CGU Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação

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1 Controladoria-Geral da União OGU Ouvidoria-Geral da União Coordenação-Geral de Recursos de Acesso à Informação PARECER Referência: / Assunto: Restrição de acesso: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Sem restrição. Ementa: Seguridade social informação pessoal tentativa de franqueamento de acesso pedido fora do escopo não conhecimento. Órgão ou entidade recorrido (a): Recorrente: Caixa Econômica Federal CEF. M.P.C.S. Senhor Ouvidor-Geral da União, 01. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação com base na Lei nº /2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado: RELATÓRIO ATO DATA TEOR Pedido 19/08/2015 Resposta Inicial 16/09/2015 Com base na Lei de Acesso a Informação e Legislação Previdenciária solicito a emissão do PPP Perfil Profissiográfico Previdenciário. Solicita-se urgência na sua emissão conforme previsão normativa pertinente com vistas a adoção de ação necessária. A Instrução Normativa INSS/PRES Nº 77, de 21 de janeiro de DOU DE 22/01/2015, estabelece no artigo 264 que o PPP constitui-se em um documento histórico laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo INSS, conforme formulário do Anexo XV, que deve conter as seguintes informações básicas: I - Dados Administrativos da Empresa e do Trabalhador; II - Registros Ambientais; III - Resultados de Monitoração Biológica; e IV - Responsáveis pelas Informações. No artigo 265 a IN INSS/PRES Nº 77 afirma que o PPP tem como finalidade: I - comprovar as condições para obtenção do direito aos benefícios e serviços previdenciários; II - fornecer ao trabalhador meios de prova produzidos pelo empregador perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da relação de trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo; III - fornecer à empresa meios de prova produzidos em tempo real, de modo a organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores; e IV - possibilitar aos administradores públicos e privados acessos a bases de informações fidedignas, como fonte

2 primária de informação estatística, para desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição de políticas em saúde coletiva. No artigo 266 da referida IN consta que o PPP deverá ser emitido com base no Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT. Em relação à periculosidade, o artigo 195 da CLT estabelece que a caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de médico do trabalho ou engenheiro do trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. A CAIXA possui Laudo Técnico, emitido por Engenheiro de Segurança, realizado na edificação Brás, que não caracterizou a Periculosidade, portanto, a emissão do PPP pela CAIXA seguirá o que determina a legislação específica. Com relação à ação Coletiva citada pelo Sr., informamos que a mesma não transitou em julgado, no momento, portanto não é devido o registro da periculosidade no documento. Após o transito em julgado da Ação Coletiva, a CAIXA seguirá a determinação da Justiça Trabalhista. Recurso à Autoridade Superior 17/09/2015 Recorro nos termos da LAI visto que a empresa não respondeu se irá emitir o documento solicitado PPP e qual o prazo de atendimento. Com base na Lei de Acesso a Informação e Legislação Previdenciária solicito a emissão do PPP Perfil Profissiográfico Previdenciário. Solicita-se urgência na sua emissão conforme previsão normativa pertinente com vistas a adoção de ação necessária. Considerando que foi verificado que existe exposição a inflamável (óleo Diesel) e consequentemente devido o Adicional de Periculosidade através de Laudo Pericial assinado por Engenheiro de Segurança do Trabalho e também houve sentença judicial reconhecendo tal exposição para todos os empregados do edifício Brás e considerando que este empregado trabalha neste edifício entendo que o PPP deve descrever fielmente a real condição de periculosidade sob pena de prejuízos ao empregado visto não relatar a real situação ambiental laboral. Anexo: os três Laudos Técnicos Periciais assinados por Engenheiro de Segurança do Trabalho em Ação Judicial perante o TRT-2. Resposta do Recurso à Autoridade Superior Recurso à Autoridade Máxima 22/09/ /09/2015 A Instrução Normativa INSS/PRES Nº 77, de 21 de janeiro de DOU DE 22/01/2015, estabelece no inciso V, do parágrafo primeiro do artigo 261 que não será aceito Laudo Técnico de empresa diversa. Em atendimento à legislação específica, a CAIXA emitirá o seu PPP em conformidade com o Laudo Técnico da CAIXA. Informamos que a área responsável pela emissão do PPP Gerencia de Filial de Gestão de Pessoas São Paulo, já foi incumbida de emitir o documento, portanto o Sr. pode entrar em contato para agendar a retirada do documento por meio do telefone [...] ou [...]. Considerando que o PPP apresentado pela CAIXA NÃO apontada todas as CAT Comunicação de Acidente do Trabalho registradas no sistema do INSS e também não consta o risco ambiental Periculosidade por Inflamável previsto nas Normas Regulamentadoras NR-16 e NR-20 do Ministério do Trabalho e Emprego e considerando também que segundo a INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 77, DE 21 DE JANEIRO DE DOU DE 22/01/2015 que estabelece rotinas para agilizar e uniformizar o reconhecimento de direitos dos segurados e beneficiários da Previdência Social, com observância dos princípios estabelecidos no art. 37 da Constituição Federal de 1988 e ainda, no Artigo 258 da INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 77, DE 21 DE JANEIRO DE 2015 temos que para caracterizar o exercício de atividade sujeita a condições especiais o segurado empregado DEVERÁ apresentar, original ou cópia autenticada da

