NOÇÕES DE DIREITO PENAL PROFESSOR: ERNESTIDES CAVALHEIRO. AULAS 1 e 2:

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1 1 NOÇÕES DE DIREITO PENAL PROFESSOR: ERNESTIDES CAVALHEIRO AULAS 1 e 2: DIREITO PENAL O Direito Penal tem como principal objetivo, reprimir determinadas condutas, denominadas infrações penais, as quais são consideradas ofensivas aos bens jurídicos que o legislador considerou mais relevantes para a sociedade. Podemos definir Direito Penal como a parte de nosso ordenamento jurídico que detém a função de selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos à coletividade, capazes de colocar em risco valores fundamentais para a convivência social, e descrevê-los como infrações penais, cominando-lhes, em consequência, as respectivas sanções. O professor José Frederico Marques, citado em várias obras, define o Direito Penal como o conjunto de normas que ligam ao crime, como fato, a pena como conseqüência, e disciplinam também as relações jurídicas daí derivadas, para estabelecer a aplicabilidade das medidas de segurança e a tutela do direito de liberdade em face do poder de punir do Estado. O Brasil é adepto do sistema penal dualista ou binário, ou seja, a INFRAÇÃO PENAL é gênero, dos quais são espécies: a) Crime (delito); b) Contravenção penal (Crime anão, delito liliputiano). A diferença entre crime e contravenção penal é de grau de sua lesividade, não existindo distinção quando ao significado. O legislador vai 1

2 2 analisar a gravidade do fato, que varia de acordo com a gravidade política. Os fatos mais graves são crimes ou delitos, os menos graves são considerados contravenções. Apesar de idênticos em sua aparência, crimes e contravenções possuem algumas diferenças que orientam o legislador no momento de rotular abstratamente o fato. CARACTERÍSTICAS DAS LEIS PENAIS As leis penais apresentam as seguintes características: - Exclusividade: a lei penal é exclusiva. Somente ela pode definir condutas típicas e cominar sanções. - Anterioridade: as leis penais incriminadoras somente têm incidência sobre fatos cometidos durante a sua vigência, não alcançando fatos anteriores a ela. Observação: A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. - Imperatividade: as leis penais são autoritárias, no sentido de fazer incorrer na pena aquele que descumpre o seu mandamento. É ela que separa a zona do lícito e do ilícito penal. A todos é devido acatamento à lei penal, sendo que, da violação do seu preceito primário (descrição típica) decorre uma sanção (preceito secundário). - Generalidade: as leis penais se destinam a todos os membros da sociedade, mesmo os inimputáveis. Vale dizer, a lei penal tem efeito erga omnes. - Impessoalidade e Abstratariedade: as leis penas dirigem-se impessoal e indistintamente a todos, bem como, dirigem-se para fatos futuros. Não se concebe a elaboração de uma lei penal para punir especificamente uma pessoa ou um grupo determinado. INFRAÇÃO PENAL: ELEMENTOS, ESPÉCIES. 1) INFRAÇÃO PENAL É toda conduta (ação ou omissão) previamente tipificada pela legislação como ilícita, imbuída de culpabilidade, isto é, praticada pelo 2

3 3 agente com dolo ou, ao menos, culpa quando a Lei assim prever tal possibilidade. O Estado tem o poder/dever de proibir e impor uma sanção a quem a praticar. 1.1) Elementos da infração penal Qualquer infração penal possui os seguintes elementos: Tipicidade: o fato (evento) deve ser enquadrado plenamente no tipo (modelo) descrito na legislação penal. Ex.: Artigo 129 do Código Penal, prevê o crime de Lesão Corporal (Ofender a integridade corporal ou à saúde de outrem); Ilicitude: isto é, o fato (evento) deve ser contra o Direito. Por vezes, mesmo que uma pessoa cometa uma conduta típica, há na lei exceções permissivas para sua conduta, de modo que não há ilicitude da ação. Por exemplo: matar alguém como legítima defesa estrita, a lei considera que a conduta não é ilícita. Culpabilidade: isto é, o fato (evento) deve ter sido praticado pelo agente ativo com intenção reprovável. Mais à frente estes elementos serão abordados detalhadamente. 1.2) ESPÉCIES DE INFRAÇÃO PENAL A legislação brasileira define duas espécies de infração penal: crime (ou delito) e contravenção ) CRIME: infração de maior potencial ofensivo, punida com pena de reclusão ou detenção, podendo incluir multa cumulativa ou alternativa. Crimes e tentativas de crimes são punidos (Código Penal Art. 14, II). A competência para o processo e julgamento é federal ou estadual. A pena máxima prevista é de 30 anos (ex.: homicídio qualificado e latrocínio). 3

