Nº da aula 02 IMPUTABILIDADE IMPUTÁVEL SEMI-IMPUTÁVEL INIMPUTÁVEL. responde por seus atos, mas com redução de pena de 1/3 a 2/3.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Nº da aula 02 IMPUTABILIDADE IMPUTÁVEL SEMI-IMPUTÁVEL INIMPUTÁVEL. responde por seus atos, mas com redução de pena de 1/3 a 2/3."

Transcrição

1 Página1 Curso/Disciplina: Empurrão para Tribunais Direito Penal para Tribunais. Aula: Imputabilidade - 02 Professor (a): Leonardo Galardo Monitor (a): Amanda Ibiapina Nº da aula 02 Aula: IMPUTABILIDADE 1. CONCEITO É a capacidade de culpabilidade de uma pessoa, ou seja, é a possibilidade de uma pessoa ser responsabilizada por aquilo que ela faz. Nem sempre as condutas criminosas merecem uma punição efetiva, pois, às vezes, o sujeito não goza de suas faculdades mentais plenas ou é menor de idade 1 ; ou está numa situação de embriaguez que retira totalmente sua capacidade de compreensão (embriaguez involuntária quando o sujeito não tem relação com ela). Enfim, tudo isso influenciará na capacidade de a pessoa ser ou não responsabilizada por seus atos. Assim considerando, pode-se dividir os agentes que cometem crimes em grupos: os imputáveis, os semi-imputáveis e os inimputáveis. IMPUTÁVEL SEMI-IMPUTÁVEL INIMPUTÁVEL - É aquele a quem pode ser - É aquele que responde mais ou - É aquele a quem não pode ser imputada a prática criminosa; é menos por seus atos; ele imputada a prática criminosa; é aquele que responde por seus atos. responde por seus atos, mas com redução de pena de 1/3 a 2/3. aquele que não responde por seus atos. O estudo da imputabilidade parte dos arts. 26 a 28 do CP. O artigo de 26 trata de problemas mentais; o art. 27, da idade; e o art. 28 fala da emoção, da paixão e da embriaguez. ART. 26 ART. 27 ART Esse artigo tem todas as figuras: o imputável, o semi-imputável e o inimputável. - O artigo 27 só menciona o imputável e o inimputável. Não tem a figura do semi-imputável. - Esse artigo tem todas as figuras: o imputável, o semi-imputável e o inimputável. 2. ESTUDO CONFORME OS ARTIGOS 1 Dependendo do caso, pode ser objeto de medidas socioeducativas.

2 Página ART. 27 DO CP Menores de dezoito anos Art Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial 2. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) Da leitura do dispositivo transcrito, deduz-se que o sujeito pode ser imputável (MAIORES DE 18 ANOS 3 ) ou inimputável (MENORES DE 18 ANOS). No art. 27, não existe intervalo entre ser menor de 18 anos e maior de 18 anos; portanto, NÃO EXISTE A FIGURA DA SEMI-IMPUTABILIDADE NO ART Tempo do Crime (art. 4º, CP) e art. 27, CP Quando se tratar do assunto Tempo e Lugar do Crime, existe um MACETE, que é a palavra LUTA: L Lugar do Crime (art. 6º do CP 4 ). U T A BIQUIDADE ou MISTA. Tempo do Crime (art. 4º do CP). TIVIDADE ou AÇÃO. O lugar do crime (art. 6º do CP) é uma ficção que abrange tanto o lugar em que ocorre a conduta criminosa, como o lugar do resultado do crime. Ex. A efetua disparo de arma de fogo contra B no Centro do Rio de Janeiro; mas a vítima somente morre 30 minutos depois no centro da cidade de Niterói; a conduta criminosa foi praticada no Centro do Rio de Janeiro; mas o resultado morte se deu no centro de Niterói; o(s) lugar(es) do crime é (são): Rio de Janeiro e Niterói. Em suma: LUGAR DO CRIME = LUGAR DA CONDUTA + LUGAR DO RESULTADO 2 A legislação especial é o ECA Estatuto da Criança e do Adolescente. 3 Considera-se maior de 18 (dezoito) anos, de acordo com o STJ, a partir do primeiro instante do dia do aniversário de dezoito anos (não importa a hora do nascimento). Disso se conclui que se considera menor de dezoito anos até o último instante da véspera do aniversário de dezoito anos. 4 Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.(redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

3 Página3 Quando se trata, contudo, do Tempo do Crime, a regra é diversa (art. 4º, CP 5 ): apenas o tempo da conduta importa; o tempo do resultado, não. Em suma: TEMPO DO CRIME = TEMPO DA CONDUTA, apenas! Ex. A atira em B no Centro do Rio de Janeiro às 10h da manhã; mas a vítima somente falece no centro de Niterói, às 14h; o(s) lugar(es) do crime é(são): Rio de Janeiro e Niterói; o tempo do crime é 10h; o horário da morte não interessa. Relação entre Tempo do Crime e Art. 27 do CP (IMPORTANTE!) Ex. O criminoso tem 17 (dezessete) anos; mas faz 18 (dezoito) amanhã. Hoje, na véspera de seu aniversário, ele sai para comemorar. Por volta das 23h, envolve-se em uma briga na boate, desferindo três facadas na vítima, com intenção de matar. A vítima é levada para o hospital, passa por uma cirurgia, mas falece às 10h do dia seguinte, pois não resistiu aos ferimentos. No exemplo dado, quando o óbito da vítima ocorreu, o agente criminoso já tinha 18 anos, pois era o dia do seu aniversário. PERGUNTA: o criminoso é imputável ou inimputável? INIMPUTÁVEL 6, pois quando praticou a conduta era menor de dezoito anos e, para efeitos de tempo do crime, apenas o tempo da conduta importa; o tempo do resultado, não. ATENÇÃO! JÁ CAIU EM PROVA. O artigo 27 adotou o critério biológico, apenas, pois não leva em conta a dinâmica do raciocínio, do pensamento, da compreensão do certo ou errado: ele tem em conta apenas o critério de IDADE. ART. 26 DO CP ART. 27 DO CP ART. 28 DO CP Critério Bio-psicológico. Critério Biológico. Critério Bio-psicológico. REPARE que são critérios diferentes. Já caiu em prova: A imputabilidade, de acordo com o Código Penal Brasileiro, adotou o critério biológico : ERRADO. Adotou o critério bio-psicológico : ERRADO. R: São dois critérios: o biológico e o bio-psicológico; cada artigo adota um dos critérios. 5 Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.(redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 6 Como era menor de 18 (dezoito) anos, responde pelo ECA, não pelo Código Penal.

