O papel do ambiente institucional na implantação da rastreabilidade: o caso da carne bovina

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1 O papel do ambiente institucional na implantação da rastreabilidade: o caso da carne bovina João Guilherme de Camargo Ferraz Machado (UNESP-Tupã) joao@dep.ufscar.br José Flávio Diniz Nantes (UFSCar) fnantes@power.ufscar.br Resumo Este trabalho teve como objetivo identificar e avaliar as posições assumidas pelas diferentes instituições que compõem o ambiente institucional da cadeia produtiva da carne bovina desde a implantação do Sisbov, e o impacto gerado pelas decisões institucionais no setor produtivo. Foi utilizada uma abordagem qualitativa, utilizando o método de estudo de caso e a coleta dos dados realizada por meio de questionário semi-estruturado. Os resultados obtidos indicaram que os principais problemas dizem respeito ao tipo de rastreabilidade a ser exigido, se individual ou por lote, às informações mais relevantes a serem coletadas, à necessidade de investimentos, custo/benefício e perspectivas de crescimento, à responsabilidade pelos custos do processo e à participação efetiva dos diversos agentes da cadeia na elaboração das normas. Outro aspecto importante diz respeito à divulgação das informações sobre a carne rastreada nos mercados externo e interno, visando a diferenciação do produto e a agregação de valor. Para melhorar a capacidade de reação da cadeia da carne bovina ao surgimento de mercados cada vez mais exigentes, com mais rapidez e eficiência, é preciso buscar uma maior coordenação vertical dos agentes, visando construir a competitividade do setor em bases sustentáveis, desestimulando comportamentos antagonistas entre eles. Palavras-chave: Rastreabilidade, Pecuária de corte, Ambiente institucional. 1. Introdução De acordo com Sarto et al. (2003), diversas mudanças vêm ocorrendo no cenário de alimentação mundial, entre elas, a expansão do comércio mundial de alimentos, as mudanças nos hábitos alimentares e a ocorrência de contaminações em alimentos, aumentando a preocupação dos consumidores e dos governantes em relação à qualidade dos alimentos. Por esses motivos, a segurança do alimento tem crescido em importância junto aos novos processos de industrialização e às novas tendências de comportamento do consumidor. A segurança do alimento refere-se à garantia em se consumir um alimento isento de resíduos que prejudiquem ou causem danos à saúde, destacando dois tipos principais de abordagens: técnica (formas de contaminação e o controle das doenças provocadas por alimentos) e econômica (quanto o consumidor está disposto a pagar por um produto seguro) (SPERS, 2000). Com a globalização e a criação dos blocos econômicos, o sistema produtor de alimentos deve estar preparado para a inserção de seus produtos em um mercado altamente exigente. Entretanto, apesar da diminuição das tarifas alfandegárias, tem ocorrido um crescente aparecimento das chamadas barreiras não-tarifárias, que impõem altas taxas alfandegárias ou mesmo impedem a entrada dos produtos. Essa situação ficou evidenciada na cadeia produtiva da carne bovina que, a partir de eventos como o da Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE), conhecida como Doença da Vaca Louca, ocorrida principalmente no continente europeu na década de 1990, resultou em importantes alterações no processo de comercialização da carne in natura para os países integrantes desse mercado. Além da barreira não-tarifária imposta às exportações da carne bovina brasileira, sob a alegação de contaminação por febre aftosa, o mercado externo, mais especificamente a União Européia (UE), passou a exigir a rastreabilidade, como forma de garantia da qualidade. ENEGEP 2004 ABEPRO 730