4 ) CONTRAVENÇÃO: infração de menor potencial ofensivo, punida com prisão simples (artigos 5º, 6º, LCP) e/ou multa. A tentativa de contravenção, em geral, não é punida (art. 4º, LCP). Importante: prisão simples não admite o regime fechado em hipótese alguma. A competência para o processo e julgamento é estadual. Exceção se o réu tiver foro por prerrogativa de função na Justiça Federal. (Constituição Federal prescreve em seu inciso IV do Art Aos juízes federais compete processar e julgar: IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral). O máximo de pena legalmente previsto em casos de contravenção penal é de 5 anos (artigo 10 da LCP). Desta forma, infração penal não é sinônimo de crime. 1.3) PRINCIPAIS TIPOS DE CRIME: 1.3.1) CRIME COMUM: é aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa ) CRIME PRÓPRIO: é aquele que exige que o agente a cometê-lo possua condição especial que permita cometer o crime. Por exemplo, o Código Penal nos Art. 312 a 326 define os crimes praticados por funcionários públicos contra a Administração, o que exige que o sujeito ativo seja funcionário público (os quais serão tratados em aula específica). Observação: A circunstância de condição especial do sujeito ativo se reveste de relevante interesse na questão do concurso de agentes. Assim, embora sejam próprios os crimes de infanticídio e peculato, respondem por eles não somente a mãe ou o funcionário público, mas também o estranho que dele por ventura participe ) CRIME DE MÃO PRÓPRIA: crime que pode ser praticado apenas pela pessoa (isto é, não existe um intermediário), não existindo, desta forma, co-autoria. Exemplo inclui falsidade ideológica, falso testemunho, etc. 4

5 5 Observação: Não se confundem os crimes próprios com os crimes de mão-própria, pois os primeiros podem ser cometidos por pessoa intermediária a mando do autor, enquanto os segundos não podem ser cometidos por intermédio de outrem. Exemplo de crime de mão-própria: crime de falso testemunho ) CRIME BIPRÓPRIO: é o crime que exige que o sujeito ativo e o sujeito passivo possuam uma qualidade especial (não podem ser qualquer pessoa). Por exemplo: o infanticídio (Código Penal Brasileiro art. 123) exige que o agente ativo deve ser obrigatoriamente a mãe da vítima e o agente passivo o filho. 2) SUJEITO ATIVO E SUJEITO PASSIVO DA INFRAÇÃO PENAL. 2.1) SUJEITO ATIVO (DA INFRAÇÃO PENAL) Sujeito ativo de uma infração penal é aquele que ofende o bem jurídico (ou seja, que comete a infração penal). Um sujeito pode praticar uma infração penal isoladamente ou em concurso com outras pessoas. O sujeito ativo da infração penal pode ser pessoa física ou pessoa jurídica (neste último caso, apenas em crimes ambientais- Constituição Federal art. 225 p.3). Em relação a possibilidade de pessoa jurídica praticar crime, importante se observar que são três as correntes existentes: 1ª corrente: pessoa jurídica não pode praticar crimes ou ser responsabilizada penalmente, pois, do contrário, se ofenderia: a) O princípio da responsabilidade subjetiva - PJ não age com dolo ou culpa; b) Princípio da culpabilidade - PJ não tem potencial consciência da ilicitude, v. G.; c) Princípio da responsabilidade pessoal - Responsabilizar pessoa jurídica é o mesmo que uma responsabilidade coletiva, o que é incogitável. 5

