1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO FATO TÍPICO

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1 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Teoria Constitucionalista do Delito PONTO 2: Legítima Defesa PONTO 3: Exercício Regular de Direito PONTO 4: Estrito Cumprimento do Dever Legal 1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO FATO TÍPICO 1) CONDUTA VOLUNTÁRIA Tipicidade formal 2) RESULTADO NATURALÍSTICO - Tipicidade formal 3) NEXO CAUSAL - Tipicidade formal 4) RELAÇÃO DE TIPICIDADE - Tipicidade formal 5) RESULTADO JURÍDICO RELEVANTE 6) IMPUTAÇÃO OBJETIVA DA CONDUTA Risco criado ou implementado: a) proibido; b) penalmente relevante; c) imputável objetiva à conduta. 7) IMPUTAÇÃO OBJETIVA DO RESULTADO a) Conexão entre o resultado juridicamente relevante e o risco proibido penalmente implementado; b) Domínio causal o resultado deve se situar no âmbito de proteção da norma. 8) IMPUTAÇÃO SUBJETIVA (nos crimes dolosos) TIPICIDADE PENAL = TIPICIDADE FORMAL + TIPICIDADE MATERIAL 2. LEGÍTIMA DEFESA Art. 23, II do CP. 2.1 NATUREZA JURÍDICA 2.2 REQUISITOS art. 25 do CP. a) Agressão injusta, atual ou iminente. a.1) Essa agressão tem que derivar de ato humano;

2 2 Se a agressão for de um animal consistirá em estado de necessidade, mas se o animal for utilizado como arma consistirá em legítima defesa. Doutrinadores defendem que é possível legítima defesa em reação a ataque de inimputável. a.2) Agressão injusta contrária às regras de direito. Não constitui necessariamente violência. Não constitui necessariamente fato típico tese do furto de uso: sujeito sem animus furandi toma para si o bem de terceiro, com a condição de devolvê-lo no mesmo lugar e nas mesmas circunstâncias. PERGUNTA: Essa agressão necessariamente deve ser dolosa? Sim, ex: agressão de hipnotizado. PERGUNTA: Cabe legítima defesa de ação omissiva (omissão injusta)? Sim. Ex: preso que já cumpriu sua pena, mas ainda não foi solto, a omissão do Estado é injusta, ele pode, por meios moderados, buscar sua liberdade. não lesou. a.3) Agressão atual é aquela que já começou a lesar o bem jurídico, mas ainda a.4) Agressão Iminente é a que está prestes a se tornar atual. Não cabe legítima defesa de agressão futura. Nem de agressão passada, pois consistiria em vingança. b) Direito próprio ou alheio atacado ou posto em risco de agressão. Direito entendido lato sensu ; todos os bens jurídicos podem ser defendidos, não há limitações. PERGUNTA: Cabe legítima defesa da honra? Sim, art. 110, 1º, II, CP, desde que os demais requisitos estejam presentes. Não cabe em homicídio, razões: a desapropriação dos bens jurídicos em conflito. Honra maculada é de quem foi deflagrada no colóquio criminoso. Direito estipula que no caso de adultério há a possibilidade de divórcio e não a possibilidade de homicídio. b.1) Direito de terceiro: Natureza do bem jurídico: * Indisponível cabe legítima defesa mesmo contra vontade do titular, art. 146, 3º, II, CP. * Disponível a recusa do terceiro impede a legítima defesa.