2 De acordo com ANUALPEC (2002), a UE é responsável por aproximadamente 35% do total de carne exportada e por 45% da receita obtida com a exportação desse produto.visando garantir as exportações, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) criou, em janeiro de 2002, o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). O início do Sisbov foi tumultuado, com divergências sobre quem deveria arcar com o custo deste processo e se a adesão deveria ser obrigatória ou facultativa, questões que perduram até os dias atuais. Desde sua implantação, o MAPA diversas vezes alterou a legislação, em busca de um sistema mais adequado à realidade brasileira. A baixa adesão dos produtores rurais ao programa, a discussão sobre quem deve arcar com os custos da implantação, a falta de animais rastreados e as constantes alterações na legislação, descrevem a atual desorganização da cadeia da carne bovina. Diante desse quadro, o presente trabalho teve como objetivo identificar e avaliar as posições assumidas pelas diferentes instituições que compõem o ambiente institucional da cadeia produtiva da carne bovina desde a implantação do Sisbov e o impacto gerado no setor produtivo, pelas decisões institucionais. 2. O ambiente institucional na cadeia da carne bovina O ambiente institucional constitui o que alguns autores definem como as regras do jogo e promovem o desenvolvimento das atividades econômicas, bem como as ações políticas, legais e sociais que governam a base da produção, troca e distribuição (Williamson, 1996). Os conjuntos de normas e regras delimitam ações, podendo também regulamentar outras instituições, definindo os critérios que serão estabelecidos por meio das duas formas de regras formais e informais. Azevedo (2000) relatou que a porção mais evidente das instituições são as regras formais, tendo como principais exemplos a constituição, legislações complementares e o conjunto de políticas públicas, como a defesa da concorrência, a política agrícola e a política de reforma agrária. Seus efeitos sobre os negócios ligados à agricultura são evidentes, tendo freqüentemente o propósito de induzir determinadas ações nos principais agentes econômicos. Segundo Silva & Batalha (2000), as mudanças ocorridas na cadeia da carne bovina impuseram novas formas de organização, atuação e articulação entre os agentes econômicos e privados, assumindo posturas menos defensivas, desregulamentando atividades e criando condições para a ação da concorrência nos mercados. A possibilidade de a pecuária bovina brasileira inserir-se com sucesso nessa nova dinâmica competitiva depende, em grande parte, da capacidade de coordenação dos agentes sócio-econômicos da cadeia produtiva. Essa coordenação se traduz no conhecimento do próprio mercado, no domínio de informações relevantes e na capacidade para interpretar e transformar essas dificuldades em propostas e ações estratégicas adequadas à nova situação. A exigência de padrões internacionais de qualidade tem forçado o setor a se modernizar, sob pena de ser excluído do mercado mediante imposição de barreiras sanitárias (SILVA & BATALHA, 2000). Esse novo desafio da pecuária de corte brasileira, a rastreabilidade, foi um importante acontecimento ocorrido no ambiente institucional da cadeia da carne bovina, pois aproximou o setor público do setor privado, com o objetivo de elaborar uma proposta de implantação da rastreabilidade, resultando no estabelecimento do Sisbov, em A questão das barreiras não-tarifárias As estratégias e a competitividade dependem, em primeiro lugar, do ambiente institucional (SAES, 2000). São os sistemas legais de solução de disputas, as políticas macroeconômicas, as políticas tarifárias, comerciais e setoriais adotadas pelo governo, e por governos de outros países. Nesse sentido, destacam-se a crescente importância das barreiras não-tarifárias e dos controles fito e zoosanitários, os instrumentos de retaliação comercial e, em um contexto mais amplo, a formação dos blocos econômicos. ENEGEP 2004 ABEPRO 731

3 A agropecuária é o setor do comércio mundial que mais sofre distorções provocadas pelo protecionismo agrícola, amplamente utilizado pelos países ricos para resguardar seus mercados internos da concorrência de outros países que produzem em condições mais eficientes e competitivas (FNP ON-LINE, 2002). Segundo Dall Agnol (2002), as nações industrializadas, ao mesmo tempo que estimulam a abertura dos mercados alheios, fecham os seus, valendo-se de salvaguardas sanitárias, ambientais ou sociais, para justificar-se. As maiores deslealdades nesse comércio são praticadas contra o mercado de produtos agrícolas, onde o protecionismo e os subsídios das nações ricas as que mais criticam esses mecanismos, quando praticados por outros países prejudicam o livre intercâmbio no comércio internacional de commodities agrícolas. A proteção ao setor agrícola europeu, na forma de subsídios e de barreiras tarifárias e nãotarifárias, é questão crucial para o Brasil no processo de aproximação com