IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS FATORES DE INFLUÊNCIA NO POTENCIAL DE ABRANGÊNCIA DA INOVAÇÃO DE PRODUTO NAS EMPRESAS

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1 UNIJUÍ Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DACEC Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação Curso de Administração Trabalho de Conclusão de Curso VALQUÍRIA MARCHEZAN COLATTO MARTINS Orientador: Dr. Dieter Rugard Siedenberg IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS FATORES DE INFLUÊNCIA NO POTENCIAL DE ABRANGÊNCIA DA INOVAÇÃO DE PRODUTO NAS EMPRESAS Trabalho de Conclusão de Curso Ijuí, RS, 2 semestre de

2 VALQUÍRIA MARCHEZAN COLATTO MARTINS Orientador: Dr. Dieter Rugard Siedenberg IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS FATORES DE INFLUÊNCIA NO POTENCIAL DE ABRANGÊNCIA DA INOVAÇÃO DE PRODUTO NAS EMPRESAS Trabalho de Conclusão de Curso Trabalho de Conclusão de Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNIJUÍ, como requisito parcial à conclusão de Curso e consequente obtenção de título de Bacharel em Administração. Ijuí, RS, 2 semestre de

3 UNIJUÍ Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DACEC Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação Curso de Administração A banca Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS FATORES DE INFLUÊNCIA NO POTENCIAL DE ABRANGÊNCIA DA INOVAÇÃO DE PRODUTO NAS EMPRESAS Elaborado por VALQUÍRIA MARCHEZAN COLATTO MARTINS Como requisito parcial à conclusão de Curso e consequente obtenção de título de Bacharel em Administração. Banca Examinadora Prof. Dr. Dieter Rugard Siedenberg (Orientador) DACEC/Unijuí Prof. Dr. Marcos Paulo Dhein Griebeler (Examinador) DACEC/Unijuí 3

4 DEDICATÓRIA Ao meu esposo Rogério Martins, por sempre estar ao meu lado em todos os momentos. Foi quem oportunizou as condições para que um dia esse sonho se concretizasse. Agradeço pelo seu amor, respeito, companheirismo e incentivo. É com imenso amor e carinho que dedicolhe este trabalho. 4

5 AGRADECIMENTOS Mais um objetivo de vida é alcançado, um momento acompanhado de muitos sentimentos, entre eles, a alegria, a ansiedade, a emoção e um sentimento de dever cumprido. Através deste trabalho, que é resultado de três anos de pesquisa científica, concretizo mais uma etapa da minha vida. Muitas experiências acumuladas e sem dúvida muito conhecimento que pretendo levar comigo para toda vida, não somente conhecimento acadêmico, mas também as experiências que resultam da convivência e interação com outras pessoas. Quero agradecer a todas aquelas pessoas que sempre estiveram ao meu lado e aquelas que de alguma forma tive o privilégio de compartilhar sua companhia, além das experiências e do conhecimento. São a todas essas pessoas que gostaria de agradecer e reconhecer a importância que tiveram ao longo desta caminhada. Em primeiro lugar quero agradecer a Deus, pela dádiva da vida, por guiar meu caminho e me conduzir pela vida. A ele minha eterna gratidão. Em especial ao meu esposo Rogério, minha alma gêmea, a quem agradeço pela atenção e amor dedicados a mim, ao longo desses dez anos que estamos juntos. Agradeço por cada palavra, cada incentivo e orientação ao longo dessa jornada e por nunca medir esforços para que eu pudesse chegar até aqui. Agradeço especialmente a minha família, a minha mãe Cleni e as minhas irmãs Andréia e Adriana, pela amizade verdadeira. Ao meu avô Alfredo e minha avó Ana (em memória) pela preocupação e cuidados dedicados a mim na infância e pelos seus ensinamentos que foram fundamentais para meu crescimento. Aos meus sogros Ari Berti e Maria Elena, que passaram a fazer parte da minha família, meu muito obrigada pelo carinho e respeito e aos demais familiares do Rogério que passaram a ser minha família também. Aos colegas e amigos que conheci durante o curso e que compartilhei momentos importantes na construção e compartilhamento do conhecimento. À Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, pela infraestrutura e qualidade oferecidos pelo curso de Administração. A todos os professores de Administração, que tive a honra de conhecer e aprender mais a cada dia, ao longo de toda a trajetória da graduação. E aos funcionários da instituição e do DACEC pela colaboração. 5

6 Ao meu orientador, Professor Doutor Dieter Rugard Siedenberg, que em 2012, quando ingressei como bolsista de IC, lançou-me o desafio de pesquisar a inovação nas indústrias da região. Agradeço imensamente pela oportunidade e pela disposição em me orientar ao longo desses anos. Ao examinador, Professor Doutor Marcos Paulo Dhein Griebeler, que ao longo da realização dessa pesquisa, disponibilizou o contato das empresas atendidas pelo PEPI e quem também sempre se mostrou disposto a ajudar, indicando os livros e também emprestando os seus. As trinta e oito empresas, da região Noroeste do RS, que aceitaram participar da pesquisa e responder ao questionário de coleta dos dados. Muito obrigada por disponibilizarem as informações necessárias ao desenvolvimento desse trabalho. A todos, muito obrigada! 6

7 IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS FATORES DE INFLUÊNCIA NO POTENCIAL DE ABRANGÊNCIA DA INOVAÇÃO DE PRODUTO NAS EMPRESAS¹ Valquíria Marchezan Colatto Martins² Dieter Rugard Siedenberg³ ¹ Trabalho de Conclusão de Curso em Administração da Unijuí. ² Acadêmica do Curso de Administração da Unijuí, ³ Docente no Mestrado em Desenvolvimento da Unijuí, Orientador, Introdução O cenário atual é caracterizado por um mercado amplamente globalizado, que traz às organizações de todos os níveis e países desafios e incertezas. Neste cenário cada vez mais consolidado a inovação é considerada um fator essencial para que as empresas não apenas garantam sua permanência no mercado, mas, conquistem vantagens competitivas. Conforme o Manual de Oslo (OCDE, 2004), todas as inovações devem conter algum grau de novidade, sendo três os conceitos para a novidade das inovações: nova para a empresa, nova para o mercado, e nova para o mundo. Quanto ao grau de novidade ou abrangência da inovação, como alguns atores a chamam, Carvalho, Reis e Cavalcante (2011), salientam que, dependendo de suas características, a organização pode optar por ser seguidora da inovação (inovando para a empresa e, algumas vezes, para o mercado) ou ser pioneira (inovando para o mercado e/ou para o mundo). Tendo em vista a importância da inovação para que as organizações possam conquistar vantagem competitiva, inovar não é mais apenas uma questão de escolha, pois aquelas que não incorporarem a inovação em seus produtos e processos provavelmente tendem a desaparecer do mercado. Como a abrangência da inovação pode ser para a empresa, para o mercado ou para o mundo, este estudo tem como objetivo identificar quais os principais fatores que influenciam no potencial de abrangência da inovação de produto nas empresas da região noroeste do RS. 7

8 Metodologia Em relação aos procedimentos metodológicos da pesquisa, quanto a natureza a pesquisa se classifica como aplicada, quanto a abordagem classifica-se como quali-quantitativa, relacionado aos objetivos é classificada como exploratória, descritiva e explicativa. E quanto aos procedimentos técnicos é classificada como bibliográfica, documental e de campo. O tipo de entrevista utilizada durante a pesquisa de campo classifica-se como entrevista estruturada, pois seguiu-se um roteiro previamente estabelecido e as perguntas eram pré-determinadas. Para a pesquisa de campo foi elaborado um questionário usando como principal referência a 3ª edição do Manual de Oslo, criado pela OCDE. O principal critério utilizado para a definição do universo amostral foi identificar empresas que lançaram alguma inovação de produto no período de 2010 a Podese dizer que o estudo utilizou uma amostra não probabilística, selecionada pelo critério de intencionalidade. Os sujeitos da pesquisa compreendem um grupo de 38 microempresas e empresas de pequeno porte, que têm como principal atividade econômica a Indústria. As empresas estão localizadas na região noroeste do RS e atuam nos setores: Metal-mecânico, Têxtil, Fabricação de Móveis, Fabricação de Alimentos e Artefatos de Cimento. Para a análise dos resultados, os dados estão agrupados em duas categorias da abrangência da inovação, de forma a permitir a análise dos fatores que influenciam no potencial de inovação de produto, sendo elas: Seguidoras: composto por 18 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para empresa, mas já existente no mercado. Pioneiras: composto por 20 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para o mercado. Em cada categoria da abrangência da inovação de produto (seguidora e pioneira) foram identificados os fatores de influência, extraindo-se a moda de cada classe e assim, identificando qual a classe que possui a maior participação percentual de empresas, em cada categoria de abrangência. Resultados e discussão Levando em consideração a abrangência da inovação de produto nas 38 empresas analisadas, 47,4% (ou 18) apresentaram inovação considerada nova somente para a empresa e 52,6% (ou 20) apresentaram inovação considerada nova para o mercado. 8

9 No fator Responsáveis pelo desenvolvimento das inovações, na categoria seguidoras destacou-se a classe Funcionários e na categoria pioneiras a classe que se destacou foi um setor da empresa. No fator Principal origem das ideias de inovação, nas seguidoras a classe de destaque foi sugestão dos funcionários e nas pioneiras se destacou a classe iniciativa própria. Com base nessa última análise, pode-se inferir que a empresa que tem como objetivo se tornar pioneira, precisa ter iniciativa própria, buscando uma atitude mais proativa, prevendo as mudanças antes que aconteçam, antecipando-se, enfim, estando sempre à frente da concorrência. Em relação ao fator Fontes de apoio financeiro as atividades de inovação, nas seguidoras a classe de maior destaque foi o BNDES, com base no resultado, as empresas que não inovadoras, ou que inovam somente para a empresa, além de utilizar seus próprios recursos, uma fonte externa importante como apoio financeiro nas atividades de inovação seria o BNDES. Na categoria das pioneiras a classe de destaque foi a FINEP. Ainda, em relação a fontes de apoio externas, no fator Fontes de apoio gerencial, nas seguidoras o destaque foi para a Universidade. Nas pioneiras se destacou o Sebrae. As fontes de apoio gerencial foram apontadas por 26 empresas, considerando que esse grupo é representado por um total de 20, 6 delas, teriam utilizado tanto a Universidade como o SEBRAE, como fonte de apoio gerencial, no período analisado. O fator Motivações para a busca de apoio externo, nas seguidoras a classe de maior destaque foi a troca de conhecimento e tecnologia e nas pioneiras o destaque foi para a classe adequação a normas e regulamentos. Com base no resultado do fator motivação, na categoria pioneiras, pode-se inferir que para aquelas empresas que têm a intenção de tornarem-se pioneiras na inovação, é fundamental a motivação em adequar seus processos, melhorar a gestão e também analisar o ambiente externo, buscando novas parcerias como fontes de informação e ideias de inovação. A análise da Propriedade Industrial foi separada em registro de marca e patente, quanto ao fator Registro de Marca, este não apresentou influência no potencial de abrangência da inovação de produto das seguidoras, porém na categoria pioneiras, o registro de marca foi identificado como um fator de influência no potencial de inovação dessas empresas apresentando percentual de 63,2%. 9

10 O fator Registro de Patente, nas seguidoras, também não é considerado um fator de influência no potencial de inovação dessa categoria, ao passo que na categoria das pioneiras o registro de patente se torna um fator de influência com percentual de 75%. No fator Tomada de decisão, na categoria seguidoras, a classe que apresentou maior participação em percentual de empresas foi a classe proprietários com participação dos funcionários e nas pioneiras foi a classe somente proprietários. No fator Idade das empresas, na categoria seguidoras, o maior percentual foi para a classe de 1 a 10 anos e nas pioneiras o maior percentual foi para a classe acima de 30 anos. Com base no fator Pesquisa e desenvolvimento (P&D), na categoria das seguidoras esse fator não apresentou influência no potencial de inovação, enquanto que na categoria das pioneiras, a P&D foi identificada como um fator de influência com percentual de 80%. Conclusões Os resultados do estudo demonstraram que existem muitas diferenças nos fatores de influência no potencial de inovação de uma categoria para outra. Ao passo que a responsabilidade pelo desenvolvimento e a principal origem das ideias de inovação, nas seguidoras os funcionários se mostraram presentes nesses dois fatores, nas pioneiras, esses fatores apresentaram participação de um setor da empresa e iniciativa própria. Nas pioneiras foi identificado uma atitude mais proativa, comportamento que explica essas empresas serem inovadoras para o mercado. Analisando o perfil das duas categorias, também foram encontradas diferenças, pois, ao passo que as seguidoras apresentaram a classe microempresa com maior percentual de participação, nas pioneiras, a classe foi pequena empresa. Sendo, portanto, importante para a inovação de mercado que a empresa apresente um porte maior, da mesma forma, quanto ao fator idade, as seguidoras apresentaram a classe de 1 a 10 anos, já as pioneiras apresentaram a classe acima de 30 anos, o que demonstra a complexidade da inovação para o mercado que exige maior maturidade das empresas. Conclui-se com este estudo, que para as empresas se tornarem pioneiras (inovação para o mercado), precisam criar um ambiente favorável ao surgimento dessa abrangência da inovação, evidenciou-se que a estrutura necessária, que permite o surgimento dessa inovação, é diferente da estrutura apresentada nas empresas consideradas seguidoras. 10

11 Palavras-Chave: Inovação de produto; Abrangência da inovação; Seguidoras; Pioneiras. Referências Bibliográficas CARVALHO, Hélio Gomes de; REIS, Dálcio Roberto dos; CAVALCANTE, Márcia Beatriz. Gestão da inovação. Curitiba: Aymará, (Série UTFinova). ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (OCDE). Manual de Oslo: Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica. Tradução: Financiadora de Estudos e Projetos FINEP. 3. ed. [S.I.]

