Legítima Defesa. Aula 10 de março de 2017
|
|
- Samuel Alves Melgaço
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 Legítima Defesa Aula 10 de março de 2017 Peculiaridades: 1. Admite-se a legítima defesa quando a agressão provém de inimputáveis. 2. Não se admite legítima defesa contra ataque de animais. 3. Admite-se a legítima defesa de todos os direitos protegidos. 4. Não se admite a legítima defesa contra legítima defesa. 5. Admite-se a legítima defesa real contra a legítima defesa putativa. 6. Admite-se a legítima defesa putativa contra a real. 7. Admite-se a legítima defesa contra qualquer discriminante putativa. Requisitos: 1. Reação a uma agressão humana. 2. A agressão repelida tem que ser injusta, atual ou iminente. 3. Uso moderado e necessário. 4. Intenção de se defender. Artigo 23, inciso III Estrito cumprimento do dever legal Ocorre quando a Lei, em determinado caso impõe ao agente um comportamento, embora típica a conduta, não é ilícita (antijuridicidade). Somente ocorre a excludente quando existe um dever imposto pela Lei ( Lato sensu ). Estão excluídos da proteção legal dos deveres: Moral Social Religioso. Artigo 23, inciso III Exercício regular de um direito É prática contumaz de algo permitido por contrato, seja oriundo de acordo, costumes, etc... Desde que gere direito. E por lei também desde que a lei faculte (e não obrigado).
2 (A partir daqui minha contribuição) Legítima defesa Art Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 1. Conceito. Nos termos do art. 25 do Código Penal, age em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Assim, diante de uma injusta agressão, não se exige o commodus discessus, ou seja, a simples e cômoda fuga do local. Por isso, se uma pessoa empunha uma faca e vai em direção à outra, e esta, para repelir a agressão, saca um revólver e mata o agressor, não comete crime, por estar acobertada pela legítima defesa. 2. Requisitos da legítima defesa a) Existência de uma agressão. A agressão não pode ser confundida com uma simples provocação. Enquanto a provocação é mera turbação, de efeitos apenas psicológicos e emocionais, a agressão é o efetivo ataque contra os bens jurídicos de alguém. A legítima defesa pressupõe a agressão consistente em um ataque provocado e praticado por pessoa humana. Ataques de animais não autorizam legítima defesa. Quem mata animal alheio que contra ele investe age em estado de necessidade. Observe-se, contudo, que, se o animal irracional é instigado por uma pessoa, pode-se falar em legítima defesa, visto que o animal aí serviu de instrumento para a ação humana. b) A agressão deve ser injusta. A injustiça da agressão exigida pelo texto legal está empregada no sentido de agressão ilícita, pois, caso contrário, não haveria justificativa para a legítima defesa. A ilicitude da agressão deve ser auferida de forma objetiva, independentemente de se questionar se o agressor tinha ciência de seu caráter ilícito. Desse modo, cabe, por exemplo, legítima defesa contra agressão de inimputável, seja ele doente mental, menor etc. Nessa mesma linha de raciocínio, admite-se também: a) Legítima defesa putativa contra legítima defesa putativa. Legítima defesa putativa é aquela imaginada por erro. Os agentes imaginam haver agressão injusta quando na realidade esta inexiste. É o que ocorre, por exemplo, quando dois desafetos se encontram e, equivocadamente, acham que serão agredidos um pelo outro.
3 b) Legítima defesa real de legítima defesa putativa. Ex.: uma pessoa atira em um parente que está entrando em sua casa, supondo tratar-se de um assalto. O parente, que também está armado, reage e mata o primeiro agressor. c) Legítima defesa putativa de legítima defesa real. Ex.: A vai agredir B. A joga B no chão. B, em legítima defesa real, imobiliza A. Nesse instante, chega C e, desconhecendo que B está em legítima defesa real, o ataca agindo em legítima defesa putativa de A (legítima defesa de terceiro). d) Legítima defesa contra agressão culposa. Isso porque ainda que a agressão seja culposa, sendo ela também ilícita, contra ela cabe a excludente. Por outro lado, não se admite: a) legítima defesa real de legítima defesa real; b) legítima defesa real de estado de necessidade real; c) legítima defesa real de exercício regular de direito real; d) legítima defesa real de estrito cumprimento do dever legal real. Isso porque em nenhum desses casos tem-se agressão injusta, ilícita. c) A agressão deve ser atual ou iminente. Agressão atual é a que está ocorrendo. Agressão iminente é a que está prestes a ocorrer. A lei não admite legítima defesa contra agressão futura (suposta). d) Que a agressão seja dirigida à proteção de direito próprio ou de terceiro. Admitese a legítima defesa no resguardo de qualquer bem jurídico: vida, integridade corporal, patrimônio, honra etc. Deve, entretanto, haver proporcionalidade entre os bens jurídicos em conflito. Assim, não há como aceitar-se legítima defesa na prática de um homicídio apenas porque alguém ofendeu o agente com palavras de baixo calão. A legítima defesa de terceiro pode voltar-se inclusive contra o próprio terceiro, como no caso em que se agride um suicida para evitar que ele se mate. e) Utilização dos meios necessários. Meios necessários são os meios menos lesivos, ou seja, menos vulnerantes à disposição do agente no momento da agressão. Ex.: uma
4 pessoa tem um porrete e uma arma de fogo quando começa a ser agredida. Ora, se ela pode conter o agressor com o porrete, não deve utilizar a arma de fogo para tanto. Se o meio é desnecessário, não há que se cogitar em excesso, pois descaracteriza-se de plano a legítima defesa. A jurisprudência, entretanto, vem entendendo de modo diverso. f) Moderação. Encontrado o meio necessário para repelir a injusta agressão, o sujeito deve agir com moderação, ou seja, não ir além do necessário para proteger o bem jurídico agredido. g) Elemento subjetivo. Tal como ocorre no estado de necessidade (e nas demais excludentes), só poderá ser reconhecida a legítima defesa se ficar demonstrado que o agente tinha ciência de que estava agindo acobertado por ela, ou seja, que estava ciente da presença de seus requisitos. 3. Excesso (art. 23, parágrafo único). Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. É a intensificação desnecessária de uma conduta inicialmente justificada. O excesso sempre pressupõe um início de situação justificante. A princípio, o agente estava agindo coberto por uma excludente, mas, em seguida, a extrapola. O excesso pode ser: a) Doloso. Descaracteriza a legítima defesa a partir do momento em que é empregado o excesso, e o agente responde dolosamente pelo resultado que produzir. Ex.: uma pessoa que inicialmente estava em legítima defesa consegue desarmar o agressor e, na sequência, o mata. Responde por crime de homicídio doloso. b) Culposo (ou excesso inconsciente, ou não intencional). É o excesso que deriva de culpa em relação à moderação, e, para alguns doutrinadores, também quanto à escolha dos meios necessários. Nesse caso, o agente responde por crime culposo. Trata-se também de hipótese de culpa imprópria. O excesso, doloso ou culposo, é também aplicável nas demais excludentes de ilicitude (estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal, exercício regular de direito etc.). 4. Diferenças entre o estado de necessidade e a legítima defesa.