4 Página ART. 26 DO CP O artigo 26 não trabalha com a idade, mas com questões mentais. O artigo trata dos inimputáveis e do semi-imputáveis: aqueles que não se encaixam em nenhuma das duas categorias são os imputáveis. INIMPUTÁVEIS SEMI-IMPUTÁVEIS IMPUTÁVEIS - Artigo 26, caput, CP. - Art. 26, parágrafo único, CP. - Respondem com redução de pena - Não respondem. (RESPONSABILIDADE PENAL DIMINUÍDA essa expressão já caiu na CESPE). - São as pessoas que não tem noção de nada loucos. - Está isento de pena; será objeto de ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA (art. 386, - Responde com diminuição de VI, CPP). Está sujeito a medidas de pena de 1/3 a 2/3. segurança 7. - REQUISITOS: a) deve ser - REQUISITOS: a) deve ser semiimputável inimputável no tempo do crime, no no tempo do crime, no momento da conduta; b) no momento da conduta; b) no momento da conduta, O AGENTE momento da conduta, NÃO ERA ERA INTEIRAMENTE INCAPAZ de INTEIRAMENTE CAPAZ de entender o caráter ilícito do fato ou entender o caráter ilícito do fato determinar-se de acordo com esse ou determinar-se de acordo com entendimento; c) EM RAZÃO DE esse entendimento; c) em razão de DOENÇA MENTAL, um PERTURBAÇÃO DA SAÚDE - Respondem; são os que não se encaixam nas descrições do art. 26 e atendem, também, aos requisitos de imputabilidade dos arts. 27 e 28. desenvolvimento mental MENTAL, um desenvolvimento incompleto ou um mental incompleto ou um desenvolvimento mental desenvolvimento mental retardado. retardado. NENHUMA CAPACIDADE. ALGUMA CAPACIDADE. CAPACIDADE NORMAL. 7 A sanção penal é gênero, que comporta as espécies pena e medida de segurança. ATENÇÃO: As medidas de segurança não são aplicáveis a todo inimputável; são aplicáveis aos inimputáveis do art. 26; os inimputáveis do art. 27 respondem pelo ECA; e os inimputáveis do art. 28 não sofrem absolutamente nada. As medidas de segurança podem ser de 2 (duas) naturezas: internação (provoca uma restrição da liberdade) ou tratamento ambulatorial (medicamentos, consultas psiquiátricas, psicológicas, etc). Se a pena for de reclusão, a medida tem que ser internação; se a pena for detenção, a medida de segurança pode ser internação ou tratamento ambulatorial, sem entrar no mérito da Lei de Proteção às Pessoas Portadoras de Transtornos Mentais e outras mitigações doutrinárias.

5 Página5 O artigo 26 trabalha com o critério biopsicológico, conforme já mencionado, pois ele menciona expressões como entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com esse entendimento, que remetem ao aspecto psicológico do agente; e expressões como doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou desenvolvimento mental retardado, que remetem ao aspecto biológico do agente. ATENÇÃO! Súmula 527 do STJ. A medida de segurança não é prisão, não é pena, mas é uma forma de sanção penal que visa o tratamento do agente. A lei fala que as medidas de segurança tem um prazo mínimo, que varia de um a três anos, e que o prazo máximo é indeterminado. Quanto ao prazo mínimo, não há discussões; mas se discute o prazo máximo, pois a lei fala que é indeterminado, já que não é possível prever, de antemão, o tempo de tratamento. Imagine que uma pessoa imputável cometa um crime: ficará presa por, no máximo, 30 (trinta) anos (art. 75 do CP). Daí o STF questionou: se o agente que pratica um crime somente pode ficar preso por, no máximo, 30 (trinta) anos, por que o agente inimputável sujeito à medida de segurança vai poder se sujeitar a esta por mais de trinta anos? O STF, portanto, afirmou que o limite da medida de segurança, ainda que indeterminado, deve ser de 30 (trinta) anos. Logo após, o STJ, por meio da 5ª Turma, acompanhou esse entendimento. Mas, depois, a 6ª Turma do STJ não acompanhou o entendimento. A 6ª Turma do STJ entendeu que deveria sim existir um prazo máximo, mas que este não deveria ser de 30 (trinta) anos: o prazo máximo tem que ser o máximo da pena cominada em abstrato. Ex. furto simples pena de 01 (um) a 04 (quatro) anos; roubo 04 (quatro) a 10 (dez) anos; peculato de 02 (dois) a 12 (doze) anos; estupro de vulnerável de 08 (oito) a 15 (quinze) anos; latrocínio de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos; etc. Isso porque o máximo de tempo que o agente passaria preso seriam os tempos destacados acima. A Súmula 527 do STJ 8 adotou esse posicionamento ART. 28 DO CP O artigo 28 não se preocupa mais com transtornos mentais nem com a idade, mas com a emoção, a paixão e, sobretudo, a embriaguez que, aqui, vale para o álcool e outras substâncias de efeitos análogos, ou seja, embriaguez é para tudo. Não se prenda ao álcool! O álcool é apenas uma das possibilidades. 8 O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado. (Súmula 527, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/05/2015, DJe 18/05/2015)

6 Página6 O art. 28, ao contrário dos anteriores, preocupa-se logo de cara com a figura dos imputáveis (art. 28, caput, I e II 9 ): não excluem a imputabilidade penal: emoção ou paixão; embriaguez voluntária ou culposa pelo álcool ou substância de efeitos análogos. NO QUE CONCERNE À EMBRIAGUEZ, esta pode ser: a) voluntária em sentido estrito; b) voluntária culposa; e c) voluntária preordenada. Emoção e Paixão A emoção e a paixão não fazem com que você deixe de responder criminalmente, o que não significa que tais circunstâncias não serão consideradas: elas podem reduzir a pena. ARTS. 61 e 62 DO CP Agravantes genéricas: situações que, sempre agravam a pena, naturalmente, quando não constituem ou qualificam o crime. ARTS. 65 e 66 DO CP Atenuantes genéricas: situações que, por outro lado, sempre reduzem, de alguma forma, a pena. Se o crime é praticado sob efeito de paixão ou emoção, o agente responderá, mas incidirá o art. 65, III, c, do CP 10 como atenuante genérica. A lei não fala de quanto é essa redução, mas a jurisprudência entende que, no máximo, 1/6. Embriaguez 9 Emoção e paixão Art Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) Embriaguez II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 10 Circunstâncias atenuantes Art São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) III - ter o agente:(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;

