Disciplina: Direito Penal Parte Geral Professor: Michel Reiss Aula 03

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1 Disciplina: Direito Penal Parte Geral Professor: Michel Reiss Aula 03 Elementos objetivos do tipo: - descritivos - normativos Temos os seguintes elementos do tipo: Verbo: todo crime tem uma conduta, e o verbo define qual é a conduta. Verbo concretiza a conduta. (matar, ofender, provocar, injuriar, etc); Sujeito ativo: é ser humano, sendo ele uma pessoa qualquer ou específica; quando se fala em sujeito ativo temos um crime comum: crime próprio ou crime de mão própria. Exemplo: matar alguém, provocar aborto com ou sem consentimento da gestante. Muitos crimes tem sujeito ativo determinado: Exemplo: peculato e infanticídio. Crime de mão própria: o sujeito ativo é ainda mais determinado, neste crime só pode figurar como autor aquele ser humano determinado. Também o crime de falso testemunho, exige-se um sujeito determinado/ específico. Crime próprio o sujeito ativo é determinado, mas a conduta realizada não precisa ser realizada necessariamente com o corpo do agente, o sujeito é determinado, mas admite-se co-autoria, como por exemplo, peculato. Crime de infanticídio: uma esganadura a 4 mãos (feita pelos pais); a mãe é autora e o pai co-autor. Posso ter outra pessoa também matando, precisa da mãe, mas posso ter outra pessoa agindo em co-autoria. Nos dois crimes (próprio e de mão própria) admite-se a co-autoria. Sujeito passivo: é o titular do bem jurídico protegido. Pode ser pessoa física, jurídica ou até mesmo a coletividade. Bem jurídico = objeto jurídico, coisa ou valor protegido pela norma penal. O índice do código penal traz uma lista dos bens jurídicos protegidos pelo Direito Penal. Para ter relevância jurídico penal deve haver ofensa ao bem jurídico tutelado. Objeto material: vestígio causado em pessoa ou coisa pela prática do crime. Quando esse vestígio recair em uma pessoa é objeto material pessoal, quando sobre coisa objeto material real. Alguns crimes não terão conseqüências físicas naturalísticas, por isso não possuem objeto material, exemplo: crime de injúria, neste caso, não há vestígio palpável. Não confundir objeto material com bem jurídico. Crime de furto: bem jurídico protegido é o patrimônio. Quando o objeto material for uma pessoa ele se confunde com o sujeito passivo, apesar de termos conceitos diferentes. Resultado: naturalístico ou normativo = jurídico. Naturalístico: é o resultado físico, perceptível pelos sentidos. Se o crime tem objeto material tem objeto naturalístico. O crime de embriaguez não possui resultado naturalístico, nem a injúria verbal, mas o crime de homicídio possui resultado naturalístico. Por outro lado se diz que todo crime possui resultado normativo, isto é, lesar a norma jurídica. Cuidado com a palavra resultado na prova. Observar o contexto em que a palavra resultado aparece. Classificação dos crimes quanto ao resultado: considera o resultado do crime para fins de consumação. - Crime material: o tipo exige um resultado naturalístico para fins de consumação. Homicídio precisa-se do resultado morte. 1

2 - Crime formal: o tipo até menciona um resultado naturalístico, que por sua vez é dispensável para fins de consumação. Exemplo: assédio sexual. O tipo descreve a vantagem, mas basta agir com intuito do resultado que o crime estará consumado; extorsão mediante seqüestro (basta constranger mediante violência ou grave ameaça). Súmula 96 do STJ. - Crime de mera conduta: o tipo não menciona nenhum resultado naturalístico para fins de consumação. Exemplo: porte de armas. Nexo causal: é o liame entre a conduta e o resultado. Se eu não tenho nexo causal está afastada a tipicidade objetiva. Artigo 13, CP. Modos de execução: maneira exigida pelo tipo para realização de seu verbo. Todo crime possui um verbo, também conhecido como núcleo (violência, grave ameaça e fraude). Nem todo crime possui modo de execução. No crime de furto a fraude é elemento para torná-lo qualificado. O modo de execução é a maneira para se chegar ao verbo. Instrumentos ou meios de execução: quando o tipo previr um instrumento para a prática do crime. Exemplo: arma Circunstancias de tempo e lugar: crime de violação de domicílio (proteção da casa como asilo inviolável); crime de furto praticado durante a noite. Tipo subjetivo: refere-se à questão da vontade. Dolo: primeira palavra que deve vir na cabeça quando se pensa em tipicidade subjetiva é dolo. Art. 18, parágrafo único, CP. Regra geral, a responsabilidade é dolosa. A culpa é exceção da exceção. O direito penal exige o dolo. Furto culposo, por exemplo, é problema de Direito Civil. Fim especial de agir: figura de natureza subjetiva que aparece em alguns crimes dolosos. Vontade específica além daquela descrita no verbo. O furto tem fim especial de agir, não basta subtrair coisa alheia móvel, mas é subtrai para si ou para outrem coisa alheia móvel, assim com o propósito específico de tornar-se dono, subtrair para si. Culpa: se não houver expressa punição legal não há que se falar em punição. O código penal possui poucos crimes culposos, mas em legislações especiais existem tais crimes. Teorias do dolo: - Teoria da vontade: o individuo age com a vontade de chegar aquele resultado lesivo. O CP adota tal teoria. Artigo 18, I, primeira parte. - Teoria do assentimento: a pessoa não quer necessariamente cometer aquele resultado, mas assente. Artigo 18, I, parte final. - Teoria da representação: não adotada pelo CP. Quando se imagina a prática criminosa, já há resultado. - Teoria da probabilidade: se há probabilidade da ocorrência do resultado, temos que tratar isso como dolo. (não adotada pelo CP). Dolo direto Imediato (1 grau): considera-se o fim querido pelo agente. O que o agente queria efetivamente praticar. Fim querido com os meios necessários aquele fim. O agente quer o resultado e escolhe alguns meios para atingir tal resultado. Quer um resultado determinado, embora não se preocupe com os outros resultados. Mediato (2 grau): conseqüências da escolha dos meios ou efeito colateral. Há uma conseqüência acerca da escolha dos meios. Ainda que não seja o seu fim querido. Dolo indireto Alternativo: o agente deseja duas possibilidades; um ou outro resultado ou atingir uma ou outra pessoa. Resultado o agente não se incomoda com o resultado. Pessoa há uma alternativa em relação à pessoa atingida. 2

