ERRO DE TIPO DIREITO PENAL. Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ERRO DE TIPO DIREITO PENAL. Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco."

Transcrição

1 ERRO DE TIPO DIREITO PENAL Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco. INTRODUÇÃO - Erro é a falsa percepção da realidade ou o falso ou equivocado conhecimento de um objeto (...) (definição de Luiz Flávio Gomes). - O CP dá o mesmo tratamento ao erro e à ignorância. - O ERRO DE TIPO RECAI SOBRE OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO TIPO PENAL, ISTO É, ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS. O sujeito comete um crime por não conhecer a presença de um elemento. Exemplos: a) Caçador que atira em arbusto supondo matar um animal e, na verdade, atira em outro caçador. Ele não sabia que se tratava de alguém (elementar do crime de homicídio). Se soubesse, não teria disparado. b) Sujeito se apropria de um computador igual ao seu deixado numa biblioteca, por supor ser próprio (modelo idêntico). Ele não sabia que se tratava de coisa alheia (elementar do crime de furto). Se soubesse, não teria se apropriado. - É CABÍVEL O ERRO DE TIPO NOS CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS. Ex.: o salva-vidas vê um banhista se debatendo e acha que ele está brincando. O banhista se afoga. O erro de tipo incidiu sobre o dever de agir (elemento constitutivo do tipo dos crimes omissivos impróprios). ERRO DE TIPO CRIME PUTATIVO POR ERRO DE TIPO O agente não sabe o que faz, há falsa percepção da realidade. O agente acha que está agindo licitamente, sem O agente quer praticar um crime, mas, por erro, saber que está praticando um crime. acaba praticando um fato penalmente irrelevante. Ex.: atirar contra uma pessoa, imaginando se tratar de Ex.: atirar contra cadáver, imaginando se tratar de um animal. pessoa viva. O agente ignora a presença de uma elementar: O agente ignora a ausência de uma elementar: pessoa é alguém. cadáver não é alguém. Inevitável exclui o dolo e a culpa. Espécie de crime impossível. Evitável exclui o dolo, mas pode punir a culpa. ERRO DE TIPO O agente não sabe o que faz. Não conhece a realidade ao seu redor. Ex.: A se apodera de ferro velho, imaginando que a coisa é abandonada. ERRO DE PROIBIÇÃO O agente sabe o que faz e conhece a realidade ao seu redor, mas se equivoca quanto à regra de conduta. Ex.: A se apropria de coisa achada imaginando que achado não é roubado. Na verdade, comete o crime de apropriação indevida de coisa achada. ERRO DE TIPO ESSENCIAL - Os exemplos acima tratam do erro de tipo essencial, aquele que RECAI SOBRE ELEMENTARES do tipo penal. Como o dolo deve abranger todas as elementares, não há dolo. Art O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 1

2 ERRO DE TIPO INESCUSÁVEL previsão ERRO DE TIPO ESCUSÁVEL exclui o DOLO, mas permite a PUNIÇÃO POR CULPA, se houver exclui o DOLO e a CULPA (exclui o crime) - Exceção: O ERRO ESCUSÁVEL NÃO EXCLUI O CRIME QUANDO OCORRE A DESCLASSIFICAÇÃO PARA OUTRO CRIME. Ex.: o particular que ofende um funcionário desconhecendo essa condição não pratica desacato, mas subsiste o crime de injúria. - O erro de tipo inescusável não exclui a culpa porque o erro evitável é previsível. Havendo previsibilidade, há culpa. Tomar como referência o homem médio. ERRO DE TIPO ACIDENTAL - O erro de tipo acidental recai sobre DADOS PERIFÉRICOS DO TIPO (qualificadoras, agravantes, causas de aumento, enfim, tudo que se relaciona com a dosimetria da pena sem alterar a figura típica, bem como dados irrelevantes). Se alertado, o agente corrige o erro e continua agindo ilicitamente. O CRIME CONTINUA A EXISTIR: O ERRO DE TIPO ACIDENTAL NÃO INTERFERE NA TIPICIDADE. Ex.: o sujeito que subtrai um relógio falsificado, pensando se tratar de um Rolex. A figura típica (subtrair coisa móvel alheia) continua intacta. O agente tem vontade e consciência de praticar uma conduta que sabe ser ilícita (age com dolo de furtar). ERRO DE TIPO ESSENCIAL Recai sobre ELEMENTARES, isto é, dados relevantes e principais do tipo penal. Se alertado, o agente deixa de agir ilicitamente. AFASTA O DOLO E, SE FOR INEVITÁVEL, TAMBÉM AFASTA A CULPA. ERRO DE TIPO ACIDENTAL Recai sobre DADOS PERIFÉRICOS DO TIPO. Se alertado, o agente corrige o erro e continua agindo ilicitamente. O CRIME CONTINUA ÍNTEGRO. O ERRO DE TIPO ACIDENTAL PODE RECAIR SOBRE... OBJETO PESSOA EXECUÇÃO (aberratio ictus) RESULTADO (aberratio criminis) NEXO CAUSAL (aberratio causae) 1. ERRO SOBRE O OBJETO - Exemplo do Rolex acima. O sujeito responde pelo crime considerando que objeto? Não há consenso. Alguns entendem que o sujeito responde pelo crime considerando o objeto efetivamente atacado. Zaffaroni considera o objeto que gerar consequências mais favoráveis (posição a ser explorada na prova da Defensoria). 2. ERRO SOBRE A PESSOA (ERROR IN PERSONA) - O agente quer cometer um crime contra uma pessoa (vítima virtual), mas comete contra terceiro (vítima real). Não há erro na execução, mas apenas ERRO QUANTO À REPRESENTAÇÃO DA PESSOA. Ex.: o agente quer matar o pai, mas dispara contra seu tio, irmão gêmeo de seu pai; o agente quer disparar contra um inimigo, mas o confunde com outra pessoa. - O agente responde pelo crime CONSIDERANDO AS QUALIDADES DA VÍTIMA VIRTUAL, E NÃO DA VÍTIMA REAL. No caso, incidiria a agravante genérica (crime praticado contra ascendente). 2