7 Página7 A embriaguez também não faz com que o agente deixe de responder criminalmente, pois toda vez que a embriaguez for voluntária, o agente responde. Como já mencionado, a embriaguez pode ser: a) voluntária em sentido estrito (ou simplesmente embriaguez VOLUNTÁRIA); b) voluntária culposa (ou simplesmente embriaguez CULPOSA; e c) voluntária preordenada (ou simplesmente embriaguez PREORDENADA). Na embriaguez voluntária em sentido estrito, ou simplesmente voluntária, usando o álcool como exemplo, o agente bebeu porque quis ficar bêbado; na embriaguez voluntária culposa, ou simplesmente culposa, o agente bebe por motivos diversos, mas acaba ficando bêbado; por fim, na embriaguez voluntária preordenada, ou simplesmente preordenada, o agente bebe para se sentir capaz de praticar um crime. Nas três hipóteses de embriaguez, o agente responde. E no caso da embriaguez preordenada, existe uma agravante genérica, constante do art. 61, II, l, CP 11. O agente responde mesmo em caso de embriaguez, nas três hipóteses acima, em razão da Teoria da Actio libera in causa ou Teoria da Ação Livre (ou Liberta) na Causa. Isso significa que o agente pode não saber o que está fazendo quando está embriagado, mas, quando deu o primeiro gole sabia. Portanto, não poderá usar isso como argumento para se livrar. Na causa do problema, a ação do agente foi livre: ele não foi forçado a beber ou usar outras substâncias. ATENÇÃO! A embriaguez involuntária pode ajudar o agente que comete crimes nessa condição: pode isentar de pena (inimputável, mas sem medida de segurança); ou pode reduzir a pena (semiimputável, reduzindo de 1 a 2/3). INIMPUTÁVEL SEMI-IMPUTÁVEL - Art. 28, 1º, CP. - Art. 28, 2º, CP. - Isento de pena e, aqui nesse dispositivo, não sofre - Diminuição de pena de 1/3 a 2/3. medida de segurança: não sofre nada. - O art. 28, 1º, CP é quase a mesma coisa que o art. 26, caput, CP. - O art. 28, 2º, CP é quase a mesma coisa que o art. 26, parágrafo único, CP. REQUISITOS: a) afere-se a inimputabilidade no momento da conduta; b) no momento da conduta, o agente ERA INTEIRAMENTE INCAPAZ DE entender o caráter ilícito do fato ou de REQUISITOS: a) afere-se a semi-imputabilidade no momento da conduta; b) no momento da conduta, NÃO ERA PLENAMENTE CAPAZ DE entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 11 Circunstâncias agravantes Art São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) l) em estado de embriaguez preordenada.

8 Página8 determinar-se de acordo com esse entendimento; c) em razão de EMBRIAGUEZ INVOLUNTÁRIA COMPLETA, PROVENIENTE DE CASO FORTUITO (acidente) OU FORÇA MAIOR (ação humana). acordo com esse entendimento; c) em razão de EMBRIAGUEZ INVOLUNTÁRIA INCOMPLETA (OU PARCIAL), PROVENIENTE DE CASO FORTUITO (acidente) OU FORÇA MAIOR (ação humana). Ex. O sujeito está fazendo um tour pela fábrica de cachaça. Em razão de um desequilíbrio, cai num tonel de cachaça e bebe. Quando sai do tonel, está completamente bêbado, vindo a cometer um crime. Não responde pelo crime, pois está completamente bêbado, sem nenhuma capacidade, de forma involuntária (ele caiu num tonel de cachaça acidente caso fortuito, não foi voluntário). - NENHUMA CAPACIDADE. - ALGUMA CAPACIDADE. PORTANTO, PARA SER IMPUTÁVEL, O AGENTE O DEVE SER PELOS ARTS. 26, 27 E 28, CP. 3. PERGUNTAS DOS ALUNOS 3.1. Na responsabilidade penal objetiva, aplica-se a embriaguez voluntária ou involuntária? R: A RESPONSABILIDADE PENAL OBJETIVA NÃO SE APLICA EM DIREITO PENAL, pois consiste naquela situação em que o agente é responsabilizado independente de dolo ou culpa. Toda responsabilidade, em Direito Penal, depende de uma avaliação sobre o dolo e/ou culpa O sujeito que chega embriagado em casa e espanca a esposa recebe a agravante da Lei Maria da Penha? R: A LEI MARIA DA PENHA NÃO TRATA DE CRIMES. É uma lei que trata de procedimentos. Acontece que o indivíduo que pratica algum tipo de agressão contra a mulher, no âmbito de uma relação de violência doméstica e familiar, sujeita-se ao procedimento da Lei Maria da Penha, o que muda muitas coisas. O melhor exemplo disso é que uma lesão corporal gravíssima, contra um homem, é de Ação Penal Pública incondicionada; se grave, é incondicionada; mas, se a lesão for leve, a Ação Penal é pública condicionada à representação. Na Lei Maria da Penha, todas são Ações Penais Públicas incondicionadas, até a lesão corporal leve, desde Então, a Lei Maria da Penha piora a situação e o sujeito responde conforme esta lei estando embriagado ou não. Contudo, a embriaguez é mais um fator de risco, a ser considerado nas medidas protetivas, como afastamento, proibição de contato com a vítima, etc. Se o agente se embriagar para se sentir capaz de agredir a mulher, incide a agravante genérica da embriaguez preordenada. Se, contudo, o agente bebeu

9 Página9 apenas, sem o objetivo específico de cometer crime, e praticou a agressão, não incide a agravante genérica da embriaguez preordenada; mas constitui um fator subjetivo a mais que o juiz irá valorar, na hora de avaliar tanto a pena do indivíduo, como eventuais medidas protetivas, projetos de proteção (Projeto Violeta, no Rio de Janeiro, por exemplo), etc As três espécies de embriaguez recebem o mesmo juízo de reprovação? R: As três espécies de embriaguez são reprováveis, mas a embriaguez preordenada é mais reprovável que as demais, tanto que está prevista como agravante genérica; as demais, não. 4. EMBRIAGUEZ PATOLÓGICA É uma doença que faz com que o sujeito, independente da quantidade de ingestão de álcool, fique embriagado. É uma doença e deve ser valorado se aquela embriaguez tirou total (inimputável) ou parcialmente (semi-imputável) sua capacidade.