12 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Abrangência da inovação Figura 2 - Grau de participação no processo decisório Figura 3 - Os três níveis hierárquicos da organização Figura 4 - Modelo empírico da pesquisa Figura 5 - Variáveis explicativas e valor médio dos grupos analisados Figura 6 - Modelo conceitual Figura 7 - Fatores analisados Figura 8 - Idade das empresas Figura 9 - Número de funcionários Figura 10 - Porte das empresas Figura 11 - Desenvolvimento das inovações Figura 12 - Principal origem das ideias Figura 13 - Processo de tomada de decisão Figura 14 - Investimento médio Figura 15 - Percentual que o investimento representa do faturamento Figura 16 - Fontes de apoio financeiro Figura 17 - Fontes de apoio gerencial Figura 18 - Motivações na busca de apoio externo Figura 19 - Capacitação profissional Figura 20 - Frequência da capacitação profissional Figura 21 - Pesquisa e desenvolvimento (P&D) Figura 22 - Propriedade Industrial Figura 23 - Formação que predomina nos três níveis hierárquicos Figura 24 - Remuneração média nos três níveis hierárquicos

13 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Fatores que induziram a implantação da inovação tecnológica Gráfico 2 - Abrangência da inovação de produto Gráfico 3 - Responsáveis pelo desenvolvimento das inovações nas seguidoras Gráfico 4 - Responsáveis pelo desenvolvimento das inovações nas pioneiras Gráfico 5 - Principal origem das ideias de inovação nas seguidoras Gráfico 6 - Principal origem das ideias de inovação nas pioneiras Gráfico 7 - Investimento médio em atividades de inovação nas seguidoras Gráfico 8 - Investimento médio em atividades de inovação nas pioneiras Gráfico 9 - Percentual que o investimento médio representa do faturamento anual nas seguidoras Gráfico 10 - Percentual que o investimento médio representa do faturamento anual nas pioneiras Gráfico 11 - Fontes de apoio financeiro às atividades de inovação nas seguidoras Gráfico 12 - Fontes de apoio financeiro às atividades de inovação nas pioneiras Gráfico 13 - Fontes de apoio gerencial às atividades de inovação nas seguidoras Gráfico 14 - Fontes de apoio gerencial às atividades de inovação nas pioneiras Gráfico 15 - Motivações para a busca de apoio externo nas seguidoras Gráfico 16 - Motivações para a busca de apoio externo nas pioneiras Gráfico 17 - Registro de Marca nas seguidoras Gráfico 18 - Registro de Marca nas pioneiras Gráfico 19 - Registro de Patente nas seguidoras Gráfico 20 - Registro de Patente nas pioneiras Gráfico 21 - Tomada de decisão nas seguidoras Gráfico 22 - Tomada de decisão nas pioneiras Gráfico 23 - Capacitação profissional nas seguidoras Gráfico 24 - Capacitação profissional nas pioneiras Gráfico 25 - Frequência da capacitação nas seguidoras

14 Gráfico 26 - Frequência da capacitação nas pioneiras Gráfico 27 - Porte das seguidoras Gráfico 28 - Porte das pioneiras Gráfico 29 - Número de funcionários das seguidoras Gráfico 30 - Número de funcionários das pioneiras Gráfico 31 - Idade das seguidoras Gráfico 32 - Idade das pioneiras Gráfico 33 - P&D nas seguidoras Gráfico 34 - P&D nas pioneiras Gráfico 35 - Formação predominante no nível estratégico das seguidoras Gráfico 36 - Formação predominante no nível estratégico das pioneiras Gráfico 37 - Formação predominante no nível tático das seguidoras Gráfico 38 - Formação predominante no nível tático das pioneiras Gráfico 39 - Formação predominante no nível operacional das seguidoras Gráfico 40 - Formação predominante no nível operacional das pioneiras Gráfico 41 - Remuneração média adotada no nível estratégico nas seguidoras Gráfico 42 - Remuneração média adotada no nível estratégico nas pioneiras Gráfico 43 - Remuneração média adotada no nível tático nas seguidoras Gráfico 44 - Remuneração média adotada no nível tático nas pioneiras Gráfico 45 - Remuneração média adotada no nível operacional seguidoras Gráfico 46 - Remuneração média adotada no nível operacional nas pioneiras

15 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Evolução na taxa de inovação no Brasil Tabela 2 - Taxa de inovação de produto e de processo Tabela 3 Classificação das indústrias quanto ao porte Tabela 4 Taxa da inovação mundial Tabela 5 - Perfil dos sujeitos da pesquisa Tabela 6 - Análise dos dados por coluna LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social FAPERGS Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul FIERGS - Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul FINEP Financiadora de Estudos e Projetos GEPITE Grupo de Estudos sobre Produção, Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo da Unijuí GTI Gestão da Tecnologia e Inovação IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INPI Instituto Nacional de Propriedade Industrial MCT Ministério da Ciência e Tecnologia MPMEs - Micro, pequenas e médias empresas OCDE Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico PINTEC - Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 15

16 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO APRESENTAÇÃO DO TEMA QUESTÃO DO ESTUDO OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos específicos JUSTIFICATIVA REFERENCIAL TEÓRICO CONCEITOS DE INOVAÇÃO Intensidade da inovação Abrangência da inovação Inovação de produto Gestão da Inovação Fontes de apoio à inovação Inovação na pequena empresa Cultura de inovação EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE DESENVOLVIMENTO LOCAL Inovação localizada PROPRIEDADE INTELECTUAL PESQUISA E DESENVOLVIMENTO ERA DO CONHECIMENTO Capital humano Capacitação do capital humano TOMADA DE DECISÃO Níveis decisórios O tomador de decisões NÍVEIS HIERÁRQUICOS DAS ORGANIZAÇÕES TRABALHOS RELACIONADOS ANÁLISE DOS FATORES DE INFLUÊNCIA NA PROPENSÃO À INOVAÇÃO DA INDÚSTRIA PAULISTA

17 3.2 FATORES INDUTORES À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA MADEIREIRA DA REGIÃO DE LAGES/SC RELAÇÃO ENTRE INOVAÇÃO, CAPACIDADE INOVADORA E DESEMPENHO: O CASO DAS EMPRESAS DA REGIÃO DA BEIRA INTERIOR 59 4 METODOLOGIA CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Quanto a natureza Quanto a abordagem Quanto aos objetivos Quanto aos procedimentos técnicos UNIVERSO AMOSTRAL SUJEITOS DA PESQUISA PLANO DE COLETA DE DADOS Questionário Tipo de entrevista PLANO DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS RESULTADOS ABRANGÊNCIA DA INOVAÇÃO DE PRODUTO RESPONSÁVEIS PELO DESENVOLVIMENTO DAS INOVAÇÕES PRINCIPAL ORIGEM DAS IDEIAS DE INOVAÇÃO INVESTIMENTO MÉDIO EM ATIVIDADES DE INOVAÇÃO PERCENTUAL QUE O INVESTIMENTO MÉDIO REPRESENTA DO FATURAMENTO ANUAL FONTES DE APOIO FINANCEIRO ÀS ATIVIDADES DE INOVAÇÃO FONTES DE APOIO GERENCIAL ÀS ATIVIDADES DE INOVAÇÃO MOTIVAÇÕES PARA A BUSCA DE APOIO EXTERNO REGISTRO DE MARCA REGISTRO DE PATENTE TOMADA DE DECISÃO CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL FREQUÊNCIA DA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL PORTE DAS EMPRESAS NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS IDADE DAS EMPRESAS

18 5.17 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO FORMAÇÃO QUE PREDOMINA NOS TRÊS NÍVEIS HIERÁRQUICOS Nível Estratégico Nível Tático Nível Operacional REMUNERAÇÃO MÉDIA ADOTADA NOS TRÊS NÍVEIS HIERÁRQUICOS Nível Estratégico Nível Tático Nível Operacional CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICE

19 INTRODUÇÃO O contexto socioeconômico atual, caracterizado por um mercado amplamente globalizado, traz às organizações de todos os níveis e países desafios e incertezas. Neste cenário cada vez mais consolidado a inovação é considerada um fator essencial para que as empresas não apenas garantam sua permanência no mercado, mas, conquistem vantagens competitivas. Para tanto, é preciso existir uma cultura interna voltada à inovação, capacitando às pessoas, disponibilizando espaço para a criatividade e desenvolvimento de inovações, tornando a inovação não apenas um ato isolado, mas sim uma atividade sistêmica e contínua. Para que a inovação realmente se torne sistêmica, é fundamental o seu gerenciamento, a gestão da inovação deve ser um processo que envolva todos os recursos disponíveis na organização, ou seja, as pessoas, os materiais, a tecnologia disponível e os recursos financeiros precisam ser mobilizados para que a inovação seja uma atividade constante. As informações, os recursos humanos e a tecnologia são elementos fundamentais para que a gestão de uma empresa consiga direcionar seus esforços conjuntamente com os seus colaboradores no sentido de alcançar os objetivos estabelecidos. (MANÃS, 2001, p.159) Outro fator importante para que a inovação aconteça é a existência de um ambiente favorável, com agentes capazes de apoiar e proporcionar o financiamento das atividades inovativas, considerando, sobretudo, que a inovação pode contribuir para o desenvolvimento socioeconômico local e/ou regional. Conforme preconiza a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2004) no Manual de Oslo, o processo de globalização pode ser visto como uma força poderosa para a inovação. A competição internacional força as empresas a aumentar sua eficiência e desenvolver novos produtos. A globalização pode também mudar a estrutura industrial das economias, impelindo-as a desenvolver novas indústrias e a adaptar suas estruturas institucionais. A inserção das empresas, tanto no mercado local quanto no mercado mundial está exigindo, cada vez mais, a qualificação da produção, dos processos, dos produtos e da gerência. Empregos, salários, impostos, qualidade de vida, entre inúmeros outros fatores, dependem, em grande escala, dessa capacidade gerencial e operacional de inserção no mundo globalizado. 19

20 Assim, evidencia-se a necessidade de maior compreensão do processo de inovação nas organizações e a identificação dos principais fatores que podem realmente influenciar no potencial inovador das empresas, pois ao identificá-los, será possível direcionar as ações de modo a buscar desenvolver a capacidade de inovação nas empresas. Neste trabalho é apresentada a contextualização do estudo na qual constam a apresentação do tema, a formulação da questão de estudo, a definição dos objetivos geral e específicos e a justificativa para realização da pesquisa. Na sequência consta o referencial teórico com conceitos dos principais autores que darão sustentação ao tema, seguido da listagem das referências consultadas. Posteriormente, tem-se a relação dos trabalhos que estão relacionados com o tema do estudo, seguido do capítulo da metodologia e após é apresentado o capítulo dos resultados. Por fim, consta as referências e apêndice. 20

21 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO A contextualização do estudo refere-se à apresentação do tema, a formulação da questão de estudo, bem como os objetivos e a justificativa. 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA A inovação, conforme conceito criado por Drucker (2001), pode ser a descoberta de novos usos para velhos produtos e acima de tudo ela não é uma invenção e não pode ser considerada uma função isolada, ficando confinada à engenharia ou à pesquisa, mas sim alcançar todas as partes da empresa, todas as funções, todas as atividades. Para o autor a inovação pode ainda ser definida como a tarefa que dota os recursos humanos e materiais de novas e maiores capacidades de produzir riquezas. No entendimento de Robbins e Decenzo (2004), inovação é o processo de tomar uma ideia criativa e torná-la um produto, serviço ou método de operação útil, e a organização inovadora é caracterizada pela habilidade de canalizar suas essências criativas para resultados úteis. Uma organização pode realizar vários tipos de mudanças em seus métodos de trabalho, seu uso de fatores de produção e os tipos de resultados que aumentam sua produtividade e seu desempenho comercial. O Manual de Oslo (OCDE, 2004), define quatro tipos de inovações que encerram um amplo conjunto de mudanças nas atividades das empresas: Inovação de produto: é a introdução de um bem ou serviço novo ou significativamente melhorado no que concerne a suas características ou uso previstos. Incluem-se melhoramentos significativos em especificações técnicas, componentes e materiais, softwares incorporados, facilidade de uso ou outras características funcionais. Inovação de processo: é a implementação de um método de produção ou distribuição novo ou significativamente melhorado. Incluem-se mudanças significativas em técnicas, equipamentos e/ou softwares. Inovação organizacional: é a implementação de um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização de seu local de trabalho ou em suas relações externas. Inovação de marketing: é a implementação de um novo método de marketing com mudanças significativas na concepção do produto ou em sua 21

22 embalagem, no posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação de preços. Ainda conforme o manual, todas as inovações devem conter algum grau de novidade, sendo três os conceitos para a novidade das inovações: nova para a empresa, nova para o mercado, e nova para o mundo. Nesta mesma linha Carvalho, Reis e Cavalcante (2011), afirmam que a abrangência da inovação pode ser para a empresa, para o mercado ou para o mundo: Para a empresa: são inovações limitadas ao ambiente interno, como desenvolver e implementar um produto já adotado por concorrentes, no qual na visão do empresário vale apena investir, nesse caso a inovação será para a própria empresa. Para o mercado: quando a empresa é a primeira a introduzir uma inovação em seu mercado, seja no âmbito regional ou setorial. Para o mundo: ocorre quando a empresa introduz pela primeira vez nos mercados nacionais e internacionais, neste caso são produtos de maior conteúdo tecnológico e que necessitam de atividades de P&D. Dependendo de suas características, a organização pode optar por ser seguidora da inovação (inovando para a empresa e, algumas vezes, para o mercado) ou ser pioneira (inovando para o mercado e/ou para o mundo). (CARVALHO, REIS e CAVALCANTE, 2011, p. 37). Segundo os autores também há a opção de fazer da inovação algo ocasional, esporádico e totalmente dependente de insights, ou ainda ser intencional, no caso de a inovação estar prevista na estratégia da organização. Muitas empresas só inovam quando há pressão de clientes ou por ameaça de perda imediata de mercado, estas são consideradas pelos autores, empresas tipicamente de atitude reativa, já outras optam por inovar pelo empreendedorismo em busca de diferenciação constante da concorrência, estas visam à liderança de mercado, sendo consideradas de atitude proativa. De acordo com o Manual de Oslo (OCDE, 2004), as empresas que são pioneiras (inovação para o mercado) na implementação de inovações podem ser consideradas condutoras do processo de inovação. As empresas tomam diversas iniciativas para melhorar o processo de produção e distribuição de seus produtos, dando assim, origem a inovação que gera lucro para a empresa e, como consequência, melhora a qualidade de vida da sociedade em geral. 22