3 Art. 20, 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 3. ERRO NA EXECUÇÃO (ABERRATIO ICTUS) - O agente, por ACIDENTE OU ERRO NO USO DOS MEIOS DE EXECUÇÃO, erra o alvo e atinge outra pessoa. Diferentemente do erro sobre a pessoa, aqui não há erro quanto à identificação da vítima. Ex.: o agente erra a mira ou o golpe; o agente coloca uma bomba no carro para matar A, mas a explosão mata o motorista de A, que liga o carro antes. - O agente responde pelo crime CONSIDERANDO AS QUALIDADES DA VÍTIMA VIRTUAL, E NÃO DA VÍTIMA REAL. - Se a pessoa visada também for atingida, aplica-se a regra do concurso formal de crimes. Ex.: se o agente, ao disparar contra seu desafeto, atingir pessoas diversas, há concurso formal próprio (pena do crime mais grave + 1/6 até 1/3 ou cúmulo material, se mais benéfico). Se houver dolo quanto às demais pessoas atingidas (desígnios autônomos), há concurso formal impróprio (cúmulo material). Art Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código (concurso formal). - Atenção: PARA A DETERMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA, VALE A PESSOA EFETIVAMENTE LESADA. Ex.: o agente quer matar o policial federal Antônio, mas, por erro na execução, acaba matando o policial civil Paulo. O agente responde por homicídio considerando as qualidades de Antônio, mas é julgado pela justiça estadual. Quero matar A, mas, por erro na execução, mato B Quero matar A, mas, por erro na execução, mato A e B (terceiro) Quero matar A, mas, por erro na execução, causo ferimentos em A e mato B (terceiro) Homicídio doloso, considerando as características de A Homicídio doloso de A e homicídio culposo de B, em concurso formal Tentativa de homicídio de A e homicídio culposo de B, em concurso formal 4. RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO (ABERRATIO CRIMINIS) - Por ACIDENTE OU ERRO NO USO DOS MEIOS DE EXECUÇÃO, o resultado não corresponde com o pretendido pelo agente, que RESPONDERÁ PELO RESULTADO PRODUZIDO A TÍTULO DE CULPA. Ex.: o sujeito atira uma pedra para danificar o carro de A, mas, por falha na pontaria, acaba acertando o motorista, que morre com a pancada. Responderá por homicídio culposo (resultado produzido). - Se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do concurso formal. Art Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. 3

4 - E se o resultado produzido é menos grave do que o resultado pretendido? Ex.: o agente quer matar o motorista, mas, por erro na execução, só danifica o seu carro (o bem jurídico lesado é menos importante vida x coisa). Nesse caso, seria estranho imaginar que o sujeito deve responder apenas pelo dano quando teve dolo de matar. Como o dano não prevê figura culposa, o agente ficaria impune. Para resolver essa situação, Zaffaroni entende que o agente deve responder pela TENTATIVA DO RESULTADO PRETENDIDO NÃO ALCANÇADO, ou seja, homicídio tentado. O agente queria... Mas causou... Responde por... (resultado produzido a título de culpa) Dano Morte Homicídio culposo Morte Dano Dano culposo? Tentativa de homicídio, para evitar a impunidade 5. ERRO SOBRE O NEXO CAUSAL (ABERRATIO CAUSAE) - É uma criação doutrinária. Ex.: o agente oferece veneno para a vítima beber. A vítima bebe e minutos depois fica inconsciente. O agente supõe que a vítima estava morta e atira seu corpo ao mar. A perícia, posteriormente, atribui a causa da morte ao afogamento, e não ao veneno. O agente deve responder pelo resultado produzido, pois houve perfeita congruência entre sua vontade (morte) e o resultado (morte), independentemente do nexo causal efetivo. O agente quis o resultado e conseguiu. - No erro sobre o nexo causal há o DOLO GERAL (dolo por erro sucessivo, dolus generalis ou aberratio causae). - O agente responde considerando qual nexo causal (afogamento ou asfixia)? Não há consenso. Cléber Masson diz que a corrente majoritária considera nexo pretendido (veneno). Já Rogério Sanches considera majoritária a corrente que considera o nexo ocorrido (asfixia por afogamento). Contudo, parece que a melhor solução, apontada por Sanches, é considerar o nexo mais favorável ao réu. ERRO DE TIPO PROVOCADO POR TERCEIRO - O agente erra induzido por um agente provocador. Ex.: o médico (provocador) quer matar o paciente e, para isso, troca a ampola com o medicamento e induz a enfermeira a erro (provocada). A enfermeira ministra a substância errada e mata a vítima. O médico responderá por crime doloso por ter determinado dolosamente o erro de outrem. A enfermeira incorre em erro de tipo. Se o seu erro for inevitável (era praticamente impossível saber o teor da ampola), restará excluído seu dolo. Se o seu erro for evitável (era possível perceber a troca das substâncias), restará excluído seu dolo, mas responderá a título de culpa. Se houver dolo dos dois, ambos respondem. Art. 20, 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. Provocador com dolo crime doloso Provocador com culpa crime culposo Erro inevitável do provocado exclui o dolo e a culpa (imune) Erro evitável do provocado exclui o dolo, mas não a culpa, se previsto 4

5 ERRO DE SUBSUNÇÃO - É uma criação doutrinária. Trata-se do erro que recai sobre interpretações jurídicas. Ex.: agente denunciado por falsidade de documento público alega que não sabia que cheque de instituição privada equipara-se a documento público. - Não é erro de tipo porque o sujeito conhece a realidade. Não é erro de proibição porque o agente sabe que age ilicitamente. Há doutrina, contudo, que entende que se trata de espécie de erro de proibição. DESCRIMINANTES PUTATIVAS - DESCRIMINANTE é causa de exclusão da licitude. Exemplos do art. 23 do CP: estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito. PUTATIVO é algo que parece, mas não é, algo inexistente. Logo, DESCRIMINANTE PUTATIVA é a CAUSA DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE QUE NÃO EXISTE DE VERDADE, MAS APENAS NO IMAGINÁRIO DO AGENTE. As descriminantes putativas estão ligadas ao ERRO. Estão presentes em 3 situações: 1. Erro relativo aos PRESSUPOSTOS DE FATO de uma causa de exclusão de ilicitude - É o caso clássico de descriminante: o sujeito imagina erroneamente estar acobertado por uma excludente de ilicitude. Ex.: o agente, à noite, numa rua escura, vê um inimigo (do qual já recebeu ameaças escritas) com a mão no bolso vindo em sua direção. Desfere-lhe tiros e causa sua morte. Depois, constata-se que a vítima pretendia apenas pegar seu celular para fazer uma ligação. O agente não está amparado pela legítima defesa, pois ausente a agressão injusta (pressuposto fático), a não ser em seu pensamento. Esse erro do agente, contudo, é plenamente escusável ou inevitável devido às circunstâncias, pois já havia sido ameaçado pela vítima. Tem-se legítima defesa putativa. - Quando o agente se supõe erroneamente acobertado por uma excludente de ilicitude e comete um crime, age com dolo ou culpa? Ao prever o resultado, o agente deseja sua produção (intenciona, no exemplo dado, provocar a morte do inimigo). A rigor, há dolo na conduta. Todavia, por razões de política criminal, o agente deve responder a título de culpa. É o que se entende por CULPA IMPRÓPRIA: se a situação fática imaginada pelo agente realmente existisse, sua ação seria legítima. Como o erro poderia ter sido evitado pelo emprego da prudência do homem médio, responde a título de culpa (se houver tal previsão). Vale destacar que essa é a única modalidade de crime culposo que admite a tentativa. - Estamos diante do erro de tipo ou do erro de direito? Duas correntes discutem a natureza jurídica do erro relativo aos pressupostos de fato de uma causa de exclusão de ilicitude. 1ª corrente: ERRO DE TIPO 2ª CORRENTE: ERRO DE PROIBIÇÃO Os adeptos da TEORIA LIMITADA DA Os adeptos da TEORIA EXTREMADA DA CULPABILIDADE entendem que se o erro recair CULPABILIDADE entendem que todo e qualquer sobre um pressuposto fático, há erro de tipo (erro erro que recaia sobre uma causa de justificação é de tipo permissivo). Nos outros casos, o erro será erro de proibição. Não importa se recai sobre um de proibição. pressuposto fático, a existência ou os limites de uma excludente de ilicitude. É a corrente que prevalece no Brasil. A exposição de motivos da reforma de 84 anuncia que o CP adota a teoria limitada. Teoria minoritária, embora o CESPE, às vezes, adote. 5