3 Carteira Profissional - CP ou da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, observado o art. 246, acompanhada dos seguintes documentos: (...) IV - para períodos laborados a partir de 1º de janeiro de 2004, o documento a ser apresentado deverá ser o PPP, conforme estabelecido por meio da Instrução Normativa INSS/DC nº 99, de 5 de dezembro de 2003, em cumprimento ao 3º do art. 68 do RPS. Logo temos que a para caracterizar o exercício de atividade sujeita a condições especiais o segurado necessita da emissão do PPP (emitido pela CAIXA a partir de 01/01/2004) Temos também no artigo 261: Poderão ser aceitos, em substituição ao LTCAT, e ainda de forma complementar, desde que contenham os elementos informativos básicos constitutivos relacionados no art. 262, os seguintes documentos: I - laudos técnico-periciais realizados na mesma empresa, emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações trabalhistas, individuais ou coletivas, acordos ou dissídios coletivos, ainda que o segurado não seja o reclamante, desde que relativas ao mesmo setor, atividades, condições e local de trabalho. Desta forma e visto que o Laudo Técnico das Condições do Ambiente do Trabalho LTCAT pode ser substituído ou complementado pelos laudos técnico-periciais realizados por determinação da Justiça do Trabalho, tanto em ações trabalhistas individuais e coletivas, solicito a devida emissão do PPP com as retificações pertinentes visto que nos laudos anexados o Engenheiro de Segurança do Trabalho Perito Judicial chegou a conclusão que toda o edifício Brás está em condição de Periculosidade por Inflamável e desta forma esta informação deve constar no PPP emitido para este trabalhador. Solicita-se também a complementação do PPP com as diversas CATs Comunicação de Acidente do Trabalho registradas no sistema do INSS a partir de novembro de 2005 visto que a ausência da informação no documento PPP não encontra guarida na legislação vigente. Resposta do Recurso à Autoridade Máxima 01/10/2015 Conforme informamos para o senhor, a INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 77, DE 21 DE JANEIRO DE DOU DE 22/01/2015 estabelece a faculdade de a CAIXA aceitar Laudos Técnicos periciais emitidos por terceiros. A CAIXA, no entanto, não se utiliza desta faculdade. Portanto, o seu Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP será emitido em conformidade com o Laudo Técnico da CAIXA. Em relação à emissão de CAT, informamos que no PPP constam todas as CAT emitidas junto ao INSS. Recurso à 02/10/2015 Considerando que o PPP apresentado pela CAIXA NÃO apontada todas as CAT Comunicação de Acidente do Trabalho registradas no sistema do INSS e também não consta o risco ambiental Periculosidade por Inflamável previsto nas Normas Regulamentadoras NR-16 e NR-20 do Ministério do Trabalho e Emprego e considerando também que segundo a INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 77, DE 21 DE JANEIRO DE DOU DE 22/01/2015 que estabelece rotinas para agilizar e uniformizar o reconhecimento de direitos dos segurados e beneficiários da Previdência Social, com observância dos princípios estabelecidos no art. 37 da Constituição Federal de 1988 e ainda, no Artigo 258 da INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 77, DE 21 DE JANEIRO DE 2015 temos que para caracterizar o exercício de atividade sujeita a condições especiais o segurado empregado DEVERÁ apresentar, original ou cópia autenticada da Carteira Profissional - CP ou da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, observado o art. 246, acompanhada dos seguintes documentos: (...) IV - para períodos laborados a partir de 1º de janeiro de 2004, o documento a ser apresentado deverá ser o PPP, conforme estabelecido por meio da Instrução Normativa INSS/DC nº 99, de 5 de dezembro de 2003, em cumprimento ao 3º do art. 68 do RPS. Logo temos que a para caracterizar o exercício de atividade sujeita a condições especiais o segurado necessita

