50

50 Nesse dispositivo, o Código Penal adotou o critério biológico para aferição da imputabilidade do menor. Presunção absoluta de inimputabilidade do menor de 18 anos. CRITÉRIO BIOLÓGICO 51

51 O menor de 18 anos, a rigor, pratica crime (fato típico e antijurídico), faltando-lhe apenas a imputabilidade, ou seja, a culpabilidade, que é pressuposto de aplicação da pena. Logo, ao menor não se aplica sanção penal. MENORES DE 18 ANOS 52

52 Caracteriza-se por déficit de inteligência, que pode ocorrer sem qualquer outro transtorno psíquico, embora indivíduos mentalmente retardados possam apresentar certos transtornos psíquicos, de modo associado. DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO 53

53 O desenvolvimento mental retardado, portanto, é o estado mental característico dos oligofrênicos. DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO 54

54 Art. 28. (...) 1.º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. EMBRIAGUEZ COMPLETA CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR 55

55 Ocorre quando o agente se coloca, propositadamente, em situação de inconsciência para a prática de conduta punível. São casos de conduta livremente desejada, mas cometida no instante em que o sujeito se encontra em estado de inconsciência. ACTIO LIBERA IN CAUSA 56

56 Exemplo largamente difundido na doutrina é o do agente que, para praticar um delito, ingere voluntariamente substância alcoólica, encontrando-se em estado de inimputabilidade (embriaguez) por ocasião da conduta típica. ACTIO LIBERA IN CAUSA 57

57 Nesse caso, o agente responde normalmente pelo delito que praticou, pois se colocou voluntariamente em situação de inconsciência, desejando o resultado ou assumindo o risco de produzilo. ACTIO LIBERA IN CAUSA 58

58 Art. 26. (...).Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. SEMI-IMPUTABILIDADE 59

59 Nesse caso, o agente tem parcialmente diminuída sua capacidade de entendimento e de determinação, o que enseja a redução da pena de um a dois terços. SEMI-IMPUTABILIDADE 60

60 Não há exclusão da imputabilidade, persistindo a culpabilidade do agente e a consequente aplicação de pena, ainda que reduzida. Excepcionalmente, pode o juiz optar pela imposição ao semiimputável de medida de segurança. SEMI-IMPUTABILIDADE 61

61 62

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