6 - Assim, adotada a TEORIA LIMITADA, a situação merece o tratamento do ERRO DE TIPO (ERRO DE TIPO PERMISSIVO): Descriminantes putativas Art. 20 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. ERRO DE TIPO INESCUSÁVEL previsão ERRO DE TIPO ESCUSÁVEL exclui o DOLO, mas permite a PUNIÇÃO POR CULPA, se houver exclui o DOLO e a CULPA (exclui o crime) 2. Erro relativo à EXISTÊNCIA de uma causa de exclusão da ilicitude - Nesse caso, O AGENTE SUPÕE A EXISTÊNCIA DE UMA DESCRIMINANTE QUE, NA VERDADE, NÃO EXISTE NO MUNDO JURÍDICO. Ex.: o sujeito que mata a esposa, em flagrante adultério, por acreditar que age acobertado pela legítima defesa da honra (não existe em nosso ordenamento). 3. Erro relativo aos LIMITES de uma causa de exclusão da ilicitude - Nesse caso, o agente conhece as causas de exclusão de ilicitude, mas não os seus limites, extrapolando-os. Ex.: o sujeito que mata o invasor de sua fazenda, por acreditar que a defesa de sua propriedade autoriza essa reação. Há, na verdade, um excesso, pois o ordenamento não ampara reação tão desproporcional. - As teorias limitada e extremada concordam que ambas as situações (2 e 3) devem ser tratadas como ERRO DE PROIBIÇÃO (ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO). Erro sobre a ilicitude do fato Art. 21 O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de 1/6 a 1/3. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. ERRO DE PROIBIÇÃO INESCUSÁVEL de 1/6 a 1/3. ERRO DE PROIBIÇÃO ESCUSÁVEL dolo e a culpa) responde pelo CRIME DOLOSO, com REDUÇÃO DE PENA ISENTA DE PENA (exclui a culpabilidade, embora subsistam o - Por que erro de proibição indireto? Breve revisão sobre o erro de proibição: pode ser direto ou indireto. O direto ocorre quanto ao conteúdo proibitivo de uma norma penal (o agente acredita que sua conduta é lícita). Ex.: turista que trazia consigo maconha para consumo próprio, pois em seu país era permitido tal uso. O indireto ocorre quando o agente supõe que sua ação é típica, mas é 6

7 amparada por uma excludente de ilicitude. Pode ocorrer quanto à existência e aos limites da permissão (excludente de ilicitude é o caso aqui tratado). Erro relativo... Aos PRESSUPOSTOS DE FATO de uma causa de exclusão da ilicitude A EXISTÊNCIA e aos LIMITES de uma causa de exclusão da ilicitude Descriminante putativa por... ERRO DE TIPO PERMISSIVO (teoria limitada da culpabilidade). Para a teoria extremada, é erro de proibição. ESCUSÁVEL exclui o DOLO e a CULPA (exclui o crime) INESCUSÁVEL exclui o DOLO, mas permite a punição por culpa, se houver previsão ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO ou ERRO DE PERMISSÃO. ESCUSÁVEL ISENTA DE PENA (exclui a culpabilidade, embora subsistam o dolo e a culpa) INESCUSÁVEL responde pelo CRIME DOLOSO, com REDUÇÃO DE PENA de 1/6 a 1/3. TEORIA EXTREMADA Erro sobre os pressupostos fáticos Erro sobre a existência da excludente de ilicitude Erro sobre os limites da excludente de ilicitude = TUDO É ERRO DE PROIBIÇÃO TEORIA LIMITADA (ADOTADA) Erro sobre os pressupostos fáticos = ERRO DE TIPO (erro de tipo permissivo) Erro sobre a existência da excludente de ilicitude Erro sobre os limites da excludente de ilicitude = ERRO DE PROIBIÇÃO (erro de proibição indireto) 7

Conceito de Erro. Falsa representação da realidade.

Conceito de Erro. Falsa representação da realidade. ERRO DE TIPO Conceito de Erro Falsa representação da realidade. Existem dois tipos de erros: ERRO DE TIPO art. 2O (exclui a tipicidade) ERRO DE PROIBIÇÃO art. 21 (exclui a culpabilidade) ERRO DE TIPO O

Leia mais

Aula 20. O erro de direito já foi falado e é previsto no art. 35 do Código Penal Militar.

Aula 20. O erro de direito já foi falado e é previsto no art. 35 do Código Penal Militar. Página1 Curso/Disciplina: Direito Penal Militar Aula: Erros de fato e erros acidentais. Professor (a): Marcelo Uzêda Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 20 - Erro de fato: O erro de direito já foi falado

Leia mais

1. CRIMES QUALIFICADOS OU AGRAVADOS PELO RESULTADO. Art. 19 do CP Agente deve causar pelo menos culposamente.

1. CRIMES QUALIFICADOS OU AGRAVADOS PELO RESULTADO. Art. 19 do CP Agente deve causar pelo menos culposamente. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Crimes Qualificados ou Agravados pelo Resultado PONTO 2: Erro de Tipo PONTO 3: Erro de Tipo Essencial PONTO 4: Erro determinado por Terceiro PONTO 5: Discriminantes Putativas PONTO

Leia mais

Direito Penal. Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal ERRO DE TIPO, ERRO DE PROIBIÇÃO E ERRO SOBRE A PESSOA TÍTULO II