a União Européia. A abertura comercial efetuada pelo país na década de 1990, criou uma situação desigual em relação a países desenvolvidos, como os que compõem as principais economias da União Européia. O Brasil abriu o mercado para os produtos de alto valor agregado exportados pelos países desenvolvidos, enquanto europeus e americanos mantiveram intacto o sistema de proteção de seus mercados internos contra a importação dos bens produzidos aqui, principalmente os agropecuários. Na União Européia, esse sistema de proteção inclui subsídios da ordem de US$ 100 bilhões ao ano que, aliados às barreiras tarifárias, fito e zoossanitárias etc., tornam a concorrência impossível e os mercados europeus inacessíveis (O ESTADO DE SÃO PAULO, 1999). O crescimento da agropecuária brasileira e a ampliação de suas exportações dependem cada vez mais do comportamento do mercado internacional. Pode-se dizer que a abertura de novos mercados é condição quase indispensável à expansão do setor. A atividade vem se modernizando e é cada vez mais competitiva, necessitando urgentemente da eliminação ou diminuição das políticas protecionistas para ingressar em novos mercados. 3. O papel do setor público na rastreabilidade e certificação da carne bovina Ao contrário da certificação, que já é um instrumento presente no cotidiano de vários grupos de agricultores, a rastreabilidade ainda é um conceito em evolução. Os dois conceitos exigem a coordenação dos agentes econômicos de um ou mais sistemas agroindustriais e lidam com processos. De acordo com Jank (2003), o objetivo da rastreabilidade é garantir ao consumidor um produto seguro e saudável, por meio do controle de todas as fases da produção, industrialização, transporte/distribuição e comercialização, possibilitando uma perfeita correlação entre o produto final e a matéria-prima que lhe deu origem, além de possibilitar a remontagem das transações pelas quais passou o produto, dando nome e endereço a seus agentes. A rastreabilidade torna-se um instrumento cada vez mais importante, pois: (i) privilegia as preferências e a satisfação do consumidor, (ii) decorre da crescente preocupação com qualidade e segurança dos alimentos, (iii) é a base para a implantação de um programa de qualidade em toda a cadeia. Em tese, a rastreabilidade pode ser implantada em qualquer tipo de alimento, mas na prática, é um sistema muito caro, pois exige controles e certificações em um ou mais elos da cadeia produtiva. Os sistemas potencialmente rastreáveis são os que contam com uma ou mais das seguintes características: Elevada perecibilidade do produto, exigindo refrigeração estável de boa qualidade em toda a cadeia produtiva; Elevado risco de contaminação do consumidor; Necessidade de comprovação de inocuidade e sanidade em todos os elos da cadeia; Existência de um mercado consumidor de produtos de alta qualidade, inclusive dispostos a pagar mais por um produto rastreado; ENEGEP 2004 ABEPRO 732

4 Casos especiais por motivos de controle sanitário estrito, por motivos religiosos ou de crença. De acordo com Nassar (2003), há três agentes principais nos sistemas de certificação existentes: Estado, empresas e associações, cujas funções variam conforme o tipo e os objetivos da certificação. Entretanto, apesar de as funções de cada agente serem muitas vezes distintas, há benefícios da cooperação entre o governo e o setor privado (empresas e associações). De modo geral, pode-se afirmar que sempre cabe ao setor público o papel de agente regulamentador, mas nem sempre o papel de executor e coordenador. A ação do Estado, na esfera federal ou estadual, está atrelada aos sinais do setor privado, cabendo às empresas perceber a necessidade de certificação e negociar com o Estado sua implantação. Sistemas de certificação não podem ser impostos pelo Estado, porém novas leis podem obrigar o setor privado a criar certificação. Cabe ao Estado auxiliar o setor privado na certificação e monitorar os resultados, devendo estar aparelhado para se posicionar e averiguar situações de prejuízo ao consumidor. Os sistemas de certificação também podem ser fontes de arrecadação ao Estado, devido ao custo de controle, monitoramento e emissão para os agentes privados. A crise da vaca louca foi considerada como o principal motivo para o surgimento do conceito de rastreabilidade. A possibilidade de contaminação dos consumidores europeus levou os agentes públicos e privados a se organizarem não só para erradicar a enfermidade, como também para impedir sua disseminação. A reação natural da União Européia foi elevar as restrições às importações, porém sem barrá-las, devido à necessidade de abastecimento do mercado europeu. A saída foi a criação de mecanismos que permitissem a rastreabilidade da carne, passando a exigir, dos países fornecedores, a adoção de sistemas de identificação e registro de animais para garantir o rastreamento da carne, desde a produção. 