CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Penal Teoria do Crime. Período
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- Matheus Santana
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1 CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Teoria do Crime Promotor de Justiça Período
2 1) COMISSÃO EXAMINADORA PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE SP (2015) Após a leitura dos enunciados abaixo, assinale a alternativa correta: I- A teoria finalista, no conceito analítico de crime, o define como um fato típico e antijurídico, sendo a culpabilidade pressuposto da pena. II- A teoria clássica, no conceito analítico de crime, o define como um fato típico, antijurídico e culpável. III- A teoria clássica entende que a culpabilidade consiste em um vínculo subjetivo que liga a ação ao resultado, ou seja, no dolo ou na culpa em sentido estrito. IV- A teoria finalista entende que, por ser o delito uma conduta humana e voluntária que tem sempre uma finalidade, o dolo e a culpa são abrangidos pela conduta. V- A teoria finalista entende que pode existir crime sem que haja culpabilidade, isto é, censurabilidade ou reprovabilidade da conduta, inexistindo, portanto, a condição indispensável à imposição e pena. a) Somente o II e o III são verdadeiros. b) Somente o I e o IV são verdadeiros. c) Somente o I, IV e V são verdadeiros. d) Somente o I e II são verdadeiros. e) Todos são verdadeiros. 2) COMISSÃO EXAMINADORA PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE SP (2015) São elementos do fato típico: a) conduta, resultado, relação de causalidade e tipicidade. b) conduta, resultado, relação de causalidade e culpabilidade. c) conduta, resultado, antijuridicidade e culpabilidade. d) conduta, resultado, nexo de causalidade e antijuridicidade. e) conduta, relação de causalidade, antijuridicidade e tipicidade. 3) CONSULPLAN PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE MG (2012) Sobre a teoria finalista da ação, é INCORRETO afirmar: a) a partir do conceito ôntico de ação final, trata o injusto de maneira objetiva, quer dizer, o injusto é atribuído a uma pessoa em virtude do desvalor do resultado final. b) o tipo constitui um indício de antijuridicidade, característica que remonta à fase anterior ao neokantismo. c) confere à norma penal a função primária de proteção dos valores ético sociais. 2
3 d) pode ser apontada como precursora da moderna teoria da imputação objetiva, ao evidenciar a ilicitude como contrariedade a uma norma de determinação (perspectiva ex ante). 4) COMISSÃO EXAMINADORA PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE SP (2015) O erro de tipo: a) exclui a culpabilidade do agente pela ausência e impossibilidade de conhecimento da antijuridicidade do fato que pratica. b) exclui a culpabilidade porque o agente, ao tempo do crime, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. c) exclui o dolo, pois se trata de conduta típica justificada pela norma permissiva. d) exclui o dolo, tendo em vista que o autor da conduta desconhece ou se engana em relação a um dos componentes da descrição legal do crime, seja ele descritivo ou normativo. e) exclui a punibilidade por se tratar de causa de isenção de pena prevista para determinados crimes. 5) COMISSÃO EXAMINADORA PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE SP (2012) Motorista que, em estacionamento, se apodera de veículo pertencente a terceiro supondo-o seu, em decorrência de absoluta semelhança entre os automóveis, incide em a) erro de proibição. b) erro de tipo. c) crime impossível. d) erro determinado por terceiro. e) erro na execução. 6) CESPE PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE TO (2012) De acordo com as disposições do CP e da doutrina pertinente, assinale a opção correta a respeito da aplicação da lei penal e de aspectos diversos relacionados ao crime. a) Sucintamente, pode-se definir imputação objetiva como um conjunto de pressupostos jurídicos que condicionam a relação de imputação de um resultado jurídico a um determinado comportamento penalmente relevante. b) Crimes omissivos impróprios, comissivos por omissão ou omissivos qualificados são os que objetivamente são descritos como uma conduta negativa, de não fazer o que a lei determina, consistindo a omissão na transgressão da norma jurídica sem que haja necessidade de qualquer resultado naturalístico. Para a existência do crime, basta que o autor se omita quando deva agir. c) Diz-se agressivo o estado de necessidade quando a conduta do agente dirige-se diretamente ao produtor da situação de perigo, a fim de eliminá-la. d) Leis temporárias são aquelas que, por expressa previsão, vigem durante situações de emergência. e) Conforme o princípio da territorialidade, a lei penal deve ser aplicada a todos os homens, onde quer 3
