Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

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1 Crime consumado (art. 14, I, CP) O crime será consumado quando nele se reunirem todos os elementos de sua definição legal, p.ex.: o crime de homicídio se consuma com a morte da vítima, pois é um crime material, que se consuma com o resultado. São considerados crimes formais aqueles nos quais o crime se consuma com a mera atividade. Crimes permanentes são os que se consumam desde a configuração dos seus requisitos, perdurando até que cesse a conduta do agente. Com os crimes omissivos próprios, a consumação se dá no momento da omissão, e nos omissivos impróprios pela produção do resultado. O crime consumado não se confunde com o crime exaurido, uma vez que, neste, mesmo após ter consumado o crime continua produzindo seus efeitos. Um conceito importante e que deve ser lembrado é o de iter criminis, que configura as fases ou etapas do crime. O iter criminis compreende as seguintes etapas: 1. cogitação; 2. atos preparatórios; 3. execução e 4. consumação. As duas primeiras etapas, ou seja, a cogitação que é a mentalização da conduta e os atos preparatórios para a execução do crime (p.ex.: a compra de uma arma), salvo alguns casos expressos na lei (ex. crime de quadrilha e apetrechos para falsificação), não são puníveis, caso não se realize o resultado. Já a execução e a consumação são sempre puníveis. Com a execução o bem jurídico começa a ser violado, inicia-se a execução quando o agente começa a realizar o fato definido como típico, ou seja, a sua conduta se amolda ao verbo do tipo, p.ex. empunhar uma faca para esfaquear alguém. O quadro abaixo irá auxiliar na memorização do momento da consumação nos diversos tipos de crimes. É importante sempre estudá-lo, pois o tema tem sido alvo de muitas perguntas em exames da OAB. Crimes materiais...ocorrem com a produção do resultado; Crimes formais...ocorrem com a simples conduta, independente do resultado; Crimes culposos...ocorrem com a produção do resultado; Crimes de mera conduta...ocorrem com a ação ou omissão; Crimes omissivos próprios...com a prática da conduta negativa; Crimes omissivos impróprios...com a produção do resultado; Crimes permanentes...enquanto perdurar a conduta; Crimes qualificados pelo resultado.com a produção do resultado agravante.

2 Crime impossível (art. 17, CP) Em conformidade com o art. 17, CP, não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. Há duas teorias, a subjetiva e a objetiva, a qual se subdivide em temperada Adotou-se a teoria objetiva temperada / moderada ou matizada. Para essa teoria, somente são puníveis os atos praticados pelo agente quando os meios e os objetos sejam relativamente eficazes ou impróprios, isto é haja alguma chance de o agente conseguir atingir o resultado pretendido. O crime impossível é uma causa geradora de atipicidade, ou melhor, de exclusão da própria tipicidade. Este crime pode, ainda, ser chamado de: quase-crime, tentativa impossível, inidônea ou ainda de tentativa inadequada. A expressão ineficácia absoluta do meio, empregada neste dispositivo legal, encontra sugestivo exemplo no caso de tentativa de envenenamento mediante substância inócua, ou de utilização de arma de fogo cujas cápsulas já se acham deflagradas. No que concerne à absoluta impropriedade do objeto, ocorre p.ex. no furto de pedras sem valor algum, quando o ladrão pensa tratar-se de diamantes, ou nas manobras abortivas de mulher que não está grávida, só se pode provocar aborto de quem esteja grávida. Desta maneira, são 2 os requisitos para se caracterizar o crime impossível: a) existência de absoluta ineficácia do meio; b) impropriedade absoluta do objeto material. O crime impossível não se confunde com o putativo ou o imaginário, em que o agente, erroneamente, pensa que está praticando um crime, porém sua conduta não é penalmente punível. Crime doloso (art. 18, I, CP) De acordo com o art. 18, I, o crime será doloso quando o agente quer o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. Em conformidade com o CP, que adotou a teoria da vontade (o dolo consiste na vontade e na consciência de praticar o fato típico) e a do assentimento (o dolo consiste na aceitação do resultado, embora este não seja visado como fim específico), o dolo pode ser direto ou indireto, sendo que este último é dividido em duas formas: eventual e alternativo. O dolo é direto quando o agente quis determinado resultado, ou seja, quando o agente teve a intenção de provocá-lo (teoria da vontade). Já o dolo indireto (alternativo e eventual) se dá quando a vontade do agente não visa a um resultado determinado. Quanto às duas formas do dolo indireto: no dolo indireto eventual, o agente conscientemente admite e aceita o risco de produzir o resultado, embora não deseja diretamente este (teoria do assentimento), p.ex.: um médico experimenta certa substância química que pode