23 No processo de inovação pode ocorrer que a mesma não seja iniciada por diversos fatores que se apresentam como um obstáculo ao seu desenvolvimento. Por mais que sejam empregados esforços para que uma inovação realmente aconteça, durante o seu processo de desenvolvimento ou até mesmo antes dessa etapa, a empresa pode decidir por não dar continuidade ao processo de inovação. As atividades de inovação podem ser obstruídas por diversos fatores. Pode haver razões para que não sejam iniciadas atividades de inovação e fatores que refreiam tais atividades ou as afetam negativamente. Incluem-se fatores econômicos, como custos elevados e deficiências de demanda, fatores específicos a uma empresa, como a carência de pessoal especializado ou de conhecimentos, e fatores legais, como regulações ou regras tributárias. (OCDE, 2004, p. 26). Como se pode notar a inovação exerce um importante papel para o desenvolvimento da sociedade, porém pode ser considerada complexa de ser incorporada nas empresas, pois existem diversos fatores que podem impedir que a inovação aconteça como também pode existir fatores que influenciam positivamente na inovação. Os fatores que influenciam no potencial de inovação, tornando as empresas mais inovadoras, podem estar presentes tanto no ambiente externo como no ambiente interno. Ao inovar a empresa busca o apoio de agentes externos, como também depende de seus recursos internos, tanto humano como financeiro, conforme relatado no Manual de Oslo: As atividades de inovação de uma empresa dependem parcialmente da variedade e da estrutura de suas relações com as fontes de informação, conhecimento, tecnologias, práticas e recursos humanos e financeiros. Cada interação conecta a firma inovadora com outros fatores do sistema de inovação: laboratórios governamentais, universidades, departamentos de políticas, reguladores, competidores, fornecedores e consumidores. (OCDE, 2004, p. 27) Para o referido Manual, a estrutura organizacional de uma empresa pode afetar a eficiência das atividades de inovação, sendo algumas mais apropriadas a determinados ambientes, um grau maior de integração organizacional pode melhorar a coordenação, o planejamento e a implementação de estratégias de inovação. Ainda, o manual afirma que uma forma de organização mais livre e flexível, que permite aos trabalhadores maior autonomia para tomar decisões e definir suas responsabilidades, pode ser mais efetiva na geração de inovações mais radicais. 23

24 A principal pesquisa realizada no Brasil sobre inovação nas empresas é a PINTEC 1 realizada pelo IBGE 2 que teve a primeira versão em 2000 e a última em Na Tabela 1, é possível visualizar a evolução das taxas de inovação na indústria brasileira desde a primeira pesquisa realizada. Tabela 1 - Evolução na taxa de inovação no Brasil. Fonte: Pesquisa Pintec Na tabela é possível perceber o baixo percentual de inovação na indústria brasileira, mesmo apresentando um leve aumento no período de 2000 a 2008, este percentual apresentou queda de 2,5% em 2011, comparado ao ano de Quando se trata do tipo de inovação implantada pelas empresas no período analisado, conforme a Tabela 2, em 2011 as indústrias apresentaram percentual de inovação de produto de 17,3% e de inovação de processo de 31,7%. Tabela 2 - Taxa de inovação de produto e de processo Fonte: Pesquisa Pintec Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica, que tem como principal objetivo levantar informações que visem a construção de indicadores nacionais e regionais das atividades de inovação nas empresas indústrias, de eletricidade e gás e de serviços selecionados, compatíveis com as recomendações internacionais em termos conceituais e metodológicos. 2 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 24

25 Com base nos dados da Pintec, percebe-se que as indústrias brasileiras praticam mais a inovação de processo que traz melhorias ao processo de produção, e apenas 17,3% praticam a inovação de produto que pode garantir maior vantagem competitiva as empresas. Tendo em vista a importância da inovação para que as organizações possam conquistar vantagem competitiva, inovar não é mais apenas uma questão de escolha, pois aquelas que não incorporarem a inovação em seus produtos e processos provavelmente tendem a desaparecer do mercado. Esta pesquisa é vinculada ao Projeto Produção, Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade: Estratégias e Ações de Pequenas e Médias Indústrias do Noroeste RS, do grupo GEPITE 3. O questionário para a pesquisa de campo foi desenvolvido em 2013 e aplicado em 2014, e utilizou como principal referência o Manual de Oslo em sua 3ª edição, criado pela OCDE 4, este manual tem o objetivo de orientar e padronizar conceitos, metodologias e construção de estatísticas e indicadores de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de países industrializados. Como a abrangência da inovação pode ser para a empresa, para o mercado ou para o mundo, esta pesquisa tem buscou identificar quais são os principais fatores de influência no potencial de abrangência da inovação de produto nas empresas. De acordo com a definição dos autores, Carvalho, Reis e Cavalcante, as empresas consideradas seguidoras são inovadoras para a empresa e, algumas vezes, para o mercado, e as empresas pioneiras são inovadoras para o mercado e/ou para o mundo. Neste estudo, aquelas que inovaram somente para empresa serão denominadas seguidoras e as empresas que inovaram para o mercado serão denominadas de pioneiras. Ao considerar as empresas que introduziram inovação de produto e qual sua abrangência, tem-se a classificação da inovação nova somente para a empresa ou nova para o mercado, assim foi possível identificar tanto nas empresas consideradas seguidoras como nas empresas pioneiras quais fatores influenciam no potencial de inovação de produto. Para a delimitação do universo da pesquisa, as empresas foram definidas com base na principal atividade econômica, optando-se pelas indústrias (que tem como finalidade transformar matéria-prima em produtos comercializáveis). Quanto a 3 Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Produção, Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo da Unijuí. 4 Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento. 25

26 localização, definiu-se os municípios que fazem parte do Corede Noroeste Colonial, do Rio Grande do Sul. E quanto ao porte das indústrias utilizou-se a classificação de acordo com o número de funcionários, conforme a Tabela 3, definida pelo IBGE. Tabela 3 Classificação das indústrias quanto ao porte. Fonte: IBGE. Com base na classificação do IBGE e de posse da informação do número de funcionários de cada uma das 40 indústrias que participaram da pesquisa, estas foram classificadas quanto ao porte, sendo: 31 microempresas e 9 de pequeno porte. O critério fundamental para delimitação do universo da pesquisa foi identificar, na região noroeste do Rio grande do Sul, (principalmente Ijuí e Panambi, onde há maior concentração de indústrias dessa região) as empresas que implantaram alguma inovação de produto no período de 2010 a 2012, portanto do total de 40 empresas, 2 informaram não ter inovado no período, sendo estas retiradas da análise, restando, portanto 38 que foram analisadas. Estas empresas atuam nos seguintes setores: Metal-mecânico, Têxtil, Fabricação de Móveis, Fabricação de Alimentos e Artefatos de Cimento. Através da coleta dos dados foi possível separar as empresas nos dois diferentes grupos de abrangência da inovação: Inovação somente para empresa (seguidora): composto por 18 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para empresa, mas já existente no mercado. Inovação para o mercado (pioneira): composto por 20 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para o mercado. O período definido para este estudo compreendeu os anos de 2010, 2011 e 2012, como forma de analisar as atividades voltadas à inovação em um determinado período, pois conforme o Manual de Oslo (OCDE, 2004), para assegurar a comparabilidade, as pesquisas devem especificar um período de observação para as questões sobre inovação, 26

27 o manual recomenda que a extensão do período de observação não exceda três anos e nem seja inferior a um ano. Nesta análise nenhuma empresa teria implantado produto considerado novo para o mundo, desta forma o estudo se concentra nos dois tipos mais presentes de abrangência da inovação: novo somente para empresa e novo para o mercado. Não fazendo parte desta análise a abrangência da inovação de produto novo para o mundo justamente por este tipo de abrangência não ser tão praticada pelas indústrias brasileiras, como mostra a Tabela 4, através dos dados da Pintec. Tabela 4 Taxa da inovação mundial Fonte: Pesquisa Pintec A abrangência da inovação de produto novo para o mundo foi implantada por apenas 0,7% das indústrias analisadas em 2008 e para 2011 houve um pequeno aumento, sendo esse percentual de 1,2%. Nota-se que não é muito comum as indústrias brasileiras introduzirem produtos que são considerados novos para o mundo, devido a maior complexidade e demanda tanto de investimentos como de estrutura necessária para o desenvolvimento de um produto que possa ser considerado novo para o mundo. É importante salientar que esta pesquisa, que vem sendo realizada desde 2012, teve como principal objetivo a elaboração de uma nova metodologia, com o propósito de identificar os principais fatores de influência no potencial de inovação de produto. O universo de empresas informado anteriormente foi definido apenas como forma de apresentar os principais resultados obtidos através dessa metodologia, pois assim, pretende-se propor uma nova metodologia que auxiliará ainda mais nos estudos sobre a inovação nas empresas brasileiras. A metodologia poderá ser aplicada em qualquer indústria do país, independente do porte, da localização ou setor de atuação, desde que a mesma tenha implantado alguma inovação de produto no período a ser analisado. 27

28 1.2 QUESTÃO DO ESTUDO Com base nos dados coletados durante a pesquisa que foi aplicada em 2014, a questão de estudo se configura em: Quais são os principais fatores de influência no potencial de abrangência da inovação de produto nas empresas da região noroeste do RS? 1.3 OBJETIVOS com eficácia. A definição dos objetivos é de extrema importância para se conduzir um estudo Os objetivos gerais são tratados em seu sentido mais amplo e constituem a ação que conduzirá ao tratamento da questão abordada no problema da pesquisa, fazendo menção ao objeto de uma forma mais direta, já em relação aos objetivos específicos são um detalhamento do objetivo geral, apresentando-se de forma pormenorizada, detalhada, as ações que se pretende alcançar e estabelecem estreita relação com as particularidades relativas à temática trabalhada. Fachin (2006) Objetivo Geral Este estudo teve como objetivo identificar quais os principais fatores que influenciam no potencial de abrangência da inovação de produto nas empresas da região noroeste do RS Objetivos específicos Através da análise do questionário desenvolvido pela pesquisa, o objetivo foi identificar, para cada uma das questões já aplicadas, qual a classe de cada fator que apresentou a maior moda (valor que ocorre com maior frequência em um conjunto de dados) em cada categoria da abrangência da inovação de produto, levando em conta os seguintes fatores: O principal responsável pelo desenvolvimento das inovações dentro das empresas; O investimento médio realizado em atividades de inovação (pesquisa, desenvolvimento e implantação de novos produtos e processos) e quanto em média este valor representa do faturamento anual; 28

29 As principais fontes de apoio financeiro e apoio gerencial utilizadas pelas empresas para as atividades de inovação; Os principais motivos que levaram as empresas a buscar o apoio externo para a inovação; A origem das ideias de desenvolvimento de novos produtos; Os percentuais de Propriedade Industrial (registro de marca e patente) das empresas; Como acontece o processo decisório e se existe o envolvimento ou não dos funcionários nas decisões; Se as empresas oferecem a capacitação profissional e com que frequência acontece; O perfil nos três níveis hierárquicos (estratégico, tático e operacional) em relação a formação e remuneração; 1.4 JUSTIFICATIVA A importância deste estudo está relacionada com os ganhos que a inovação pode proporcionar tanto para as organizações como para a sociedade em geral. Para as organizações a inovação proporciona lucratividade e vantagens competitivas que garantem a permanência no mercado, pois devido à globalização, as empresas se tornaram cada vez mais competitivas sendo forçadas a buscarem diferenciais que garantam a fidelização dos consumidores. A inovação também contribui para o desenvolvimento da sociedade melhorando a qualidade de vida das pessoas. Atualmente muitas organizações ainda apresentam resistência à mudança, impedindo-as de perceber a importância da inovação, pois existe uma cultura voltada somente para o curto prazo, ou seja, resolvendo os problemas conforme surgem e realizando as atividades necessárias no momento presente, sem referências estratégicos definidos e sem um planejamento de longo prazo, impossibilitando assim, que a inovação seja incorporada como estratégia. Para que as empresas conquistem seu espaço no mercado precisam ser competitivas e inovadoras, tornando a inovação não um ato isolado, mas sim uma atividade sistêmica e contínua, mobilizando todos os recursos disponíveis na organização. 29

30 Este estudo se torna relevante pelo fato de identificar as principais características que as empresas inovadoras têm, e que aquelas que não inovam devem ter. Permitindo que empresas não inovadoras possam identificar os fatores que não estão presentes em sua estrutura, mas que são fundamentais para se tornarem inovadoras. O Manual de Oslo argumenta a importância de se identificar quais são os fatores que permitem a inovação nas empresas: Além das atividades de inovação, vários outros fatores podem afetar a capacidade de absorção dos novos conhecimentos e tecnologias e a capacidade de inovação. Entre esses fatores destacam-se as bases de conhecimentos das empresas, as capacidades e a experiência acadêmica dos trabalhadores, a implementação de TICs, e a proximidade de instituições públicas de pesquisas e de regiões com alta densidade de empresas inovadoras. Identificar os principais fatores que permitem a inovação nas empresas bem como os fatores que aprimoram sua capacidade de inovação é de grande importância. (OCDE, 2004, p. 104) A pesquisa permite que empresas consideradas seguidoras (inovação para empresa) possam identificar quais são os fatores existentes nas pioneiras (inovação para o mercado) que possibilitam a introdução de inovações que sejam consideradas novidades no mercado, para que desta forma possam adquirir maior vantagem diante da concorrência. Para aquelas que já introduzem inovações para o mercado, este estudo traz a relação dos principais fatores que potencializam sua capacidade de inovação, podendo a empresa buscar desenvolver ainda mais aqueles fatores que proporcionam a inovação. 30

31 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo serão abordados os principais elementos e conceitos que dão sustentação teórica à pesquisa realizada, bem como ao tema objeto desse estudo. O referencial teórico tem início com a conceituação da inovação e outros fatores que abrangem o tema. Posteriormente apresenta-se as ideias de alguns autores relacionadas com temas como o empreendedorismo, o desenvolvimento local, a Era do conhecimento e o processo de tomada de decisão. Finalizando com a conceituação sobre os níveis hierárquicos das organizações. 2.1 CONCEITOS DE INOVAÇÃO O Manual de Oslo (OCDE, 2004), define a inovação como um processo dinâmico em que o conhecimento é acumulado por meio do aprendizado e da interação. E define como tipos de inovação, a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou ainda um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas. A inovação não é um processo linear, podendo haver importantes enlaces e retrocessos no sistema. (OCDE, 2004). No entendimento de Tidd, Bessant e Pavitt (2005), a inovação está associada à mudança. Desta forma, os autores dividem a inovação em quatro categorias, sendo elas: Inovação de produto: mudanças nas coisas (produtos/serviços) que uma empresa oferece; Inovação de processo: mudanças na forma em que os produtos/serviços são criados e entregues; Inovação de posição: mudanças no contexto em que produtos/serviços são introduzidos; Inovação de paradigma: mudanças nos modelos mentais subjacentes que orientam o que a empresa faz. Pode-se dizer que esta subdivisão de inovação proposta pelos referidos autores se ampara na concepção de um dos atores clássicos sobre o assunto, pois, para Schumpeter (1982), o impulso fundamental que põe e mantém em funcionamento a economia capitalista procede dos novos bens de consumo, dos novos métodos de 31

