PONTO 1: TEORIA DO CRIME...CONTINUAÇÃO PONTO a): CULPABILIDADE PONTO b): CONSEQUENCIAS E REFLEXOS

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1 1 DIREITO PENAL PONTO 1: TEORIA DO CRIME...CONTINUAÇÃO PONTO a): CULPABILIDADE PONTO b): CONSEQUENCIAS E REFLEXOS TEORIA DO CRIME CONTINUAÇÃO - CRIME = FATO _ TÍPICO _ILÍCITO _CULPÁVEL 8. CULPABILIDADE 8.1 IMPUTABILIDADE A) CONCEITO: a capacidade de entender o caráter ilícito da conduta (capacidade intelectiva) e de se determinar de acordo com este entendimento (capacidade volitiva). B) CRITÉRIOS DEFINIDORES DA IMPUTABILIDADE: B.1) BIOLÓGICO: leva em consideração exclusivamente o desenvolvimento mental do agente. B.2) PSICOLÓGICO: leva em consideração exclusivamente a capacidade de entendimento (intelectiva e de autodeterminação) (volitiva). B.3) BIOPSICOLÓGICO: considera tanto o desenvolvimento mental do agente quanto a sua capacidade intelectiva e volitiva estabelecendo uma relação de causa e efeito. _ CRITÉRIOS ADOTADOS PELO CÓDIGO PENAL - DISTÚRBIOS MENTAIS (ART CP): BIOPSICOLÓGICO. - MENORIDADE (ART CP): BIOLÓGICO - DEPENDÊNCIA DE DROGAS (ART. 45 3, L /06): BIOLPSICOLÓGICO. 1Art É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 2Art Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de )

2 2 _ ELEMENTOS DO CRITÉRIO BIOPSICOLÓGICO (ART. 26 CP) - CAUSAL: refere-se à doença mental e ao desenvolvimento mental incompleto ou retardado. - CRONOLÓGICO: leva em consideração o momento da conduta, ou seja, deve-se aferir a capacidade intelectivo-volitiva ao tempo da ação ou omissão. - CONSEQUENCIAL: é a afetação da capacidade intelectiva ou volitiva. C) CAUSAS DE EXCLUSÃO DA IMPUTABILIDADE INIMPUTABILIDADE - DISTÚRBIOS MENTAIS - MENORIDADE -EMBRIAGUEZ ACIDENTAL COMPLETA DECORRENTE DE CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR - DEEPENDÊNCIA DE DROGAS OU INFLUÊNCIA D) DISTÚRBIOS MENTAIS ART. 26 CP - DOENÇA MENTAL: é toda a enfermidade que retira (por completo) a capacidade intelectiva ou volitiva do agente. - DES. MENTAL INCOMPLETO: é o que possuem os menores de 18 anos ou silvícolas não adaptados. - DES. MENTAL RETARDADO: os oligofrênicos (idiotas, imbecíl e débil mentais) e os surdos-mudos não adptados. D.1) MEIO DE AFERIR - INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL: ART CPP - MOMENTO: - NA FASE DO IP - NA INSTRUÇÃO CRIMINAL - NA EXECUÇÃO PENAL LEGITIMADOS: o juiz de ofício, representante da autoridade policial, a requerimento do MP, a requerimento do curador, da defesa, dos familiares. 3Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado. 4Art. 149.Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal. 1 o O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente. 2 o O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento.

3 3 REFLEXOS/EFEITOS - NA FASE DO IP. - Não suspende o curso do IP. Não vincula a autoridade policial. (não impede o indiciamento do réu). - NA FASE DO PROCESSO: - Suspende/Sobresta - Não suspende, nem interrompe a prescrição. Houve uma alteração no art. 111, inc. V 5, CP (Lei 12650) (prescrição) D.2) RESULTADO(S) / SOLUÇÃO (ÕES) DO EXAME CONSEQUÊNCIAS D.2.1) IMPUTÁVEL: condenação D.2.2) ININPUTÁVEL: - afasta a pena - aplica medida de segurança: _ detentiva = internação _ restritiva = ambulatorial _ NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA: absolutória imprópria. OBS: para o reconhecimento da inimputabilidade basta a comprovação de qualquer das incapacidades, intelectiva ou volitiva. D.2.3) SEMI-IMPUTÁVEL: - SE PERIGOSO: aplica medida de segurança. - Não perigoso: aplica pena reduzida (art. 26, parág. Único 6 CP) - SISTEMA UNITÁRIO OU VICARIANTE (ART CP) 5Art A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal. (Redação dada pela Lei nº , de 2012) 6Art É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 7Art Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos 1º a 4º. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de )