Leia mais

Direito Penal. Teoria do Erro no

Direito Penal. Teoria do Erro no Direito Penal Teoria do Erro no Direito Penal Noção Geral: Erro: Falsa representação da realidade; Introdução Distinção: Irrelevante distinção conceitual entre erro e ignorância (no direito penal); Espécies

Leia mais

2) Consequência principal: sempre exclui o dolo. Obs: Erro mandamental: Recai sobre a posição de garantidor ( omissivo proprio)

2) Consequência principal: sempre exclui o dolo. Obs: Erro mandamental: Recai sobre a posição de garantidor ( omissivo proprio) ERRO DE TIPO ( essencial e acidental) 1) Conceito: Falsa percepção da realidade (artigo 20 cp ) Ex: A mulher sai do restaurante e leva a bolsa da amiga pensando que é a sua. 2) Consequência principal:

Leia mais

ÍNDICE 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ERRO DO TIPO ERRO DE TIPO ESSENCIAL ERRO DO TIPO ACIDENTAL... 12

ÍNDICE 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ERRO DO TIPO ERRO DE TIPO ESSENCIAL ERRO DO TIPO ACIDENTAL... 12 TEORIA DO ERRO ÍNDICE 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS...4 2. ERRO DO TIPO... 7 3. ERRO DE TIPO ESSENCIAL...9 4. ERRO DO TIPO ACIDENTAL... 12 Erro sobre a pessoa...12 Descriminantes putativas...12 Erro determinado

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal O Erro e suas espécies Erro sobre elementos do tipo (art. 20, CP) Há o erro de tipo evitável e inevitável. Caso se trate de erro de tipo inevitável, exclui-se o dolo e a culpa. No entanto, se o erro for

Leia mais

Direito Penal. Tentativa. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Tentativa. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Tentativa Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal TENTATIVA Art. 14. Diz-se o crime: Crime consumado TÍTULO II Do Crime I consumado, quando nele se reúnem todos

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Parte 5 Prof. Pablo Cruz Para se configurar um crime culposo deve se observar os seguintes requisitos: Conduta humana voluntária (descuidada); Inobservância de um dever objetivo de

Leia mais

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO Erro de tipo é o que incide sobre s elementares ou circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificação ou dados secundários da norma

Leia mais

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei LEGALE Tipo Penal Tipo Penal Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei Tipo Penal Dessa forma, o tipo penal: - do homicídio é MATAR ALGUÉM - do furto é SUBTRAIR PARA SI OU PARA OUTREM COISA

Leia mais

A)Dolo direto ou determinado: quando o agente visa certo e determinado resultado.

A)Dolo direto ou determinado: quando o agente visa certo e determinado resultado. CRIME DOLOSO Conceito: considera-se doloso o crime quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. Na primeira hipótese temos, o dolo direto e, na segunda, o dolo eventual. No dolo direto,

Leia mais

DUCTOR ONLINE DIREITO PENAL

DUCTOR ONLINE DIREITO PENAL ONLINE CONCURSO PARA CARTÓRIOS EXTRAJUDICIAIS DIREITO PENAL DO (CP, artigos 13 a 25) O QUE É? Conceito analítico ANTIJURÍDICO ou ILÍCITO CULPÁVEL TIPICIDADE ANTIJURIDICIDADE ou ILICITUDE CULPABILIDADE

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br "Aberratio Ictus" por acidente ou por erro na execução Luiz Flávio Gomes * Aberratio ictus, em Direito penal, significa erro na execução ou erro por acidente. Quero atingir uma pessoa

Leia mais

TEORIA GERAL DO ERRO NO DIREITO PENAL

TEORIA GERAL DO ERRO NO DIREITO PENAL Sumário Nota explicativa da 6ª edição... 13 Parte I TEORIA GERAL DO ERRO NO DIREITO PENAL Considerações iniciais... 17 Capítulo I Erro de tipo... 23 1. Conceito... 23 2. Espécies de erro de tipo... 25

Leia mais

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. 1) art. 1º, CP : princípio da anterioridade da lei penal e princípío da legalidade ou da reserva legal

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. 1) art. 1º, CP : princípio da anterioridade da lei penal e princípío da legalidade ou da reserva legal Direito Penal ROTEIRO DE ESTUDO Prof. Joerberth Pinto Nunes DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1) art. 1º, CP : princípio da anterioridade da lei penal e princípío da legalidade ou da reserva legal 2) art. 2º,

Leia mais

Teoria geral do crime

Teoria geral do crime CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 48 DATA 09/10/15 DISCIPLINA DIREITO PENAL (NOITE) PROFESSOR CHRISTIANO GONZAGA MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 06/08 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes

Leia mais

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 11 Teoria do Erro em Direito Penal

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 11 Teoria do Erro em Direito Penal Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 11 Teoria do Erro em Direito Penal 1. Noções Introdutórias Sobre o Erro no Direito Noções Introdutórias sobre o Erro no Direito Erro é, na linguagem popular,

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE: TEORIAS

RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE: TEORIAS RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE: TEORIAS Existem 4 teorias discutindo essa relação: 1. Teoria da Autonomia ou Absoluta Independência 2. Teoria da Indiciariedade ou "Ratio Cognoscendi" 3. Teoria da

Leia mais

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO: UMA ABORDAGEM DIDÁTICA DOS INSTITUTOS

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO: UMA ABORDAGEM DIDÁTICA DOS INSTITUTOS ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO: UMA ABORDAGEM DIDÁTICA DOS INSTITUTOS Wanderlei José dos Reis 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES Os acadêmicos e os profissionais do Direito sempre se deparam na seara penal

Leia mais

CONHECENDO O INIMIGO PROF. NIDAL AHMAD

CONHECENDO O INIMIGO PROF. NIDAL AHMAD CONHECENDO O INIMIGO Direito Penal PROF. NIDAL AHMAD CRIME IMPOSSÍVEL Art. 17 CRIME IMPOSSÍVEL Ineficácia Absoluta do Meio Impropriedade Absoluta do Objeto FATO ATÍPICO 7.1) CONCEITO É a tentativa não

Leia mais

Direito Penal. Dos Crimes Militares. Professor Fidel Ribeiro.