32 produção, dos novos mercados e ainda das novas formas de organização industrial criadas pelas empresas. A inovação é percebida pelo autor, como uma mola propulsora do desenvolvimento, além de diferencial competitivo organizacional. Drucker (2001), aborda a inovação intencional, que resulta do trabalho de análise árduo e sistemático. Segundo ele, a inovação intencional e sistemática começa com análise das oportunidades. Para o autor, os inovadores de sucesso examinam os dados e as pessoas e definem analiticamente como a inovação precisa ser para satisfazer uma oportunidade, e então saem e observam os clientes e usuários, para ver quais são suas expectativas, seus valores e necessidade. O que Peter Drucker deixa claro com essas afirmações é que, se as empresas almejam ser realmente inovadoras precisam estar atentas as necessidades do cliente e saber identificar uma oportunidade de inovação, para tanto deverão ir ao encontro dos clientes e buscar informações que transmitam os reais desejos e necessidades do seu público-alvo. O autor, afirma que para inovar é preciso ter talento, inventividade e predisposição. ''Mas isso não basta, a inovação requer o trabalho dedicado, organizado, objetivo, exigindo bastante diligência, persistência e compromisso. Se tudo isso faltar, o talento, a inventividade e o conhecimento, por maiores que sejam, serão inúteis'' (Drucker, 2001, p. 148) Intensidade da inovação Na visão de Siedenberg (2006), as inovações proporcionam vantagens competitivas quando melhoram a posição das organizações no mercado, em especial quando a concorrência não percebe as novas mudanças impostas pelo ambiente. Para o autor, quando a empresa possui a intenção de iniciar inovações, esse processo pode se apresentar de duas maneiras: incremental ou radical, ambas podem ser consideradas positivas, quando bem planejadas. Schumpeter (1988), traz a concepção de que o desenvolvimento econômico é conduzido pela inovação através de um processo dinâmico onde as novas tecnologias substituem as antigas, um processo denominado por ele de destruição criadora. As inovações radicais provocam rupturas mais intensas, enquanto inovações incrementais dão continuidade ao processo de mudança. 32

33 Barbieri (2004), acredita que as inovações se estendem numa linha contínua, onde num extremo se encontram as do tipo radical, que criam novas indústrias, e no outro as inovações incrementais ou melhorias que acrescentam novidade de pequena monta em produtos e processos conhecidos. Na mesma linha, Lemos (1999), afirma que a inovação radical se trata do desenvolvimento e introdução de um novo produto, processo ou forma de organização da produção inteiramente nova. Esse tipo de inovação pode representar uma ruptura estrutural com o padrão tecnológico anterior, originando novas indústrias. Já a inovação incremental é a introdução de qualquer tipo de melhoria em um produto, processo ou organização da produção dentro de uma empresa, sem alteração na estrutura industrial. Mattos e Guimarães (2005), apresentam uma definição de inovação radical e também de inovação incremental semelhante: Inovação radical: acontece quando são feitas grandes melhorias em um produto. Essas mudanças frequentemente fazem com que os princípios de funcionamento do produto ou dos processos de produção sejam alterados, envolvendo uma nova tecnologia que torna obsoleta a que era anteriormente empregada. Inovação incremental: acontece quando são feitas pequenas melhorias em um produto ou nos processos empregados na fabricação de um produto. Essas mudanças geralmente aperfeiçoam o desempenho funcional do produto, reduzem seus custos ou aumentam a eficiência e qualidade dos respectivos processos de produção. Os mesmos autores ainda introduzem um terceiro conceito: inovação fundamental. Esta ocorre quando o impacto da inovação for de tal natureza que possibilita o desenvolvimento de muitas outras inovações (MATTOS e GUIMARÃES, 2005, p. 23). Este tipo de inovação ocorre com muita frequência em áreas como a eletrônica e a informática. Neste mesmo sentido, Tidd, Bessant e Pavitt (2005, p. 31), acreditam que a mudança que envolve a inovação possui a dimensão do grau de novidade envolvido: Há diferentes graus de novidade desde melhorias incrementais menores até mudanças realmente radicais que transformam a forma como vemos ou usamos as coisas. Algumas vezes, essas mudanças são comuns em alguns setores ou atividades, mas às vezes são tão radicais e vão tão além que mudam a própria base da sociedade, como foi o caso do papel da energia a 33

34 vapor na Revolução Industrial ou das presentes mudanças resultantes das tecnologias de comunicação e informática Abrangência da inovação Em se tratando da abrangência da inovação, Marques Filho (2013), destaca que a inovação pode tomar os níveis mínimo, médio e máximo de novidade, conforme definidos pelo autor e representado na Figura 1: Nível mínimo: consiste de uma inovação que é novidade apenas para a empresa, acontece quando uma organização decide desenvolver um produto ou serviço que já existe em seus concorrentes. Nível médio: consiste em uma novidade para o mercado e acontece quando a organização introduz a inovação no mercado em uma esfera setorial, regional ou no seu país. Nível máximo: pode consistir em uma novidade para o mundo, alcançando seu nível máximo, acontece quando a empresa insere pela primeira vez um produto ou serviço a nível mundial. Figura 1 - Abrangência da inovação Fonte: adaptado de Marques Filho (2013, p. 124). O mesmo autor enfatiza que o risco de se introduzir inovações também varia de forma crescente de acordo com a abrangência, assumindo riscos com níveis mais baixos para as inovações para a empresa e evoluindo até riscos mais altos para inovações com abrangência mundial. Barbieri (2004), também comenta sobre a abrangência da inovação, podendo a mesma ser novidade somente para uma dada empresa ou uma novidade para o mercado: 34

35 Há inovações que trazem novidade para o mercado, enquanto outras o fazem apenas para uma dada empresa, no primeiro caso, trata-se de inovações pioneiras que introduzem soluções novas no sentido de que não eram conhecidas ou usadas em termos globais antes que a empresa inovadora as introduzisse. No segundo caso, a inovação refere-se à introdução de soluções que representam novidades apenas para uma dada empresa, pois elas já são conhecidas ou utilizadas por outras, nesse caso, a novidade é relativa à empresa que adota tais soluções. (BARBIERI, 2004, p. 48) Inovação de produto O Manual de Oslo (OCDE, 2004), define inovação de produto como a introdução de um bem ou serviço novo ou significativamente melhorado no que concerne a suas características ou usos previstos. Esses melhoramentos significativos podem ser: em especificações técnicas, componentes e materiais, softwares incorporados, facilidade de uso ou outras características funcionais. Para o Manual, as inovações de produto podem utilizar novos conhecimentos ou tecnologias, ou podem basear-se em novos usos ou combinações para conhecimentos ou tecnologias existentes. O termo produto abrange tanto bens como serviços e as inovações de produto incluem a introdução de novos bens e serviços, e melhoramentos significativos nas características funcionais ou de usos dos bens e serviços existentes. (OCDE, 2004). No entendimento de Castro (1999), as inovações de produto estão usualmente ligadas à busca de novos mercados e são importante fator de concorrência, especialmente nas indústrias que competem por diferenciação de produto, além de obviamente procurarem produtividade e redução de custos. Relacionado ao tempo de desenvolvimento de produto, Jones e George (2011), afirmam que este tem início com a concepção inicial de um produto e termina com sua introdução no mercado. Para os autores, muitos produtos novos fracassam quando chegam ao mercado porque não foram desenhados pensando-se nas necessidades do cliente Gestão da Inovação O processo ou gestão da inovação ocorre desde o surgimento de uma ideia, fazendo uso de tecnologias existentes, até criar o novo produto, processo ou serviço e colocá-lo em disponibilidade para o consumo ou uso. A utilização completa o processo, pela introdução da inovação na economia. 35

36 Mattos e Guimarães (2005), destacam que muitos modelos foram desenvolvidos para descrever o processo de inovação, sendo o modelo linear o mais ideal, que nem sempre é seguido na ordem e na forma completa. Conforme propõem os referidos autores este modelo prevê as seguintes etapas do ciclo de inovação: Pesquisa básica: se baseia em uma das ciências naturais e envolve estudos que ampliam a compreensão de como as leis de natureza regulam o funcionamento do universo; Pesquisa aplicada: aproxima a pesquisa de um novo produto comercial, buscando uma aplicação potencial para a pesquisa anterior; Geração de ideia: em algum momento do processo surge a ideia de um produto ou processo potencialmente comercializável como resultado da pesquisa; Desenvolvimento do produto: atividades que vão desde a ideia até o processo de fabricação e comercialização do produto; Entrada no mercado: nesta etapa a produção e comercialização do produto são efetivamente iniciadas. Lemos (1999), destaca que o processo de inovação se caracteriza por ser descontínuo e irregular, além de não obedecer a um padrão linear, contínuo e regular, as inovações possuem um considerável grau de incerteza. Além de considerar o fato de que uma empresa não inova sozinha, pois as fontes de informações, conhecimentos e inovação podem se localizar tanto no ambiente interno, como em seu ambiente externo. O processo de inovação é, portanto, um processo interativo, realizado com a contribuição de variados agentes econômicos e sociais que possuem diferentes tipos de informações e conhecimentos. Essa inovação se dá em vários níveis, entre diversos departamentos de uma mesma empresa, entre empresas distintas e com outras organizações, como aquelas de ensino e pesquisa. (LEMOS, 1999, p.127) Pode-se considerar que a inovação se expressa através de produtos, processos e serviços novos. Dessa forma, as empresas tomam diversas iniciativas para melhorar o processo de produção e distribuição de seus produtos, dando assim, origem a inovação que gera lucros para a empresa e, como consequência, melhora a qualidade de vida da sociedade em geral. Nos processos de inovação pode ocorrer que a mesma não seja iniciada por diversos fatores que podem se apresentar como um obstáculo ao seu desenvolvimento. 36

37 Por mais que sejam empregados esforços para que uma inovação realmente aconteça, durante o seu processo de desenvolvimento ou até mesmo antes dessa etapa, a empresa pode decidir por não dar continuidade ao processo de inovação. Quando o desenvolvimento e a implantação da inovação acontecem efetivamente, surge a análise dos impactos dessa inovação sobre as atividades da empresa. Esses impactos podem ser sobre as vendas ou até mesmo sobre a aquisição do conhecimento. Os impactos das inovações no desempenho de uma empresa variam de efeitos sobre as vendas e sobre a fatia de mercado detida a mudanças na produtividade e na eficiência. São impactos importantes no âmbito industrial e nacional as mudanças na competitividade internacional e na produtividade total dos fatores, os transbordamentos de conhecimento a partir de inovações na esfera da firma, e o aumento na quantidade de conhecimentos que circulam através das redes de comunicação. (OCDE, 2004, p. 27). No entendimento de Manãs (2001), uma empresa atua em um contexto, impulsionado por pressões que são resultantes de uma série de componentes, os quais vistos como agentes possuem o poder de influência, que determinam o acerto ou o erro de direcionamento dessa organização junto ao ambiente em que se insere. Toda influência é propiciada por fatores de características distintas que colocados pelos agentes impulsionam ou desencadeiam um jogo de transformações que não tem volta. (MANÃS, 2001, p. 159). Segundo o autor as empresas devem estar preocupadas em acompanhar esses movimentos e o fazem antecipando-se no conhecimento desses fatores, desta forma as empresas passam a conhecer o mercado, a concorrência, os anseios da clientela e, sobretudo os seus pontos mais fortes e também seus pontos fracos, para conseguirem manterem-se competitivas. Para Manãs (2001), a Gestão da Inovação e Tecnologia possui entre suas atividades básicas algumas relacionadas com a compra e venda de inovações, o monitoramento ambiental, especificamente tecnológico e de inovações, a produção e a implementação e difusão de novas tecnologias. Conforme o autor, as dimensões gerenciais da inovação e tecnologia podem ser definidas de acordo com o conteúdo do conhecimento mais relevante para o exercício de cada atividade e que são no mínimo três: a especializada, a humana e a lógicoanalítica. 37

38 A GTI pode ser representada por uma estrutura simples, mais burocratizada, ou por um simples elemento de capacidade tal que atenda às necessidades relacionadas com as atividades abordadas. (MANÃS, 2001, p. 162). Os autores Carvalho, Reis e Cavalcante (2011, p. 55), comentam sobre a importância de as organizações gerenciarem a inovação para que esta se torne uma atividade sistêmica e contínua: A necessidade de ofertar melhores produtos e serviços torna o ambiente competitivo repleto de mudanças, e a única alternativa é inovar para não sair do mercado. No entanto, não basta inovar uma vez. Para as organizações terem longevidade e lançarem novos produtos e serviços da maneira sistemática e contínua, precisam gerenciar bem a inovação. (CARVALHO, REIS e CAVALCANTE, 2011, p. 55) Fontes de apoio à inovação O processo de inovação nas empresas envolve muitos riscos e incertezas podendo resultar em sucesso ou fracasso, de modo que para uma inovação tornar-se viável são necessários investimentos financeiros, pesquisa e desenvolvimento, além de pessoal qualificado para transformar uma ideia em um produto comercializável. Sabe-se que as empresas não inovam sozinhas, portanto existem agentes externos que podem auxiliar no processo de inovação, sendo através de apoio gerencial para qualificação do negócio e do pessoal envolvido, como também o próprio apoio financeiro para financiamento de projetos de desenvolvimento de produtos ou processos. A Lei da Inovação (10.973/2004), que dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, no Art. 3º, capítulo II menciona o estímulo à construção de ambientes especializados e cooperativos de inovação: A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as respectivas agências de fomento poderão estimular e apoiar a constituição de alianças estratégicas e o desenvolvimento de projetos de cooperação envolvendo empresas nacionais, ICT e organizações de direito privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisa e desenvolvimento, que objetivem a geração de produtos e processos inovadores. (BRASIL, 2004). O apoio mencionado na Lei de Inovação contempla as redes e os projetos internacionais de pesquisa tecnológica, bem como ações de empreendedorismo 38

39 tecnológico e de criação de ambientes de inovação, inclusive as incubadoras de empresas e os parques tecnológicos. Ainda com base na Lei de Inovação, conforme o disposto no Art. 19, Capítulo IV, a União, as ICT e as agências de fomento promoverão e incentivarão o desenvolvimento de produtos e processos inovadores em empresas nacionais e nas entidades nacionais de direito privado sem fins lucrativos, voltadas para atividades de pesquisa, mediante a concessão de recursos financeiros, humanos, materiais ou de infraestrutura, a serem ajustados em convênios ou contratos específicos, destinados a apoiar atividades de pesquisa e desenvolvimento, para atender às prioridades da política industrial e tecnológica nacional Inovação na pequena empresa Comparadas às grandes empresas inovadoras, Tidd, Bessant e Pavitt (2005) asseveram que as pequenas empresas inovadoras possuem um papel diferenciado na inovação tecnológica: Objetivos semelhantes: desenvolver e combinar competências tecnológicas para fornecer produtos e serviços que satisfaçam o cliente do que as demais alternativas, e que sejam difíceis de copiar. Forças organizacionais: facilidade de comunicação, velocidade na tomada de decisão, índice de comprometimento de equipe e receptividade a novidade. Fraquezas tecnológicas: gama especializada de competências tecnológicas, inabilidade para desenvolver e gerenciar sistemas complexos, inabilidade para financiar programas de risco a longo prazo. Setores diferenciados: pequenas empresas trazem uma contribuição maior à inovação em determinados setores, como máquinas, instrumentos e programas, do que em produtos químicos, eletrônicos e transportes. O Manual de Oslo (OCDE, 2004), explica que as pequenas e médias empresas possuem necessidades mais especializadas em suas atividades, aumentando a importância de uma interação eficiente com outras empresas e com instituições públicas de pesquisa para P&D, troca de conhecimento e, posteriormente, para comercialização e atividades de marketing. Ainda o referido Manual destaca que o financiamento pode ser 39

