Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER. Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Não há.

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1 Referência: / Assunto: Restrição de acesso: Ementa: Órgão ou entidade recorrido (a): Recorrente: Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Não há. Cidadão solicita cópia de contrato firmado entre a Concessionária GRU Airport e as empresas distribuidoras de combustível de avião no aeroporto de Guarulhos A regra é a publicidade, o sigilo exceção Contra dispositivo expresso do Decreto Conhecido e desprovido Recomendação: * Impossibilidade de se identificar a autoridade responsável em 2ª instância. Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC M.E.L. Senhor Ouvidor-Geral da União, 1. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação pública, com base na Lei nº /2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado: RELATÓRIO Data Teor Cidadão solicitou cópia do contrato de alocação de áreas, Pedido 30/10/2013 Resposta Inicial 19/11/2013 Recurso à Autoridade Superior Resposta do Recurso à Autoridade Superior destinado ao PAA Parque de Abastecimento de Aeronaves, firmado com as empresas distribuidoras de combustíveis de aviação no aeroporto de Guarulhos e a Concessionária GRU Airport. Demandado indeferiu o pedido com base no artigo 5º, do Decreto nº 7.724/ /11/2013 Demandante reiterou a solicitação inicial. 25/11/2013 Demandado indeferiu o pedido e apresentou a seguinte resposta: Esta Agência entende que o repasse das cópias dos contratos de aluguel firmados entre as Concessionárias Aeroportuárias e as Empresas de abastecimento localizadas nos respectivos parques de abastecimento configuraria evidente afronta ao que 21

2 Recurso à Autoridade Máxima Resposta do Recurso à Autoridade Máxima Análise Recurso à CGU 03/02/2013 Informações Adicionais e Negociações É o relatório. se proíbe o artigo 5º, parágrafo 2º, do Decreto /11/2013 Demandante recorreu solicitando a informação inicial. 02/12/2013 Demandado indeferiu o pedido. - - Demandante recorreu à CGU reapresentando o recurso contra o indeferimento do pedido. 2. Registra-se que o Recurso foi apresentado à CGU de forma tempestiva e recebido em conformidade com o disposto no caput e 1º, do art. 16, da Lei nº /2012, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23 do Decreto nº 7724/2012, in verbis: Lei nº /2012 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: (...) 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7724/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento do recurso. 3. Quanto ao cumprimento do art. 21 do Decreto n.º 7.724/2012, observou-se que não constou da resposta que a autoridade que proferiu a decisão, em segunda instância, era a hierarquicamente superior à que adotou a decisão em 1ª instância. 4. Quanto à análise de mérito, observou-se que o pedido tratou de informação existente e específica. 5. Em 30/10/2013, o requerente solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC cópia do contrato de alocação de áreas, destinado ao PAA Parque de Abastecimento de Aviação, firmado 22

3 com as empresas distribuidoras de combustíveis de aviação e a Concessionária GRU Airport, em Guarulhos. 6. A Agência, em 19/11/2013, indeferiu o pedido, conforme informação a seguir transcrita: Em referência à demanda apresentada, informamos que a área técnica avalia a informação solicitada sob a luz do Decreto nº de 16 de Maio de 2012, art. 5º., 2º, in verbis: Art. 5o Sujeitam-se ao disposto neste Decreto os órgãos da administração direta, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União. 2o Não se sujeitam ao disposto neste Decreto as informações relativas à atividade empresarial de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado obtidas pelo Banco Central do Brasil, pelas agências reguladoras ou por outros órgãos ou entidades no exercício de atividade de controle, regulação e supervisão da atividade econômica cuja divulgação possa representar vantagem competitiva a outros agentes econômicos. 7. No entanto, em 19/11/2013, o cidadão ingressou com o recurso em 1ª instância reiterando o pedido inicial, alegando que a solicitação feita tinha o caráter fiscalizatório do cumprimento por parte da Concessionária Pública, das obrigações assumidas quando da assinatura do Contrato de Concessão de Aeroportos CCA nº 002/ANAC/2012 SBGR, ou seja, se realmente a Concessionária Pública está cumprindo o disposto na Cláusula 11.7, que trata de livre acesso de terceiros as áreas aeroportuárias e se a ANAC está fiscalizando tal cumprimento. A Unidade, em 25/11/2013, indeferiu o pedido com base no artigo 5º, do Decreto nº 7.724/ Em 26/11/2013, o requerente ingressou com recurso em 2ª instância, reiterando a solicitação inicial e a Agência, em 02/12/2013, indeferiu o pedido novamente. 9. No dia 03/12/2013, o requerente ingressou com recurso à CGU reapresentando a solicitação inicial. De acordo com o cidadão o objetivo da solicitação foi: confirmar se em todos contratos firmados com terceiros, para utilização de áreas no complexo aeroportuários e no caso específico das áreas destinadas ao PAA Parque de Abastecimentos de Aeronaves, configura em suas cláusulas as condições de livre acesso, de forma não discriminatória. 10. Diante da solicitação feita pelo cidadão e com base nas argumentações apresentadas e devidamente fundamentadas (artigo 5º, do Decreto nº 7.724/2012) na regulamentação aplicável à matéria, o fornecimento de cópias dos contratos firmados pela Concessionária GRU Airport e as empresas distribuidoras de combustíveis de aviação no aeroporto de Guarulhos não foram 23

4 fornecidas ao cidadão. Ressalta-se o fato da Agência ter acesso irrestrito e a qualquer tempo a documentos de toda ordem de entes regulados não altera o caráter restrito próprio da natureza desses contratos. Conclusão De todo o exposto, opina-se pelo conhecimento do presente recurso, para, no mérito, opinar por seu desprovimento, uma vez que a Agência apresentou justificativa legal para o não fornecimento das cópias dos contratos solicitadas pelo cidadão. Por fim, observamos que o recorrido descumpriu procedimentos básicos da Lei de Acesso à Informação. Nesse sentido, recomenda-se orientar a autoridade de monitoramento competente que reavalie os fluxos internos para assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos legais, em especial recomenda-se: a) Que a Autoridade responsável por decidir o recurso de segunda instância seja diferente e hierarquicamente superior àquela que adotou a decisão de 1ª instância. SANDRA INSERTI SIMÃO Analisa de Finanças e Controle D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pelo desprovimento do recurso interposto, nos termos do art. 23 do referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº / , direcionado à Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC. JOSÉ EDUARDO ROMÃO Ouvidor-Geral da União 24

5 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 1254 de 16/04/2014 Referência: PROCESSO nº / Assunto: Parecer em recurso de 3ª instância Signatário(s): JOSE EDUARDO ELIAS ROMAO Ouvidor Assinado Digitalmente em 16/04/2014 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: 6c075e42_8d1279faccdad3e