Culpabilidade. Aula 7

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1 Culpabilidade Aula 7

2 CONCEITO DE CULPABILIDADE Culpabilidade é o juízo de reprovação pessoal que se realiza sobre a conduta típica e ilícita praticada pelo agente. A culpabilidade é reprovabilidade do fato típico e antijurídico, fundada em que seu autor o executou não obstante que na situação concreta podia submeterse às determinações e proibições do direito. Este juízo de reprovação pessoal recai sobre o autor, por ter agido de forma contrária ao Direito, quando podia ter atuado em conformidade com a vontade da ordem jurídica PRINCIPAIS TEORIAS SOBRE CULPABILIDADE

3 TEORIA PSICOLÓGICA DA CULPABILIDADE Principais teóricos: Franz von Liszt e Ernst von Beling (Séc. XIX) Para a teoria psicológica da culpabilidade, o delito era dividido em uma parte externa e outra interna. A parte externa do delito era representada pelo injusto penal (fato típico e antijurídico) e era absolutamente OBJETIVA. A parte interna consistia na aferição dos elementos subjetivos do delito, representada pelo dolo e culpa. Mais do que elementos, para a teoria clássica ou normativa, o dolo e culpa eram espécies de culpabilidade. Como pressuposto da culpabilidade, havia que se analisar previamente o elemento da imputabilidade (que, na formatação atual, é elemento integrante da culpabilidade) Também é chamado de siste a causal- aturalista ou siste a Liszt-Beli g

4 Segundo a teoria psicológica da culpabilidade, o dolo e a culpa fazem parte da análise da culpabilidade, e a imputabilidade penal é pressuposto desta. Certo ou Errado? Certo. Pela teoria psicológica da culpabilidade, o conceito psicológico de culpabilidade é formado exclusivamente pelo dolo e pela culpa. Este conceito englobava também a ideia de imputabilidade, que era considerada um pressuposto necessário para que houvesse culpabilidade. IMPUTABILIDADE CULPABILIDADE DOLO CULPA

5 TEORIA PSICOLÓGICO-NORMATIVA DA CULPABILIDADE Principais teóricos: Reinhard Frank (início do Séc. XX) Esta corrente alertou o erro de sua antecessora: dolo e culpa não poderiam ser espécies da culpabilidade, já que o dolo equivale à conceito psíquico (dolo é subjetivo) e outro normativo e a partir dessa percepção (culpa é objetiva). A culpabilidade como algo que se encontra fora do agente, um se ti e to levado pelo agente do fato, sentimento este que advém da ordem jurídica. É o "peso do crime". Ademais, para imputar um crime seria necessário aferir do agente que nas condições em que se encontrava, pudesse lhe ser exigida uma conduta conforme o direito (exigibilidade de conduta diversa). A reprovabilidade como juízo de desaprovação jurídica do ato que recai sobre o autor se converte na base do sistema. Também é chamado de Siste a eoclássico ou etodologia eoka tista

6 A teoria psicológico-normativa da culpabilidade, ao enfatizar conteúdo normativo, e não somente o aspecto psicológico (dolo e culpa), leva em conta o juízo de reprovação social ou de censura a ser feito em relação ao fato típico e jurídico quando seu autor for considerado imputável. Certo ou Errado? Certo. Com a teoria psicológico-normativa da culpabilidade, a culpabilidade passa a ser analisada como reprovabilidade da conduta, e não mais como mero liame subjetivo entre autor e fato. IMPUTABILIDADE CULPABILIDADE DOLO E CULPA EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA psicológico normativo

7 TEORIA NORMATIVA PURA Principal Teórico: Hans Welzel em 1931 Atividade final é um agir orientado conscientemente a determinada finalidade, enquanto que o elemento da culpabilidade é resultado dos componentes causais existentes em cada caso. Não se pode dissociar a ação da finalidade. Logo, toda conduta humana é dotada de finalidade, seja lícita ou ilícita. Logo, não se pode analisar o dolo e culpa em sede de culpabilidade. Para esta teoria afasta-se a carga normativa do dolo e não incide sobre este a consciência sobre a ilicitude do fato. O dolo e a culpa são deslocados para o fato típico. Da culpabilidade foram extraídos o dolo e a culpa, sendo transferidos para a conduta do agente, característica integrante do fato típico. O dolo, após a sua transferência, deixou de ser normativo, passando a ser um dolo tão somente natural. Na culpabilidade, contudo, permaneceu a potencial consciência sobre a ilicitude do fato. Também é conhecido como Siste a Fi alista, Teoria da Ação Fi al.