4. Método de pesquisa Essa pesquisa pode ser definida, de acordo com Gil (2000), como exploratória ou descritiva, na medida em que procura esclarecer conceitos, definir problemas e descrever comportamentos dos agentes envolvidos no processo de rastreabilidade da carne. No desenvolvimento deste trabalho utilizou-se uma abordagem qualitativa, pois este procedimento metodológico abriga várias técnicas que procuram descrever e traduzir a questão principal, promovendo o entendimento do problema. O método qualitativo é mais direcionado à compreensão dos fatos do que na mensuração de fenômenos (YIN, 1994). Entre os diversos tipos de pesquisa qualitativa, o método de estudo de caso foi considerado o mais adequado, pois se caracteriza pelo maior foco na compreensão dos fatos do que na sua quantificação (LAZZARINI, 1997). O estudo de caso possibilita a utilização de várias fontes de evidência, permitindo aprofundar os conhecimentos sobre uma determinada realidade (TRIVIÑOS, 1990). A coleta dos dados foi feita por meio de entrevista pessoal. O instrumento de coleta foi um questionário semi-estruturado, com perguntas do tipo como e por que, que não requerem controle sobre os eventos (YIN, 1994). Estes são mais adequados quando a pesquisa busca informações sobre o conhecimento do entrevistado ou suas pretensões (SELLITIZ et al., 1974). Foram entrevistados agentes que compõem o ambiente institucional da cadeia produtiva da carne bovina, cujo papel desempenhado pode ser definido da seguinte forma: Empresa privada que atua na identificação e certificação de origem bovina e bubalina, além da transmissão de conceitos e orientações de gestão da propriedade, dentro da filosofia da certificação; ENEGEP 2004 ABEPRO 733

5 Entidade privada cujo papel fundamental consiste em organizar e unificar pleitos, demandas, ajustes e todos os aspectos relacionados que demandam discussão, planejamento e implantação prática, além de realizar a correta comunicação com o mercado em relação a todos os assuntos pertinentes à rastreabilidade; Entidade privada cujo principal objetivo é promover o desenvolvimento da pecuária no estado de São Paulo e em todo o território nacional, sendo responsável pela erradicação da febre aftosa no Brasil, por meio de convênio de saúde animal, além de iniciar os primeiros ensaios dos programas de qualidade, por meio de alianças mercadológicas, resultando em diversos projetos em execução atualmente na entidade; Empresa pública que desenvolve e avalia produtos e tecnologias para identificação de bovinos, com vistas a permitir o rastreamento do animal e seus produtos. 5. Resultados e Discussão Os resultados obtidos indicaram que as entidades entrevistadas possuem opiniões divergentes em diversos aspectos. O tema ainda é recente e bastante polêmico e esse fato tem contribuído para que o programa de rastreabilidade brasileiro ainda não apresente a credibilidade necessária junto aos agentes da cadeia produtiva da carne bovina. Foi identificada uma participação ativa de diversas entidades na elaboração das recentes portarias que afetaram o setor da carne bovina, principalmente aquelas que criaram e regulamentaram o Sisbov e as empresas certificadoras, visando construir soluções para as questões práticas do dia-a-dia, por meio de um grupo de trabalho composto pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC). Entretanto, algumas decisões desse processo foram submetidas apenas às representações da CNA e da ABIEC, resultando em uma baixa participação da base das entidades do setor. Atualmente, um fórum representando toda a cadeia foi estabelecido, visando rever e reordenar o Sisbov. As entidades do ambiente institucional possuem visões diferentes em relação ao tipo de informação a ser coletada pelos produtores. Para uma das entidades, os animais, para serem inscritos no Sisbov, devem