40 um fator determinante para as inovações em PMEs, que não raro carecem de fundos próprios para conduzir projetos de inovação e enfrentam muito mais dificuldades para obter financiamento externo do que as empresas maiores. No entendimento de Kuhn (2014), o papel desempenhado pelas micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) é fundamental para assegurar o desenvolvimento e a estabilidade da economia da maioria dos países. Para o autor, essas empresas possuem algumas qualidades que as tornam mais do que versões em miniaturas das grandes corporações, elas oferecem contribuições excepcionais, na medida em que fornecem novos empregos, introduzem inovações, estimulam a competição, auxiliam as grandes empresas e produzem bens e serviços com eficiência. De acordo com Amorim (1998), as principais barreiras que prejudicam o desenvolvimento das MPMEs têm origem nas dificuldades de acesso a insumos e componentes, a crédito, a tecnologia, a mercados e a órgãos públicos, dentre outros Cultura de inovação No entendimento dos autores Davila, Epstein e Shelton (2006), a cultura da inovação proporciona a mentalidade de negócios para inovação, essa é a razão pela qual tantas tentativas de melhorar a inovação tenham seu foco na cultura, trata-se do elemento presente em toda a organização que traça seu caminho ao longo de todas as regras da inovação. Ainda para os autores uma cultura de inovação interage com os mais concretos incentivos e avaliações do desempenho, esses são ferramentas cruciais de gestão para a mudança e formação de comportamento inovador adequado, e tais mudanças ocorrem no mesmo âmbito dessa cultura. Para Bessant e Tidd (2009), um clima para criatividade e inovação é o que promove a geração, consideração e o uso de novos produtos, serviços e formas de trabalhar, esse tipo de clima fomenta o desenvolvimento, a assimilação e a utilização de novas e diferentes abordagens, práticas e conceitos e está associado com uma variedade de dados inovadores: ideias novas, melhoria de processos, novos produtos ou novos empreendimentos. Porém os autores salientam que este clima para inovação pode não ser tão fácil de acontecer: 40

41 Um clima em prol da inovação não é facilmente obtido, já que consiste em uma complexa rede de comportamentos e artefatos. Mudar essa cultura não tende a acontecer rapidamente ou como resultado de iniciativas isoladas. (BESSANT e TIDD, 2009, p. 76). Nascimento e Labiak Junior (2011), chamam atenção para a cultura empreendedora que é desenvolvida por intraempreendedores (trabalhadores de uma empresa) ou empreendedores empresários (criadores do negócio) que buscam transformar a realidade por meio de atitudes. Para esses autores, a cultura empreendedora é fundamental para todas as sociedades e em algumas é mais desenvolvida que em outras. Um ambiente propício pode estimular ações empreendedoras e criar um efeito multiplicador, alterando o desenvolvimento de uma cidade, região ou país. Além disso, cada habitat de inovação pode influenciar um grupo diferente de empreendedores, proporcionado a complementaridade de ações necessárias para a estruturação dessa cultura. (NASCIMENTO e LABIAK JUNIOR, 2011, p. 84). 2.2 EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE Dornelas (2012), define o empreendedorismo como o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam a transformação de ideias em oportunidades que se transformam em negócio. Para o autor o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio, assumindo riscos calculados, sendo requeridas habilidades classificadas em três áreas: técnicas, gerenciais e características pessoais. Em se tratando de inovação Dornelas a chama de semente do processo empreendedor e se remete a inovação tecnológica que têm sido o diferencial do desenvolvimento econômico mundial que por sua vez é dependente de quatro fatores críticos: Talento, Tecnologia, Capital e Conhecimento: O talento está relacionado às pessoas que somado com a tecnologia resultam em boas ideias, mas para uma ideia se tornar algo rentável é necessário o capital para financiá-la e para o negócio se tornar realidade é fundamental a existência do conhecimento que fará com que o talento, a tecnologia e o capital possam convergir em um mesmo ambiente. (Dornelas, 2012). O comportamento empreendedor, com a introdução e a ampliação de inovações tecnológicas e organizacionais nas empresas, constitui um fator essencial para as 41

42 transformações na esfera econômica e seu desenvolvimento no longo prazo (Schumpeter, 1982). Para que as organizações possam ser cada vez mais competitivas torna-se fundamental a criação de uma cultura interna voltada para o desenvolvimento do empreendedorismo nas pessoas, pois quando os colaboradores têm maior autonomia e adquirem espaço para compartilhar ideias e sugerir soluções para problemas cria-se um ambiente favorável à inovação. Para Sausen (2012), a competitividade pode ser definida como uma constante busca por oportunidades de crescimento, juntamente com um esforço de maximizar a efetividade no uso e na alocação dos recursos da organização, desta forma a competitividade está muito vinculada à estratégia empresarial. O autor chama a atenção para o fato de que atingir a competitividade requer que a organização transforme suas aspirações em ação, a visão em realidade e orçamentos em resultados. A competitividade não ocorre a menos que a estratégia estimule a organização a agir. (SAUSEN, 2012, p.228). 2.3 DESENVOLVIMENTO LOCAL Siedenberg (2012), acredita que os desafios do atual mundo globalizado são respondidos, cada vez mais e melhor, não por cidades nem por países ou Estados, mas por arranjos regionais de planejamento e ação que conseguem se inserir e/ou competir adequadamente. Com a globalização e as constantes mudanças no cenário atual surge a necessidade de se buscar o desenvolvimento local, conforme Martinelli e Joyal (2004), a globalização cria a necessidade de formação de identidades e diferenciação entre regiões, para que possam enfrentar um mundo em competição. Para Lemos (1999), o processo de inovação e o conhecimento tecnológico são altamente localizados e a interação criada entre agentes econômicos e sociais localizados em um mesmo espaço propicia o estabelecimento de significativa parcela de atividades de inovação. Lastres e Albagli (1999), destacam a importância da integração de diferentes políticas, assim como do apoio à formação de ambientes capazes de estimular a geração, aquisição e difusão do conhecimento e que estimulem empresas, grupos sociais e países 42

43 a investirem na capacitação de seus recursos humanos, mobilizarem a habilidade de aprender e incentivarem suas capacidades inovativas. Para as autoras Teixeira e Grzybovski (2012), o desenvolvimento de uma região é resultado da dinâmica do meio, do contágio empreendedor, o qual pode ser promovido por meio de redes inteligentes, disponibilidade de capital e mediante a circulação de informações e conhecimentos, que desempenham papel preponderante no nível de inovação para dinamizar a região. As informações reduzem incertezas, ambiguidades e alimentam a inovação, fator muitas vezes decisivo para a coexistência de empresas inovadoras e distintas num dado território. (TEIXEIRA e GRZYBOVSKI, 2012, p.312). Ainda de acordo com as autoras, a dinamização do desenvolvimento de uma dada região é resultado da existência dessas empresas inovadoras e distintas, as quais receberam do meio o estímulo à aprendizagem compartilhada capaz de gerar capital social e formar uma rede rica em ativos reais para apoiar a inovação Inovação localizada Conforme o Manual de Oslo (OCDE, 2004), as atividades de inovação têm como objetivo final a melhoria do desempenho da empresa, sendo o ambiente institucional que determina os parâmetros gerais com os quais as empresas operam. Os elementos que os constituem incluem: sistema educacional, sistema universitário, sistema de treinamento técnico especializado, base de ciência e pesquisa, reservatórios públicos de conhecimento codificado, políticas de inovação, ambiente legislativo, instituições financeiras, facilidade de acesso ao mercado e a estrutura industrial. Ainda, segundo o Manual, os sistemas regionais de inovação podem desenvolver-se paralelamente aos sistemas nacionais de inovação. A presença, por exemplo, de instituições locais de pesquisa pública, grandes empresas dinâmicas, aglomerados de indústrias, capital de risco e um forte ambiente empresarial pode influenciar o desempenho inovador das regiões. Isso gera um potencial para contratos com fornecedores, consumidores, competidores e instituições públicas de pesquisa. A infraestrutura também exerce um papel importante. (OCDE, 2004). Lastres, Cassiolato e Lemos (1999), afirmam que a interação criada entre agentes localizados em um mesmo espaço favorece o processo de geração e difusão de 43

44 inovações. De acordo com os autores, contextos locais com diferentes estruturas institucionais terão processos inovativos qualitativamente diversos. Com base nos estudos dos autores podemos considerar que o processo de inovação é interativo e dependente das características de cada agente e da sua capacidade de aprender, gerar e absorver o conhecimento existente e também da articulação de diferentes elementos e fontes de inovação, ainda a inovação depende do ambiente onde a organização está localizada e do nível de conhecimento tácito que há neste local. 2.4 PROPRIEDADE INTELECTUAL Conforme definição do Instituto de Propriedade Industrial - INPI a marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços de outros análogos, de procedência diversa, bem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas. Em relação a patente o INPI define como um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente. Para assegurar que as inovações funcionem como fator de competitividade elas devem ser protegidas para evitar que sejam utilizadas pelos concorrentes. Para tanto existem diversas formas de registro como os direitos autorais, marcas e patentes. Infelizmente não é muito comum no Brasil o empreendedor iniciante (e até mesmo os mais experientes) pensar na proteção de sua ideia, depositando a patente de seu invento e, ainda, registrando a marca de sua empresa ou produto. No entanto essa é uma forma legal de se proteger da concorrência e ganhar espaço no mercado. (DORNELAS, 2012, p. 230) Com o surgimento da Era do Conhecimento cresce a importância da propriedade intelectual como proteção e valorização econômica dos ativos intangíveis das organizações. Ainda pode ser um fator de vantagem competitiva, pois proporciona a proteção das inovações criadas pelas empresas, impedindo o seu uso pela concorrência. 44

45 2.5 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Conforme o Manual de Frascati (OCDE, 2007), a pesquisa e desenvolvimento experimental (P&D) compreendem o trabalho criativo realizado de forma sistemática com o objetivo de aumentar o estoque de conhecimentos, incluindo os conhecimentos do homem, da cultura e da sociedade, e o uso desse estoque de conhecimentos para antever novas aplicações. As atividades de pesquisa e desenvolvimento realizadas pelas empresas proporcionam maior vantagem competitiva, pois quando há investimentos em pesquisa e desenvolvimento a capacidade de usar o conhecimento para gerar novos produtos aumenta significativamente. Mas quando se trata de investir em pesquisa e desenvolvimento, as empresas criam certa resistência, pois nem sempre essas atividades resultam em um novo produto que gerará lucros, ainda mais quando a empresa é de pequeno porte. O nível agregado de investimento de P&D em uma empresa é altamente dependente de sua maturidade, da natureza do setor econômico de atuação e da estratégia de entrada no mercado. As pequenas empresas de base tecnológica podem ter limitado volume de vendas e os gastos em P&D podem ser muito alto em termos de porcentagens das receitas. (MATTOS e GUIMARÃES, 2005, p. 33). Mesmo as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento serem apontadas como fundamental para que a inovação aconteça, existem outras atividades realizadas pelas empresas que também são importantes para o sucesso de uma inovação, essas atividades podem ser as fases finais de desenvolvimento para a pré-produção, a produção e a distribuição, o treinamento e a preparação de mercado para inovação de produto. (OCDE, 2007). 2.6 ERA DO CONHECIMENTO Durante muito tempo se acreditou que a mão de obra e o capital eram os únicos fatores diretamente ligados ao desenvolvimento econômico, o conhecimento e o capital intelectual eram fatores externos. Para Mattos e Guimarães (2005), esse conceito mudou de forma drástica nas economias modernas, o crescimento econômico e a produtividade dos países desenvolvidos se baseiam cada vez mais no conhecimento e na informação. Na era 45

46 industrial, o bem-estar foi criado quando se substituiu a mão de obra por máquinas. A nova economia baseada no conhecimento é definida como aquela em que a geração e a utilização do conhecimento desempenham um papel predominante na criação do bemestar social. Ainda conforme os autores o desenvolvimento das novas tecnologias da informação está possibilitando a manipulação, armazenagem e distribuição do conhecimento codificado de maneira cada vez mais rápida, com maior qualidade e para um maior número de pessoas gerando a necessidade de contar com pessoas cada vez mais especializadas em recuperar, analisar e transformar esses conhecimentos codificados para a criação de novos produtos, serviços e processos e para a geração de riqueza e bem-estar social. Como se pode ver, tanto a inovação como o conhecimento desempenham um papel fundamental no novo cenário econômico em que nos encontramos, estando ambos os fatores inter-relacionados. A produtividade e o crescimento estão baseados, em grande medida, no progresso técnico e na acumulação de conhecimentos. (MATTOS e GUIMARÃES, 2005, p. 5). Para Diniz e Lemos (2005), as empresas precisam criar vantagens comparativas muito mais fundamentadas na capacidade de gerar o conhecimento do que no uso dos recursos naturais: Em uma sociedade dominada pelo conhecimento, as vantagens comparativas, baseadas em recursos naturais perdem importância e ganham destaque as vantagens construídas e criadas, cuja base está exatamente na capacidade diferenciada de gerar conhecimento e inovação. Com o desenvolvimento da tecnologia da informação, torna-se cada vez mais difícil, para as empresas reter a exclusividade dos conhecimentos técnicos. Pressionando as empresas a buscar novas fontes de conhecimento de natureza econômica e social, realimentando o processo inovador. (DINIZ e LEMOS, 2005, p. 135). Assim, o conhecimento se torna uma vantagem competitiva para as empresas que conseguem criar processos que sejam capazes de codificar esse conhecimento para a criação de novos produtos ou serviços. O conhecimento, de acordo com Lara (2004), constitui o eixo estruturante do desempenho da sociedade, de regiões e das organizações, as expressões sociedade do conhecimento, redes de conhecimento, economia baseada no conhecimento estão cada vez mais inseridas no ambiente empresarial. 46