4 que se encontrem, aplicando-se a lei nacional a todos os fatos puníveis, sem se levar em conta o lugar do delito, a nacionalidade de seu autor ou do bem jurídico lesado. 7) CESPE PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE RR (2012) No que diz respeito à relação de causalidade, à superveniência de causa independente e à relevância da omissão, assinale a opção correta. a) Ao tratar da omissão, em todas as suas formas, o CP proíbe resultado desvalorado pelo ordenamento jurídico. b) O delito omissivo próprio consuma-se com o resultado previsto pela norma, visto que é elemento do tipo de injusto. c) Quando preexistentes, as causas absolutamente independentes, de acordo com o que dispõe o CP, não excluem o nexo causal, visto que sua existência é anterior ao resultado e que elas são deflagradas por ação ou omissão do agente. d) No sistema penal brasileiro, é adotada a teoria da equivalência das condições, ou da conditio sine qua non, sendo considerada causa a condição sem a qual o resultado não teria ocorrido, o que limita a amplitude do conceito de causa com a superveniência de causa independente. e) As causas concomitantes absolutamente independentes não excluem o nexo causal, ocorrendo este apenas nas causas supervenientes. 8) CESPE PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE TO (2012) A respeito de aspectos diversos dos crimes bem como dos princípios aplicáveis ao direito penal, assinale a opção correta de acordo com as disposições do CP e da doutrina penal. a) Caracteriza situação de arrependimento eficaz o caso do agente que, durante a ação, diz para si "posso prosseguir, mas não quero" e encerra sua empreitada criminosa. b) Chama-se de dolo direto de segundo grau aquele que se dirige em relação ao fim proposto e aos meios escolhidos. c) Norma penal em branco homogênea, ou em sentido amplo, é aquela cujo complemento é oriundo da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento. d) Negligente é o agente que pratica um ato perigoso sem os cuidados que o caso requer. e) No erro de tipo essencial incriminador, o erro recai sobre os pressupostos fáticos de uma causa de justificação, isto é, excludente de ilicitude, que se encontra em tipos penais permissivos. 9) CESPE PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE RO (2013) No que se refere ao crime consumado e ao tentado, ao crime impossível, ao arrependimento posterior, à desistência voluntária e ao arrependimento eficaz, assinale a opção correta. a) Para a configuração do arrependimento posterior, o agente deve agir espontaneamente, e a reparação do dano ou a restituição do bem devem ser integrais. 4
5 b) No quase crime, segundo a teoria objetiva temperada, absoluta ou relativa, inexiste objeto jurídico em perigo de lesão, não havendo conduta punível. c) A pena imposta ao conatus, de acordo com a teoria subjetiva, é motivada pelo perigo a que é exposto o bem jurídico. d) Ocorre tentativa qualificada na desistência voluntária, no arrependimento eficaz e no arrependimento posterior. e) Segundo a teoria sintomática, examina-se, no que se refere à punibilidade da tentativa inidônea, se a realização da conduta do agente é a revelação de sua periculosidade. 10) COMISSÃO EXAMINADORA PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE SP (2011) Em relação ao crime culposo, é correto afirmar que: a) é sempre possível a tentativa. b) só é possível a tentativa na chamada culpa consciente. c) nunca é possível a tentativa. d) é possível a tentativa na culpa imprópria. e) é possível a tentativa na culpa inconsciente. 11) COMISSÃO EXAMINADORA PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE SP (2011) Para que se reconheça a incidência do chamado arrependimento posterior, previsto em nossa lei penal, é indispensável que a) a reparação do dano, ainda que não voluntária, seja do conhecimento do agente. b) a reparação do dano ou a restituição da coisa seja feita até o recebimento da denúncia ou da queixa. c) o crime cometido seja de natureza patrimonial e sem violência à coisa. d) a reparação do dano ou a restituição da coisa seja feita até o trânsito em julgado da sentença. e) a reparação do dano ou a restituição da coisa seja feita por ato espontâneo do agente ou de terceiro. Gabarito 1) E 2) A 3) A 4) D 5) B 6) A 7) D 8) C 9) E 10) D 11) B 5
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