ter sua origem comprovada, estar há mais de 90 dias no país e há mais de 40 dias na propriedade. Além disso, é necessário conhecer a raça, o sexo e a idade de cada animal. Os eventos de manejos sanitário, alimentar e genético, seriam lançados no sistema para completar o histórico do animal. Foi observado que as informações mais importantes são aquelas que oferecem indícios de violações quanto à segurança dos alimentos, principalmente aquelas que envolvem riscos à BSE. Por outro lado, as informações relativas aos aspectos genéticos são importantes no sentido de respaldar o sistema de auditoria, ou seja, garantir segurança e credibilidade ao sistema. Com relação a quem deve arcar com os custos da carne rastreada, as entidades também possuem opiniões diferentes. Uma delas acredita que o mercado deve achar o seu caminho, uma vez que quando há demanda por um produto seguro, o consumidor se dispõe a arcar com esses custos. Entretanto, esse não é o caso no Brasil, pois a rastreabilidade é exigida apenas para exportação para a UE. Nesse caso, deveria haver um entendimento entre frigoríficos e produtores a fim de evitar a falta de animais rastreados para exportação. Para contornar essa situação, vem ocorrendo um aumento de preço na arroba do animal rastreado, com deságio para animais não rastreados. De forma diferente, algumas entidades acreditam que os custos devem ser divididos entre os agentes produtivos da cadeia da carne ou simplesmente deveriam ficar a cargo dos frigoríficos exportadores. A justificativa é que o mercado europeu, que atualmente exige esse serviço extra ENEGEP 2004 ABEPRO 734

6 na produção, representa apenas 5% da produção, não se justificando que toda a produção pecuária adote esse conjunto de medidas para atender uma fatia reduzida do mercado. As informações obtidas indicaram um consenso em relação aos responsáveis pela divulgação das informações no exterior. Embora o processo de rastreabilidade no Brasil ainda esteja se iniciando, cabe ao governo, à indústria e ao varejo, conjuntamente, a responsabilidade por essas ações. Essa situação pode ser justificada a partir do pressuposto que, para conquistar e manter mercados, é preciso ações coordenadas entre os agentes da cadeia. Atualmente existe um trabalho de promoção da carne brasileira feito pela Agência de Promoção de Exportações do Brasil (APEX), em conjunto com a ABIEC, notadamente em feiras internacionais, mas não existe uma campanha de longo prazo nesse sentido. Por se tratar de medidas de caráter oficial, as informações são depositadas pelo governo federal, mais precisamente pelo MAPA, junto aos organismos internacionais interessados. Com relação às iniciativas para utilizar e divulgar dados de animais rastreados no mercado brasileiro antes de 2007, data limite imposta pelo MAPA para que todo o rebanho brasileiro esteja identificado e rastreado, observou-se que o governo, como principal interessado, não promove adequadamente o programa de rastreabilidade devido à falta de estrutura, principalmente de recursos humanos. A equipe responsável pelo Sisbov é pequena e encontrase sobrecarregada com outras atribuições do ministério. As entidades avaliaram a questão da rastreabilidade com relação à necessidade de investimentos, custo/benefício, perspectivas de crescimento etc. As informações permitiram concluir que a rastreabilidade é de fundamental importância quando se trata de segurança do alimento. Entretanto, o grande problema brasileiro ainda é a defesa sanitária, pois o trânsito e a movimentação dos animais dentro do país são de difícil controle. Para chegar a um sistema confiável, o primeiro passo é estabelecer um melhor controle das Guias de Trânsito Animal (GTA s), fato que pode ser alcançado condicionando-se a emissão das mesmas à rastreabilidade. Para que isso ocorra, o governo deve investir na adequação dos locais onde são emitidas as guias, para que no momento da emissão o funcionário possa acessar o sistema e checar a situação dos animais cadastrados no Sisbov. Um outro assunto polêmico, em que as opiniões das diferentes instituições entrevistadas são conflitantes, é a possibilidade de adoção de um sistema de rastreabilidade baseado em lotes, dadas as dimensões geográficas e de rebanho do país. É importante ressaltar que o sistema de identificação individual adotado no Brasil foi baseado na legislação francesa, cujas