4 da emissão do PPP (emitido pela CAIXA a partir de 01/01/2004). Temos também no artigo 261: poderão ser aceitos, em substituição ao LTCAT, e ainda de forma complementar, desde que contenham os elementos informativos básicos constitutivos relacionados no art. 262, os seguintes documentos: I - laudos técnico-periciais realizados na mesma empresa, emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações trabalhistas, individuais ou coletivas, acordos ou dissídios coletivos, ainda que o segurado não seja o reclamante, desde que relativas ao mesmo setor, atividades, condições e local de trabalho. Desta forma e visto que o Laudo Técnico das Condições do Ambiente do Trabalho LTCAT pode ser substituído ou complementado pelos laudos técnico-periciais realizados por determinação da Justiça do Trabalho, tanto em ações trabalhistas individuais e coletivas, solicito a devida emissão do PPP com as retificações pertinentes visto que nos laudos anexados o Engenheiro de Segurança do Trabalho Perito Judicial chegou a conclusão que toda o edifício Brás está em condição de Periculosidade por Inflamável e desta forma esta informação deve constar no PPP emitido para este trabalhador. Solicita-se também a complementação do PPP com as diversas CATs Comunicação de Acidente do Trabalho registradas no sistema do INSS a partir de novembro de 2005 visto que a ausência da informação no documento PPP não encontra guarida na legislação vigente. Importantíssimo destacar que o Laudo que a CAIXA utiliza foi elaborado pelo empregado Arquiteto B.A.S. que NÃO fez concurso público para Engenheiro de Segurança do Trabalho e que também não pode ACUMULAR ou exercer o cargo de ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO visto que o único concurso realizado o empregado B.A.S. não consta da lista dos aprovados conforme Relatório do Tribunal de Contas da União e relação no site da organizadora do concurso público em 2005, desta forma o trabalho exercido em desvio de função e ao arrepio da Constituição Federal não pode ser covalidado, tendo como nulo pois realizado por empregado em desvio de função e sem receber remuneração para esta atividade. Em São Paulo os únicos laudos válidos poderiam ser utilizados se emitidos exclusivamente pelos ENGENHEIROS DE SEGURANÇA DO TRABALHO DA CAIXA M.C.F. OU A.S. pois ambos foram aprovados e nomeados Engenheiros de Segurança do Trabalho na Caixa e desta forma são os únicos com atribuição legal visto que possuem/possuíram as atribuições para emissão de laudo de periculosidade/ltcat na Cidade de São Paulo pois seus nomes constam da lista de aprovados no concurso público para engenheiro de segurança do trabalho para a CAIXA ECONOMICA FEDERAL desde 2005 e a empresa optou por não realizar novos concursos públicos e desta forma qualquer o exercício do arquiteto B.A.S. não pode ser covalidado visto que na empresa vários empregados possuem a formação de pos-graduação em segurança do trabalho porém não podem exerce-la nem assinar documentos correlatos visto que NÃO participaram do concurso público e/ou não formam aprovados! No caso da falta da CAT caso a solicite via posso apresentar os documentos que comprovam que o PPP não está relacionando todas as CAT que existem no sistema do INSS. Solicitação de Esclarecimentos Adicionais Esclarecimentos Adicionais 04/11/ /11/2015 A encaminhou solicitação de esclarecimentos adicionais, com o seguinte teor: o cidadão recebeu o Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP, conforme solicitado? Encaminhar comprovação. Em atenção ao pedido de esclarecimentos referente ao registro no e-sic no NUP / , informamos que o cidadão se recusou a assinar o Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP alegando que estava faltando uma Comunicação de Acidente do Trabalho CAT e o Laudo do Perito da Justiça que caracterizou a Periculosidade na edificação onde