Conteúdo Edital PMGO

Conteúdo Edital PMGO Direito Penal Parte Geral Professor Samuel Silva Conteúdo Edital PMGO 1. Princípios constitucionais do Direito Penal. 2. A lei penal no tempo. A lei penal no espaço. Interpretação da lei penal. 3. Infração

Leia mais

Aula Culpabilidade Imputabilidade

Aula Culpabilidade Imputabilidade Turma e Ano: Master A 2015 Matéria / Aula: Direito Penal Aula 20 Professor: Marcelo Uzêda Monitor: Yasmin Tavares Aula 20 10 Culpabilidade Conceito de culpabilidade (segundo a teoria finalista): é o juízo

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO PENAL CULPABILIDADE

NOÇÕES DE DIREITO PENAL CULPABILIDADE NOÇÕES DE DIREITO PENAL CULPABILIDADE 1) (Agente de Polícia - PC-PE - 2016 - CESPE) Acerca das questões de tipicidade, ilicitude (ou antijuridicidade) e culpabilidade, bem como de suas respectivas excludentes,

Leia mais

CAPACIDADE CRIMINAL E IMPUTABILIDADE PENAL.

CAPACIDADE CRIMINAL E IMPUTABILIDADE PENAL. CAPACIDADE CRIMINAL E IMPUTABILIDADE PENAL. Imputabilidade penal é a condição ou qualidade que possui o agente de sofrer a aplicação de pena. E, por sua vez, só sofrerá pena aquele que tinha ao tempo da

Leia mais

DIREITO PENAL MILITAR

DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PENAL MILITAR Parte 8 Prof. Pablo Cruz Exercício regular de direito. É o desempenho de uma atividade ou prática de uma conduta autorizada por lei, penal ou extrapenal, que torna lícito um fato

Leia mais

Evolução do Conceito

Evolução do Conceito CULPABILIDADE Evolução do Conceito Período Primitivo- basta nexo causal entre conduta e resultado. Lei de Talião vingança privada. Direito Romano atentado contra a ordem pública. Idade Média livre-arbítrio

Leia mais

DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu

DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu www.eduardofernandesadv.jur.adv.br CONCEITO: ANTIJURIDICIDADE OU ILICITUDE é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento

Leia mais

PONTO 1: Excesso Punível PONTO 2: Culpabilidade PONTO 3: Institutos da emoção e da paixão PONTO 4: 1. EXCESSO PUNÍVEL. Art. 23, parágrafo único do CP.

PONTO 1: Excesso Punível PONTO 2: Culpabilidade PONTO 3: Institutos da emoção e da paixão PONTO 4: 1. EXCESSO PUNÍVEL. Art. 23, parágrafo único do CP. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Excesso Punível PONTO 2: Culpabilidade PONTO 3: Institutos da emoção e da paixão PONTO 4: 1. EXCESSO PUNÍVEL Art. 23, parágrafo único do CP. Cabe em quaisquer das quatro excludentes.

Leia mais

Direito Penal. Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal ERRO DE TIPO, ERRO DE PROIBIÇÃO E ERRO SOBRE A PESSOA TÍTULO II

Leia mais

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP)

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) anacarolina@vidamental.com.br vidamental.psc.br Contextos Atendimento

Leia mais

Direito Penal. Medida de Segurança

Direito Penal. Medida de Segurança Direito Penal Medida de Segurança Noção Geral Consequência jurídico-penal aplicada ao inimputável (clínico/psíquico), autor de um fato típico e ilícito, revelador de certo grau de periculosidade social,

Leia mais

Excludentes de Ilicitude Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP

Excludentes de Ilicitude Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Excludentes de Ilicitude Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Legítima defesa Art. 25 CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,

Leia mais

TEORIA DO DELITO parte 3

TEORIA DO DELITO parte 3 TEORIA DO DELITO parte 3 EXCLUDENTES DE ILICITUDE Legítima Defesa Artigos 23, II e 25 do CP Legítima defesa Art. 25 CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,

Leia mais

SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes

SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes SEFAZ DIREITO PENAL Teoria Geral do Crime Prof. Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal CÓDIGO PENAL TÍTULO II Do Crime Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de Art.

Leia mais

CONHECIMENTOS DE LEGISLAÇÃO

CONHECIMENTOS DE LEGISLAÇÃO CONHECIMENTOS DE LEGISLAÇÃO TEORIA, LEGISLAÇÕES E 243 QUESTÕES POR TÓPICOS DIREITO PENAL Ricardo S. Pereira ( 76 Questões) DIREITO ADMINISTRATIVO Vítor Alves (167 Questões) Coordenação e Organização: Mariane

Leia mais

CEM. Magistratura Estadual 10ª fase. Direito Penal

CEM. Magistratura Estadual 10ª fase. Direito Penal CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Magistratura Estadual 10ª fase Período 2006-2016 1) VUNESP Juiz Estadual - TJ/RJ - 2011 Caio, reincidente em crime de estupro, também é reincidente em crime de roubo. Diante

Leia mais

MEDIDAS DE SEGURANÇA.

MEDIDAS DE SEGURANÇA. MEDIDAS DE SEGURANÇA www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. MEDIDAS DE SEGURANÇA E O DIREITO PENAL BRASILEIRO... 4 Periculosidade do Agente...4 2. IMPUTABILIDADE...6 Inimputáveis e Semi-Imputáveis...6 3. MEDIDA

Leia mais

Direito Penal. Ação Penal Pública no crime de lesão corporal. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Ação Penal Pública no crime de lesão corporal. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Ação Penal Pública no crime de lesão corporal. Prof.ª Maria Cristina Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. de natureza grave

Leia mais

Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança.

Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança. DIREITO PENAL Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança. I N F R A Ç Ã O P E N A L INFRAÇÃO PENAL Existe diferença entre

Leia mais

Ilicitude, ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico.