Direito Penal. Dos Crimes Militares. Professor Fidel Ribeiro. Direito Penal Dos Crimes Militares Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal DOS CRIMES MILITARES CONCEITOS DE CRIME www.acasadoconcurseiro.com.br 3 CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ AULA III DIREITO PENAL II TEMA: DOS CRIMES ABERRANTES PROFª: PAOLA JULIEN O. SANTOS EMENTA: Crimes aberrantes. Introdução. Erro na Execução (Aberratio Ictus). Aberratio Ictus e dolo eventual. Resultado

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Penal. Erro de Tipo. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Penal. Erro de Tipo. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Período 2010 2016 1) CESPE ABIN OTI (2010) Julgue o item a seguir, referente a institutos de direito penal. Incorrendo o agente em erro de tipo essencial

Leia mais

Corujinha Cursos e Concursos Curso Preparatório para Agente da Polícia Civil 2014 Direito Penal

Corujinha Cursos e Concursos Curso Preparatório para Agente da Polícia Civil 2014 Direito Penal ERRO DE TIPO Fonte: Capez, Fernando. Curso de direito penal, volume 1, parte geral : (arts. 1º a 120) / Fernando Capez. 15. ed. São Paulo : Saraiva, 2011. Conceito: trata-se de um erro incidente sobre

Leia mais

1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO FATO TÍPICO

1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO FATO TÍPICO 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Teoria Constitucionalista do Delito PONTO 2: Legítima Defesa PONTO 3: Exercício Regular de Direito PONTO 4: Estrito Cumprimento do Dever Legal 1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO

Leia mais

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei LEGALE Tipo Penal Tipo Penal Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei Tipo Penal Dessa forma, o tipo penal: - do homicídio é MATAR ALGUÉM - do furto é SUBTRAIR PARA SI OU PARA OUTREM COISA

Leia mais

Disciplina: Direito Penal Parte Geral Professor: Michel Reiss Aula 03

Disciplina: Direito Penal Parte Geral Professor: Michel Reiss Aula 03 Disciplina: Direito Penal Parte Geral Professor: Michel Reiss Aula 03 Elementos objetivos do tipo: - descritivos - normativos Temos os seguintes elementos do tipo: Verbo: todo crime tem uma conduta, e

Leia mais

SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes

SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal CÓDIGO PENAL TÍTULO II Do Crime Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Art.

Leia mais

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO EFEITOS PRÁTICOS DO ERRO INCIDENTE SOB A CONDUTA DELITIVA, À LUZ DO NOSSO CODEX PENAL.

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO EFEITOS PRÁTICOS DO ERRO INCIDENTE SOB A CONDUTA DELITIVA, À LUZ DO NOSSO CODEX PENAL. 1 ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO EFEITOS PRÁTICOS DO ERRO INCIDENTE SOB A CONDUTA DELITIVA, À LUZ DO NOSSO CODEX PENAL. Lécio Goulart Costa * Acadêmico do curso de Direito Contabilista Sumário: 1. Introdução;

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Penal Teoria do Crime. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Penal Teoria do Crime. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Teoria do Crime Promotor de Justiça Período 2010 2016 1) COMISSÃO EXAMINADORA PROMOTOR DE JUSTIÇA MPE SP (2015) Após a leitura dos enunciados abaixo, assinale a alternativa

Leia mais

Reparação de Dano. A reparação do dano sempre beneficia o agente

Reparação de Dano. A reparação do dano sempre beneficia o agente LEGALE Reparação de Dano Reparação de Dano A reparação do dano sempre beneficia o agente Reparação de Dano Se o agente voluntariamente reparar o dano ou restituir a coisa, antes do recebimento da denúncia

Leia mais

EU NÃO SONHEI COM O SUCESSO EU TRABALHEI PARA ELE

EU NÃO SONHEI COM O SUCESSO EU TRABALHEI PARA ELE EU NÃO SONHEI COM O SUCESSO EU TRABALHEI PARA ELE São Paulo, novembro de 2017 1) CRIME NAO CONSUMADO: TENTATIVA, DESISTENCIA VOLUNTÁRIA, ARREPENDIMENTO EFICAZ, CRIME IMPOSSIVEL, ARREPENDIMENTO POSTERIOR

Leia mais

EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL

EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL 1) O Código Penal Brasileiro estabelece, em seu artigo 137, o crime de rixa, especificamente apresentando os elementos a seguir. Participar de rixa, salvo para separar os contendores:

Leia mais

Reparação de Dano. A reparação do dano sempre beneficia o agente

Reparação de Dano. A reparação do dano sempre beneficia o agente LEGALE Reparação de Dano Reparação de Dano A reparação do dano sempre beneficia o agente Reparação de Dano Se o agente voluntariamente reparar o dano ou restituir a coisa, antes do recebimento da denúncia

Leia mais

Resultado. Conceito: Lesão ou perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal (Mirabete)

Resultado. Conceito: Lesão ou perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal (Mirabete) LEGALE RESULTADO Resultado Conceito: Lesão ou perigo de lesão de um interesse protegido pela norma penal (Mirabete) Resultado Dessa forma, o resultado pode ser: - Físico (externo ao homem) - Fisiológico

Leia mais

Série Resumos. Direito Penal Parte Geral FORTIUM. Brasília, DF (81) G971d

Série Resumos. Direito Penal Parte Geral FORTIUM. Brasília, DF (81) G971d Série Resumos VYVYANY VIANA NASCIMENTO DE AZEVEDO GULART Promotora de Justiça do Distrito Federal; Professora universitária; Professora de cursos preparatórios para concursos; Ex-Delegada da Polícia Civil

Leia mais

Direito Penal. Concurso de Crimes. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Concurso de Crimes. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Concurso de Crimes Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal CONCURSO MATERIAL Conceito: É uma das formas do concurso de crimes. Pode ser concurso material homogêneo

Leia mais

CRIMES ABERRANTES DIREITO PENAL 4º SEMESTRE PROFESSORA PAOLA JULIEN OLIVEIRA DOS SANTOS ESPECIALISTA EM PROCESSO MACAPÁ 2011

CRIMES ABERRANTES DIREITO PENAL 4º SEMESTRE PROFESSORA PAOLA JULIEN OLIVEIRA DOS SANTOS ESPECIALISTA EM PROCESSO MACAPÁ 2011 CRIMES ABERRANTES DIREITO PENAL 4º SEMESTRE PROFESSORA PAOLA JULIEN OLIVEIRA DOS SANTOS ESPECIALISTA EM PROCESSO. MACAPÁ 2011 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ EMENTA: Crimes aberrantes. Introdução. Erro

Leia mais

PONTO 1: Potencial Consciência da Ilicitude PONTO 2: Exigibilidade de Conduta Diversa PONTO 3: Concurso de Pessoas

PONTO 1: Potencial Consciência da Ilicitude PONTO 2: Exigibilidade de Conduta Diversa PONTO 3: Concurso de Pessoas 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Potencial Consciência da Ilicitude PONTO 2: Exigibilidade de Conduta Diversa PONTO 3: Concurso de Pessoas Conforme a teoria normativa pura a culpabilidade apresenta a seguinte

Leia mais

TEORIA DO DELITO parte 02

TEORIA DO DELITO parte 02 TEORIA DO DELITO parte 02 Resultado Desistência voluntária Art. 15 do CP Arrependimento eficaz Art. 15 do CP Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste

Leia mais

DA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal

DA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal DA NORMA PENAL Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal Teoria do Delito TEORIA DO DELITO CONCEITO DE CRIME Conceito analítico de crime:

Leia mais

Direito Penal. Tipicidade. Professor Adriano Kot.