3 matar o paciente e o resultado letal vem a ocorrer; no dolo indireto alternativo o objeto da ação se divide entre dois ou mais resultados, p.ex.: matar ou ferir. Logo, dois são os elementos do dolo: a vontade e a consciência. Além do dolo direto e indireto (eventual e alternativo) existem ainda os seguintes tipos de dolo, segundo a doutrina: Dolo natural: adotado pela Teoria Finalista da Ação, por meio do qual o dolo passa a integrar a conduta (ação), afastando-se da consciência da ilicitude. Dolo normativo: adotado pela Teoria Clássica, segundo o qual o dolo contém a consciência da ilicitude, sendo pois, parte integrante da culpabilidade. Dolo de dano: o agente quer ou assume o risco de provocar dano efetivo. Dolo de perigo: a conduta tem a finalidade apenas de criação do perigo, o próprio perigo constitui o resultado previsto na lei, p.ex.: o crime de contágio de doença venérea, art. 130, CP. Dolo específico: refere-se a um fim especial visado pelo agente, p.ex.: o fim de lucro, art. 141, parágrafo único, CP. Este tipo de dolo se encontra atualmente superado pela doutrina penal. Entende-se hoje que para tal tipo de comportamento, qual seja, o da exigência de um plus do elemento volitivo, a melhor denominação é elemento subjetivo do injusto. Este elemento é encontrado geralmente quando o tipo penal diz a fim de, com a finalidade de, com intuito de..., e demais expressões análogas. Dolo genérico: é o dolo comum, no qual o agente quer o resultado ou assume o risco de produzi-lo. Dolo geral: neste caso, o resultado visado pelo agente acaba ocorrendo, não de modo previsto, mas por outros atos praticados na mesma linha de conduta. Dolo de ímpeto: é a ação executada de imediato. Para a Teoria Finalista, não existe a distinção entre dolo genérico e dolo específico, pois o dolo é considerado único, sendo o fim especial. Entretanto, mesmo a teoria finalista da ação adota versão atual do dolo específico, agora com a denominação de elemento subjetivo do injusto. Crime culposo (art. 18, II, CP) Considerações gerais Valer ressaltar que os crimes culposos só poderão ser punidos quando expressamente previstos pela norma penal. Nesse sentido determina o art. 18, CP, em seu parágrafo único: salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. O crime será culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia, estas são as modalidades da culpa. A culpa, ao contrário do dolo, consiste na prática não intencional do delito, ou seja, um ato voluntário dirigido a um fim lícito. Trata-se da não-observância do dever de cuidado pela pessoa, causando, assim, um resultado e tornando punível a sua conduta.

4 A essência da culpa está na previsibilidade: se o agente devia, mas não podia prever as conseqüências ou o resultado de sua ação, não há culpa. A culpa está prevista genericamente no tipo (daí porque o tipo culposo é chamado de aberto), e não descrita ou especificada em lei, uma vez que seria impossível ao legislador prever todas as formas de realização culposa. Assim, para se saber se houve ou não culpa é necessária a realização de um juízo de valor feito pelo juiz. Nesse sentido, deve ser feito um levantamento da conduta do agente, comparativamente à conduta esperada de um cidadão de prudência mediana, exposto à mesma situação. A seguir, serão estudadas as três modalidades do crime culposo. Negligência A negligência é a falta de precaução, o relaxamento, a falta de atenção, é o deixar de fazer. A negligência ocorre sempre antes do início da conduta. A pessoa negligente deixa de tomar as precauções necessárias antes de praticar um ato. Imprudência A imprudência, ao contrário da negligência, ocorre sempre durante a ação, é uma conduta positiva; é a prática de ato perigoso. É uma ação descuidada, p.ex.: dirigir em alta velocidade. Imperícia A imperícia é a falta de aptidão técnica, prática ou teórica, para certas atividades, p.ex.: médico, para realizar operações cardíacas e tendo como especialidade a oftalmologia. Espécies de Culpa São quatro as espécies de culpa: a consciente, a inconsciente, a própria e a imprópria. Culpa consciente é aquela em que o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a conduta acreditando, sinceramente, que este resultado não venha a ocorrer. O resultado, embora previsto, não é assumido ou aceito pelo agente, que confia na sua não ocorrência. (GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte geral. 5.ed. Rio de Janeiro: Impetus.p.227). Já na culpa inconsciente, o resultado é previsto, mas o agente, confiando em si mesmo, nas suas habilidades pessoais, acredita sinceramente que este não venha a ocorrer. A culpa inconsciente é a culpa sem previsão, e a culpa consciente é a culpa com previsão. (GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte geral. 5.ed. Rio de Janeiro: Impetus.p.227). A culpa própria é a culpa comum. A culpa própria foi denominada assim, no intuito de ser diferenciada da culpa imprópria, que também é chamada de culpa por extensão. A culpa imprópria é uma forma excepcional de culpa, em que o agente deseja o resultado, porém este é desejado por engano ou precipitação, sua vontade baseia-se em erro de tipo inescusável ou vencível, de acordo com o art. 20, 1º, e art. 23, parágrafo único, CP. É o que acontece quando, p.ex., uma pessoa, em uma sala escura mata outra pensando tratar-se esta de um ladrão, quando na verdade era seu primo.