Ilicitude, ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico. 2) Ilicitude ou Antijuridicidade Ilicitude, ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico. Todo fato típico, em princípio, contraria

Leia mais

Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia

Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia Questões de Direito Penal Polícia Civil da Bahia 1) O indivíduo B provocou aborto com o consentimento da gestante, em 01 de fevereiro de 2010, e foi condenado, em 20 de fevereiro de 2013, pela prática

Leia mais

Teoria geral do crime

Teoria geral do crime CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº 48 DATA 09/10/15 DISCIPLINA DIREITO PENAL (NOITE) PROFESSOR CHRISTIANO GONZAGA MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 06/08 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes

Leia mais

Direito Penal. Penas privativas de liberdade. Dosimetria da pena privativa de liberdade Noções gerais. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Penas privativas de liberdade. Dosimetria da pena privativa de liberdade Noções gerais. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Penas privativas de liberdade. Prof.ª Maria Cristina Cálculo da pena Art. 68 A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código, em seguida serão consideradas as circunstâncias

Leia mais

CURSO PREPARATÓRIO. RIO Polícia Rodoviária Federal DIREITO PENAL CONCEITO DE CRIME EXCLUDENTES DE CONDUTA. b) Vis absoluta

CURSO PREPARATÓRIO. RIO Polícia Rodoviária Federal DIREITO PENAL CONCEITO DE CRIME EXCLUDENTES DE CONDUTA. b) Vis absoluta CURSO PREPARATÓRIO RIO Polícia Rodoviária Federal CONCEITO DE CRIME CH DIREITO PENAL T A Professora Lidiane Portella C EXCLUDENTES DE CONDUTA a) Coação física f irresistível b) Vis absoluta c) Movimentos

Leia mais

Aula 28 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (PARTE I).

Aula 28 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (PARTE I). Curso/Disciplina: Noções de Direito Penal Aula: Noções de Direito Penal - 28 Professor : Leonardo Galardo Monitor : Virgilio Frederich Aula 28 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (PARTE I). 1. Crimes de furto e

Leia mais

PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 2.2 CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES (art. 65 e 66 do CP) Circunstâncias Atenuantes Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: I - ser o agente menor de 21 (vinte e

Leia mais

Aula 17. No Código Penal Militar há algumas hipóteses de inimputabilidade. A imputabilidade é a capacidade de responsabilidade penal.

Aula 17. No Código Penal Militar há algumas hipóteses de inimputabilidade. A imputabilidade é a capacidade de responsabilidade penal. Página1 Curso/Disciplina: Direito Penal Militar Aula: Inimputabilidade por embriaguez involuntária. Professor (a): Marcelo Uzêda Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 17 No Código Penal Militar há algumas

Leia mais

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Conceito. Causa. É elemento do fato típico. É o vínculo entre conduta e resultado. O estudo da causalidade busca concluir se o resultado decorreu da conduta

Leia mais

CULPABILIDADE. 1. CONCEITO não foi conceituada no CP. Doutrina Majoritária crime = fato típico, antijurídico e culpável

CULPABILIDADE. 1. CONCEITO não foi conceituada no CP. Doutrina Majoritária crime = fato típico, antijurídico e culpável CULPABILIDADE 1. CONCEITO não foi conceituada no CP Doutrina Majoritária crime = fato típico, antijurídico e culpável A culpabilidade pode ser conceituada então como a reprovação pessoal pela realização

Leia mais

PARTE CRIMINAL DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PARTE CRIMINAL DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARTE CRIMINAL DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ÍNDICE 1. ATO INFRACIONAL...5 Parte criminal do Estatuto da Criança e do Adolescente... 5 Crianças e Adolescentes...7 2. APREENSÃO E APRESENTAÇÃO

Leia mais

TEORIA DO CRIME ANTIJURIDICIDADE. Prof. Ricardo Antonio Andreucci

TEORIA DO CRIME ANTIJURIDICIDADE. Prof. Ricardo Antonio Andreucci TEORIA DO CRIME ANTIJURIDICIDADE 1 É a relação de contrariedade entre o fato e o ordenamento jurídico. Não basta, para a ocorrência de um crime, que o fato seja típico (previsto em lei). É necessário também

Leia mais

DESISTÊNCIA ARREPENDIMENTO

DESISTÊNCIA ARREPENDIMENTO DESISTÊNCIA E ARREPENDIMENTO A tentativa é perfeita quando o agente fez tudo o que podia, praticando todos os atos executórios, mas não obteve o resultado por circunstâncias alheias a sua vontade. Aplica-se

Leia mais

Aplicação da Pena. (continuação)

Aplicação da Pena. (continuação) LEGALE Aplicação da Pena (continuação) Critério Trifásico de Aplicação da Pena Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: Critério Trifásico de Aplicação

Leia mais

DA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal

DA NORMA PENAL. Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal DA NORMA PENAL Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal Teoria do Delito TEORIA DO DELITO Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio)

Leia mais

PONTO 1: TEORIA DO CRIME...CONTINUAÇÃO PONTO a): CULPABILIDADE PONTO b): CONSEQUENCIAS E REFLEXOS

PONTO 1: TEORIA DO CRIME...CONTINUAÇÃO PONTO a): CULPABILIDADE PONTO b): CONSEQUENCIAS E REFLEXOS 1 DIREITO PENAL PONTO 1: TEORIA DO CRIME...CONTINUAÇÃO PONTO a): CULPABILIDADE PONTO b): CONSEQUENCIAS E REFLEXOS TEORIA DO CRIME CONTINUAÇÃO - CRIME = FATO _ TÍPICO _ILÍCITO _CULPÁVEL 8. CULPABILIDADE

Leia mais

CEM. Direito Penal CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Imputabilidade Penal

CEM. Direito Penal CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Imputabilidade Penal CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Imputabilidade Penal 1) FCC - Proc (BACEN)/BACEN/2006 Excluem a ilicitude e a imputabilidade, respectivamente, a) a obediência hierárquica e a embriaguez

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento penal Outros Procedimentos Especiais Prof. Gisela Esposel - Procedimento da lei 11.340/06 Lei Maria da Penha - A Lei 11.340/06 dispõe sobre a criação de Juizados de

Leia mais

07/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III

07/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 11ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal III 2 1 Art 129 Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a

Leia mais

II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA. Nexo causal

II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA. Nexo causal II - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL SUBJETIVA Pressupostos da responsabilidade civil extracontratual (CC/02, art. 186) Conduta culposa Nexo causal Dano 1. A conduta - Conduta é gênero, de que são espécies:

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV

Direito Penal. Teoria da Pena Parte IV Direito Penal Teoria da Pena Parte IV Da Aplicação da Pena Disciplina Legal - Título V da Parte Geral do CP / Da Aplicação da Pena (arts. 59 a 76); - critério trifásico (reforma da Parte Geral do CP em