5 trabalha, conforme relato da GIPES/SP anexo. Em relação à alegação da falta de registro de Comunicação de Acidente do Trabalho CAT no Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP, esclarecemos que em 31/10/2014 o Médico Assistente do empregado M.P., Dr. P.V.P.Z., CRM 67.XXX/SP, emitiu CAT com número 2014.XXX.369-6/XX. A CAIXA entrou com recurso junto ao INSS contestando o conteúdo da CAT, o INSS julgou procedente o recurso da CAIXA e anulou o registro da CAT. Portanto, a CAT emitida pelo Médico Assistente do empregado foi anulada pelo INSS. Em relação ao Laudo Técnico de Periculosidade, a CAIXA ratifica o entendimento de que o PPP do empregado foi emitido, e não aceito pelo empregado, com base no Laudo Técnico de Periculosidade da CAIXA. Esclarecemos que a CAIXA possui empregados com formação em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Medicina do Trabalho que também realizam Laudos Técnicos e que quando da impossibilidade desses empregados realizarem Laudos Técnicos, por estarem desenvolvendo outras atividades, a CAIXA contrata profissionais para realização de Laudos Técnicos. É o relatório. Análise 02. Quanto ao cumprimento do art. 21, do Decreto nº 7.724/2012, observa-se que consta da resposta ao recurso de primeira instância que a autoridade que proferiu a decisão era hierarquicamente superior à que adotou a decisão inicial. Entretanto, observa-se que não consta que a autoridade que proferiu a decisão em segunda instância foi o dirigente máximo do órgão/entidade. 03. No que tange aos requisitos de admissibilidade, registre-se que o recurso foi apresentado à de forma tempestiva e recebido na esteira do disposto no caput e 1º, do art. 16, da Lei nº /2011, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23, do Decreto nº 7.724/2012, nestes termos: Lei nº /2011 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: [...] 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias.

6 Decreto nº 7.724/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso. 04. O pedido apresentado resume-se ao acesso ao Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP relativo ao próprio requerente. Em vista disso, torna-se relevante lembrar que a obrigação da empresa em elaborar e manter o PPP atualizado está prevista na Lei nº 9.528/1997, art. 58, 4º, conforme segue: Lei nº 9.528/1997 Art A relação dos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física considerados para fins de concessão da aposentadoria especial de que trata o artigo anterior será definida pelo Poder Executivo. [...] 4º - A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica desse documento. 05. O PPP consiste em um formulário, que apresenta campos a serem preenchidos com diversas informações relativas ao empregado, como por exemplo: a atividade exercida pelo trabalhador, o agente nocivo ao qual ele é exposto, a intensidade e a concentração do agente, exames médicos e clínicos, além de dados referentes à empresa. De acordo com a Instrução Normativa INSS/DC nº 99, de 05/12/2003, após a implantação do PPP em meio magnético, pela Previdência Social, esse documento passou a ser exigido para todos os segurados, independentemente do ramo de atividade da empresa e da exposição a agentes nocivos. 06. Percebe-se claramente que o referido formulário traz informações pessoais relativas ao beneficiário. Com a eventual publicidade das informações referentes aos agentes de risco aos quais determinado trabalhador foi exposto em seu ambiente de trabalho, poderia decorrer algum tipo de prejuízo; por exemplo, quando da contratação de planos de saúde, haja vista que as empresas, de posse de tais informações, poderiam aplicar sobrepreço, em função do risco potencial de desenvolvimento de alguma doença. Esse exemplo foi desenvolvido no Parecer relativo ao NUP /