5 São inúmeras as diferenças. As principais são as seguintes: a) no estado de necessidade, há um conflito entre bens jurídicos; na legítima defesa, ocorre uma repulsa contra um ataque; b) no estado de necessidade, o bem é exposto a risco; na legítima defesa, o bem sofre uma agressão atual ou iminente; c) no estado de necessidade, o perigo pode ser proveniente de conduta humana ou animal; na legítima defesa, a agressão deve ser humana; d) no estado de necessidade, a conduta pode atingir bem jurídico de terceiro inocente; na legítima defesa, a conduta pode ser dirigida apenas contra o agressor. Exclusão de ilicitude Art Não há crime quando o agente pratica o fato: III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO (art. 23, III) Consiste na atuação do agente dentro dos limites conferidos pelo ordenamento legal. O sujeito não comete crime por estar exercitando uma prerrogativa a ele conferida pela lei. Exs.: na recusa em depor em juízo por parte de quem tem o dever legal de guardar sigilo; na intervenção cirúrgica (desde que haja consentimento do paciente ou de seu representante legal); nas lesões esportivas, desde que respeitadas as regras do esporte etc. A palavra direito foi empregada em sentido amplo, de forma a abranger todas as espécies de direito subjetivo, penal ou extrapenal. O exercício abusivo do direito faz desaparecer a excludente. 1. Ofendículos. São aparatos visíveis destinados à defesa da propriedade ou de qualquer outro bem jurídico. Exs.: pontas de lança em portão; cacos de vidro em cima de um muro; tela elétrica com aviso. O uso de ofendículos é lícito, desde que não coloquem em risco pessoas não agressoras. Quanto à natureza destes, há duas opiniões: 1a) Há legítima defesa preordenada. Existe a legítima defesa porque o aparato só funcionará quando houver agressão, e é preordenada porque foi posta anteriormente a esta.
6 2a) Não há crime, pois há exercício regular do direito de defesa de bens jurídicos. Não se poderia cogitar de legítima defesa por não haver agressão atual ou iminente. 2. Defesa mecânica predisposta. São aparatos ocultos que têm a mesma finalidade dos ofendículos. Podem, dependendo das circunstâncias, caracterizar algum crime culposo. Ex.: colocar uma tela elétrica sem aviso. Se alguém encosta e sofre lesão, o responsável pela colocação da tela responde por lesão culposa. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL (art. 23, III) Não há crime quando o agente atua no estrito cumprimento de um dever legal. Esse dever deve constar de lei, decretos, regulamentos ou atos administrativos fundados em lei e que sejam de caráter geral. Exs.: oficial de justiça que apreende bens para penhora; policial que lesiona assaltante em fuga etc. Como a excludente exige o estrito cumprimento do dever, deve-se ressaltar que haverá crime quando o agente extrapolar os limites deste. Legítima defesa segundo Damásio de Jesus NATUREZA JURÍDICA Podemos estabelecer dois grupos de teorias que procuram fundamentar a legítima defesa: a) teorias que entendem o instituto com escusa e causa de impunidade; b) teorias que fundamentam o instituto como exercício de um direito e causa de justificação. As primeiras partem do seguinte princípio: o homicídio cometido em legítima defesa é voluntário, não se castigando o autor porque se fundamenta na conservação da existência. Teorias por demais restritas, uma vez que se baseiam exclusivamente no homicídio, deixando de lado outros bens jurídicos que podem ser lesados por vários crimes. Entendemos que a legítima defesa constitui um direito e causa de exclusão da antijuridicidade. Não é certo afirmar que exclui a culpabilidade. Como dizia Bettiol, afirmar que constitui uma causa de isenção de culpabilidade supõe desconhecer o que há de
7 mais característico na luta em que se vê o bem injustamente agredido. Não pode ser considerada ilícita a afirmação do próprio direito contra a agressão que é contrária às exigências do ordenamento jurídico. É uma causa de justificação porque não atua contra o direito quem comete a reação para proteger um direito próprio ou alheio ao qual o Estado, em face das circunstâncias, não pode oferecer a tutela mínima3. É a orientação seguida pelo nosso CP, ao afirmar que não há crime quando o agente pratica o fato em legítima defesa (art. 23, II). CONCEITO E REQUISITOS Nos termos do art. 25 do CP, entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Requisitos: a) agressão injusta, atual ou iminente; b) direitos do agredido ou de terceiro, atacado ou ameaçado de dano pela agressão; c) repulsa com os meios necessários; d) uso moderado de tais meios; e) conhecimento da agressão e da necessidade da defesa (vontade de defender-se). A ausência de qualquer dos requisitos exclui a legítima defesa. AGRESSÃO INJUSTA, ATUAL OU IMINENTE. QUESTÕES VÁRIAS Agressão é a conduta humana que ataca ou coloca em perigo um bem jurídico. O ataque de animais não enseja a legítima defesa, mas sim o esta- do de necessidade, pois a expressão agressão indica conduta humana. E se o sujeito açula um cão bravio contra a vítima? Trata-se de legítima defesa ou estado de necessidade? Entendemos que se trata de um caso em que a agressão humana é praticada utilizandose de um instrumento, que é o animal bravio, permitindo-se a legítima defesa.
