Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

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1 Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Referência: / Assunto: Restrição de acesso: Ementa: Órgão ou entidade recorrido (a): Recorrente: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Informação pessoal. Informação de dados cadastrais Informação incorreta Provimento do recurso/acesso concedido Não conhecimento. CVM Comissão de Valores Mobiliários J.P.C.F. Senhor Ouvidor-Geral da União, 1. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação pública, com base na Lei nº /2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado: RELATÓRIO Data Teor 19/01/201 Cidadão requer o nome e os dados de contato do atual representante Pedido legal, no Brasil, da Companhia 10/02/201 Resposta Inicial Acesso concedido. Recurso à 10/02/201 Cidadão requer novamente acesso à mesma informação, por entender que a informação a qual lhe foi prestada Autoridade Superior encontra-se incorreta, incompleta ou imprecisa. O Superintendente-Geral da CVM (SGE) deu, então, provimento ao recurso interposto, tendo em vista que, conforme informado pela Companhia, por meio da divulgação, em , de Fato Relevante, o Sr. Resposta do Recurso 17/02/201 não mais exerce a função de responsável legal no Brasil da, não tendo sido indicado, até o à Autoridade Superior presente momento, novo representante legal, nos termos do 2 do art. 3 do Anexo 32 I da Instrução CVM n 80/09. Recurso à 27/02/201 Inconformado com a resposta, o cidadão solicita que a autoridade jul- 21

2 Autoridade Máxima Resposta do Recurso 10/03/201 à Autoridade Máxima 19/03/201 Recurso à CGU gadora informe qual é o nome do atual representante legal no Brasil da companhia e pede, ainda, que sejam tomadas medidas disciplinares contra servidor responsável pela resposta encaminhada ao Recorrente em 10/02/201, com base no dispositivo do Decreto nº 7.72, de 16 de maio de 2012 que dispõe sobre a ilicitude do fornecimento de informação incorreta, incompleta ou imprecisa de forma intencional, por parte de agente público. Em resposta ao recurso, o Presidente da CVM informa ao solicitante que, até a presente data, a não indicou novo representante legal no país e que, por isso a CVM está apurando em processo próprio responsabilidade da pelo descumprimento ao prazo fixado no art. 3, 2º, do Anexo 32 I da Instrução CVM n 80/09. Ainda, informa-lhe que entende não ter havido qualquer indício de que o servidor intencionalmente enviou informação incorreta, incompleta ou imprecisa, conforme art. 65, inciso I, do Decreto nº 7.72/12, visto que a resposta dada ao requerente baseou-se nos dados constantes no Cadastro Geral da CVM, que, no que diz respeito aos responsáveis pelas companhias abertas e estrangeiras, devem ser atualizados por estas através do Sistema IPE, na forma prescrita no OFÍCIO- CIRCULAR/CVM/SEP/N 002/2010, de , o que não ocorreu no caso em tela. Cidadão solicita que a CGU determine que a CVM informe qual é o nome do atual representante legal no Brasil da companhia, por entender que as informações prestadas pelo recorrido são falsas ou inverídicas. Análise É o relatório. 2. Registre-se que o Recurso foi apresentado perante a CGU de forma tempestiva e recebido na esteira do disposto no caput e 1º do art. 16 da Lei nº /2011, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23 do Decreto nº 772/2012, in verbis: Lei nº /2011 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: (...) 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7.72/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à 22