propriedades possuem rebanhos pequenos e mesmo assim levaram 15 anos para atingir o atual estágio de rastreabilidade. Foi destacado que o motivo para adotar a rastreabilidade por lotes é o fato de que quem oferece a garantia é o exportador. O importador avalia e, uma vez de acordo, passa a exigir o que foi estabelecido, possibilitando que o controle seja realizado a partir da certificação da propriedade. A discordância da rastreabilidade por lotes foi defendida com o argumento de que com o grande deslocamento de animais entre propriedades, a rastreabilidade seria perdida na transferência desses animais. A justificativa reside no fato de que em todos os países onde ocorre a rastreabilidade, ela é feita de forma individual, independente da dimensão geográfica do país ou estado/província. O desconhecimento, por parte dos agentes brasileiros, do conteúdo das negociações feitas com a UE, pode ter gerado uma legislação excessivamente rigorosa, criando a obrigatoriedade das atuais exigências, como a identificação individual dos animais. O argumento para atenuar essa exigência é que o Brasil não apresenta casos de BSE, não justificando a adoção desse conjunto de medidas. ENEGEP 2004 ABEPRO 735

7 Dentro do ambiente institucional, existem opiniões que garantem não existir diferença entre rastrear por lote ou individualmente, principalmente quanto ao trabalho realizado nas propriedades rurais. Isso pode ser justificado a partir do fato de que para se controlar um lote, seria obrigatório o controle individual. Nesse caso, não existiria motivo para não fazê-lo individualmente, uma vez que se trata de um procedimento mais seguro. Outra justificativa é que a rastreabilidade limita as operações por lote, sendo possível apenas em criatórios de ciclo fechado, nas quais a formação de lote enfrentaria imprecisões sobre a real idade do animal. 6. Considerações finais O momento atual da cadeia produtiva da carne bovina exige uma coordenação entre os agentes, visando aumentar a competitividade do setor nos mercados interno e externo. O presente trabalho demonstrou que essa coordenação precisa partir dos agentes do ambiente institucional, por meio da revisão do atual programa de rastreabilidade que, embora seja considerado um dos mais completos programas do mundo, deve ser adequado à realidade da pecuária brasileira. Para isso, é importante que as instituições públicas e privadas, que atuam no papel de agentes coordenadores da cadeia, incorporem a opinião dos segmentos mais representativos do setor na elaboração das normas que irão compor o Sisbov. Também é importante que a revisão das normas busque minimizar o impacto causado na cadeia como um todo, exigindo o cumprimento dos prazos estabelecidos, sob pena de cair em descrédito. Um dos aspectos mais importantes, que precisa ser revisto com prioridade, é a forma mais adequada de identificação animal, se por lote ou individual. A identificação por lote ou por propriedade rural, que já vem sendo praticada inclusive no mercado interno, utilizando-se a GTA no transporte e na comercialização dos animais, possibilitaria um maior número de adesões ao programa e teria custos inferiores relativos à fiscalização e emissão das guias. Essa situação ocorreria a partir de um melhor acesso às informações, causando um impacto menor em todos os elos da cadeia. Nesse caso, a identificação individual dos animais seria realizada opcionalmente na propriedade rural, como ferramenta de gestão administrativa da produção, possibilitando melhor controle de inventário, redução de custos, planejamento da produção e maior agilidade na tomada de decisões, a partir da coleta e armazenamento das informações genéticas, nutricionais e sanitárias. Essa situação reduziria o impacto financeiro causado pela adoção desse conjunto de normas impostas atualmente, motivo da baixa adesão ao sistema. A questão da obrigatoriedade, estendida a todos os produtores até 2007 também deve ser revista, uma vez que apenas 5% do rebanho é destinado à exportação. Apesar da desigualdade sócioeconômico-cultural do mercado brasileiro criar diferentes padrões de consumo, a preocupação com a segurança do alimento também deve abranger o mercado interno, pois assegurar padrões rígidos de qualidade internamente pode sinalizar positivamente para o mercado externo e reduzir as barreiras impostas atualmente. Essa situação possivelmente