3 c) Reação com os meios necessários é o que o agente dispõe no momento para fazer cessar a agressão. Se o agente dispõe de um único meio, este meio é o necessário. Se o agente dispuser de vários meios defensivos, todos igualmente eficazes, o agente deve preferir o meio que conduza ao menor dano. d) Uso moderado de tais meios. Moderação significa proporção ente agressão e reação. Em regra, não cabe o crime de homicídio para defender o patrimônio, a não ser que a vida esteja em risco. 2.3 ESPÉCIES DE LEGÍTIMA DEFESA a) Quanto à titularidade do bem jurídico: a.1) Própria a.2) De Terceiro bem alheio. b) Quanto à reação: b.1) Agressiva ou Ativa quando a reação constituir fato típico. b.2) Defensiva ou Passiva quando a reação não constituir fato típico. c) Quanto ao elemento subjetivo do agente: 3 II, CP. c.1) Real efetivamente existe uma agressão injusta. Exclui a ilicitude, art. 23, c.2) Putativa quando o agente, por erro, supõe a existência da agressão injusta. Para teoria limitada da culpabilidade: exclui dolo e culpa e, consequentemente, a tipicidade posição majoritária (item 17 e 19 da Exposição de Motivos do CP), defende que é erro permissivo. Para a Teoria Extremada da culpabilidade, trata-se de erro de proibição, excluindo a culpabilidade posição não majoritária. c.3) Excessiva ou Subjetiva aquela em que o agente, por erro, excede aos limites da legítima defesa. DIFERENÇA ENTRE A ESPÉCIE PUTATIVA E A EXCESSIVA: Na putativa o erro existe desde a origem, na excessiva ele inicia após cessar a agressão injusta. Na putativa o erro existe desde a origem, na excessiva ele inicia após cessar a agressão injusta. 2.4 LEGÍTIMA DEFESA E ABERRATIO ICTUS Aberratio ictus está fundamentado no art. 73 do CP (considera as qualidades da pessoa visada). Legítima Defesa combinada com aberratio ictus, no caso de matar o agressor errado (art. 23 c/c art. 73).

4 4 Teses: a) Erro de fato (Nélson Hungria); b) Legítima Defesa Real (Magalhães Noronha) corrente majoritária c) Estado de Necessidade (Aníbal Bruno) OBS.: Não cabe legítima defesa real de legítima defesa real, mas cabe estado de necessidade de estado de necessidade. 2.5 CASOS ESPECIAIS DE LEGÍTIMA DEFESA discorda. a) Legítima Defesa Sucessiva autores majoritariamente admitem. Prof. b) Legítima Defesa Recíproca não cabe porque na mesma circunstância fática não há duas agressões injustas. c) Legítima Defesa Putativa ou Recíproca possível porque na putativa não precisa dos requisitos implícitos do art. 25 do CP. d) Legítima Defesa Real X Legítima Defesa Putativa possível. e) Legítima Defesa Putativa X Legítima Defesa Real em tese é possível. Art. 23, II, CP 3. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Onde há Direito inexiste crime. a) Lesões Graves decorrentes das atividades esportivas. A lei e a doutrina clássica entende que é causa legal da exclusão da ilicitude. Doutrina moderna defende que é fato atípico. b) Ofendículos são meios ofensivos predispostos à defesa da propriedade. Ex: cerca elétrica, arame farpado, cachorro no quintal. Se cumpriu todo os requisitos exigidos em lei para a instalação dos ofendículos, o fato é típico, mas lícito exercício regular de direito. Não cumprido os requisitos, há exercício irregular do direito. Legítima Defesa Preordenada é a natureza jurídica defendida por alguns autores.

5 5 c) Intervenções Médicas ou Cirúrgicas Para a lei, trata-se de causa de exclusão da ilicitude. Para a doutrina moderna é causa de atipicidade. Regra: exercício regular do direito. Exceção: estado de necessidade (ex: leigo que exerce a medicina na ausência de profissional habilitado). Art. 146, 3º, I do CP Em caso de perigo de morte, sem o consentimento da vítima, médico que realiza intervenção médica, trata-se de exercício regular de direito. 4. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL Art. 23, III do CP. 4.1 Natureza Jurídica: Depende, CP e dogmática classificam como causa legal de exclusão da ilicitude (art. 23, II). Para a Teoria da Tipicidade Conglobante e para a Teoria Constitucionalista do Delito trata-se de uma causa de atipicidade. 4.2 Executor da Medida: em regra, funcionário público. Particular pode se valer como destinatário mediato (ex: advogado). 4.3 Lei em sentido amplo: art. 59 da CF, todas as espécies são possíveis.

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