5 Excepcionalidade do Crime Culposo Conforme aduz o artigo 18, parágrafo único, do Código Penal salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Desta forma, é correto afirmar que, a princípio, todo tipo incriminador será praticado a titulo de dolo, o qual está implícito em sua descrição. Quanto a modalidade culposa, para que haja relevância, ela deve estar prevista expressamente (regra da excepcionalidade do crime culposo). A culpa é exceção, o dolo é regra. Distinção entre dolo eventual e culpa consciente No dolo eventual o agente deve ter consentido com o resultado. Na culpa consciente, embora prevendo o que possa acontecer, o agente repudia este resultado, o agente não quer e nem assume o risco de produzir o resultado, pois se importa com sua ocorrência. No dolo eventual o agente diz: não importa, enquanto que na culpa consciente o agente diz: é possível, mas não vai ocorrer de forma alguma. Os crimes qualificados pelo resultado e o crime preterdoloso Introdução O crime preterdoloso é uma das quatro espécies de crime qualificado pelo resultado. Resta saber que o crime qualificado pelo resultado é aquele em que o legislador, após descrever a conduta típica, com todos os seus elementos, acrescenta-lhe um resultado, cuja ocorrência acarreta um agravamento da sanção penal. Nesse sentido, este tipo de crime possui, necessariamente, duas etapas: 1ª) a prática de um crime completo, com todos os seus elementos (fato antecedente); 2ª) produção de um resultado agravador, além daquele resultado que seria necessário para a consumação (fato conseqüente). Na primeira parte, há um crime perfeito e acabado, praticado a título de dolo ou culpa, enquanto que na segunda parte um resultado agravador, produzido dolosa ou culposamente, acaba por tipificar um delito mais grave. Espécies de crimes qualificados pelo resultado São espécies de crimes qualificados pelo resultado: a) dolo no antecedente e dolo no conseqüente: a conduta é dolosa e o resultado agravador também é doloso. b) culpa no antecedente e culpa no conseqüente: o agente pratica uma conduta culposamente, todavia, além desse resultado culposo, ele também acaba produzindo outros resultados culposos. Esta hipótese está prevista no art. 258, CP, que prevê o crime de incêndio culposo qualificado pelo resultado morte.

6 c) culpa no antecedente e dolo no conseqüente: o agente, após produzir um resultado por imprudência, negligência ou imperícia, realiza uma conduta dolosa agravadora, p.ex.: um motorista atropela um pedestre e foge sem prestar-lhe socorro. d) conduta dolosa e resultado agravador culposo (crime preterdoloso ou intencional): o agente quer praticar um crime, mas acaba excedendo-se e produzindo culposamente um resultado mais grave do que o desejado, p.ex.: um agente que deseja lesionar sua vítima, que, devido aos golpes, vem a cair e bate a cabeça em uma pedra, falecendo. O crime preterdoloso compõe-se de um comportamento anterior doloso (fato antecedente) e um resultado agravador culposo (fato conseqüente). Há, portanto, neste tipo de crime, dolo no antecedente e culpa no conseqüente. É impossível a tentativa nestes crimes, visto que o resultado agravador não era desejado. Quer saber mais sobre Direito e Processo Penal? Então acompanhe o! fernandotadeu.marques Prof_Marques Prof_Marques Fernando Tadeu Marques fernandotmarques@hotmail.com

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