Espécies ou critérios classificadores de Infração penal (crimes, delitos e contravenções): a) Critério Tripartido ( França, Espanha)

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1 TEORIA DO DELITO

2 Espécies ou critérios classificadores de Infração penal (crimes, delitos e contravenções): a) Critério Tripartido ( França, Espanha) b) Critério Bipartido ( Alemanha, Itália)

3 Espécies ou critérios classificadores de Infração penal (crimes, delitos e contravenções): a) Critério Tripartido ( França, Espanha) b) Critério Bipartido ( Alemanha, Itália)

4 Diferença entre crime e contravenção penal Artigo 1º da LICP: Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.

5 Leis de Contravenções penais DECRETO-LEI Nº 3.688, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941.

6 Infração Penal (Gênero) Espécies: 1. Crime (delito) 2. Contravenção penal (Delito anão ou Liliputiano)

7 Conceito de Crime Conceito analítico de crime: Fato típico - ilícito - culpável.

8 Fato Típico: Análise dos seus elementos

9 Conduta Ação - crimes comissivos Omissão - Crimes omissivos

10 Espécies de Crimes Omissivos 1.Omissivo Próprio (Puro, simples) 2.Omissivo impróprio (comissivo por omissão, omissivo qualificado)

11 Espécies de Crimes Omissivos OMISSIVO PÓPRIO Ex.: Omissão de socorro Art. 135 CP- Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

12 Espécies de Crimes Omissivos OMISSIVO PÓPRIO Ex.:Abandono intelectual Art. 246 CP- Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

13 Espécies de Crimes Omissivos OMISSIVO IMPÓPRIO

14 AGENTE GARANTIDOR Previsão legal: Art. 13, 2º do CP Hipóteses legais: a)quem tenha por lei a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b)quem de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c)quem com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado

15 Momento Charge Jurídica Agente Garantidor

16 Do Dolo e Da Culpa Análise dos Crimes Dolosos e Culposos

17 DOS CRIMES DOLOSOS

18 Art. 18 do CP Diz-se o crime: CRIME DOLOSO I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.

19 Elementos do dolo: a) Elemento intelectivo; b) Elemento volitivo.

20 Espécies de dolo: a) Dolo direto/ determinado; a.1) Dolo de 1º grau a.2) Dolo de 2º grau b) Dolo indireto/ indeterminado; b.1) Dolo alternativo; b.2) Dolo eventual: c) Dolo geral, erro sucessivo ou aberratio causae.

21 Diferença entre Dolo eventual e Culpa Consciente DOLO EVENTUAL: 1.O agente não quer o resultado; 2.Assume o risco de produzi-lo.

22 Diferença entre Dolo eventual e Culpa Consciente CULPA CONSCIENTE: 1.O agente não quer o resultado; 2.Existe previsibilidade; 3.Não aceita o resultado, pois acredita em suas habilidades

23 DOS CRIMES CULPOSOS

24 Art. 18 CP- Diz-se o crime: Crime culposo II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

25 Princípio da excepcionalidade do crime culposo

26 Ex: Homicídio culposo Art. 121 CP 3º Se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de um a três anos.

27 Não possui previsão na modalidade culposa: EX: Dano Art. 163 CP- Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

28 Elementos do Crime Culposo a) Conduta; b) Não observância do dever de cuidado objetivo; c) Previsibilidade objetiva; d) Resultado; e) Nexo causal.

29 Espécies de culpa a)culpa própria As espécies de culpa abaixo são espécies de Culpa Própria, pois o Agente não quer e não assume o risco de produzir o resultado. b) Culpa consciente/com previsão/ex lascivia O Agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra, supondo poder evitá-lo. c)culpa inconsciente/sem previsão/ex ignorantia O agente não prevê o resultado, pois há apenas a previsibilidade, ou seja, era previsível. d)culpa imprópria ou culpa por extensão, assimilação ou equiparação Ocorre quando o Agente, por erro evitável, fantasia certa situação de fato, supondo estar agindo acobertado por uma excludente de ilicitude. Assim, temos um tratamento culposo a um crime doloso.

30 Música Jurídica - Felizes Dolo e Culpa Preste atenção no que eu vou dizer, O dolo é a regra você pode crer, Tenho dolo direto e eventual, Num eu quero e no outro eu assumo o risco, do resultado Bate palma se está feliz relaxa a gora que rola um bis (esse é o crime doloso) Bate palma se está feliz, essa música é pra você (esse é o crime doloso) Bate palma se está feliz, dessa vez você vai aprender (esse é o crime doloso) Bate palma se está feliz, essa música é pra você.

31 Música Jurídica - Felizes Dolo e Culpa Agora o papo é outro, preste atenção O tema agora é culpa que é exceção, Se eu sou imprudente, negligente ou imperito, e acaba acontecendo um resultado não querido, nem com risco assumido Bate palma se está feliz relaxa a gora que rola um bis (esse é o crime culposo) Bate palma se está feliz, essa música é pra você (esse é o crime culposo) Bate palma se está feliz, dessa vez você vai aprender ( esse é o crime culposo) Bate palma se está feliz, essa música é pra você.

32 Música Jurídica - Felizes Dolo e Culpa Vamos lá: crimes que não admitem forma culposa: O estupro não tenho culposo, e o aborto eu não tenho não! O dano culposo também não existe (2x) Deu pra pegar? Esse são pra lembrar Bate palma se está feliz relaxa a gora que rola um bis (esse é O DOLO E CULPA) Bate palma se está feliz, essa música é pra você (esse é o DOLO E CULPA) Bate palma se está feliz, dessa vez você vai aprender (esse é o DOLO E CULPA)

33 Resultado Consumação - Art. 14, I do CP Crime consumado Art. 14 CP I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; OBS: iter criminis

34 Tentativa Art. 14, II do CP Art. 14 CP - Diz-se o crime: Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de ) II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

35 ESPÉCIES: 1.Tentativa Imperfeita; 2.Tentativa Perfeita 3.Incruenta ou branca; 4.Cruenta ou vermelha;

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