Leia mais

Culpabilidade. Aula 7

Culpabilidade. Aula 7 Culpabilidade Aula 7 CONCEITO DE CULPABILIDADE Culpabilidade é o juízo de reprovação pessoal que se realiza sobre a conduta típica e ilícita praticada pelo agente. A culpabilidade é reprovabilidade do

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Das Questões e Processos Incidentes Prof. Gisela Esposel - mental do acusado - Previsão legal: artigo 149 154 do CPP - O incidente é instaurado quando houver dúvida sobre a integridade

Leia mais

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei

Tipo Penal. Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei LEGALE Tipo Penal Tipo Penal Tipo penal é a conduta descrita como criminosa na lei Tipo Penal Dessa forma, o tipo penal: - do homicídio é MATAR ALGUÉM - do furto é SUBTRAIR PARA SI OU PARA OUTREM COISA

Leia mais

BREVE LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO SOBRE A IMPUTABILIDADE PENAL NA REVISTA

BREVE LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO SOBRE A IMPUTABILIDADE PENAL NA REVISTA BREVE LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO SOBRE A IMPUTABILIDADE PENAL NA REVISTA INTERTEM@S Cristiano Varela OMODEI 1 RESUMO: O presente artigo tem como objetivo principal fornecer um panorama das pesquisas acadêmicas

Leia mais

TESTES DIREITO PENAL. Aula 2 Prof. Rodrigo Capobianco

TESTES DIREITO PENAL. Aula 2 Prof. Rodrigo Capobianco TESTES DIREITO PENAL Aula 2 Prof. Rodrigo Capobianco (Exame XXIII) Pedro, jovem rebelde, sai à procura de Henrique, 24 anos, seu inimigo, com a intenção de matá-lo, vindo a encontrá-lo conversando com

Leia mais

Direito Penal. Pena-Base. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Pena-Base. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Pena-Base Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal PENA-BASE TÍTULO V Das Penas CAPÍTULO I DAS ESPÉCIES DE PENA CAPÍTULO III DA APLICAÇÃO DA PENA Fixação da

Leia mais

A CULPABILIDADE Teorias: Elementos da culpabilidade

A CULPABILIDADE Teorias:  Elementos da culpabilidade A CULPABILIDADE Para que o crime ocorra é necessário apenas a existência do fato típico e antijurídico, não sendo imprescindível a existência da culpabilidade. É o Juízo de censura que recai sobre a formação

Leia mais

Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar:

Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar: PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PENAL P á g i n a 1 Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar: a) O fato punível praticado sob coação irresistível é capaz de excluir

Leia mais

Direito Penal. Teoria da Pena Parte V

Direito Penal. Teoria da Pena Parte V Direito Penal Teoria da Pena Parte V Da Aplicação da Pena - Atenuantes Art. 65 do CP: São circunstâncias que sempre atenuam a pena: I - Ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior

Leia mais

TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Anterioridade da lei TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Da dosimetria da pena Marcelo Augusto Paiva Pereira Como citar este comentário: PEREIRA, Marcelo Augusto Paiva. Da dosimetria da pena. Disponível em http://www.iuspedia.com.br01

Leia mais

Direito Penal. Roubo e Extorsão

Direito Penal. Roubo e Extorsão Direito Penal Roubo e Extorsão Roubo Impróprio Art. 157, 1, do CP Na mesma pena (do caput - reclusão de 4 a 8 anos, e multa) incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra a pessoa

Leia mais

1 TIPICIDADE CONCEITO RESUMO DA AULA. DIREITO PENAL Tipicidade, Antijuridicidade e Culpabilidade. Profº Lenildo Márcio da Silva

1 TIPICIDADE CONCEITO RESUMO DA AULA. DIREITO PENAL Tipicidade, Antijuridicidade e Culpabilidade. Profº Lenildo Márcio da Silva DIREITO PENAL Tipicidade, Antijuridicidade e Culpabilidade Profº Lenildo Márcio da Silva lenildoadvogado@hotmail.com RESUMO DA AULA 1 TIPICIDADE; 2 ANTIJURIDICIDADE; 3 CULPABILIDADE; 4 - QUESTÕES COMENTADAS.

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Magistratura Estadual 9ª fase. Direito Penal. Concurso de Pessoas. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Magistratura Estadual 9ª fase. Direito Penal. Concurso de Pessoas. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Magistratura Estadual 9ª fase Período 2007-2016 1) CESPE Juiz Estadual TJ/PI - 2012 Em relação ao concurso de pessoas, assinale a opção correta. a) Segundo a jurisprudência

Leia mais

Inscreva-se no Canal da LOJA DO CONCURSEIRO no YouTube e assista em primeira mão a vários AULÕES ESPECIAIS. www.youtube.com/lojadoconcurseiro Adquira o CURSO ONLINE COMPLETO Preço Promocional: R$ 297,00

Leia mais

Sumário. Resumo de Direito Penal Militar Parte Geral e Especial. CAPÍTULO 2 Art. 9º do CPM Definição de crime militar... 25

Sumário. Resumo de Direito Penal Militar Parte Geral e Especial. CAPÍTULO 2 Art. 9º do CPM Definição de crime militar... 25 Sumário Resumo de Direito Penal Militar Parte Geral e Especial Introdução... 13 PARTE GERAL CAPÍTULO 1 Da aplicação da Lei Penal Militar... 15 1.1. Tempo do Crime... 19 1.2. Local do crime... 20 1.3. Territorialidade/Extraterritorialidade...

Leia mais

Culpabilidade. Culpabilidade é sinônimo de responsabilidade. Em direito penal, cada um receberá uma pena na medida da sua culpabilidade.

Culpabilidade. Culpabilidade é sinônimo de responsabilidade. Em direito penal, cada um receberá uma pena na medida da sua culpabilidade. LEGALE Culpabilidade Culpabilidade Culpabilidade é sinônimo de responsabilidade. Em direito penal, cada um receberá uma pena na medida da sua culpabilidade. Culpabilidade Foi muito responsável Foi pouco

Leia mais

Critério Trifásico de Aplicação da Pena. Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual:

Critério Trifásico de Aplicação da Pena. Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: LEGALE Aplicação da Pena Critério Trifásico de Aplicação da Pena Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: Critério Trifásico de Aplicação da Pena

Leia mais

PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal

PARTE ESPECIAL crimes contra a pessoa integridade corporal LEGALE Lesões corporais as lesões corporais não atacam a vida da pessoa e sim a sua integridade corporal. É por isso que as lesões corporais seguidas de morte não são julgadas pelo Júri. As lesões podem

Leia mais

Ponto 8 do plano de ensino. Medidas de segurança:

Ponto 8 do plano de ensino. Medidas de segurança: Ponto 8 do plano de ensino Medidas de segurança: Conceito, natureza, sistemas, pressupostos, espécies, duração, locais de internação e tratamento, duração, exame de verificação de cessação de periculosidade,

Leia mais

Allegro ma non troppo.