Direito Penal. Tipicidade.  Professor Adriano Kot. Direito Penal Tipicidade Professor Adriano Kot www.acasadoconcurseiro.com.br www.estudaquepassa.com.br DIREITO PENAL TEORIA GERAL DO DELITO CONCEITO ANALÍTICO DIVIDE O CRIME EM TRÊS ELEMENTOS. SISTEMA

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO PENAL CRIME DOLOSO, CULPOSO E PRETERDOLOSO E ERRO DE TIPO

NOÇÕES DE DIREITO PENAL CRIME DOLOSO, CULPOSO E PRETERDOLOSO E ERRO DE TIPO NOÇÕES DE DIREITO PENAL CRIME DOLOSO, CULPOSO E PRETERDOLOSO E ERRO DE TIPO 1) (Policial Rodoviário Federal PRF - 2013 CESPE) O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de ocorrência de tipicidade

Leia mais

CRIME DOLOSO, CULPOSO E PRETERDOLOSO

CRIME DOLOSO, CULPOSO E PRETERDOLOSO CRIME DOLOSO, CULPOSO E PRETERDOLOSO DIREITO PENAL Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco CRIME DOLOSO - A VOLUNTARIEDADE DA CONDUTA apresenta as formas de DOLO OU CULPA (ELEMENTOS SUBJETIVOS

Leia mais

Espécies ou critérios classificadores de Infração penal (crimes, delitos e contravenções): a) Critério Tripartido ( França, Espanha)

Espécies ou critérios classificadores de Infração penal (crimes, delitos e contravenções): a) Critério Tripartido ( França, Espanha) TEORIA DO DELITO Espécies ou critérios classificadores de Infração penal (crimes, delitos e contravenções): a) Critério Tripartido ( França, Espanha) b) Critério Bipartido ( Alemanha, Itália) Espécies

Leia mais

Direito Penal Promotor de Justiça - 4ª fase

Direito Penal Promotor de Justiça - 4ª fase CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Promotor de Justiça - 4ª fase Iter Criminis Período 2004-2016 1) FCC Técnico - MPE SE (2013) Por si própria, a conduta de premeditar um crime de homicídio

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO PENAL Profº Esp. Rafael Cardoso de Souza

NOÇÕES DE DIREITO PENAL Profº Esp. Rafael Cardoso de Souza NOÇÕES DE DIREITO PENAL Profº Esp. Rafael Cardoso de Souza TEORIA GERAL DO DELITO Mapa do Crime Fato Típico Ilicitude Culpabilidade 1) Conduta 1) Legítima defesa 1) Imputabilidade 2) Resultado 2) Estado

Leia mais

Mini Simulado GRATUITO de Direito Penal. TEMA: Diversos

Mini Simulado GRATUITO de Direito Penal. TEMA: Diversos Mini Simulado GRATUITO de Direito Penal TEMA: Diversos 1. Um militar das Forças Armadas, durante a prestação de serviço na organização militar onde ele servia, foi preso em flagrante delito por estar na

Leia mais

DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu

DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu www.eduardofernandesadv.jur.adv.br CONCEITO: ANTIJURIDICIDADE OU ILICITUDE é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento

Leia mais

Tempo do Crime. Lugar do Crime

Tempo do Crime. Lugar do Crime DIREITO PENAL GERAL Professores: Arnaldo Quaresma e Nidal Ahmad TEORIA GERAL DA NORMA Tempo do Crime Lugar do Crime Art. 4º, CP: teoria da atividade. Considerado praticado o crime no momento da ação ou

Leia mais

CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 15

CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 15 CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 15 DATA 21/08/15 DISCIPLINA DIREITO PENAL (NOITE) PROFESSOR CHRISTIANO GONZAGA MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 03/08 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes

Leia mais

Conteúdo Edital PMGO

Conteúdo Edital PMGO Direito Penal Parte Geral Professor Samuel Silva Conteúdo Edital PMGO 1. Princípios constitucionais do Direito Penal. 2. A lei penal no tempo. A lei penal no espaço. Interpretação da lei penal. 3. Infração

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal Crime consumado (art. 14, I, CP) O crime será consumado quando nele se reunirem todos os elementos de sua definição legal, p.ex.: o crime de homicídio se consuma com a morte da vítima, pois é um crime

Leia mais

TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Anterioridade da lei TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém

Leia mais

ERRO NO DIREITO PENAL

ERRO NO DIREITO PENAL ERRO NO DIREITO PENAL Emanuella Drummond Resende Acadêmica de Direito 5º período Centro Universitário Newton Paiva Ignorar é não saber; errar é saber mal Paulo José 1 O erro é um vício de vontade que gera

Leia mais

CRIME = FT + A + C AULA 16. Vamos agora dar prosseguimento, já que falamos do primeiro elemento que foi

CRIME = FT + A + C AULA 16. Vamos agora dar prosseguimento, já que falamos do primeiro elemento que foi Turma e Ano: Master A (2015) 13/05/2015 Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 16 Professor: Marcelo Uzeda de Farias Monitor: Alexandre Paiol AULA 16 CONTEÚDO DA AULA: - Ilicitude, exclusão de ilicitude

Leia mais

Regência: Professor Doutor Paulo de Sousa Mendes Colaboração: Catarina Abegão Alves, David Silva Ramalho e Tiago Geraldo. Grelha de correção

Regência: Professor Doutor Paulo de Sousa Mendes Colaboração: Catarina Abegão Alves, David Silva Ramalho e Tiago Geraldo. Grelha de correção Grelha de correção 1. Responsabilidade criminal de Baltazar (6 vls.) 1.1. Crime de violação de domicílio (art. 190.º/1 CP), em coautoria com Custódio e Diogo (art. 26.º CP), contra Álvaro. Crime comum,

Leia mais

Sumário. Resumo de Direito Penal Militar Parte Geral e Especial. CAPÍTULO 2 Art. 9º do CPM Definição de crime militar... 25

Sumário. Resumo de Direito Penal Militar Parte Geral e Especial. CAPÍTULO 2 Art. 9º do CPM Definição de crime militar... 25 Sumário Resumo de Direito Penal Militar Parte Geral e Especial Introdução... 13 PARTE GERAL CAPÍTULO 1 Da aplicação da Lei Penal Militar... 15 1.1. Tempo do Crime... 19 1.2. Local do crime... 20 1.3. Territorialidade/Extraterritorialidade...

