Santander Asset Management
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- Matheus Gabeira
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1 Dezembro 2010 Santander Asset Management Brasil - Relatório Econômico e Estratégico Resumido Indicadores nov 2010 Ibovespa médio ,76% no mês -0,42% no ano IBX médio % no mês +0,18% no ano S&P ,55-0,23% no mês +5,87% no ano CDI +0,81% no mês +8,78% no ano Dólar = $ 1, ,86% no mês -1,44% no ano Índice Projeções, 1 Ecoeconomia, 2 Cenário externo, 3 Cenário Doméstico, 3 Renda Fixa e Renda Variável, 5 Disclaimer na última página Projeções Eduardo Castro Indicadores macroeconômicos (*) Projeções Alexandre Ludolf Cal Constantino Danilo Vitti Fábio Landi José Malavasi Ricardo Rossi Gestão Renda Fixa Alexandre Silvério André Rocha Eduardo Calier Gustavo Maziero Guilherme Bretas Pedro Villani Renato Santaniello Sidney Uejima Gestão Renda Variável & Multimercados Pedro Villani Eugênia Buosi Investimentos Socialmente Responsáveis Hugo Penteado Ricardo Denadai Economia e Estratégia Última atualização 13/12/ BRASIL PIB crescimento real (%) 3,9 6,1 5,2 (0,7) 7,7 4,7 Inflação (IPCA/IBGE) (%) 3,1 4,5 5,9 4,3 5,9 5,5 Inflação (IGPM /FGV) (%) 3,8 7,7 9,8 (1,7) 11,3 5,5 Taxa de câmbio média (R$/US$) 2,18 1,95 1,84 1,99 1,75 1,74 Taxa de câmbio final (R$/US$) 2,14 1,77 2,34 1,74 1,70 1,80 Saldo em conta corrente (US$ bi) 13,4 1,5 (28,2) (24,1) (48,8) (74,9) Saldo comercial (US$ bi) 46,2 40,0 24,9 25,4 16,0 4,8 Taxa de juro nominal final do ano (Selic) 13,25 11,25 13,75 8,75 10,75 12,25 Taxa de juro nominal média (CDI) 15,03 11,76 12,31 9,84 9,79 11,02 Taxa de juro real (deflacionado pelo IPCA) 11,5 7,0 6,1 5,3 3,7 5,2 Risco Brasil (spread acima dos treasuries) Dívida pública (% do PIB) 45,9 43,9 38,8 43,0 42,7 41,3 Resultado primário do setor público (% do PIB) (**) 3,2 3,4 3,5 2,1 3,0 2,5 (*) As áreas sombreadas são projeções. (**) Sem fundo soberano e PPI 1
2 Ecoeconomia Precisamos da Amazônia e todos os ecossistemas globais O fim da Amazônia é o fim do Brasil, é o fim dos brasileiros. Somos totalmente dependentes dela e dos ecossistemas para elementos vitais que sustentam a vida na Terra. Sem a Amazônia, eu não estaria vivo, respirando, escrevendo esse artigo agora. Os ecossistemas não estão aí para serem apenas transformados em atividades agrícolas e econômicas, mas para fornecer os elementos vitais de sustentação da vida. O modelo dos países ricos, se copiados para todos, irá causar a nossa extinção, a humanidade com essa atitude predatória em relação aos ecossistemas já provocou a maior extinção em massa da vida desse planeta dos últimos 65 milhões de anos. É muita ingenuidade achar que essa extinção não irá se voltar contra os causadores. Para atender seu modelo de consumo, os Estados Unidos utilizam de km 2, embora seu território tenha apenas de km 2 ; ou seja; 4,5% da população mundial faz uso de quase 50% do território da Terra de de km 2, de acordo com a Ecological FootPrint. A revista New Scientist perguntou quantas pessoas o planeta conseguiria sustentar no modelo de vida dos países ricos e a resposta foi apenas de pessoas. Os economistas não vêem restrição nem limites, suas teorias possuem erros históricos colossais, como o absurdo de pretender manter um sistema crescente (economia e pessoas) dentro de um sistema não crescente (a Terra). Não se reconhece a relação de dependência das nossas vidas e da economia em relação à natureza. Copiamos o modelo de produção e exportação de produtos para entregar nossa natureza de graça a países que já esgotaram as suas. Os economistas consideram a natureza um subsistema da economia e é justamente o inverso, é a economia que é um subsistema da natureza. O mito de separação entre a economia e o meio ambiente é tão forte, que os ministérios da agricultura, do meio ambiente, do desenvolvimento e da economia já estão separados e em conflito. As decisões diárias que tomamos definirão o futuro dos filhos do Brasil e é uma grande responsabilidade. É mais do que hora de um modelo novo inspirado por uma nova consciência. 2