47 Para a autora, estas expressões demonstram claramente que a gestão competente do conhecimento é determinante na capacidade de sociedades, organizações e seres humanos lidarem com o ambiente, que se modifica e transforma aceleradamente. Aprimorar tal competência é de extrema importância para a sobrevivência e permanência das organizações no mercado competitivo. O objetivo básico da Gestão do Conhecimento dentro das organizações é fornecer ou aperfeiçoar a capacidade intelectual da empresa para as pessoas que tomam diariamente as decisões que, em conjunto, determinam o sucesso ou fracasso de um negócio. (LARA, 2004, p. 22). Para a mesma autora, a complexidade da gestão do conhecimento está em conciliar recursos tecnológicos com conhecimentos pessoais, gestão do conhecimento não é somente a criação de um banco de dados central que contenha da alguma forma a repetição das experiências e informações que os trabalhadores conhecem ou dos sistemas de informação como um todo, significa basicamente, incentivar o que os profissionais fazem de melhor: o seu trabalho intelectual Capital humano As características mais marcantes da economia do conhecimento, para Crawford (1994), é o surgimento do capital humano, que são as pessoas educadas e habilitadas, como força dominante da economia. Embora a quantidade de capital físico e financeiro na sociedade industrial fosse um fator crítico para o sucesso, na economia do conhecimento a importância relativa do capital físico diminui à medida que elementos-chaves como computadores se tornam baratos e a quantidade e a qualidade de capital humano crescem em importância. (CRAWFORD, 1994, p. 34). Para Davila, Epstein e Shelton (2006), o fluxo de ideia para abastecer a inovação depende da capacidade de alavancar o capital humano da organização, o sistema de indicadores da inovação precisa acompanhar os vários segmentos da equação do capital humano, como: cultura; exposição aos estímulos da inovação; entendimento da estratégia da inovação e a infraestrutura de gerenciamento da concepção. Em relação ao comprometimento das pessoas em uma determinada atividade, no entendimento de Davila, Epstein e Shelton (2006), é necessário que exista: Incentivos relacionados com a atividade; 47

48 A paixão das pessoas por essa atividade; Confiança de ver seu empenho com a função adequadamente reconhecido; Uma visão clara que proporcione um claro sentido de propósito. Para os autores projetar sistemas de recompensa adequados para a inovação precisa levar em conta esses quatro elementos Capacitação do capital humano Para Correia (2012), a aprendizagem organizacional e a gestão de talentos apresentam-se como fatores decisivos na competitividade das empresas, obter melhor performance, mediante uma força de trabalho capacitada e engajada, é uma equação que envolve ações de desenvolvimento, gestão de desempenho e gestão de talentos. O autor define capacitação como "o processo de aprimorar ou adquirir competências" (p. 64). E salienta ainda, que "quanto maior for o investimento da empresa na capacitação de seus funcionários com o intuito de retê-los, maior será a probabilidade de perdê-los, mas deve-se incorrer nesse risco, pelo bem da organização e das pessoas" (p. 63). Vilas Boas e Andrade (2009), afirmam que atualmente, mais do que nunca, as empresas necessitam de pessoas ágeis, competentes, empreendedoras e dispostas e assumir riscos para que elas estejam preparadas para enfrentar os desafios da inovação, da concorrência e da globalização. De acordo com os esses autores as empresas precisam contribuir com a formação básica dos funcionários para que transformem antigos hábitos e desenvolvam novas atitudes, preparando-se para aprimorar seus conhecimentos, com vistas a se tornarem melhores naquilo que fazem. 2.7 TOMADA DE DECISÃO A tomada de decisão é descrita por Robbins e Decenzo (2004), como a escolha entre alternativas, porém para os autores essa é uma visão excessivamente simplista, porque a tomada de decisão é um processo em vez de um simples ato de escolha entre alternativas. 48

49 Para Andrade e Amboni (2010), o processo decisório pode ser definido como o processo de pensamento e ação por meio de uma escolha, esta escolha consiste em selecionar dentre cursos alternativos de ação ou mesmo aceitar ou rejeitar uma ação específica. Para os autores as decisões representam a ação de um momento e a decisão de um futuro. A tomada de decisão é um processo técnico e político de escolhas de alternativas para solucionar problemas, para alavancar oportunidades ou para tirar proveito dos momentos de crise. (ANDRADE, AMBONI, 2010, p. 201) Níveis decisórios As decisões nas organizações, conforme Andrade e Amboni (2010), podem ocorrer nos níveis estratégico, tático e operacional, sendo que em cada nível existem decisões distintas a serem tomadas: Nível estratégico: as decisões englobam a definição dos objetivos, políticas e critérios gerais para planejar o curso da organização, as decisões desse nível não possuem um período de ciclo uniforme por ser irregular, como acontece com os planos estratégicos elaborados anualmente ou em períodos preestabelecidos. Nível tático: as decisões são voltadas para a estruturação dos recursos da organização, visando criar possibilidades de execução com os melhores resultados possíveis de desempenho dos subsistemas como recursos humanos, marketing, financeiro e produção. Nível operacional: as decisões têm por objetivo assegurar que as atividades operacionais sejam desenvolvidas de modo eficiente e eficaz, por meio da utilização de procedimentos e regras de decisões preestabelecidas O tomador de decisões Em se tratando da figura do tomador de decisões, Maximiano (2004), levanta a seguinte questão: Quem é o tomador de decisões? 49

50 A responsabilidade primária pelas decisões é das pessoas que ocupam cargos de administradores ou gerentes, mas isso não significa que eles devam tomar todas as decisões. Uma das principais decisões dos gerentes é: decidir quem toma decisões. (MAXIMIANO, 2004, p. 127). Para o autor essa decisão tem a ver com o grau de participação da equipe no processo decisório, existindo três possibilidades nessa participação, definidas segundo o autor e representada pela Figura 2: Decisões autocráticas: o gerente toma as decisões de forma unilateral, não havendo nenhuma participação da equipe no processo decisório. Decisões compartilhadas: o gerente decide compartilhar as decisões com a equipe, assim, há participação nas decisões. Decisões delegadas: o gerente transfere totalmente as decisões para a equipe, ou seja, há delegação do processo decisório. Figura 2 - Grau de participação no processo decisório. Fonte: adaptado de Maximiano (2004, p. 127). Quando se trata de tomar decisões não se pode pensar que somente os administradores ou pessoas que ocupam cargos de gerência têm esta responsabilidade, como afirma Chiavenato: Não é somente o administrador quem toma as decisões. Todas as pessoas na organização, em todas as áreas de atividades e níveis hierárquicos e em todas as situações, estão continuamente tomando decisões relacionadas ou não com seu trabalho. A organização é um complexo sistema de decisões. (CHIAVENATO, 2004, p. 277). 2.8 NÍVEIS HIERÁRQUICOS DAS ORGANIZAÇÕES De acordo com Tenório (2005), para melhor compreensão do ato de gerenciar é necessário olhar a organização como uma pirâmide dividida horizontalmente em três níveis. Cada um desses níveis é responsável por decisões específicas, que, em conjunto, 50

51 devem permitir alcançar a finalidade da organização, sendo eles definidos pelo autor da seguinte forma: Estratégico: são definidos a finalidade e os objetivos a serem perseguidos, dentro de determinado período de tempo, neste nível, os decisores precisam ver a organização como um todo, analisando suas relações com clientes, fornecedores, concorrentes, financiadores e demais entidades. Tático: são tomadas decisões específicas sobre cada parte da organização, cabendo a cada responsável estabelecer objetivos, metas e recursos e se preocupará com as necessidades de sua unidade e as relações desta com as demais, de forma a garantir as decisões tomadas no nível estratégico. Operacional: são realizadas as atividades necessárias ao cumprimento dos objetivos da organização, refere-se às unidades ou pessoas diretamente responsáveis pela produção de bens ou pela prestação de serviço. Neste nível são resolvidos os problemas do dia-a-dia e são especificados detalhes sobre a melhor forma de realizar o trabalho. Essa pirâmide dividida horizontalmente pelos três níveis hierárquicos da organização é representada pela Figura 3. Figura 3 - Os três níveis hierárquicos da organização Fonte: adaptado de Tenório (2005, p. 24). Rezende (2008), afirma que eventualmente uma única pessoa pode assumir mais de uma função em mais de um nível hierárquico na organização. E de acordo com o 51

52 autor, as organizações de maneira geral estão procurando atuar com uma estrutura organizacional mais dinâmica, com cada vez menos níveis hierárquicos e menor número de pessoas, o que exige maior envolvimento e melhor capacitação das pessoas que nela atuam. Segundo Chiavenato (2004), quanto maior a organização, maior o número de níveis hierárquicos de sua estrutura. A nivelação hierárquica representa a especialização da direção, ou seja, a distribuição da autoridade e responsabilidade nos níveis da organização. O autor também salienta que atualmente, as organizações estão reduzindo seus níveis hierárquicos no intuito de enxugar a organização e aproximar a base do topo e fazê-la mais ágil em um mundo repleto de mudanças. 52

53 3 TRABALHOS RELACIONADOS Este capítulo apresenta uma síntese dos trabalhos relacionados, utilizados como base para o desenvolvimento da pesquisa. 3.1 ANÁLISE DOS FATORES DE INFLUÊNCIA NA PROPENSÃO À INOVAÇÃO DA INDÚSTRIA PAULISTA O trabalho trata-se de um artigo científico, publicado na Revista Brasileira de Inovação (RBI) de São Paulo (v. 11, n. 2 de julho/dezembro 2012), da autoria de Antônio Carlos Pacagnella Júnior e Geciane Silveira Porto. O objetivo do estudo foi analisar os resultados obtidos pela indústria paulista quanto à inovação tecnológica e identificar os fatores que influenciam este fenômeno, para este fim, foram utilizados os dados provenientes da Pesquisa de Atividade Econômica Paulista (Paep), realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Para os autores do artigo, diante do aumento da competitividade internacional nos últimos anos, torna-se fundamental para países em desenvolvimento, como o Brasil, elaborar estudos que levem a uma compreensão mais profunda das dinâmicas relativas à inovação tecnológica no país. O estudo foi construído com base no trabalho dos seguintes autores: Certa et al. (2004) e Milson e Wilemon (2006), que analisaram a influência de fatores como a experiência da empresa e os recursos investidos em P&D; Kannebley, Porto e Pazzelo (2005), cujos resultados apontam para a influência da orientação exportadora, da origem do capital controlador e do tamanho da empresa no desempenho inovador; Quadros et al. (2004) e Frishamar e Hörte (2005), que analisaram a influência das fontes de informação para as atividades inovativas e sua importância para os resultados em termos de inovação; Hagedorn (2002), que destaca a importância da cooperação em P&D para a inovação; 53

54 Shefer e Frenkel (2005), que destacam a idade, o tamanho e a orientação exportadora da empresa como características que influenciam a inovação tecnológica; Sharp e Pavitt (1993), Fonseca (2001) e Freitas e Tunzelmann (2008), cujos trabalhos ressaltam a relevância do apoio governamental para o desempenho inovativo das empresas; Mahmood e Lee (2004), que ressaltam a influência de a organização pertencer a um grupo empresarial em sua dinâmica inovativa; Castellacci (2008), cujo trabalho destaca as diferenças nos padrões inovativos de empresas industriais e prestadoras de serviço. A pesquisa foi classificada como quantitativa e utilizou dados secundários provindos da Pesquisa de Atividade Econômica Paulista (Paep), realizada em 2002 e que abrange o período de 1999 a Para a elaboração do plano amostral, a Fundação Seade utilizou o Cadastro de Empresas (Cempre), fornecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em que foram selecionados registros, dando origem a uma amostra de empresas de 21 setores industriais abordados pela Paep. O Estado de São Paulo foi escolhido como objeto de estudo devido à sua importância econômica e tecnológica e, principalmente, pela força de sua indústria. Como metodologia foi construído um modelo conceitual que relaciona os principais fatores que podem influenciar a propensão a inovar destas empresas. Na Figura 4, consta o modelo empírico que apresenta o conjunto de variáveis analisadas. Figura 4 - Modelo empírico da pesquisa. Fonte: Júnior e Porto (2012, p. 341). 54

55 A técnica de pesquisa empregada no estudo foi a regressão logística, que é a técnica estatística adequada quando o objetivo do pesquisador está relacionado com a análise dos efeitos de variáveis dependentes, tanto métricas como não-métricas, sobre uma variável dependente não-métrica. Os resultados mostraram que, para a inovação tecnológica em produtos, os fatores que impactam a probabilidade de este fenômeno ocorrer são: as fontes de informação internas; a cooperação em pesquisa e desenvolvimento (P&D); a presença de laboratório ou departamento de P&D; investimentos financeiros em P&D; a orientação exportadora; as fontes de informação ligadas ao mercado; os investimentos de recursos humanos em P&D; e as chamadas outras fontes de informação. Quanto à inovação em processos, os fatores de influência identificados são: o apoio governamental; as fontes de informação ligadas ao mercado; as fontes de informação internas; a presença de laboratório ou departamento de P&D; a idade da empresa; a cooperação em P&D; outras fontes de informação; a orientação exportadora; o percentual de recursos humanos ligados à produção; as fontes de informação institucionais; e o salário médio. 3.2 FATORES INDUTORES À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DA INDÚSTRIA MADEIREIRA DA REGIÃO DE LAGES/SC O estudo apresenta-se na forma de um artigo científico, publicado na Revista de Administração e Inovação (RAI) de São Paulo (v. 12, n 1 de janeiro/março de 2015), tendo como autores Flávio José Simioni, Debora Nayar Hoff e Erlaine Binotto. O principal objetivo do estudo foi identificar as variáveis que aumentam a probabilidade das empresas madeireiras, da região de Lages/SC, adotarem inovações tecnológicas, bem como analisar quais fatores são importantes para sua indução e quais limitam a adoção da inovação tecnológica. Complementarmente, identificou-se o tipo, maturidade, forma de adoção e os efeitos esperados pelos gestores quando da adoção da inovação. De uma população de 95 empresas identificadas nos cadastros de empresas junto ao sindicato das indústrias madeireiras (Sindimadeira), nas prefeituras e nas associações dos municípios, foi selecionada uma amostra de 36 empresas pesquisadas, seguindo critérios de proporcionalidade, acessibilidade e disponibilidade dos sujeitos pesquisados (proprietários ou gerentes do processo produtivo) responderem o questionário. Os 55

