Disciplina Economia de Mercado
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1 Disciplina Economia de Mercado A Moeda Prof. Isnard Martins Bibliografia: Rosseti J. Introdução à Economia. Atlas Isnard Martins Pag - 1
2 Escambo como sistema de trocas Problemas inerentes: Existência de um mercado de trocas com necessidades coincidentemente inversas Definição de uma relação quantitativa de trocas. Um produtor dispondo de excesso do produto A ia ao mercado para trocá-lo por excedentes do produto B,C ou D através de produtores dispostos a realizar tal troca. As trocas eram realizadas negociando-se diretamente produto por produto. Figura: 2
3 Definição de uma relação quantitativa de trocas Pressupondo a existências de diversos produtores, cada qual levando ao mercado um produto diferente, mas buscando suprir todos os demais a questão torna-se mais complexa para fixação das relações. O problema cresce exponencialmente com a quantidade de parceiros envolvidos Supondo dez produtos intercambiáveis entre si A, B, C, D, E, F, G, H, I. J Para que cada um deles possa ser trocado por todos os demais, tornam-se necessárias as relações seguintes Figura: 3
4 Definição de uma relação quantitativa de trocas Valor de A em relação aos outros 9 Valor de B em relação aos outros 8 Valor de C em relação aos outros 7 Valor de D em relação aos outros 6 Valor de E em relação aos outros 5 Valor de F em relação aos outros 4 Valor de G em relação aos outros 3 Valor de H em relação aos outros 2 Valor de I em relação a J Para dez produtos o número de relações necessárias para que se estabeleçam as trocas seria igual a 45 O calculo poderá ser feito pela fórmula da soma dos termos das progressões geométricas Figura: 4
5 Inviabilidade de trocas Disponibilidades e necessidades não coincidentes tornam as trocas inviáveis, ainda que todos disponham do que todos desejam 5
6 A viabilidade de trocas Através de um instrumento que exerça a função de moeda viabilizam-se as trocas indiretas. Cada um troca o seu produto por um outro que tenha valor de troca 6
7 As mercadorias - Moeda Através de um instrumento que exerça a função de moeda viabilizam-se as trocas indiretas. Cada um troca o seu produto por um outro que tenha valor de troca 7
8 As mercadorias - Moeda Solucionaram os problemas primitivos do escambo. Facilitavam as trocas mesmo sem preencher as características intrínsecas exigidas da moeda. Possibilitavas as trocas indiretas entre os agentes econômicos. O comércio evoluiu com o seu emprego 8
9 As mercadorias - Moeda As trocas indiretas entre os agentes econômicos, muito embora não fossem diretamente utilizadas por que as recebia como instrumentos de produção ou bens de consumo, tinham aceitação geral, assegurando aos seus detentores o poder de troca por quaisquer outros bens ou serviços desejados 9
10 As mercadorias - Moeda As mercadorias moeda variaram de região para região, e de época para época. Todas as mercadoriasmoeda apresentaram pelo menos duas características básicas: - Relativamente raras (escassez) - Atendiam as necessidades comuns (utilidade) Gado, sal, pão, peles curtidas, tabaco, peixes secos 10
11 As mercadorias - Moeda Lista de moedas primitivas e seus respectivos lugares de utilização: Algodão e Açúcar Barbados Amendoim Nigéria Amêndoa Sudão Animais Todo o mundo antigo Arroz Índia, China, Japão Bacalhau Islândia Botas e Seda China Búzios África, Ásia, Europa Cacau México Dentes de Animais Oceania Espetos Grécia Antiga Esteiras Ilhas Carolinas Mogno Honduras Peixes Alasca Peles Sibéria, América Pérolas África Sal Etiópia Tartarugas Marianas Telas e tecidos Europa, África, China 11
12 As mercadorias - Moeda Principais problemas com as primeiras mercadorias-moeda: Homogeneidade o valor do gado, por exemplo, variava de acordo com a idade, pureza da raça e características genéticas herdadas de cruzamentos Divisibilidade algumas mercadorias apresentavam-se indivisíveis, como no caso do gado (perde o valor seccionados Perecíveis perdem a reserva de valor. 12
