Conceito de Erro. Falsa representação da realidade.

Transcrição

1 ERRO DE TIPO

2 Conceito de Erro Falsa representação da realidade.

3 Existem dois tipos de erros: ERRO DE TIPO art. 2O (exclui a tipicidade) ERRO DE PROIBIÇÃO art. 21 (exclui a culpabilidade)

4 ERRO DE TIPO O erro de tipo está previsto no art. 20 do CPB: Oerrosobreelementoconstitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crimeculposo,seprevistoemlei.

5 Falta a consciência no agente de estar praticando uma infração penal. Por isso não há dolo, ou seja, este é excluído.

6 EXEMPLO: Um comerciante emite uma nota fiscal achando que está fazendo tudo corretamente. Mas, na verdade, ele não sabe fazer direito e acaba fazendo errado. É crime contra a ordem tributária emitir nota fiscal em desacordo com a lei.

7 Mas o comerciante não tinha vontade de emitir a nota fiscal em desacordo com a lei. Ele achou que estava fazendo corretamente. Portanto, não tem o dolo, ou seja, a vontade de praticar o crime descrito no tipo penal.

8 Ele cometeu um erro de tipo. O Erro de tipo torna o fato atípico, segundo a teoria finalista, porque exclui o dolo.

9 Erro de tipo invencível (escusável,justificável, inevitável): o agente não tinha como evitar o erro e por isso não há punição.

10 Erro de tipo vencível, (inescusável, injustificável,evitável): é punido como culposo, se houver previsão legal.

11 - Erro de tipo essencial: recai sobre as elementares, circunstâncias ou qualquer dado da figura típica.

12 Erro de tipo acidental: recai sobre um elemento não essencial: sobre o objeto: erro sobre a coisa que o agente pretende atingir. Continua sendo infração penal com punição por dolo.

13 sobre a pessoa: art. 20, 3º, do CP identificação da vítima.

14 O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o delito.

15 na execução (aberratioictus):art. 73 do CP erro no uso dos meios de execução. desvio do golpe

16 Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela,

17 atendendo-se ao disposto no 3º do art. 20 desse Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.

18 resultado diverso do pretendido (aberratio criminis): art. 74 do CP. desvio do crime (Ex: pedra no vidro e lesão corporal)

19 Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo;

20 se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.

21 aberratiocausae: causa diversa, mas resultado pretendido.

22 DESCRIMINANTE PUTATIVA - Putativa: situação imaginária - Descriminante putativa: idéia imaginária de estar amparado por uma excludente de ilicitude.

23 Art. 20 1º: É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

24 Exemplo: Se um sujeito reage a uma agressão que acha injusta, acreditando estar em legitima defesa, quando na verdade não é isso que está acontecendo, comete um erro sobre a situação fática.

25 É o caso do pai que ouve um barulho a noite, pega a arma e atira no vulto achando que se tratava de um ladrão. Só depois que ascende a luz é que percebe que atirou no próprio filho que estava chegando em casa.

26 - art. 20, 1º do CP, primeira parte erro putativo escusável, (inevitável, justificável, invencível) : isenção de pena.

27 ERRO DE TIPO PERMISSIVOpara a teoria limitada da culpabilidade. ERRO DE PROIBIÇÃO para a teoria extremada da culpabilidade.

28 TEORIA ADOTADA NO CP: LIMITADA segundo o item 17 da Exposição de Motivos.

29 OBS: se o erro for sobre uma situação de fato é erro de tipo. Se o erro for sobre a existência ou os limites da excludente de ilicitude, é erro de proibição.

30 Quanto ao erro com relação ao limite sobre a causa que exclui a ilicitude:

31 É o caso do sujeito que abusa da legítima defesa achando que a lei não impõe limites. Nesse caso a doutrina majoritária entende que configura erro de proibição.

32 Se inevitável, exclui a culpabilidade. Se evitável, responde com redução de pena.

33 - art. 20, 1º do CP, segunda parte - Erro vencível, evitável, injustificável ou inescusável: responde por culpa, apesar de ter agido com dolo.