3 Eventual: o agente não se importa com o resultado. Elementos do dolo: - Cognitivo ou intelectivo todos os elementos do tipo deverão passar pela cabeça do agente. Exemplo: dois amigos que saem para caçar ursos. Um amigo atinge o outro pensando estar atingindo o urso. Não passou pela sua cabeça que estava matando o amigo, portanto, não há dolo. É um erro sobre o elemento cognitivo ou intelectivo. Não basta imaginar, além de imaginar tem que querer. - Volitivo possibilidade de imaginar, mas não querer. Exemplo: o amigo indaga-se, antes de atirar se realmente era um urso, ou se poderia ser o amigo. Se passar pela cabeça do agente já é o suficiente para se ter o elemento volitivo. Dolo direto: o agente quer fazer exatamente aquilo que imaginou. A vontade encaixa-se exatamente aquilo que o agente imaginou. Dolo eventual: tem que antes imaginar, e, além disso, imaginar e não se importar. É o famoso, dane-se. Assumir o risco de produzir o resultado. Se o agente acredita na inocorrência do resultado, a definição é de que não assumiu o risco. Não basta imaginar. Tem que imaginar e não se importar. Se a conclusão for danou-se, significa que ele acreditou na inocorrência do resultado (se importou). Não há, portanto, dolo eventual. Culpa: artigo 18, parágrafo único!!! Não existe crime de dano na forma culposa, trata-se de um ilícito civil, apenas. Conduta humana voluntária na culpa se visa um fim (ou resultado) juridicamente irrelevante. Inobservância do dever objetivo de cautela (falta de cuidado) e em razão dessa inobservância gera-se um desvio do resultado juridicamente irrelevante, chegando a um resultado danoso. Obs: todo crime tem uma conduta humana voluntária. Elementos (requisitos) da culpa: Expressa previsão legal; Conduta humana voluntária visando resultado juridicamente irrelevante; visa-se um resultado juridicamente irrelevante. Exemplo: chegar mais rápido em casa, para tanto, atribui ao veículo uma velocidade maior. Resultado danoso; somente se houver um dano juridicamente relevante que haverá interesse do direito penal. Nexo causal entre a conduta e o resultado; tem que ter a ligação entre a conduta e o resultado. Inobservância do dever objetivo de cautela (imprudência, imperícia, negligência); falar de culpa é falar de falta de cuidado. O mais importante é observar que houve inobservância do dever de cuidado. Imperícia = descumprimento de uma regra técnica, trata-se de uma hipótese de imperícia. Previsibilidade: só falo em culpa se o resultado for previsível. Caso contrário, não posso imputar ao agente responsabilidade penal. Culpa inconsciente: não imagina o resultado lesivo, mas tinha condição de ter imaginado. Isto é, não imagino que vai dar o problema, mas dava para ter imaginado, se fosse o agente um pouco mais cuidadoso. Exemplo: prédio que desaba. Para ter culpa não precisa ter o resultado, basta a imaginação de que ele poderia ocorrer. Culpa consciente: imagina o resultado, mas não acredita na sua ocorrência. É o famoso, danouse. 3