Leia mais

SUMÁRIO. 1. Tempo do crime Local do crime Territorialidade/Extraterritorialidade Tópico-síntese... 25

SUMÁRIO. 1. Tempo do crime Local do crime Territorialidade/Extraterritorialidade Tópico-síntese... 25 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 13 PARTE GERAL... 15 CAPÍTULO 1 DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR... 17 1. Tempo do crime... 21 2. Local do crime... 22 3. Territorialidade/Extraterritorialidade... 23 4. Tópico-síntese...

Leia mais

PONTO 1: Ilicitude PONTO 2: Das Causas Legais de Exclusão da Ilicitude

PONTO 1: Ilicitude PONTO 2: Das Causas Legais de Exclusão da Ilicitude 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Ilicitude PONTO 2: Das Causas Legais de Exclusão da Ilicitude OBS: ADPF 130 revogou totalmente a Lei 5.250/67 (Lei de Imprensa). Hoje aplica-se o CC e o CP nesses casos. STF, HC

Leia mais

Ponto 9 do plano de ensino

Ponto 9 do plano de ensino Ponto 9 do plano de ensino Concurso formal e material de crimes. Vedação ao concurso formal mais gravoso. Desígnios autônomos. Crime continuado: requisitos. Erro na execução. Resultado diverso do pretendido.

Leia mais

Direito Penal Militar

Direito Penal Militar Fabiano Caetano Prestes Ricardo Henrique Alves Giuliani Mariana Lucena Nascimento 36 Direito Penal Militar Parte Geral e Especial 3ª edição revista e atualizada 2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 13 PARTE GERAL...

Leia mais

ILICITUDE PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

ILICITUDE PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES ILICITUDE PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Ilicitude ou antijuridicidade? Conceito. Há doutrina ensinando que os termos são sinônimos. Ocorre que o CP apenas fala em ilicitude. Isto se dá, pois o FT é um

Leia mais

Relatório - Plano de Aula 14/03/ :54

Relatório - Plano de Aula 14/03/ :54 Página: 1/8 Disciplina: CCJ0101 - TÓPICOS INTERDISCIPLINARES Semana Aula: 7 Direito Penal e Processual Penal (Aula 1/5) Ao final da aula, o aluno deverá ser capaz de: DESCRIÇÃO DO PLANO DE AULA OBJETIVO

Leia mais

DA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal

DA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal DA NORMA PENAL Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal Teoria do Delito TEORIA DO DELITO Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio)

Leia mais

SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL

SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL CAPÍTULO 1 DIREITO PENAL: NOÇÕES INTRODUTÓRIAS PARTE 1 Noções introdutórias 1 PARTE 2 Noções introdutórias 2 PARTE 3 Noções introdutórias 3 CAPÍTULO 2 PRINCÍPIOS

Leia mais

II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA. Nexo causal

II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA. Nexo causal II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA Pressupostos da responsabilidade civil extracontratual (CC/02, art. 186) Conduta culposa Nexo causal Dano 1. A conduta - Conduta é gênero, de que são espécies:

Leia mais

CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 16

CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 16 CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 16 DATA 24/08/15 DISCIPLINA DIREITO PENAL (NOITE) PROFESSOR CHRISTIANO GONZAGA MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 04/08 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes

Leia mais

Direito Penal. Crime Doloso

Direito Penal. Crime Doloso Direito Penal Crime Doloso Conceito Doutrinário: dolo como a vontade livre e consciente de realizar a conduta objetiva descrita no tipo penal, desejando ou assumindo o risco de produzir certo resultado.

Leia mais

3- Qual das seguintes condutas não constitui crime impossível?

3- Qual das seguintes condutas não constitui crime impossível? 1- Maria de Souza devia R$ 500,00 (quinhentos reais) a José da Silva e vinha se recusando a fazer o pagamento havia meses. Cansado de cobrar a dívida de Maria pelos meios amistosos, José decide obter a

Leia mais

TEORIA DO DELITO parte 3

TEORIA DO DELITO parte 3 TEORIA DO DELITO parte 3 EXCLUDENTES DE ILICITUDE Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Legítima defesa Art. 25 CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,

Leia mais

CONCURSO DE PESSOAS. pág. 2

CONCURSO DE PESSOAS.   pág. 2 CONCURSO DE PESSOAS Concurso de pessoas Ocorre quando mais de uma pessoa pratica o crime. 1.1. Crimes Unissubjetivos (Monossubjetivos) e Plurissubjetivos. 1.2. Teoria Monista (Unitária) Mitigada (Temporada)

Leia mais

Regência: Professor Doutor Paulo de Sousa Mendes Colaboração: Catarina Abegão Alves, David Silva Ramalho e Tiago Geraldo. Grelha de correção

Regência: Professor Doutor Paulo de Sousa Mendes Colaboração: Catarina Abegão Alves, David Silva Ramalho e Tiago Geraldo. Grelha de correção Grelha de correção 1. Responsabilidade criminal de Alfredo (6 vls.) 1.1 Crime de coação [art. 154.º/1 CP], contra Beatriz. Crime comum, de execução vinculada, pois realiza-se por meio de violência ou de

Leia mais

ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE)

ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) Conceito: É a relação de contrariedade entre o fato humano e as exigências do ordenamento jurídico (sentido amplo), representando uma lesão ou

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO PENAL CULPABILIDADE

NOÇÕES DE DIREITO PENAL CULPABILIDADE NOÇÕES DE DIREITO PENAL CULPABILIDADE 1) (Agente de Polícia - PC-PE - 2016 - CESPE) Acerca das questões de tipicidade, ilicitude (ou antijuridicidade) e culpabilidade, bem como de suas respectivas excludentes,

Leia mais

Excludentes de Ilicitude Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP

Excludentes de Ilicitude Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Excludentes de Ilicitude Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Legítima defesa Art. 25 CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,

Leia mais

RICARDO S. PEREIRA DIREITO PENAL

RICARDO S. PEREIRA DIREITO PENAL RICARDO S. PEREIRA DIREITO PENAL 26 QUESTÕES DE PROVAS DA BANCA ORGANIZADORA DO CONCURSO SEFAZ/MS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE MS GABARITADAS. Seleção das Questões: Prof. Ricardo Souza Pereira Coordenação

Leia mais

Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia

Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia 1) O indivíduo B provocou aborto com o consentimento da gestante, em 01 de fevereiro de 2010, e foi condenado, em 20 de fevereiro de 2013, pela prática

Leia mais

sumário 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO TEORIA GERAL DO CRIME...

sumário 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO TEORIA GERAL DO CRIME... sumário 1 PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL... 12 1.1 Princípios Constitucionais do Direito Penal... 12 1.2 Princípios Modernos do Direito Penal... 15 1.3 Características Gerais do Direito