8 A agressão pode ser ativa ou passiva (ação ou omissão). Tratando-se de conduta omissiva, é preciso que o agressor omitente esteja obrigado a atuar. Comete agressão o carcereiro que, diante do alvará de soltura, por vingança se nega a libertar o recluso. Embora na maior parte das vezes a agressão se faça mediante violência (física ou moral), isso não é imprescindível. Ex.: A pode agir em legítima defesa contra B, que está prestes a cometer um furto mediante destreza contra C. Exige-se que a agressão seja injusta, contrária ao ordenamento jurídico (ilícita). Se a agressão é lícita, a defesa não pode ser legítima. Assim, não comete o fato acobertado pela causa de exclusão de ilicitude quem repele uma diligência de penhora em seus bens realizada por um oficial de justiça munido de mandado judicial. A conduta do oficial, se bem que constitua agressão, não é injusta. Admite-se legítima defesa contra quem pratica o fato acobertado por causa de exclusão da culpabilidade, como a coação moral irresistível (art. 22, 1.a parte), a obediência hierárquica (art. 22, 2.a parte) ou a embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior (CP, art. 28, 1.o)? Tratando-se de causas que excluem a culpabilidade do agente, a ilicitude do fato praticado pelo agressor permanece íntegra, pelo que se admite a defesa lícita. Assim, se o sujeito, sob coação moral irresistível, está prestes a agredir a vítima, esta pode reagir em legítima defesa. Há legítima defesa contra legítima defesa? Duas pessoas, agindo uma contra a outra, podem encontrar-se em legítima defesa? Não há legítima defesa contra legítima defesa (legítimas defesas recíprocas). Se A se encontra em legítima defesa contra B, é porque a conduta deste constitui agressão injusta. Ora, se o comportamento de B é ilícito, não pode ser ao mesmo tempo lícito. E o caso dos dois náufragos que se agridem pela posse da tabula unius capax? Não se encontram em legítima defesa? Trata-se de estado de necessidade contra estado de necessidade. Ambos agem licitamente, pelo que a conduta de nenhum deles pode constituir agressão injusta. Admite-se hipótese de legítimas defesas putativas recíprocas. Dois inimigos, armados, encontram-se. Ambos levam a mão na altura da cintura, à procura de um objeto qualquer. Os dois, supondo a iminência da agressão, sacam das armas e acionam os gatilhos,
9 ferindo-se. Prova-se depois que nenhum dos dois pretendia agredir o outro. As duas tentativas de homicídio foram praticadas em legítima defesa putativa. Admite-se legítima defesa contra estado de necessidade? Quem age em estado de necessidade realiza uma conduta em que está ausente a antijuridicidade. Ausente a ilicitude, não se pode dizer que o comportamento constitui agressão injusta. Logo, os dois se encontram em estado de necessidade. Admite-se legítima defesa real contra legítima defesa putativa? Há legítima defesa putativa quando o agente, por erro de tipo ou de proibição plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe encontrar-se em face de agressão injusta, atual ou iminente, a direito próprio ou de outrem. Não exclui a ilicitude do fato, mas a tipicidade do fato ou a culpabilidade do agente. Diante disso, a conduta que constitui a legítima defesa putativa é injusta, ensejando que o suposto agressor inicial pratique a ofensa legítima. Ex.: A ameaça B de morte. A, certo dia, encontrando-se com B, leva a mão à cintura, como se estivesse à procura da arma. B, supondo que vai ser alvejado com arma de fogo, empolga o seu revólver, estando prestes a atirar em A. Este, que apenas estava procurando um lenço, percebendo que se encontra na iminência de ser atingido, toma de C um revólver e mata B. B estava em legítima defesa putativa, pois, diante das circunstâncias (ameaça anterior e menção suposta de A empolgar uma arma), supôs a iminência da agressão injusta. Como a legítima defesa putativa não exclui a ilicitude, a conduta de B era injusta, permitindo a legítima defesa real de A. Da mesma forma, admite-se legítima defesa real contra as outras descriminantes putativas (estado de necessidade putativo, estrito cumprimento de dever legal putativo e exercício regular de direito putativo). Há também legítima defesa real contra legítima defesa subjetiva. É possível legítima defesa putativa contra legítima defesa real? É. Ex.: vejo um estranho prestes a atirar em meu pai. Supondo agir em legítima defesa de terceiro, atiro e o mato. Prova-se depois que o estranho estava em legítima defesa, na iminência de agressão injusta de meu pai. Pratiquei o ato em legítima defesa putativa contra a legítima defesa real do estranho.