3 Cenário Externo O ano de 2010 foi marcado por elevada volatilidade dos ativos em resposta as mudanças no cenário externo. Em janeiro, a queda do Ibovespa foi motivada pela expectativa de aperto de juros nos Estados Unidos e na China, e pelo prenúncio da crise de dívida na Europa. As altas em fevereiro e março foram explicadas pelo bom momento de crescimento da economia global. Abril, maio e junho apresentaram queda forte em função da crise de dívida na Europa, mas o anúncio de um mega pacote e o teste de estresse dos bancos europeus serviram para produzir uma recuperação dos preços em julho. Em agosto os mercados caíram porque houve importante revisão para baixo na expectativa de crescimento para os EUA em razão do fim do efeito dos estímulos fiscais e de dados ainda muito frágeis de emprego. Essa revisão trouxe de volta o medo de duplo mergulho, que foi afastado nos meses seguintes (setembro e outubro) com a perspectiva de que o FED voltaria a adotar novos estímulos através de uma segunda rodada do programa de recompra de títulos, o chamado afrouxamento quantitativo. Houve até uma maior complacência dos mercados com a crise na Europa, mesmo longe de estar resolvida. Entramos novembro com o anúncio efetivo da nova rodada de afrouxamento monetário nos EUA. O que não se esperava era que esta medida sofreria uma série de críticas, tanto internas como externas. Isto, somado a aceleração da inflação na China, o que ocasionou novas medidas restritivas, e ao surgimento da crise da Irlanda, segundo país a pedir ajuda, reduziu o apetite por risco, ocasionando importante realização do Ibovespa. Contudo, avaliamos que os sinais recentes são mais positivos, sobretudo porque foram renovados alguns estímulos fiscais nos EUA, o que elevou de modo significativo as projeções de crescimento para Mas as inúmeras incertezas relacionadas ao cenário internacional, com destaque para a crise da dívida dos periféricos, deverão continuar a dar sustos em Cenário Doméstico No Brasil, predominam as preocupações com a aceleração da inflação e com a definição da política econômica que será adotada pelo novo governo. O mercado de trabalho segue bastante apertado, com a taxa de desemprego registrando mínimas históricas a cada mês. Com emprego e renda em forte elevação e o crédito em expansão, a demanda doméstica segue trajetória de crescimento acelerado. A enorme liquidez internacional, reflexo do afrouxamento monetário dos EUA, deu continuidade ao processo de valorização das commodities, o que tem se traduzido em maior pressão inflacionária. A combinação de uma demanda que cresce a ritmo acelerado com valorização das commodities ocasionou expressiva elevação da inflação nos meses recentes. Para conter este aumento indesejado dos preços, o Banco Central anunciou medidas macroprudenciais no início de dezembro, com o intúito de reduzir o 3
4 ritmo das concessões de crédito. Além do mais, o BC sinalizou que está prestes a retomar o ciclo de alta da Selic no início de 2011, sobretudo para conter o processo de deterioração das expectativas de inflação. Avaliamos como cenário mais provável a elevação de 0,50 ponto percentual da Selic em janeiro, seguida por mais duas altas de mesma magnitude em março e abril, elevando a taxa dos atuais 10,75% para 12,25%. Além disso, avaliamos ser extremamente necessário um aperto fiscal significativo em 2011, como uma alternativa para auxiliar o BC a conter o excesso de demanda e evitar que as expectativas de inflação continuem se distanciando da meta de 4,5%. 4