3 Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco contado do recebimento do recurso. dias, 3. Percebe-se, no caso exposto, que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prestou todas as informações solicitadas pelo cidadão, o que fez com que este perdesse o interesse jurídico em agir. É o que consta no artigo 16, da lei /11, conforme o seguinte: Art. 16. Negado o acesso à informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União(...). (Grifo meu). Apesar de a Autarquia ter se equivocado na prestação da informação solicitada no pedido inicial do requerente, ela logo procurou corrigir seu equívoco ao dar provimento ao recurso em primeira instância, avisando-o que a ainda não informou quem é o seu novo representante legal no país. Portanto, a informação solicitada foi franqueada ao requerente. Verifica-se, também, que o fato de a referida empresa não ter ainda informado o nome de seu novo representante legal, contrariando a Instrução CVM 80/09, não implica desrespeito à lei /11 (lei de acesso à informação) por parte da Comissão de Valores Mobiliários, em que pese o seu papel de fiscalizador do setor. O próprio órgão estatal, em resposta ao recurso de segunda instância, informou que está apurando as devidas responsabilidades, por meio de medidas administrativas para que a empresa supra esta lacuna legal. 5 Ademais, em função da atitude transparente do recorrido não se pode inferir que houve qualquer tentativa deliberada de fornecer informação incorreta, incompleta ou imprecisa por parte de quaisquer servidores, verificando-se que a Autarquia agiu de boa-fé, buscando as informações dentro do seu próprio sistema. Após verificar o erro, este foi concertado com a prestação da informação correta, por meio de provimento de recurso em primeira instância, apesar da insatisfação do recorrente com o seu conteúdo. 6. Verificou-se, também, que constava nas respostas aos recursos as autoridades responsáveis por respondê-los, os prazos legais para a impetração de novos recursos e a quem deveriam ser endereçados. Conclusão 7. De todo o exposto, opina-se pelo não conhecimento do recurso, em função da informação não existir. Recomenda-se à Comissão de Valores Mobiliários que assim que a informe os dados do seu novo representante legal no país, estes sejam imediatamente repassados ao recorrente. JORGE ANDRÉ FERREIRA FONTELLES DE LIMA Analista de Finanças e Controle 23

4 D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pelo não conhecimento do recurso interposto, nos termos do art. 23 do referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº /201-88, direcionado à Comissão de Valores Mobiliários - CVM. JOSÉ EDUARDO ROMÃO Ouvidor-Geral da União 2

5 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Controladoria-Geral da União Folha de Assinaturas Documento: PARECER nº 1765 de 22/05/201 Referência: PROCESSO nº / Assunto: Recurso contra decisão incorreta, inverídica ou incompleta. Signatário(s): JOSE EDUARDO ELIAS ROMAO Ouvidor Assinado Digitalmente em 22/05/201 Este despacho foi expedido eletronicamente pelo SGI. O código para verificação da autenticidade deste documento é: a2af9c17_8d13dd639b6faa

6 Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER Referência: / Assunto: Restrição de acesso: Ementa: Órgão ou entidade recorrido (a): Recorrente: Recurso contra decisão denegatória ao pedido de acesso à informação. Informação pessoal. Informação de dados cadastrais Informação incorreta Provimento do recurso/acesso concedido Não conhecimento. CVM Comissão de Valores Mobiliários J.P.C.F. Senhor Ouvidor-Geral da União, 1. O presente parecer trata de solicitação de acesso à informação pública, com base na Lei nº /2011, conforme resumo descritivo abaixo apresentado: RELATÓRIO Data Teor 19/01/201 Cidadão requer o nome e os dados de contato do atual representante Pedido legal, no Brasil, da. 10/02/201 Resposta Inicial Acesso concedido. Recurso à 10/02/201 Cidadão requer novamente acesso à mesma informação, por entender que a informação a qual lhe foi prestada Autoridade Superior encontra-se incorreta, incompleta ou imprecisa. O Superintendente-Geral da CVM (SGE) deu, então, provimento ao recurso interposto, tendo em vista que, conforme informado pela Companhia, por meio da divulgação, em , de Fato Relevante, o Sr. Resposta do Recurso 17/02/201 não mais exerce a função de responsável legal no Brasil da, não tendo sido indicado, até o à Autoridade Superior presente momento, novo representante legal, nos termos do 2 do art. 3 do Anexo 32 I da Instrução CVM n 80/09. Recurso à 27/02/201 Inconformado com a resposta, o cidadão solicita que a autoridade jul- 21