10 Não é preciso que a agressão seja dolosa. A conduta culposa também pode atacar ou pôr em perigo o bem jurídico. O carcereiro que, por negligência, deixa de soltar o preso que já cumpriu a pena comete injusta agressão ao seu direito de liberdade, ensejando a repulsa legítima daquele. É necessário que a agressão constitua um injusto penal? Não é preciso, bastando que o comportamento do agressor contrarie o direito (em sentido amplo). A provocação do agredido exclui a injustiça da agressão? A, embriagado, provoca B. Por esse motivo, B está na iminência de agredir o provocador. Este pode agir em legítima defesa? A provocação de A exclui a injustiça da iminente agressão de B? Se a provocação não constitui agressão, não fica excluída a possibilidade de seu autor agir em legítima defesa. Não é razoável que diante da provo- cação inicial o seu autor fique à mercê do agressor. Agora, se a provocação constitui agressão, o provocador não pode agir em legítima defesa, pois a conduta agressiva do provocado é lícita. Se a conduta dele é legítima, o posterior comportamento do provocador não pode ser também legítimo, uma vez que não há legítima defesa contra legítima defesa. A hipótese não se confunde com o denominado pretexto de legítima defesa ( pro- vocação intencional de situação de legítima defesa ). Ocorre quando a provocação é realizada com o fim de produzir uma situação de defesa legítima. É o caso de o sujeito provocar a agressão da vítima para matá-la. Nélson Hungria apresentava o seguinte caso: Tício, querendo eliminar Caio, de cuja mulher é amante, faz com que ele surpreenda o adultério, e quando Caio saca do punhal e investe furioso, Tício, de sobreaviso, mata-o com um tiro de revólver. Tício não poderá invocar a descriminante, embora a simples provocação de sua parte não autorizasse o ataque de Caio, pois a situação externa apenas em aparência era de legítima defesa, não passando, na realidade, de um ardil por ele próprio preparado, apresentando-se um homicídio doloso. A agressão, além de injusta, deve ser atual ou iminente. Agressão atual é a presente, a que está acontecendo. Ex.: A está agredindo B a golpes de faca. Agressão iminente é a que está prestes a ocorrer. Ex.: A está perseguindo B para atacá-lo a golpes de faca. A reação do agredido é sempre preventiva: impede o início da ofensa ou sua continuidade, que iria produzir maior lesão. Não há legítima defesa contra a agressão passada ou futura. Se a agressão já ocorreu, a conduta do agredido não é preventiva, tratando-se de vingança ou comportamento
11 doentio. Se há ameaça de mal futuro, pode intervir a autoridade pública para evitar a consumação. Devemos admitir como aplicável ao nosso sistema penal a seguinte lição de Antolisei: a lesão do bem jurídico pode persistir e ser atual mesmo depois de consumado o delito que eventualmente constitui a agressão injusta. Se a conduta do agres- sor perdura, fazendo com que seja mais intensa a lesão do interesse, como ocorre nos delitos permanentes (ex.: sequestro), admissível é a legítima defesa do agredido enquanto exista a privação de sua liberdade.
1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO FATO TÍPICO
1 DIREITO PENAL PONTO 1: Teoria Constitucionalista do Delito PONTO 2: Legítima Defesa PONTO 3: Exercício Regular de Direito PONTO 4: Estrito Cumprimento do Dever Legal 1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO
Leia maisDireito Penal. Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa. Professor Joerberth Nunes.
Direito Penal Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal ERRO DE TIPO, ERRO DE PROIBIÇÃO E ERRO SOBRE A PESSOA TÍTULO II
Leia maisTEORIA DO CRIME ANTIJURIDICIDADE. Prof. Ricardo Antonio Andreucci
TEORIA DO CRIME ANTIJURIDICIDADE 1 É a relação de contrariedade entre o fato e o ordenamento jurídico. Não basta, para a ocorrência de um crime, que o fato seja típico (previsto em lei). É necessário também
Leia maisTeoria geral do crime
CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 48 DATA 09/10/15 DISCIPLINA DIREITO PENAL (NOITE) PROFESSOR CHRISTIANO GONZAGA MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 06/08 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes
Leia maisILICITUDE PENAL. 1. Exclusão da ilicitude
ILICITUDE PENAL Ilicitude ou antijuridicidade é a relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento jurídico, de modo a causar lesão a um bem jurídico. Essa definição abrange dois aspectos:
Leia maisExcludentes de Ilicitude Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP
Excludentes de Ilicitude Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Legítima defesa Art. 25 CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
Leia maisILICITUDE PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES
ILICITUDE PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Ilicitude ou antijuridicidade? Conceito. Há doutrina ensinando que os termos são sinônimos. Ocorre que o CP apenas fala em ilicitude. Isto se dá, pois o FT é um
Leia maisDireito Penal. Dos Crimes Militares. Professor Fidel Ribeiro.
Direito Penal Dos Crimes Militares Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal DOS CRIMES MILITARES CONCEITOS DE CRIME www.acasadoconcurseiro.com.br 3 CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME
Leia maisILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE)
ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) Conceito: É a relação de contrariedade entre o fato humano e as exigências do ordenamento jurídico (sentido amplo), representando uma lesão ou
Leia maisConteúdo Edital PMGO
Direito Penal Parte Geral Professor Samuel Silva Conteúdo Edital PMGO 1. Princípios constitucionais do Direito Penal. 2. A lei penal no tempo. A lei penal no espaço. Interpretação da lei penal. 3. Infração
Leia maisDUCTOR ONLINE DIREITO PENAL
ONLINE CONCURSO PARA CARTÓRIOS EXTRAJUDICIAIS DIREITO PENAL DO (CP, artigos 13 a 25) O QUE É? Conceito analítico ANTIJURÍDICO ou ILÍCITO CULPÁVEL TIPICIDADE ANTIJURIDICIDADE ou ILICITUDE CULPABILIDADE
Leia maisTEORIA DO DELITO parte 3
TEORIA DO DELITO parte 3 EXCLUDENTES DE ILICITUDE Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Legítima defesa Art. 25 CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,
Leia maisDireito Penal. Tipicidade. Professor Adriano Kot.