5 Renda Fixa A principal razão da alta dos juros nos contratos mais curtos foi a alta de inflação e das expectativas, e nos longos foi a forte deterioração causada pela crise da Irlanda, com maior aversão ao risco e venda de títulos. O efeito das medidas do governo para deter apreciação cambial também apareceu, mas de forma temporária. A retomada da elevação da Selic é iminente e deverá acontecer em janeiro de O tamanho do ciclo de aperto dependerá muito dos anúncios de contenção de gastos do governo para o próximo ano. Quanto menor os cortes anunciados, maior terá de ser a alta da Selic para fazer com que a inflação venha a convergir para a meta de 4,5% nos próximos anos. A depreciação foi, em parte, causada pelas medidas de controle cambial do governo, mas na segunda metade do mês, com efeitos menores dessas medidas e com amenização da crise da Irlanda, de alguma forma, contribuíram para uma estabilização das taxas. De maneira geral, no mês, o real se desvalorizou notoriamente. Tendência de apreciação inequívoca, conforme sinais de mais afrouxamento monetário nos EUA, associados com um Banco Central Europeu mais ativo para conter a crise dos periféricos. Apesar da fraqueza dos países ricos e dos periféricos, economias emergentes seguem em boa forma, o que exerce pressão de apreciação de suas moedas. É elevada a probabilidade de novas medidas de controle cambial. Renda Variável A bolsa sofreu com as perdas das teses que a sustentaram ao longo de setembro e outubro, que registraram um bimestre de forte alta, sendo revertida logo no início do mês. Esta foi uma surpresa negativa que mudou a perspectiva da bolsa inesperadamente, mesmo depois de uma rodada de notícias econômicas positivas e afrouxamento dos EUA. É provável que a bolsa volte para a sua tendência de alta após a crise da Irlanda, porque o resto do cenário permaneceu intocado e a crise dos periféricos poderá sair temporariamente de cena. As informações contidas neste documento são publicadas apenas para auxiliar os usuários, podem não ser adequadas aos objetivos de investimentos específicos, situação financeira ou necessidades individuais dos receptores e não devem ser considerados em substituição a um julgamento próprio e independente do investidor. Por ter sido baseado em informações tidas como confiáveis e de boa fé, não há nenhuma garantia de serem precisas, completas, imparciais ou corretas. As opiniões, projeções, suposições, estimativas, avaliações e eventuais preço(s) alvo(s) contidos no presente material referem-se a data indicada e estão sujeitos a alterações a qualquer tempo sem aviso prévio. Este documento não é, e não deve ser interpretado como, uma oferta de venda ou solicitação de uma oferta de compra de qualquer título ou valor mobiliário. Nem o Santander e nem qualquer sociedade por ele controlada ou a ele coligada podem estar sujeitos a qualquer dano direto, indireto, especial, secundário, significativo, punitivo ou exemplar, incluindo prejuízos provenientes de qualquer maneira, da informação contida neste material. Este material é para uso exclusivo de seus receptores e seu conteúdo não pode ser reproduzido, redistribuído publicado ou copiado de qualquer forma, integral ou parcialmente, sem a expressa autorização prévia do Santander. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos - FGC. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. Para avaliação de performance de fundos de investimentos é recomendada uma análise de 12 meses, no mínimo. É recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e regulamento do fundo de investimento pelo investidor antes de aplicar seus recursos. Este material foi elaborado em nome da Santander Brasil Asset Management, e de suas sociedades controlada no Brasil, para uso exclusivo no Mercado Brasileiro, sendo destinado a pessoas físicas e jurídicas residentes no País, e está sujeito à s regras e supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil. 5
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