56 municípios que tiveram mais empresas pesquisadas foram Lages com 33% do total, Curitibanos com 22% e Campo Belo do Sul com 17%, todas situadas na Serra Catarinense, região de Lages/SC. Os instrumentos para a coleta de dados e informações foram um questionário e entrevista estruturados, envolvendo questões relacionadas à inovação tecnológica. As variáveis de análise estudadas foram: Perfil das empresas pesquisadas; Entendimento de inovação e tecnologia; Inovação em produto, processo e gestão; Limitadores e indutores da adoção de novas tecnologias; Grau da inovação; Extensão das mudanças; Maturidade das tecnologias empregadas. As empresas foram classificadas em dois grupos: INOVA e NÃO INOVA. As empresas classificadas como INOVA são aquelas que realizaram alguma inovação, de produto ou de processo, durante os três anos que antecederam a pesquisa (2006, 2007 e 2008), enquanto que as classificadas como NÃO INOVA não efetivaram nenhuma inovação no período analisado. Os dados foram submetidos à construção de um modelo de regressão logística (logit), o qual permitiu identificar quais variáveis, internas ou externas às empresas madeireiras, aumentam a probabilidade dos gestores adotarem inovações tecnológicas. A variável dependente indica a adoção de inovação tecnológica pela indústria madeireira (0=não; 1=sim). E foram analisadas um conjunto de variáveis independentes, sendo elas: Escolaridade; Idade das empresas; Número de funcionários; Serraria; Tamanho; Mercado internacional; Certificação; Localização e Crédito. Quanto aos resultados da pesquisa, a Figura 5 demonstra que a inovação está fortemente associada à localização e ao aumento do tempo de vida da empresa, da utilização de crédito e da certificação, enquanto que a não inovação é verificada nas empresas que atuam no ramo das serrarias. Contudo, as demais variáveis analisadas (escolaridade, número de funcionários, mercado e tamanho), não apresentam tendência clara quanto aos seus efeitos sobre a inovação, tornando-se hipóteses não confirmadas, apesar da análise preliminar ter dado 56

57 indicativos de uma relação positiva entre algumas destas variáveis e o comportamento inovativo. Figura 5 - Variáveis explicativas e valor médio dos grupos analisados. Fonte: Siminoni, Hoff e Binotto (2015, p. 262) Quanto aos fatores impulsionadores da inovação, o principal fator seria a solicitação de clientes. Um dos fatores apresentados no Gráfico 1, é evidenciado por uma afirmativa identificada em seis respostas: conforme a necessidade, se inova. Seguem, no mesmo nível de importância, fatores como redução de custos, maior competitividade e impulso gerado pelos concorrentes. Considerando-se que as empresas trabalham com produtos de baixa diferenciação, mesmo no grupo que inova, a disputa de mercado através de preços tende a ser um padrão competitivo. Embora os dados sinalizem para a presença do mercado como fator impulsionador, destaca-se que tais apontamentos estão relacionados a procedimentos de processo que conferem maior padronização e qualidade aos produtos, representando algo novo para a empresa, mas não para o mercado. As análises também mostram coerência entre os fatores indutores da inovação e as pressões sofridas pela empresa no mercado. Isso é demonstrado por 14 empresas, as 57

58 quais indicam que a necessidade de modernização, adoção de tecnologias e inovação está ligada à necessidade da empresa de atuar no mercado competitivo. Gráfico 1 - Fatores que induziram a implantação da inovação tecnológica. Fonte: Siminoni, Hoff e Binotto (2015, p. 265) Por serem empresas de menor porte, era esperado que o alto custo das novas tecnologias fosse um dos limitantes de sua adoção (com 10 indicações). Vale enfatizar que a preocupação com custos e competitividade é forte entre os que adotam inovações. O segundo principal fator limitante refere-se à dificuldade de desenvolvimento de novas tecnologias para o setor produtivo. Destacam-se também outros dois fatores limitantes intimamente relacionados: dificuldade no uso das novas tecnologias e falta de mão de obra qualificada para operar as tecnologias disponíveis. De modo geral, os dados indicaram que as empresas, independente do tamanho, enfrentam dificuldades em inovar, sobretudo em produtos e a tendência é que esse desenvolvimento ocorre quando há uma demanda específica do mercado em que a empresa atua. Mesmo assim, o limite da inovação encontra-se nos ganhos incrementais em tecnologias de base, relacionadas, principalmente ao processo produtivo. Cerca de um terço das empresas estudadas realizaram algum tipo de inovação tecnológica no período de estudo, inseridas principalmente no processo produtivo. A localização das empresas em um ambiente externo mais competitivo é a principal variável que contribui para o aumento da probabilidade de inovar. 58

59 3.3 RELAÇÃO ENTRE INOVAÇÃO, CAPACIDADE INOVADORA E DESEMPENHO: O CASO DAS EMPRESAS DA REGIÃO DA BEIRA INTERIOR Este trabalho foi publicado na Revista de Administração e Inovação (RAI), de São Paulo (v. 4, n. 3, de 2007), sendo os autores do artigo: João José de Matos Ferreira, Carla Susana da Encarnação Marques e Maria João Barbosa. O objetivo do estudo foi identificar os fatores que contribuem para a criação de capacidade inovadora empresarial e avaliar de que forma esta se traduz em desempenho empresarial. Como questões do estudo: Que fatores contribuem para o desenvolvimento de um comportamento inovador por parte das empresas da indústria transformadora da região da Beira Interior (Portugal)? E de que forma o desenvolvimento de uma estratégia inovadora empresarial influencia o desempenho das empresas? A população da investigação foi obtida através de uma base de dados fornecida pelo INE e constituída por um total de empresas. A amostra final foi constituída por um total de 246 empresas, sendo 140 microempresas, 40 pequenas empresas, 60 médias empresas e 6 grandes empresas. Sendo 144 do setor de fabricação de alimentos e bebidas, 30 do setor têxtil, 31 do vestuário, 17 indústrias de madeira e 24 do setor de fabricação de produtos metálicos. O modelo do questionário para coleta de dados foi constituído por questões fechadas, com utilização de uma escala de likert, sendo utilizado o modelo estatístico de Regressão linear simples e múltipla. Com base no levantamento da bibliografia utilizado pelos autores, a capacidade inovadora da empresa é influenciada por um vasto conjunto de fatores, de caráter interno e também externo à empresa. Assim, concebeu-se um modelo de investigação com as seguintes dimensões: (i) empresa; (ii) empresário; (iii) meio ambiente; (iv) capacidade inovadora da empresa; e (v) desempenho da empresa. Na Figura 6, é apresentado o modelo conceitual que serviu de base ao estudo. 59

60 Figura 6 - Modelo conceitual. Fonte: Ferreira, Marques e Barbosa (p. 123, 2007). Quanto aos resultados do estudo, em relação aos fatores determinantes da capacidade inovadora, a variável espírito empreendedor do empresário é aquela que mais explicou a capacidade inovadora da empresa, com um valor de Beta igual a 0,424. Segue-se a variável ciclo de vida, com um valor Beta de (-0,308). Posteriormente, a variável estabelecimento de parcerias/cooperação com outras entidades, com um valor Beta de 0,276. Depois, a variável idade da empresa com um valor Beta de 0,199 e, por fim, a variável dimensão da empresa com um valor Beta de 0,079. No que diz respeito a verificar se a capacidade inovadora da empresa exerce influência sobre o desempenho da empresa, verificou-se que o coeficiente Beta Estandardizado para a variável capacidade inovadora assumiu o valor de 0,832, concluindo que a variável capacidade inovadora influencia positivamente o desempenho obtido pela empresa. Após confirmada a hipótese de que a capacidade inovadora influencia positivamente o desempenho da empresa, foi efetuada uma análise mais concreta desse dado, sendo que a capacidade inovadora da empresa foi medida através de quatro variáveis: (1) inovação no produto; (2) inovação no processo; (3) investimentos em I&D; e (4) utilização de novos canais de distribuição. Para tanto foi aplicada a regressão linear múltipla, com o objetivo de identificar, dentre as variáveis incluídas na dimensão capacidade inovadora, qual ou quais são as que mais influenciaram o desempenho da empresa. Como resultado dessa análise, foi constatado que as variáveis consideradas no modelo foram a inovação no processo, com um valor Beta de 0,693 e investimento em I&D, com um valor Beta de 0,230. Assim, foi possível afirmar que a variável da capacidade inovadora que mais influencia o desempenho da empresa é a inovação no processo (Beta = 0,693). 60

61 Como conclusão do estudo, os fatores determinantes da capacidade inovadora, das empresas da indústria transformadora da região da Beira Interior de Portugal, por ordem decrescente de importância são: (1º) espírito empreendedor do empresário; (2º) ciclo de vida; (3º) estabelecimento de parcerias e cooperação com outras empresas ou instituições; (4º) idade da empresa; e (5º) dimensão da empresa. Relacionado ao tipo de influência exercida por esses fatores sobre a capacidade inovadora da empresa, verificou-se que: Quanto maior é o espírito empreendedor do empresário, maior é a capacidade inovadora da empresa; À medida que as empresas avançam ao longo das fases do ciclo de vida, menor é a sua capacidade inovadora; As empresas que estabelecem parcerias e acordos de cooperação com outras empresas ou instituições demonstram uma maior capacidade inovadora; Quanto maior a dimensão da empresa maior a sua capacidade inovadora. E entre as quatro variáveis da dimensão capacidade inovadora consideradas na investigação (i) inovação no produto; (ii) inovação no processo; (iii) investimentos em I&D; e (iv) utilização de novos canais de distribuição as variáveis inovação no processo e investimentos em I&D, nessa ordem, são as que explicam o melhor desempenho das empresas e, consequentemente, são as que criam vantagens competitivas para as empresas. 61

62 4 METODOLOGIA Neste capítulo serão apresentados os procedimentos metodológicos do estudo, sendo composto pela classificação da pesquisa, universo amostral, sujeitos da pesquisa, plano de coleta de dados e o plano de análise e interpretação dos dados. 4.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Este item apresenta a classificação da pesquisa, quanto a natureza, a abordagem, os objetivos e aos procedimentos técnicos utilizados Quanto a natureza Quanto a natureza a pesquisa se classifica como aplicada, porque é motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, tendo, portanto, finalidade prática. No entendimento de Gerhardt e Silveira (2009), a pesquisa aplicada gera conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos, envolvendo verdades e interesses locais Quanto a abordagem Quanto a abordagem a pesquisa classifica-se como quali-quantitativa, pois para se conhecer e compreender os fatores de influência na inovação, verificou-se que o estudo quali-quantitativo, seria a melhor metodologia para tal pesquisa. Neste caso, o interesse do pesquisador está voltado tanto para a compreensão de um determinado processo social quanto para as relações estabelecidas entre variáveis (GODOI, BANDEIRA-DE-MELLO E SILVA, 2006). Para Kauark, Manhães e Medeiros (2010), a pesquisa quantitativa, considera o que pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Segundo os autores, requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão). 62

63 Ainda os mesmos autores afirmam que a pesquisa quantitativa lida com fatos, ou seja, tudo aquilo que pode se tornar objetivo através da observação sistemática, evento bem especificado, delimitado e mensurável. Em se tratando da pesquisa qualitativa, Kauark, Manhães e Medeiros (2010), afirmam que a mesma lida com fenômenos, ou seja, tudo aquilo que se mostra, que se manifesta, evento cujo sentido existe apenas num âmbito particular e subjetivo. Para os autores a pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, e a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Os mesmos autores afirmam que não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas, o ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave Quanto aos objetivos Em relação aos objetivos a pesquisa é classificada como exploratória, descritiva e explicativa. É exploratória porque objetiva maior familiaridade com o problema e envolve entrevista com os gestores das empresas. Descritiva, porque descreve as características das empresas inovadoras, estabelece as relações entre variáveis, e ainda envolve o uso de questionário para coleta de dados. Explicativa, pois visa identificar os fatores que influenciam no potencial de inovação. A pesquisa exploratória, no entendimento de Kauark, Manhães e Medeiros (2010), objetiva a maior familiaridade com o problema, tornando-o explícito, ou à construção de hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. Em relação à pesquisa descritiva, os mesmos autores afirmam que visa descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados como questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento. Sobre a pesquisa explicativa, Kauark, Manhães e Medeiros (2010), afirmam que a mesma visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê 63

64 das coisas. Quando realizada nas ciências naturais requer o uso do método experimental, e nas ciências sociais requer o uso do método observacional. (KAUARK, MANHÃES e MEDEIROS, p. 28, 2010). Segundo Gil (2007, p. 43), uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a identificação de fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado Quanto aos procedimentos técnicos Relacionado aos procedimentos técnicos a pesquisa é classificada como bibliográfica, documental e de campo. A pesquisa de campo já foi realizada no ano de 2014 nas micro e pequenas empresas industriais dos municípios da região Noroeste do RS. O levantamento bibliográfico teve início em setembro de 2012, e estendeu-se até julho de 2013, neste período foi realizado o levantamento de dados secundários e, também, primários, bem como estudo e sistematização de um amplo referencial teórico. Em se tratando de pesquisa bibliográfica, Gil (2007), afirma que a principal vantagem desse tipo de pesquisa reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Para o autor essa vantagem torna-se particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço e em muitas situações, não há outra maneira de conhecer os fatos passados se não com base em dados bibliográficos. Em relação à pesquisa documental, Gil (2007), salienta que a mesma é muito semelhante à pesquisa bibliográfica. Para o autor a diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes, enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. Sobre o estudo de campo, Gil (2007), afirma que esse tipo de estudo focaliza uma comunidade, que não é necessariamente geográfica, já que pode ser uma comunidade de trabalho, de estudo, de lazer ou voltada para qualquer outra atividade humana. Para o autor, a pesquisa é desenvolvida por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre no grupo. 64

65 4.2 UNIVERSO AMOSTRAL O universo amostral foi constituído por um grupo de indústrias da região noroeste do Rio Grande do Sul, sendo que o principal critério utilizado para a definição do universo amostral foi identificar empresas que lançaram alguma inovação de produto no período de 2010 a Pode-se dizer que o estudo utilizou uma amostra não probabilística, selecionada pelo critério de intencionalidade. Uma amostra intencional, em que os indivíduos são selecionados com base em certas características tidas como relevantes pelos pesquisadores e participantes. (GIL, p. 145, 2007). 4.3 SUJEITOS DA PESQUISA Os sujeitos da pesquisa compreendem um grupo de 38 microempresas e empresas de pequeno porte, que têm como principal atividade econômica a Indústria. As empresas estão localizadas na região noroeste do RS e atuam nos setores: Metalmecânico, Têxtil, Fabricação de Móveis, Fabricação de Alimentos e Artefatos de Cimento, na Tabela 5, pode-se visualizar o total de indústrias de cada setor que participaram da pesquisa. Tabela 5 - Perfil dos sujeitos da pesquisa. Fonte: elaborado com base na coleta de dados. 65