Direito Penal Tipicidade Professor Adriano Kot www.acasadoconcurseiro.com.br www.estudaquepassa.com.br DIREITO PENAL TEORIA GERAL DO DELITO CONCEITO ANALÍTICO DIVIDE O CRIME EM TRÊS ELEMENTOS. SISTEMA
Leia maisANTIJURIDICIDADE 2. FORMAS DA ANTIJURIDICIDADE (ILICITUDE): 2.1 Antijuridicidade formal. 2.2 Antijuridicidade material
ANTIJURIDICIDADE 1. CONCEITO a antijuridicidade ou ilicitude deve ser entendida como um juízo de desvalor objetivo que recai sobre a conduta típica e se realiza com base em um critério geral: o ordenamento
Leia maisEDUARDO FARIAS DIREITO PENAL
EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL 1) O Código Penal Brasileiro estabelece, em seu artigo 137, o crime de rixa, especificamente apresentando os elementos a seguir. Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Leia maisDIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu
DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu www.eduardofernandesadv.jur.adv.br CONCEITO: ANTIJURIDICIDADE OU ILICITUDE é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento
Leia maisCRIME = FT + A + C AULA 16. Vamos agora dar prosseguimento, já que falamos do primeiro elemento que foi
Turma e Ano: Master A (2015) 13/05/2015 Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 16 Professor: Marcelo Uzeda de Farias Monitor: Alexandre Paiol AULA 16 CONTEÚDO DA AULA: - Ilicitude, exclusão de ilicitude
Leia maisProvas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s)
Programa de DIREITO PENAL I 2º período: 80 h/a Aula: Teórica EMENTA Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. OBJETIVOS Habilitar
Leia maisTEORIA DO DELITO parte 02
TEORIA DO DELITO parte 02 Resultado Desistência voluntária Art. 15 do CP Arrependimento eficaz Art. 15 do CP Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste
Leia maisResultado. Conceito: Lesão ou perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal (Mirabete)
LEGALE RESULTADO Resultado Conceito: Lesão ou perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal (Mirabete) Resultado Dessa forma, o resultado pode ser: - Físico (externo ao homem) - Fisiológico
Leia maisRegência: Professor Doutor Paulo de Sousa Mendes Colaboração: Catarina Abegão Alves, David Silva Ramalho e Tiago Geraldo. Grelha de correção
Grelha de correção 1. Responsabilidade criminal de Alfredo (6 vls.) 1.1 Crime de coação [art. 154.º/1 CP], contra Beatriz. Crime comum, de execução vinculada, pois realiza-se por meio de violência ou de
Leia maisDireito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 9 Antijuridicidade
Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 9 Antijuridicidade 1. Conceito De Antijuridicidade Conceito de Antijuridicidade Após analisar a tipicidade do fato, o segundo passo é analisar se ele também
Leia maisERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO
ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO Erro de tipo é o que incide sobre s elementares ou circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificação ou dados secundários da norma
Leia maisII - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA. Nexo causal
II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA Pressupostos da responsabilidade civil extracontratual (CC/02, art. 186) Conduta culposa Nexo causal Dano 1. A conduta - Conduta é gênero, de que são espécies:
Leia maisDireito Penal. Tentativa. Professor Joerberth Nunes.
Direito Penal Tentativa Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal TENTATIVA Art. 14. Diz-se o crime: Crime consumado TÍTULO II Do Crime I consumado, quando nele se reúnem todos
Leia maisSEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes
SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal CÓDIGO PENAL TÍTULO II Do Crime Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Art.
Leia maisPONTO 1: Ilicitude PONTO 2: Das Causas Legais de Exclusão da Ilicitude
1 DIREITO PENAL PONTO 1: Ilicitude PONTO 2: Das Causas Legais de Exclusão da Ilicitude OBS: ADPF 130 revogou totalmente a Lei 5.250/67 (Lei de Imprensa). Hoje aplica-se o CC e o CP nesses casos. STF, HC
Leia maisÍNDICE 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ERRO DO TIPO ERRO DE TIPO ESSENCIAL ERRO DO TIPO ACIDENTAL... 12
TEORIA DO ERRO ÍNDICE 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS...4 2. ERRO DO TIPO... 7 3. ERRO DE TIPO ESSENCIAL...9 4. ERRO DO TIPO ACIDENTAL... 12 Erro sobre a pessoa...12 Descriminantes putativas...12 Erro determinado
Leia maisAula nº. 62 USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA (PARTE II) (...) Art Usurpar o exercício de função pública:
Página1 Curso/Disciplina: Direito Penal - Parte Especial Aula: 62 - Usurpação de Função Pública (Parte II) e Resistência. Professor(a): Marcelo Uzêda Monitor(a): Leonardo Lima Aula nº. 62 USURPAÇÃO DE
Leia maisTipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei
LEGALE Tipo Penal Tipo Penal Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei Tipo Penal Dessa forma, o tipo penal: - do homicídio é MATAR ALGUÉM - do furto é SUBTRAIR PARA SI OU PARA OUTREM COISA
Leia maisReparação de Dano. A reparação do dano sempre beneficia o agente
LEGALE Reparação de Dano Reparação de Dano A reparação do dano sempre beneficia o agente Reparação de Dano Se o agente voluntariamente reparar o dano ou restituir a coisa, antes do recebimento da denúncia
Leia maisDIREITO PENAL MILITAR
DIREITO PENAL MILITAR Teoria Geral do Crime Militar Parte 6 Prof. Pablo Cruz Desistência voluntária e arrependimento eficaz Teoria Geral do Crime Militar Art. 31. O agente que, voluntariamente, desiste
Leia maisQuestão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar:
PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PENAL P á g i n a 1 Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar: a) O fato punível praticado sob coação irresistível é capaz de excluir
Leia maisSérie Resumos. Direito Penal Parte Geral FORTIUM. Brasília, DF (81) G971d
Série Resumos VYVYANY VIANA NASCIMENTO DE AZEVEDO GULART Promotora de Justiça do Distrito Federal; Professora universitária; Professora de cursos preparatórios para concursos; Ex-Delegada da Polícia Civil
Leia maisDireito Penal. Teoria do Erro no
Direito Penal Teoria do Erro no Direito Penal Noção Geral: Erro: Falsa representação da realidade; Introdução Distinção: Irrelevante distinção conceitual entre erro e ignorância (no direito penal); Espécies
Leia maisDIREITO PENAL MILITAR
DIREITO PENAL MILITAR Parte 7 Prof. Pablo Cruz Estado de Necessidade Estado de Necessidade Justificante Diz o CPM: Estado de necessidade, como excludente do crime Estado de Necessidade Exculpante Diz o
Leia maisIlicitude, ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico.