4 4 OBS: Com a reforma da parte geral do Código Penal promovida em 1984 o sistema duplo binário (2 vias ou 2 trilhos) de lugar ao vicariante. - NAT. JUR. DA SENTENÇA: CONDENATÓRIA - NAT. JUR. DO INSTITUTO: CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA. E) MENORIDADE: (ART CP) E.1) MOMENTO DA CESSAÇÃO: prevalece na doutrina que a menoridade cessa no primeiro segundo do dia em que completa 18 anos. E.2) CÓD. PENAL MILITAR (art. 50 9, Dl. 1001/69): a legislação militar admite a responsabilização criminal do agente que aos 16 anos demonstre capacidade intelectiva e volitiva. O dispositivo não foi recepcionado pela Constituição da República. E.3) LEGISLAÇÃO APLICÁVEL REFLEXOS: A LEI 8.069/90 (ECA) MAIOR DE 18 ANOS CRIME/CONTRAVENÇÃO PRISÃO EM FLAGRANTE A.P.F DENÚNCIA PENAS MENOR DE 18 ANOS ATO INFRACIONAL APREENSÃO EM FLAGRANTE AUTO DE APREENSÃO - B.O.C REPRESENTAÇÃO MED. SOCIOEDUCATIVAS MED. DE PROTEÇÃO F) EMBRIAGUEZ: F.1) CONCEITO: É uma intoxicação provocada pelo consumo excessivo de álcool, drogas ou medicamentos. F.2) ESPÉCIES - ÁLCOOL: alcoólica - DROGAS: toxicológica - REMÉDIOS: medicamentosa F.3) CLASSIFICAÇÃO F.3.1) ACIDENTAL caso fortuito: ex: boa noite cinderela _ força maior: coação física ou moral. F.3.2) NÃO ACIDENTAL 8Art Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 9Art. 50. O menor de dezoito anos é inimputável, salvo se, já tendo completado dezesseis anos, revela suficiente desenvolvimento psíquico para entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acôrdo com êste entendimento. Neste caso, a pena aplicável é diminuída de um têrço até a metade.

5 5 - VOLUNTÁRIA - CULPOSA - PRÉORDENADA F.3.3) PATOLÓGICA: é a que causa dependência que pode ser classificada como distúrbio mental. F.4) GRAUS -COMPLETA: é a que retira por completo a capacidade intelectiva ou volitiva do agente. - INCOMPLETA: é a que reduz a capacidade... F.5) FASES/ESTÁGIOS - DO MACACO: o agente é tomado por euforia e excitação, a embriaguez é incompleta. - FASE DO LEÃO: a embriaguez nesta fase é completa, o agente não controla seus impulsos estando com sua consciência prejudicada adentrando em Estado de depressão. - DO PORCO: nesta fase o agente caí e sono profundo podendo perder os sentidos e entrar em coma. Chamada de embriaguez COMATOSA OU LETARGICA. F) CONSEQUÊNCIAS/REFLEXOS: F.1) EMBRIAGUEZ QUE AFASTA/EXCLUI A IMPUTABILIDADE (ART. 28, 1º 10, CP) - acidental completa... *NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA: absolutória própria. F.2) EMBRIAGUEZ QUE REDUZ A PENA (ART. 28, 2º 11, CP): ACIDENTAL INCOMPLETA 10Art Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 11Art Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(redação dada pela Lei nº 7.209, de )

6 6 F.3) EMBRIAGUEZ QUE AGRAVA A PENA: PREORDENADA (ART. 61, II, L 12, CP) G) DEPENDÊNCIA OU INFLUÊNCIA DE DROGAS DECORRENTE DE CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR (LEI /06) G.1) MODO DE AFERIR - A CAUSA dependência/influência: exame toxicológico - A CONSEQUÊNCIA incapacidade intelectiva ou volitiva: incidente de insanidade mental G.2) CONCLUSÕES DOS EXAMES CONSEQUÊNCIAS: - INCAPACIDADE ABSOLUTA: isenção de pena (art. 45 CP 13 ) - INCAPACIDADE RELATIVA: redução de pena (art CP) PRINCÍPIO DA LAICIZAÇÃO/SECULARIZAÇÃO: o indivíduo tem direito de fazer escolhas de cunho político, econômico e social. 12 Art São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) l) em estado de embriaguez preordenada. 13 Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo anterior, proceder-se-á na forma deste e dos arts. 46, 47 e 48. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 1 o A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 2 o No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 3 o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto - o que for maior - o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em conseqüência da prática do crime. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 4 o (VETADO) (Incluído e vetado Lei nº 9.714, de 1998) 14 Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 1 o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 2 o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 3 o As tarefas a que se refere o 1 o serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) 4 o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)