Leia mais

CURSO: DIREITO NOTURNO - CAMPO BELO SEMESTRE: 2 ANO: 2017 C/H: 67 AULAS: 80 PLANO DE ENSINO

CURSO: DIREITO NOTURNO - CAMPO BELO SEMESTRE: 2 ANO: 2017 C/H: 67 AULAS: 80 PLANO DE ENSINO CURSO: DIREITO NOTURNO - CAMPO BELO SEMESTRE: 2 ANO: 2017 C/H: 67 AULAS: 80 DISCIPLINA: DIREITO PENAL I PLANO DE ENSINO OBJETIVOS: * Compreender as normas e princípios gerais previstos na parte do Código

Leia mais

DIREITO PENAL TEORIA DO CRIME. Prof. Ricardo Antonio Andreucci

DIREITO PENAL TEORIA DO CRIME. Prof. Ricardo Antonio Andreucci DIREITO PENAL TEORIA DO CRIME 1 O crime pode ser conceituado sob o aspecto material (considerando o conteúdo do fato punível), sob o aspecto formal e sob o aspecto analítico. CONCEITO DE CRIME 2 Conceito

Leia mais

Evolução do Conceito

Evolução do Conceito CULPABILIDADE Evolução do Conceito Período Primitivo- basta nexo causal entre conduta e resultado. Lei de Talião vingança privada. Direito Romano atentado contra a ordem pública. Idade Média livre-arbítrio

Leia mais

ENCONTRO 04. Ocorrência de ato ilícito. Que este ato tenha causado dano à alguém

ENCONTRO 04. Ocorrência de ato ilícito. Que este ato tenha causado dano à alguém ENCONTRO 04 1.4. Imputabilidade - A responsabilidade decorre apenas da conduta? - A reprovabilidade depende da capacidade psíquica de entendimento do agente? (Sim. - Que significa imputar? - Há como responsabilizar

Leia mais

Erro de Tipo (art. 20, caput, do CP)

Erro de Tipo (art. 20, caput, do CP) Erro de Tipo (art. 20, caput, do CP) É aquele que incide sobre as elementares de determinada figura típica. É o reverso do dolo do tipo, pois o agente não conhece uma circunstância que pertence ao tipo

Leia mais

Tempo do Crime. Lugar do Crime

Tempo do Crime. Lugar do Crime DIREITO PENAL GERAL Professores: Arnaldo Quaresma e Nidal Ahmad TEORIA GERAL DA NORMA Tempo do Crime Lugar do Crime Art. 4º, CP: teoria da atividade. Considerado praticado o crime no momento da ação ou

Leia mais

ILICITUDE PENAL. 1. Exclusão da ilicitude

ILICITUDE PENAL. 1. Exclusão da ilicitude ILICITUDE PENAL Ilicitude ou antijuridicidade é a relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento jurídico, de modo a causar lesão a um bem jurídico. Essa definição abrange dois aspectos:

Leia mais

TEORIA DO CRIME. Prof: Luís Roberto Zagonel. Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal Academia Brasileira de Direito Constitucional

TEORIA DO CRIME. Prof: Luís Roberto Zagonel. Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal Academia Brasileira de Direito Constitucional TEORIA DO CRIME Advogado Criminalista Prof: Luís Roberto Zagonel Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal Academia Brasileira de Direito Constitucional Bacharel em Direito Universidade Tuiuti do

Leia mais

ENCONTRO pág. 1

ENCONTRO pág. 1 ENCONTRO 06 www.monsterconcursos.com.br pág. 1 Nenhuma pena sem culpabilidade Art. 34. Pelos resultados que agravam especialmente as penas só responde o agente quando os houver causado, pelo menos, culposamente.

Leia mais

DESISTÊNCIA ARREPENDIMENTO

DESISTÊNCIA ARREPENDIMENTO DESISTÊNCIA E ARREPENDIMENTO A tentativa é perfeita quando o agente fez tudo o que podia, praticando todos os atos executórios, mas não obteve o resultado por circunstâncias alheias a sua vontade. Aplica-se

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Magistratura Estadual 9ª fase. Direito Penal. Concurso de Pessoas. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Magistratura Estadual 9ª fase. Direito Penal. Concurso de Pessoas. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Magistratura Estadual 9ª fase Período 2007-2016 1) CESPE Juiz Estadual TJ/PI - 2012 Em relação ao concurso de pessoas, assinale a opção correta. a) Segundo a jurisprudência

Leia mais

Sumário PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL NORMA PENAL... 33

Sumário PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL NORMA PENAL... 33 CAPÍTULO 1 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL... 13 1. Noções preliminares...13 2. Peculiaridades dos princípios do Direito Penal...13 3. Princípio da legalidade ou da reserva legal...14 3.1 Abrangência do princípio

Leia mais

Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar:

Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar: PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PENAL P á g i n a 1 Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar: a) O fato punível praticado sob coação irresistível é capaz de excluir

Leia mais

POLÍCIA FEDERAL direito penal REVISÃO - AULA 02 Prof. Joerberth Nunes

POLÍCIA FEDERAL direito penal REVISÃO - AULA 02 Prof. Joerberth Nunes POLÍCIA FEDERAL direito penal REVISÃO - AULA 02 Prof. Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal REVISÃO AULA 02 1 (CESPE EMAP) A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir.

Leia mais

STJ ANDRÉ LUíSCALLEGARI TEORIA GERAL DO E DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA. TERCEIRA EDiÇÃO REVISTA E AMPLIADA

STJ ANDRÉ LUíSCALLEGARI TEORIA GERAL DO E DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA. TERCEIRA EDiÇÃO REVISTA E AMPLIADA ANDRÉ LUíSCALLEGARI TEORIA GERAL DO E DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA TERCEIRA EDiÇÃO REVISTA E AMPLIADA SÃO PAULO EDITORA ATLAS S.A. - 2014 2013 by Editora Atlas S.A. As primeiras edições deste livro foram publicadas

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19 SUMÁRIO Capítulo 1 Princípios do Direito Penal... 19 1. Noções preliminares... 19 2. Peculiaridades dos princípios do direito penal... 20 3. Princípio da legalidade ou da reserva legal... 20 3.1. Abrangência

Leia mais

Sumário PARTE GERAL. Capítulo I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Normas penais em branco... 44

Sumário PARTE GERAL. Capítulo I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Normas penais em branco... 44 Sumário PARTE GERAL Capítulo I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL... 25 1. Princípio da legalidade penal... 25 2. Outros princípios penais... 26 2.1. Princípio da fragmentariedade... 26 2.2. Princípio da subsidiariedade...

Leia mais