2) Ilicitude ou Antijuridicidade Ilicitude, ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico. Todo fato típico, em princípio, contraria
Leia mais3- Qual das seguintes condutas não constitui crime impossível?
1- Maria de Souza devia R$ 500,00 (quinhentos reais) a José da Silva e vinha se recusando a fazer o pagamento havia meses. Cansado de cobrar a dívida de Maria pelos meios amistosos, José decide obter a
Leia maisConceito de Erro. Falsa representação da realidade.
ERRO DE TIPO Conceito de Erro Falsa representação da realidade. Existem dois tipos de erros: ERRO DE TIPO art. 2O (exclui a tipicidade) ERRO DE PROIBIÇÃO art. 21 (exclui a culpabilidade) ERRO DE TIPO O
Leia maisDireito Penal Analista - TRF - 4ª fase
CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Analista - TRF - 4ª fase Período 2010-2016 1) FCC Técnico - MPE SE (2013) Por si própria, a conduta de premeditar um crime de homicídio caracteriza a) início
Leia maisDA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal
DA NORMA PENAL Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal Teoria do Delito TEORIA DO DELITO NEXO CAUSAL Teoria da Conditio sine qua non NEXO
Leia maisENCONTRO 04. Ocorrência de ato ilícito. Que este ato tenha causado dano à alguém
ENCONTRO 04 1.4. Imputabilidade - A responsabilidade decorre apenas da conduta? - A reprovabilidade depende da capacidade psíquica de entendimento do agente? (Sim. - Que significa imputar? - Há como responsabilizar
Leia maisDireito Penal Promotor de Justiça - 4ª fase
CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Promotor de Justiça - 4ª fase Iter Criminis Período 2004-2016 1) FCC Técnico - MPE SE (2013) Por si própria, a conduta de premeditar um crime de homicídio
Leia maisDA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal
DA NORMA PENAL Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal Teoria do Delito TEORIA DO DELITO Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio)
Leia maisA)Dolo direto ou determinado: quando o agente visa certo e determinado resultado.
CRIME DOLOSO Conceito: considera-se doloso o crime quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. Na primeira hipótese temos, o dolo direto e, na segunda, o dolo eventual. No dolo direto,
Leia maisRegência: Professor Doutor Paulo de Sousa Mendes Colaboração: Catarina Abegão Alves, David Silva Ramalho e Tiago Geraldo. Grelha de correção
Grelha de correção 1. Responsabilidade criminal de Baltazar (6 vls.) 1.1. Crime de violação de domicílio (art. 190.º/1 CP), em coautoria com Custódio e Diogo (art. 26.º CP), contra Álvaro. Crime comum,
Leia maisPolícia Legislativa Senado Federal
CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Polícia Legislativa Senado Federal Período: 2008-2017 Sumário Direito Penal... 3 Princípios Modernos de Direito Penal... 3 Nexo de Causalidade... 3 Arrependimento
Leia maisTÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Anterioridade da lei TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém
Leia maisCEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Penal Teoria do Crime. Período
CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Teoria do Crime Promotor de Justiça Período 2010 2016 1) COMISSÃO EXAMINADORA PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE SP (2015) Após a leitura dos enunciados abaixo, assinale a alternativa
Leia maisSubtrair e coisa alheia móvel já foram objeto de análise no módulo relativoao crime de furto.
DIREITO PENAL ROUBO ART. 157 DO CÓDIGO PENAL Enquanto o furto é a subtração pura e simples de coisa alheia móvel, para si ou para outrem (art. 155 do CP), o roubo é a subtração de coisa móvel alheia, para
Leia maisNOÇÕES DE DIREITO PENAL CULPABILIDADE
NOÇÕES DE DIREITO PENAL CULPABILIDADE 1) (Agente de Polícia - PC-PE - 2016 - CESPE) Acerca das questões de tipicidade, ilicitude (ou antijuridicidade) e culpabilidade, bem como de suas respectivas excludentes,
Leia maisQuestões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia
Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia 1) O indivíduo B provocou aborto com o consentimento da gestante, em 01 de fevereiro de 2010, e foi condenado, em 20 de fevereiro de 2013, pela prática
Leia maisUNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE EXCLUDENTES DA ILICITUDE NO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO Por: GUILHERME COTECCHIA PORTO Orientadora. Profª. Valesca Rodrigues.
Leia maisMaterial de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal
O Erro e suas espécies Erro sobre elementos do tipo (art. 20, CP) Há o erro de tipo evitável e inevitável. Caso se trate de erro de tipo inevitável, exclui-se o dolo e a culpa. No entanto, se o erro for
Leia maisO Uso Progressivo da Força X Uso Seletivo da Força
O Uso Progressivo da Força X Uso Seletivo da Força Juliano José Trant de Miranda Introdução Durante muito tempo as polícias militares, no Brasil, usam um termo para determinar, regular e disciplinar o
Leia maisSTJ ANDRÉ LUíSCALLEGARI TEORIA GERAL DO E DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA. TERCEIRA EDiÇÃO REVISTA E AMPLIADA
ANDRÉ LUíSCALLEGARI TEORIA GERAL DO E DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA TERCEIRA EDiÇÃO REVISTA E AMPLIADA SÃO PAULO EDITORA ATLAS S.A. - 2014 2013 by Editora Atlas S.A. As primeiras edições deste livro foram publicadas
Leia maisDireito Penal. Roubo e Extorsão
Direito Penal Roubo e Extorsão Roubo Impróprio Art. 157, 1, do CP Na mesma pena (do caput - reclusão de 4 a 8 anos, e multa) incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra a pessoa
Leia maisDESISTÊNCIA ARREPENDIMENTO
DESISTÊNCIA E ARREPENDIMENTO A tentativa é perfeita quando o agente fez tudo o que podia, praticando todos os atos executórios, mas não obteve o resultado por circunstâncias alheias a sua vontade. Aplica-se
Leia mais1. CRIMES QUALIFICADOS OU AGRAVADOS PELO RESULTADO. Art. 19 do CP Agente deve causar pelo menos culposamente.