Allegro ma non troppo. EM 3 PARTES Allegro ma non troppo. UNA INTRODUZIONE AI MOMENTI DI COLPA SERRANO NEVES EDITORA LIBER LIBER - 2011 LIVRO LIVRE É FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL LIVRO LIVRE LIVRO LIVRE LIVRO LIVRE

Leia mais

Sanção Penal. É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal

Sanção Penal. É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal LEGALE Sanção Penal Sanção Penal É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal Sanção Penal No Brasil, o atual sistema de sanções é o SISTEMA VICARIANTE Por esse sistema, ou o agente

Leia mais

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO Erro de tipo é o que incide sobre s elementares ou circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificação ou dados secundários da norma

Leia mais

Polícia Legislativa Senado Federal

Polícia Legislativa Senado Federal CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Polícia Legislativa Senado Federal Período: 2008-2017 Sumário Direito Penal... 3 Princípios Modernos de Direito Penal... 3 Nexo de Causalidade... 3 Arrependimento

Leia mais

Direito Penal. Lesão Corporal

Direito Penal. Lesão Corporal Direito Penal Lesão Corporal Lesão Corporal Art. 129 do CP Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. Lesão Corporal Noção Geral: todo e qualquer dano

Leia mais

Critério Trifásico de Aplicação da Pena. Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual:

Critério Trifásico de Aplicação da Pena. Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: LEGALE Aplicação da Pena Critério Trifásico de Aplicação da Pena Para aplicar a pena, deve o Juiz seguir o critério trifásico criado por Nélson Hungria, pelo qual: Critério Trifásico de Aplicação da Pena

Leia mais

Direito Penal. Dos Crimes Militares. Professor Fidel Ribeiro.

Direito Penal. Dos Crimes Militares. Professor Fidel Ribeiro. Direito Penal Dos Crimes Militares Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal DOS CRIMES MILITARES CONCEITOS DE CRIME www.acasadoconcurseiro.com.br 3 CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME

Leia mais

EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL

EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL EDUARDO FARIAS DIREITO PENAL 1) O Código Penal Brasileiro estabelece, em seu artigo 137, o crime de rixa, especificamente apresentando os elementos a seguir. Participar de rixa, salvo para separar os contendores:

Leia mais

Lei de Execução Penal (LEP) AULA 01

Lei de Execução Penal (LEP) AULA 01 Lei de Execução Penal (LEP) AULA 01 Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal Monster Guerreiros, a execução penal é um procedimento destinado à efetiva aplicação da pena ou da medida de segurança

Leia mais

Relatório - Plano de Aula 14/03/ :54

Relatório - Plano de Aula 14/03/ :54 Página: 1/8 Disciplina: CCJ0101 - TÓPICOS INTERDISCIPLINARES Semana Aula: 7 Direito Penal e Processual Penal (Aula 1/5) Ao final da aula, o aluno deverá ser capaz de: DESCRIÇÃO DO PLANO DE AULA OBJETIVO

Leia mais

Simpósio: polí,cas, serviços e prá,cas na construção da rede em Dependência Química. Hewdy Lobo Ribeiro

Simpósio: polí,cas, serviços e prá,cas na construção da rede em Dependência Química. Hewdy Lobo Ribeiro Simpósio: polí,cas, serviços e prá,cas na construção da rede em Dependência Química Hewdy Lobo Ribeiro Psiquiatra - Hospital Lacan Psiquiatra Forense - ABP ProMulher IPq - HCFMUSP Integrando a Psiquiatria

Leia mais

PONTO 1: Introdução. PONTO 2: Culpabilidade continuação. 1. Introdução:

PONTO 1: Introdução. PONTO 2: Culpabilidade continuação. 1. Introdução: 1 PONTO 1: Introdução. PONTO 2: Culpabilidade continuação. 1. Introdução: - Informativo 625 STF, H.C. 104286, J.03-05-11: admite a utilização do princípio da insignificância no caso do ex-prefeito que

Leia mais

Direito Penal. Extorsão e Extorsão Mediante Sequestro

Direito Penal. Extorsão e Extorsão Mediante Sequestro Direito Penal Extorsão e Extorsão Mediante Sequestro Sequestro Relâmpago Art. 158, 3, CP: Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção

Leia mais

DA IMPUTABILIDADE PENAL

DA IMPUTABILIDADE PENAL 1 DA IMPUTABILIDADE PENAL Renata CONSTANTINO 1 Resumo: O que se pretende buscar com o presente trabalho é a discussão que gira em torno da redução menoridade penal, em virtude do aumento da criminalidade

Leia mais

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s)

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s) Programa de DIREITO PENAL I 2º período: 80 h/a Aula: Teórica EMENTA Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. OBJETIVOS Habilitar

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Inimputabilidade Penal e a Teoria da "actio libera in causa" Leonardo Marcondes Machado* Sumário: I. Imputabilidade Penal. Noções Gerais. 2. Elementos Estruturais da Inimputabilidade

Leia mais

RESUMO DE DIREITO PENAL PARA OAB. consentimento do ofendido

RESUMO DE DIREITO PENAL PARA OAB. consentimento do ofendido RESUMO DE DIREITO PENAL PARA OAB CULPABILIDADE fato típico ilicitude culpabilidade Conduta. estado de necessidade imputabilidade resultado nexo causal tipicidade legítima defesa estrito cumprimento do

Leia mais

Reparação de Dano. A reparação do dano sempre beneficia o agente

Reparação de Dano. A reparação do dano sempre beneficia o agente LEGALE Reparação de Dano Reparação de Dano A reparação do dano sempre beneficia o agente Reparação de Dano Se o agente voluntariamente reparar o dano ou restituir a coisa, antes do recebimento da denúncia

Leia mais

Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS

Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS Profª Ms. Simone Schroeder SANÇÕES PENAIS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE DO CP Pena privativa de liberdade Art. 33 CP Reclusão CP Detenção CP Prisão Simples Dec. Lei 3688/41 Sanções penais Penas Art. 32