7 07. No entanto, como as informações requeridas são relativas ao próprio solicitante, não há empecilho em entregá-las, desde que assegurado que a entrega se dará à pessoa certa, e não a um terceiro que tenha feito a solicitação sem a devida autorização de quem de direito. Por isso, no caso concreto, foi providenciado um agendamento, para entrega em mãos, da informação solicitada. 08. Conforme do recorrente, datado de 29/10/2015, juntado aos autos, o recorrente confirmou o agendamento para, no dia 04/11/2015, retirar a informação solicitada junto à recorrida. Contudo, em esclarecimentos adicionais, a recorrida afirma que o cidadão [compareceu, mas] se recusou a assinar o Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP alegando que estava faltando uma Comunicação de Acidente do Trabalho CAT e o Laudo do Perito da Justiça que caracterizou a Periculosidade na edificação onde trabalha. 09. Resta claro que não houve recusa no fornecimento da informação existente, mas sim discordância em relação ao conteúdo dessa informação. Tal discordância evidencia-se, inclusive, nos seguintes trechos do recurso à : solicito a devida emissão do PPP com as retificações pertinentes e solicita-se também a complementação do PPP com as diversas CATs. 10. Dessa forma, o pedido de acesso à informação passou a configurar um pedido de providências, cujo mérito não está ao alcance da Lei de Acesso à Informação. Não há possibilidade de provimento do recurso, porque não houve recusa no acesso à informação. Tampouco há possibilidade de desprovimento, visto que o mérito do pedido não está inserido no escopo da Lei nº / Por derradeiro, quanto ao conteúdo de denúncia apresentado pelo cidadão em recurso à, destacamos que a Ouvidoria-Geral da União (OGU), órgão integrante da, tem competência para receber, examinar e encaminhar reclamações, denúncias, sugestões e elogios referentes a procedimentos e ações de agentes, órgãos e entidades do Poder Executivo Federal. O referido conteúdo foi submetido à Coordenação-Geral de Atendimento ao Cidadão (CGCID), que integra a estrutura da OGU. A manifestação desta Coordenação é a de que há registro de denúncia com objeto análogo, deliberando-se pela insuficiência de elementos para análise pela CGCID. Conclusão

8 12. Do exposto, opino pelo não conhecimento do presente recurso, vez que a recorrida não negou acesso à informação existente. O cidadão passou a pleitear providências, restando, assim, o pedido fora do escopo da LAI. 13. Ademais, recomenda-se orientar a autoridade de monitoramento da Caixa Econômica Federal CEF que reavalie os fluxos internos, para assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos da referida Lei e de seu regulamento, em especial no que tange ao art. 21, do Decreto nº 7.724/2012. GABRIEL CALEFFI ESTIVALET Analista de Finanças e Controle

9 D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n , da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pelo não conhecimento do recurso interposto, nos termos do art. 23, do Decreto 7.724/2012, no âmbito do pedido de informação nº / , direcionado à Caixa Econômica Federal CEF. LUÍS HENRIQUE FANAN Ouvidor-Geral da União

10 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 3877 de 13/11/2015 Referência: PROCESSO nº / Assunto: Lei de Acesso à Informação Signatário(s): GILBERTO WALLER JUNIOR Ouvidor Assinado Digitalmente em 13/11/2015 Relação de Despachos: aprovo. GILBERTO WALLER JUNIOR Ouvidor Assinado Digitalmente em 13/11/2015 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: 7bf971dc_8d2ec3666c06afb