8 Segundo a teoria normativa pura, a fim de tipificar uma conduta, ingressa-se na análise do dolo ou da culpa, que se encontram, pois, na tipicidade, e não, na culpabilidade. A culpabilidade, dessa forma, é um juízo de reprovação social, incidente sobre o fato típico e antijurídico e sobre seu autor. Certo ou Errado? Certo. Com a teoria normativa pura da culpabilidade, houve um reposicionamento do dolo e da culpa, que passaram a integrar a tipicidade. O dolo passa a ser livre de qualquer análise de reprovação, já que esta é matéria analisada posteriormente, na culpabilidade IMPUTABILIDADE CULPABILIDADE POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE DO FATO EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA E O DOLO E A CULPA?

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10 IMPUTABILIDADE Também adjetivada como capacidade para culpabilidade. Critério biopsicológico. Conceito: A imputabilidade é constituída por dois elementos: um intelectual (capacidade de entender o caráter ilícito do fato), outro volitivo (capacidade de determinar-se de acordo com esse entendimento). O primeiro é a capacidade (genérica) de compreender as proibições ou determinações jurídicas, o agente deve poder 'prever as repercussões que a própria ação poderá acarretar no mundo social', deve ter, pois, 'a percepção do significado ético-social do próprio agir'. ESTA CONDUTA É ERRADA E CRIMINOSA O segundo, é a 'capacidade de dirigir a conduta de acordo com o entendimento ético-jurídico EU ESTOU PRATICANDO CONDUTA CRIMINOSA

11 O QUE EXCLUI A IMPUTABILIDADE Artigos 26, ÚNICO e 28 1º A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinarse de acordo com esse entendimento. Quando o agente por embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior ou doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado possuía capacidade de consciência e autodeterminação LIMITADA

12 DICA PARA CONCURSO NÃO CONFUNDIR DESCRIMINANTE COM ESCULPANTE Descriminante causa de exclusão da antijuridicidade. O fato é típico, mas não antijurídico Esculpante causa de exclusão da culpabilidade. O fato é típico e antijurídico, mas não é culpável. São esculpantes, a inimputabilidade, a ausência de potencial consciência da ilicitude do fato e a inexigibilidade de conduta diversa (coação moral irresistível, embriaguez completa causada por caso fortuito e força maior).

13 Consequência? Absolvição Imprópria (art. 386, VI do CPP). Absolve-se, mas aplica-se medida de segurança ao invés de pena. (internação ou tratamento ambulatorial (art. 96 CP) Semi-imputabilidade São certos tipos de doença ou enfermidade mental que apenas reduzem ou diminuem no agente a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Ex: retardo mental leve Momento de aferição: no momento da conduta. Consequência? Condenação com a aplicação de pena, reduzida de 1/3 a 2/3. Hoje, tem se considerado o vício em drogas como causa de semiimputabilidade. Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

14 Art Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. A Inimputabilidade por Idade Critério biológico - A inimputabilidade por imaturidade natural ocorre em virtude de uma presunção legal absoluta, em que, por questões de política criminal, entendeu o legislador brasileiro que os menores de 18 anos não gozam de plena capacidade de entendimento que lhes permita imputar a prática de um fato típico e ilícito. Consequência: ao inimputável por imaturidade natural que pratica um ato infracional será aplicada uma medida socioeducativa, nos termos previstos no Estatuto da Criança e de Adolescente Súmula 74 STJ - Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento hábil.

15 Embriaguez acidental e involutária Embriaguez Art Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão; Embriaguez II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Oriunda do caso fortuito (o agente não conhece o efeito inebriante da obstância) ou força maior (ingere sob coação física irresistível. Art 28, 1º - Exemplo: o agente é forçado por terceiro a ingerir um litro de vodca e sob o efeito do álcool comete um estupro. Consequência: não haverá culpabilidade em sua conduta.

