Em várias situações a legislação consagra da junção das jurisdições civil e criminal.

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1 Ação civil ex delicto Objetivo: Propiciar a reparação do dano causado pelo delito.

2 Sentença penal condenatória e reparação do dano Art. 91, I, CP: Obrigação de indenizar o dano Art. 63, CPP e 475-N, II, CPC: Título executivo no Juízo Cível

3 Independência das jurisdições Art. 935 do CC: A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja seu autor, quando estas questões já se acharem decididas no juízo criminal.

4 Legislação extravagante Em várias situações a legislação consagra da junção das jurisdições civil e criminal. Composição civil nos casos de IMPO, arts. 74 e 75 da lei 9.099/1995, importando em renúncia ao direito de queixa ou representação.

5 Código de Trânsito Brasileiro, art. 297: A penalidade da multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime.

6 Lei 11340/ : Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - competência cumulativa, cível e criminal. Condenação criminal, alimentos provisórios ou provisionais, separação de corpos, regulamentação de visitas aos filhos. Arts. 14, 22, IV e V, c/c 23, I a IV.

7 Ajuizamento de ação civil Art Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil. Parágrafo único - Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso desta, até o julgamento definitivo daquela.

8 Não impede a ação civil: - não haver prova da existência do fato, art. 66 e 386, II; - não constituir o fato infração penal, arts. 67, III e 386, III; - não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal, arts. 386, V;

9 - existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena, art. 386, VI (v. art. 65); - fundada dúvida sobre circunstâncias que excluam o crime, art. 386, VI; - não existir prova suficiente para a condenação, art. 386, VII.

10 - o despacho de arquivamento de inquérito ou peças de informação, art. 67, I; - a decisão que julgar extinta a punibilidade, art. 67, II; impede a ação civil: - a inexistência material do fato, art. 386, I; - não ter o réu concorrido para o fato, art. 386, IV.

11 Excludentes de ilicitude CC, art Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.

12 CPP, art Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Estado de necessidade defensivo/agressivo CC, art Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.

13 Art No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).

14 Aberratio ictus na legitima defesa Se, por erro na execução, quem age em legítima defesa acaba por ferir inocente, ficará obrigado a indenizá-lo, podendo voltar-se contra o agressor, em ação regressiva.

15 Foro e prazo prescricional -A ação civil ex delicto pode ser proposta no domicílio do réu ou no lugar da infração (art. 100, par. único, CPC), e ainda, no domicílio do réu (art. 94, caput, CPC) -O trânsito em julgado da sentença penal dá início ao prazo prescricional de 3 anos, que não corre contra o menor de 16 anos.

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