4 Culpa consciente e dolo eventual: temos uma característica comum: em ambos imagina-se o resultado. A diferença é como o agente concebe o resultado. Culpa consciente = danou-se! Dolo eventual = dane-se! Assumir o risco de produção do resultado. Adquirir coisa que sabe ser produto de crime crime de receptação que admite forma culposa. Na receptação a redação da forma culposa é mais minuciosa (artigo 180, parágrafo 3). Preterdolo: Existem crimes agravados pelo resultado; latrocínio é um crime agravado pelo resultado. Quando pensa-se em crime agravado pelo resultado, temos duas possibilidades: 1) dolo antecedente + dolo no conseqüente, ou seja, dolo no resultado 2) dolo no antecedente e culpa no conseqüente, ou seja, culpa no resultado; neste caso temos a figura do preterdolo. Falar de crime agravado pelo resultado pode ser preterdolo ou figura em que tenho dolo no antecedente e dolo no conseqüente. No crime de latrocínio admitem-se as duas figuras: exemplo: vejo uma pessoa em uma Ferrari, já chego atirando, tiro o cara de dentro do carro e levo a Ferrari. Dolo no antecedente e dolo no conseqüente. Lesão corporal seguida de morte é necessariamente um crime preterdoloso dolo no antecedente e culpa no conseqüente. Preterdolo é então, dolo no antecedente e culpa no conseqüente. Artigo 19, CP Crime preterdoloso tem que ter, no mínimo culpa no conseqüente. Não basta causar o resultado mais grave, este resultado mais grave tem que ser imputado a titulo de culpa, no mínimo. Erro: quando se fala em erro no direito penal, englobamos tanto ignorância quanto erro em sentido estrito. - ignorância; desconhecimento. - erro em sentido estrito; conhecimento equivocado. Erro de tipo: recai sobre os elementos do tipo, também conhecido como elementares. Ou seja, erro acerca do elemento cognitivo ou intelectivo no dolo. O indivíduo não imagina palavra por palavra, todos os elementos do tipo, isto é, ele erra sobre um elemento. Mato alguém, mas penso estar matando algo. Pego coisa alheia, pensando estar pegando coisa própria. Poluição de água potável, mas penso já estar a água completamente suja. Então, se há erro quanto a um dos elementos do tipo, é erro de tipo. A conseqüência do erro de tipo é ausência de dolo. Artigo 20, CP. Importante! Embora redundante. O erro sobre elemento do tipo exclui o dolo. A palavra exclui deve ser bem interpretada. A palavra excluir significa afasta o dolo, não tem dolo, porque não tem o elemento cognitivo, não se imaginou palavra por palavra, todos os elementos do tipo. Este artigo é a prova de que o CP adotou a teoria finalista da ação. Porque o dolo passa a ser elemento do tipo. A conduta é dolosa, não o crime que é doloso. O dolo está no tipo. Sendo assim, ausente é a tipicidade, desde que não haja previsão legal para a forma culposa. O erro de tipo pode ser: - escusável = inevitável 4

5 - inescusável = evitável Erro inevitável é aquele que não tem como não errar, por mais cuidadosa que seja a pessoa. Exemplo dos amigos que vão caçar urso. A fantasia de urso é muito perfeita, com sistema de som nas redondezas para que o barulho imite o som de urso. Não tinha como não errar. Escusa significa desculpa. Se o erro é escusável significa que ele é desculpável. Se ele errou, mas não tinha como não errar. O direito penal vai perdoar. No caso do erro de tipo escusável não há responsabilidade penal por ausência de tipicidade subjetiva. Por outro lado, se fosse uma fantasia bem simples, evidenciando ser mesmo uma fantasia, há erro de tipo e sua conseqüência é que não temos dolo. Porque ele imaginou a conduta que estaria matando urso e não matando alguém, mas como o erro é evitável não há perdão, ele é inescusável, não da para passar a mão na cabeça da pessoa. Sendo assim, responde por culpa desde que, haja expressa previsão legal. Neste caso, tinha condição do agente ser mais cuidadoso, sendo assim responde por culpa. Mas, apenas se houver expressa previsão legal. Hipoteticamente vamos imaginar que não seja proibido matar urso. Mas, o agente foi descuidado e acabou atingindo um resultado danoso, por isso homicídio culposo. Erro de tipo significa não agir com dolo. Se não houver expressa previsão legal para punir por culpa, não há que se falar em responsabilidade penal no erro de tipo. Pegadinha: basta ter previsão legal de crime culposo para haver punição na modalidade culposa? Primeiro: ter a previsão legal para forma culposa, mas também o erro tem que ser inescusável (evitável). Portanto, se escusável que dizer que o agente foi devidamente cuidadoso. Erro acidental recai sobre dados acessórios, secundário. Não afeta a análise da tipicidade. Não recai sobre: - elementos do tipo, portanto, não afeta a responsabilidade penal. Exemplo: erro quanto à pessoa; erro quanto a coisa; erro quanto a causa e a figura da aberratio ictus e aberratio criminis. Erro essencial = aquele que recai sobre elemento do tipo e se recai sobre elemento do tipo tem-se que não haverá elemento cognitivo no dolo e, portanto, não há dolo. O erro quanto à pessoa não isenta de pena. Responsabilidade subjetiva o direito penal está preocupado com a vontade do agente. Exemplo no crime de homicídio não importa quem o agente matou, fato é que ele matou alguém. Sendo assim, há responsabilidade penal. Mesma coisa quando uma pessoa subtrai uma bijuteria pensando estar subtraindo uma jóia. Mesma coisa quando o agente tem a intenção de matar uma pessoa afogada, mas para matá-la procede de outro modo, o modo como o agente a matou não interessa para o direito penal. 5

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