16 Embriaguez culposa ou voluntária Embriaguez voluntária bebe dolosamente e deseja se embriagar Embriaguez culposa bebe voluntariamente mas não deseja se embriagar. Ex: ingere vinte latas de cerveja e culposamente causa acidente de trânsito. Consequência: em nada influencia na pena ou imputação. Mas se o agente completamente embriagado no momento da conduta não tinha capacidade de autodeterminação, como é possível imputar-lhe crime? Pela adoção da Teoria da Actio Libera in Causa Embriaguez preordenada O agente se embriaga para tomar coragem para cometer o delito. Art 61, II, f Causa agravante

17 Luiz Flávio Gomes A teoria da actio libera in causa é aquela em que o agente, conscientemente, põe-se em estado de inimputabilidade, sendo desejável ou previsível o cometimento de uma ação ou omissão punível em nosso ordenamento jurídico, não se podendo alegar inconsciência do ilícito no momento fatídico, visto que a consciência do agente existia antes de se colocar em estado de inimputabilidade. Essa teoria esboçada por Bartolo veio solucionar os casos em que há a culpabilidade de agentes que seriam considerados inimputáveis, especialmente nos casos de embriaguez. MOMENTO DE AFERIÇÃO DA CONSCIÊNCIA E AUTODETERMINAÇÃO NO MOMENTO EM QUE O AGENTE SUBTRAI DE SI PRÓPRIO A CONSCIÊNCIA (INGESTÃO DA BEBIDA) ACTIO LIBERA IN CAUSA NA CONDUTA TEORIA GERAL

18 Juiz Federal TRF-1, Em relação à embriaguez não acidental, o CP adotou a teoria da actio libera in causa, devendo ser considerado o momento da prática delituosa e não o da ingestão da substância, para aferir a culpabilidade do agente. Verdadeiro ou Falso?

19 Promotor de Justiça - PE 2008 para que se considere o agente inimputável por ser inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, em razão da embriaguez, é necessário que esta seja completa e proveniente de caso fortuito ou força maior. Verdadeiro ou falso?

20 SEMI-IMPUTABILIDADE Art É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. A Inimputabilidade Reside na aferição da doença mental ou no desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Ex: demência senil, debilidade mental, arteriosclerose cerebral, psicose traumática, alcoolismo patológico, má-formação neurológica, esquizofrenia, paranoia histérica, loucura, parcela das síndromes mentais etc. Quando deve ser aferida? Ao tempo da ação ou omissão. Problema algumas doenças mentais conferem ao agente momentos de lucidez e crise. Se, no momento da conduta o sujeito ativo estivesse lúcido, ele será considerado imputável.

21 Sistemas de Penais de Semi-imputabilidade Vicariante Duplo Binário Aplica-se pena aos imputáveis e medidas de segurança aos inimputáveis. Para os semi-imputáveis aplicam-se pena com causa de diminuição. É o adotado pelo CP Para os semi-imputáveis aplicam-se pena + medida de segurança. Não é adotado pelo CP

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23 Potencial Consciência da Ilicitude do Fato É um dos elementos da culpabilidade. É a capacidade abstrata (ou o dever) no qual o agente conheça ou deveria conhecer que sua conduta é proibida pelo direito penal. Desconhecimento da Lei Não se deve confundir o desconhecimento da lei penal (que não isenta de pena) com a potencial consciência de ilicitude do fato. No instante em que a lei é publicada no diário oficial presume-se que todos passam a conhecê-la. Essa é uma ficção jurídica já que, na prática, muitos não terão o conhecimento da lei. Essa regra só pode ser quebrada por casos excepcionais, quando o homem é completamente leigo da sociedade. Exemplo: o índio sem contato com a civilização, ermitões, etc

24 Como Aferir a Potencial Consciência Critério da Valoração Paralela na Esfera do Profano - É o conhecimento aproximado ou mediano das condutas proibidas em determinada sociedade. O homem médio sabe ou, ao menos, deveria saber quais as condutas são consideradas crimes. Apenas os completamente alienados desta inserção cultural jurídica não possuirão a potencial consciência da ilicitude do fato. Erro de Proibição O agente possui a consciência e vontade de praticar o fato, mas equivoca-se quanto a ilicitude do fato. Ele pratica a conduta por acreditar sinceramente que sua conduta é permitida pelo direito quando, na verdade, é proibida. Não se trata de conhecer ou não os mandamentos ou proibições da esfera penal, mas do que é certo ou errado. Art. 21, único