Leia mais

Informativo comentado: Informativo 925-STF

Informativo comentado: Informativo 925-STF Informativo : Informativo 925-STF Márcio André Lopes Cavalcante Processos excluídos deste informativo pelo fato de não terem sido ainda concluídos em virtude de pedidos de vista. Serão s assim que chegarem

Leia mais

SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL

SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL CAPÍTULO 1 DIREITO PENAL: NOÇÕES INTRODUTÓRIAS PARTE 1 Noções introdutórias 1 PARTE 2 Noções introdutórias 2 PARTE 3 Noções introdutórias 3 CAPÍTULO 2 PRINCÍPIOS

Leia mais

DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL. Prof. Hélio Ramos

DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL. Prof. Hélio Ramos DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL Prof. Hélio Ramos DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL Sedução - Art. 217: REVOGADO lei 11.106/2005. Estupro de vulnerável

Leia mais

LEIS MARCADAS COM OS PRINCIPAIS PONTOS JÁ COBRADOS! Entenda as marcações deste material. Tomamos por base a prova de ANALISTA JUDICIAL!

LEIS MARCADAS COM OS PRINCIPAIS PONTOS JÁ COBRADOS! Entenda as marcações deste material. Tomamos por base a prova de ANALISTA JUDICIAL! LEIS MARCADAS COM OS PRINCIPAIS PONTOS JÁ COBRADOS! Entenda as marcações deste material. Tomamos por base a prova de ANALISTA JUDICIAL! Todo artigo que estiver de vermelho representa temática que mais

Leia mais

Sanção Penal. É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal

Sanção Penal. É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal LEGALE Sanção Penal Sanção Penal É a resposta dada pelo Estado pela prática de uma infração penal Sanção Penal No Brasil, o atual sistema de sanções é o SISTEMA VICARIANTE Por esse sistema, ou o agente

Leia mais

DA RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL DE ESCOTISTAS E DIRIGENTES INSTITUCIONAIS

DA RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL DE ESCOTISTAS E DIRIGENTES INSTITUCIONAIS DA RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL DE ESCOTISTAS E DIRIGENTES INSTITUCIONAIS Responsabilidade Civil Dever jurídico de indenizar o dano, tanto moral quanto material, imposto àquele que o causou desfazendo,

Leia mais

Direito Penal. Consumação e Tentativa

Direito Penal. Consumação e Tentativa Direito Penal Consumação e Tentativa Crime Consumado Quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal (art. 14, I, CP); Realização plena dos elementos constantes do tipo legal; Crime Consumado

Leia mais

Direito Penal. Crime Doloso

Direito Penal. Crime Doloso Direito Penal Crime Doloso Conceito Doutrinário: dolo como a vontade livre e consciente de realizar a conduta objetiva descrita no tipo penal, desejando ou assumindo o risco de produzir certo resultado.

Leia mais

EU NÃO SONHEI COM O SUCESSO EU TRABALHEI PARA ELE

EU NÃO SONHEI COM O SUCESSO EU TRABALHEI PARA ELE EU NÃO SONHEI COM O SUCESSO EU TRABALHEI PARA ELE São Paulo, novembro de 2017 1) CRIME NAO CONSUMADO: TENTATIVA, DESISTENCIA VOLUNTÁRIA, ARREPENDIMENTO EFICAZ, CRIME IMPOSSIVEL, ARREPENDIMENTO POSTERIOR

Leia mais

PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL

PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1.1 Sanções penais: 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL * Penas: a) Pena Privativa de Liberdade b) Pena Restritiva

Leia mais

EXERCÍCIOS. I - anistia, graça e indulto; II - fiança.

EXERCÍCIOS. I - anistia, graça e indulto; II - fiança. Legislação Especial Wallace França EXERCÍCIOS Lei dos Crimes hediondos Art. 1 o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código

Leia mais

CADERNO DE QUESTÕES POR EDITAL

CADERNO DE QUESTÕES POR EDITAL CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER CADERNO DE QUESTÕES POR EDITAL DPU Direito Penal Militar Questão 1: CESPE - Def PF/DPU/2010 Assunto: Aplicação da Lei Penal Militar (arts. 1º a 28 do CPM) No que concerne ao

Leia mais

A pessoa que possui apenas o desejo de praticar um fato típico. criminosa, motivo pelo qual não são punidos os atos preparatórios do crime.

A pessoa que possui apenas o desejo de praticar um fato típico. criminosa, motivo pelo qual não são punidos os atos preparatórios do crime. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA A pessoa que possui apenas o desejo de praticar um fato típico não pode ser considerada criminosa, motivo pelo qual não são punidos os atos preparatórios do crime. Excepcionalmente,

Leia mais

ENCONTRO 04. Ocorrência de ato ilícito. Que este ato tenha causado dano à alguém

ENCONTRO 04. Ocorrência de ato ilícito. Que este ato tenha causado dano à alguém ENCONTRO 04 1.4. Imputabilidade - A responsabilidade decorre apenas da conduta? - A reprovabilidade depende da capacidade psíquica de entendimento do agente? (Sim. - Que significa imputar? - Há como responsabilizar

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO PENAL PROFESSOR: ERNESTIDES CAVALHEIRO. AULAS 1 e 2:

NOÇÕES DE DIREITO PENAL PROFESSOR: ERNESTIDES CAVALHEIRO. AULAS 1 e 2: 1 NOÇÕES DE DIREITO PENAL PROFESSOR: ERNESTIDES CAVALHEIRO AULAS 1 e 2: DIREITO PENAL O Direito Penal tem como principal objetivo, reprimir determinadas condutas, denominadas infrações penais, as quais

Leia mais

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO Prof. Dr. Marco Aurelio Guimarães Art. 159 "Aquele que por ação ou omissão voluntária ou involuntária, negligência, ou imprudência violar direito ou

Leia mais

POLÍCIA FEDERAL. Agente da Polícia Federal

POLÍCIA FEDERAL. Agente da Polícia Federal POLÍCIA FEDERAL Agente da Polícia Federal Noções de Dto. Penal Prof. Guilherme Rittel DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL LEI PENAL NO ESPAÇO A pena cumprida no estrangeiro pode atenuar a pena no Brasil, se diversas,

Leia mais

Aula 16. Excesso nas causas de justificação

Aula 16. Excesso nas causas de justificação Página1 Curso/Disciplina: Direito Penal Militar Aula: Excesso nas causas de justificação. Culpabilidade. Professor (a): Marcelo Uzêda Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 16 Excesso nas causas de justificação

Leia mais