6 6 d) Princípio da pessoalidade das penas - A pena ultrapassa a pessoa do condenado; 2ª corrente - Pessoa jurídica pratica crime ambiental (Lei 9.605) a) Trata-se de responsabilidade objetiva autorizada pela própria CRFB/88; b) A pessoa jurídica responde por seus atos, adaptando-se o juízo de culpabilidade às suas características; c) O que passa da pessoa jurídica condenada são os efeitos da condenação; 3ª corrente (responsabilidade social) - Apesar de não poder cometer crimes, é possível responsabilizar a pessoa jurídica penalmente, desde que: a) Estejamos diante de crime ambiental, praticado seguindo-se sua ordem; b) Em seu benefício. Importante: a responsabilidade deve atender à pessoa física (autora do crime), mas também a pessoa jurídica (autora da ordem). Trata-se do sistema da dupla imputação: a pessoa jurídica deve ser denunciada juntamente com a pessoa física. Constituição Federal, art. 3º, L /98, que prescreve: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. No Brasil, prevalece a terceira corrente, inclusive no STJ. E mais: para o tribunal, não se trata de uma responsabilidade objetiva nem subjetiva, mas sim social. 6

7 7 Não podem ser penalizados de acordo com a lei (inimputáveis): - Quem possui doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado; - era, ao tempo da ação ou da omissão de ação, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento; e Obs.: Os menores de 18 (dezoito) anos, que são penalizados de acordo com legislação própria (medida sócio educativa). 2.2) SUJEITO PASSIVO (DA INFRAÇÃO PENAL) É o titular do bem jurídico ofendido, isto é, aquele que foi lesado pela infração penal cometida pelo sujeito ativo. Uma infração penal sempre possui dois sujeitos passivos: Sujeito passivo formal (constante ou geral): o Estado, que é sempre prejudicado quando ocorre a infração; é o titular do mandamento proibitivo. Sujeito passivo material (eventual, particular ou acidental): é o titular propriamente dito do bem jurídico, que pode ser uma pessoa física ou jurídica; pode ainda ser o Estado ou a Coletividade. Em determinados casos, o Estado pode ser, ao mesmo tempo, o sujeito passivo formal e o sujeito passivo material, quando, por exemplo, ocorre roubo de bem público. Em alguns crimes, obrigatoriamente deve existir dois ou mais sujeitos passivos (dupla subjetividade passiva): por exemplo, a violação de correspondência (CP Art. 151) os sujeitos passivos do crime são o remetente e o destinatário de correspondência. Importante: Todo homem vivo pode ser sujeito passivo material de crime. Dessa forma, é inegável que o incapaz, titular de direitos, possa ser sujeito passivo de delito, tais como no infanticídio (recém-nascido), homicídio (demente), abandono intelectual (menor em idade escolar) etc. Quanto à pessoa jurídica, esta pode ser sujeito passivo material do delito, desde que a descrição típica não pressuponha uma pessoa física. Assim, pode ser vítima de furto, dano etc. 7

8 8 O morto não pode ser sujeito passivo de delito, pois não é titular de direito, podendo ser objeto material do delito. O artigo 138, 2.º, do Código Penal dispõe ser punível a calúnia contra os mortos, pois a ofensa à memória dos mortos reflete nas pessoas de seus parentes, que são os sujeitos passivos. O homem pode ser sujeito passivo mesmo antes de nascer, pois o feto tem direito à vida (artigos 124, 125 e 126, do Código Penal). Os animais e coisas inanimadas não podem ser sujeitos passivos de delito, podendo ser objetos materiais (exemplo: crimes contra a fauna, Lei n /98). Neste caso, os sujeitos passivos serão seus proprietários, e em certos casos a coletividade. 8

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