1 DIREITO PENAL PONTO 1: Crimes Qualificados ou Agravados pelo Resultado PONTO 2: Erro de Tipo PONTO 3: Erro de Tipo Essencial PONTO 4: Erro determinado por Terceiro PONTO 5: Discriminantes Putativas PONTO
Leia maisDA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. 1) art. 1º, CP : princípio da anterioridade da lei penal e princípío da legalidade ou da reserva legal
Direito Penal ROTEIRO DE ESTUDO Prof. Joerberth Pinto Nunes DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1) art. 1º, CP : princípio da anterioridade da lei penal e princípío da legalidade ou da reserva legal 2) art. 2º,
Leia maisDIREITO PENAL MILITAR
DIREITO PENAL MILITAR Parte 5 Prof. Pablo Cruz Para se configurar um crime culposo deve se observar os seguintes requisitos: Conduta humana voluntária (descuidada); Inobservância de um dever objetivo de
Leia mais2) Consequência principal: sempre exclui o dolo. Obs: Erro mandamental: Recai sobre a posição de garantidor ( omissivo proprio)
ERRO DE TIPO ( essencial e acidental) 1) Conceito: Falsa percepção da realidade (artigo 20 cp ) Ex: A mulher sai do restaurante e leva a bolsa da amiga pensando que é a sua. 2) Consequência principal:
Leia maisCURSO PREPARATÓRIO. RIO Polícia Rodoviária Federal DIREITO PENAL CONCEITO DE CRIME EXCLUDENTES DE CONDUTA. b) Vis absoluta
CURSO PREPARATÓRIO RIO Polícia Rodoviária Federal CONCEITO DE CRIME CH DIREITO PENAL T A Professora Lidiane Portella C EXCLUDENTES DE CONDUTA a) Coação física f irresistível b) Vis absoluta c) Movimentos
Leia maisReceptação. Receptação imprópria art. 180, caput, 2.ª parte, do CP
Receptação Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba
Leia maisCEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Penal. Período
CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Período 2010 2016 1) ESAF Analista de Finanças e Controle - CGU (2012) A respeito do crime, é correto afirmar: a) crime consumado é aquele que reúne todos os elementos
Leia maisPLANO DE ENSINO EMENTA
PLANO DE ENSINO FACULDADE: Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais CURSO: DIREITO Período: 2º DEPARTAMENTO: DIREITO PÚBLICO Ano:2016 DISCIPLINA: DIREITO PENAL I (Parte Geral) CARGA HORÁRIA:80 HORAS SEMANAL:
Leia maisDireito Penal Militar
Fabiano Caetano Prestes Ricardo Henrique Alves Giuliani Mariana Lucena Nascimento 36 Direito Penal Militar Parte Geral e Especial 3ª edição revista e atualizada 2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 13 PARTE GERAL...
Leia maisDireito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança.
DIREITO PENAL Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança. I N F R A Ç Ã O P E N A L INFRAÇÃO PENAL Existe diferença entre
Leia maisREINALDO ROSSANO DIREITO PENAL
REINALDO ROSSANO DIREITO PENAL Prova Objetiva (Extraído do Edital) 8.3 A prova objetiva será composta de 60 (sessenta) questões distribuídas por áreas de conhecimento. Cada questão da prova objetiva terá
Leia maissumário 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO TEORIA GERAL DO CRIME...
sumário 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL... 12 1.1 Princípios Constitucionais do Direito Penal... 12 1.2 Princípios Modernos do Direito Penal... 15 1.3 Características Gerais do Direito
Leia maisPrincípio da intervenção mínima Conflito aparente de normas 3.3 Sujeito ativo do crime Sujeito ativo Capacidade penal do
Sumário 1 Introdução 1.1 Conceito de Direito Penal 1.1.1 Nota introdutória 1.1.2 Denominação 1.1.3 Conceito de Direito Penal 1.1.4 Caracteres do Direito Penal 1.1.5 Posição enciclopédica 1.1.6 Direito
Leia maisSumário. Resumo de Direito Penal Militar Parte Geral e Especial. CAPÍTULO 2 Art. 9º do CPM Definição de crime militar... 25
Sumário Resumo de Direito Penal Militar Parte Geral e Especial Introdução... 13 PARTE GERAL CAPÍTULO 1 Da aplicação da Lei Penal Militar... 15 1.1. Tempo do Crime... 19 1.2. Local do crime... 20 1.3. Territorialidade/Extraterritorialidade...
Leia maisCEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Penal. Período:
CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Polícia Legislativa Câmara dos Deputados Período: 2007-2017 Sumário Direito Penal... 3 Dolo, Culpa e Preterdolo... 3 Arrependimento Eficaz... 3 Tentativa
Leia maisCURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 15
CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 15 DATA 21/08/15 DISCIPLINA DIREITO PENAL (NOITE) PROFESSOR CHRISTIANO GONZAGA MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 03/08 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes
Leia maisSUMÁRIO. 1. Tempo do crime Local do crime Territorialidade/Extraterritorialidade Tópico-síntese... 25
SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 13 PARTE GERAL... 15 CAPÍTULO 1 DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR... 17 1. Tempo do crime... 21 2. Local do crime... 22 3. Territorialidade/Extraterritorialidade... 23 4. Tópico-síntese...