25 Ausência de Potencial Consciência da Ilicitude do Fato Causa de Exclusão da Culpabilidade. A conduta será atípica. Sinônimo: Erro sore a Ilicitude do Fato Invencível ou Escusável. Pela Circunstâncias de sua condição não lhe era possível ter o atingir essa consciência. Ex: o índio que subtrai alimentos de uma fazenda Art O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Parágrafo único. Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.

26 Exigibilidade de Conduta Diversa Dentro das circunstâncias do crime, era exigível que o agente tivesse praticado sua conduta conforme o ordenamento jurídico. Em uma situação de normalidade, se o agente poderia ter tido uma conduta diversa mas praticou um delito, sua prática será culpável. Inexigibilidade de Conduta Diversa Quando não era exigível que o agente se portasse de outra forma senão cometer o delito. Excluem a culpabilidade: a) Coação Moral Irresistível b) Obediência Hierárquica à Ordem Não Manifestamente Ilegal Art Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.

27 Obs: Autoria Mediata

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29 Juiz MG, 2007 A coação física irresistível exclui a ação; a coação moral irresistível exclui a culpabilidade; a coação física ou moral, sendo resistível, atenuam a pena. Promotor de Justiça RN, 2009 A coação física, quando elimina totalmente a vontade do agente, exclui a conduta; Na hipótese de coação moral irresistível, há fato típico e ilícito, mas a culpabilidade do agente é excluída; a coação moral resistível atua como circunstância atenuante genérica Verdadeiro ou Falso?

30 Obediência Hierárquica à Ordem Não Manifestamente Ilegal Aquele que obedecer a ordem de superior hierárquico e esta ordem, preliminarmente e extrinsecamente, não parecer manifestamente ilegal, exclui-se a culpabilidade do mandatário. Apenas é punível o autor da ordem - autoria mediata. Essa ordem ilegal é emanada de um superior hierárquico e dirigida a um subordinado, na esfera das relações de direito administrativo. Esse instituto Não SE APLICA às regras de direito privado como as familiares (pai e filho) e de trabalho (empregador e empregado). Exemplo 1 - delegado determina que investigador prenda cidadão por fato atípico (ordem manifestamente ilegal - ambos responderão) Exemplo 2 - delegado determina que investigador prenda cidadão em razão de prova que a autoridade policial adulterou (ordem não manifestamente ilegal - apenas o mandante responde). Exemplo 3 - tenente ordena que soldado coloque fogo em sacos de lixo sem informar o fato de que um recém-nascido estava embrulhado dentro de um deles.

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32 Causas Supralegais de Exclusão da Culpabilidade Sua aceitação não é pacífica na doutrina A justificativa é a seguinte: como o legislador não é capaz de prever todas as hipóteses de inexigibilidade de conduta diversa, é de ser reconhecida sua causa supralegal, já que nem todo comportamento típico e antijurídico possui reprovabilidade. a) Escusa de Consciência b) Desobediência Civil c) Conflito de Deveres

33 Escusa de Consciência Também conhecida como Cláusula de Consciência. Quando o agente pratica determinada conduta por uma experiência existência ou sentimento interior de obrigação incondicional, cujo conteúdo não pode ser valorado como certo ou errado pelo juiz. Determinadas condutas, embora previstas como contrárias ao Direito, são veementemente proibidas por certas religiões ou estilos de vida. Ex: marido, por motivos religiosos, incentiva a esposa a não se submeter à transfusão de sangue e ela falece.

34 Desobediência Civil Atos de rebeldia ou insubordinação com a finalidade de publicamente demonstrar a injustiça da lei vigente e induzir o legislador a modificá-la. Ex: Consumo público de maconha em manifestação; bloqueios de estrada; furto de cachorros para proibir a experimentação animal Conflito de Deveres Aquele que somente pratica o delito tendo como fundamento a escolha do mal menor. Ex: empresário que, para manter o funcionamento da empresa, deixa de recolher as contribuições previdenciárias.

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