Highlights do Mercado SEGUNDA-FEIRA

Transcrição

1 INVESTMENT RESEARCH SEGUNDA-FEIRA 10 DE SETEMBRO DE 2012 Analista de investimentos DIEGO SALDANHA CNPI

2 Eurostat confirma que PIB da eurozona caiu 0,2% no 2º tri. Notícia velha, da semana passada. De hoje, PIB italiano em -2,7% sobre 2011, PIB do Japão também menor do que o esperado. Tudo no preço há bastante tempo, não há motivo para preocupações. Die Welt MERCADOS FINANCEIROS SAÚDAM A MORTE DO BUNDESBANK. É a tradução literal da capa do Die Welt, jornal alemão. Com a reunião do BCE de quinta-feira e o apoio até da Merkel, O BC alemão ficou, de fato, isolado. Ele sempre foi contra o programa de compra de títulos pelo BCE, e a Angela Merkel também. Mas ela só foi contra até quarta-feira. Virou a casaca, mundo comemora. Títulos da Espanha sobem (juros caem) com expectativa de que os títulos da Espanha caiam (juros sobem) para que o ECB possa ativar seu programa de compra (e os juros caírem). E isso só depois que o 1o. Ministro Rajoy renunciar e entregar a chave do cofre da Espanha ao FMI (o que ele não quer fazer de jeito nenhum). Insano! Essa foi a explicação para o resultado dos mercados na quinta-feira, o dia do anúncio do BCE sobre seu programa de compra de títulos. Faz sentido. E os juros continuam caindo, por sinal. Ações da zona do euro têm máxima de 6 meses com BCE. OK. Semana passada. SP500 atinge a máxima desde o pico em 2008 e Nasdaq na máxima em 12 anos. Ok, também. Foram os resultados da semana passada. O IBOV se empolgou, também, um pouco. Não foram só eles. Precificação de contratos de swaps de juros nos EUA dá conta de que traders esperam juros próximos de 0 até 2015 e 99% de chances de QE3 (a terceira rodada de estímulo). Hollande anuncia pacote de recuperação econômica francesa. E aumento de impostos para os ricos. O mais rico deles já vazou para a Bélgica. Pediu cidadania, mas diz que nada tem a ver com a questão de impostos. Com certeza, não.

3 Mercado mantém Selic em 2012 e eleva inflação. É a 9a. rodada de alta nas expectativas de inflação. Nada de novo. Selic a 7,25%, pelo Relatório Focus, ao final do ano. É o consenso entre as instituições que mais acertam, convém ficar de olho. O charme é o PIB: mais uma vez, revisado para baixo. O de 2012 deverá ser de 1,62%, agora. IPC-S avança 0,44% na 1a quadrissemana de setembro, diz FGV. Taí o dado de inflação em alta. Importação de minério de ferro da China sobe 7,9% em agosto. Opa! Ué...mas não estava morto, o minério? Mais surrado do que cão sarnento? Assim como a Vale. Venda de veículos cresce 15,3% em agosto, indica Anfavea. Produção de veículos cresce 1% em agosto, segundo Anfavea. O que faz um IPI... Copom descarta reajuste nos preços da gasolina e do gás. Economia de Estado, já ouviu falar? Redução na tarifa de energia dos consumidores pode ficar em 16%. Para o setor industrial, a redução deve variar de 12% a 28% - a média deve ficar na casa dos 20%. E ponto para Dilma, que aproveitou o 7/set para dar a notícia em cadeia nacional. Mas já é algo. E isso só diminuindo/cortando encargos federais. Os estados não cederam, como queria a Dilma. Tarifa ainda é das mais caras do mundo. Deveria cair mais uns 15% para fechar e patamares realmente competitivos no mundo. Também foi mantida a estimativa de redução nas tarifas de telefonia fixa em 1%. UM por cento!!! MORNING CALL AO VIVO Todos os dias das 9:50h às 10:20h Via WebTV do Guiainvest ASSISTA AQUI

4 Inadimplência do consumidor cai pelo 3º mês consecutivo. Foi 0,45% menor, dizem a CNDL e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Também houve queda, de 1,69%, nas vendas do varejo no último mês. Crescimento das vendas do Dia dos Pais em 2012 foi modesto: houve incremento de 4,75%, contra a alta de 6,86% registrada para a mesma data em Em julho deste ano, o índice de inadimplência havia diminuído 5,68% em relação ao mesmo mês de 2011, e em junho, 0,27% na mesma base comparação. Meio confusos ainda os dados do setor. Bem como os da indústria. Já dá para ver alguma tendência, será? Setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas teve alta de 2,5% em agosto. Esse dado parece ser isento de feito IPI. De repente, um melhor indicativo da situação. Delfim Neto: "Se quiseremos ter em 2030 algo parecido com o nível de renda per capita em paridade de poder de compra de Portugal de hoje, temos de crescer 5% ao ano, na média, nos próximos 18 anos. Deixa ver se eu entendi...até daqui 18 anos, é melhor ser português na crise do que brasileiro na bonança? Mesmo crescendo 5% ao ano? E isso sem contar outras mazelas da sociedade...violência, trânsito, etc? É isso? Quanto custa uma casa no Algarve, alguém sabe? Para Financial Times, impostos brasileiros lembram novelas: enrolado, cômico e difícil de seguir, nas palavras do jornal. O texto criticou o aumento de impostos para a importação de 100 produtos. Não preciso nem comentar essa. Basta lembrar que, dos 100 itens, batatas estão inclusas. Financial Times, diga-nos algo que não sabemos! Tudo bem, o jornal é inglês. De repente, eles ainda gostam de ainda ter aquela visão colonialista e mostrar as esquisitices observadas em outras bandas. MORNING CALL AO VIVO Todos os dias das 9:50h às 10:20h Via WebTV do Guiainvest ASSISTA AQUI

5 Disclaimer As informações financeiras utilizadas neste relatório foram obtidas diretamente das empresas analisadas e as estimativas e cálculos feitos pelo analista Diego Saldanha CNPI. Todas as informações foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis e de boa fé, mas não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia expressa ou implícita, é feita sobre sua exatidão, ou se a informação é completa. Este documento foi preparado pelo analista Diego Saldanha CNPI e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas a mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. Este documento não é uma oferta de venda ou uma solicitação para aquisição de ações ou qualquer ativo financeiro. Nenhuma parte deste documento pode ser (i) copiada, fotocopiada, ou duplicada de nenhuma forma, e por quaisquer meios, ou (ii) redistribuída sem prévio consentimento do autor. Instrução CVM 388/03. O analista declara que: 1) As recomendações indicadas nesse relatório refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente e autônoma. 2) Não mantém vínculo com pessoas que atuem no âmbito da(s) companhia(s) analisada(s) nesse relatório. 3) Não possui valores mobiliários, que ultrapassem 5% de seu patrimônio pessoal, da(s) companhia(s) analisada(s) nesse relatório. 4) Não recebe remuneração por serviços prestados ou apresenta relações comerciais com a(s) companhia(s) analisada(s) nesse relatório, ou com pessoas físicas ou jurídicas, fundos ou universalidade de direitos que atuem representando o mesmo interesse da(s) companhia(s). 5) Sua remuneração não está atrelada à precificação de quaisquer valores mobiliários emitidos pela(s) companhia(s) analisada(s) nesse relatório.