Leia maisCIÊNCIAS PENAIS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ON-LINE EM. Disciplina: Teoria Geral do Delito e Principiologia Constitucional
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ON-LINE EM CIÊNCIAS PENAIS Disciplina: Teoria Geral do Delito e Principiologia Constitucional Tema: Antijuridicidade Autor: Guilherme F. Ceolin ANTIJURIDICIDADE Afinal,
Leia maisComplemento de Direito Penal Concurso do TJ-PE Prof. Edvanilson
Complemento de Direito Penal Concurso do TJ-PE Prof. Edvanilson 1. CAUSAS DE EXCLUSÃO Causas de exclusão da ilicitude Causas de exclusão da culpabilidade Legítima defesa Inimputabilidade do agente (incapacidade
Leia maisCÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI. Artigo 1.º
CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI Adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas na sua resolução 34/169, de 17 de dezembro de 1979 CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS
Leia maisResponsabilidade Civil. Paula Ferraz 2017
Responsabilidade Civil Paula Ferraz 2017 O que é Responsabilidade Civil? O fundamento legal dessa obrigação encontra-se amparado no Novo Código Civil Brasileiro Lei n.º 10.406 de 10/01/2012, vigente a
Leia maisENCONTRO pág. 1
ENCONTRO 06 www.monsterconcursos.com.br pág. 1 Nenhuma pena sem culpabilidade Art. 34. Pelos resultados que agravam especialmente as penas só responde o agente quando os houver causado, pelo menos, culposamente.
Leia maisPLANO DE ENSINO. IDENTIFICAÇÃO ANO LETIVO SÉRIE TURNO ª Série Diurno e Noturno NOME DA DISCIPLINA Direito Penal I CARGA HORÁRIA
PLANO DE ENSINO IDENTIFICAÇÃO ANO LETIVO SÉRIE TURNO 2019 2ª Série Diurno e Noturno NOME DA DISCIPLINA Direito Penal I CARGA HORÁRIA SEMANAL: h. a. ANUAL: 105 H DOCENTE (S) RESPONSÁVEL(IS) Prof. José Francisco
Leia maisIter Criminis. Teorias que explicam a transição dos atos preparatórios para os atos executórios:
Iter Criminis São fases pelas quais passa o delito. 1. Cogitação (fase interna): é subjetiva, sendo impunível no Brasil. 2. Preparação (fase externa): em regra, no Brasil também é impunível. Por vezes,
Leia maisDireito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 3 Teoria do Tipo Penal Objetivo
Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 3 Teoria do Tipo Penal Objetivo 1. Conceito De Tipo Penal Conceito de Tipo Penal O tipo é ferramenta fundamental para limitar o poder punitivo do Estado e
Leia mais1 - Conceito de Crime
1 - Conceito de Crime A doutrina do Direito Penal tem procurado definir o ilícito penal sob três aspectos diversos. Atendendo-se ao Aspecto Externo, puramente nominal do fato, obtém-se um Conceito Formal;
Leia maisDireito Penal. Art. 130 e Seguintes II
Direito Penal Art. 130 e Seguintes II Constrangimento Ilegal Art. 146 do CP: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade
Leia maisEm várias situações a legislação consagra da junção das jurisdições civil e criminal.
Ação civil ex delicto Objetivo: Propiciar a reparação do dano causado pelo delito. Sentença penal condenatória e reparação do dano Art. 91, I, CP: Obrigação de indenizar o dano Art. 63, CPP e 475-N, II,
Leia maisAula 20. O erro de direito já foi falado e é previsto no art. 35 do Código Penal Militar.
Página1 Curso/Disciplina: Direito Penal Militar Aula: Erros de fato e erros acidentais. Professor (a): Marcelo Uzêda Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 20 - Erro de fato: O erro de direito já foi falado
Leia mais(D) extinguem a punibilidade. (E) excluem a tipicidade.
Maratona Fiscal ISS Direito penal 1. A regra que veda a interpretação extensiva das normas penais incriminadoras decorre do princípio constitucional da (A) culpabilidade. (B) igualdade. (C) legalidade.
Leia maisAula 18. Excludentes de Ilicitude
Turma e Ano: Direito Penal 2015 Matéria / Aula: Direito Penal 18 Professor: Marcelo Uzeda (Defensor Público da União) Monitor: Aula 18 Excludentes de Ilicitude 1. Considerações iniciais acerca da legítima
Leia mais07/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III
DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 11ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal III 2 1 Art 129 Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a
Leia maisxii Manual de Direito Penal Mirabete e Fabbrini
Sumário 1 Introdução... 1 1.1 Conceito de Direito Penal... 1 1.1.1 Nota introdutória... 1 1.1.2 Denominação... 1 1.1.3 Conceito de Direito Penal... 2 1.1.4 Caracteres do Direito Penal... 4 1.1.5 Posição
Leia mais26/08/2012 DIREITO PENAL IV. Direito penal IV
DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 6ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal IV 2 1 1 - Roubo impróprio 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
Leia mais05/05/2017 PAULO IGOR DIREITO PENAL
PAULO IGOR DIREITO PENAL (VUNESP/ ASSISTENTE JURÍDICO PREFEITURA DE ANDRADINA SP/ 2017) A conduta de patrocinar indiretamente interesse privado perante a Administração Pública, valendo-se da sua qualidade
Leia maisERRO DE TIPO DIREITO PENAL. Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco.
ERRO DE TIPO DIREITO PENAL Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco. INTRODUÇÃO - Erro é a falsa percepção da realidade ou o falso ou equivocado conhecimento de um objeto (...) (definição de Luiz
Leia maisDIREITO PENAL MILITAR
DIREITO PENAL MILITAR Parte 8 Prof. Pablo Cruz Exercício regular de direito. É o desempenho de uma atividade ou prática de uma conduta autorizada por lei, penal ou extrapenal, que torna lícito um fato
Leia maisEDUARDO FÁRIAS DIREITO PENAL
EDUARDO FÁRIAS DIREITO PENAL 1. Nos termos previstos no Código Penal, é correto afirmar que a) se considera praticado o crime no momento do resultado. b) a lei posterior, que de qualquer modo favorecer
Leia maisPolícia Civil-CE Direito Penal Questões Emerson Castelo Branco
Polícia Civil-CE Direito Penal Questões Emerson Castelo Branco 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. 01. Direito Penal Disciplina - Assunto Noções Fundamentais Ano:
Leia mais