66 4.4 PLANO DE COLETA DE DADOS As técnicas utilizadas para a coleta de dados foram a pesquisa bibliográfica e documental, além da elaboração do questionário para a pesquisa de campo, o qual será apresentado no próximo item. Para Gerhardt e Silveira (2009), o questionário é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante, sem a presença do pesquisador. Os objetivos do uso de questionário na coleta de dados são levantar opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas. A linguagem utilizada no questionário deve ser simples e direta, para que quem vá responder compreenda com clareza o que está sendo perguntado. (GERHARDT e SILVEIRA, p. 69, 2009) Questionário Para a pesquisa de campo foi elaborado um questionário usando como principal referência a 3ª edição do Manual de Oslo, criado pela OCDE (Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento) que tem como objetivo orientar e padronizar conceitos, metodologias e construção de estatísticas e indicadores de pesquisa de P&D de países industrializados. O questionário apresenta estrutura formada por questões fechadas, abertas e mistas. Nas questões abertas, o entrevistado responde livremente, da forma que desejar, e o entrevistador anota tudo o que for declarado. Nas questões fechadas, o informante deve escolher uma resposta entre as constantes de uma lista predeterminada, indicando aquela que melhor corresponda à que deseja fornecer. As questões mistas (fechadas e abertas) são aquelas em que, dentro de uma lista predeterminada, há um item aberto, por exemplo, outros. (GERHARDT E SILVEIRA, p.70, 2009). A estrutura do questionário contemplou um total de vinte e uma (21) questões divididas em três etapas, sendo apresentadas a seguir: Etapa 1 Informações prévias: quatro questões abertas que solicitavam ao entrevistado preencher os espaços com informações da organização, como: nome, município, número de funcionários, atividade econômica e tempo de atuação no mercado. 66

67 Etapa 2 Inovação de produto: uma questão fechada que solicitava ao entrevistado marcar se a empresa, no período analisado, teria lançado produto considerado novo somente para empresa, mas já existente no mercado, ou, ainda se teria lançado produto considerado novo para o mercado. Etapa 3 - Propensão à inovação: dezesseis questões fechadas, sendo estruturadas como: de múltipla escolha, uma escolha entre alternativas, ou com escala binária (sim ou não). Cada questão desta etapa está relacionada com um fator analisado, quanto a sua influência na abrangência da inovação. Cada fator é formado por um número de classes que estão relacionadas ao mesmo. A Figura 7, apresenta todos os fatores que foram estudados pela pesquisa. Sendo o fator Investimento em inovação com extensão para a questão Percentual que o investimento representa do faturamento anual. O fator Fontes de apoio às atividades de inovação foi separado pelo tipo de apoio externo, sendo o Apoio gerencial e o Apoio financeiro. Figura 7 - Fatores analisados. Fonte: elaboração própria. O fator Propriedade Industrial também foi dividido entre Registro de Marca e Registro de Patente. Da mesma forma os fatores Formação e Remuneração foram analisados com base nos três níveis hierárquicos das organizações, sendo eles: 67

68 Estratégico, Tático e Operacional. Na sequência serão apresentados os fatores analisados pela pesquisa e as classes que compõem cada um deles. O fator que corresponde a Idade das empresas, conforme Figura 8, é composto pelas classes que representam as faixas de idade na qual a empresa se encontrava no momento da entrevista. Esse fator é composto por quatro classes, sendo que a estrutura da questão permitia somente uma escolha entre as alternativas. Figura 8 - Idade das empresas. Fonte: elaboração própria. O fator que está relacionado ao Número de funcionários, Figura 9, é composto pelas classes que representam quantos funcionários a empresa tinha durante a coleta de dados, na qual o entrevistado indicava qual classe corresponde ao número de funcionários da empresa. Esse fator é composto por cinco classes, sendo que a estrutura da questão permitia somente uma escolha entre as alternativas. Figura 9 - Número de funcionários Fonte: elaboração própria. 68

69 Quanto ao fator que está relacionado com o porte das empresas, Figura 10, foram inseridas duas classes, sendo elas: microempresa e pequena empresa. O objetivo deste fator era garantir que a pesquisa analisasse somente empresas de pequeno porte, sendo possível analisar qual das duas classes apresentou maior moda em cada categoria de abrangência da inovação, portanto, a estrutura da questão permitia somente uma escolha entre as alternativas. Figura 10 - Porte das empresas Fonte: elaboração própria. Outro fator analisado pela pesquisa quanto a sua influência no potencial de abrangência da inovação de produto foi a Responsabilidade pelo desenvolvimento das inovações implantadas pelas empresas seguidoras e pelas pioneiras no período analisado, Figura 11. Esse fator é composto por sete classes, sendo que cada uma representa um possível agente responsável pelo desenvolvimento e a estrutura da questão permitia ao entrevistado múltipla escolha de alternativas. Figura 11 - Desenvolvimento das inovações. 69

70 Fonte: elaboração própria. Em relação ao fator Principal origem das ideias de inovação, o objetivo foi identificar qual seria a principal fonte de ideias de inovação para as empresas seguidoras e para as pioneiras, Figura 12. Esse fator é composto por quatro classes, sendo que o entrevistado poderia marcar apenas uma alternativa. Figura 12 - Principal origem das ideias. Fonte: elaboração própria. Quanto ao fator Tomada de decisão, o objetivo foi identificar como são tomadas as decisões tanto nas empresas seguidoras como nas pioneiras, Figura 13, sendo o fator composto por duas classes, sendo elas: somente pelos proprietários e pelos proprietários com participação dos funcionários. A estrutura da questão permitia ao entrevistado marcar somente uma das alternativas. Figura 13 - Processo de tomada de decisão. Fonte: elaboração própria. O fator que corresponde ao Investimento médio em atividades de inovação, Figura 14, é composto por doze classes que representam as faixas de investimento, as classes iniciam na faixa de Até 5 mil e termina com a faixa de Acima de 1 milhão. Essa questão permitia ao entrevistado assinalar somente uma das alternativas. 70

71 Figura 14 - Investimento médio. Fonte: elaboração própria. Com base no fator investimento médio, foi possível analisar o fator Percentual que o investimento representa do faturamento anual, Figura 15, que é composto por oito classes que representam as faixas de percentual. A estrutura da questão permitia ao entrevistado a escolha de somente uma das alternativas. Figura 15 - Percentual que o investimento representa do faturamento. Fonte: elaboração própria. O fator fontes de apoio financeiro teve como objetivo identificar as fontes de apoio as atividades de inovação nas empresas seguidoras e nas pioneiras, Figura 16. Esse fator é composto por sete classes, sendo cada uma representada por uma 71

72 determinada fonte de apoio financeiro. A estrutura da questão permitia ao entrevistado a múltipla escolha de alternativas. Figura 16 - Fontes de apoio financeiro. Fonte: elaboração própria. Quanto ao fator fontes de apoio gerencial, Figura 17, o objetivo foi identificar as fontes de apoio gerencial que foram buscadas pelas empresas seguidoras e pelas pioneiras, sendo esse fator composto por seis classes que compreendem as possíveis fontes externas de apoio as atividades de inovação. A estrutura dessa questão permitia ao entrevistado a múltipla escolha entre as alternativas. Figura 17 - Fontes de apoio gerencial. Fonte: elaboração própria. 72

73 Outro fator analisado pela pesquisa quanto a sua influência no potencial de abrangência na inovação de produto, Figura 18, nas empresas seguidoras e pioneiras foi Motivações na busca de apoio externo, sendo esse fator composto por sete classes. A estrutura dessa questão também permitia ao entrevistado a múltipla escolha entre as alternativas. Figura 18 - Motivações na busca de apoio externo. Fonte: elaboração própria. O fator Capacitação profissional analisou se o fato de as empresas seguidoras e pioneiras oferecerem a capacitação aos funcionários influencia no potencial de inovação, Figura 19, esse fator é composto por duas classes e a estrutura da questão era na forma de escala binária (sim ou não). Figura 19 - Capacitação profissional. Fonte: elaboração própria. A pesquisa também analisou o fator Frequência da capacitação profissional, Figura 20, sendo esse fator composto por seis categorias que representam diferentes 73

74 frequências da capacitação, na qual o entrevistado poderia marcar somente uma das alternativas. Figura 20 - Frequência da capacitação profissional. Fonte: elaboração própria. Quanto ao fator Pesquisa e desenvolvimento, Figura 21, o objetivo era identificar se a P&D influencia no potencial de abrangência da inovação ode produto nas empresas seguidoras e nas pioneiras. Esse fator era composto por duas classes e sua estrutura era na forma de escala binária. Figura 21 - Pesquisa e desenvolvimento (P&D). Fonte: elaboração própria. O fator Propriedade Industrial, foi dividido entre os fatores Registro de Marca e o Registro de Patente, Figura 22, de modo que a análise foi realizada isoladamente para cada categoria quanto a sua influência no potencial de inovação das empresas seguidoras e das pioneiras. Sendo ambas estruturadas com duas classes e a questão com escala binária (sim ou não). 74

75 Figura 22 - Propriedade Industrial. Fonte: elaboração própria. A pesquisa analisou o fator Formação nos três níveis hierárquicos, estratégico, tático e operacional, Figura 23, questionado as empresas a respeito de qual formação predominava em cada nível. Esse fator é composto por nove classes, sendo cada uma representada por uma formação, iniciando em Fundamental Completo até o Doutorado. A estrutura da questão permitia marcar somente uma alternativa. Figura 23 - Formação que predomina nos três níveis hierárquicos. Fonte: elaboração própria. A pesquisa analisou também o fator Remuneração nos três níveis hierárquicos das empresas seguidoras e das pioneiras, Figura 24, questionado a respeito de qual era a remuneração média adotada em cada um dos níveis. Esse fator é composto por doze 75

76 classes, sendo cada uma representada por uma faixa diferente de salário. A estrutura da questão permitia ao entrevistado marcar somente uma das alternativas. Figura 24 - Remuneração média nos três níveis hierárquicos. Fonte: elaboração própria. O questionário foi testado para validação das questões e possíveis ajustes necessários, pois com base no Manual de Oslo, algumas regras básicas devem ser seguidas durante a formulação do questionário para pesquisas sobre inovação, cada questionário deve ser testado antes de ser usado em campo (pré-teste). (OCDE, p. 140, 2004). O primeiro pré-teste do questionário foi realizado no dia 22 de junho de 2013, ás 13h:30min, em empresa atuante no setor de Fabricação de Artefatos de Cimento, localizada em Ijuí, sendo a entrevista aplicada com o proprietário. A primeira versão do questionário era composta por 50 questões e após o pré-teste foram realizadas alterações em sua estrutura de modo a reduzir o tempo de aplicação, que durava em média uma hora e meia para ser respondido. Ficou evidente na aplicação do questionário-teste que as questões eram muito extensas, tomando muito tempo do empresário e se tornando exaustiva sua aplicação, tanto para o entrevistado como para o entrevistador. A versão final do questionário teve sua estrutura reduzida de 50 para 21 questões, e seu pré-teste foi em empresa atuante no setor metal-mecânico, no dia 13 de outubro de 2013, ás 16h:11min, o entrevistado foi o responsável pela área 76

77 administrativa, sendo o tempo total de aplicação em torno de 15 minutos. O questionário completo pode ser visualizado no Apêndice Tipo de entrevista O tipo de entrevista utilizada durante a pesquisa de campo classifica-se como entrevista estruturada, pois seguiu-se um roteiro previamente estabelecido e as perguntas eram pré-determinadas. O objetivo é obter diferentes respostas à mesma pergunta, possibilitando que sejam comparadas. O entrevistador não tem liberdade. (GERHARDT E SILVEIRA, p. 72, 2009). As entrevistas eram previamente agendadas através de contato por telefone com os gestores, neste momento eram apresentados os principais objetivos da pesquisa e como as informações seriam utilizadas. Após um primeiro contato e agendada a data da entrevista, dava-se início a pesquisa de campo. 4.5 PLANO DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS O objetivo da análise e interpretação dos dados é reunir as observações de forma coerente e organizada e responder ao problema de pesquisa. A interpretação proporciona um sentido mais amplo aos dados coletados, fazendo a relação entre eles e o conhecimento existente. (DENCKER, 2000). A sequência de etapas realizadas, para a organização dos dados coletados foram: Etapa 1 - Tabulação dos dados: todos as respostas de cada questionário foram inseridas em planilha do Excel. Etapa 2 - Criou-se uma tabela separada com as respostas de cada questão, de modo a relacioná-las com as respostas da questão referente a inovação de produto. Etapa 3 - Posteriormente foram separadas, em tabelas, as respostas das empresas seguidoras das respostas das empresas pioneiras, em cada questão. Etapa 4 - Finalizada a etapa de tabulação dos dados, foram gerados os gráficos, como cada questão do questionário estava relacionada a um fator analisado, foram gerados dois gráficos para cada pergunta, sendo um para as empresas seguidoras e um para as empresas pioneiras, resultando em um total de 46 gráficos, 23 para cada grupo de abrangência da inovação. 77

78 Em cada categoria da abrangência da inovação de produto (seguidora e pioneira) foram identificados os fatores de influência, extraindo-se a moda de cada classe e assim, identificando-se a classe que possuía a maior moda em cada categoria de abrangência. Em relação à Moda, Freund (2004) a define como sendo o valor ou categoria que ocorre com a maior frequência e mais do que uma vez. Para o autor as duas vantagens principais da moda é que a mesma não exige cálculo algum, apenas uma contagem, e que pode ser determinada tanto para dados numéricos quanto para categóricos. A etapa de análise de cada categoria de abrangência da inovação foi realizada da seguinte forma: em cada fator identificou-se qual a classe que teve maior participação percentual de empresas nas duas categorias de abrangência da inovação. Portanto neste estudo definiu-se a análise por coluna, sendo que cada tabela representa um fator, nas linhas constam as duas abrangências da inovação (para empresa e para o mercado) e as classes estão nas colunas. Na Tabela 6, é possível visualizar o exemplo de como foi realizada a análise dos dados para o fator Responsável pelo desenvolvimento das inovações. As duas células em tonalidade cinza escuro, representam as classes que obtiveram maior participação percentual de empresas, nas categorias seguidora e pioneira. Sendo a classe funcionário para as seguidoras e a classe um setor da empresa para as pioneiras. Tabela 6 - Análise dos dados por coluna. Fonte: elaboração própria. Quanto a análise dos dados, esta é de caráter quantitativo e qualitativo, utilizando análise descritiva, com apresentação de uma visão geral dos resultados e, na sequência, análise dos dados relacionados, que possibilita perceber as relações entre as categorias de informação e da análise interpretativa. Ainda, envolve a estatística indutiva, pois foram realizadas inferências e conclusões. 78

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