sofrerá alterações a partir da normalização da oferta de animais rastreados, entretanto, é fundamental que o produtor seja remunerado pela produção de animais rastreados, como ocorre nos principais mercados. Esse sobre-preço só será eliminado quando a produção de carne rastreada se tornar um elemento qualificador e determinante para a permanência no mercado. A divulgação das informações no exterior, visando conquistar novos mercados e manter os atuais, deve ser planejada e coordenada, uma vez que o acesso ao mercado externo está condicionado às negociações da indústria e do governo federal. É importante que o país divulgue as condições sanitárias do rebanho e a qualidade intrínseca da carne brasileira, sob uma única marca institucional, o Brazilian Beef por exemplo, para em seguida possibilitar ENEGEP 2004 ABEPRO 736

8 que cada indústria diferencie e agregue valor da melhor forma possível na comercialização de seus produtos. Já a divulgação interna deve ter um caráter mais informativo no início, buscando uma mudança no padrão de consumo da carne bovina, devendo começar o quanto antes, para que a demanda pelo alimento seguro promova a adoção da rastreabilidade como estratégia de mercado de produtores, indústria e varejo. Promover esses ajustes no Sisbov visa melhorar a capacidade de reação da cadeia da carne bovina ao aparecimento de mercados cada vez mais exigentes, com mais rapidez e eficiência. Para que isso ocorra, é preciso buscar uma maior coordenação vertical dos agentes, visando construir a competitividade do setor em bases sustentáveis, por meio da adoção de práticas que desestimulem comportamentos antagonistas entre os agentes e aumentem sua capacidade de reação às mudanças ambientais. Referências ANUALPEC. Anuário da Pecuária Brasileira. São Paulo: FNP, AZEVEDO, P.F. (2000) Nova economia institucional: referencial geral e aplicações para a agricultura. Revista de Economia Agrícola, SP, v.47, n.1, p Disponível em: Acesso em: 23 ago DALL'AGNOL, A. (2002) A OMC e a hipocrisia do livre comércio. Artigos Embrapa: Coletânea Rumos & Debates. Disponível em: aplic/rumos.nsf/f7c8b9aeabc42c cfec7/ dea3ee482b1975c003256c2a0042e0f7?opendocument. Acesso em: 15 ago FNP On-line (2002). Barreiras às exportações agrícolas brasileiras causam grandes prejuízos ao país. Disponível em: Acesso em: 15 ago GIL, A.C. (2000) Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas (5ª. Ed.). JANK, M.S. (2003) Rastreabilidade nos agronegócios (4). In: ZYLBERSTAJN, D., SCARE, R.F. (Org.) Gestão da Qualidade no Agribusiness estudos e casos. São Paulo: Atlas. LAZZARINI, S. G. (1997) Estudos de caso para fins de pesquisa: aplicabilidade e limitações do método (1). In: FARINA, E.M.M.Q. (Coord.) Estudos de caso em agribusiness. São Paulo: PIONEIRA, p NASSAR, A.M. (2003) Certificação no agribusiness (3). In: ZYLBERSTAJN, D. & SCARE, R.F. (Org.) Gestão da Qualidade no Agribusiness estudos e casos. São Paulo: Atlas. O ESTADO DE SÃO PAULO. (1999) Proteção da UE a produtos agrícolas é apontada como principal obstáculo. Disponível em: edicao/pano/ 99/06/21/pol820.html. Acesso em: 15 ago SAES, M.S.M. (2000) Organizações e instituições (8). In: ZYLBERZTAJN, D. e NEVES, M.F. Economia e Gestão dos Negócios Agroalimentares. São Paulo: Thomson Pioneira. SARTO, F.M.; MIRANDA, S.H.G.; BRISOLARA, C.S. (2003) Análise dos impactos econômicos da implantação do sistema de identificação e certificação de origem bovina e bubalina no Brasil. In: XLI CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL SOBER, julho de Anais... Juiz de Fora, MG. SELLTIZ, C.; WRIGHTSMAN, L. S.; COOK, S.W. (1974) Métodos de Pesquisa nas Relações Sociais. São Paulo: EPU. SILVA, C.A.B. & BATALHA, M.O. (Coord.) (2000) Estudo sobre a eficiência econômica e competitividade da cadeia agroindustrial da pecuária de corte no Brasil. Brasília, IEL, CNA e SEBRAE, 398p. SPERS, E.E. (2000) Qualidade e segurança em alimentos (13) In: ZYLBERZTAJN, D. e NEVES, M.F. Economia e Gestão dos Negócios Agroalimentares. São Paulo: Thomson Pioneira. TRIVIÑOS, A.N.S. (1990) Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: ATLAS. WILLIAMSON, O.E. (1996) The mechanism of governance. New York: Oxford University Press. 429 p. YIN, R. K. (1994) Case study research: design and methods. London: SAGE (2 a ed.). ENEGEP 2004 ABEPRO 737

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