13 As mercadorias - Moeda Novos instrumentos precisavam preencher cinco requisitos: Homogeneidade Inalterabilidade ou indestrutibilidade Divisibilidade Transferibilidade Facilidade de manuseio e transporte Cunhada pela Casa Real do Canadá, A Maple leaf, pesa cerca de 100 quilos e tem o valor nominal de 1 milhão de dólares canadenses - o equivalente a US$ 2,9 milhões. 13
14 A Moeda Homogeneidade Inalterabilidade ou indestrutibilidade Divisibilidade Transferibilidade Facilidade de manuseio e transporte O não-preenchimento destes requisitos pelas primeiras mercadorias-moeda levou os povos mais desenvolvidos da Antiguidade a instituir sistemas monetários baseados em metais. Tetradracma ateniense de prata cunhada entre 200 e 150 A.C. mostrando uma coruja, uma ânfora de azeite e um ramo de oliveira 14
15 A Moeda Na China do período Chou ( a.c.) nasceram as moedas de bronze com formas variadas: peixe, chave ou faca (Tao), machado (Pu), concha e a mais famosa o Bu, que tinha a forma de uma enxada. As formas das moedas vinham das mercadorias e objetos que possuíam valor de troca. Nessas peças encontravamse gravados o nome da autoridade emitente e o seu valor 15
16 A Moeda Data: oito séculos AC Primeiros usuários: Lídios Primeiro registro de uma notável evolução e utilização de moedas de emissão oficial e de curso legal. 645 AC é atribuído aos lídios a invenção da cunhagem das primeiras moedas 16
17 A Moeda Devido às suas características definidas por qualidades econômicas e físicas, segundo Adam Smith, como razões irresistíveis, terminaram por conduzir os metais, particularmente os preciosos, à posição de Instrumentos monetários preferenciais, Os benefícios resultantes da utiização das moedas metálicas propagaram-se rapidamente pela Grécia Continental, Ásia Menor e litoral macedônio. Os metais reuniam importantes características para serem utilizados como como instrumentos monetários. 17
18 A Moeda Metais utilizados Esparta Ferro Egito, Roma, Europa Central, China Cobre, Bronze, Prata e Ouro Em todas estas regiões, as primeiras formas metálicas foram gradualmente cedendo lugar aos metais preciosos ouro e prata, pela relativa raridade, pela durabilidade, homogeneidade e perfeita divisibilidade Inicialmente as formas físicas eram variadas variavam em peso e em grau de pureza: Objetos de adorno, lingotes, em pó, pepitas, grãos, lâminas ou fios ou mesmo in natura. 18
19 A Moeda Do estágio inicial, evoluiu-se para a cunhagem. Os caracteres utilizados eram símbolos de grandes proprietários, de soberanos ou de chefes de Estado. A pureza, o peso e o valor seriam assim oficialmente marcados, facilitando as operações de troca e aumentando a confiança dos que o recebiam, generalizando assim a sua aceitação. Quando a autoridade pública encarrega-se da divisão do lingote em peças e de sua cunhagem, a moeda passa a ter curso legal e liberatório. Os credores e os vendedores são obrigados a aceitá-la em pagamento de seus créditos e de suas mercadorias. 19
20 A Moeda Papel Surgiram depósitos, que se assemelhavam a guardavolumes. O depositante deixava o seu ouro para ser guardado e recebia um certificado de depósito. Essa forma operacional evoluiu para a não identificação dos depósitos. Os depositários passaram a aceitar certificados de depósitos nominativos relativos a quantidades de ouro, prata ou moedas metálicas. Na reconversão não recebiam necessariamente as mesmas peças originalmente depositadas. Estes títulos passaram a ser emitidos como títulos ao portador. A partir deste estágio a própria coletividade passaria a empregar os certificados de depósitos como meios de pagamento. 20
21 A Moeda Papel Para cada certificado emitido, era mantido em custódia um lastro metálico correspondente. Com base na confiança do lastro integral, passou a circular e a ter aceitação um novo tipo de instrumento monetário a moeda papel. Com seu emprego, seriam eliminadas as dificuldades inerentes à utilização das próprias peças metálicas. Assim vantajosamente, a moeda papel substituiria as moedas metálicas em sua função de servir como meio de pagamento. Cada uma das notas em circulação emitidas pelas casas de custódia era garantida por um correspondente lastro metálico. 21
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