7 7 H) CAUSAS/SITUAÇÕES QUE NÃO EXCLUEM A IMPUTABILIDADE ART CP - emoção e paixão (inc. I) - embriaguez voluntária e culposa (II) Obs: 1) embora a emoção e paixão não excluam a imputabilidade podem reduzir a pena, ora como minorante do homicídio. Art. 121, 1º 16 CP. A diferença é que no 1º caso o agente se encontra sob influência de violenta emoção e no segundo sob domínio. 2) a embriaguez voluntária e culposa são classificadas como não acidentais. Na 1ª o agente se embriaga propositadamente e na segunda a embriaguez decorre de imprudência no consumo excessivo da substância. A justificativa da responsabilização nos dois casos repousa na teoria da actio libera in causa. I) ACTIO LIBERA IN CAUSA: esta teoria explica a punição da embriaguez não acidental. O agente será responsabilizado se ficar comprovado que ao se embriagar ele sabia da possibilidade de praticar o crime. No caso da embriaguez preordenada esta situação resta configurada porque o agente se embriaga para praticar o crime, evidenciando, na hipótese o dolo antecedente (é o único caso em que o dolo antecedente é admitido). Na embriaguez voluntária e culposa deve-se verificar se era previsível ao agente a possibilidade de praticar o crime, pois do contrário haveria responsabilidade penal objetiva. 8.2) POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE A) CONCEITO: é a possibilidade de o agente ter noção da contrariedade do fato ao Direito. B) IGNORANTIA LEGIS NENINEM EXCLUSAT : Nos termos do art. 3º 17 LINDB(DL 4657/42) e art CP. O desconhecimento da lei é inescusável, mas pode atuar como atenuante genérica. 15 Art Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) Embriaguez II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(redação dada pela Lei nº 7.209, de ) 16 Art 121. Matar alguem: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Caso de diminuição de pena 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 17 Art. 3 o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.

8 8 C) CAUSA DE EXCLUSÃO DA P.C.I ERRO DE PROIBIÇÃO (ART. 21 CP) C.1) ESPÉCIES DE ERRO DE PROIBIÇÃO: C.1.1) DIRETO: ocorre quando o agente desconhece a norma proibitiva ou a conhece, mas a interpreta mal. - CONSEQUÊNCIAS QUANTO À EVITABILIDADE DO ERRO: ERRO INEVITÁVEL, INVENCÍVEL: é aquele que incidiria qualquer pessoa de bom senso, ou seja, de prudência razoável. Por isso, é escusável, excluindo-se a P.C.I. ERRO EVITÁVEL/ VENCÍVEL: é o que o agente não incidiria se tivesse adotado a cautela que lhe é possível. Por esta razão não exclui a P.C.I/Culpabilidade, mas reduz a pena (art. 21, in fine, parte final, CP). É, portanto, inescusável. - CRITÉRIOS DE AFERIÇÃO DA (IN)EVITABILIDADE: para verificar se o sujeito poderia evitar o erro o juiz compara a sua conduta à de um homem de razoável ponderação. Além disso, o magistrado avalia no caso concreto a possibilidade e capacidade de compreensão do agente levando em consideração as suas condições pessoais (idade, grau de escolaridade, estado de saúde, etc). Este critério é chamado de valoração paralela na esfera do PROFANO OU DO LEIGO. C.1.2) INDIRETO: ocorre nas descriminantes putativas por erro de proibição. Configura-se em duas hipóteses: 1) Quando o agente sabe que o fato é criminoso, mas supõe que está ao abrigo de uma excludente de ilicitude não reconhecida pelo ordenamento jurídico. Ex: eutanásia. 2) Quando o agente se engana sobre os limites de uma excludente de ilicitude reconhecida pelo ordenamento jurídico. C.1.2.1) FORMAS OU ESPÉCIES: - ERRO DE PROIBIÇÃO MANDAMENTAL: ocorre nos crimes omissivos. Nos omissivos puros ou próprios configura-se quando o agente que não tenha condição de garantidor deixa de prestar socorro por acreditar que não tem este dever ou que esta obrigação pertence à outra pessoa, como por exemplo, o médico. Nos omissivos impróprios ou impuros ocorre quando o agente que é garantidor acredita que diante de uma situação de risco fica desobrigado de agir. 18 Art O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de ) Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de )

9 9 - ERRO DE EFICÁCIA OU VIGÊNCIA: ocorre quando o agente ainda não teve tempo de conhecer a norma ou entende que ela contraria outra de índole superior. - ERRO DE SUBSUNÇÃO: ocorre quando o agente acredita que a sua conduta não se encaixa ao tipo legal embora o conheça. - ERRO DE PUNIBILIDADE: o agente supõe que não há responsabilização criminal para sua conduta ou que se operou a extinção da punibilidade.

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