7 Autoridade Máxima Resposta do Recurso 10/03/201 à Autoridade Máxima 19/03/201 Recurso à CGU gadora informe qual é o nome do atual representante legal no Brasil da companhia e pede, ainda, que sejam tomadas medidas disciplinares contra servidor responsável pela resposta encaminhada ao Recorrente em 10/02/201, com base no dispositivo do Decreto nº 7.72, de 16 de maio de 2012 que dispõe sobre a ilicitude do fornecimento de informação incorreta, incompleta ou imprecisa de forma intencional, por parte de agente público. Em resposta ao recurso, o Presidente da CVM informa ao solicitante que, até a presente data, a não indicou novo representante legal no país e que, por isso a CVM está apurando em processo próprio responsabilidade da pelo descumprimento ao prazo fixado no art. 3, 2º, do Anexo 32 I da Instrução CVM n 80/09. Ainda, informa-lhe que entende não ter havido qualquer indício de que o servidor intencionalmente enviou informação incorreta, incompleta ou imprecisa, conforme art. 65, inciso I, do Decreto nº 7.72/12, visto que a resposta dada ao requerente baseou-se nos dados constantes no Cadastro Geral da CVM, que, no que diz respeito aos responsáveis pelas companhias abertas e estrangeiras, devem ser atualizados por estas através do Sistema IPE, na forma prescrita no OFÍCIO- CIRCULAR/CVM/SEP/N 002/2010, de , o que não ocorreu no caso em tela. Cidadão solicita que a CGU determine que a CVM informe qual é o nome do atual representante legal no Brasil da companhia por entender que as informações prestadas pelo recorrido são falsas ou inverídicas. Análise É o relatório. 2. Registre-se que o Recurso foi apresentado perante a CGU de forma tempestiva e recebido na esteira do disposto no caput e 1º do art. 16 da Lei nº /2011, bem como em respeito ao prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 23 do Decreto nº 772/2012, in verbis: Lei nº /2011 Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: (...) 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Decreto nº 7.72/2012 Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à 22

8 Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco contado do recebimento do recurso. dias, 3. Percebe-se, no caso exposto, que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prestou todas as informações solicitadas pelo cidadão, o que fez com que este perdesse o interesse jurídico em agir. É o que consta no artigo 16, da lei /11, conforme o seguinte: Art. 16. Negado o acesso à informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União(...). (Grifo meu). Apesar de a Autarquia ter se equivocado na prestação da informação solicitada no pedido inicial do requerente, ela logo procurou corrigir seu equívoco ao dar provimento ao recurso em primeira instância, avisando-o que a ainda não informou quem é o seu novo representante legal no país. Portanto, a informação solicitada foi franqueada ao requerente. Verifica-se, também, que o fato de a referida empresa não ter ainda informado o nome de seu novo representante legal, contrariando a Instrução CVM 80/09, não implica desrespeito à lei /11 (lei de acesso à informação) por parte da Comissão de Valores Mobiliários, em que pese o seu papel de fiscalizador do setor. O próprio órgão estatal, em resposta ao recurso de segunda instância, informou que está apurando as devidas responsabilidades, por meio de medidas administrativas para que a empresa supra esta lacuna legal. 5 Ademais, em função da atitude transparente do recorrido não se pode inferir que houve qualquer tentativa deliberada de fornecer informação incorreta, incompleta ou imprecisa por parte de quaisquer servidores, verificando-se que a Autarquia agiu de boa-fé, buscando as informações dentro do seu próprio sistema. Após verificar o erro, este foi concertado com a prestação da informação correta, por meio de provimento de recurso em primeira instância, apesar da insatisfação do recorrente com o seu conteúdo. 6. Verificou-se, também, que constava nas respostas aos recursos as autoridades responsáveis por respondê-los, os prazos legais para a impetração de novos recursos e a quem deveriam ser endereçados. Conclusão 7. De todo o exposto, opina-se pelo não conhecimento do recurso, em função da informação inexistir. Recomenda-se à Comissão de Valores Mobiliários que assim que a informe os dados do seu novo representante legal no país, estes sejam imediatamente repassados ao recorrente. JORGE ANDRÉ FERREIRA FONTELLES DE LIMA Analista de Finanças e Controle 23

9 D E C I S Ã O No exercício das atribuições a mim conferidas pela Portaria n da Controladoria-Geral da União, de 22 de agosto de 2013, adoto, como fundamento deste ato, o parecer acima, para decidir pelo não conhecimento do recurso interposto, nos termos do art. 23 do referido Decreto, no âmbito do pedido de informação nº /201-88, direcionado à Comissão de Valores Mobiliários - CVM. JOSÉ EDUARDO ROMÃO Ouvidor-Geral da União 2